Você está na página 1de 60

OS SETE

PECADOS
MORTAIS DA
LÍNGUA

BRUNO MONTEIRO
SUMÁRIO

5 AGRADECIMENTOS

6 INTRODUÇÃO

09 Capítulo 1 • PRIMEIRO PECADO


MORTAL DA LÍNGUA: A FOFOCA

18 Capítulo 2 • SEGUNDO
PECADO MORTAL DA LÍNGUA:
O JULGAMENTO

25 Capítulo 3 • O TERCEIRO
PECADO DA LÍNGUA: O PESSIMISMO
OU A NEGATIVIDADE

33 Capítulo 4 • O QUARTO PECADO


DA LÍNGUA: A MURMURAÇÃO

39 Capítulo 5 • O QUINTO PECADO


DA LÍNGUA: A DESCULPA
47 Capítulo 6 • O SEXTO PECADO
DA LÍNGUA: A MENTIRA

52 Capítulo 7 • O SÉTIMO PECADO


DA LÍNGUA: A CONFUSÃO

58 CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, a minha amada


esposa, aos meus filhos, aos meus Dis-
cípulos e a todos os membros do Mi-
nistério Unção do Crescimento.
Agradeço a toda minha equipe de
trabalho em especial a Ana Cláudia
Balzana e ao Pastor Fabiano Zamber-
lam que fazem parte de minha equipe
Literária.

5
INTRODUÇÃO

Provérbios 18:21, nos diz que a


nossa língua tem poder para gerar vida
e para gerar morte.
“A língua tem poder sobre a vida e
sobre a morte; os que gostam de usá-la
comerão do seu fruto.”
Eu estive orando a respeito de al-
gumas coisas, como pessoas que eu
ajudo, alguns Pastores, discípulos, ir-
mãos e líderes, por exemplo. Enquan-
to eu orava, Deus me fez enxergar que
muitos dos problemas que nós experi-
mentamos está relacionado ao “domí-
nio” da nossa língua. Aliás, deixe-me
falar de uma maneira um pouco dife-
rente, o “problema de todos os proble-
mas” que nós experimentamos está em
não sabermos dominar a nossa língua.
Tiago nos diz que a língua, mesmo
sendo um pequeno membro, é capaz
de realizar um grande estrago.
6
“Meus irmãos, não sejam muitos de
vocês mestres, pois vocês sabem que
nós, os que ensinamos, seremos julga-
dos com maior rigor.
Todos tropeçamos de muitas manei-
ras. Se alguém não tropeça no falar, tal
homem é perfeito, sendo também capaz
de dominar todo o seu corpo.
Quando colocamos freios na boca
dos cavalos para que eles nos obede-
çam, podemos controlar o animal todo.
Tomem também como exemplo os
navios; embora sejam tão grandes e im-
pelidos por fortes ventos, são dirigidos
por um leme muito pequeno, conforme a
vontade do piloto.
Semelhantemente, a língua é um
pequeno órgão do corpo, mas se vanglo-
ria de grandes coisas. Vejam como um
grande bosque é incendiado por uma
simples fagulha.
Assim também, a língua é um fogo;
é um mundo de iniquidade. Colocada
entre os membros do nosso corpo,
contamina a pessoa por in- teiro,
incendeia todo o curso de sua vida,
sendo ela mesma incendiada pelo
inferno.” Tiago 3:1-6
7
Um membro tão pequeno, porém
que é capaz de realizar um estrago
muito grande.
É bem verdade que o diabo veio ma-
tar, roubar e destruir. Bem como, é ver-
dade que o diabo entra usando muitas
coisas para tentar destruir uma famí-
lia, uma vida ou um grande projeto, por
exemplo. Agora, também é verdade que
existem algumas coisas que o diabo não
precisa nem colocar a mão. Basta uma
única pessoa, com a sua língua, para
fazer, sozinha, todo o trabalho do diabo.
E ainda é capaz de fazer o trabalho do
diabo sem que ele precise se meter para
destruir uma família, uma pessoa, um
projeto ou um ministério que seja.
Se a língua não for domada, ela
pode gerar problemas que, por muitas
vezes, podem ser irreparáveis. E é exa-
tamente por isto que Deus ministrou
em meu coração o desejo de comparti-
lhar esta Palavra com você, caro leitor.
Que o Senhor possa edificar a sua vida
através da revelação que Ele me deu a
respeito dos sete pecados mortais da
língua. Pecados que podem gerar mui-
ta destruição a muita gente.
8
C AP ÍTU LO 1

PRIMEIRO PECADO
MORTAL DA LÍNGUA:
A FOFOCA

Eu costumo dizer que a palavra


“fofoca”, por si só, é feia de pronun-
ciarmos; é “pesada”.
“Não andarás como mexeriqueiro
entre o teu povo; não te porás contra
o sangue do teu próximo. Eu sou o Se-
nhor.” Levítico 19:16
Sabe, o povo estava caminhando
em direção a terra da promessa quan-
do Deus fala a eles sobre coisas que
deveriam e que não deveriam fazer.
Deus, o tempo todo, dava direção e or-
dens ao povo de como eles precisavam
estar procedendo nesta caminhada.
E, dentro destas direções, Deus fala
claramente a eles que não deveriam

