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Guia Acs PDF
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GUIA PRÁTICO
DO AGENTE
COMUNITÁRIO
DE SAÚDE
Brasília – DF
2009
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
GUIA PRÁTICO
DO AGENTE
COMUNITÁRIO
DE SAÚDE
Brasília – DF
2009
© 2009 Ministério da Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou
qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens dessa obra é da área técnica.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde:
http://www.saude.gov.br/bvs
Série A. Normas e Manuais Técnicos
Tiragem: 1ª edição – 2009 – 235.000 exemplares
ISBN 978-85-334-1645-1
1. Educação em saúde. 2. Agente comintário de saúde (ACS). 3. Atenção à saúde. I. Título. II. Série.
CDU 614-057.182(036)
APRESENTAÇÃO
APRESENTACÃO
No processo de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o
agente comunitário de saúde (ACS) tem sido um personagem muito
importante realizando a integração dos serviços de saúde da Aten-
ção Primária à Saúde com a comunidade.
Atualmente são mais de 200 mil em todo o Brasil desenvolvendo
ações de promoção e vigilância em saúde, contribuindo para a me-
lhoria da qualidade de vida das pessoas.
O Ministério da Saúde reconhece que o processo de qualificação dos
agentes deve ser permanente e nesse sentido apresenta esta publi-
cação, com informações atualizadas relacionadas aos temas mais fre-
quentes do seu cotidiano.
O Guia Prático do Agente Comunitário de Saúde, elaborado pelo De-
partamento de Atenção Básica, tem como objetivo oferecer subsí-
dios para o desenvolvimento do trabalho do ACS.
Seu formato foi pensado para facilitar a consulta e o manuseio prin-
cipalmente durante as visitas domiciliares, auxiliando no esclareci-
mento de dúvidas de forma objetiva.
Esperamos que este material contribua para o fortalecimento de seu
trabalho, desejando sucesso na tarefa de acompanhar os milhões de
famílias brasileiras.
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A família e o trabalho do ACS
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IDENTIFIQUE
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Registro Civil de Nascimento
e documentação básica
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Você pode encontrar na sua área de atuação pessoas que não pos-
suem Certidão de Nascimento e outros documentos básicos de ci-
dadania. Isso faz com que esses brasileiros deixem de ter acesso a
oportunidades e até mesmo aos programas sociais do governo.
Na visita domiciliar, é importante que você identifique as pesso-
as sem Registro Civil e sem documentação.
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É preciso estar atento para as crianças nascidas e que não foram re-
gistradas após os 90 dias de vida.
A Declaração de Nascido Vivo (DNV) é o documento que é emitido
pelo estabelecimento de saúde onde a criança nasceu. Esse documen-
to deve ser levado ao cartório para ser feito o Registro Civil de Nas-
cimento (RCN) e emitida a Certidão de Nascimento. O registro fica
no cartório. A certidão fica com a pessoa que fez o registro. Pai, avô,
padrinho ou amigo pode fazê-lo. O Registro Civil de Nascimento é
feito uma única vez em livro no cartório, é gratuito para todos os
brasileiros, assim como a primeira Certidão de Nascimento forne-
cida pelo cartório.
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Para o registro civil para os maiores de 90 dias sem a DNV, você, ACS,
deve recomendar que a família procure o cartório mais próximo de
sua residência para obter mais informações de como proceder. Des-
tacamos que, mesmo assim, o 1º RCN continua sendo gratuito.
É importante guardar e preservar a certidão original, pois será
utilizada por toda a vida do cidadão.
Caso seja necessário ter acesso a uma segunda via da Certidão de
Nascimento, basta solicitar a emissão de outra certidão no cartório
onde a pessoa foi registrada. Nesse caso será cobrada uma taxa, a
não ser que o solicitante seja reconhecidamente pobre, conforme já
explicado.
Documentação básica:
Cadastro de Pessoa Física (CPF);
Carteira de Trabalho e Previdência Social – CNTPS;
Registro Geral (RG) ou Carteira de Identidade.
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DOCUMENTOS NE-
DOCUMENTAÇÃO
PARA QUE SERVE CESSÁRIOS PARA OBSERVAÇÕES
BÁSICA
SOLICITAÇÃO
Cadastro de Identifica o con- Certidão de Nasci- É preciso pagar uma
Pessoa Física tribuinte – pessoa mento, original ou taxa para emissão do
CPF física diante da cópia autenticada. cartão do CPF.
Receita Federal. Os maiores de 18 O Programa Nacional
É obrigatório para anos devem apre- de Documentação da
abertura de contas sentar o Título de Trabalhadora Rural do
em bancos e para Eleitor. O número Ministério do Desen-
obter crédito. do CPF é o mesmo volvimento Agrário
para toda a vida. fornece gratuitamente
o RG, CPF e CTPS, nos
mutirões itinerantes.
A Caixa Econômica Fe-
deral (se for usuária do
Bolsa-Família) e o Banco
do Brasil (se for benefi-
ciária do Pronaf1 ) forne-
cem o CPF com isenção
da taxa.
Continua...
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Continuação
DOCUMENTOS NE-
DOCUMENTAÇÃO
PARA QUE SERVE CESSÁRIOS PARA OBSERVAÇÕES
BÁSICA
SOLICITAÇÃO
Carteira de É o documento que Para os solteiros: É feita pelas Secreta-
Identidade/ registra as caracte- Certidão de Nasci- rias Estaduais de Se-
Registro Geral rísticas individuais mento, original ou gurança Pública.
RG de cada pessoa, fotocópia autenti- Em alguns Estados é gra-
com fotografia cada. tuita, em outros não.
e impressões di- Para os casados: Os menores de 16 anos
gitais. Contém o Certidão de Casa- devem estar acompa-
nome completo, mento, original ou nhados de seus respon-
nome dos pais, lo- fotocópia autenti- sáveis: pai, mãe, tutor,
cal de nascimento cada. guardião ou acompa-
( n at u r a l i d a d e ) Aqueles que tive- nhante nomeado pelo
e data de nasci- ram alteração de juiz da vara da infância
mento. sobrenome após o e juventude. Menores
casamento devem de 16 anos casados ou
ainda levar foto- emancipados não pre-
grafias 3x4, iguais e cisam de autorização
recentes. do responsável.
Se quiserem que Em caso de roubo, é pre-
conste o número ciso apresentar cópia ou
do CPF, é preciso original do boletim de
apresentá-lo quan- ocorrência, além de Cer-
do solicitar a iden- tidão de Nascimento ou
tidade. Certidão de Casamento,
originais ou fotocópias
autenticadas.
Continua...
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DOCUMENTOS NE-
DOCUMENTAÇÃO
PARA QUE SERVE CESSÁRIOS PARA OBSERVAÇÕES
BÁSICA
SOLICITAÇÃO
Carteira de Vale também como Certidão de Nasci- É fornecida gratuita-
Trabalho e documento de mento ou Carteira mente nas Superin-
Previdência identificação. de Identidade e CPF. tendências Regionais
Social É obrigatória para Fotografia 3x4. do Trabalho, nas Agên-
CTPS comprovar a re- Somente maiores cias de Atendimento
lação de trabalho de 14 anos poderão ao Trabalhador e nos
remunerado e é obter a CTPS. municípios que têm
onde se registram convênio com o Mi-
o contrato de tra- nistério do Trabalho e
balho, as férias e Emprego.
as alterações no Se for perdida, ex-
salário. traviada ou roubada,
Com a CTPS, o uma nova via pode ser
trabalhador é ca- tirada, apresentando,
dastrado nos pro- além das fotos e docu-
gramas PIS, PASEP. mentos, o boletim de
Esse número de ocorrência policial.
inscrição permite Se estiver danificada,
que o trabalhador rasgada, se tiver perda
consulte e saque de foto ou de páginas
benefícios sociais importantes, é preciso
quando tiver direito apresentar a antiga
a eles. para pedir uma nova.
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Pronaf – Programa Nacional de Agricultura Familiar
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Saúde da criança
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Peso:
Normalmente os bebês nascem com peso entre 2,5 kg e 4 kg e sua
altura fica entre 47 e 54 centímetros.
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Pele:
Sua pele é avermelhada e recoberta por uma camada de gordura,
que serve de proteção e aumenta sua resistência a infecções.
É delicada e fina, então é preciso ter muito cuidado com a higiene.
Podem ter pelos finos e longos nas costas, orelhas e rosto, que desaparecem após
uma semana do nascimento;
Podem aparecer alguns pontinhos no nariz como se fossem pequenas espinhas,
que não se deve espremer, pois podem inflamar. Eles desaparecem em cerca de
um ou dois meses;
Podem apresentar manchas avermelhadas espalhadas pelo corpo, que é uma
reação da pele ao ambiente, e também logo desaparecem;
Se o bebê apresentar coloração amarelada em qualquer intensidade, orientar
para procurar a UBS, porque pode ser “icterícia”.
Cabeça:
A cabeça do recém-nascido sofre pressão intensa durante o trabalho
de parto, que, às vezes, adquire uma forma diferente do normal. O
bebê pode ainda nascer com o rosto inchado e com manchas. São
alterações que desaparecem em poucos dias.
O bebê pode apresentar um inchaço no couro cabeludo, como uma
bolha, devido à compressão da cabeça para dilatar o colo do útero.
Quando o parto é natural, é comum isso acontecer com o bebê.
A “moleira” é também uma característica do recém-nascido, não de-
vendo ser motivo de preocupação. Ela nada mais é que uma região
mais mole na parte de cima dos ossos da cabeça que ainda não estão
emendados. Isso ocorre para facilitar a passagem da cabeça do bebê
pelo canal vaginal na hora do parto. A moleira é importante para que
a cabeça do bebê continue crescendo, acompanhando o crescimen-
to do cérebro. Ela vai se fechando aos poucos, num processo que só
se completa por volta dos 18 meses de vida.
