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Valeacuteria-Lanna PDF
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É lógico
RACIOCÍNIO LÓGICO
Prof. Valéria Lanna
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 2
1. TIPOS DE LÓGICA ................................................................................................... 4
2. NOÇÕES DE CONJUNTOS ........................................................................................ 5
3. ESTRUTURAS LÓGICAS............................................................................................24
4. PARTES DA LÓGICA ............................................................................................ 248
5. CONECTIVOS LÓGICOS ......................................................................................... 32
6. ANÁLISE COMBINATÓRIA ..................................................................................... 75
7. PROBABILIDADE ................................................................................................... 95
ANEXOS ................................................................................................................. 108
EXERCÍCIOS ............................................................................................................ 111
RACIOCÍNIO LÓGICO-QUANTITATIVO:
Esta prova visa a avaliar a habilidade do candidato em entender a estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares,
objetos ou eventos fictícios; deduzir novas informações das relações fornecidas e avaliar as condições usadas para estabelecer a
estrutura daquelas relações. Os estímulos visuais utilizados na prova, constituídos de elementos conhecidos e significativos, visam
a analisar as habilidades dos candidatos para compreender e elaborar a lógica de uma situação, utilizando as funções intelectuais:
raciocínio verbal, raciocínio matemático, raciocínio seqüencial, orientação espacial e temporal, formação de conceitos,
discriminação de elementos. Em síntese, as questões da prova destinam-se a medir a capacidade de compreender o processo
lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma válida, a conclusões determinadas.
INTRODUÇÃO
Raciocínio Lógico Matemático, embora seja estudado pela Lógica como ramo da Filosofia, suas
aplicações vão além de qualquer disciplina isoladamente considerada. Os padrões do raciocínio lógico são
aplicáveis a qualquer área de estudo em que o argumento seja empregado, em especial nos raciocínios
matemáticos, os quais são o enfoque do nosso trabalho.
O Raciocínio Lógico pode ser empregado em qualquer domínio onde as conclusões
presumidamente devam apoiar-se em provas. Isto inclui um sério esforço intelectual, assim como nos
casos práticos da nossa vida cotidiana.
Por falar em vida cotidiana, esta apostila foi elaborada com o objetivo específico para a provas de
concursos. Por se tratar de aplicação prática, na qual a prova versará sobre a habilidade do candidato em
entender a estrutura de relações lógicas nas relações arbitrárias entre pessoas, foi explorado o conceito e a
dimensão do argumento nestas relações, a fim de atender nosso objetivo.
A lógica vem do grego logos, que significa palavra, pensamento, idéia, argumento, relato, razão
lógica.
Já que o pensamento é a manifestação do conhecimento, e que o conhecimento busca a verdade, é
preciso estabelecer algumas regras para que essa meta possa ser atingida.
Tradicionalmente, lógica é também a designação para o estudo de sistemas prescritivos de
raciocínio, ou seja, sistemas que definem como se "deveria" realmente pensar para não errar, usando a
razão, dedutivamente e indutivamente. A forma como as pessoas realmente raciocinam é estudado nas
outras áreas, como na psicologia cognitiva.
Dá-se o nome de Lógica aristotélica ao sistema lógico desenvolvido por Aristóteles a quem se deve
o primeiro estudo formal do raciocínio. Dois dos princípios centrais da lógica aristotélica são a lei da não-
contradição e a lei do terceiro excluído. A lei da não-contradição diz que nenhuma afirmação pode ser
verdadeira e falsa ao mesmo tempo e a lei do terceiro excluído diz que qualquer afirmação da forma “P ou
não ~P” é verdadeira. Esse princípio deve ser cuidadosamente distinguido do “princípio de bivalência”, o
princípio segundo o qual para toda proposição (p), ela ou a sua negação é verdadeira. A lógica aristotélica,
em particular, a teoria do silogismo, é apenas um fragmento da assim chamada lógica tradicional.
Nas décadas de 50 e 60, pesquisadores previram que quando o conhecimento humano pudesse ser
expresso usando lógica com notação matemática, supunham que seria possível criar uma máquina com a
capacidade de pensar, ou seja, inteligência artificial. Isto se mostrou mais difícil que o esperado em função
da complexidade do raciocínio humano. A programação lógica é uma tentativa de fazer computadores
usarem raciocínio lógico e a linguagem de programação Prolog é comumente utilizada para isto.
Na lógica simbólica e lógica matemática, demonstrações feitas por humanos podem ser auxiliadas
por computador. Usando demonstração automática de teoremas os computadores podem achar e checar
demonstrações, assim como trabalhar com demonstrações muito extensas.
1. TIPOS DE LÓGICA
Complementares da lógica clássica: além dos três princípios da lógica clássica, essas formas de
lógica têm ainda outros princípios que as regem, estendendo o seu domínio. Alguns exemplos:
Lógica modal: agrega à lógica clássica o princípio das possibilidades. Enquanto na lógica clássica
existem sentenças como: "se amanhã chover, vou viajar", "minha avó é idosa e meu pai é jovem", na lógica
modal as sentenças são formuladas como "é possível que eu viaje se não chover", "minha avó
necessariamente é idosa e meu pai não pode ser jovem", etc.
Lógica deôntica: forma de lógica vinculada à moral, agrega os princípios dos direitos, proibições e
obrigações. As sentenças na lógica deôntica são da seguinte forma: "é proibido fumar mas é permitido
beber", "se você é obrigado a pagar impostos, você é proibido de sonegar", etc.
Anticlássicas: são formas de lógica que derrogam pelo menos um dos três princípios fundamentais
da lógica clássica. Alguns exemplos incluem:
Lógica paraconsistente: É uma forma de lógica onde não existe o princípio da contradição. Nesse
tipo de lógica, tanto as sentenças afirmativas quanto as negativas podem ser falsas ou verdadeiras,
dependendo do contexto. Uma das aplicações desse tipo de lógica é o estudo da semântica, especialmente
em se tratando dos paradoxos. Um exemplo: "fulano é cego, mas vê". Pelo princípio da lógica clássica, o
indivíduo que vê, um "não-cego", não pode ser cego. Na lógica paraconsistente, ele pode ser cego para ver
algumas coisas, e não-cego para ver outras coisas.
Lógica paracompleta: Esta lógica derroga o princípio do terceiro excluído, isto é, uma sentença
pode não ser totalmente verdadeira, nem totalmente falsa. Um exemplo de sentença que pode ser assim
classificada é: "fulano conhece a China". Se ele nunca esteve lá, essa sentença não é verdadeira. Mas se
mesmo nunca tendo estado lá ele estudou a história da China por livros, fez amigos chineses, viu muitas
fotos da China, etc; essa sentença também não é falsa.
Lógica difusa: Mais conhecida como "lógica fuzzy", trabalha com o conceito de graus de
pertinência. Assim como a lógica paracompleta, derroga o princípio do terceiro excluído, mas de maneira
comparativa, valendo-se de um elemento chamado conjunto fuzzy. Enquanto na lógica clássica supõe-se
verdadeira uma sentença do tipo "se algo é quente, não é frio" e na lógica paracompleta pode ser
verdadeira a sentença "algo pode não ser quente nem frio", na lógica difusa poder-se-ia dizer: "algo é 30%
quente, 25% morno e 45% frio". Esta lógica tem grande aplicação na informática e na estatística, sendo
inclusive a base para indicadores como o coeficiente de Gini e o IDH.
2. NOÇÕES DE CONJUNTOS
Conjunto é um agrupamento de elementos.
Se um elemento compõe um conjunto, dizemos que ele pertence a este conjunto, indicamos com o
símbolo . por exemplo: seja A o conjunto dos múltiplos de 3, escrevemos:
Embora os elementos de um conjunto podem ser qualquer coisa (mesmo outros conjuntos),
representamos os conjuntos por letras maiúsculas e os elementos por letras minúsculas.