9
andar como fofoqueiros, pois isto lhes
traria problemas.
A língua, quando é usada para fa-
zer “fofoca”, quando é usada para falar
dos outros, traz destruição. Ela destrói
pessoas, famílias, amizades e até a ca-
minhada de alguém.
É neste contexto que eu e você pre-
cisamos tomar cuidado para não ser-
mos, nós mesmos, os “fofoqueiros”.
Pare tudo o que você estiver fazen-
do e repita esta oração:
“Senhor, me ajude a vigiar e a ficar
alerta para que eu não seja um fofo-
queiro, em o nome de Jesus, amém!”
É importante reconhecer que
qualquer um pode cometer este
deslize. É importante vigiar o tem-
po todo porque se você se envolver
com fofocas, você poderá prejudicar
a sua própria família.
Existem certos tipos de fofoca que
provocam confusões generalizadas na
família. Tem família que entra em
derrota por causa da língua fofoquei-
ra. Existem amizades que são com-
pletamente afetadas por causa da
língua que faz fofoca.
10
Talvez, neste momento, você es-
teja se recordando de um caso pare-
cido com um destes que relatei. Uma
família, uma vida, a caminhada de
alguém, ou mesmo uma amizade, que
foi destruída pela fofoca. É exa-
tamente aqui que nós precisamos to-
mar muito cuidado. Porque se a fofo-
ca saiu da nossa boca, quem causou
a destruição fomos nós mesmos e não
o diabo. Foi a nossa própria língua o
agente de destruição.
É preciso tomar cuidado para que
nós não sejamos os fofoqueiros. Tiago
disse que a língua é um órgão difícil de
frear e é por isso que eu estou me in-
cluindo nesta narrativa. Porque eu sei
que às vezes nós falamos coisas que,
quando vamos nos dar conta, já foi
dito o que não era para ter sido dito.
Quantas vezes isso já aconteceu com
você? Justamente por isso Tiago afir-
ma que a língua é difícil de frear.
Entretanto, Tiago também fala que
aquele que consegue frear a própria
língua se livra de problemas e se pou-
pa de entrar em confusão.
Veja o que diz Provérbios 26:17:
11
“O que, passando, se põe em ques-
tão alheia, é como aquele que pega um
cão pelas orelhas.”
Sabe o que este texto quer dizer?
Ele fala que quando você se mete em
assuntos que não te competem e fala
sobre o que não tem que falar, é como
se você pegasse um cão pelas orelhas.
Você já experimentou pegar um cão
pelas orelhas? É arrumar encrenca
na certa!
Tem muita gente que está com “en-
crenca” na vida porque se meteu em
assuntos que não era para se meter.
Por isso é preciso aprender a frear e a
dominar a língua. É preciso vigiar para
não ser fofoqueiro. E, apesar de pare-
cer fácil e óbvio, acredite, não é.
Também é importante esclarecer
que existem dois tipos de fofoqueiros:
1 - O fofoqueiro ativo: É aquele que
chega perto da outra pessoa fa-
lando – “Eu preciso te contar
uma que aconteceu...”. O fofo-
queiro ativo é aquele que con-
ta as histórias. E, acredite, há
quem faça a fofoca no momento
da oração junto a outros irmãos
12
– “Senhor ajuda o irmão ‘fulano’
a sair do pecado do adultério!”
– Fofoca!
2 - O fofoqueiro passivo: É aquele
que quando percebe que o fo-
foqueiro ativo quer contar algo,
insiste – “Me conta logo! Eu
quero saber de tudo!” – O fofo-
queiro passivo é o que ouve as
histórias que o ativo tem para
contar.
Isso é uma grande revelação! Ain-
da que você não seja aquele que está
falando a fofoca, se você se colocar na
posição de ouvi-la estará alimentando
a língua do fofoqueiro a incendiar ain-
da mais a história.
Para você não ser um fofoqueiro,
você terá que “jogar água”. E como
se “joga água” na fofoca? Combaten-
do o que se vai dizer – “Olha, eu não
quero falar sobre esse assunto não.
Vamos mudar de assunto e deixar a
vida dos outros para lá, pode ser?” –
Pronto! Você joga água e apaga um
possível incêndio.
Aliás, você já viu alguém apagar
um incêndio só olhando? Com certeza
13
que não, pois ninguém consegue apa-
gar um incêndio sem que se tome uma
atitude! Da mesma forma, mesmo que
não seja você quem esteja falando da
vida dos outros, mas se permanecer
em uma posição de ouvinte, você tam-
bém será cúmplice da fofoca! A pessoa
está falando e você só no “uhum...”
ou em silêncio e com a cabeça baixa.
Sabe o que está acontecendo? O fogo
está queimando e você não está fazen-
do nada para apagá-lo! Se você não
apagou o fogo, se não jogou água para
impedir que o incêndio se alastrasse,
você também é um fofoqueiro!
Por outro lado, é importante enfati-
zarmos que muitas pessoas têm confun-
dido compartilhamento de informações
com fofoca. Portanto, é muito importan-
te trazer este ensinamento, pois mui-
tas pessoas acabam cometendo um
erro gravíssimo por acharem que, neste
caso, estariam se metendo em fofocas.
A palavra hebraica traduzida como
“fofoca” no Antigo Testamento é definida
como “alguém que revela segredos; que
age como um fofoqueiro ou traficante de
escândalo.” Um fofoqueiro é uma pessoa
14
que tem informações privilegiadas sobre
outras pessoas e revela essas informa-
ções àqueles que não precisam saber. A
fofoca é diferente de compartilhar infor-
mações de duas maneiras:
1 . Intenção: Os fofoqueiros, mui-
tas vezes, têm o objetivo de se
elevar ao custo de fazer com
que outras pessoas se pareçam
más; também exaltam-se como
uma espécie de repositórios de
conhecimento.
2 . O tipo de informações compar-
tilhadas: Os fofoqueiros falam
dos erros e defeitos dos outros,
ou revelam detalhes potencial-
mente embaraçosos ou vergo-
nhosos sobre a vida alheia sem
o seu conhecimento ou aprova-
ção. Mesmo se não tiverem má
intenção, ainda assim, é fofoca.
Entretanto, compartilhar infor-
mações significa comunicar a alguém
de direito sobre um acontecimento de
suma importância. Por exemplo, se
eu vejo o filho de um amigo fazendo
algo de errado, com certeza irei con-
tar a esse amigo, não com o intuito
15
de expor a vida do jovem, mas com a
intenção de preservá-lo. Outro exem-
plo que posso citar é quando alguém
que faz parte da liderança da igreja -
seja um Supervisor, um Líder de cé-
lula ou um membro do ministério de
louvor, por exemplo - estiver envolvido
em algum tipo de pecado em oculto e
alguém que faz parte da minha equipe
souber deste acontecimento, esta pes-
soa deve me comunicar o fato imedia-
tamente. Entenda bem, isso não é fo-
foca, mas resguardo da obra de Deus.
Na verdade, se esta pessoa verdadei-
ramente tem uma aliança comigo e
não me comunica a respeito de situa-
ções tão sérias como esta, no qual en-
volve a saúde da igreja, eu considero
como um ato de deslealdade.
Reflexão:
1 - Peça ao Espírito Santo para tra-
zer a sua memória algum mo-
mento onde você, sem perceber,
pode ter sido um fofoqueiro ati-
vo ou passivo.
2 - Escreva com detalhes a situa-
ção e depois ore a Deus pedindo
a dor do arrependimento para
16
que você possa vigiar mais nes-
ta área e não voltar a pecar.
3 - Faça um ato profético com o
que você escreveu. Rasgue-o e
queime-o. Enquanto o papel
estiver queimando, ore a Deus
com arrependimento, decla-
rando que o Senhor tem o con-
trole de todas as áreas da sua
vida e que você rejeita a fofoca
na sua vida.

