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592 CÁLCULO

onde 0
t
1. Observe que, quando t  0, temos (x, y)  (x0, y0), e quando t  1,
obtemos (x, y)  (x3, y3); assim, a curva começa em P0 e termina em P3.
1. Trace a curva de Bézier com pontos de controle P0(4, 1), P1(28, 48), P2(50, 42) e
P3(40, 5). Então, na mesma tela, trace os segmentos P0P1, P1P2 e P2P3. (O Exercí-
cio 31 na Seção 10.1 mostra como fazer isso.) Observe que os pontos de controle
intermediários P1 e P2 não estão na curva; a curva começa em P0, vai em direção a
P1 e P2 sem tocá-los, e termina em P3.
2. A partir do gráfico no Problema 1, parece que a tangente em P0 passa por P1 e a tan-
gente em P3 passa por P2. Demonstre isso.
3. Tente produzir uma curva de Bézier com um laço mudando o segundo ponto de con-
trole no Problema 1.
4. Algumas impressoras a laser usam as curvas de Bézier para representar letras e ou-
tros símbolos. Experimente com pontos de controle até você encontrar uma curva
de Bézier que dê uma representação razoável da letra C.
5. Formatos mais complexos podem ser representados juntando-se duas ou mais cur-
vas de Bézier. Suponha que a primeira curva de Bézier tenha pontos de controle P0,
P1, P2, P3 e a segunda tenha pontos de controle P3, P4, P5, P6. Se quisermos que es-
sas duas partes se juntem de modo liso, então as tangentes em P3 devem coincidir,
e os pontos P2, P3 e P4 devem estar nessa reta tangente comum. Usando esse prin-
cípio, encontre os pontos de controle para um par de curvas de Bézier que repre-
sente a letra S.

10.3 Coordenadas Polares

P (r, ¨ ) Um sistema de coordenadas representa um ponto no plano por um par ordenado de números
chamados coordenadas. Até agora usamos as coordenadas cartesianas, que são distâncias orien-
tadas a partir de dois eixos perpendiculares. Nesta seção descreveremos um sistema de coor-
r denadas introduzido por Newton, denominado sistema de coordenadas polares, que é mais
conveniente para muitos propósitos.
Escolhemos um ponto no plano chamado polo (ou origem) e está rotulado de O. Então de-
¨
O senhamos uma meia linha começando em O chamada eixo polar . Esse eixo é geralmente de-
eixo polar x
senhado horizontalmente para a direita e corresponde ao eixo x positivo nas coordenadas car-
FIGURA 1 tesianas.
Se P for qualquer outro ponto no plano, seja r a distância de O até P e seja u o ângulo (ge-
ralmente medido em radianos) entre o eixo polar e a reta OP, como na Figura 1. Assim, o ponto
P é representado pelo par ordenado (r, u) e r, u são chamados coordenadas polares P. Usa-
mos a convenção de que um ângulo é positivo se for medido no sentido anti-horário a partir
(r, ¨ ) do eixo polar e negativo se for medido no sentido horário. Se P  O, então r  0, e conven-
cionamos que (0, u) representa o polo para qualquer valor de u.
Estendemos o significado de coordenadas polares (r, u) para o caso no qual r é negativo
¨+π
¨ convencionando que, como na Figura 2, os pontos (r, u) e (r, u) estão na mesma reta pas-
O sando por O e estão à mesma distância r  a partir de O, mas em lados opostos de O. Se
r  0, o ponto (r, u) está no mesmo quadrante que u; se r  0 , ele está no quadrante do lado
oposto ao polo. Observe que (r, u) representa o mesmo ponto que (r, u  p).
(_r, ¨)

FIGURA 2
EXEMPLO 1 Marque os pontos cujas coordenadas polares são dadas.
(a) (1, 5p/4) (b) (2, 3p) (c) (2, 2p/3) (d) (3, 3p/4)
SOLUÇÃO Os pontos estão marcados na Figura 3. Na parte (d) o ponto (3, 3p/4) está loca-
lizado três unidades a partir do polo no quarto quadrante, porque o ângulo 3p/4 está no
segundo quadrante e r  3 é negativo.
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EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS E COORDENADAS POLARES 593


3π 4
5π O
4
O (2, 3π) O
O 2π
_ 3

”1, 4 ’

”2, _ 2π
3


FIGURA 3 ”_3, 4

No sistema de coordenadas cartesianas cada ponto tem apenas uma representação, mas no
sistema de coordenadas polares cada ponto tem muitas representações. Por exemplo, o ponto
(1, 5p/4) no Exemplo 1(a) poderia ser escrito como (1, 3p/4) ou (1, 13p/4) ou
(1, p/4). (Veja a Figura 4.)