Representação:
POR ENUMERAÇÃO:
Conjunto dos ímpares maiores que 10 e menores que 20
A = { 11, 13, 15, 17, 19}
POR PROPRIEDADE
A = { x / x é par 3 < x < 11} que corresponde ao conjunto A = { 4, 6, 8, 10 }
A
POR DIAGRAMA
A = { 0, 1, 3, 4 } .0
.3 .
1
.4
Conjunto Vazio
Denomina-se CONJUNTO VAZIO o conjunto que não possui elementos. Indica-se por ou por { }, mas não
ambos { }
Exemplos:
O conjunto de números que são pares e ímpares aos mesmo tempo.
O conjunto de números inteiros entre 1 e 2.
Igualdade de Conjuntos
Sejam conjuntos que possuem os mesmos elementos.
Obs.: Número de Subconjuntos é dado por 2n, onde n é número de elementos do conjunto.
Exemplo 02: Um conjunto possui 512 subconjuntos, ao retirarmos 3 elementos desse conjunto, quantos
subconjuntos terá o novo conjunto?
Resolução:
512 = 2n, logo ao fatorarmos 512 = 29, ou seja, teremos n = 9, menos 03 elementos sobram 06 elementos e
então o novo conjunto ficará com 26 = 64 subconjuntos.
TRIÂNGULO DE PASCAL
Agora faremos uma pausa para recordarmos de um instrumento muito útil para explicar o porque
do número de partes de um conjunto ser 2n , além de ser uma ferramenta muito útil no estudo de Análise
Combinatória.
O triângulo de Pascal é de Pascal?
Qualquer pessoa que tenha um pouco de leitura e bom senso deve no mínimo estar suspeitando
que o triângulo aritmético não seja uma descoberta ou invenção de Pascal. Por exemplo: a denominação
desse triângulo varia muito ao longo do mundo. Com efeito, se bem que os franceses o chamem de
triângulo de Pascal, os chineses o chamam de triângulo de Yang Hui, os italianos o chamam de triângulo de
Tartaglia e encontramos outras denominações como triângulo de Tartaglia-Pascal ou simplesmente
triângulo aritmético ou triângulo combinatório.
Conforme descobriu Tartaglia, cerca de cem anos antes de Pascal, o triângulo aritmético também é
bastante útil no cálculo de probabilidades. Com efeito, é fácil vermos que os coeficientes das expansões
binomiais tem um significado combinatorial e, então, probabilístico.
Para construir o triângulo, Pingala , na Índia( 2000 anos antes de Pascal) descreve a seguinte regra:
Desenhe um quadradinho; abaixo dele desenhe dois outros, de modo que juntem-se no ponto médio da
base dele; abaixo desses dois, desenhe outros três e assim por diante. A seguir, escreva 1 no primeiro
quadradinho e nos da segunda linha. Na terceira linha escreva 1 nos quadradinhos dos extremos, e no do
meio escreva a soma dos numeros acima dele. Prossiga fazendo o mesmo nas demais linhas.Nessas linhas,
a segunda dá as combinações com uma sílaba; a terceira dá as combinações com duas sílabas e assim por
diante.
Os livros indianos eram escritos em folhas de palmeira o que fêz com que poucos deles chegassem aos
nossos dias.
China: 1 700 anos antes de Pascal O uso que os antigos chineses faziam do triângulo aritmético
centrava-se no cálculo aproximado de raízes quadradas, cúbicas e etc.
Os chineses não tinham uma álgebra literal e todo seu envolvimento com problemas algébricos era
baseado em uma notação e procedimentos apropriados para o emprego de varetas de cálculo
(instrumento que precedeu o conhecido suan pan, o ábaco chinês). O triângulo aritmético, que
denominavam sistema de tabulação para descobrir coeficientes binomiais, encaixava-se perfeitamente
bem nesse esquema.
E assim por diante.
O triângulo de Pascal (alguns países, nomeadamente em Itália, é conhecido como Triângulo de
Tartaglia) é um triângulo numérico infinito formado por números combinatórios.
Triângulo de Pascal
n=0 1
n=1 1 1
n=2 1 2 1
n=3 1 3 3 1
n=4 1 4 6 4 1
n=5 1 5 10 10 5 1
n=6 1 6 15 20 15 6 1
n=7 1 7 21 35 35 21 7 1
n=8 1 8 28 56 70 56 28 8 1
p=0 p=1 p=2 p=3 p=4 p=5 p=6 p=7 p=8
No exemplo 01em que consideramos o conjunto A = { 1,2,3} e que o número de subconjuntos será 23 = 8
subconjuntos ( soma das linhas) ,ou seja,
P(A)={ ,{1},{2},{3},{1,2},{1,3},{2,3},{1,2,3}}.
b) Relação de Stifel : Cada número do triângulo de Pascal é igual à soma do número imediatamente
acima e do antecessor do número de cima.
f) Números Triângulares : a terceira diagonal é formada por números triângulares, que representam a
soma dos números naturais :
1; 1 + 2 = 3 ; 1 + 2 + 3 = 6 ; 1 + 2 + 3 + 4 = 10; 1+ 2 + 3 + 4 + 5 = 15; ...
n(n 1)
Generalizando : 1 2 3 ... n
2
h) Sequência de Fibonacci
"as somas dos números dispostos ao longo das diagonais do triângulo geram a Sucessão de Fibonacci".Na
tentativa de visualizar melhor as diagonais em questão, façamos uma reorganização dos elementos do
Triângulo de Pascal:
OPERAÇÕES
1) A A=A
2) A =
3) A B=B A
1) A A=A
2) A =A
3) A B=B A
DIFERENÇA: Dados dois conjuntos quaisquer, a DIFERENÇA entre eles é tirar do primeiro os
Exemplos: Observação
1) B A então
(A – B) é o conjunto
complementar de B
em relação a A.
CBA = A - B, com B A
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01- Numa pesquisa de mercado, foram entrevistadas várias pessoas acerca de suas preferências em
relação a 3 produtos: A, B e C. Os resultados das pesquisas indicaram que:
210 pessoas compram o produto A
210 pessoas compram o produto B
250 pessoas compram o produto C
20 pessoas compram os 3 produtos
100 pessoas não compram nenhum dos 3
60 pessoas compram os produtos A e B
70 pessoas compram os produtos A e C
50 pessoas compram os produtos B e C
Quantas pessoas foram entrevistadas?
a) 670
b) 970
c) 870
d) 610
Solução: Primeiramente, vamos solucionar o problema usando o Diagrama de Venn:
Somando tudo 100 + 40 + 20 + 50 + 120 + 30 + 150 + 100 = 610 entrevistados ( letra d).
E se perguntássemos o seguinte:
Qual a probabilidade de que ao sortearmos uma pessoa aleatoriamente, ela seja:
a) Consumidora de apenas um dos produtos?
370 37
P1
610 61
b) Consumidora de no mínimo 02 produtos?
140 14
P2
610 61
02- Uma escola realizou uma pesquisa sobre os hábitos alimentares de seus alunos.
Alguns resultados dessa pesquisa foram:
• 82% do total de entrevistados gostam de chocolate;
• 78% do total de entrevistados gostam de pizza; e
• 75% do total de entrevistados gostam de batata frita.
Então, é CORRETO afirmar que, no total de alunos entrevistados, a porcentagem dos que gostam, ao
mesmo tempo, de chocolate, de pizza e de batata frita é, pelo menos, de
Solução:
Quando somamos 82% + 78% + 75% = 235%, ou seja passam 135% de um todo( 100%) que é o equivalente
às interseções de choc. com pizza e com batata( a flor do centro); porém ao somarmos dois a dois como se
os alunos sempre consumissem no mínimo dois tipos de alimento, teremos:
82 + 75 = 157%, passou 57%
82 + 78 = 160%, passou 60%
75 + 78 = 153%, passou 53%
Somando agora o que passou obtemos 170% e deveria ser 135%, como achamos acima, logo 35% “estão
repetidos”, ou seja, consomem os três alimentos, no mínimo.
