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ROBERTO LUCÍOLA
CADERNO 4 MÓNADAS
1 AGOSTO 1995
Comunidade Teúrgica Portuguesa – Caderno Fiat Lux n.º 4 – Roberto Lucíola
PREFÁCIO
O presente estudo é o resultado de anos de pesquisas em trabalhos consagrados de
luminares que se destacaram por seu imenso saber em todos os Tempos. Limitei-me a fazer
estudos em obras que há muito vieram a lume. Nenhum mérito me cabe senão o tempo
empregado, a paciência e a vontade em fazer as coisas bem feitas.
A própria Doutrina Secreta foi inspirada por Mahatmãs. Dentre eles, convém destacar
os Mestres Kut-Humi, Morya e Djwal Khul, que por sua vez trouxeram o tesouro do Saber
Arcano cujas fontes se perdem no Tempo. Este Saber não é propriedade de ninguém, pois tem a
sua origem no próprio Logos que preside à nossa Evolução.
Foi nesta fonte que procurei beber. Espero poder continuar servindo, pois tenciono, se os
Deuses ajudarem, prosseguir os esforços no sentido de divulgar, dentro do meu limitado campo
de acção, a Ciência dos Deuses. O Conhecimento Sagrado é inesgotável, devendo ser objecto de
consideração por todos aqueles que realmente desejam transcender a insípida vida do homem
comum.
Dentre os luminares onde vislumbrei a Sabedoria Iniciática das Idades brilhar com mais
intensidade, destacarei o insigne Professor Henrique José de Souza, fundador da Sociedade
Teosófica Brasileira, mais conhecido pela sigla J.H.S. Tal foi a monta dos valores espirituais
que proporcionou aos seus discípulos, que os mesmos já vislumbram horizontes de Ciclos
futuros. Ressaltarei também o que foi realizado pelos ilustres Dr. António Castaño Ferreira e
Professor Sebastião Vieira Vidal. Jamais poderia esquecer esse extraordinário Ser mais
conhecido pela sigla H.P.B., Helena Petrovna Blavatsky, que ousou, vencendo inúmeros
obstáculos, trazer para os filhos do Ocidente a Sabedoria Secreta que era guardada a “sete
chaves” pelos sábios Brahmanes. Pagou caro por sua ousadia e coragem. O polígrafo espanhol
Dr. Mário Roso de Luna, autor de inúmeras e valiosas obras, com o seu portentoso intelecto e
idealismo sem par também contribuiu de maneira magistral para a construção de uma nova
Humanidade. O Coronel Arthur Powell, com a sua inestimável série de livros teosóficos,
ajudou-me muito na elucidação de complexos problemas filosóficos. Alice Ann Bailey, teósofa
inglesa que viveu nos Estados Unidos da América do Norte, sob a inspiração do Mestre Djwal
Khul, Mahatma membro da Grande Fraternidade Branca, também contribuiu muito para a
divulgação das Verdades Eternas aqui no Ocidente. E muitos outros, que com o seu Saber e
Amor tudo fizeram para aliviar o peso kármico que pesa sobre os destinos da Humanidade.
Junho de 1995
Azagadir
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MÓNADAS
ÍNDICE
PREFÁCIO …………………………………………………………………………………………...….. 2
MÓNADAS: UNIDADES DE CONSCIÊNCIA ………………………….………………….………… 5
ANUPADAKA: HABITAT DAS MÓNADAS …………………………..………….…....……………. 6
PROCESSO EVOLUCIONAL DA MÓNADA …………………………………….………………….. 6
FORMAÇÃO DA TRÍADE SUPERIOR: ATMÃ, BUDHI, MANAS ………………..…..…….……. 6
FORMAÇÃO DOS VEÍCULOS INFERIORES …………………...……………………..…………… 7
FIO DE SUTRATMÃ ……………………………………………………………………………..…….. 8
FORMAÇÃO DO CORPO MENTAL ……………...………..………………………..……………….. 8
FORMAÇÃO DO CORPO ASTRAL ……………….……………….….……….…………………… 10
ÁTOMO FÍSICO PERMANENTE ………………………………….………………………………. 10
FUNÇÃO DOS ÁTOMOS PERMANENTES ….……………………………...…..…………………. 11
ALMA GRUPAL ……........................................................................................................................…. 12
ALMA GRUPAL MINERAL …………………………………….………………………………….... 13
ALMA GRUPAL VEGETAL ……………………………………....…….………………………….... 15
ALMA GRUPAL ANIMAL ………………………………………..………………………………….. 15
MULTIPLICAÇÃO DAS ALMAS GRUPAIS ANIMAIS …………………………….….………. 16
INDIVIDUALIZAÇÃO DA MÓNADA ANIMAL ………………………………………..…………. 17
MECANISMO DA INDIVIDUALIZAÇÃO …………………….………………….………………... 20
FORMAÇÃO DO CORPO CAUSAL …………………………………….………………………… 21
O QUE É O CORPO CAUSAL ……………..………………………...…….………………………… 21
OVO ÁURICO – EGRÉGORA ……………………………….…………….………………………… 22
ACÇÃO DO LOGOS E AS MÓNADAS …………………………………………….………..……… 23
SACRIFÍCIO DA MÓNADA …………………………………………………………………………. 24
O EGO E A MÓNADA ………………………………………………………………...…………….. 25
IDEIA PERMANENTE …………...…………………………………………………………………… 26
ESCALA EVOLUTIVA DAS TRÍADES ………………………….………...……………………….. 26
FUNÇÕES DO CORPO CAUSAL ………………………………...……………………………..…… 28
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MÓNADAS
Para que as Mónadas, que são Unidades de Consciência, possam evoluir na Matéria, o
Logos prepara um Universo. As Mónadas são fragmentos do próprio Logos donde se originam.