π
5π O 13π 4
4 4
O O O
_ 3π
4

”1, 4
’ ”1, _ 3π
4
’ ”1, 13π
4
’ ”_1,
π
4 ’

FIGURA 4

De fato, como uma rotação completa no sentido anti-horário é dada por um ângulo 2p, o
ponto representado pelas coordenadas polares (r, u) é também representado por
(r, u  2np)MMMeMMM(r, u  (2n  1)p)
onde n é qualquer inteiro.
y
A relação entre as coordenadas polares e cartesianas pode ser vista a partir da Figura 5, na
qual o polo corresponde à origem e o eixo polar coincide com o eixo x positivo. Se o ponto P P (r, ¨)=P (x, y)
tiver coordenadas cartesianas (x, y) e coordenadas polares (r, u), então, a partir da figura, temos
x y r
cos  苷 sen u 苷 y
r r
e também ¨
O x x

1 x  r cos uy  r sen u


FIGURA 5

Embora as Equações 1 tenham sido deduzidas a partir da Figura 5, que ilustra o caso onde
r  0 e 0  u  p/2, essas equações são válidas para todos os valores de r e u. (Veja a defi-
nição geral de sen u e cos u no Apêndice D, no Volume I.)
As Equações 1 nos permitem encontrar as coordenadas cartesianas de um ponto quando as
coordenadas polares são conhecidas. Para encontrarmos r e u quando x e y são conhecidos, usa-
mos as equações

y
2 r2 苷 x2  y2 tg u 苷
x

que podem ser deduzidas a partir das Equações 1 ou simplesmente lidas a partir da Figura 5.

EXEMPLO 2 Converta o ponto (2, p/3) de coordenadas polares para cartesianas.

SOLUÇÃO Como r  2 e u  p/3, as Equações 1 fornecem

1
x 苷 r cos  苷 2 cos 苷2ⴢ 苷1
3 2

p s3
y 苷 r sen u 苷 2 sen 苷2ⴢ 苷 s3
3 2

Portanto, o ponto é (1, s3 ) nas coordenadas cartesianas.


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594 CÁLCULO

EXEMPLO 3 Represente o ponto com coordenadas cartesianas (1, 1) em termos de coordena-
das polares.
SOLUÇÃO Se escolhermos r positivo, então a Equação 2 fornece

r 苷 sx 2  y 2 苷 s1 2  共1兲 2 苷 s2
y
tg u 苷 苷 1
x
Como o ponto (1, 1) está no quarto quadrante, podemos escolher u  p/4 ou u  7p/4.
Então uma resposta possível é (s2 ,  兾4); e outra é 共s2 , 7 兾4兲.

OBSERVAÇÃO As Equações 2 não determinam univocamente u quando x e y são dados, por-


que, à medida que u aumenta no intervalo 0
u  2p, cada valor de tg u ocorre duas vezes.
Portanto, para converter coordenadas cartesianas em coordenadas polares, não é apenas sufi-
ciente encontrar r e u que satisfaçam as Equações 2. Como no Exemplo 3, devemos escolher
u de modo que o ponto (r, u) esteja no quadrante correto.
1
r= 2
r=4
Curvas Polares
r=2 O gráfico de uma equação polar r  f (u), ou mais genericamente, F(r, u)  0, consiste em
r=1
todos os pontos P que têm pelo menos uma representação (r, u) cujas coordenadas satisfaçam
a equação.
x
EXEMPLO 4 Que curva é representada pela equação polar r  2?