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Tórax e abdome:
Alguns bebês podem nascer com as mamas aumentadas porque os hormônios da
mãe passaram por meio do cordão umbilical. Isso é natural. Você deve orientar a
mãe para não espremer, pois, além de machucar, pode inflamar. Informe que as
mamas irão diminuir aos poucos;
A barriga do bebê é alta e grande, e na respiração ela sobe e desce (respiração
abdominal);
O coto umbilical é esbranquiçado e úmido, que vai ficando seco e escuro, até cair;
Os braços e pernas parecem curtos em relação ao corpo.
Genitais:
Em alguns meninos os testículos podem ainda não ter descido to-
talmente, parecendo o saco um pouco murcho; outros podem ser
grandes e duros, parecendo estar cheios de líquido. Mantendo-se
qualquer uma dessas situações, orientar para procurar a UBS.
Nas meninas pode haver saída de secreção esbranquiçada ou um pe-
queno sangramento pela vagina. Isso ocorre devido à passagem de
hormônios da mãe. Nesses casos, oriente que é uma situação passa-
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Funcionamento intestinal:
Nas primeiras 24 horas de vida, os recém-nascidos eliminam o mecô-
nio (que é verde bem escuro, quase preto e grudento, parecendo gra-
xa), depois as fezes se tornam esverdeadas e, posteriormente, ama-
reladas e pastosas. As crianças amamentadas no peito costumam
apresentar várias evacuações por dia, com fezes mais líquidas. Se o
bebê está ganhando peso, mamando bem, mesmo evacuando várias
vezes ao dia, isso não significa diarreia.
Alguns bebês não evacuam todos os dias e chegam a ficar até uma
semana sem evacuar. Se, apesar desse tempo, as fezes estiverem pas-
tosas e a criança estiver mamando bem, isso não é um problema.
Se o bebê está mamando só no peito e fica alguns dias sem evacuar,
não se deve dar frutas, laxantes ou chás. É importante orientar a mãe
que nesse período não se trata de doença, procurando tranquilizá-la.
Urina:
Os bebês urinam bastante. Isso indica que estão mamando o sufi-
ciente. Quando ficam com as fraldas sem ser trocadas por muito tem-
po, por exemplo, a noite toda, o cheiro da urina pode ficar forte, mas
na maioria das vezes não significa problema de saúde.
Sono:
Na primeira semana, o recém-nascido dorme de 15 a 20 horas por
dia, porém alguns não dormem entre as mamadas, ficando acorda-
dos por várias horas.
Para que o bebê não troque o dia pela noite, é importante lembrar
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Choro:
O choro é uma manifestação natural. Depois do nascimento, o bebê
tem que se adaptar a uma série de mudanças: novas sensações, no-
vos sons, roupas, banhos... Não é, portanto, de se estranhar o fato de
ele chorar.
O bebê se comunica pelo choro sempre que se sentir desconfortá-
vel ou estiver com fome, sede, frio, fralda molhada, roupa apertada,
coceira, cólica ou irritação por excesso de barulho. Não usar medica-
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Raramente o bebê chora sem que haja uma razão. Ele pode
chorar quando se encontrar em algumas dessas situações:
Fome: o bebê chora muito, nenhum carinho consegue acalmá-lo e já se passaram
algumas horas da última mamada: é fome. Ele só se tranquilizará depois que
estiver satisfeito.
Desconforto: o bebê fica incomodado quando sua fralda está molhada. Além
disso, a cólica, o calor e o frio são também situações de desconforto.
Dor: nos primeiros meses são normais as cólicas provocadas porque engole ar
durante as mamadas. O choro de dor é agudo, inconsolável e repentino. Algumas
medidas podem ajudar a acalmar a dor, como massagens na barriga, movimentar
as pernas em direção ao corpo e encostar a barriga do bebê na barriga da mãe.
Solidão: o bebê gosta de companhia e ao sentir a falta da mãe ele chora muito.
Ela deve pegá-lo no colo, dar carinho e atenção. Você pode orientar que ele chora
não por um capricho, mas por uma necessidade de aconchego e carinho.
Frio: muitas vezes ao trocar ou dar banho em um bebê ele começa a chorar. Isso
pode ser pela sensação de frio e de nudez repentina. A mãe deve cobri-lo com
uma toalha para acalmá-lo.
Agitação: o recém-nascido sofre diferentes estímulos: barulhos, luzes, calor, frio
etc. E em certos momentos de maior tensão ele pode manifestar uma crise de
Continua...
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Continuação
choro. Nesse caso deve-se dar colo e carinho. Alguns bebês choram antes de dor-
mir. Você deve orientar a não deixá-lo chorar pensando que assim cairá no sono
pelo cansaço, pois ele precisa de tranquilidade e carinho para dormir.
Cólicas:
Em geral, começam no fim da terceira semana de vida e vão até o fim
do terceiro mês. O bebê chora e se contorce, melhora quando suga
o peito e volta a chorar. Isso faz com que a mãe pense que é fome e
pode levá-la a substituir o leite materno por mamadeira.
Você deve orientar para que a mãe e familiares não confundam a ne-
cessidade de sugar, que melhora por um tempo as cólicas, com a fome.
Orientar ainda a não usar medicamentos sem orientação da equipe
de saúde, pois podem ser perigosos para o bebê, por conter substân-
cias que podem causar sonolência.
Para aliviar as cólicas por alguns momentos, orientar para fazer massa-
gens na barriga no sentido dos ponteiros do relógio e movimentar as
pernas em direção à barriga. Fazer compressas secas e mornas, acon-
chegar o bebê no colo da mãe também podem ajudar a acalmar a dor.
Regurgitação:
É comum e consiste na devolução frequente de pequeno volume de
leite logo após as mamadas. Quase sempre, o leite volta ainda sem
ter sofrido ação do suco gástrico. Se o ganho de peso do bebê for
satisfatório, é uma situação normal.
Soluços e espirros:
Os soluços são frequentes quando a criança está descoberta e com
frio, na hora do banho e às vezes após as mamadas. Não provoca ne-
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Hidratação:
As crianças amamentadas exclusivamente no seio não necessitam de
água, chás, sucos ou outros leites que não o do peito nos intervalos
das mamadas.
Quando a criança estiver tomando mamadeira, oferecer nos interva-
los água filtrada e fervida.
No banho:
Deve ser diário e nos horários mais quentes, podendo ser várias ve-
zes no dia, principalmente nos lugares de clima quente. Sempre com
água morna, limpa e sabonete neutro. É importante testar a tempe-
ratura da água antes de colocar a criança no banho.
Enxugar bem, principalmente nas regiões de dobras, para evitar as
assaduras.
Não usar perfume, óleos industrializados e talco na pele do bebê,
pelo risco de aspiração do talco e por causar alergias.
As unhas do bebê devem ser cortadas para evitar arranhões e acú-
mulo de sujeiras.
Na troca de fraldas:
A cada troca de fraldas, limpar com água morna e limpa, mesmo que
o bebê só tenha urinado. Não deixar passar muito tempo sem trocá-
las, pois o contato das fezes ou da urina com a pele delicada do bebê
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Com o umbigo:
O coto umbilical cairá espontaneamente entre o 5º e o 14º dia de
vida. Alguns recém-nascidos apresentam um umbigo grosso e gela-
tinoso, que poderá retardar sua queda até em torno de 25 dias. Pode
ocorrer discreto sangramento após a queda do coto umbilical, que
não requer cuidados especiais.
Os cuidados com o coto umbilical são importantes para evitar infec-
ções. A limpeza deve ser diária durante o banho e deixar sempre seco.
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Hérnia umbilical:
É uma alteração na cicatriz umbilical. Após a queda do coto umbili-
cal, quando o bebê chora, é possível ver que o umbigo fica estufado.
Orientar a não usar faixas, esparadrapos ou colocar moedas, pois não
têm nenhum efeito e podem dificultar a respiração do bebê ou cau-
sar irritação na pele. Na grande maioria dos casos a hérnia umbilical
regride naturalmente sem necessidade de qualquer intervenção. De
qualquer forma, deve-se orientar para procurar a UBS para avaliação.
Hérnia inguinal:
É uma bola que aparece na virilha, principalmente quando o bebê
chora. Caso seja confirmada a presença da hérnia, o tratamento é ci-
rúrgico e você deve orientar para procurar a UBS.
Outros cuidados:
A higiene do ambiente, das roupas, dos objetos usados pelo bebê é
muito importante, considerando que ele tem poucas defesas e pode
ter infecções. É preciso, então, orientar para que as pessoas tenham
o entendimento da relação da sujeira com a presença de micro-orga-
nismos causadores de doenças.
Quem cuida do bebê deve lavar bem as mãos, com água e sabão,
antes e depois de cada cuidado.
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TRIAGEM NEONATAL
Teste do pezinho
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Teste da orelhinha
Teste do olhinho
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Dentição de leite
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Higiene bucal
Escovação:
Com o aparecimento do primeiro dente, inicia-se a fase do uso da
escova dental, que deverá ser de cabeça pequena e as cerdas arre-
dondadas e macias, mas sem a pasta de dente. O creme dental com
flúor só deverá ser utilizado quando a criança souber cuspir comple-
tamente o seu excesso.
Criança que ainda não sabe cuspir não deve usar pasta de dente com
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flúor, pois ela pode engolir essa pasta e vir a ter um problema conhe-
cido como fluorose, que é o aparecimento de manchas esbranquiça-
das e/ou má formação dentária. Seguir as recomendações da equipe
de Saúde Bucal quanto à quantidade segura de creme dental para
a criança e a frequência de escovação, pois isso é fundamental para
prevenir a cárie precoce e a fluorose.
