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PALAVRAS-CHAVE: Absorção gasosa, transferência de massa, KEYWORDS: Gaseous absorption, mass transference, NO2.
NO2.
INTRODUÇÃO das em todas as fases acontecem simulta- sa e são descritos na literatura como dis-
neamente e são extremamente importan- positivos auxiliares de contato líquido-
A absorção de gases é um processo tes para a prática dos processos industriais. gás. Tais dispositivos, denominados pra-
muito utilizado em plantas industriais, O conhecimento dos fenômenos de tos, dependendo da sua característica fí-
principalmente nos processos químicos, transferência de massa envolvidos, neste sica e mecânica podem ser perfurados,
seja na preparação da matéria-prima para processo, é essencial para a avaliação da valvulados ou de campânulas, e apresen-
a transformação de insumos em produ- capacidade de separação e o cálculo da tam diferentes características operacionais
tos finais bem como na purificação dos eficiência de transferência de massa, con- principalmente no que se refere aos fenô-
produtos obtidos de tais processos, que dições operacionais primordiais para o menos de transferência e de borbulha-
consistem na transferência de um com- dimensionamento de equipamentos uti- mento entre as fases na sua superfície.
ponente de uma mistura gasosa para um lizados neste tipo de operação unitária. A caracterização deste tipo de pro-
líquido absorvente devido à solubilidade Estes equipamentos, definidos como co- cesso, e a sua grande relevância fenome-
e à diferença de concentração entre as fa- lunas do absorção, incorporam em seu nológica, leva a sua aplicação ao tratamen-
ses. Além disso, a transferência de massa interior dispositivos que visam o aumen- to de gases presentes em ambientes aére-
bem como as reações químicas envolvi- to da área efetiva de transferência de mas- os que estão sujeitos, face à natureza de
Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor, co-orientado pelo segundo autor e orientado pelo terceiro autor, apresentada ao Mestrado em Engenharia Ambiental da Universidade
Regional de Blumenau.
atividades de transformação, à presença estequiometria que contempla as diversas no/monoetanolamina e avaliaram alguns
de fontes geradoras de gases orgânicos e formas de NOx (NO, NO2, N2O3, N2O4) parâmetros de projeto sobre a capacidade
inorgânicos. Estes contaminantes distri- além da reversibilidade e irreversibilidade da recuperação do dióxido de carbono.
buem-se pelo ambiente aéreo, principal- das reações químicas, dificultando ainda
mente, pelos mecanismos convectivos e mais o processo. Modelagem de estágios de
difusivos de transferência de massa asso- Kelly et al (1984) utilizaram o processo equilíbrio
ciados a quantidade de movimento. de absorção para a remoção de gases ácidos
A absorção pode ser um processo tendo metanol como o solvente. Para os auto- A modelagem de estágios de equilí-
puramente físico ou seguido por reações res, outros solventes podem ser utilizados, brio tem sido muito explorada, na litera-
químicas, dependendo do grau de solu- tais como metanolamina e o dietanolamina, tura, por diversos autores, destacando-se
bilidade do soluto no solvente. A absor- mas as limitações com relação ao uso destes, Higler et al (1998) que desenvolveram o
ção com reação química, foco deste traba- são devido ao grande número de compos- modelo para determinar o número de
lho, tem vasta aplicação industrial, prin- tos sulfurosos formados, presença de pratos reais, baseado na definição de Lewis
cipalmente para a remoção de gases áci- hidrocarbonetos e dióxido de carbono (1922) e Powerst et al (1988) que avali-
dos, misturas inertes e hidrocarbonetos (CO2) que devem ser constantemente re- aram o grau de separação mediante a
em correntes de ar. Quando utilizada, a movidos durante a operação de absorção. implementação das taxas de transferên-
reação química aumenta a taxa de absor- Para Azevedo e Cruz (1994), quan- cia de massa e de energia na interface lí-
ção e a eficiência de transferência de mas- do se deseja que o gás ácido seja removido quido-gás, numa seção de uma coluna de
sa, devido ao incremento da solubilidade até teores menores, utiliza-se o processo recheios. No trabalho desenvolvido pe-
decorrente da presença dos reagentes. de absorção com um agente líquido como los autores o equilíbrio termodinâmico foi
Além disso, a manipulação dos parâmetros solvente. Entre diversos solventes físicos considerado, condição que permitiu in-
de processo (temperatura, pressão, vazões e químicos utilizados para a remoção de troduzir a eficiência de transferência de
de alimentação, entre outros) influencia gases ácidos, os mais utilizados comercial- massa para corrigir as distorções oriundas
diretamente nas taxas de reação. mente são as alcanolaminas aquosas das suposições de equilíbrio entre as cor-
As operações de absorção são de em- (aminoálcoois) e carbonato de potássio rentes que abandonam um dado estágio.