SOLUÇÃO A curva consiste em todos os pontos (r, u) com r  2. Como r representa a distân-
cia do ponto ao polo, a curva r  2 representa o círculo com centro O e raio 2. Em geral, a
equação r  a representa um círculo com centro O e raio a . (Veja a Figura 6.)
FIGURA 6
EXEMPLO 5 Esboce a curva polar u  1.
(3, 1)
SOLUÇÃO Essa curva consiste em todos os pontos (r, u) tal que o ângulo polar u é 1 radiano. É
(2, 1) uma reta que passa por O e forma um ângulo de 1 radiano com o eixo polar (veja a Figura 7).
¨=1 Observe que os pontos (r, 1) na reta com r  0 estão no primeiro quadrante, enquanto aqueles
(1, 1) com r  0 estão no terceiro quadrante.
1
O EXEMPLO 6
x
(a) Esboce a curva com equação polar r  2 cos u.
(_1, 1)
(b) Encontre a equação cartesiana para essa curva.
(_2, 1) SOLUÇÃO
(a) Na Figura 8 encontramos os valores de r para alguns valores convenientes de u e marcamos
FIGURA 7 os pontos correspondentes (r, u). Então juntamos esses pontos para esboçar a curva, que pare-
ce ser um círculo. Usamos os valores de u apenas entre 0 e p, já que, se deixarmos u aumen-
tar além de p, obtemos os mesmos pontos novamente.

u r  2 cos u
” œ2„, π4 ’
0 2 ”1, π3 ’ „ π6 ’
” œ3,

p/6 √3

p/4 √2
p/3 1 (2, 0)
p/2 0 π
”0, ’
2p/3 1 2

FIGURA 8 3p/4 √2

Tabela de valores e 5p/6 √3 ”_1, 2π ’
„ 5π
”_ œ3, 6

gráfico de r=2 cos ¨ 3 3π
p 2 ”_ œ2,
„ 4

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EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS E COORDENADAS POLARES 595

(b) Para convertermos a equação dada em uma equação cartesiana, usamos as Equações 1 e
2. A partir de x  r cos u, temos cos u  x/r; assim, a equação r  2 cos u torna-se r  2x/r,
que fornece
2x  r2  x2  y2oux2  y2  2x  0
Completando o quadrado, obtemos
(x  1)2  y2  1
que é uma equação do círculo com centro (1, 0) e raio 1.
y
P A Figura 9 mostra em uma ilustração geométri-
r ca que o círculo no Exemplo 6 tem a equação
r  2 cos u. O ângulo OPQ é um ângulo
¨ reto (por quê?) e assim r/2  cos u.
O 2 Q x

FIGURA 9

r
EXEMPLO 7 Esboce a curva polar r  1  sen u.
2
SOLUÇÃO Em vez de marcarmos os pontos como no Exemplo 6, primeiro esboçamos o gráfico
de r  1  sen u em coordenadas cartesianas na Figura 10 pelo deslocamento da curva seno 1
uma unidade para cima. Isso nos permite ler de uma vez os valores de r que correspondem aos
valores crescentes de u. Por exemplo, vemos que, quando u aumenta de 0 até p/2, r (a distân- 0 π π 3π 2π ¨
2 2
cia a partir de O) aumenta de 1 até 2, assim esboçamos a parte correspondente da curva polar
na Figura 11(a). Quando u aumenta de p/2 até p, a Figura 10 mostra que r diminui de 2 até 1,
FIGURA 10
e dessa forma esboçamos a próxima parte da curva como na Figura 11(b). Quando u aumenta
de p até 3p/2, r diminui de 1 para 0, como apresentado na parte (c). Finalmente, quando u r=1+sen ¨ em coordenadas cartesianas,
0¯¨¯2π
aumenta de 3p/2 até 2p, r aumenta de 0 para 1, como mostrado na parte (d). Se deixássemos
u aumentar além de 2p ou diminuir além de 0, simplesmente retraçaríamos nossa trajetória.
Juntando as partes da curva nas Figuras 11(a)–(d), esboçamos a curva completa na parte (e).
Ela é chamada cardioide, porque tem o formato parecido com o de um coração.
π π
¨= 2 ¨= 2

O O O
O 1 ¨=0 ¨=π O ¨=π ¨=2π
3π 3π
¨= 2 ¨= 2
(a) (b) (c) (d) (e)

FIGURA 11 Estágios do esboço da cardioide r=1+sen ¨

EXEMPLO 8 Esboce a curva r  cos 2u.