São, portanto, o Logos manifestado nos Planos mais densos a fim de adquirir experiências nos
Mundos das Formas. A chama é o Logos, as fagulhas são as Mónadas.
A Mónada é uma Consciência revestida de Matéria. A sua raiz está em ADI, o seu
habitat está em ANUPADAKA, e seus veículos serão formados pela matéria que forma os cinco
Planos abaixo. Assim, temos:
ADI
Mônadas
ANUPADAKA
Fio de
Sutratmã
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No início da Evolução as Mônadas formam uma Hierarquia Arrúpica, isto é, ainda não
possuem veículos pelos quais possam se expressar. Permanecem no Plano Anupadaka como
Essências Espirituais aguardando que o Logos, no seu 3.º Aspecto que é a Actividade, crie os
cinco Planos inferiores formados de várias modalidades de Matéria, das quais as Mónadas se
utilizarão para formarem os seus veículos e poderem adquirir experiências nos Mundos mais
grosseiros.
As Mónadas vivem no Seio do Pai à espera da ocasião de se manifestar, motivo porque
são conhecidas, nas tradições sagradas, como os Filhos de Deus. Em seu Plano Anupadaka são
portadoras de todo o esplendor espiritual, por isso mesmo são omniscientes. Contudo,
desconhecem tudo que está embaixo nos Planos mais grosseiros. Por isso mesmo é que a Lei
exige que mergulhem na Matéria a fim de se conscientizarem plenamente em todas as
modalidades de Vida, no decorrer da sua evolução.
Os Corpos Físico, Astral e Mental Inferior levam todas suas experiências positivas para o
Corpo Causal, que actua como um veículo da Mónada e que serve também como ponte entre os
dois segmentos do ser humano, ou seja, entre a Personalidade e a Individualidade.
São três os factores fundamentais que ligam as Mónadas aos átomos permanentes que
dão origem aos veículos que formam o ser humano, a saber:
1. Os átomos dos vários Planos;
2. Preparação da Mónada em Anupadaka;
3. Participação dos Devas no processo evolucional das Mónadas.
As Mónadas são reflexos do Logos donde se originam e, como tal, também possuem três
Aspectos que presidirão a toda a sua existência, que são:
Vontade;
Amor-Sabedoria;
Actividade.
Quando chega o momento de se iniciar o processo evolutivo, instala-se uma onda
vibratória na Mónada que passa a actuar sobre as matérias Átmica, Búdhica e Manásica que
envolverão a mesma Mónada.
ACÇÃO DOS DEVAS – Devas de Sistemas anteriores, ou seja, Hierarquias já realizadas,
portanto, com experiências acumuladas, dirigem o processo da conexão entre as Mónadas e os
átomos permanentes que, como já vimos, são de importância fundamental para a formação dos
veículos monádicos.
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Vontade
EU
BUDHI SUPERIOR Átomo Permanente Búdhico
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FIO DE SUTRATMÃ
indestrutível estrela de luz e fogo divino que vem até à nossa Terra, como uma tábua de
salvação para as personalidades em que habita. Cabe a estas últimas arrimarem-se a ela, a fim
de, participando da sua natureza divina, obterem a imortalidade. Abandonada a si mesma, a
Mónada não se prende a ninguém.