03- Em uma escola tem n alunos, sabe-se que 56 lêem o jornal A, 21 lêem o jornal A e B, 106 lêem apenas
um dos dois jornais, e 66 não lêem o jornal B. O valor de n, é
Solução:
Jornal A Jornal B
56 – 21=35 21 106 – 35 = 71
66 – 35=31
04 - Num grupo de pessoas, 6 estão usando relógio, 8 estão usando óculos e 3 não estão usando nem
óculos nem relógio. Então, o número de pessoas desse grupo :
a) é necessariamente 17;
b) é no mínimo igual a 14;
c) será igual a 12 se, e somente se, houver 5 pessoas que usam óculos e relógio ao mesmo tempo;
d) será 12 se, e somente se, houver 2 pessoas que usam apenas óculos;
e) será 12 se, e somente se, houver 2 pessoas que usam apenas relógio.
Solução: Podemos ter duas situações extremas:
Todos que usam relógio usam óculos ou Ninguém que use óculos, usa relógio.
O R O
R
6 2 3 6
8
3
05 - Dos 50 desportistas que estão num clube em certo domingo, 17 jogam peteca, 32 jogam tênis de mesa
e 25 jogam tênis de mesa mas não jogam peteca. Pode-se afirmar que :
a) 49 jogam peteca ou tênis de mesa;
b) há 8 desportistas que não jogam peteca nem tênis de mesa;
c) há 15 que jogam tênis de mesa mas não jogam peteca;
d) há 23 que não jogam peteca;
e) somente 8 desportistas não jogam tênis de mesa.
Solução:
Dos 50 desportistas que estão num clube em certo domingo, 17 jogam peteca, 32 jogam tênis de mesa e
25 jogam tênis de mesa mas não jogam peteca. Pode-se afirmar que :
Solução:
17 – 7 = 10 32 – 25 25
=7
50 – 42 = 8
06 - Na seqüência de números 1, 2, 3, ..., 100, quantos números não são múltiplos de 3 e nem de 4 ?
a) 50 b) 48 c) 46 d) 44 e) 42
SOLUÇÃO:
Múltiplos de 3 de 1 até 100 , é só dividir por 3 100 ÷ 3 = 33 e resto 1
Múltiplos de 4 de 1 até 100 , é só dividir por 4 100 ÷ 4 = 25
Múltiplos de 12 de 1 até 100 , é só dividir por 12 100 ÷ 12 = 8 e resto 4
O resto não é importante , mas sabemos que os divisores de 3 e 4, são divisíveis por 12, logo:
M(3) M(4)
33 – 8 = 8 25 – 8 =
25 17
100 – (25 + 8 + 17 ) = 50
07 - No último verão, o professor Délio passou com sua família alguns dias na praia. Houve sol pela manhã
em 5 dias e sol à tarde em 8 dias. Em 9 dias houve chuva e se chovia pela manhã, não chovia à tarde.
Quantos dias o professor Délio passou na praia?
a) 7
b) 8
c) 9
d) 10
e) 11
SOLUÇÃO:
Sol pela manhã: 05 dias
Sol à tarde: 08 dias
Chuva: 09 dias( pois se chove pela manhã não chove à tarde)
Podemos deduzir que houve dias em deu sol o dia inteiro,Ok!
5–x x 8–x
Portanto o total de dias que o Prof Délio passou na praia foi : 3 + 2 + 6 = 11 dias
E ainda podemos concluir que: durante 03 dias deu sol de manhã e choveu à tarde e durante 06 dias deu
sol à tarde e choveu pela manhã.
TESTES I
01. Numa comunidade constituída de 1800 pessoas, há três programas de TV favoritos: Esporte (E), Novela
(N) e Humorismo (H). A tabela abaixo indica quantas pessoas assistem a esses programas.
Nº DE
PROGRAMAS
TELESPECTADORES
E 400
N 1220
H 1080
Ee N 220
NeH 800
Ee H 180
E, N e H 100
Através destes dados, verifica-se que o número de pessoas da comunidade que não assistem a nenhum
dos três programas:
a) 200
b) os dados do problema estão incorretos
c) 900
d) 100
02.Num grupo de 30 pessoas, 21 estudam Francês, 14 estudam Inglês, enquanto três não estudam Francês
nem Inglês. O número de pessoas que estudam ambas as línguas é:
a)3 b)4 c)6 d)8 e)13
03. O quadro abaixo mostra o resultado de uma pesquisa, com 75 estudantes universitários, sobre as
revistas que eles costumam ler:
Revistas Nº de leitores
A 34
B 25
C 33
AeB 15
AeC 14
BeC 8
A,BeC 5
06. Numa escola há n alunos. Sabe-se que 56 alunos lêem o jornal A, 21 lêem os jornais A e B, 106 lêem
apenas um dos dois jornais e 66 não lêem o jornal B. O valor de n é:
a) 249
b) 137
c) 158
d) 127
e) 183
07. Em exames de sangue realizados em 500 moradores de uma região com péssimas condições sanitárias,
foi constatada a presença de três tipos de vírus – A, B e C. O resultado dos exames revelou que o vírus A
estava presente em 210 moradores; o vírus B, em 230; os vírus A e B, em 80; os vírus A e C, em 90; e os
vírus B e C, em 70. Além disso, em 5 moradores não foi detectado nenhum dos três vírus e o número de
moradores infectados pelo vírus C era igual ao dobro dos infectados apenas pelo vírus B.
Com base nessa situação, julgue os itens abaixo.
I. O número de pessoas contaminadas pelos três vírus simultaneamente representa 9% do total de pessoas
examinadas.
II. O número de moradores que apresentaram o vírus C é igual a 230.
III. 345 moradores apresentaram somente um dos vírus.
IV. Mais de 140 moradores apresentaram, pelo menos, dois vírus.
V. O número de moradores que não foram contaminados pelos vírus B e C representa de 16% do total de
pessoas examinadas.
08. Numa cidade são consumidos três produtos, A, B e C. Feito um levantamento do mercado sobre o
consumo desses produtos, obteve-se o resultado disposto na tabela abaixo:
Produtos Nº de consumidores
A 150
B 200
C 250
AeB 70
AeC 90
BeC 80
A, B e C 60
Nenhum dos três 180
Pergunta-se:
a) Quantas pessoas consomem apenas o produto A?
B) Quantas pessoas consomem o produto A ou o produto B OU O PRODUTO C?
C) Quantas pessoas consomem o produto A ou o produto B?
D) Quantas pessoas consomem apenas o produto C?
E) Quantas pessoas foram consultadas?
09. Num grupo de 99 esportistas, 40 jogam vôlei; 20 jogam vôlei e xadrez; 22 jogam xadrez e tênis; 18
jogam vôlei e tênis, 11 jogam as três modalidades. O número de pessoas que jogam xadrez é igual ao
número de pessoas que jogam tênis.
a) Quantos esportistas jogam tênis e não jogam vôlei?
b) Quantos jogam xadrez ou tênis e não jogam vôlei?
c) Quantos jogam vôlei e não jogam xadrez?
10. Uma população consome 3 marcas de um certo produto P1, P2 e P3. Feita uma pesquisa de mercado,
colheram-se os resultados abaixo:
Marca Nº de consumidores
P1 62
P2 77
P3 60
P 1 e P2 22
P2 e P3 35
P 1 e P3 30
P 1 , P2 e P3 10
Nenhum dos três 50
Perguntas:
a) Qual o número de pessoas consultadas?
b) Qual o número de pessoas que só consomem a marca P1?
c) Qual o número de pessoas que não consomem as marcas P1 ou P3?
d) Qual o número de pessoas que consomem, ao menos, duas marcas?
11. Na cidade de Lavras é consumido leite dos tipos: A, B e C. Feita uma pesquisa de Mercado sobre o
consumo deste produto, foram colhidos os resultados da tabela abaixo:
Leite Nº de consumidores
A 100
B 150
C 200
AeB 20
BeC 40
AeC 30
A,BeC 10
Nenhum dos três 130
12. Uma pesquisa foi feita com um grupo de pessoas que freqüentam, pelo menos, uma das três livrarias,
A , B e C. Foram obtidos os seguintes dados:
das 90 pessoas que freqüentam a Livraria A, 28 não freqüentam as demais;
das 84 pessoas que freqüentam a Livraria B, 26 não freqüentam as demais;
das 86 pessoas que freqüentam a Livraria C, 24 não freqüentam as demais;
oito pessoas freqüentam as três livrarias.