SOLUÇÃO Como no Exemplo 7, fizemos o esboço de r  cos 2u, 0


u
2p, em coordena-
das cartesianas na Figura 12. Quando u aumenta de 0 até p/4, a Figura 12 mostra que r dimi-
nui de 1 até 0, e assim desenhamos a parte correspondente da curva polar na Figura 13 TEC O Module 10.3 ajuda você a ver
(indicada por !. Conforme u aumenta de p/4 até p/2, r vai de 0 a 1. Isso significa que a como as curvas polares são traçadas
distância de O aumenta de 0 até 1, mas, em vez de ser no primeiro quadrante, essa parte da mostrando animações similares às Figuras
curva polar (indicada por @) está no lado oposto ao polo no terceiro quadrante. O restante 10–13.
da curva é desenhado de uma maneira semelhante, com números e setas indicando a ordem
na qual as partes são traçadas. A curva resultante tem quatro laços e é denominada rosácea
de quatro pétalas.
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596 CÁLCULO

r ¨= 2
π

3π π
1 ¨= ¨= 4
4 & ^
! $ % *
$ !

¨=π
π π 3π π 5π 3π 7π 2π ¨ ¨=0
4 2 4 4 2 4
% *
@ # ^ &
@ #

FIGURA 12 FIGURA 13
r=cos 2¨ em coordenadas cartesianas Rosácea de quatro pétalas r=cos 2¨

Simetria
Ao esboçar curvas polares, lembre-se de que é útil algumas vezes levar em conta a simetria. As
três regras seguintes são explicadas pela Figura 14.
(a) Se uma equação polar não mudar quando u for trocado por u, a curva será simétrica
em relação ao eixo polar.
(b) Se a equação não mudar quando r for trocado por r, ou quando u for trocado por
u  p, a curva será simétrica em relação ao polo. (Isso significa que a curva permane-
cerá inalterada se a girarmos 180° em torno da origem.)
(c) Se a equação não mudar quando u for trocado por p  u, a curva será simétrica em re-
lação à reta vertical u  p/2.

(r, π-¨) (r, ¨)


(r, ¨ )

(r, ¨ ) π-¨
¨ ¨
O _¨ O O
(_r, ¨ )

(r, _¨ )

(a) (b) (c)

FIGURA 14
As curvas nos Exemplos 6 e 8 são simétricas em relação ao eixo polar, pois
cos(u)  cos u. As curvas nos Exemplos 7 e 8 são simétricas em relação à u  p/2 porque
sen (p  u)  sen u e cos 2(p  u)  cos 2u. A rosácea de quatro pétalas é também simétri-
ca em relação ao polo. Essas propriedades de simetria poderiam ser usadas para esboçar as cur-
vas. Por exemplo, no Exemplo 6 só precisaríamos ter marcado pontos para 0
u
p/2 e então
refleti-los em torno do eixo polar para obter o círculo completo.

Tangentes a Curvas Polares


Para encontrarmos a reta tangente a uma curva polar r  f (u), vamos considerar u como um
parâmetro e escrever suas equações paramétricas como

x  r cos u  f (u) cos u MMMMy  r sen u  f (u) sen u

Então, usando o método para encontrar inclinações de curvas parametrizadas (Equação 10.2.2)
e a Regra do Produto, temos

dy dr
sen u  r cos u
dy du du
3 苷 苷
dx dx dr
cos u  r sen u
du du
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EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS E COORDENADAS POLARES 597

Localizamos as tangentes horizontais achando os pontos onde dy/du  0 (desde que


dx/du ⬆ 0). Do mesmo modo, localizamos as tangentes verticais nos pontos onde dx/du  0
(desde que dy/du ⬆ 0).
Observe que, se estivermos olhando para as retas tangentes no polo, então r  0 e a Equa-
ção 3 é simplificada para
dy dr
苷 tg u se 苷0
dx d
Por exemplo, no Exemplo 8 achamos que r  cos 2 u  0 quando u  p/4 ou 3p/4. Isso sig-
nifica que as retas u  p/4 e u  3p/4 (ou y  x e y  x) são retas tangentes a r  cos 2 u
na origem.