17
C AP ÍTU LO 2

SEGUNDO PECADO
MORTAL DA LÍNGUA:
O JULGAMENTO

“Não julguem, para que vocês não


sejam julgados. Pois da mesma forma
que julgarem, vocês serão julgados; e a
medida que usarem, também será usa-
da para medir vocês.
“Por que você repara no cisco que
está no olho do seu irmão, e não se dá
conta da viga que está em seu pró-
prio olho?”
Como você pode dizer ao seu irmão:
‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’,
quando há uma viga no seu?
Hipócrita, tire primeiro a viga do
seu olho, e então você verá claramente
para tirar o cisco do olho do seu irmão.”
Mateus 7:1-5
18
Quando você julga alguém é como
se você estivesse jogando um “bume-
rangue”. Você sabe o que é um “bume-
rangue”? Um bumerangue é um objeto
em forma de “V” que, depois de arre-
messado, volta às mãos de quem o ar-
remessou.
Partindo deste exemplo, quando
você julga alguém, é como se você es-
tivesse lançando um “bumerangue” no
“mundo espiritual”. Tudo o que você
um dia falou das pessoas, pode ter a
certeza de que você vai viver uma si-
tuação igual ou pior.
O povo de Deus precisa aprender a
julgar menos e orar mais. Talvez você
ouça – “Você viu? O irmão fez isso e
isso!” – Qual é a forma certa de você
reagir? – “Vamos orar por esta situa-
ção, ok?” – Precisamos decidir orar
mais e julgar menos. Afinal, não sa-
bemos qual é a intenção que está por
trás daquela ação. Nenhum de nós é
Deus para julgar o porquê alguém está
fazendo o que está fazendo! O máximo
que nós podemos fazer é orar pelo ir-
mão, pela situação em que ele está en-
volvido. Pois, um dia, qualquer um de
19
nós podemos estar em uma situação
semelhante.
Sabe qual é o problema de nós
julgarmos? O problema de nós jul-
garmos é que, geralmente, nós jul-
gamos querendo ver punição e con-
serto. E como o julgar tem um efeito
“bumerangue”, um dia nós fatal-
mente também teremos uma situa-
ção complicada, entretanto, com a
mesma medida que tivermos julga-
do as outras pessoas, as outras pes-
soas irão nos julgar.
Trazendo isso para o seu dia a dia,
se você tem sido misericordioso, na
hora que tiver que ser julgado, você
receberá misericórdia. Agora, se você
não tem sido misericordioso, na hora
que tiver que ser julgado, prepara o
“lombo”, porque as pessoas vão julgar
você sem a menor misericórdia!
Eu costumo ensinar que todo o
julgamento tem uma consequência.
A consequência do julgamento é algo
que está ligado ao reino espiritual. Não
pense você que esta consequência é
algo natural. Não! Quando você julga
alguém, é como se você assinasse uma
20
“nota promissória” para o diabo, onde
ele guarda para usar contra você. Veja
bem, não é nada com Deus, não! Caro
leitor, quando você decide por julgar e,
automaticamente, “assinar essa nota
promissória” para o diabo, pode es-
perar porque, certamente, a cobrança
vai chegar. Pode até estar demorando,
todavia, tenha a certeza de que mais
cedo ou mais tarde ela chega!
A Bíblia deixa claro que só existe
um juiz - “Irmãos, não faleis mal uns
dos outros. Quem fala mal de um irmão,
e julga a seu irmão, fala mal da lei, e
julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não
és observador da lei, mas juiz. Há só
um legislador que pode salvar e des-
truir. Tu, porém, quem és, que julgas a
outrem?” Tiago 4:11,12
Você se lembra da oração que Je-
sus nos ensinou e que conhecemos
como “Pai Nosso”?
“Portanto, vós orareis assim: Pai
nosso, que estás nos céus, santificado
seja o teu nome;
Venha o teu reino, seja feita a tua
vontade, assim na terra como no céu; O
pão nosso de cada dia nos dá hoje;
21
E perdoa-nos as nossas dívidas,
assim como nós perdoamos aos nossos
devedores;
E não nos conduzas à tentação;
mas livra-nos do mal; porque teu é o rei-
no, e o poder, e a glória, para sempre.
Amém.” Mateus 6:9-13
Perceba que Jesus nos ensina a
orar pedindo que Deus nos perdoe as-
sim como nós perdoamos a todos que
nos tenham ofendido. Entretanto, se
você não tem perdoado a quem tem te
ofendido, veja o que os versículos se-
guintes nos ensinam:
“Porque, se perdoardes aos homens
as suas ofensas, também vosso Pai ce-
lestial vos perdoará a vós;
Se, porém, não perdoardes aos ho-
mens as suas ofensas, também vosso
Pai vos não perdoará as vossas ofen-
sas.” Mateus 6:14,15
Observou a gravidade da falta de
perdão? O perdão de Deus a nós está
condicionado ao nosso perdão às pes-
soas. Como você quer receber o perdão
de Deus se você não tem perdoado a
quem tem te ofendido? Pior! Além de
não ter perdoado, ainda julgou esta
22
pessoa? Como você espera receber mi-
sericórdia de Deus na hora que você
falhar?
E eu vou te dizer uma coisa, meu
amigo, todos nós vacilamos o tempo
todo! E muito! Eu digo isso por mim
mesmo. Tem hora que eu dou cada
vacilo... A única coisa que posso fa-
zer é pedir – “Deus, tem misericórdia
da minha vida!” – Todos nós falha-
mos e dependemos da misericórdia
de Deus.
Tem uma frase muito popular que
diz assim – “Você vacila, mas é manei-
ro!” – Porém, quando nós julgamos as
pessoas que vacilam, nós costumamos
transformar um pouquinho esta frase
e ela fica mais ou menos assim – “Você
vacila e eu sou maneiro!” – Temos que
tomar muito cuidado com o julgamen-
to porque, um dia, ele volta para nós.
Talvez você esteja se perguntan-
do – “E se eu vir alguém fazendo al-
guma coisa de errado? Como eu faço?
Eu fico quieto e não falo nada?” – Não!
Você primeiro vai orar a Deus e colocar
aquela vida diante de Deus com mise-
ricórdia. Depois você pode chamar a
23
pessoa para conversar – “Oh, meu que-
rido, a paz, tudo bem? Olha, isso que
você está fazendo eu acho que não é
legal. Quem sabe se você fizer de outra
maneira? Venha, deixe-me te mostrar
como eu faria.” – Dê uma palavra para
que esta pessoa cresça, sem julgamen-
tos, mas cheio de misericórdia, aceita-
ção, sugestão e com muita humildade.
Reflexão:
1 - Descreva as situações que você
se lembra onde você tenha jul-
gado pessoas pelos seus erros.
2 - Ore a Deus por cada uma des-
sas pessoas com misericórdia,
pedindo a Ele que as ajude com
revelação e discernimento para
que acertem a Sua vontade para
as suas vidas.
3 - Ore a Deus por perdão por ter
julgado cada uma delas e bus-
que a dor do arrependimento.
Receba a graça e a misericórdia
de Deus sobre a sua vida!