“A Mónada emerge de seu estado de inconsciência espiritual e intelectual e, saltando
os dois primeiros Planos (Atmã e Budhi), demasiado próximos do Absoluto para que seja
possível qualquer correlação com algo pertencente a um Plano inferior, chega diretamente ao
Plano da Mentalidade. Não há, em todo o Universo, Plano que ofereça maior margem e mais
vasto campo de acção que o Plano Mental, com suas gradações quase infinitas de qualidades
perceptivas. Durante todo esse tempo, porém, a Mónada é uma só, ela mesma diferenciando-se
apenas nas suas encarnações.”
UNIDADE MENTAL – A essência elemental do Plano Mental envolve a Unidade
Mental, cuja função é despertá-la para responder aos impulsos vibratórios vindos de fora,
tornando-a cada vez mais sensível, sendo que esses impactos ambientais que afectam a Unidade
Mental reflectem-se na Tríade Superior.
Pode acontecer que um agregado de essência elemental encerre em seu seio mais de uma
Unidade Mental, que com o decorrer da evolução irá tornando-se cada vez mais sensível a
vibrações relacionadas com o pensamento. Em estágio mais adiantado será possível a formulação
de pensamentos mais definidos.
AUXÍLIO DOS DEVAS – Os Devas auxiliam de maneira decisiva o desenvolvimento do
veículo Mental. Como já vimos, é no Mental Concreto que se desenvolve o 1.º Reino Elemental,
que é povoado por certa categoria de Seres etéreos denominados Mana-Devas. Estes Devas
emanam dos seus corpos a essência elemental que envolve e vitaliza as Unidades Mentais ainda
em estágio embrionário e sem nenhuma experiência do Mundo em que vivem, necessitando,
portanto, do auxílio de quem já domina o ambiente.
REDE DE PROTECÇÃO – A Unidade Mental fica encerrada num agregado de essência
elemental do 1.º Reino Elemental. Protegendo este conjunto, uma delicada membrana de matéria
atómica de essência elemental forma uma parede em sua volta. Esta aura circundará futuramente
uma Alma Grupal.
FORMAÇÃO DO VEÍCULO MENTAL
Mônada
Fio de
Essência Elemental Sutratmã
MENTAL
Plano
Unidade Mental
Mental
Concreto
1ª Parede de
Essência Mental
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O Fio de Sutratmã partindo da Mónada, após ser ligado à Unidade Mental prossegue o
seu mergulho na Matéria cada vez mais densa e adentra o Plano Astral, onde terá lugar o 2.º
Reino Elemental. Um átomo astral é captado pelo Fio de Sutratmã com auxílio dos Devas do
Astral, categoria denominada Kama-Devas. As agregações da essência elemental do 2.º Reino
Elemental envolvem o Átomo Permanente Astral.
Forma-se em torno do Átomo Permanente Astral uma segunda parede isolante,
constituída de essência elemental astral.
MÔNADA
Fio de
Essência Elemental Sutratmã
ASTRAL
PLANO
Átomo Astral
ASTRAL
Permanente
2ª Parede de
Essência Astral
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MÔNADA
Fio de
Substância do 1º Sutratmã
Sub-Plano FÍSICO
Átomo Físico PLANO
Permanente FÍSICO
3ª Parede de
Substância Atômica
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A Mónada é que escolhe os átomos que lhe proporcionarão veículos, mas à medida que
os mesmos vão sendo envolvidos pela matéria elemental o poder da Mónada sobre eles vai
decrescendo, até que a Tríade Superior tenha logrado um alto nível evolucional, quando então os
veículos passarão por um processo de espiritualização, ou seja, voltarão novamente a estar sob a
égide monádica.
EVOLUÇÃO DOS ÁTOMOS – Quando um átomo é agregado a uma Mónada pelo Fio
de Sutratmã, passa a experimentar a influência poderosa da Força Espiritual. Em virtude disso,
deixa de ser um átomo comum, a sua estrutura íntima transmuta-se. Quando outros átomos
circundantes são atraídos para a sua órbita, passam a sofrer a sua poderosa influência vibratória.
Quando estes átomos se desprendem e voltam à massa elemental do ambiente, já são de natureza
mais evoluída. Podem ser tomados por outras Mónadas, pois são mais facilmente vivificados.
Tais átomos, por sua associação indirecta com a Mónada, desenvolvem-se com mais facilidade.
TRÍADE SUPERIOR Atmã – Budhi – Manas
TRÍADE INFERIOR Unidade Mental – Átomo Astral – Átomo Físico (Etérico)
São simples núcleos que possibilitam à Mónada entrar em contacto com os Planos que
lhe estão abaixo para realizar os seguintes objectivos:
a) Construir veículos;
b) Adquirir experiências nos Mundos inferiores;
c) Aprender a expressar-se em todos os Planos.