EXEMPLO 9
(a) Para a cardioide r  1  sen u do Exemplo 7, calcule a inclinação da reta tangente quan-
do u  p/3.
(b) Encontre os pontos na cardioide onde a reta tangente é horizontal ou vertical.
SOLUÇÃO Usando a Equação 3 com r  1  sen u, obtemos

dr
sen u  r cos u
dy du cos u sen u  共1  sen u兲 cos u
苷 苷
dx dr cos u cos u  共1  sen u兲 sen u
cos u  r sen u
du
cos u 共1  2 sen u兲 cos u 共1  2 sen u兲
苷 苷
1  2 sen u  sen u
2
共1  sen u兲共1  2 sen u兲

(a) A inclinação da tangente no ponto no qual u  p/3 é

dy
dx 冟 u 苷p 兾3

cos共p兾3兲共1  2 sen共p兾3兲兲
共1  sen共p兾3兲兲共1  2 sen共p兾3兲兲
苷 2 (1  s3 )
1

(1  s3兾2)(1  s3 )
1  s3 1  s3

(2  s3 )(1  s3 ) 1  s3 苷 1

(b) Observe que

dy p 3p 7p 11p
苷 cos u 共1  2 sen u兲 苷 0 quando u 苷 , , ,
du 2 2 6 6

dx 3p p 5p
苷 共1  sen u兲共1  2 senu兲 苷 0 quando u 苷 , ,
du 2 6 6

Portanto, existem tangentes horizontais nos pontos 共2, 兾2兲, ( 2 , 7 兾6), ( 2 , 11 兾6) e tangen-
1 1

tes verticais em ( 2 , 兾6) e ( 2 , 5 兾6). Quando  苷 3 兾2, dy兾d e dx兾d são 0 e, dessa
3 3

forma, devemos ser cuidadosos. Usando a Regra de L’Hôspital, temos π


”2, 2 ’

冉 冊冉 冊 ”1+ œ„3 π
dy 1  2 sen u cos u , ’
2 3
lim 苷 lim lim m=_1
ul共3p兾2兲 dx ul共3p兾2兲 1  2 sen u ul共3p兾2兲 1  sen u
” 32 , 5π ” 32 , π6 ’
1 cos u 1 sen u 6

苷 lim 苷 lim 苷
3 ul共3p兾2兲 1  sen u 3 ul共3p兾2兲 cos u (0, 0)
Por simetria,
dy ” 21 , 7π ’ ” 21 , 11π
苷 
lim 6 6

dx  l共3 兾2兲

Então, existe uma reta tangente vertical no polo (veja a Figura 15). FIGURA 15
Retas tangentes para r=1+sen ¨
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598 CÁLCULO

OBSERVAÇÃO Em vez de lembrarmos a Equação 3, poderíamos empregar o método usado


para deduzi-la. Por exemplo, no Exemplo 9, poderíamos ter escrito

x  r cos u  (1  sen u) cos u  cos u  12 sen 2u


y  r sen u  (1  sen u) sen u  sen u  sen2u

Portanto, temos
dy dy兾du cos u  2 sen u cos u cos u  sen 2u
苷 苷 苷
dx dx兾du sen u  cos 2u sen u  cos 2u

que é equivalente à nossa expressão prévia.

Traçando Curvas Polares com Ferramentas Gráficas


Embora seja útil saber esboçar as curvas polares simples manualmente, precisamos usar uma
calculadora gráfica ou um computador quando nos deparamos com curvas complicadas, como
as mostradas nas Figuras 16 e 17.

1 1,7

_1 1 _1,9 1,9

_1 _1,7

FIGURA 16 FIGURA 17
r=sen2(2,4¨)+cos4(2,4¨) r=sen2(1,2¨)+cos3(6¨)

Algumas ferramentas gráficas têm comandos que nos permitem traçar curvas polares direta-
mente. Com outras máquinas precisamos fazer a conversão para curvas parametrizadas pri-
meiro. Neste caso, tomamos a equação polar r  f (u) e escrevemos suas equações
paramétricas como

x  r cos u  f (u) cos u y  r sen u  f (u) sen u

Algumas máquinas requerem que o parâmetro seja denominado t em vez de u.

EXEMPLO 10 Trace a curva r  sen(8u/5).