24
C AP ÍTU LO 3

O TERCEIRO
PECADO DA LÍNGUA:
O PESSIMISMO OU
A NEGATIVIDADE

Eu quero te convidar a fazer um


ato profético agora. Levante a sua mão
direita para o alto como se estivesse
pegando algo. Agora feche a mão bem
apertada e declare – “Pessimismo, em
o nome de Jesus, sai da minha vida!” –
E faça como se estivesse jogando o que
teria em sua mão pela janela!
Pronto, agora já podemos conti-
nuar.
A pessoa quando é pessimista e ne-
gativa, ela está, na verdade, atraindo
problemas para si mesma, ainda que
sem perceber. Vamos avaliar o que diz
Provérbios 23:7a:

25
“Porque, como imaginou no seu co-
ração, assim é ele.”
Existe ainda outro texto a respeito
disso em Mateus 12:34b, veja:
“Pois a boca fala do que está cheio
o coração.”
Então, se você pensa que você é
uma “porcaria”, que nada dá certo
para você, que ninguém cuida de você
nesta igreja, que você não é valorizado
no seu trabalho, que a sua família não
te valoriza, e etc... Eu preciso te dizer
uma coisa – “Assim como você pensa,
assim você é!”.
Tem muita gente que está vivendo
uma vida derrotada e pede ao Pastor
para que ore por ela colocando a cul-
pa no diabo – “Pastor, ore por mim! A
minha vida está de um jeito, que só
‘Jesus na causa’. Pastor, o diabo está
me perseguindo!” – Entretanto, muitas
das vezes o que está acontecendo não
é culpa do diabo! É a língua da pró-
pria pessoa externando pessimismo e
negatividade para si mesma!
Quantas vezes ouvimos – “O diabo
está atacando a minha vida emocional,
a minha família e o meu trabalho!” –
26
Contudo, na maioria das vezes não é
diabo, antes, o que se tem declarado
dia após dia!
Com tantos anos de ministério
pastoral, eu já vi muitos casos como
este. A pessoa te procura para pedir
ajuda em oração por alguma causa,
aí, você ora por libertação, ora aben-
çoando, ora em línguas estranhas,
“ora grosso”, “sapateia no poder”, faz a
pessoa passar no “corredor de fogo” e
nada acontece! A pessoa simplesmente
não muda. E você se pergunta – “Por
que ela não muda? Será que o diabo
não está mais obedecendo as minhas
orações?” – Não é nada disso! Não está
funcionando porque a culpa não é do
diabo. O problema não está no diabo,
mas na língua da pessoa! Se a pes-
soa não mudar o que ela está falando,
nada vai mudar na vida dela!
Não vai adiantar repreender o dia-
bo se você não mudar o que você anda
falando! Não vai adiantar ninguém je-
juar por você e nem passar no “corre-
dor de fogo”, se você não decidir mudar
o que vem falando! Eu afirmo que não
vai ter solução!
27
Definitivamente, o pessimismo ou
a negatividade, de fato, se constitui em
um pecado mortal!
A língua negativa atrai coisas ruins
demais para a sua vida. Talvez você já
tenha dito frases como:
— “Tudo de errado só acontece co-
migo!”
— “Eu não te falei? Eu te disse que
ia acontecer comigo!”
Você já falou que algo iria te acon-
tecer e, de fato, aconteceu! Parabéns!
Você realmente conseguiu aquilo que
você vinha anunciando! Essas coisas
já estavam no seu coração que iriam
acontecer! Então, por que você está
reclamando?
“De que se queixa, pois, o homem
vivente? Queixe-se cada um dos seus
pecados.” Lamentações 3:39
Foi a sua língua que acabou atrain-
do essas coisas ruins para você!
No livro de Jó diz que ele estava
passando uma desgraça “danada”. E
você sabe o que Jó disse?
“Porque aquilo que temia me so-
breveio; e o que receava me aconteceu.
Nunca estive tranquilo, nem sosseguei,

28
nem repousei, mas veio sobre mim a
perturbação.” Jó 3:25,26
Ele já estava com aquilo no cora-
ção! Eu quero te ensinar uma coisa, se
você me permitir, é claro. Posso?
Existem algumas situações na mi-
nha vida em que eu fico preocupado.
Contudo, eu tenho aprendido com
Deus que eu não devo permanecer
preocupado. Então, eu decidi que não
vou mais ficar preocupado com nada.
E você sabe por quê? Porque o que eu
tenho que fazer valer na minha vida é
a Palavra de Deus:
“Filhinhos, sois de Deus, e já os
tendes vencido; porque maior é o que
está em vós do que o que está no mun-
do.” 1 João 4:4
“Que diremos, pois, a estas coisas?
Se Deus é por nós, quem será contra
nós?” Romanos 8:31
“Mas em todas estas coisas somos
mais do que vencedores, por aquele que
nos amou.” Romanos 8:37
“O ladrão não vem senão a roubar,
a matar, e a destruir; eu vim para que
tenham vida, e a tenham com abundân-
cia.” João 10:10
29
O Senhor nos guarda, nos prote-
ge e nos livra! Por isso, quando algu-
mas coisas tentam vir como preocu-
pações ao meu coração ou a minha
mente, imediatamente, eu decido
jogar fora! Sei que não posso deixar
essas coisas criarem “raízes”. A Bí-
blia diz claramente que o mal que Jó
temia foi exatamente o que sobreveio
a ele! Então eu decido não me preo-
cupar e não temer. Até por que “...
Deus não nos deu o espírito de temor,
mas de fortaleza, e de amor, e de mo-
deração.” 2 Timóteo 1:7
É preciso tomar muito cuidado!
Quando o medo de alguma coisa brota
no nosso coração, em questão de tem-
po, ele vai brotar na nossa boca! E se
ele brotou no coração e já saiu da sua
boca, já está com meio caminho anda-
do para que aquilo que você temia ve-
nha a te acontecer! Por isso, não deixe
nem brotar no seu coração nenhum
tipo de medo ou preocupação! Jogue
fora logo! Declare – “Isso não vai acon-
tecer comigo, em o nome de Jesus!”.
Eu vou te contar um segredo
meu: Como bem disse Tiago, a língua
30
é difícil de frear e qualquer um está
sujeito a cair nesta área. Por isso,
vou compartilhar com você um peca-
do, o qual a minha esposa sabe e vem
me ajudando a vencê-lo. Algo que ve-
nho orando para que eu tenha o con-
trole total e pare de vez de acontecer.
E o que é? Às vezes, eu faço umas
chantagens emocionais com a minha
esposa, na brincadeira, é claro, mas
para chamar a atenção dela e, inva-
riavelmente, acabo por dizer:
— “Você não cuida mais de mim!”;
“Não me dá mais atenção!”.
E sempre falo isso com a intenção
de fazer um “charminho” para ganhar
a atenção da minha amada. Entretan-
to, Deus já me falou claramente – “Pare
de falar isso!”
É por isso que eu posso afirmar o
quão difícil é frear a língua! Mas é ne-
cessário! Porque a língua gera um pe-
cado mortal! Por isso precisamos frear
a nossa língua! Precisamos conseguir!
Reflexão:
1 - Pare tudo o que você está fa-
zendo neste momento, ore a
Deus para te revelar se você
31
tem falado de forma negativa
ou pessimista sobre alguma
área de sua vida ou de pessoas.
2 - Dê liberdade ao Espírito Santo
de Deus para trazer a sua me-
mória cada situação e ore se ar-
rependendo e pedindo a Ele que
te ajude a não pecar mais.
3 - Para cada frase negativa ou
pessimista que você falou, faça
uma declaração positiva. Escre-
va cada uma delas em um pa-
pel e coloque em um lugar onde
você possa ler diariamente.