prego generalizado nas indústrias quími- aquecido. Estas aminas apresentam van- Para a descrição do modelo mate-
cas, petroquímicas e de alimentos bem tagens sobre outras, tais como baixa mático a Figura 1 é utilizada, na qual se
como nos equipamentos do controle de volatilidade, alta solubilidade em água e observa que um gás que contém um
poluição. Na indústria química, a produ- também custos razoavelmente modera- soluto é alimentado no fundo da coluna
ção de ácidos clorídrico e sulfúrico envolve dos. Além da escolha adequada do solvente, e um líquido puro (solvente) é alimenta-
a absorção de gases em sua fase final e muitos é necessário dimensionar e avaliar o siste- do no topo deste equipamento e ambas
outros processos incluem a absorção em ma de tratamento da corrente gasosa, em as correntes escoam em contracorrente
etapas intermediárias. A absorção é utiliza- particular a coluna do absorção. permitindo uma forte interação entre as
da também, para a recuperação dos pro- Existem diversas publicações que fases nos diversos dispositivos internos de
dutos gasosos de misturas diluídas, como tratam de projetos de colunas de absor- contato. Neste processo o soluto é trans-
é o caso da lavagem do gás de coque para ção. Quando a absorção é puramente fí- ferido da fase gasosa para a fase líquida,
absorção de amônia (NH3), nele contida, sica, o projeto é relativamente simples, permitindo que a corrente gasosa, que
e o de absorção de dióxido de enxofre desde que os dados necessários estejam abandona a coluna, tenha uma redução
(SO 2) em solventes como mono e disponíveis. Entretanto, quando há pre- no poluente, cujo grau de recuperação
dietanolamina. Na indústria de petróleo a sença de reação química, informações adi- depende da eficiência de transferência de
absorção de componentes mais pesados, cionais são necessárias e, geralmente, o massa neste processo. O poluente absor-
do que o metano, é feita em óleos leves na projeto torna-se mais dispendioso. Assim, vido pela fase líquida poderá, numa se-
produção do gás natural. (Gomide, 1988). no caso de absorção com reação química, gunda etapa, ser recuperado utilizando
Os processos de absorção de NOx apesar de serem descritos na literatura outros processos de separação tais como a
são relevantes para a produção de HNO3 vários métodos de projeto, há uma carên- destilação, adsorção líquida, entre outros.
utilizado na fabricação de fertilizantes cia de uma metodologia mais didática No estágio ideal ou de equilíbrio,
inorgânicos, como o nitrato de amônia. para o desenvolvimento do mesmo. Além Figura 2, a mistura entre as fases é hipo-
Andrew e Hanson (1961) desenvolve- disso, há dificuldade na obtenção dos teticamente perfeita, de modo que as cor-
ram estudos de processos de absorção de dados necessários, quer experimentais, rentes que deixam o estágio estejam em
gases nitrosos em água, em colunas com quer de estimativas. equilíbrio entre si e a intensidade de mis-
pratos perfurados, e avaliaram a influen- De Leye e Froment (1986a e tura caracteriza a ausência do gradiente
cia da vazão do gás na taxa de transferên- 1986b) descreveram um algoritmo para de concentração ao longo do prato.