SOLUÇÃO Vamos assumir que nossa ferramenta gráfica não tenha um comando para traçar as
curvas polares. Neste caso, precisamos trabalhar com as equações paramétricas corresponden-
tes, que são
x  r cos u  sen(8u/5) cos u y  r sen u  sen(8u/5) sen u
1
Em qualquer caso, precisamos determinar o domínio para u. Então nos perguntamos: quantas
rotações completas são necessárias até que a curva comece a se repetir? Se a resposta for n,

_1 1 sen
8共u  2np兲
5
苷 sen
8u
5


16np
5
冊 苷 sen
8u
5

e assim precisamos que 16np/5 seja um múltiplo par de p. Isso ocorrerá primeiro quando
n  5. Portanto, traçamos a curva inteira se especificarmos que 0
u
10p. Trocando de u
_1 para t, temos as equações
FIGURA 18
r=sen(8¨/5)
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EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS E COORDENADAS POLARES 599

x  sen(8t/5) cos tMMMy  sen(8t/5) sen tMMM0


t
10p

e a Figura 18 nos mostra a curva resultante. Observe que essa rosácea tem 16 laços.

EXEMPLO 11 Investigue a família de curvas polares dada por r  1  c sen u. Como o formato
muda conforme c varia? (Essas curvas são chamadas limaçons, que em francês significa cara-
col, por causa do formato dessas curvas para certos valores de c.)
SOLUÇÃO A Figura 19 mostra gráficos desenhados por computador para vários valores de c.
Para c  1, há uma volta que é decrescente em tamanho conforme c diminui. Quando c  1,
o laço desaparece e a curva torna-se a cardioide que esboçamos no Exemplo 7. Para c entre 1
e 2, a cúspide da cardioide é suavizada e torna-se uma “covinha”. Quando c diminui de 12 para
1
No Exercício 53 pediremos que você demonstre
0, a limaçon parece oval. Essa oval se torna mais circular quando c m 0 e quando c  0, a analiticamente o que descobriu a partir dos
curva é apenas o círculo r  1. gráficos na Figura 19.

c=1,7 c=1 c=0,7 c=0,5 c=0,2

c=2,5

c=_2

c=0 c=_ 0,2 c=_ 0,5 c=_ 0,8 c=_1

FIGURA 19
Membros da família de
limaçons r=1+c sen ¨

As partes restantes da Figura 19 mostram que, quando c se torna negativo, os formatos


mudam na ordem inversa. De fato, essas curvas são reflexões ao redor do eixo horizontal das
curvas correspondentes com c positivo.
Limaçons surgem do estudo de movimento planetário. Em particular, a trajetória de Marte,
vista do planeta Terra, tem sido modelada como um limaçon com uma volta, como partes da
Figura 19 com c  1.

10.3 Exercícios
1–2 Marque os pontos cujas coordenadas polares são dadas. A (ii) Encontre as coordenadas polares (r, u) do ponto, onde r  0 e
seguir, encontre dois outros pares de coordenadas polares desse 0
u
2p.
ponto, um com r  0 e o outro com r  0.
5. (a) (2, 2) (b) (1, s3 )
1. (a) (2, p/3) (b) (1, 3p/4) (c) (1, p/2)
6. (a) (3s3 , 3) (b) (1,  2)
2. (a) (1, 7p/4) (b) (3, p/6) (c) (1, 1)
7–12 Esboce a região no plano que consiste em pontos cujas coorde-
3–4 Marque o ponto cujas coordenadas polares são dadas. A seguir, nadas polares satisfazem as condições dadas.
encontre as coordenadas cartesianas do ponto.
7. 1
r
2
3. (a) (1, p) (b) (2, 2p/3) (c) (2, 3p/4)
8. 0
r  2,Mp
u
3p/2
4. (a) (s2 , 5 兾4) (b) (1, 5p/2) (c) (2, 7p/6)
9. r 0,Mp/4
u
3p/4
5–6 As coordenadas cartesianas de um ponto são dadas.
10. 1
r
3,Mp/6  u  5p/6
(i) Encontre as coordenadas polares (r, u) do ponto, onde r  0 e
0
u
2p.