ALMA GRUPAL
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Uma Alma Grupal é formada por um grupo de Tríades Inferiores encerradas numa
espécie de bolsão, envolvidas num envoltório tríplice constituído das mesmas substâncias de
que são formadas as Tríades, ou seja:
1.º envoltório constituído de essência elemental do Plano Mental;
2.º envoltório constituído de essência elemental do Plano Astral;
3.º envoltório constituído de matéria física etérica do 1.º Sub-Plano Atómico.
As Tríades Inferiores (Mental Concreto, Astral e Físico) estão conjugadas por um Fio
Dourado às respectivas Tríades Superiores (Atmã, Budhi, Manas Arrupa) que se encontram
nos Planos Superiores. Abaixo damos um esquema do fenómeno:
MÔNADAS
Tríades Superiores
ALMA
GRUPAL
Tríades
1 2 3
Inferiores 3 2 1
Tríplice
Envoltório
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Quando, por qualquer motivo, é destruída a massa mineral em que as Tríades estão
mergulhadas, portanto servindo-lhe de veículo, elas retornam à sua matriz levando consigo uma
experiência já vivenciada como mineral, experiência essa compartilhada por todo o grupo.
A evolução da Alma Grupal Mineral processa-se no Plano mais denso do Universo, que
é o Plano Físico. Todos nós já passámos por essa etapa. Não expressa bem a realidade quando se
diz: “Nós já fomos um mineral, uma árvore e um animal”. O correcto é dizer-se que a nossa
Mónada através da sua expressão, a Tríade Inferior, já utilizou no decurso da sua evolução
veículos minerais, vegetais e animais. Mas jamais que ela fosse isso, pois a sua origem e
essência é de natureza Divina.
Todas as Tríades Inferiores têm que passar pelo Reino Mineral. É aí que a Onda de Vida
atinge o máximo da descida. A partir daí começa o caminho de retorno. A consciência física é a
primeira a ser activada. É no Reino Mineral que ela vai se sensibilizando aos impactos vindos do
exterior, até atingir o auto-conhecimento. Os atritos sofridos pelo veículo mineral reflectem-se
na Tríade, ou melhor, no seu Átomo Permanente Físico. Os atritos que vêm de fora despertarão
nela o germe da distinção entre o Eu e o não-Eu. Ao exaurir todas as possibilidades no Reino
Mineral, a Tríade, no tempo oportuno, passará ao Reino seguinte, o Vegetal.
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A atividade da Alma Grupal Vegetal é o segmento evolutivo que sucede a formação do Reino
Mineral. Na fase anterior trabalhava-se o Plano Físico, o máximo da descida da Onda de Vida.
Nesta segunda etapa a actividade processa-se no Plano Astral. A atividade nesta fase da
Evolução consiste na vitalização das partículas astrais que estão encerradas no envoltório da
Alma Grupal Vegetal, agora possuidor de apenas camadas:
O envoltório da Alma Grupal Vegetal é constituído das seguintes camadas:
a) Camada Externa: Constituída de Essência Elemental Astral;
b) Camada Interna: Constituída de Essência Elemental Mental.
NEM TODAS AS FORMAS VEGETAIS POSSUEM UM ÁTOMO PERMANENTE –
Nem todas as árvores, ou quaisquer outras formas vegetais, têm em si um Átomo Permanente a
animá-las e evoluindo até individualizar-se no final do Sistema. Como no Reino Mineral, não
existe uma alma individual numa árvore, e sim uma Tríade Inferior que anima um conglomerado
de espécies vegetais ao mesmo tempo, o que caracteriza a evolução colectiva do Reino.
Cabe aos Devas a actividade de transferir os Átomos Permanentes de uma árvore para
outra, ou de um conjunto delas para outro conjunto. Uma grande árvore, com longa duração de
vida, já encerra em si apreciável potencial de energia astral, o que lhe confere acentuada
sensibilidade. De um modo geral, todas as formas vegetais, em graus diferentes, são portadoras
dessa sensibilidade que é a característica marcante do Reino, precisamente pela presença da
vibração astral que as envolve. No Reino Vegetal, o Átomo Astral da Tríade Inferior está mais
activo que no Reino Mineral, onde o Átomo mais ativo era o Átomo Físico (Etérico). Em virtude
disso, o Átomo Astral atrai para si Energia Astral com a ajuda indispensável dos Devas.
As Almas Grupais Vegetais não são de constituição permanente. Elas dividem-se e
subdividem-seconsoante a grande variedade de espécies. Devido a este fenómeno, as Almas
Grupais, à medida que o Reino se aprimora, tornam-se cada vez mais numerosas para atender à
imensa multiplicidade de espécies que vão surgindo no decorrer da Evolução.