cia de massa. Similarmente, Dekker et al. o projeto de uma coluna de absorção com
(1959) observaram que a fase gasosa pro- reação química e alguns exemplos de apli- Balanço de massa por
porciona maior resistência à transferência cação sem, entretanto, apresentar o pro- componente no prato N
de massa, controlando, desta forma, o grama computacional. Em 1994 Azeve-
processo de absorção. do e Cruz, desenvolveram um programa O balanço de massa por componen-
Suchar e Josi (1994), consideram em linguagem PASCAL, mostrando te, que descreve o modelo matemático do
que os processos de absorção de NOx são detalhes do modelo matemático, onde processo de absorção e que incluí as cor-
complexos por envolverem reações quí- avaliaram o número de estágios reais rentes de alimentação e as saídas laterais
micas que demandam mecanismos com- numa coluna de absorção com reação do gás e do líquido, é apresentado na
plexos no modelo matemático e envolver química para o sistema dióxido de carbo- Equação 1.
ARTIGO TÉCNICO
Figura 1- Coluna de absorção caracterizando modelo de equilíbrio
Segundo Perry e Chilton (1986) a isotérmica e adiabática, o dimensio- mentam significativamente a complexi-
maioria dos processos de absorção usados namento das colunas de pratos ou recheio dade do modelo.
nas indústrias envolve reações químicas é mais complexo. Grande parte dos modelos de colu-
na fase líquida, reações estas que elevam a Pode-se estender esta observação ao nas de pratos foi desenvolvida baseado
taxa de absorção e aumentam a solubili- estudo de estratégias de controle para co- no conceito de estágios teóricos, caracte-
dade do soluto no solvente, quando com- lunas de absorção com reação química, rizados pelo equilíbrio entre as correntes
parado com absorção física. Porém, faz-se uma vez que, com as simplificações que de gás e de líquido que deixam o estágio.
necessário o conhecimento dos princípios envolvem os efeitos térmicos, a modela- Esta aproximação vem sendo progressi-
da absorção física, para o entendimento gem e simulação do processo tornam-se vamente substituída por modelos mais
da absorção química. Esta recomendação mais simples, em termos de variáveis con- realísticos (modelo de estágios de não equi-
se faz necessária, uma vez que, métodos troladas e manipuladas. Desta forma, líbrio Barros et al (1997, 1997a,
clássicos de projetos aplicados em equi- deve-se verificar as condições de opera- b, 1998, 2001), Khrisnamurthy and
pamentos de absorção física, que admi- ção mais adequadas para a representação Taylor (1995)) tanto para os processos
tem processo isotérmico ou adiabático, do comportamento real e utilizá-la no de absorção física como os de absorção
têm sido aplicados em projetos de equi- estudo de estratégias de controle. química.
pamentos que envolvem absorção quími- Segundo Froment e Bischoff
ca. Porém, para os autores, o projeto dos (1990), até recentemente, o projeto e si- Colunas de pratos
processos de absorção, envolve procedimen- mulação de colunas de absorção, com re-
tos rigorosos baseados em simplificações, ação química, tem sido baseado em sim- As colunas de pratos são usadas em
válidas para várias condições de operação. plificações como as citadas. Sendo assim, processos que envolvem maior tempo de
Nestes procedimentos a temperatu- os autores desenvolveram modelos rigo- contato entre as fases líquida e gás. Se-
ra da fase líquida é assumida constante ao rosos, no estado estacionário, para colu- gundo Froment e Bischoff (1990), as
longo do equipamento e igual a sua tem- nas de pratos, admitindo condições de colunas com pratos são as mais preferi-
peratura de alimentação. Esta aproxima- operação não isotérmicas e não adiabáticas. das, nos processos de absorção química,
ção ignora todos os efeitos térmicos do Os autores observaram os detalhes técni- quando comparadas com colunas de re-
processo e é somente válida quando o gás cos e características operacionais de vários cheio pois envolvem grandes cargas de
de alimentação é suficientemente diluí- tipos de colunas de pratos discutidas na alimentação, elevado tempo de contato
do. Como observou Perry et al (1984), o literatura, baseado em correlações obti- interfacial e grandes coeficientes de trans-
problema que surge ao se considerar válida das através de aproximações teóricas. Es- ferência de massa, apropriados para este
esta aproximação é definir, para cada siste- tas aproximações, segundo os autores, es- tipo de processos.