Fio dental:
O uso do fio dental é tão importante quanto o uso da escova de dente.
Ele garante a retirada dos restos de alimentos entre os dentes e da
placa bacteriana. O seu uso deve ser estimulado na medida em que
a criança for crescendo e iniciado assim que se estabelecer o espaço
entre dois dentes.
Na saúde bucal o ACS deve ainda reforçar a importância de uma ali-
mentação saudável, sem açúcar. Incentivar o consumo de frutas, le-
gumes e verduras e evitar alimentos industrializados (refrigerantes,
bolachas, salgadinhos, balas, doces, chocolates).
Orientar a mãe, o pai ou quem cuida da criança para ir regularmente
ao serviço de saúde para avaliação e prevenção de cárie.
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Candidíase bucal:
Conhecida como “sapinho”, é uma doença infecciosa causada por
fungos. Apresenta-se como uma placa esbranquiçada e mole que
recobre a língua, bochecha ou palato mole (céu da boca mais poste-
rior). A candidíase é encontrada com maior frequência em bebês en-
tre zero e três meses de idade. Caso você ou a mãe identifique esses
sinais, oriente a procurar a UBS.
Língua geográfica:
São áreas lisas localizadas na língua com margens limitadas e bem
definidas que imitam o formato de um mapa, por esse motivo que
se denomina de língua geográfica. O ACS pode ficar tranquilo ao ser
questionado sobre essa manifestação bucal, pois ela não necessita
de nenhum tratamento. Porém, em caso de dúvida, sempre comu-
nique sua equipe e discuta sobre o caso para ter mais informações.
Gengivite de erupção:
É uma inflamação localizada na gengiva devido ao surgimento dos
primeiros dentes de leite. O bebê pode sentir dor, febre e recusa à
alimentação. Deve-se orientar a mãe e familiares que essa situação é
comum e que o bebê pode ficar irritado, mais choroso e precisar de
mais carinho e atenção. O ACS pode indicar algumas medidas casei-
ras, como chá gelado de camomila ou malva e procurar o dentista da
área.
Hematoma de erupção:
É uma lesão de coloração azulada na região do dente que está nas-
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GUIA PRÁTICO PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
Continua...
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Continuação
ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Crescimento
Desenvolvimento
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Atividades
Vacinas da criança
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1
A primeira dose da vacina contra hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12
horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de três doses, com intervalos de 30
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dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose.
2
É possível administrar a primeira dose da vacina oral de rotavírus humano a partir de 1 mês e 15 dias
a 3 meses e 7 dias de idade (6 a 14 semanas de vida).
3
O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina tetravalente e dois
reforços com a tríplice bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo, entre 4 e 6 anos.
4
É possível administrar a segunda dose da vacina oral de rotavírus humano a partir de 3 meses e 7
dias a 5 meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas de vida). O intervalo mínimo preconizado entre a
primeira e segunda dose é de quatro semanas.
5
A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 9 meses de idade que residam
ou que irão viajar para área endêmica (Estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área
de transição (alguns municípios dos Estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (al-
guns municípios dos Estados: BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra febre amarela
10 dias antes da viagem.
Observações gerais:
Em relação à vacinação, você deve orientar para procurar a UBS as crianças que:
Não tiverem a marca (cicatriz) da vacina BCG no braço direito, após seis meses da
aplicação da vacina;
Não tiverem o registro da aplicação de qualquer uma das vacinas na Caderneta da
Criança;
Tiverem informações sobre aplicações de vacinas que não estejam registradas na
Caderneta;
Não compareceram no dia agendado pela UBS para a vacinação;
Apresentarem qualquer queixa após a aplicação da vacina.
ATENÇÃO: as etapas de cicatrização da pele após a aplicação da vacina BCG:
Em torno da segunda semana, palpa-se uma pequena área endurecida;
Da quinta à sexta semana, o centro da área endurecida começa a amolecer,
formando uma crosta (casca);
Quando a crosta cai, deixa em seu local uma pequena lesão, que desaparece lenta-
mente entre a 8ª e a 10ª semana. Em alguns casos, a cicatrização é mais demorada,
podendo se prolongar até o quarto mês, raramente além do sexto mês.
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PROGRAMA BOLSA-FAMÍLIA
Nos primeiros seis meses, o bebê só deve receber o leite materno. Ele
deve ser oferecido todas as vezes que o bebê quiser, inclusive à noite.
Após os seis meses, introduzir novos alimentos, continuando com o
aleitamento materno até os dois anos ou mais.
A partir dos seis meses, as papas de frutas, legumes, carnes e cereais
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Aos sete meses, a crianças que mamam no peito já pode receber duas papas
salgadas por dia e duas papas de fruta;
Aos 10 meses, a criança já pode receber a alimentação básica da família, desde
que não muito condimentada;
A partir dos 12 meses, a criança que mama no peito deve fazer uma refeição ao
acordar, dois lanches por dia e duas refeições básicas por dia (almoço e jantar);
As verduras devem ser descascadas e cozidas no vapor ou em pouca água e com pouco
sal. Depois devem ser amassadas com o garfo e ficar com consistência de papa;
Deve-se evitar dar à criança açúcar, frituras, enlatados, café, chá mate, refrige-
rantes nos primeiros anos de vida. Esses alimentos podem causar ou ser fator de
predisposição a excesso ou baixo peso, anemia, alergia alimentar e cárie. Além de
fazer com que as crianças percam o interesse por alimentos na sua forma natural;
A papa salgada deve conter um alimento do grupo dos cereais ou tubérculos
(inhame, cará, aipim/macaxeira/mandioca), um das hortaliças (folhas ou legu-
mes) e um do grupo dos alimentos de origem animal (frango, boi, peixe, miúdos,
ovos) ou das leguminosas (feijão, soja, lentilha, grão-de-bico);
Miúdos ou fígado devem ser oferecidos no mínimo uma vez na semana para a
prevenção da anemia;
Após o consumo de papas salgadas, é indicado o consumo de
meio copo de suco de fruta natural ou uma porção pequena
de fruta para aumentar a absorção do ferro presente nas
refeições e ajudar na prevenção da anemia;
Durante o dia e no intervalo das refeições, as crianças
devem receber água pura, limpa, filtrada ou fervida.
Os sucos devem ser oferecidos apenas após as
papas salgadas (almoço e jantar);
O leite artificial deve ser preparado no máximo
uma hora antes de ser oferecido. Não aproveitar
sobras de outros horários. Crianças até seis meses
que recebem outro leite que não o materno devem
consumir no máximo 400 ml por dia.
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OBESIDADE EM CRIANÇA
Atividades físicas
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Ansiedade
Fatores genéticos
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A criança deve ser ativa, evitando-se que ela passe muitas horas assistindo à TV,
jogando videogame ou brincando no computador.
É uma doença que pode ser causada por bactérias, vírus e parasitos,
caracterizada principalmente pelo aumento do número de evacua-
ções, com fezes aquosas (líquidas) ou de pouca consistência.
Em alguns casos, há presença de muco e sangue. A criança também
pode ter náusea, vômito, febre e dor abdominal. Tem duração entre
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PREVENINDO
ACIDENTES NA
INFÂNCIA
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Quedas de alturas;
Acidentes automobilísticos;
Afogamentos.
Para evitar as intoxicações acidentais, guardar os produtos peri-
gosos em locais altos, completamente fora do acesso das crianças.
Não usar locais baixos protegidos por chaves, porque, no dia a dia, é
muito fácil esquecer uma porta aberta. Um descuido pode ser fatal.
Eliminar da casa as plantas venenosas. As mais responsáveis por in-
toxicações em crianças são: comigo-ninguém-pode, mamona, saia-
branca, copo-de-leite, costela-de-adão, espirradeira, dama-da-noite,
bico-de-papagaio, oficial-de-sala, os cogumelos e as folhas da bata-
ta e do tomate, aveloz. Existe, ainda, lista muito grande de vegetais
capazes de provocar envenenamentos. Procure conhecer as plantas
tóxicas da sua região para orientar as famílias. Evite colocar produtos
de limpeza em frascos de doces, garrafas de refrigerantes ou de su-
cos, pois a criança não vai saber distinguir que o conteúdo daquela
embalagem não pode ser consumido.
Uma das medidas para evitar a sufocação é esconder os sacos plásti-
cos em local de difícil acesso.
Para evitar os choques elétricos, coloque as tomadas em lugares
mais altos ou tampe-as com protetores de plástico.
Para evitar atropelamentos, não acostumar a criança a brincar perto
de ruas ou rodovias onde passam carros. O adulto deve sempre segu-
rar na mão da criança quando estiver em locais com movimento de
carros, motos, bicicleta.
Para evitar acidentes automobilísticos, não levar crianças no colo,
e sim sempre no banco traseiro, na cadeira apropriada ou assento
infantil e com cinto de segurança.
Para evitar mordeduras e picadas, não armazenar entulho ou obje-
tos velhos e imprestáveis, que podem servir de ninho a animais pe-
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A criança maior, que vai à rua sozinha, está sujeita a uma série de
acidentes graves que só podem ser evitados por meio de uma orien-
tação clara, firme e convincente. Nesse caso, estão:
Queimaduras por fogos de artifício;
Acidentes com armas de fogo;
Quedas de árvores, muros, brinquedos de velocidade (patins, bicicletas e skates);
Ferimentos cortantes e perfurantes;
Acidentes de trânsito;
Afogamentos.
Para evitar queimaduras com fogos de artifício, além da orientação,
o ideal é que os adultos não usem para dar o bom exemplo.