32
C AP ÍTU LO 4

O QUARTO
PECADO DA LÍNGUA:
A MURMURAÇÃO

Você tem o hábito de murmurar?


Veja o que diz a Bíblia em 1 Corín-
tios 10:10,11:
“E não se queixem, como alguns
deles se queixaram e foram mortos
pelo anjo destruidor.
Essas coisas aconteceram a eles
como exemplos e foram escritas como
advertência para nós, sobre quem tem
chegado o fim dos tempos.”
O povo no deserto murmurou e
veio sobre eles a destruição. A mur-
muração irrita a Deus! Por quê? Veja,
a Bíblia nos ensina que o que agrada
a Deus é a fé:

33
“Sem fé é impossível agradar a
Deus, pois quem dele se aproxima
precisa crer que ele existe e que re-
compensa aqueles que o buscam.”
Hebreus 11:6
Logo, a pessoa que tem fé agrada a
Deus! E qual é o contrário da fé? A in-
credulidade. A murmuração é o fruto
da incredulidade.
A fé agrada a Deus e Ele ama as
pessoas que acreditam Nele. Deus
ama e abençoa as pessoas que são
cheias de fé! Então, quando o contrá-
rio da fé se instala, a incredulidade
aparece, a murmuração se faz como
um sinal e começa a ser externado.
Em outras palavras, esta pessoa está
querendo dizer, na verdade, mais ou
menos assim:
— “Deus, eu não acredito em Ti,
eu não confio na Sua Palavra, o Se-
nhor não vale nada e não sabe o que é
melhor para mim!”
Quando você murmura, você está
passando um sinal claro para Deus de
ingratidão. A murmuração é quando
você não aceita que as coisas não es-
tejam acontecendo da maneira como
34
você gostaria que estivessem aconte-
cendo. E quando isso começa a acon-
tecer, você passa a manter o foco da
sua atenção somente nas coisas que
estão dando errado para você, ou me-
lhor, você passa a manter o foco da
sua atenção só nas coisas que não es-
tão acontecendo de acordo com a sua
vontade. Você começa a murmurar di-
zendo coisas do tipo – “Que droga de
casa!”; “Que droga de família!”; “Que
droga de trânsito!” – ou ainda – “Como
está quente hoje, ontem estava tão
frio!” – sem se dar conta que no meio
disso tudo também tem coisa boa.
Sabe quem murmura? Somente
murmuram aqueles que só vêem as
coisas ruins. E quem só vê as coisas
ruins, passa o sinal para Deus que
tem um coração ingrato.
Todo coração que é agradecido a
Deus consegue focar o olhar para as
coisas boas e começa a louvar a Deus
por cada uma delas. Ao decidir agir
assim, as coisas ruins são minimi-
zadas e a pessoa nunca abrirá a sua
boca para murmurar, mas somente
para dar Graças a Deus.
35
Quer um conselho para parar de
murmurar? Comece a olhar para a
vida de pessoas que estão passando
por lutas muito piores do que as suas!
Olhe para as pessoas que vivem em
uma situação dez vezes pior do que a
sua! Quando você começar a fazer
isso, certamente, você irá desistir de
murmurar!
Agora, se você não conseguir im-
pedir a sua língua de murmurar, eu
preciso te informar que você, prova-
velmente, viverá problemas seríssi-
mos! Se a sua língua não parar de
murmurar, você poderá receber o juí-
zo de Deus na sua vida. Pois, foi isso
o que Deus fez com o povo no deser-
to, e Paulo estava tentando avisar ao
povo – “Vocês precisam lembrar que
por causa deste pecado o Se- nhor
permitiu que o destruidor vies- se
sobre eles!” – Uma pessoa que só
murmura, só murmura, só murmu-
ra, só vai atrair do mundo espiritual
coisas que não prestam para si, coi-
sas que destroem uma vida inteira.
O mundo espiritual é real! Ele está
bem acima de nós. Tudo o que nós
36
fazemos aqui, atrai do mundo espiri-
tual coisas boas ou ruins para a nos-
sa vida. Por isso, a pessoa que só vive
murmurando ou praguejando, atrai
tudo de ruim para a sua vida! Ela está
“puxando” tudo de ruim e levando
para dentro da sua família! Isso aba-
la o emocional, afeta a saúde (existem
pessoas que ficam enfermas por cau-
sa da murmuração), abala o ânimo
(a pessoa fica sem energia para fazer
seja o que for) e ela acaba atraindo
outros problemas para si (às vezes, o
problema está longe, nem é com ela e,
quando se dá conta, ela já está dentro
do problema). Quando isso acontece,
ela se pergunta – “Como isso aconte-
ceu?”; “Como acabei me envolvendo
nesse problema?”; “De onde ele veio?”
– O problema acabou sendo canaliza-
do na vida dessa pessoa devido à sua
murmuração. Ele estava no mundo
espiritual, porém a pessoa murmurou
e acabou atraindo o problema para
dentro da sua casa!
Por isso, eu venho pedir a você,
com muito amor e carinho:
— “Por favor, pare de murmurar!”
37
Reflexão:
1 - Faça uma lista de 50 motivos
que você tem para agradecer a
Deus (pela casa, pela família,
pela saúde, por ser perfeito, pelo
ar...). Seja o mais específico pos-
sível. Permita-se agradecer pelas
coisas mais simples da vida. Ao
final, ore a Deus apresentando a
sua gratidão, lendo cada um dos
seus motivos.
2 - Faça uma lista de 10 pessoas
que você precisa ser grato (seja
pelo que fizeram, seja pelo que
falaram, seja por quem foram
ou pelo que significaram).
3 - Agora, descreva como você po-
deria demonstrar a sua gratidão
por cada uma delas, se pudesse.
4 - Quero desafiar você a colocar
em prática, se puder, procu-
rando estas pessoas, ainda
nesta semana, para demons-
trar a sua gratidão como você
descreveu que faria.