A presença da Tríade Inferior cria uma aura astral nas árvores, tornando-as sensíveis;
assim elas podem sentir os impactos ambientais externos: intempéries, sol, seca, maus tratos
infligidos pelos homens, tempestades, queimadas, etc. Essas experiências vivenciadas pelo Reino
Vegetal são assimiladas pelo Átomo Permanente Astral. Com a morte da árvore, da floresta, etc.,
a Tríade Inferior recolhe-se ao interior da Alma Grupal Vegetal que paira no espaço, à
semelhança do que acontece no Reino Mineral. Também os valores adquiridos são
compartilhados por todas as Tríades residentes no envoltório colectivo.
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Como nos reinos anteriores, os Devas orientam as Tríades para as formas animais. As
formas inferiores de vida animal, tais como micróbios, amebas, etc., ainda não possuem uma
constituição que permita abrigar um Átomo Permanente.
Até certo ponto, os animais possuem, se forem das espécies mais desenvolvidas, uma
alma já em processo de individualização. Quando desencarnados, conservam no Plano Astral a
sua individualidade por pouco tempo. A diferença fundamental está em que, por ainda não
estarem plenamente individualizados, retornam à Alma Grupal, que é uma reserva comum ao
grupo a que pertencem, levando as suas experiências. Com o decorrer do tempo, o conteúdo da
Alma Grupal será modificado pela vida inconsciente nas múltiplas experiências trazidas para ela.
MÔNADAS
Tríades Superiores
Envoltório
Único
ALMA
Tríades
Inferiores
GRUPAL
ANIMAL
Tríades
Inferiores
Encarnadas
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A multiplicação das Almas Grupais realiza-se por processo de fissão, algo parecido com
o fenómeno que se dá com a multiplicação das amebas ou a divisão celular.
FISSÃO DA ALMA-GRUPO
MÔNADAS
Tríades Superiores
Formação
da FISSÃO
INTERNA
ALMA
GRUPAL
Tríades
ANIMAL
Inferiores
na Alma
Grupal
Tríades
Inferiores
Encarnadas
Como já vimos, à medida que a evolução Animal prossegue o número de Almas Grupais
tende a aumentar pelo processo de fissão. Chega-se a um ponto em que determinadas Tríades
possuem o seu próprio envoltório. Devido às suas experiências, lograram separar-se do grupo a
que pertenciam.
1.ª FASE DA INDIVIDUALIZAÇÃO – Dá-se quando no interior do envoltório da Alma
Grupal existe uma só Tríade Inferior, embora ela ainda presida a inúmeras formas animais
ligadas à mesma Alma Grupal.
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MÔNADA
Tríade Superior
ALMA
Tríade Inferior GRUPAL
ANIMAL
Tríade
Inferior
Encarnada
Mental humano promovido pelas Hierarquias Superiores, o que provocou um enorme hiato entre
os dois Reinos em questão. Porém, o Reino Animal terá a sua compensação, pois quando
ingressar no Reino Humano estará muito mais evoluído do que está actualmente, e assim a
interrupção será amplamente compensada.
MÔNADA
Tríade Superior
ALMA
Tríade Inferior GRUPAL
ANIMAL
Tríade
Inferior
Encarnada
Uma só unidade
na forma animal
nossa mente até à fusão da Mente Infinita do Homem na Infinita do Universo, fusão que
exprime a posse integral do Mundo das Causas Supremas, ou a posse da percepção directa
que é o fastígio da evolução espiritual do Homem sobre a Terra: o Adeptado.”
MECANISMO DA INDIVIDUALIZAÇÃO
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As Tríades Superiores nos Planos Anupadaka, Átmico e Manásico não vivem isoladas
mas em grupos, segundo os seus Raios. A Ciência Iniciática ensina que, basicamente, no Plano
Anupadaka existem sete grandes grupos de Mónadas. Formam as grandes Hierarquias
Arrúpicas sob a direcção dos Dhyan-Choans Superiores. À medida que vão descendo para os
Planos Átmico, Búdhico e Manásico, vão-se desdobrando em subgrupos menores, mas sempre
sob a égide das sete tónicas primordiais.
Os Mestres de Sabedoria sempre levaram em consideração as características monádicas
ao reunir grupos de discípulos, procurando sempre pessoas com as mesmas tónicas vibratórias. A
ritualística, a meditação e outras práticas iniciáticas visam ajustar os grupos de aspirantes.