Para evitar os acidentes com armas de fogo, o melhor é não ter ar-
mas em casa, pois sempre se corre o risco delas caírem nas mãos das
crianças. Em caso em que isso não puder ser evitado, devem ser guar-
dadas em locais extremamente seguros.
Para evitar as quedas de brinquedo de velocidade (bicicleta, velocí-
pede), compre os materiais de segurança recomendados (capacetes,
joelheiras, cotoveleiras) e só permita a sua utilização em locais prote-
gidos (nunca na rua).
Para evitar afogamentos, não nadar em locais desconhecidos, longe
da margem e orientar a não mergulhar de cabeça na água.
Para andar sozinho na rua, a pé ou de bicicleta, a criança deve estar
efetivamente treinada, conhecer e obedecer às regras de trânsito,
para evitar que se envolva em acidentes.
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Saúde do adolescente
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Sinais de alerta:
Magreza excessiva ou obesidade;
Fugas frequentes de casa;
Indícios de exploração sexual;
Indícios de violência na família;
Indícios de transtornos mentais;
Indícios de uso de álcool, cigarro e outras drogas;
Indícios de vida sexual precoce e/ou promíscua.
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ESQUEMA VACINAL
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Orientação
SEXUALIDADE
Na adolescência, afloram-
se muitos questionamentos
relacionados à identidade
sexual, às transformações do
corpo e à vivência das primeiras experiências sexuais. A sexualidade
não está restrita ao ato sexual. Envolve desejos e práticas relaciona-
dos à satisfação, ao prazer, à afetividade e autoestima.
É importante para todas as pessoas e especialmente para os adoles-
centes e jovens conhecer o funcionamento do seu corpo.
Para promover a saúde sexual e a saúde reprodutiva de adolescentes
e jovens, é fundamental a realização de ações educativas que tenham
como princípio a igualdade entre homens e mulheres, incentivo ao
respeito mútuo nas relações e que sejam rejeitadas todas as formas de
violência e atitudes discriminatórias – discriminação contra homosse-
xuais ou a ridicularização dos que não sejam sexualmente ativos, entre
outras. Essas atividades podem ser realizadas nos diversos espaços co-
munitários (clubes, escolas, grêmios recreativos, associações).
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Planejamento reprodutivo
Anticoncepção
A importância do pré-natal
SAÚDE BUCAL NO
ADOLESCENTE
Higiene bucal
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TRANSTORNOS ALIMENTARES
Por isso, sempre que o ACS identificar pessoas com risco ou sintomas
da doença, é preciso que ele comunique a UBS de sua área, para que
o tratamento seja iniciado o mais rápido possível.
Os transtornos alimentares, embora tenham normalmente seu
início na adolescência, podem permanecer durante a vida adulta.
Transtornos
alimentares
Algumas consequências Orientações
e condições
nutricionais de risco
Pressão alta, diabetes, - Estimular atividade física, como
isolamento social, baixa caminhada, futebol, skate, pular corda,
autoestima, depressão, danças, andar de bicicleta.
Obesidade
dificuldade de ser aceito pelo - Estimular hábitos saudáveis de
grupo, alteração na menstru- alimentação.
ação, gravidez de risco. - Orientar a procurar atendimento na UBS.
- Orientar para procurar a UBS, para ava-
Há prejuízos para o cresci- liação do estado nutricional e tratamento
Desnutrição
mento e desenvolvimento. de doenças, como: infecções, verminoses,
anemia, entre outras.
Anemia, ausência de menstru-
ação, ossos fracos, problemas - Orientar os familiares a buscar apoio e
cardíacos, insônia, apatia, procurar a UBS com urgência.
Anorexia nervosa
infecções, risco de suicídio, pro- - Comunicar a equipe de saúde sobre a
blemas dentários, isolamento suspeita do caso.
social, desnutrição.
Pressão alta, diabetes,
isolamento social, baixa - Orientar os familiares a buscar apoio e
autoestima, depressão, procurar a UBS com urgência.
Obesidade
dificuldade de ser aceito pelo - Comunicar a equipe de saúde sobre a
grupo, alteração na menstru- suspeita do caso.
ação, gravidez de risco.
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Continua...
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Continuação
HÁBITOS ALIMENTARES
SAUDÁVEIS
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Informe à pessoa para começar com aquela orientação que lhe pa-
reça mais fácil, interessante ou desafiadora. Não é necessário que se-
jam adotados todos os passos de uma vez e também não é preciso
seguir a ordem dos números sugerida nos 10 passos.
1º PASSO: Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço
e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições!
Oriente a pessoa a fazer todas as refeições, assim, evita-se que o es-
tômago fique vazio por muito tempo, diminuindo o risco de ter gas-
trite e de ficar com muita fome e exagerar na quantidade quando for
comer. No entanto, alerte quanto a evitar “beliscar” entre as refeições.
Isso vai ajudar no controle do peso.
É importante orientar a pessoa a apreciar a refeição, comer devagar,
mastigando bem os alimentos, e dar preferência aos alimentos sau-
dáveis, típicos da região e disponíveis na comunidade.
2º PASSO: Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais
(arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos, como as bata-
tas, e raízes, como a mandioca/macaxeira/aipim, nas refeições.
Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma
mais natural.
Nesse passo é importante incentivar o consumo de alimen-
tos como cereais, de preferência integrais, tubérculos e raízes.
Esse grupo de alimentos apresenta a mais importante fonte de ener-
gia e deve ser o principal componente da maioria das refeições.
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Por exemplo:
Peso: 56 kg
Altura: 1,60 m
IMC = 56
1,60 x 1,60
IMC = 56
2,56
IMC = 21,8 k/m² (nesse caso, peso adequado)
ATIVIDADE FÍSICA
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Hipertensão arterial
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Diabetes Mellitus
O que é a diabetes?
É uma doença que acontece quando o organismo produz pouca ou
nenhuma insulina (hormônio responsável pela redução da taxa de
glicose no sangue), e com isso o corpo inteiro adoece.
São fatores de risco para a doença:
Obesidade;
História familiar;
Não praticar atividade física – sedentarismo;
Hipertensão arterial;
Colesterol e triglicerídeos elevados.
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equipe de saúde. Devem ser evitados sapatos apertados, uso de gilete, alicate de
cutícula, entre outros. Lavar os pés com água morna (nunca quente) e secá-los
muito bem, especialmente entre os dedos.
Importante! Com acesso à medicação adequada (se necessário),
bons hábitos alimentares, práticas saudáveis e bom acompanha-
mento da equipe de saúde, a pessoa com diabetes será capaz de le-
var uma vida ativa e reduzir o risco de desenvolver complicações.
Tuberculose
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GUIA PRÁTICO PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
diagnóstico) seja mais rápido e mais eficiente. Também deve ser rea-
lizada a supervisão do tratamento, o que favorece a cura e a quebra
da cadeia de transmissão.
A busca de casos deve ser feita principalmente entre os:
Portadores de tosse com produção de catarro há pelo menos três semanas ou que
apresentem sintomas compatíveis com a tuberculose – sintomáticos respira-
tórios: além daqueles que apresentem tosse, febre no final da tarde, suores
noturnos, perda de peso, escarro sanguíneo e/ou dor torácica;
Pessoas com história de tratamento anterior para tuberculose;
Pessoas que convivem ou têm contato mais frequente (os comunicantes) com as
pessoas com diagnóstico de tuberculose;
Populações de risco: residentes/internos de presídios, manicômios, abrigos;
Portadores de doenças debilitantes (diabetes, neoplasias);
Pessoas com baixas defesas, como as que têm HIV;
Usuários de drogas;
Moradores em situação de rua;
Trabalhadores da área de saúde.
Você, ao identificar pessoas tossindo há três semanas ou mais, deve
encaminhá-las para fazer exame de escarro, que pode ser feito na
Unidade Básica de Saúde/Saúde da Família.
Tratamento:
A tuberculose é uma doença grave, mas tem cura.
O uso correto dos medicamentos, todos os dias, durante seis meses,
garante o sucesso do tratamento. Seu uso incorreto ou a interrupção
do tratamento sem orientação do serviço de saúde torna a bactéria
resistente, dificultando a cura. Hoje esse é um problema muito sério
no Brasil e em outros países do mundo.
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Orientar que os medicamentos precisam ser tomados juntos para que façam o
efeito desejado, por isso, deve informar para que a pessoa não estranhe a quan-
tidade de medicamentos. A medicação deve ser preferencialmente tomada em
jejum;
Informar algumas vezes que os medicamentos podem causar reações ruins ou
Inf
efeitos colaterais. Nesses casos, você deve orientar a procura imediatamente
da UBS, comunicar a situação à UBS e, ainda, verificar o seu comparecimento e
aumentar o número de visitas domiciliares à família e ao doente;
Orientar mulheres em idade fértil que estão em tratamento para tuberculose que
esses medicamentos interferem na ação dos contraceptivos orais (pílulas) e que elas
devem buscar novas orientações sobre anticoncepção com a equipe de saúde;
Nas visitas domiciliares, atender os usuários em ambientes arejados (com ventila-
ção de ar) e de preferência com luz solar (varandas, perto de janelas);
Orientar sobre a importância da continuidade do tratamento até a alta e seguir as
orientações da equipe de saúde;
Orientar a coleta do escarro, quando solicitado pela UBS;
Orientar para consumir alimentos saudáveis, estimular o consumo de líquidos e
manter o ambiente limpo e arejado;
Reforçar com os familiares a importância de procurar o serviço de saúde para
Ref
avaliar a sua situação de saúde;
Orientar e estimular a pessoa com tuberculose para deixar de fumar e procurar a
Unidade Básica de Saúde, para busca de apoio nesse sentido;
Preencher a ficha B-TB do SIAB (Sistema de Informação de Atenção Básica),
mantendo-a atualizada.