13. Uma escola de idiomas ofere apenas três cursos: um curso de alemão, um curso de francês e um curso
de inglês. A escola possui 200 alunos e cada aluno pode matricular-se em quantos cursos desejar. No
corrente ano, 50% dos alunos estão matriculados no curso de alemão, 30% no curso de françês e 40% no
de inglês. Sabendo-se que 5% dos alunos estão matriculados em todos os três cursos, o numero de alunos
matriculados em mais de um curso e igual a:
A)30 c)15 d)5
B)10 e)20
14. Sejam os conjuntos A com 2 elementos, B com 3 elementos, e C com 4 elementos; então, podemos
afirmar que:
a) A B tem no máximo 1 elemento.
b) A C tem no máximo 5 elementos.
c) A B tem no máximo 3 elementos.
d) (A B) C tem no máximo 2 elementos.
e) (A B) C tem sempre 9 elementos.
15. Num ensolarado domingo o clube ficou repleto. Contando-se somente as mulheres, são 100, 85 das
quais estão próximas da piscina, 80 usam bíquini, 75 tomam algum tipo de bebida e 70 são casadas. Qual o
número mínimo delas que apresentam , ao mesmo tempo, todas as características citadas?
a) 5
b) 10
c) 15
d) 20
e) 25
16. Fenelon veste-se apressadamente para um encontro muito importante. Pouco antes de pegar as meias
na gaveta, falta luz. vEle calcula que tenha 13 pares de meias brancas, 11 pares de meias cinzas, 17 pares
de meias azuis e 7 pares de meias pretas. Como elas estão todas misturadas ele resolve pegar um certo
número de meias no escuro e, chegando no carro, escolher duas que tenham cor igual para vestir. Qual é o
menor número de meias que Fenelon poderá pegar para ter certeza de que pelo menos duas são da
mesma cor?
a) 12
b) 10
c) 8
d) 6
e) 5
Uma pesquisa envolvendo 85 juízes de diversos tribunais revelou que 40 possuíam o título de doutor, 50
possuíam o título de mestre, 20 possuíam somente o título de mestre e não eram professores
universitários, 10 possuíam os títulos de doutor e mestre e eram professores universitários, 15 possuíam
somente o título de doutor e não eram professores universitários e 10 possuíam os títulos de mestre e
doutor e não eram professores universitários.
19. ( ) (UnB/Téc./STF/2008) Menos de 50 desses juízes possuem o título de doutor ou de mestre mas não
são professores universitários.
20. ( ) (UnB/Téc./STF/2008) Mais de 3 desses juízes possuem somente o título de doutor e são professores
universitários.
GABARITO
01.A 02. D 03. C 04. C
05.B 06. C 07. 08. a) 50
C.E.C.C.E b) 420
c) 280
d) 140
e) 600
09. a) 36 10. a) 172 11. a) 500 12. a) 78
b) 59 b) 20 b) 60 b) 87
c) 20 c) 80 c) 350 c) 165
d) 67
13. A 14 . D 15. B 16. E
17. C 18. C 19. C 20. C
FRASE DO DIA
"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da
urgência de deixarmos nossos filhos melhores para o nosso planeta." A verdade é que a gente não faz
filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.
Luís Fernando Veríssimo
Desafios
01) Numa brincadeira na escola de Diofanto, ele deve retirar o menor número possível de frutas ( sem ver)
de uma das três caixas rotuladas da seguinte maneira: maçã, pera e maçã e pera, onde os rótulos estão
todos fora de ordem.Quantas frutas ele deve retirar para colocar os rótulos nas caixas corretas e de
qual(ais) caixas ele deve fazê-lo?
02) O agente da UCT , Jack Bauer foi entregue ao terrorista Abu Fayed , e o terrorista disse: “ Diga uma
frase para salvar sua vida: Se ela for verdadeira, nos te fuzilamos; porém se for falsa, nos te enforcamos.”
Jack Bauer pensou rapidamente, disse a frase e saiu livre e vivo, como sempre...
Me diga então:
- Qual foi a frase dita por Jack ?
04) Valéria quis saber do amigo enigmático Fenelon Portilho quais eram as idades de seus três filhos. Ele
deu a primeira pista :
- O produto de suas idades é 36.
- Ainda não é possível saber, disse Valéria.
- A soma das idades é o número da casa aí em frente.
- Ainda não sei.
- Meu filho mais velho é ATLETICANO.
- Agora já sei, afirmou Valéria.
Qual era o número da casa em frente?
05) Investigando uma fraude bancária, o Detetive Marcelo Carvalho colheu evidências que o convenceram
da verdade das seguintes afirmações:
1) Se Henrique é culpado, então Rafael é culpado.
2) Se Henrique é inocente, então Rafael ou Pedro são culpados.
3) Se Pedro é inocente, então Rafael é inocente.
4) Se Pedro é culpado, então Henrique é culpado.
06) A banda U2 tem um concerto que começa daqui a 17 minutos e todos precisam cruzar a ponte para
chegar lá. Todos os 4 participantes estão do mesmo lado da ponte. Você deve ajudá-los a passar de um
lado para o outro. É noite. Na ponte só pode passar no máximo duas pessoas de cada vez. Só há uma
lanterna.
Qualquer pessoa que passe, uma ou duas, deve passar com a lanterna na mão. A lanterna deve ser levada
de um lado para o outro, e não pode ser jogada, etc. Cada membro da banda tem um tempo diferente para
passar de um lado para o outro. O par deve andar junto no tempo do menos veloz:
Bono:- 1 minuto para passar
Edge:- 2 minutos para passar
Adam:- 5 minutos para passar
Larry:-10 minutos para passar
Por exemplo: se o Bono e o Larry passarem juntos, vai demorar 10 minutos para eles chegarem do outro
lado. Se o Larry retornar com a lanterna, 20 minutos terão passados e o show sofrerá um atraso.
Como organizar a travessia?
3. ESTRUTURAS LÓGICAS
Definição de Lógica
Ele oferece procedimentos que se referem a todas as coisas das quais possamos ter um
conhecimento universal e necessário, seu ponto de partida não é opiniões contrárias, mas princípios,
regras e leis necessárias e universais do pensamento.
O objeto da lógica para Aristóteles é a proposição, que exprime, por meio da linguagem, os juízos
formulados pelo pensamento. A proposição é a atribuição de um predicado a um sujeito.
Divisão Da Lógica
Correspondência entre o conhecimento e o objeto - É o conceito mais antigo e que pode ser expresso
como “o acordo do pensamento com seus objetivos”.
Coerência lógica - Segundo este conhecido em sua essência, em si, afirmando Kant que a verdade consiste
na concordância dos pensamentos entre si e com leis do pensamento. Logo, um juízo será verdadeiro
quando se ajustar às normas e leis a do pensamento.
Utilidade prática - É o conceito de funcionalidade, de utilidade que vai prevalecer. A verdade como
utilidade é defendida pelo pragmatismo (pragma=ação), que diz ser verdadeiro um juízo quando se
apresentar conseqüente, isto é, quando se revelar eficaz, não só na vida prática, como na vida espiritual.
Uma teoria será verdadeira se por meio dela for possível explicar uma série de fenômenos e agir mais
eficientemente sobre o meio.
No item anterior foi mencionado o termo verdade, é necessário fazer distinção sobre diferentes tipos de
verdade, segundo o conjunto de fatos a que ela se referir:
Verdade lógico formal - é a que se refere à coerência na estrutura do raciocínio quanto as conclusões
alcançadas, obedecendo a princípios formais do pensamento e segundo enunciados estabelecidos, a partir
dos quais se desenvolve o pensamento que expressa uma nova proposição, um novo enunciado ou uma
nova verdade. Assim, a verdade lógico-formal é a eu representa acordo com as leis do pensamento, a
partir de princípios ou definições anteriormente estabelecidos.