38
C AP ÍTU LO 5

O QUINTO
PECADO DA LÍNGUA:
A DESCULPA

Você deve estar se perguntando por


que a desculpa é um dos pecados da
língua?
Porque a desculpa, ao sair da lín-
gua, te impede de experimentar bên-
çãos e vitórias que Deus tem reservado
para sua vida.
A coisa mais fácil que tem quando
uma adversidade te assola, é uma des-
culpa vir a sua boca, não é verdade?
Geralmente as frases são assim:
— “Não vai dar para eu fazer por
isso, por isso e por isso...”
— “Ah... Deus entende!”
Você sabia que a desculpa foi um
dos primeiros pecados do homem?

39
“Os olhos dos dois se abriram, e
perceberam que estavam nus; então
juntaram folhas de figueira para co-
brir-se.
Ouvindo o homem e sua mulher os
passos do Senhor Deus que andava
pelo jardim quando soprava a brisa do
dia, esconderam-se da presença do Se-
nhor Deus entre as árvores do jardim.
Mas o Senhor Deus chamou o ho-
mem, perguntando: ‘Onde está você?’
E ele respondeu: ‘Ouvi teus passos
no jardim e fiquei com medo, porque es-
tava nu; por isso me escondi.’
E Deus perguntou: ‘Quem lhe disse
que você estava nu? Você comeu do fru-
to da árvore da qual lhe proibi comer?’
Disse o homem: ‘Foi a mulher que
me deste por companheira que me deu
do fruto da árvore, e eu comi.’
O Senhor Deus perguntou então à
mulher: ‘Que foi que você fez?’ Respon-
deu a mulher: ‘A serpente me enganou,
e eu comi.’” Gênesis 3:7-13
Permita-me te contar esta história
de uma maneira diferente:
Quando Deus perguntou a Adão o
que tinha acontecido após Adão e Eva
40
terem pecado, o diálogo poderia ter
sido mais ou menos assim:
— “Adão o que houve com vocês?
Vocês comeram do fruto e se esconde-
ram, foi isso?”
Então, Adão responde com uma
desculpa:
— “Não Senhor... O Senhor sabe,
não sabe? A mulher que o Senhor me
deu, aquela bonitona lá, foi ela que me
fez comer do fruto proibido...”
Então Deus pergunta a Eva:
— “Eva, o que houve? Perguntei a
Adão o que houve e ele me disse que foi
você. O que aconteceu?”
E Eva responde com outra desculpa:
— “Não Senhor, não fui eu não! Foi
aquela serpente que o Senhor mesmo
colocou aqui no Jardim Éden. Foi ela
que me fez comer do fruto proibido!”
Quantas desculpas você fica dando
para você mesmo que te impedem de
mudar a sua vida? Sabe por que mui-
tas pessoas não melhoram a sua vida
espiritual e ministerial? Porque ficam
dando desculpas para si mesmas! Mui-
tas pessoas não melhoram a sua saú-
de e a sua alimentação, por exemplo,

41
porque ficam dando desculpas para si
mesmas! Muitas pessoas não vencem
alguns pecados porque ficam dando
desculpas para si mesmas! As orações
são mais ou menos assim:
— “Não, Deus... O Senhor sabe,
não é? Eu só estou fazendo isso por
causa daquilo... O Senhor entende,
não entende? Desculpa!”
— “Ah, Deus... Eu estou fazendo
isso de errado porque está acontecen-
do algo de errado ali! O Senhor enten-
de, não entende? Afinal, alguém fez
algo de errado comigo...”
Então as desculpas passam a ser
justificativas para os erros pessoais
com base nos erros de outras pessoas.
Um erro nunca vai justificar outro
erro! Por isso pare de dar desculpas!
Abrir a boca para dar desculpas é
um pecado que impede você de avan-
çar e conquistar o que Deus plane-
jou para você! Por isso, você precisa
abrir a sua boca para falar palavras
de afirmação. Mas o que seriam essas
palavras de afirmação? Seria assumir
a sua responsabilidade. Por exemplo,
se Deus faz a pergunta para Adão e
42
ele tem uma resposta com palavras de
afirmação, sua resposta seria assim:
— “Deus, o problema foi meu! Fui
eu quem errou! O culpado fui eu mes-
mo! Mas, por favor, Deus, diga-me
como eu posso consertar o meu erro?”
A desculpa impede você de mudar
de vida porque ela te esconde dentro
da sua “zona de conforto”. Você fica
achando que é “a Alice no país das
maravilhas” quando, na verdade, você
está no “inferno”! Porque é exatamente
isso o que a desculpa faz! Ela faz você
achar que está tudo bem, quando na
verdade não está nada bem! Quer uma
dica? A partir de hoje mude a sua for-
ma de ver a situação ruim e comece a
falar com Deus deste jeito:
— “Deus, sabe por que os pro-
blemas estão acontecendo na minha
vida? Porque eu sou o culpado! Deus,
eu peço que o Senhor me ajude a con-
sertar esses problemas! Ensina-me a
fazer o que é certo.”
Ou ainda:
— “Deus, sabe por que os proble-
mas estão acontecendo na minha vida
financeira? Porque eu sou o culpado!