Hanseníase
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GUIA PRÁTICO PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
É uma das doenças mais antigas que acometem o ser humano. In-
felizmente o doente com hanseníase foi e ainda é discriminado na
sociedade. A discriminação se deve por alguns fatores: desconheci-
mento sobre a natureza da doença, sua transmissão e forma de tra-
tamento; desconhecimento de que a hanseníase tem cura; e o medo
de adquirir a doença e suas deformidades pelo contato com as pes-
soas atingidas pela doença.
A discriminação gera o preconceito, que é rejeitar antes mesmo de
conhecer, de saber mais sobre alguém ou alguma coisa.
O que é hanseníase?
A hanseníase é uma doença transmissível causada por um bacilo,
que é uma bactéria que tem a forma de bastão. Passa de uma pessoa
para outra por meio das secreções das vias respiratórias e pelas go-
tículas de saliva. O contato direto
e prolongado com o doente
em ambiente fechado, com
pouca ventilação e pouca
de luz solar, aumenta as
chances de a pessoa se in-
fectar com o bacilo da hanse-
níase. A doença progride
lentamente. Entre o con-
tato com a pessoa do-
ente e o aparecimento
dos primeiros sinais,
pode levar em média
dois a cinco anos.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE / Secretaria de Atenção à Saúde / Departamento de Atenção Básica
Tratamento:
A hanseníase é uma doença grave, mas que tem cura. O uso correto dos
medicamentos, ininterruptamente por seis meses a um ano, garante o
sucesso do tratamento. A medicação é administrada em doses super-
visionadas pela Unidade Básica de Saúde ou por um cuidador. Não há
necessidade de internamento hospitalar, podendo as complicações
(reações na pele ou nos nervos e mal-estar) ser tratadas nas UBS.
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GUIA PRÁTICO PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
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DOENÇAS
SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS
E AIDS
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GUIA PRÁTICO PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
Existem vários sinais (aquilo que a pessoa vê) e sintomas (aquilo que
a pessoa sente e manifesta) que levam as pessoas a suspeitarem que
estejam com uma DST. Mas somente o médico pode fazer o diag-
nóstico e indicar o tratamento, embora você e outros membros da
equipe possam participar desse processo.
Alguns sinais de DST:
Feridas nos órgãos genitais masculinos e femininos;
Corrimentos na mulher e no homem o “pinga-pinga”;
Verrugas.
Alguns sintomas de DST:
Ardência ao urinar;
Coceira nos órgãos genitais;
Dor ou mal-estar nas relações sexuais.
Quanto mais cedo for iniciado e não houver interrupção do trata-
mento, maiores serão as chances de cura.
As principais situações que aumentam o risco de se pegar uma DST são:
Pessoas que têm relações sexuais sem usar camisinha;
Pessoas cujo companheiro ou companheira tem relação sexual com outras pesso-
as sem usar camisinha;
Pessoas que usam drogas injetáveis, compartilhando agulhas e seringas, isto é,
duas ou mais pessoas usando as mesmas agulhas e seringas.
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Aids
122
GUIA PRÁTICO PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
Qual é a orientação que deve ser dada por você para uma
pessoa que está com DST/Aids?
Pessoas com DST:
Não se automedicar;
Não interromper o tratamento prescrito pelo médico;
Se não for possível evitar as relações sexuais, utilizar a camisinha;
Procurar conversar com o(a) companheiro(a) ou parceiro(a) sexual sobre a situa-
ção e levá-lo(a) até uma UBS.
Portador do vírus HIV:
Orientar que os soropositivos podem viver normalmente, mantendo as mesmas
atividades físicas, profissionais e sociais de antes do diagnóstico, contanto que
sejam seguidas as recomendações da equipe de saúde;
O preservativo deve ser usado em todas as relações sexuais, mesmo naquelas onde
ambos os parceiros estejam infectados, pois existe mais de um tipo de vírus do HIV e
durante a relação sem preservativo ocorre a contaminação por outros vírus, dificul-
tando o tratamento pela resistência que pode ser adquirida aos medicamentos;
Não se devem compartilhar agulhas e seringas nem mesmo com outras pessoas
sabidamente infectadas pelos motivos já citados;
Não doar sangue;
Comparecer regularmente à UBS para avaliação;
Orientar a família e comunidade que a convivência com uma pessoa portadora
do HIV deve ser tranquila. Beijos, abraços, demonstrações de amor e afeto e
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MINISTÉRIO DA SAÚDE / Secretaria de Atenção à Saúde / Departamento de Atenção Básica
compartilhar o mesmo espaço físico são atitudes a serem incentivadas e que não
oferem risco;
Quanto mais respeito e afeto receber o portador que vive com HIV/Aids, melhor
será a resposta ao tratamento;
O convívio social é muito importante para o aumento da autoestima. Consequen-
temente, faz com que essas pessoas cuidem melhor da saúde;
Estimular para que tenha hábitos saudáveis. Se necessitar de orientações nutri-
cionais, orientar para procurar a UBS.
Doente de Aids
Pense e reflita...
As pessoas com Aids precisam de dois tipos de tratamento:
O que é ffeito com remédios para conter a doença;
O que é ffeito de carinho, amor e ajuda da família, dos profissionais de saúde,
entre eles, de você e dos amigos.
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GUIA PRÁTICO PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
Prestar informações de forma clara sobre como o serviço de saúde está organiza-
do para atendimento ao usuário;
Ser um educador em saúde, orientando como as pessoas podem se proteger e
que, apesar de a Aids não ter cura, é possível viver com qualidade;
Lembrar que a solidariedade com quem está doente é a melhor arma na luta
contra a doença.
Ações do ACS:
Orientar a higienização da boca de forma correta;
Orientar para procurar o serviço de saúde bucal regularmente para avaliação e
tratamento conforme orientação do cirurgião-dentista;
Orientar sobre alimentação saudável;
Orientar para que evitem o uso de tabaco/derivados e demais drogas;
Evitar para que não abusem de bebidas alcoólicas;
Orientar para procurar o serviço de saúde bucal o mais
rápido possível, quando a pessoa apresentar:
• Dentes cariados;
• Dentes quebrados;
• Dentaduras frouxas, mal adaptadas ou que-
bradas;
• Feridas nos lábios, língua, gengiva,
bochechas que não cicatrizam há vários
dias;
• Dificuldade para falar, sorrir e comer;
• Dor, inchaço e vermelhidão na boca
ou no rosto.
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SAÚDE DO HOMEM
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1. Os hábitos alimentares;
2. Atividade física;
3. Vacinas preconizadas para a sua faixa etária (conforme orientações da página 78 e 92);
4. O consumo de bebidas alcoólicas, tabaco e outras drogas;
5. Os problemas de saúde (manchas de pele, tosse, pressão alta, diabetes);
6. Rotina: procurar a UBS para avaliação médica e odontológica;
7. Alguma doença crônica, se necessário.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE / Secretaria de Atenção à Saúde / Departamento de Atenção Básica
Disfunção erétil:
Também popularmente conhecida como impotência sexual, a dis-
função erétil pode ser de grande importância, pois pode repercutir
na vida familiar e no convívio social do indivíduo, muitas vezes sendo
causa de sofrimento psíquico para ele.
A disfunção erétil afeta principalmente homens de faixa etária mais
elevada, mas pode também estar presente em indivíduos mais jo-
vens. Estudos apontam que mais de 10% dos homens com idade su-
perior a 40 anos apresentam alguma forma de disfunção erétil, mas
poucos deles procuram auxílio nos serviços de saúde.
A disfunção erétil pode estar relacionada a causas orgânicas e psicológicas,
dentro destas destacamos:
Psicológicas: ansiedade, depressão, culpa.
Orgânicas: hipertensão, diabetes, alterações hormonais, uso de drogas (fumo,
álcool, antidepressivos, maconha, heroína, cocaína e outros).
128
GUIA PRÁTICO PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
O que é próstata?
A próstata é uma glândula que se lo-
caliza na parte baixa do abdômen, no
homem. Ela é um órgão muito peque-
no, tem a forma de maçã e se situa logo
abaixo da bexiga e adiante do reto.
A próstata produz parte do sêmen, um líquido espesso que contém
os espermatozoides produzidos pelos testículos e que é eliminado
durante o ato sexual.
Câncer de pênis
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GUIA PRÁTICO PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
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SAÚDE DA MULHER
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Autoexame de mamas
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GUIA PRÁTICO PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
O autoexame das mamas deve ser realizado uma vez por mês. A me-
lhor época é uma semana após a menstruação. Para as mulheres que
não menstruam mais, o autoexame deve ser feito em um mesmo dia
de cada mês à sua livre escolha, por exemplo, todo dia 15.
135
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GUIA PRÁTICO PARA O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
Alterações:
Caroços;
Mudança na pele (tipo casca de laranja);
Ferida ao redor do mamilo (bico do seio);
Secreção (líquido) que sai pelo mamilo.
Calendário de vacinação
Continua...
137
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Continuação
Hábitos saudáveis
Planejamento reprodutivo
Métodos anticoncepcionais:
Para escolher um método anticoncepcional, devem-se considerar principal-
mente os seguintes fatores:
Os relacionados diretamente com o estado de saúde da mulher. Por exemplo, a
pressão arterial;
E os situacionais, isto é, os que estão relacionados com o momento de vida da
mulher ou do casal, por exemplo, o tipo de trabalho ou idade e necessidade de
cuidados aos outros filhos do casal.