ma, os parâmetros relacionados à diluição. tão sendo substituídas por modelos reais A abordagem da modelagem de co-
Um outro método clássico, de pro- obtidos com o envolvimento das taxas de lunas de pratos apresentada a seguir foi
jeto, admite o comportamento adiabático transferência de massa, explicitamente, desenvolvida por Froment e Bischoff
para a coluna de absorção, assumindo, no modelo matemático. Justificam os au- (1990) e Deleye e Froment (1986a, b),
dessa forma, que o calor de solução serve tores que esta aproximação, por conside- na qual o escoamento do gás ocorre em
somente para aquecer o líquido. Por esta rar os fluxos de transferência de massa fluxo pistonado e o líquido no prato é
razão, torna-se possível relacionar o au- explicitamente, pode descrever o proces- completamente misturado.
mento da temperatura da fase líquida so de absorção com reação química de Considerando-se, novamente, a
com a concentração de soluto por um uma forma mais realística. Figura 2 que envolve todas as correntes
balanço de entalpia. Com relação à vali- Stockar et al (1974), avaliaram os num único prato de absorção e admitin-
dade deste método, comparações feitas efeitos térmicos no processo de absorção do-se a possibilidade de existência de cor-
por Stockar et al (1974) com métodos em colunas de pratos e concluíram que os rentes laterais, correntes de alimentação,
mais rigorosos e clássicos de projeto ad- mesmos são responsáveis pelo aumento além das correntes internas de líquido e gás,
mitindo a hipótese do comportamento da temperatura, ao longo da coluna, ba- pode-se efetuar os balanços macroscópicos
adiabático para coluna de recheio, per- seado nos seguintes fatores: de massa global e por componente, confor-
mitiram o uso de fatores de correção (1,25 • calor de solução do soluto (inclu- me a Equação (2) para reação química sim-
a 1,5) para a determinação da altura real indo o calor de condensação, calor de ples (reação de primeira ordem).
do recheio. mistura e calor de reação);
nR nP
Uma das considerações importan- • calor de vaporização e condensação a A A G + ∑ b Rj R Lj → ∑ c Pj PjL
tes envolvidas no projeto e operação de do solvente; j=1 j=1
colunas de absorção, com reação, é a de- • troca de calor sensível entre a fase (2)
G
terminação do perfil de temperatura ao líquida e a fase gasosa; Em que A é o componente absor-
longo da coluna e a análise dinâmica do • perda de calor sensível para as ser- vido, RL é o reagente na fase líquida e PL é
processo, para processos não permanen- pentinas de resfriamento ou para a at- o produto da reação.
tes, de forma a se avaliar estratégias de mosfera através das paredes da coluna. Como as reações podem apresentar
controle e modificações das condições Segundo os autores, nas situações diferentes taxas de reação, a composição
operacionais do equipamento uma vez reais, a forte interação entre os parâmetros do soluto na fase líquida, em cada prato,
que, a solubilidade do gás depende forte- descritos impede aproximações por sim- depende do número de Hatta que, para
mente da temperatura. plificação. Neste caso, é recomendado o absorção com reações moderadamente
Segundo Perry e Chilton (1986), desenvolvimento de um modelo que en- rápidas este parâmetro situar-se-á entre
quando os efeitos térmicos não podem volva os efeitos térmicos para a avaliação 0,3 e 3 e para reações muito rápidas o
ser desprezíveis, como nas aproximações dos processos de absorção gasosa que au- número de Hatta deverá ser superior a 3.