Verdade ontológica, metafísica ou do ser - é a que se refere à essência mesma das coisas. Quando digo
que a manteiga é pura, quero dizer que não foi acrescido nenhum elemento estranho, mas que só contém
a natureza própria da manteiga. Em outras palavras, exprime o ser das coisas, correspondendo exatamente
ao nome que se lhe dá.
Verdade moral - é a que se refere ao agir, à “conformidade da expressão oral com a mente”, podendo
receber o nome também de veracidade. A verdade moral significa a correspondência entre a expressão do
pensamento e o pensamento.
Dúvida - estado de espírito que não se atreve a afirmar ou negar algo sobre o objeto, a dúvida ainda pode
ser:
Opinião - consiste em afirmar ou negar algo com temor de estar equivocado. Trata-se de uma crença
incompleta, baseada em razões que se sabe são insuficientes.
Certeza - A certeza é um estado psicológico que dá segurança absoluta a uma opinião porque não abriga
nenhuma dúvida sobre a sua validade, a certeza ainda pode subdividir-se em:
Certeza Subjetiva - é aquela em que o sujeito não pode torná-la evidente nos outros, porque se baseia
em razões que não podem ser aceitas por todos ou que podem sofrer reservas dos demais.
Certeza Objetiva - é aquela que se estrita em dados impessoais e que se impõe a todos por basear-se em
dados decorrentes da observação externa e da experiência. É a certeza científica.
Critério da autoridade - utilizando-se o crivo das comprovações, é utilizado pela ciência para seqüência as
investigações científicas.
Critério da Evidência - para Descartes é o único meio de alcançar conhecimentos verdadeiros. É clareza
plena pelo qual o verdadeiro se impõe à adesão da inteligência.
Critério do Consenso Universal - “Se todos a aceitam é porque é verdadeira”. “A voz do povo é a voz de
Deus”.
Critério do Sentido Comum - Seria como um instinto que nos revela certas verdades que seriam a própria
base da ciência. Neste critério só é verdadeiro se estiver isento de contradições, é um sentido comum a
todos os homens.
Critério da Necessidade Lógica - critério específico para o estudo da Lógica e da Matemática, nem sempre
eficiente no campo das Ciências Físicas Naturais.
Critério das Experiências - a verdade pode ser confirmada pela experiência ou que for impossível
apresentar o seu contrário.
Critério da Coerência - é um critério de verdade importante para as ciências de caráter dedutivo, bem
como uma condição de todo sistema de conhecimentos.
Critério da Cópia - é uma correspondência que pode ir desde á reprodução fiel, detalhe por detalhe, até
uma reprodução em linhas gerais, abarcando a totalidade: assim como o retrato de uma pessoa pode ir da
fotografia até o quadro futurista ou à caricatura.
Critério do Sentido - “Segundo o qual um sistema de juízos é verdadeiro se todo ele está compreendido
em uma atmosfera única, em uma estrutura que lhe confere unidade e sentido”. A este critério constituem
as chamadas ciências do espírito, das quais, a ciência típica é a Filosofia.
Critério do Êxito - é aquele dos conhecimentos técnicos, seu valor êxito ou fracasso.
Desde que nos referimos a verdade, será interessante dizer algo a respeito do seu oposto, que é o erro.
O erro é o oposto da verdade. “Se a verdade lógica é a conformidade da inteligência com as coisas, o
erro, que é o seu contrário, deverá ser definido como não-conformidade do juízo com as coisas”. (Jolivet)
Há diferença entre engano e ignorância. Enquanto a ignorância consiste em nada saber, logo, nada afirmar,
engano consiste em não saber e afirmar sobre o pressuposto de que sabe. É uma ignorância que se ignora.
O erro, em Lógica, chama-se falsidade. Em Moral, quando a pessoa erra conscientemente, chama-se
mentira.
O erro pode ter causa lógica, psicológica ou moral.
Causa Lógica - quando provém da insuficiência de inteligência, que não consegue desenvolver uma
atividade crítica, ou da apreensão equívoca do significado de termos:
Causa Moral - quando provém de atitudes de vaidade, interesses egoísticos, preguiça mental, etc.
Definição:
Lógica é a ciência que estuda as leis do pensamento e a arte de aplicá-las na investigação e demonstração
da verdade.
Lógica é ciência enquanto estuda as leis gerais do pensamento ou a concordância do pensamento consigo
mesmo.
Lógica é arte enquanto fornece regras a investigação da verdade dos fatos ou a concordância do
pensamento com o objeto.
Bom senso é a lógica natural, aptidão inata da inteligência para descobrir a verdade.
Objeto da Lógica:
Material - Elementos do pensamento (idéia, juízo e raciocínio).
Formal - Uso correto das operações mentais para se chegar ao conhecimento da verdade.
Divisão da Lógica:
Formal - Estuda as leis gerais do pensamento. É a ciência do raciocínio.
Aplicada - Estuda a aplicação das leis gerais do pensamento em cada uma das ciências particulares.
4. PARTES DA LÓGICA
A Lógica Formal trata das leis gerais do pensamento, no que eles tenham de “igual e comum”, o que as
torna universais e aplicáveis em todas as operações do intelecto.
Podemos identificar, na Lógica Formal, três partes distintas constituindo um todo indissolúvel, que é o
pensar humano. Estas três partes são: idéia, juízo e raciocínio, enquanto pensamento. E termo, proposição
e argumento, respectivamente enquanto representação sensível, concreta, por sons orais ou por quaisquer
símbolos representativos. Em outras palavras, a idéia se manifesta através do termo, o juízo pela
proposição e o raciocínio pela argumentação.
Assim, o estudo da idéia e termo, juízo e preposição, raciocínio e argumento constituem as preocupações
da Lógica Formal.
Idéia = Homem, Brasil, Zé, etc
Proposição = O homem é um eterno esperançoso.
Raciocínio = Toda esperança é vida;
eu sou esperança ; logo eu sou vida
IDÉIA
IDÉIA - é o conceito ou a noção de como a nossa inteligência percebe um objeto, uma situação ou um
desejo. É a forma como algo (um objeto) é percebido pela nossa inteligência. Nem todas idéias no entanto
são imagens, muitas são puramente intelectuais, fruto de abstração, para os quais não há imagem de
objeto algum. Quando pensamos em uma cadeira ou um lápis, realmente fazemos uma representação
intelectual desses objetos. Quando, no entanto, pensamos em pátria, existência ou eternidade, não
fazemos representação mental alguma. O que dá validade, neste caso, à idéia é o sentido, a significação de
que as mesmas são portadores. As idéias podem estar em planos diferentes por exemplo os objetos estão
no plano concreto, as desmaterializadas são idéias menos concretas e que permitem o desenvolvimento da
Matemática e num terceiro plano as idéia abstratas de pura especulação intelectual.
Compreensão da Idéia
Não é mais do que a sua significação. A compreensão pode ser identificada com a qualidade. As qualidades
que uma idéia reúne formam sua compreensão. Se dizemos homem, compreendemos animal, mamífero,
bímano (que tem duas mãos), racional, etc., que são as suas notas compreensivas ou qualitativas.
Extensão da Idéia
Não é mais que o conjunto de indivíduos aos quais podemos aplicá-la, por se acharem compreendidos
nela. A extensão pode ser identificada com a quantidade. Se dizemos animal, reunimos ou somamos os
grupos de vertebrados, invertebrados, mamíferos, racionais, irracionais etc. Dizendo homem, só nos
referimos aos animais racionais, ao passo que animal, estão subentendidos todos os animais racionais ou
não. Toda idéia tem compreensão e extensão determinadas, variando, porém, em ordem inversa. Daí a lei:
A compreensão de uma idéia está na ordem inversa de sua extensão.