Nem sempre o método escolhido pela mulher será o mais adequa-
do para ela, por colocar em risco sua saúde. Explicando melhor: para
uma mulher que tem pressão alta e é fumante, é contraindicado to-
mar pílula, pois aumenta o risco ter infarto ou derrame.
Há vários tipos de métodos anticoncepcionais, cada um com suas
vantagens e desvantagens, conforme o quadro a seguir:
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Métodos Para serem utilizados, depen- - Não faz mal à saúde; - Requer muita atenção,
comportamentais dem da observação das mu- - Proporciona a autocuidado e disciplina
danças que ocorrem no corpo participação do por parte do casal;
da mulher durante vários homem para evitar a - Baixa proteção para
meses (ciclos menstruais). gravidez; contracepção;
Exemplos: a tabelinha, a - Ensina a conhecer o - Não recomendado para
temperatura basal, muco corpo; adolescentes e mulheres
cervical, o coito interrompido - Nenhum custo. com ciclo menstrual
e a amamentação. irregular.
Métodos Impedem que o espermato- - Não faz mal à saúde; - Seu uso exige disciplina;
de barreira zoide (“semente” masculina) - Oferece segurança - Muitas pessoas se
consiga chegar até o óvulo para evitar a gravidez, queixam da perda de es-
(“semente“ feminina). quando utilizado pontaneidade na relação
Exemplos: camisinha femi- corretamente; sexual.
nina e masculina, diafragma - Camisinha feminina
e as geleias espermaticidas e masculina oferecem
(produto químico que destrói proteção contra as
os espermatozoides). DST e Aids;
- Baixo custo.
Dispositivo É um aparelhinho feito de um - É um método prático - Nem todas as mulheres
intrauterino (DIU) plástico especial que pode vir para evitar a gravidez; podem usar;
enrolado em um fio de cobre - Não depende - Há riscos de provocar
bem fininho. Ele é colocado da mulher ou do aumento do sangramento
pela vagina, dentro do útero homem. menstrual;
da mulher. - Necessita de profissio-
nal treinado para sua
colocação.
Métodos São feitos com substâncias - É seguro para evitar - Não protege contra as
hormonais químicas semelhantes aos a gravidez, se usado DST e Aids;
hormônios do corpo da corretamente; - Muitas mulheres não
mulher. - Existem vários tipos podem utilizar por
Exemplos: anticoncepcionais de pílulas, injeções e problemas de saúde;
orais, anticoncepcionais adesivos; - Alguns tipos não estão
injetáveis e adesivos. - Regulariza o ciclo disponíveis no serviço de
Atenção: não se deve comprar menstrual e alivia as saúde.
pílulas sem receita médica. cólicas menstruais.
A pílula que serve para uma
mulher pode ser perigosa
para a saúde da outra.
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Gravidez
Pré-Natal
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QUEIXAS ORIENTAÇÕES
Enjoo, azia, prisão de - Comer logo ao acordar, evitando ficar sem se alimentar por muito tempo,
ventre, gases e vômitos dando preferência a alimentos secos;
- Evitar comer alimentos gordurosos, com pimenta, doces com muito açúcar,
alimentos que formam gases, por exemplo: batata doce, repolho e alimentos
com cheiro forte;
- Evitar tomar refrigerantes, café, mate, chá preto, fumo e bebidas alcoólicas;
- Evitar tomar líquidos durante as refeições;
- Dar preferência para as frutas e temperos naturais (salsa, cebolinha, manjerona,
limão, alho e gengibre) e ingerir bastante líquido;
- Mastigar demoradamente;
- Evitar deitar logo após as refeições;
- Dormir com travesseiro alto quando deitar com o estômago cheio e quando
estiver com azia;
- Fazer exercícios físicos sempre que possível.
Fraqueza e tontura - Evitar ficar parada por muito tempo na mesma posição;
- Evitar mudanças bruscas de posição. Ex.: levantar-se rapidamente;
- Comer várias vezes ao dia e em pequenas quantidades;
- Para aliviar a tontura, sentar com a cabeça abaixada ou deitar com a barriga
virada para o lado esquerdo e respirar profunda e pausadamente.
Câimbras Ocorrem com mais frequência no final da gestação e são mais comuns à noite.
Comer banana, aveia, leite, ovos e se movimentar são ações que ajudam a
diminuir esses desconfortos. Massagear o músculo e aplicar calor local.
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Alimentação e a gestação:
É mito o fato de que durante a gestação a mulher precisa comer por
dois, mas é verdade que ela precisa ter mais atenção e cuidado na
escolha dos alimentos. A gestante deve comer alimentos coloridos,
saudáveis, frescos, limpos e na quantidade suficiente.
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Após as refeições, a gestante deve ingerir meio copo de suco natural de fruta ou
uma fruta;
No mínimo três vezes por semana consumir alimentos ricos em vitamina A, que
são os alimentos amarelos, alaranjados ou verde-escuros, tais como: folhas (cou-
ve, radite, mostarda, agrião, espinafre), cenoura, mamão, moranga e abóbora;
Consumir uma porção (tamanho de uma concha) de leguminosas (feijão, lentilha,
grão-de-bico) todos os dias;
Evitar comer doces, balas, refrigerantes, alimentos gordurosos e salgados e
frituras, para evitar o ganho de peso excessivo;
Usar adoçantes somente com recomendação médica;
A gestante deve comer alimentos ricos em fibras, encontradas nas frutas,
verduras e cereais, pois são importantes para o aumento do bolo fecal (fezes), e
aumentar o consumo de água/líquidos, para ajudar na eliminação das fezes;
Não fumar
fumar, pois o fumo pode causar descolamento de placenta, parto prematuro
e o bebê pode nascer com baixo peso, alguns defeitos na formação da boca e
nariz ou até mesmo aborto;
Não ingerir bebidas alcoólicas,
pois pode causar consequências
prejudiciais ao bebê, afetando
a formação dos olhos, nariz,
coração e do sistema nervoso
central, acompanhada de
retardo de crescimento e
mental;
Comer os alimentos logo
após o preparo. As sobras
devem ser guardadas em
lugar fresco ou geladeira,
sempre cobertas;
A vasilha onde se guarda a água
deve estar tampada;
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Caso ela tenha outros filhos, perguntar com quem eles ficarão e
quem a levará ao hospital.
Não se esquecer de orientar para levar o cartão da gestante e um do-
cumento de identificação, que pode ser: a carteira de identidade ou
de trabalho ou certidão de casamento ou nascimento.
Arrumar previamente as roupas da gestante e do bebê para levar ao
hospital.
Sinais de trabalho de parto:
Perda pela vagina de líquido parecido com “catarro” de cor clara, às vezes pode ter
um pouco de sangue, pode acontecer mais ou menos com 15 dias antes do parto;
Dor nas costas e que vai para a parte de baixo da barriga;
Perda de líquido pela vagina, o que significa o rompimento da bolsa;
Dores na barriga, que fica dura e depois relaxa (contrações do útero).
Quando essas contrações acontecerem na frequência de mais de
uma vez a cada 10 minutos, é momento de ir para o hospital.
Se uma gestante de sua área tiver nenêm em casa, oriente a procu-
rar o serviço de saúde o mais breve possível, para avaliação geral da
criança, vacinas e outros procedimentos.
É muito importante observar se em sua comunidade os partos costu-
mam ser realizados em casa e/ou por parteiras. Nesses casos é neces-
sário reconhecer as parteiras tradicionais como parceiras, respeitan-
do suas práticas e saberes. Nesses casos deve-se ter atenção especial
para algumas questões:
Fazer o cadastro da parteira para que a equipe saiba quem desenvolve partos na
comunidade;
Informar sobre o Registro Civil da parteira e combinar para que ela auxilie a
Inf
incentivar o Registro Civil na comunidade;
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Puerpério:
O puerpério é o período do nascimento do bebê até 45 dias após o
parto.
Você deve fazer as seguintes orientações à puérpera:
Ela deve retornar ao hospital na ocorrência de sinais de infecção: febre, dor e
sangramento;
Deve realizar duas consultas até o 42º dia após o parto;
Ser estimulada para amamentar o bebê, caso não haja contraindicação;
Levar o recém-nascido para iniciar a puericultura na UBS;
Orientar para o início do esquema vacinal da criança (BCG, hepatite B) e, se for o
caso, para completar o esquema vacinal da mãe (dT e rubéola);
Orientar a realização do teste do pezinho, orelhinha e olhinho;
Não colocar objetos no coto umbilical. Exs.: café, moeda, faixa, fumo.
Para mais informações, veja o Saúde da Criança.
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Amamentação
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ATENÇÃO AO IDOSO
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alimentos e para a utilização de sopas e purês. Para que os alimentos sejam mais
bem aproveitados, precisam ser bem mastigados;
No caso de ausência parcial ou total dos dentes e de uso de próteses (dentadu-
ras), não deixar de oferecer carnes, legumes, verduras e frutas. O idoso não pode
deixar de comer nada por não conseguir mastigar. Pique, moa, corte ou rale os
alimentos mais duros;
Você deve estar atento ao controle do peso do idoso. Um importante componente
de risco para a fragilidade da pessoa idosa é a perda expressiva de peso em um
curto período de tempo. Uma perda de peso não intencional de, no mínimo, 4,5
kg ou de 5% do peso corporal no último ano exige medidas para estabilizar e/ou
recuperar seu peso corporal, por meio da promoção a uma alimentação saudá-
vel e prática de exercícios físicos sob orientação. Por outro lado, o peso elevado
também pode ser prejudicial à saúde. Portanto, o ACS deve estar atento ao estado
nutricional do idoso e às variações de seu peso corporal;
O idoso pode ter medo de se alimentar, pois pode tossir e engasgar com facilida-
de, além de ter dificuldade de mastigar e engolir, tendo o risco de aspirar os ali-
mentos (entrada dos alimentos pela via respiratória podendo ir para os pulmões).