ARTIGO TÉCNICO
Para reações moderadamente rápidas o ba- dade de recuperação, nas condições de O simulador Process Provision PROII
lanço de massa para o componente j é operação avaliadas que proporcionaram a foi desenvolvido pela Simsci e vem sendo
descrito conforme a Equação (3). redução significativa deste poluente na largamente utilizado na simulação de equi-
corrente gasosa. pamentos e operações unitárias. Possui um
⎛ SG ⎞ ⎛ SL ⎞ Assim, acredita-se que o estabeleci- vasto banco de dados no que diz respeito a
BM n , j = ⎜⎜1 + nG ⎟⎟. fgg n, j − fgg n −1, j ⎜⎜1 + nL ⎟⎟. fll n , j −
⎝ Fn ⎠ ⎝ Fn ⎠ mento de novas concepções tecnológicas componentes e processos operacionais. É
− fll n +1, j + N j A' G ΩhF - é uma busca constante de estratégias para possível definir diversos parâmetros de
y =0
o desenvolvimento de tecnologias am- operação como unidades de medidas, es-
− a j , j r j (1 − AG δ L )ΩhF ε L = 0
bientais capazes de minimizar a emissão pecificar padrões como pressão, volume,
(3) de gases tóxicos para atmosfera ou recu- temperatura, permitindo também, que se
Em que A’ é área interfacial por m3 perar os gases, condições que favorecem a escolha o modelo termodinâmico.
de espuma sobre o prato (m2/m3), Ω é a solução de problemas ambientais. Trabalhou-se com projeto de colu-
seção transversal da coluna (m2), hF é a Encontrando respostas para tais dú- nas com 14 estágios (pratos), cujas tempe-
altura da espuma, causada pela velocida- vidas, certamente a sociedade tende a en- raturas de alimentação, da fase gasosa e da
de de contato entre o vapor e a água, sobre o contrar um caminho com o desenvolvimen- fase líquida (solvente), foram mantidas
prato (m), a é o coeficiente estequiométrico, to, porém, garantindo a sustentabilidade constante (30 oC) e avaliou-se a influência
r é a taxa de reação (mol/m3s), AG é a área do meio ambiente para as gerações futuras. dos parâmetros de processo e de projeto
interfacial por unidade de volume do líqui- sobre a performance da coluna e as taxas
do (m2/m3), δ é a espessura do filme (m)e ε 1 METODOLOGIA de absorção neste processo. Os dados ob-
é a fração do líquido na espuma. tidos foram avaliados e estão presentes nos
Para reações muito lentas (número Neste trabalho avaliou-se a absor- itens subsequentes deste trabalho.
de Hatta menor que 0,3) o balanço de ção de dióxido de nitrogênio (NO2), em Para se avaliar a influência da vazão
massa para o componente j é descrito de água (H2O), tendo como produtos de das correntes de alimentação sobre o com-
acordo com a Equação (4). reação o óxido nítrico(NO) e o ácido portamento da coluna de absorção, fixou-
nítrico(HNO3), sendo este último impor- se, numa primeira etapa, as vazões de ali-
⎛ SG ⎞
BM n, j = ⎜1 + n ⎟. fgg
n, j − fgg n−1, j +
tante intermediário na produção de ferti- mentação do gás (100 kgmol/h) e modifi-
⎜ FnG ⎟ lizantes utilizados na agricultura. cou-se as vazões de alimentação do solvente
⎝ ⎠
⎛ O NO2, é um gás de coloração cas- (de 300 à 1000 kgmol/h) e, na segunda
S ⎞
L
+ ⎜1 + n ⎟. fll n, j − fll n+1, j - tanha que pode ser oriundo de diversas etapa do processo, fixou-se a vazão de ali-
⎜ FnL ⎟⎠ fontes antrópicas como motores de com- mentação do solvente (100 kgmol/h) e
⎝
(
− a j , j r j 1 − AG δ L ΩhF ε L = 0) (4)
bustão interna, fornos industriais,
incineradores, indústria de cal, de fertili-
modificou-se a vazão de alimentação do gás
(de 300 à 1000 kgmol/h), condições que
Relevância ambiental do zante, bem como de fontes naturais como permitiram estabelecer a relação S/F ótima.