OBS.: A idéia não deve encerrar nenhum elemento contraditório. Todas as idéias tendem para certa
realidade. Quando não apresentam objetos da realidade, podem apresentar noções abstratas, sem
existência objetiva. Devem se excluir da idéia elementos incompatíveis como:
círculo quadrado
Valéria Lanna logicaetudo@gmail.com
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Lógica? É lógico
Esfera plana
Sol sem luz
A contradição muitas vezes existe em uma idéia e passa despercebida. O que nos preserva, no entanto,
desse engano, é a definição, que será tratada mais adiante.
Divisão das Idéias
As idéias podem ser consideradas segundo a perfeição de representar o objeto, a compreensão e a
extensão.
Adequada - quando se esgota o que pode ser conhecido da coisa: relâmpago, Zé. A idéia é inadequada
quando não se esgota o sentido do ser conhecido, podendo referir-se a mais de uma coisa: clarão, som,
vulto.
Clara - quando os elementos percebidos são suficientes para distinguí-la das outras: homem, peixe. Será
obscura quando não oferecer elementos suficientemente diferenciativos: objeto voador (não sabemos o
que é), animal peludo (qual? poderia ser macaco ou um urso, por exemplo).
Distinta - quando a idéia se apresenta com todos os seus dados significativos individualizantes: relógio -
pulseira de ouro, marca Ômega. Será confusa quando não tiver esses elementos diferenciativos: relógio,
veículo.
Superficial - quando designa especificamente um determinado ser: este lápis, o primeiro satélite artificial.
Particular - quando designa parte de uma classe ou gênero de seres: muitos soldados, alguns aviões.
Universal - quando designa todos os seres de uma mesma espécie ou gênero, por conter a sua
compreensão um elemento ou essência comum, ou ainda, quando exprime uma noção despojada de
qualquer elemento sensível, obtida pela abstração. As idéias universais distribuem-se pelo gênero, espécie,
diferença, próprio e acidente, conforme se segue respectivamente: animal (gênero), homem (espécie),
racional (diferença), palavra (próprio) e pobre (acidente).
Idéias Universais - Na classificação das idéias, as universais merecem atenção especial. Elas se distribuem,
como vimos por gênero, espécie, diferença, próprio e acidente.
TERMO
É a expressão material da idéia e que permite a sua transmissão de um homem par a outro. O termo segue
as mesmas linhas mestras da idéia, e não poderia ser diferente, uma vez que é a sua representação
concreta. O termo, como a idéia, pode ser dividido quanto à perfeição de representação, extensão e
compreensão.
Análogo - quando se aplica a diversas idéias que se relacionam por alguma semelhança: grandeza, riqueza
e poderio; doença miséria e pobreza.
Complexo - quando o termo é expresso por um só elemento vocabular: homem santo, pedra grande,
navio-escola.
Particular - quando convém a certo número de indivíduos: alguns livros, muitos satélites artificiais.
Universal - quando representa uma idéia universal, convindo a todos ou nenhum indivíduo de uma espécie
ou gênero: todo animal, nenhum telefone.
Um termo pode também ser considerado em função ao enunciado de um juízo e no papel que
desempenha em um silogismo.
JUÍZO
O juízo representa o ato em que o pensamento afirma ou nega uma coisa de outra. O pensamento
apreende no universo lógico de duas idéias e as aproxima. A seguir, procede a uma comparação, da qual
resultará um julgamento de conveniência ou incoveniência entre as duas idéias. Este julgamento do
pensamento é a essência do juízo. Nele reside todo o valor deste ato intelectual.
O juízo processa-se em três fases: apreensão das idéias, comparação das mesmas e julgamento da
conveniência e incoveniência de uma com a outra.
O juízo em si não é verdadeiro nem falso, mas possível ou impossível. Possível quando as idéias
comparadas não são contraditórias e impossível, quando o são.
Assim, o juízo “João é inteligente”, é possível e o juízo “O círculo é quadrado”, é impossível.
PREMISSA
Do latim : praemissa
Cada uma das duas proposições de um silogismo.
SILOGISMO
Do latim : syllogismus
Dedução formal tal que, postas duas proposições, chamadas premissas, delas se tira uma terceira,
nelas logicamente implicada, chamada conclusão.
Exemplos de silogismos:
01. Deus ajuda quem cedo madruga...
Quem cedo madruga, dorme à tarde...
Quem dorme à tarde, não dorme à noite...
Quem não dorme à noite, sai na balada!!!!!!!
Conclusão: Deus ajuda quem sai na balada!!!!
PROPOSIÇÃO
“Vem de “propor” que significa submeter à apreciação; requerer em juízo, vem do latim
prõpõnere.
Logo proposição é uma frase a ser julgada.”
Chama-se proposição ou sentença toda declarativa que pode ser classificada de verdadeira ou de falsa, ou
seja, é todo encadeamento de termos, palavras ou símbolos que expressam um pensamento de sentido
completo.
Questões de Provas
• Toda proposição que não contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma é
dita simples, caso contrário ela é dita composta.
• Exemplos:
a) A afirmação : O sol é uma estrela, é uma proposição, cujo valor lógico é verdadeiro.
b) Todo ser vivo é mamífero é uma proposição, cujo valor lógico é falso.
c) Todo homem é mortal, é verdadeira.
d) 3+5 8; é uma proposição falsa simples.
e) O sol é uma estrela e o gelo é quente, é uma proposição falsa composta.
f) A proposição: Se o gato late, então o cachorro mia”, é uma proposição verdadeira.
5. CONECTIVOS LÓGICOS
São expressões que servem para unir duas proposições ou transformar uma proposição formando
uma nova proposição.
Os conectivos lógicos básicos são: não, e, ou, se, ..., então, e se e somente se.
AS TABELAS VERDADE
A lógica clássica é governada por três princípios (entre outros) que podem ser formulados como segue:
Com base nesses princípios as proposições simples são ou verdadeiras ou falsas - sendo mutuamente
exclusivos os dois casos; daí dizer que a lógica clássica é bivalente.
Ao analisarmos uma proposição ela poderá ser verdadeira ou falsa, assim podemos construir o corpo de
uma tabela-verdade.
A B
V V
V F
F V
F F
A B C
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
CONJUNÇÃO
A conjunção A B é verdadeira se A e B são ambas verdadeiras; se ao menos uma delas for falsa, então A
B é falsa.
Este critério está resumido na tabela ao abaixo, onde são examinadas todas as possibilidades para A e B.
Exemplos:
A: O sol é uma estrela (V)
B: A lua é uma estrela (F)
A B: O sol é uma estrela e a lua é uma estrela, é uma proposição falsa (F).
A: 5>3 (V)
B: 3>1 (V)
A B: 5 > 3 e 3 > 1, É uma proposição verdadeira.
A:3+4=7
B : é “Pedro é magro”
A B: 3 + 4 = 7 e “Pedro é magro” é uma proposição que pode ser verdadeira (V) ou falsa (F) dependendo
do valor lógico de q, a qual pode ser verdadeira (V) ou falsa (F).
DISJUNÇÃO
Exemplos:
p: “O sol é uma estrela” (V)
q: “O gelo é quente” (F)
p q: “O sol é uma estrela ou o gelo é quente” é uma proposição verdadeira.
p: 4<3 (F)
q: “todo ser vivo é mamífero” (F)
p q: 4>3 ou “todo ser vivo é mamífero” é uma proposição falsa.
Questões de Prova
03. (Delegado da Polícia Civil/ES) Uma proposição é uma frase afirmativa que pode ser julgada como
verdadeira ou falsa, mas não ambos. Uma dedução lógica é uma seqüência de proposições, e é
considerada correta quando, partindo-se de proposições verdadeiras, denominadas premissas, obtêm-se
proposições sempre verdadeiras, sendo a última delas denominada conclusão. Considerando essas
informações, julgue os itens a seguir, a respeito de proposições.
CONDICIONAL
Ainda a partir de proposições dadas podemos construir novas proposições através do emprego de outros
dois símbolos lógicos chamados condicionais:
O condicional se A, então B (AB) é falso somente quandoA é verdadeira e B é falsa; caso contrário pq é
verdadeiro.