Podem ser oferecidos alimentos cozidos, com molho ou pastosos. O cuidador deve
ser paciente e tranquilizar o idoso na hora das refeições, que devem ser sempre
momentos prazerosos;
Em caso da dificuldade para engolir, é importante informar a equipe de saúde
para avaliação;
Para facilitar a digestão e evitar a prisão de ventre, orientar o consumo de ali-
mentos ricos em fibras: frutas, verduras e legumes. As frutas devem ser consumi-
das pelo menos três vezes ao dia e, sempre que possível, cruas e com casca;
O idoso que ainda conserva a independência para alimentar-se sozinho deve
continuar a receber estímulos para fazê-lo, não importando o tempo que leve;
Recomenda-se o consumo simultâneo de leguminosas e carnes. Alimentos
vegetais ricos em ferro são mais bem absorvidos na presença de alimentos ricos
em vitamina C, como laranja, limão, caju, goiaba, abacaxi e outros, na sua forma
natural ou em sucos. Essa conduta pode prevenir o aparecimento de anemia,
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problema frequente em idosos, que pode ser agravado por uma alimentação
deficiente em alimentos ricos em ferro;
É fundamental ingerir diariamente alimentos que contenham cálcio e vitamina
D, sendo que essa última também pode ser produzida pela pele após exposição
ao sol, antes da 10 horas da manhã e depois das 16 horas. Com essas práticas,
pode-se prevenir o aparecimento da osteoporose, doença comum em idosos,
especialmente em mulheres;
Dar preferência
eferência à utilização de óleos vegetais (milho, soja, arroz,
canola, azeite de oliva, girassol e outros) no preparo e co-
zimento dos alimentos, sempre em pequena quanti-
dade. Dessa maneira, pode-se prevenir
a aterosclerose, doença que é cada
vez mais comum na população
adulta e idosa e está relacionada
com o aumento do consumo de
alimentos ricos em gorduras saturadas
e colesterol, como: gorduras animais
(carnes gordas, leite integral, queijos gordos,
manteiga, banha, toucinho, bacon, creme de
leite, embutidos etc.), gordura hidrogenada, óleo
de dendê, óleo superaquecido e reutilizado muitas
vezes (principalmente para frituras), pães recheados (com cremes, com cobertura
de chocolate ou com coco) e biscoitos amanteigados;
Sempre
empre que possível, substituir frituras por cozimento. No preparo de carnes,
deve ser retirada toda a gordura visível, assim como a pele de aves e dos peixes;
Água ou alimentos jamais devem ser oferecidos quando a pessoa estiver deitada.
É importante estar sentada confortavelmente para receber a alimentação.
Ambiente seguro e risco de quedas
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PROBLEMA SOLUÇÃO
Tapetes soltos Usar tapete antiderrapante ou com ventosas aderentes ou capachos.
Pouca iluminação Usar luz indireta; evitar luz ofuscante. Em cômodos ou escadas com
interruptor somente na entrada, usar lanternas ou luminária.
Dificuldade para levantar-se de Providenciar cadeiras, sofás e vaso sanitário mais altos; usar barras de
vaso sanitário, cadeira e sofá apoio no banheiro.
Armários altos Deixar os níveis mais altos dos armários para objetos pouco usados.
Colocar roupas e outros objetos de uso mais frequente em prateleiras
na altura do tórax.
Fios soltos Evitar extensões. Caso seja realmente necessário, fixá-las ao chão
usando fita adesiva.
Piso escorregadio Usar piso cerâmico antiderrapante ou fitas antiderrapantes. Manter o
chão seco e limpo é uma medida simples que também auxilia. Evitar
encerar o chão.
Caminhar por cômodos escuros Deixar lanternas em lugares fáceis, usando-as mesmo que tenha que
(ex. levantar-se à noite para ir caminhar pequenos trajetos.
ao banheiro)
Dificuldade em visualizar os Pintar a ponta de cada degrau de cor diferente.
degraus da escada
Tropeços Não deixar objetos, brinquedos, vasos de flores e roupas no chão.
Reparar carpetes e pisos danificados.
Escadas Usar fita antiderrapante nos degraus.
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Uso de medicamentos
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Você deve orientar o idoso, sua família e/ou cuidador que, du-
rante a consulta, é importante:
Informar ao profissional de saúde:
T
Todos os medicamentos que o idoso está usando e qual a dosagem;
Sobre qualquer problema que o idoso já tenha tido com medicamentos;
Sobre a existência de alergias;
Se o idoso ingere bebidas alcoólicas, usa drogas ou fuma.
Perguntar ao médico:
Como vai ser usado o medicamento e por quanto tempo;
Se deve evitar algum tipo de comida, bebida alcoólica, medicamentos, e se não
pode fazer exercício físico enquanto estiver usando o medicamento;
Se o medicamento pode afetar o sono, o estado de alerta e a capacidade de
dirigir veículos;
O que fazer se esquecer de tomar alguma dose;
Se podem ocorrer efeitos adversos e o que fazer nessa situação;
Se o medicamento pode ser partido, dissolvido, misturado com bebidas.
Solicitar ao profissional que prescreve:
Receita por escrito e que dê para entender o nome do medicamento, o intervalo
entre as doses e o modo de usar.
Orientações aos familiares, idosos e/ou cuidadores quanto a cuidados com o
uso adequado da medicação:
Colocar os medicamentos em uma caixa com tampa (plástica ou de papelão) ou
vidro com tampa, tomando o cuidado de usar caixas diferentes para medicamentos
dados pela boca (via oral), para material de curativo e para material e medicamen-
tos para inalação. Além de ser mais higiênico, diminui o risco de confundir e trocar
os medicamentos. A caixa organizadora pode ser feita em casa, adaptando-se
outras caixas ou também comprada em farmácias ou casas de produtos médico-
hospitalares.
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Existem em várias opções e formatos. Caso o idoso não saiba ler, oriente que peça
ajuda para dividir os medicamentos em envelopes ou saquinhos, com o desenho do
horário em que deve ser tomado;
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Nome do remédio Para que serve Dosagem Horário Efeito colateral – Orientações
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Anotações importantes:
Maior atenção e frequência de visitas domiciliares devem ser feitas para
os(as) idosos(as) que apresentarem os seguintes dados:
Queda ou internação nos últimos seis meses;
Diabetes e/ou hipertensão sem acompanhamento;
Paciente que não faz acompanhamento regular de saúde;
Idoso que fica sozinho e que tem várias doenças crônicas, referindo-se ao seu
estado de saúde como ruim ou muito ruim;
Acamados ou com dificuldade de se locomover até a UBS.
Esses casos devem ser priorizados pelo fato de implicarem maior ris-
co de incapacidades e mortalidade.
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Mesmo que a saúde bucal do idoso não tenha sido boa durante a
vida, existe a necessidade de cuidados para melhorar a situação atual
e prevenir futuros problemas. Assim, a gengiva, língua e parte inter-
na da boca, dentes e próteses devem ser examinados regularmente.
Lembrar sempre aos idosos e seus familiares que a consulta com o
dentista deve ser realizada a cada seis meses. Alertar que deve pro-
curar o dentista mesmo que não esteja sentindo dor, já que muitos
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Higiene bucal:
Orienta-se escovação com creme dental e uso do fio dental. Nessa
faixa etária, são frequentes os distúrbios de audição, visão, déficit da
memória e confusão mental. A coordenação motora do idoso deve
ser observada pela família, pois pode interferir na correta remoção
da placa bacteriana, portanto, se necessário, deve-se orientar o cui-
dador para realizá-la. É essencial dar atenção especial ao idoso por-
tador de prótese dentária. A higiene da prótese previne doenças bu-
cais, como a cândida bucal, e promove melhor qualidade de vida.
Orientar para oferecer bastante água durante todo o dia é muito im-
portante para evitar a desidratação e manter a boca sempre úmida,
diminuindo assim o aumento na concentração de bactérias que se
instalam nela.
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Emergências no domicílio
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Benefícios previdenciários
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INTRODUÇÃO
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ANSIEDADE
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DEPRESSÃO
Sintomas principais:
Humor deprimido;
Perda de interesse pela vida;
Fadiga.
Sintomas acessórios:
Concentração e atenção reduzidas;
Autoestima e autoconfiança reduzidas;
Ideias de culpa e inutilidade;
Pessimismo em relação ao futuro;
Ideias de suicídio;
Sono perturbado;
Apetite diminuído.
Obs.: a presença desses sintomas de forma isolada não indica
necessariamente depressão. Se houver suspeita, a pessoa deve
ser encaminhada para avaliação da equipe de saúde.
Depressão pós-parto
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Nos últimos anos temos aprendido muito com novas ações propos-
tas pela “redução de danos”, que é uma forma de abordar o uso abu-
sivo e dependente de álcool e drogas como um fenômeno que vem
acompanhando a evolução da humanidade e que seu uso é um com-
portamento presente em uma significativa parcela da sociedade.
Essa abordagem apresenta a vantagem de tentar entender que, se
a realidade que se expõe é o grande número de usuários abusivos
e dependentes de álcool e drogas, não bastam os profissionais de
saúde decidirem que essas substâncias fazem mal aos usuários, para
que eles se conscientizem e decidam abandoná-las.
Se esse hábito está colocando o indivíduo em risco ou se já tem apre-
sentado perdas por isso, ele precisa tomar consciência e ser estimula-
do a modificar. Mas, se não estiver motivado a mudar nem conscien-
te dos riscos que está correndo, não será suficiente a “prescrição” dos
profissionais para que pare.