43
Eu não soube administrar o que o Se-
nhor colocou em minhas mãos e não
fui fiel a ti! O meu problema financei-
ro não tem nada haver com a crise,
com o país, com o governo, com o meu
patrão que me mandou embora, bem
como, também não tem nada haver
com aquela pessoa que pegou dinhei-
ro emprestado comigo e não me pa-
gou. O meu problema financeiro tem
haver comigo mesmo! Eu sou o culpa-
do de não ter conseguido administrar
bem o que o Senhor colocou em mi-
nhas mãos!”
Todas as vezes que você dá uma
desculpa para um problema seu, sa-
tanás vem e faz um carinho em você.
Cada vez que você dá uma desculpa, lá
vem o diabo passando a mão na sua ca-
beça e dizendo mais ou menos assim:
— “Isso, filhinho do papai! Conti-
nua assim que a sua vida vai conti-
nuar parada!”
Mas, quando você para de dar des-
culpas, você manda o seguinte recado
para o mundo espiritual:
— “Chega! Eu quero mudança!
Eu estou no controle da minha vida!
44
Deus deu o controle da minha vida na
minha mão, Ele vai me guiar e eu vou
fazer a história acontecer!”
As desculpas procuram nos eximir
da responsabilidade que é nossa. Cui-
dar do seu dinheiro, por exemplo, é
responsabilidade sua. Cuidar da sua
saúde e da sua alimentação é respon-
sabilidade sua. Cuidar da sua famí-
lia e de seus filhos é responsabilidade
sua. Cuidar do seu casamento é res-
ponsabilidade sua. Cuidar do seu mi-
nistério é responsabilidade sua.
Pare de dar desculpas! Talvez você
já venha a algum tempo falando algo
parecido com isso:
— “Ah... Pastor, eu estou meio “fra-
co” no ministério porque ninguém me
ajuda e ninguém ora por mim!”
Pare de dar desculpas! Se você
está “fraco” é por causa de você mes-
mo! A responsabilidade é sua! Ore a
Deus e busque o fortalecimento em
Cristo Jesus!
Reflexão:
1 - Identifique e escreva as descul-
pas que você vem dando a res-
peito de cada área da sua vida.
45
2 - Agora, ao lado de cada descul-
pa, escreva o que você pode
fazer para mudar essa histó-
ria com palavras de afirmação,
assumindo a sua responsabi-
lidade e reconhecendo os seus
erros. Aponte novas formas de
ação com relação a cada uma
dessas desculpas.

46
C AP ÍTU LO 6

O SEXTO PECADO DA
LÍNGUA: A MENTIRA

“Vós tendes por pai ao diabo, e que-


reis satisfazer os desejos de vosso pai.
Ele foi homicida desde o princípio, e não
se firmou na verdade, porque não há
verdade nele. Quando ele profere men-
tira, fala do que lhe é próprio, porque é
mentiroso, e pai da mentira.” João 8:44
A Bíblia deixa bem claro que o dia-
bo é o pai da mentira. Mas será que
existem momentos em que nos coloca-
mos como filho do diabo por contarmos
uma “mentirinha” à toa? Tenho certe-
za que você já ouviu a seguinte frase
– “Afinal, não é uma mentira assim tão
grande que vá prejudicar alguém...”
Agora, você saberia me dizer por que
a mentira é um pecado mortal
da língua?

47
Existe um ditado popular que
diz que a mentira tem perna curta.
E isso é a mais pura verdade! Tem
gente que arrebenta com a sua vida,
com a sua família e pode chegar a
arrebentar com todas as áreas da
sua vida, por causa de uma mentira!
Entretanto, como dizem por aí, “um
dia a casa cai”. Um dia vai tudo para
o “espaço”! Sabe por quê? Porque a
mentira é do diabo! Deus não age na
mentira! Não adianta orar a Deus
em uma situação que tem mentira
no meio. Como a mentira é do diabo,
Deus não participa da mentira!
E quando a “casa cai” por causa
da mentira, o que acontece muito é a
pessoa questionar. Veja se não é co-
mum o seguinte questionamento:
— “Deus, porque o diabo veio fu-
rioso para cima de mim?”
Não foi o diabo que veio furioso
para cima de você, mas a sua semen-
te de mentira que nasceu. A mentira
gera frutos venenosos. Quando você
planta uma semente de mentira, por
menor que seja, e começa a perce-
ber que aquilo vai te dar problemas,
48
invariavelmente, você tende a ma-
tar o pequeno “arbusto” de mentira
que brotou. Sem perceber, no entan-
to, que as suas sementes já haviam
sido espalhadas. Destas sementes,
muitos “arbustos” venenosos irão
crescer. Conforme crescem, você vai
matando. O que acontece é que uma
hora as sementes começam a crescer
todas ao mesmo tempo e começa a
aparecer um problema atrás do ou-
tro, frutos de cada “mentirinha” que
você contou. E tudo de uma vez só!
É neste momento que a “casa cai”!
É quando você não consegue mais
ter o controle dos problemas gerados
pelas mentiras.
Nós precisamos fazer de tudo
para podermos viver uma vida onde
vamos trabalhar com as pessoas
sempre a verdade. Porque falar a
verdade sempre vai respaldar o seu
caráter, a sua vida cristã e a confian-
ça das pessoas para com você.
Existem momentos complicados
em nossas vidas onde somos tenta-
dos a falar mentiras. E um desses
momentos é quando nós teremos um
49
prejuízo iminente. Se frear a língua
já é complicado, imagina quando so-
mos pressionados por uma situação
como estas? Uma situação onde va-
mos ter algum tipo de consequência
não muito agradável. Este é o mo-
mento em que precisamos decidir
entre ter o prejuízo ou falar uma
mentira que irá nos “aliviar” do pre-
juízo. A tentação da “mentirinha que
não faz mal a ninguém” logo vem à
mente. E se você cair na tentação da
“mentirinha” para te aliviar do pre-
juízo, já era! Você estará plantando a
“semente maligna” na sua vida.
Tem muita gente que vem viven-
do grandes derrotas por causa das
“sementes” das mentiras que vem
permeando suas vidas.
Reflexão:
1 - Tire um momento com Deus
para que Ele te revele se exis-
te alguma semente prove-
niente de alguma mentira que
você não tenha se dado conta.
Ore a Deus se arrependendo,
assumindo a sua responsa-
bilidade e determinando que
50
você está disposto a ser trans-
formado nesta área.
2 - Decida fazer alguma coisa
que possa mudar o quadro ge-
rado pelas mentiras que você
contou, fazendo o caminho de
volta (se possível).
3 - Identifique quais são as si-
tuações que o diabo usa para
tentar você a mentir e peça
ao Espírito Santo que o ajude
a estar mais vigilante nesses
momentos.