Exemplos
03. Se Vera viajou, nem Camile nem Carla foram ao casamento. Se Carla não foi ao casamento, Vanderléia
viajou. Se Vanderléia viajou, o navio afundou. Ora, o navio não afundou. Logo:
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento.
b) Camile e Carla não foram ao casamento.
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou.
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou.
e) Vera e Vanderléia não viajaram.
Solução: Finalmente, a última conclusão que iremos extrair, com base no nosso quadro-resumo que rege a
estrutura em tela, é a seguinte:
Se Vera viajou, nem Camile nem Carla foram ao casamento.
(F) (F)
Se Carla não foi ao casamento, Vanderléia viajou.
(F) (F)
Se Vanderléia viajou, o navio afundou.
(F) (F)
Ora, o navio não afundou.
(V)
Pronto! Agora, resta-nos elencar as conclusões todas do nosso raciocínio. Foram as seguintes:
O navio não afundou. (premissa incondicional, “verdade” do enunciado);
Vanderléia não viajou. (conclusão da terceira proposição);
Carla foi ao casamento. (conclusão da segunda proposição);
Vera não viajou. (conclusão da primeira proposição).
Daí, compararemos nossas conclusões acima com as opções de resposta. E chegamos, enfim, à resposta da
questão, que é a opção E (Vera e Vanderléia não viajaram).
04.Se Beraldo briga com Beatriz, então Beatriz briga com Bia. Se Beatriz briga com Bia, então Bia vai ao bar.
Se Bia vai ao bar, então Beto briga com Bia. Ora, Beto não briga com Bia. Logo:
a) Bia não vai ao bar e Beatriz briga com Bia
b) Bia vai ao bar e Beatriz briga com Bia
c) Beatriz não briga com Bia e Beraldo não briga com Beatriz
d) Beatriz briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz
e) Beatriz não briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz
Já sabemos que esta última premissa (“Beto não briga com Bia”) é a premissa incondicional, a “verdade”
do enunciado e ponto de partida da resolução da questão! Nesta resolução, saltaremos os saltos
intermediários, e apresentaremos já todo o raciocínio desenvolvido. Ok? Teremos o seguinte:
Se Beraldo briga com Beatriz (F), então Beatriz briga com Bia. (F)
Se Beatriz briga com Bia (F), então Bia vai ao bar.(F) Se Bia vai ao bar (F) , então Beto briga com Bia.(F)
Ora, Beto não briga com Bia. (V)
Daí, as conclusões que extrairemos do nosso raciocínio são as seguintes:
Em comparação com as opções de resposta, concluímos que a resposta correta será o item C (“Beatriz não
briga com Bia e Beraldo não briga com Beatriz”).
QUESTÕES DE PROVA
05. (Delegado da Polícia Civil/Es) Uma proposição é uma frase afirmativa que pode ser julgada como
verdadeira ou falsa, mas não ambos. Uma dedução lógica é uma seqüência de proposições, e é
considerada correta quando,
partindo-se de proposições verdadeiras, denominadas premissas, obtêm-se proposições sempre
verdadeiras, sendo a última delas denominada conclusão. Considerando essas informações, julgue os itens
a seguir, a respeito de proposições.
Considere a seguinte seqüência de proposições:
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Lógica? É lógico
Se (1) e (2) são premissas verdadeiras, então a proposição (3), a conclusão, é verdadeira, e a seqüência é
uma dedução lógica correta.
10.(ESAF) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora, não velejo. Assim,
a) estudo e fumo.
b) não fumo e surfo.
c) não velejo e não fumo.
d) estudo e não fumo.
e) fumo e surfo.
11.(ESAF) Se não leio, não compreendo. Se jogo, não leio. Se não desisto, compreendo. Se é feriado, não
desisto. Então,
a) se jogo, não é feriado.
b) se não jogo, é feriado.
c) se é feriado, não leio.
d) se não é feriado, leio.
e) se é feriado, jogo.
Frase do dia:
'Um cigarro encurta a vida em 2 minutos… Uma garrafa de álcool encurta a vida em 4 minutos… Um dia
de trabalho encurta a vida em 8 horas' , logo ...
NEGAÇÃO: ~A
A proposição ~A tem sempre valor oposto de A, isto é, ~A é verdadeira quando A é falsa e ~A é falsa
quando A é verdadeira.
Veja na Tabela-verdade a seguir:
A ~A
V F
F V
Exemplos:
A negação da proposição: Todo ser vivo é mamífero, é a proposição: nem todo ser vivo é mamífero ou,
Existe, pelo menos, um ser vivo que não é mamífero.
A negação da proposição: O sol é uma estrela, é a proposição: O sol não é uma estrela.
A negação da proposição: 3+5=8 é a proposição: 3+5 8.
Se p é a proposição: Existe um homem que é mortal, então a negação de p é a proposição: ~p dada por
Não existe um homem que seja mortal, ou ainda: Nenhum homem é mortal.
A negação de 3 > 1 é 3 1;
A negação de x 2 é x < 2;
A negação de y < 5 é y 5;
A negação de x 6éx>6
QUESTÕES DE PROVA
12. (UnB/Téc./SEGER/ES/2006) A proposição “O estado do Espírito Santo não é produtor de petróleo ou
Guarapari não tem lindas praias” corresponde à negação da proposição “O estado do Espírito Santo é
produtor de petróleo e Guarapari tem lindas praias.”
13. Considere que P, Q e R sejam proposições lógicas e que os símbolos “ ”, “ ”, “→” e “≦” representem,
respectivamente, os conectivos “ou”, “e”, “implica” e “negação”. As proposições são julgadas como
verdadeiras – V – ou como falsas – F. Com base nessas informações, julgue os itens seguintes relacionados
a lógica proposicional.
P Q R P R
V V V V
V V F V
V F V F
V F F V
F V V F
F V F V
F F V F
F F F V
P Q R P Q R
V V V V
V V F F
V F V V
V F F V
F V V V
F V F V
F F V V
F F F V
Solução:
Observe o aluno que grande argumento, vamos ver quantas são as premissas (afirmações lógicas com
sentido completo)
(P1) Se Valéria não fala italiano, então Adilson fala alemão.
(P2) Se Valéria fala italiano, então ou Fenelon fala chinês ou Nestor fala dinamarquês.
(P3) Se Nestor fala dinamarquês, Leonardo fala espanhol.
(P4) Mas Leonardo fala espanhol se e somente se não for verdade que Franz não fala francês.
(P5) Ora, Franz não fala francês e Fenelon não fala chinês.
Logo, (ai vem a conclusão que é uma das alternativas)
Ao todo são cinco premissas, formadas pelos mais diversos conectivos (SE ENTÃO, OU, SE E SOMENTE SE,
E).Mas o que importa para resolver este tipo de argumento lógico é que ele só será válido quando todas
as premissas forem verdadeiras, a conclusão também for verdadeira.
Uma boa dica é sempre começar pela premissa formada com o conectivo E, pois é este conectivo tem uma
regra interessante, vamos lembrar: Uma proposição composta pelo conectivo E, só vai ser verdadeira
quando todas as proposições que a formarem também forem verdadeiras, então, por exemplo:
“Ana foi à praia E Paulo foi dormir, só será verdadeiro quando Ana realmente for à praia e Paulo realmente
for dormir”.
Na premissa 5 tem-se: Franz não fala francês e Fenelon não fala chinês.
Logo para esta proposição composta pelo conectivo E ser verdadeira as premissas simples que a compõe
deverão ser verdadeiras, ou seja, sabemos que:
Na premissa 4 temos:
Leonardo fala espanhol se e somente se não for verdade que Franz não fala francês.
Temos uma proposição composta formada pelo se e somente se, neste caso, esta premissa será verdadeira
se as proposições que a formarem forem de mesmo valor lógico, ou ambas verdadeiras ou ambas falsas,
ou seja, como se deseja que não seja verdade que Franz não fala francês e ele fala, isto já é falso e o
antecedente do SE E SOMENTE SE também terá que ser falso, ou seja:
Da premissa 2 temos: Se Valéria fala italiano, então ou Fenelon fala chinês ou Nestor fala dinamarquês.