Mesmo na vida comum observa-se as mais diversificadas nuances do carácter humano. Até no
seio das famílias essas diferenças se fazem presentes. Nas práticas iniciáticas colectivas, os de
Raios semelhantes aglutinam-se com mais facilidade e vibram com maior intensidade. Segundo
os Mestres, quando o discípulo medita além de entrar em contacto com seu Eu Superior, também
se envolve com o seu Grupo Egóico segundo o seu Raio.
CORPO
Átomo CAUSAL
Permanente constituído de
Átmico substância do
Plano Mental
Superior
Átomo
Permanente
Búdhico Átomo
Permanente
Manásico
Nos Planos Divinos, as Mónadas vivem uma existência onde predomina um estado de
consciência unitário. O espírito de separatividade individual é desconhecido. O que existe é um
ordenamento grupal, de acordo com o Raio a que se pertença. Daí fala-ser nas diversas
Hierarquias, cada uma actuando em determinado Plano Cósmico.
Segundo algumas Escolas Orientais, esse ordenamento basicamente obedece a uma
escala septenária, conforme a tabela abaixo:
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Pelo visto acima, verificamos que quanto mais a Essência Divina desce na escala
manifestativa mais aumenta a sua multiplicidade. Esta é, portanto, uma Lei Cósmica. Nos
Mundos mais materiais, como no nosso Plano Físico, a multiplicidade das formas atinge uma
quantidade que beira as raias do infinito. Assim sendo, tem-se no mais alto: a Suprema Unidade;
e tem-se no mais baixo: a Suprema Multiplicidade.
“Sábia é a Lei que criou infinitas multiplicidades de formas, a fim de que a Essência
tenha sempre por onde se manifestar.”
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3.ª Emanação Faz descer as Mónadas para uni-las com as formas preparadas
SACRIFÍCIO DA MÓNADA
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Espírito Atmã
Intuição Budhi
Inteligência Manas
O EGO E A MÓNADA
No Ocultismo, o termo Ego tem conotação diferente da que é dada pela Psicologia. Para
nós, Ego significa Tríade Superior, ou seja, Atmã-Budhi-Manas. Assim entendido podemos
continuar. O próprio Ego, embora seja um reflexo da Mónada, não é propriamente a Mónada,
embora muitas Escolas defendam a tese de que Ego e Mónada são sinónimos.
A Mónada é eterna porque se originou do próprio Sol Único, de Parabrahmã. No
decorrer do que já foi exposto, verificamos que o Ego não é eterno, surgiu como uma criação ou
projecção da Mónada e passou a ter existência activa a partir da criação do Corpo Causal. Assim
sendo, só a Mónada é eterna, ela é o Homem Real.
O Ego é de natureza tríplice – Atmã-Budhi-Manas – sendo que só o segmento inferior
do Ego, que é Manas, se confunde com a Personalidade.
A Mónada, por sua vez, também é tríplice – Adi-Anupadaka-Atmã. Daí esta Tríade ser
chamada pelos Iniciados de Tríplice Atmã. Também desta Tríade só a parte mais baixa, que é
Atmã, faz conexão com o Ego. Assim, temos:
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Adi
Mónada Anupadaka
Atmã________________ Atmã
Ego Budhi
Manas__________________ Manas
Personalidade Astral
Físico
Atmã está para a Mónada assim como o Corpo Causal está para o Ego. A parte espiritual
da Personalidade pode ser considerada como sendo o Ego, da mesma maneira que a parte
espiritual do Ego é a Mónada. Portanto, o Ego é o que fica entre a Personalidade e a Mónada.
Assim sendo, o Ego pode ser considerado, antropogenicamente falando, como um Segundo
Trono humanizado.
IDEIA PERMANENTE
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Resumindo, temos:
O Ego deverá, com o tempo, exercer pleno domínio sobre a Personalidade;
A Mónada deverá, por sua vez, influenciar e dominar o Ego.
ADI
MÔNADA
ANUPADAKA ATMÃ
EGO
BUDHI MANAS
PERSONA-
LIDADE
ASTRAL FÍSICO
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A MÓNADA E O ETERNO
facto já está acontecendo como fenómeno acelerado de maneira acentuada no nosso mundo
ocidental, especialmente no que diz respeito ao Brasil onde actualmente verifica-se um
acentuado surto de misticismo, ainda não muito bem direcionado mas que com o tempo,
acreditamos, será corrigido, segundo os Desígnios da Lei.
A melhor maneira de servir a Deus não é cultuá-Lo como se Ele precisasse de loas e
honrarias. Esotericamente falando, a melhor maneira de servi-Lo é tratá-Lo bem em nosso
interior, pois no recôndito de todas as criaturas humanas Ele está eternamente presente.