51
C AP ÍTU LO 7

O SÉTIMO
PECADO DA LÍNGUA:
A CONFUSÃO

Você conhece alguém que quando


abre a boca sempre vem confusão?
Eu quero ler com você uma par-
te da Bíblia para explicar que tipo de
confusão eu estou falando:
“Estas seis coisas o Senhor odeia,
e a sétima a sua alma abomina:
Olhos altivos, língua mentirosa,
mãos que derramam sangue inocente,
O coração que maquina pensamen-
tos perversos, pés que se apressam a
correr para o mal,
A testemunha falsa que profere
mentiras, e o que semeia contendas en-
tre irmãos.” Provérbios 6:16-19 (Grifos
do autor)
52
O Senhor abomina todo aquele
que semeia confusão entre irmãos.
É o famoso “chapéu de dois bicos”.
Você conhece essa expressão? Ela
representa todo aquele que, quando
está conversando com alguém, se-
meia uma “confusãozinha”. Vai para
outro lugar conversar com outra pes-
soa e já semeia outra confusão ali,
envolvendo no assunto, a conversa
que teve com o primeiro, e assim por
diante. Isso é um espírito demoníaco!
Esta atitude é do inferno!
Não tem como uma língua que se-
meia confusão, ser de Deus! Nós pre-
cisamos ter o discernimento de que
este “padrão de comportamento” vem
do inferno. É por isso que Deus fala
que Ele abomina todo aquele que se-
meia confusão entre as pessoas. É
porque vem do inferno!
Como pessoas de Deus, nós pre-
cisamos ser pessoas apaziguadoras.
Onde tiver confusão, nós precisamos
ser agentes apaziguadores. Aonde tem
confusão, você precisa levar a paz,
acalmar os ânimos e levar o esclare-
cimento de que tudo pode ser visto de
53
uma maneira diferente. Ainda que um
dos lados tenha se excedido, ainda as-
sim, você precisa levar uma cobertu-
ra afirmando que houve alguma falha
na comunicação e que, na verdade, a
outra parte não quis dizer o que dis-
se. Mostre, com firmeza, as vezes em
que, tanto um quanto o outro, fala-
ram bem, reciprocamente; as vezes
que cuidaram um do outro; que são
amigos e irmãos em Cristo. Apazígue!
Todavia, se em uma situação como
esta você inflama ainda mais e confir-
ma o que está sendo dito, seja de uma
parte ou de outra, ou até mesmo das
duas, falando mais ou menos assim
– “Você está com toda a razão. Esta
pessoa fala de você há muito tempo e
você nem sabia!” – além de você piorar
a situação, você acaba se envolvendo
com o espírito de confusão. Este com-
portamento é do inferno! Precisamos
vigiar porque nós não somos “agentes
de satanás” para atrapalhar a igreja
de Cristo e a obra de Deus!
Precisamos entender que na igre-
ja tem pessoas com todos os tipos de
dificuldades. Uns em umas áreas
54
e outros em outras. Eu mesmo te-
nho um monte de dificuldades. E se
você fica “colocando pilha” pela difi-
culdade de um e de outro, você está
sendo, sim, um “agente do inferno”
na igreja.
Eu já vi isso acontecer muito no
meio de algumas famílias, principal-
mente de famílias grandes. Em alguns
momentos, vem um destes “agentes
do inferno”, semeia uma confusão no
meio da família e tudo fica um caos!
Acontece ou não acontece? Família é
para viver unida e não em confusão.
Cada um tem o seu jeito, a sua manei-
ra, o seu estilo, contudo, precisamos
respeitar um ao outro. Nada disso
pode ser justificativa para que a casa
vire um “pandemônio”, um inferno.
Não pode de jeito nenhum!
Sim, uns são mais calmos, outros
mais agitados, uns mais reservados,
outros gostam de muita gente perto,
entretanto, é preciso respeitar a in-
dividualidade de cada um. É preciso
que cada um viva da maneira que
Deus chamou para viver sem que isso
seja um motivo de confusão.
55
Vamos pegar o casamento para
analisar melhor este assunto. Quando
o casamento é equilibrado, é muito in-
teressante. Lá em casa, por exemplo,
a minha esposa gosta de falar muito.
Ela fala, e fala, e fala... chama a “mul-
tidão” para estar perto, e eu, em con-
trapartida, sou tão quietinho, adoro
um silêncio e paz. Somos diferentes.
Mas isso não significa que a minha
esposa está errada em querer carre-
gar uma multidão. Muito menos que
eu esteja errado em preferir ficar quie-
tinho. Muito pelo contrário, cada um
tem o seu jeito! E é aí que Deus gera
o equilíbrio. Porque quando ela está
indo longe demais, eu “travo”. E quan-
do eu estou sério demais, ela brinca
para eu rir e descontrair, aleluia!
O que eu quero te ensinar é que
é preciso tomar cuidado para que
a nossa língua não seja um motivo
de confusão dentro das famílias, no
meio de pessoas que nós amamos,
no meio da igreja, no meio da nossa
célula ou no meio dos nossos discí-
pulos. Não podemos permitir isso de
maneira nenhuma!
56
Reflexão:
1 - Com que frequência você tem
se envolvido em confusões?
2 - Identifique o que, especifica-
mente, te leva a estar envolvido
em confusões.
3 - Descreva como você poderia ter
evitado as confusões que você
já viveu. O que você poderia ter
feito de outra maneira, onde te-
ria feito a diferença?

57
CONCLUSÃO

A minha intenção, ao escrever este


livro, é que esta mensagem fique gra-
vada no seu coração. Que você possa
compartilhar esta mensagem em seus
discipulados, gabinetes pastorais,
aconselhamentos ou nas suas rodas
de amizade.
A minha oração é que Deus pos-
sa consolidar esta mensagem no seu
coração e no coração de cada um que
você compartilhar o que aprendeu com
este livro.
Eu sei o quanto é difícil domar a
língua. Por isso, Tiago deixou escrito
que a língua é muito difícil de frear.
Contudo, quem consegue frear a sua
língua é alguém especial, abençoado e
tem muitas vitórias.
Quero te convidar a entrar no
mesmo propósito que eu. Nós nos
comprometeremos em “policiar” a
58
nossa língua e decidiremos que não
usaremos mais a nossa boca para fa-
lar besteira, para falar mentira, para
gerar contenda, para fazer fofoca ou
falar da vida de pessoas ou situações
que os outros estão passando.
Vamos nos comprometer em ape-
nas usar a nossa língua para falar coi-
sas boas com todo mundo. Vamos nos
comprometer a falar de Deus e de tes-
temunhos poderosos que Ele tem nos
permitido viver.

59
21 3732-8741/3049-3116

pastorbrunom@hotmail.com

www.uncaodocrescimento.com.br

www.liderancadesucesso.com.br

www.lojauncaodocrescimento.com.br

Você também pode gostar