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Processos de separação de hidrogênio

A separação do hidrogênio está cada vez mais presente nos processos industrias,
pois este necessita ser recuperado em correntes de produção de amônia e separado de
gases como o metano em processos petrolíferos, por exemplo. A separação geralmente
é realizada através de sistemas clássicos como adsorção ou destilação criogênica, porém
a separação por membranas está em crescente aceitação no meio industrial.
A diferença entre as temperaturas de condensação das substâncias presentes na
mistura é responsável pela eficiência da destilação criogênica ou fracionada, porém a
obtenção de H2 em níveis de alta pureza não é possível e há um elevado consumo de
energia devido à baixa temperatura no processo. A adsorção é ainda o método mais
utilizado para separação de gás hidrogênio e se baseia na interação química e/ou física
entre um gás da mistura e o adsorvente. O processo é maximizado a altas pressões e por
moléculas polares, por isso o hidrogênio é pouco adsorvido. A adsorção é realizada em
bateladas, e o fluxo continuo só é alcançado com o emprego de muitos adsorventes.
Quando se utiliza membranas na separação, diversas melhorias são alcançadas
em relação aos processos tradicionais, como: menor consumo energético, pois não é
necessário que ocorra troca de fases da mistura, menor espaço consumido pelo
equipamento, funcionamento contínuo e melhor seletividade. Apesar das vantagens, as
membranas ainda necessitam de aprimoramento, pois aquelas mais eficientes e
resistentes à altas temperaturas encarecem muito mais o processo.
As membranas para separação de gás hidrogênio podem ser classificadas em:
poliméricas ou inorgânicas (metálicas, cerâmicas ou de carbono), densas ou porosas,
isotrópicas ou anisotrópicas e simples ou compostas. As mais utilizadas são as
poliméricas densas, pois apresentam menor custo, de forma que as inorgânicas só são
utilizadas em ambientes nocivos às poliméricas.
Membranas metálicas possuem elevada seletividade a H2, porém perdem
consideravelmente sua permeabilidade quando em contato com gases que contenham
enxofre ou cloro. As cerâmicas são constituídas por um metal em conjunto com um não-
metal (óxido, nitreto ou carbeto), e são mais empregadas em nanofiltração, sendo ainda
inviáveis a níveis industriais.
Dessa forma, mesmo com o crescente uso de membranas no processo de
separação de H2, aquela que mais se destaca como promissora é a feita de carbono do
tipo peneira molecular. Estas apresentam poros da ordem de 10 -10 m e por isso separam
gases com pequenas diferenças de diâmetro. Além disso, possuem resistência a altas
temperaturas e a corrosão. São obtidas através da decomposição térmica de membranas
poliméricas precursoras, porém seu custo de produção pode ser até três vezes maior do
que de uma membrana polimérica.

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