processo de absorção processos biológicos. É um gás que se ex-
posto a ambientes de trânsito humano, RESULTADOS E
Na medida em que o tempo passa, pode ser prejudicial à saúde causando DISCUSSÃO
as preocupações com o meio ambiente desde inflamação no tecido pulmonar,
impõem novas estratégias de vida que se de- bronquite, e até mesmo a morte. Na Figura 3, observa-se o consumo
frontam com toda uma série de problemas Para esta simulação, valores das cons- do solvente (água) e a produção de ácido
globais, como a contaminação e degradação tantes de solubilidade em água e de Henry nítrico.
do meio ambiente, a crise de recursos natu- para os componentes nas diversas tempe- Os resultados destas avaliações
rais, de recursos energéticos e de alimentos. raturas de simulação, foram fornecidas (Figura 4), tanto para os produtos de rea-
Com a identificação dos problemas pelo próprio banco de dados do progra- ção como para o consumo dos reagentes, a
que abalam a humanidade percebe-se que ma Process. melhor performance é alcançada para va-
estes não podem ser entendidos isolada- Para avaliar a absorção de dióxido zões de gás maiores que a vazão de líquido
mente, pois estão todos interligados e são de nitrogênio com reação química, em (relação S/F menor que 1). Este efeito, se-
interdependentes. Tais problemas resul- colunas de absorção, Wiegand et al, gundo Counce e Perona (1979), é causa-
tam da alta taxa de crescimento popu- (1990) desenvolveram o modelo de equa- do pelo aumento da intensidade de
lacional que aumenta a utilização excessi- ções das taxas de reação e observaram que borbulhamento do líquido sobre o prato.
va e desordenada dos recursos do plane- a reação global (5) pode descrever o fenô- Nas Figuras 4 (e, f) observa-se que
ta. De todo modo, o consumo exacerba- meno de transferência de massa com rea- o consumo de NO2(g) aumenta com o
do dos recursos oriundos das reservas na- ção química, no processo de absorção. A aumento da relação entre a vazão de ali-
turais proporcionam a degradação pro- reação avaliada pelos autores é de 3a or- mentação do solvente (S) e a vazão de
gressiva dos solos, poluindo o ar atmosfé- dem, em relação ao reagente, dióxido de alimentação da mistura gasosa (F) (rela-
rico e afetando as condições de regenera- nitrogênio, e ocorre na fase líquida. ção S/F) pois, nestas condições de opera-
ção dos ecossistemas. 3NO2 (g)+ H2O (l) ⇔ NO (g)+ 2HNO3 (l) ção, o tempo de contato líquido-gás au-
Os processos de absorção podem ser (5) menta em função do aumento da crista
utilizados como “ferramenta” ambiental, Para o desenvolvimento deste traba- (Figura 4) e do aumento da intensidade
pois permitem minimizar os poluentes at- lho, foi utilizado o simulador comercial Process de borbulhamento (Figura (4 f)), condi-
mosféricos oriundos dos processos indus- Provision PROII e avaliada a absorção do ções que favorecem o aumento dos coefi-
triais, como o dióxido de nitrogênio ava- dióxido de nitrogênio em água, utilizando- cientes de transferência de massa nos pro-
liado neste trabalho, devido à alta capaci- se a reação química descrita na Equação 5. cessos de absorção.
ARTIGO TÉCNICO
O comportamento descrito na Tabela 1- Comparação entre as frações molares de HNO , NO e NO
Figura 4 (e, f) é similar ao comportamen- e a relação S/F 3 2
ARTIGO TÉCNICO
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