Pontos importantes
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Álcool:
O alcoolismo, também conhecido como “síndrome da dependência do
álcool”, é uma doença caracterizada pelos seguintes elementos:
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Outras drogas:
A maconha é uma substância perturbadora que leva a pessoa a ter
leve estado de euforia, relaxamento, risos sem motivo, olhos averme-
lhados, boca seca e coração disparado.
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Atenção à pessoa
com deficiência
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Na visita às famílias:
Identificar situações de risco para o desenvolvimento de deficiências como
condições de trabalho, violência, acidentes de trânsito, doenças crônicas
(hipertensão, diabetes, hanseníase, entre outras);
Identificar e descrever os tipos de deficiência encontrados: física, mental,
auditiva, visual, múltipla;
Conhecer as condições de vida das pessoas com deficiência: como é a família,
atividades de vida diária, moradia, benefícios sociais, transporte, escolarida-
de, idade, estado de saúde geral, ocupação, se usa bengala, cadeira de rodas,
lentes etc.;
Identificar se é totalmente dependente. Se precisa de auxílio;
Identificar formas de participação das pessoas com deficiência na comunidade;
Identificar na comunidade movimentos organizados de pessoas com defici-
ência e lideranças comunitárias, suas reivindicações, propostas e atividades;
Perceber e orientar para procurar os serviços de saúde, prestando atenção se
estão tendo o acesso à Unidade Básica de Saúde e se têm oportunidades iguais
aos outros usuários em todos os atendimentos e atividades (vacinação, consul-
tas, pré-natal, planejamento familiar, puericultura, saúde bucal e outros);
Promover a inclusão social começando pela família, estimulando sua participação
nas diferentes atividades, valorizando os conhecimentos da família adquiridos
pela convivência diária pelas orientações de outros profissionais, permitindo sua
participação e colaboração na comunicação nas relações de saúde.
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Os serviços de reabilitação
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Sinais de alerta:
O acompanhamento ao desenvolvimento infantil permite que al-
guns sinais de deficiência sejam detectados. Em caso de suspeita de
dificuldade no desenvolvimento, você deve alertar a família e enca-
minhá-la à UBS para acompanhamento do caso.
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Deficiência auditiva
Aparelhos auditivos:
O aparelho auditivo, também conhecido como AASI, é um equipa-
mento pequeno, utilizado junto ao ouvido, que amplia a intensidade
dos sons e os coloca em um nível confortável, melhorando a audição.
Existem vários tipos de aparelhos e que são indicados de acordo com
o tipo de perda auditiva da pessoa. Alguns são maiores e ficam mais
expostos, outros são menores e ficam mais internos ao ouvido.
Retroauriculares Intra-auricular
Intracanal Microcanal
Deficiência física
DEFICIÊNCIA VISUAL
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Você deve dar algumas orientações de como agir com uma pessoa portadora
de deficiência visual:
As pessoas devem oferecer ajuda à pessoa com deficiência visual, mas sem insis-
tência;
Quando houver dúvida de como ajudar, pergunte para a pessoa como fazê-lo;
Sempre pergunte se a pessoa quer ajuda antes de auxiliá-la;
Sempre que se encontrar com uma pessoa com deficiência visual, identifique-se
pelo nome para que ela possa reconhecê-lo;
Ao conversar, deve-se ser o mais claro possível e sempre descrever as situações.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
AS DEFICIÊNCIAS NOS
ADOLESCENTES E ADULTOS
Deficiência física
A pessoa acamada não deve ficar muito tempo numa mesma posição, pois isso
pode levar a deformidades;
Mudar a pessoa acamada de posição a cada duas horas, caso ela não consiga se
mover, para evitar a úlcera de pressão;
Manusear a pessoa com cuidado para não provocar dor ou lesões;
Lesões de pele podem ser comuns. Havendo dificuldade em realizar higiene na
axila, no cotovelo e na palma da mão, uma solução é colocar pedaços de algodões
nas regiões que permanecem em flexões para que o tecido absorva o suor;
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Deficiência auditiva
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Deficiência intelectual
Ostomia ou estomia
Bolsa de ostomia:
Orientações gerais:
Para melhor subsidiar o seu trabalho, é importante que você, ao realizar as
visitas, não se esqueça de:
Registrar o tipo de deficiência encontrada e acrescentar informações de
sexo e idade;
Registrar as condições de acessibilidade (se existem rampas, se o local é plano, se
é de barro ou de asfalto, se crianças com deficiência frequentam o ensino regular,
entre outras);
Registrar se a pessoa recebe algum benefício: Benefício de Prestação Continuada
da Assistência Social/BPC, Bolsa-Família;
Registrar se a pessoa faz uso de algum equipamento assistivo: órtese, prótese ou
meio auxiliar de locomoção;
Registrar as dúvidas mais frequentes e buscar informações antes mesmo de
encaminhar a pessoa a uma Unidade Básica de Saúde. Muitas situações podem
ser resolvidas com a sua ajuda;
Identificar se há movimentos de liderança, formação de associação de pessoas
com deficiência na comunidade ou mesmo Conselho de Direitos da Pessoa com
Deficiência no município;
Incentivar para que as pessoas com deficiência participem das atividades
da comunidade.
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Orientações para famílias
com pessoas acamadas
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Violência familiar
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LEMBRE-SE!
O seu papel é estar atento às várias manifestações que possam
indicar suspeita de violência familiar. Deve conversar imediata-
mente com sua equipe sobre suas suspeitas para juntos pensa-
rem em quais as ações que deverão ser desencadeadas.
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Dica importante:
Compare a data do comparecimento na UBS com a data informada
do fato/acidente. Fique atento quando os pais ou responsáveis de-
moram a procurar atendimento ou deixam de vacinar as crianças.
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Fugas de casa;
Uso e abuso de drogas;
Prática de pequenos roubos;
Sangramentos e corrimentos;
TTentativa de suicídio;
Baixa autoestima;
Gravidez precoce pode ser indicativa.
Trabalho infantil
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Alguns indicativos que podem ser uma suspeita de violência contra o idoso:
São isolados por parentes, impedidos de sair de casa, de ter acesso ao dinheiro
da aposentadoria ou pensão, quando os filhos ou parentes utilizam seus bens,
patrimônio pessoal;
São
ão impedidos de procurar os serviços de saúde;
Marcas,
cas, fraturas, feridas pelo corpo,
sem uma explicação
correta do acidente;
Humilhações;ões;
Tristeza e
depressão;
Isolamento;
solamento;
Não quer conversar;
c
Higiene bucal
buc e corporal
precárias;
Magreza
Magr eza excessiva.
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Alguns indicativos que podem ser uma suspeita de violência contra os por-
tadores de deficiência física e mental:
Não permitir que a pessoa saia de casa;
Marcas de cordas, fio de luz ou outro material nos braços, pulsos, pés, tornozelos
que sugiram que a pessoa estava amarrada;
Higiene bucal e corporal precárias;
Magreza excessiva;
Agressividade;
Falta de assistência de saúde, psicológica e assistência social;
Fraturas.
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1. Ministério Público
Instituição destinada à preservação dos direitos fundamentais da po-
pulação. É a defesa da ordem jurídica.
2. Defensoria Pública
Órgão responsável pela assistência jurídica gratuita aos que
necessitarem.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE / Secretaria de Atenção à Saúde / Departamento de Atenção Básica
4. Delegacias
Executam atividades de proteção, prevenção e vigilância às vítimas
de qualquer tipo de violência e responsabilização dos agressores. A
investigação dos casos de violência familiar é função das delegacias.
Existem delegacias especializadas na proteção à criança e ao adoles-
cente, e as de proteção à mulher. No entanto, elas ainda não foram
criadas em todos os municípios.
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Conselhos
Conselhos Tutelares:
Recebem denúncias, verificam, encaminham e orientam os casos de
violação dos direitos da criança e do adolescente. Age diante da ame-
aça, risco ou quando a violência já aconteceu.
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Doenças transmitidas por
vetores: mosquitos, insetos,
moluscos e outros
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DENGUE
Continua...
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Continuação
Outras situações Avaliá-las. Se você tem conhecimento, oriente conforme a situação encon-
_________________ trada. Se não souber como proceder, leve a situação encontrada à equipe
_________________ da Unidade Básica de Saúde.
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MALÁRIA
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TRACOMA
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Orientar quanto à necessidade de lavar a face várias vezes ao dia, evitar dormir
em camas com várias pessoas e dividir lençóis e toalhas, para prevenir tracoma;
Realizar busca de casos, em domicílio, escolas, creches, orfanatos, entre outros,
após a notificação de um caso na sua área;
Registrar os casos confirmados, em ficha específica – e no Sinan NET, informando
a Unidade Básica de Saúde;
Acompanhar os demais profissionais da equipe de saúde nas visitas de controle
de casos positivos após o tratamento, para avaliação da sua evolução;
1ª visita de controle do caso – deve ser realizada 6 (seis) meses após início do
tratamento;
2ª visita de controle do caso – deve ser realizada 12 (doze) meses após o início do
tratamento;
Desenvolver ações educativas e de mobilização da comunidade relativas à pro-
moção à saúde, prevenção e ao controle do tracoma em sua área de abrangência;
Mobilizar a comunidade para desenvolver medidas simples de higiene, espe-
cialmente orientar a lavagem frequente do rosto das crianças e de melhorias de
hábitos no cuidado com o corpo e das condições sanitárias e ambientais.
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Endemia
Epidemia
Pandemia
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Referências
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Espaço para as informações da Gráfica
(Colofão)
ISBN 978-85-334-1645-1
9 788533 416451
Disque Saúde
0800 61 1997