Ao adquirirmos e vivenciarmos experiências positivas, enriquecendo o nosso tesouro
interior, estamos ao mesmo tempo enriquecendo o Eterno que vive em nós. Só assim estaremos
realmente glorificando o Senhor. O Fruto bendito que é o Bem praticado colectivamente pela
Humanidade, possibilitará a formação de Universos futuros cada vez mais esplendorosos. Ao
Homem cabe a responsabilidade de, com as suas acções, sentimentos e pensamentos, criar
condições para futuras manifestações, cada vez mais aprimoradas, do Logos Criador. Por isso é
que todos os Iluminados em todas as épocas sempre afirmaram que o Homem é de Origem
Divina, embora se tenha esquecido disso. O Verdadeiro Caminho da Iniciação nos conduzirá,
certamente, à realização desse desiderato.
CONSTRUIR - TRANSMUTAR – O Homem é uma Hierarquia Criadora, portanto,
um ser eminentemente construtor. Cria física, psíquica e mental ou espiritualmente. No Plano
Físico a tarefa está sendo realizada de maneira satisfatória, através das múltiplas realizações
levadas a efeito em todos os sectores, cabendo especial relevo às conquistas tecnológicas e
científicas. Ao transformar a matéria-prima, extraída do reservatório da Natureza, numa obra de
arte ou num instrumento de produção ou conforto, estamos promovendo um salto qualitativo da
Matéria, pois a mesma ao ser submetida ao processo produtivo é impregnada da energia
psicomental utilizada para o trabalho realizado. No Plano Astral, que é o Mundo das emoções e
sentimentos, o processo é mais subtil, pois não se deve matar o desejo mas submetê-lo a uma
transformação, porque aquilo que se mata ou se reprime pode ressurgir mais adiante com muito
maior força. Portanto, o objetivo não é matar mas transmutar. Mesmo porque nada morre, tudo
se transforma, conforme uma lei bem conhecida de todos. Com isto, também estaremos
modificando o próprio Corpo Psíquico Cósmico. A respeito do trabalho espiritual, trata-se de
algo muito mais transcendente, pois a própria Mónada comandará o processo transmutador,
cabendo ao homem apenas, como partícipe consciente, facilitar o fluxo das Energias Sátwicas
através dos seus veículos, adrede preparados pela prática do que é ensinado pela Sabedoria
Iniciática das Idades.
MECANISMO DA REENCARNAÇÃO
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CORPO
Átomo CAUSAL
Permanente
Físico
Átomo
Permanente
Astral Unidade
Mental
CASCÕES
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pois as suas vibrações pesadas são incapazes de encontrar resposta nos Princípios Superiores do
ser humano.
No Homem evoluído o que predomina é a Vontade, que nada tem a ver com o desejo.
Por isso ele é senhor de todos os Planos. Os Átomos Permanentes devem ser bem estruturados
para servirem de canal adequado entre a Tríade Espiritual e a Personalidade. Quando existe
harmonia, os valores dos Átomos Superiores infundem-se nos Átomos Permanentes inferiores,
modificando-lhes a estrutura íntima. Os Átomos Permanentes são de natureza mais desenvolvida
que os átomos comuns, sendo que nos Adeptos mesmo os átomos comuns já passaram por
profundas transmutações.
COMO SE FORMAM OS VEÍCULOS DOS BUDAS – Quando um Buda tem
necessidade de encarnar, evidentemente que os seus veículos terão que ser formados de átomos
especiais. A generalidade da sua estrutura veicular será constituída somente por Átomos
Permanentes, os Átomos sagrados que foram daqueles que atingiram o Adeptado e não mais
precisaram usá-los, ou seja, deixaram-no em custódia em virtude de já terem corpos de natureza
Shambogakaya e Dharmakaya, como já vimos quando estudámos os sete caminhos optativos
que se abrem aos Vitoriosos do Ciclo.
Graças a essa preciosa dádiva, é que as Vestes desses Excelsos Seres são chamadas de
Corpos Eucarísticos, ou Corpus Christi, segundo os cristãos. Os preciosos Átomos que foram
reunidos e usados para formarem os veículos do Senhor Gautama, o Buda, também foram
preservados. Assim, os Corpos Causal, Mental e Astral usados por Buda, foram também usados
por Cristo. Daí dizer-se que Cristo foi o mesmo Buda em essência. O Excelso Maitreya também
usará essas Vestes Sagradas. Este é um dos mais profundos Mistérios dos Avataras relacionado
à Tradição do Santo Graal. Quando Cristo, num Ritual Eucarístico, deu o seu Sangue para ser
bebido pelos seus discípulos, estava repetindo o Mistério, pois ao beber o precioso Sangue toda a
estrutura molecular física bem como a estrutura dos demais veículos dos discípulos, passaram
por uma profunda transformação. A partir da Santa Eucaristia, os Apóstolos iluminaram-se em
virtude do Mistério do Pentecostes. Este assunto será tratado com mais carinho no Caderno
destinado ao estudo do Santo Graal.