; É necessário usar uma calculadora gráfica ou computador 1. As Dicas de Lição de Casa estão disponíveis em www.stewartcalculus.com
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600 CÁLCULO

11. 2  r  3,M5p/3
u
7p/3 49. Mostre que a curva polar r  4  2 sec u (chamada conchoide)
tem a reta x  2 como uma assíntota vertical mostrando que
12. r 1,Mp
u
2p limr m ∞ x  2. Use esse fato para ajudar a esboçar a conchoide.
13. Encontre a distância entre os pontos com coordenadas polares 50. Mostre que a curva r  2  cossec u (também uma conchoide)
(2, p/3) e (4, 2p/3). tem a reta y  1 como uma assíntota horizontal mostrando que
limr m ∞ y  1. Use esse fato para ajudar a esboçar a con-
14. Encontre uma fórmula para a distância entre os pontos com coor-
choide.
denadas polares (r1, u1) e (r2, u2).
15–20 Encontre a equação cartesiana para a curva descrita pela 51. Mostre que a curva r  sen u tg u (denominada cissoide de Dio-
equação polar dada. cles) tem a reta x  1 como uma assíntota vertical. Mostre tam-
bém que a curva está inteiramente dentro da faixa vertical
15. r  2 16. r cos u  1 0
x  1. Use esses fatos para ajudar a esboçar a cissoide.
17. r  2 cos u 18. u  p/3 52. Esboce a curva (x2  y2)3  4x2 y2.
19. r2 cos 2u  1 20. r  tg u sec u 53. (a) No Exemplo 11 os gráficos sugerem que a limaçon
r  1  c sen u tem um laço interno quando c  1. De-
21–26 Encontre uma equação polar para a curva representada pela
monstre que isso é verdadeiro e encontre os valores de u que
equação cartesiana dada.
correspondam ao laço interno.
21. y  2 22. yx (b) A partir da Figura 19 parece que a limaçon perde sua covi-
1
nha quando c  2. Demonstre isto.
23. y  1  3x 24. 4y2  x
54. Associe as curvas polares com seus respectivos gráficos I–VI.
25. x2  y2  2cx 26. xy  4 Dê razões para suas escolhas. (Não use uma ferramenta gráfica.)

27–28 Para cada uma das curvas descritas, decida se a curva seria (a) r  √u,M0
u
16p (b) r  u2,M0
u
16p
mais facilmente dada por uma equação polar ou por uma equação (c) r  cos(u/3) (d) r  1  2 cos u
cartesiana. Então, escreva uma equação para a curva. (e) r  2  sen 3u (f) r  1  2 sen 3u
27. (a) Uma reta que passa pela origem e forma um ângulo de p/6
com o eixo x positivo. I II III
(b) Uma reta vertical pelo ponto (3, 3).
28. (a) Um círculo com raio 5 e centro (2, 3).
(b) Um círculo com centro na origem e raio 4.
29–46 Esboce uma curva com a equação polar dada primeiro esbo-
çando o gráfico de r como função de u em coordenadas cartesianas.
IV V VI
29. r  2 sen u 30. r  1  cos u

31. r  2(1  cos u) 32. r  1  2 cos u

33. r  u, u 0 34. r  ln u, u 1

35. r  4 sen 3u 36. r  cos 5u

37. r  2 cos 4u 38. r  3 cos 6u 55–60 Calcule a inclinação da reta tangente para a curva polar dada
no ponto especificado pelo valor de u.
39. r  1  2 sen u 40. r  2  sen u
55. r  2 sen u,Mu  p/6 56. r  2  sen u,Mu  p/3
41. r2  9 sen 2u 42. r2  cos 4u
57. r  1/u,Mu  p 58. r  cos(u/3),Mu  p
43. r  2  sen 3u 44. r2u  1
59. r  cos 2u,Mu  p/4 60. r  1  2 cos u,Mu  p/3
45. r  1  2 cos 2u 46. r  3  4 cos u
61–64 Encontre os pontos na curva dada onde a reta tangente é hori-
47–48 A figura mostra o gráfico de r como uma função de o em
zontal ou vertical.
coordenadas cartesianas. Use-o para esboçar a curva polar corres-
pondente. 61. r  3 cos u 62. r  1  sen u
47. r 48. r
2
63. r  1  cos u 64. r  eu
2
1 65. Mostre que a equação polar r  a sen u  b cos u, para a qual
0 0
ab ⬆ 0, representa um círculo e calcule seu centro e o raio.
π 2π ¨ π 2π ¨
_2 66. Mostre que as curvas r  a sen u e r  a cos u se interceptam
com ângulos retos.

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