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Comunidade Teúrgica Portuguesa – Caderno Fiat Lux n.º 4 – Roberto Lucíola
Os corpos não são formados todos ao mesmo tempo. Tal formação dá-se de forma
gradativa e sucessiva. Quando o Corpo Mental já está praticamente elaborado, o Ego dá início à
formação do seu novo Corpo Astral. Vibrações emitidas da Tríade Superior incidem sobre o
Átomo Permanente Astral, despertando-o para a vida. Ele atrai para a sua aura, como
aconteceu com a Unidade Mental, substâncias elementais do Plano Astral, com o valioso auxílio
dos devas menores do 2.º Reino Elemental. De início, o corpo assim formado não passa de um
conglomerado de energia astral sem formas, não constituindo propriamente um corpo
organizado, pois só a Tríade Superior terá condições, com tempo, de organizar um verdadeiro
veículo que expresse no Mundo inferior os valores do Mundo Celeste.
INTERCÂMBIO ENTRE OS CORPOS MENTAL E ASTRAL – Tanto o Corpo Mental
como o Astral são constituídos de 7 subdivisões. O Corpo Mental Superior só pode ser afectado
pelos 3 segmentos superiores do Corpo Astral, em virtude de os mesmos só vibrarem com bons
ou elevados sentimentos. As emoções baixas não atingem os níveis superiores do Astral, ou seja,
o Astral Superior.
CORPO MENTAL SUPERIOR CORPO ASTRAL SUPERIOR
2º Sub-Plano
3º Sub-Plano
5º Sub-Plano
6º Sub-Plano
7º Sub-Plano
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Comunidade Teúrgica Portuguesa – Caderno Fiat Lux n.º 4 – Roberto Lucíola
Na sua primeira etapa, o corpo físico é construído a partir de substância física, porém, de
natureza etérica. Os devas menores criam um molde etérico e esta malha subtil é preenchida por
partículas materiais mais densas.
Graças à presença do Átomo Permanente Físico é que se faz possível a fertilização do
óvulo. A célula-mater é a que encerra o Átomo Permanente, e a partir deste ela reproduz-se
criando o tecido e os órgãos, mas se as células tornarem-se independentes da célula-mater
acabam degenerando e até se tornando cancerígenas.
Quanto mais evoluído for um Ego maiores serão as suas possibilidades de determinar o
seu karma, inclusive podendo interferir na criação dos seus veículos. Porém, um Ego pouco
consciente não pode agir na formação dos veículos que vai usar, ficando inteiramente
dependente dos devas criadores. Não tem o direito de escolher o local de nascimento, a família
e nem a raça, cabendo isso aos Senhores do Karma. Assim sendo, são determinantes três
factores:
a) A Lei que regula a Evolução;
b) O Karma;
c) Os apegos de encarnações passadas que geram ódio, amor, ambição, egoísmo, etc.
O Iniciado não tem apego ao que quer que seja: pessoas, bens, posições, pátria, etc. As
pessoas ficam presas karmicamente umas às outras pelo amor ou pelo ódio. O amor deve ser
universal e sem apego egoísta estender-se a todas as criaturas. A encarnação reunirá sempre no
mesmo grupo, geralmente unido por laços de parentesco, todos aqueles que porventura tenham
feito algum mal ou promovido sofrimentos entre si. Assim age a Lei para neutralizar causas
negativas geradas no Passado. A maneira mais fácil de se ligar a uma pessoa é guardar rancor
dela, ficar-se-á preso a ela por laço que só o perdão desfará.
Gautama, o Buda, afirmou que ninguém nasce numa nação, família ou raça que não seja
sua por laço kármico. A Lei encaminha o encarnante para o local que lhe está reservado por bom
ou mau karma. JHS afirmou que nascer no Brasil é um privilégio. Aquele que não fizer jus a esta
oportunidade, prejudicando directa ou indirectamente a colectividade nacional, não mais terá o
direito de encarnar aqui.
O Ego antes de encarnar e mergulhar no esquecimento da sua Origem Divina, tem uma
visão panorâmica dos resultados que a sua futura encarnação trará para a sua evolução. Ele sabe
que os sofrimentos por que passará serão compensados plenamente pelo avanço alcançado após
o sacrifício do mergulho na Matéria.
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