Vamos analisar o conseqüente do SE ENTÃO, observe: ou Fenelon fala chinês ou Nestor fala dinamarquês.
(temos um OU EXCLUSIVO, cuja regra é, o OU EXCLUSIVO, só vai ser falso se ambas forem verdadeiras, ou
ambas falsas), no caso como Fenelon não fala chinês e Nestor não fala dinamarquês, temos: F ou exclusivo
F = F.
Se o conseqüente deu falso, então o antecedente também deverá ser falso para que a premissa seja
verdadeira, logo:
Da premissa 1 tem-se: Se Valéria não fala italiano, então Adilson fala alemão.
Ora ocorreu o antecedente, vamos reparar no conseqüente........Só será verdadeiro quando V V = V pois
se o primeiro ocorrer e o segundo não teremos o Falso na premissa que é indesejado, desse modo:
Observe que ao analisar todas as premissas, e tornarmos todas verdadeiras obtivemos as seguintes
afirmações:
Frase do dia:
Feliz é aquele que é tão bonito quanto a mãe acha que é. Tem tanto
dinheiro quanto o filho dele acha que tem. Tem tantas mulheres quanto a mulher dele acha que ele tem.
BICONDICIONAL
O condicional A se e somente se B (A B) é verdadeiro somente quando A e B são ambas verdadeiras ou
ambas falsas; se isso não acontecer o condicional é falso.
BICONDICIONAL A se e somente se B A B
A B A B
V V V
V F F
F V F
F F V
Exemplos:
• A: 4<3 (F)
• B: 5<2 (F)
• A B : 4<3 se, e somente, se 5<2 é verdadeira.
“Um homem de 40 anos é um homem de meia idade, pois o trabalho já não dá muito prazer e o prazer
dá muito trabalho!”
...entenderam?
Vice-versa.....
Palavras do Prof. Fenelon Portilho
TAUTOLOGIAS
São formas proposicionais cujos exemplos de substituição são sempre proposições verdadeiras,
independentemente dos valores lógicos das proposições simples que as compõem.
‘‘A negação de uma tautologia é sempre uma contradição, enquanto, a negação de uma contradição é
sempre uma tautologia.’’
p q ~p p ~p q p (p ~p) (q p)
V V F F V V
V F F F V V
F V V F V V
F F V F V V
REDUNDÂNCIAS
Ele fez uma previsão antecipada: se é previsão só pode ser antecipada. Uma previsão que fosse feita após
o acontecido seria uma constatação, que nem por este motivo precisa ser posterior, no máximo pode ser
tardia ou passar despercebida. Toda previsão já é fadada ao fracasso. Uma que não fosse antecipada
sequer seria previsão.
Descobriu-se o elo de ligação: sempre suspeitei que todo elo só pode ser algo com que liga outro algo a
alguma coisa. Portanto, todo elo só existe se for elemento de ligação. Dado que um objeto que se parece
com um elo, mas que está fora de uma cadeia não subsiste por falta de suporte, chamamos o elo de outro
nome.
Nada é perfeito: Nem poderia ser já que nada, por definição, é ... nada. Para corrigir essa afirmação que
confunde a cabeça e não diz nada, temos de mudar agora para: tudo é imperfeito. Essa afirmação sim tem
consistência e diz algo.
CONTRADIÇÕES
São formas proposicionais cujos exemplos de substituição são sempre proposições falsas, independente
dos valores lógicos das proposições simples que as contém.
Exemplo: p e ~p é uma contradição, pois como uma proposição p e sua negação ~p não podem ser ambas
verdadeiras, temos que a proposição p e ~p é sempre falsa, independentemente do valor lógico de p. Logo
a forma proposicional p e ~p é uma contradição.
QUESTÕES DE PROVA
Texto para os itens de 25 a 34
Proposições são afirmações que podem ser julgadas como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não ambos.
Proposições simples são denotadas, por exemplo, pelas letras iniciais maiúsculas do alfabeto: A, B, C etc. A
partir das proposições simples, são construídas proposições compostas, simbolizadas pelas formas A B,
que é lida como “A e B”, e que é V quando A e B são V, caso contrário é F; A B, que é lida como “ou A ou
B”, e que é F quando A e B são F, caso contrário é V; A→B, que é lida como “se A então B”, e que é F
quando A é V e B é F, caso contrário é V; e ainda ≦A, que é lida como “não A”, que é V; se A é F e é F se A é
V. Parênteses podem ser usados para delimitar as proposições. As letras maiúsculas P, Q, R serão usadas
para representar proposições compostas quaisquer.
Considerando as definições apresentadas no texto acima, julgue os itens a seguir.
17) ( )(UnB/Esp./SEGER/2007) Toda proposição da forma (P→Q) (¬Q→¬P) é uma tautologia, isto é, tem
somente a valoração V.
Uma seqüência de três proposições – I, II e III –, em que as duas primeiras – I e II – são hipóteses e
verdadeiras, e a terceira – III – é verdadeira por conseqüência das duas hipóteses serem verdadeiras,
constitui um raciocínio lógico correto.
De acordo com essas informações e considerando o texto, julgue os itens que se seguem acerca de
raciocínio lógico.
No teste a seguir, elaborado com base em uma pesquisa internacional sobre auto-estima, o entrevistado
deve marcar a opção que mais se aplica ao seu caso, em cada tópico. Considere que um entrevistado tenha
assinalado as opções especificadas abaixo
23) ( ) (UnB/Esp./SEGER/2007) A proposição “Sempre que o referido entrevistado passa por períodos de
estresse, sua saúde fica debilitada e ele acaba doente e, além disso, ele raramente costuma exagerar seus
defeitos e minimizar suas qualidades” é falsa.
RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA
Quando p é equivalente a q, indicamos: p q.
• Obs.:
• a)Notemos que p equivale a q quando o condicional p q é verdadeiro.
• b)Todo teorema, cujo recíproco também é verdadeiro, é uma equivalência.
• Hipótese tese.
p q p q ~q ~p ~q ~p
V V V F F V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V
DICAS: Equivalências que mais caem em prova !
p q ~q ~p
p q ~p q
A B ~A ~B A B B A ~A B B ~A A ~B ~B ~A ~B
A ~B ~A
V V F F V V V F F V V V
V F F V F V V V V V V F
F V V F V F V V V V F V
F F V V V V F V V F V V
BRINCANDO COM
A TABELA:
1. (A B) C A (B C)
2. (A B) C A (B C)
Leis de Morgan
3. A (B C) (A B) (A C)
4. A (B C) (A B) (A C)
5. ~~A A
6. A B ~A B
7. A B ~B ~A
TESTES II
01) Duas grandezas “x” e “y” são tais que “se x=3, então, y = 7”. Pode-se concluir que:
a) Se x 3, então y 7.
b) Se y = 7, então x = 3.
c) Se y 7, então x 3.
d) Se x = 5, então y = 5.
e) Nenhuma das conclusões acima é válida.
06) Uma equivalência da proposição: “Se Melício joga futebol, então, Thábata toca violino” é:
a) Melício joga futebol se, e somente se, Thábata toca violino.
b) Se Melício não joga futebol, então, Thábata não toca violino.
c) Se Thábata não toca violino, então, Melício não joga futebol.
d) Se Thábata toca violino, então, Melício joga futebol.
e) Se Melício toca violino, então Thábata joga futebol.
07) (ESAF/AFC/96) Se Beto briga com Glória, então, Glória vai ao cinema. Se Glória vai ao cinema, então,
Carla fica em casa. Se Carla fica em casa, então Raul briga com Carla. Ora, Raul não briga com Carla, logo:
a) Carla não fica em casa e Beto não briga com Glória.
b) Carla fica em casa e Glória vai ao cinema.
c) Carla não fica em casa e Glória vai ao cinema.
d) Glória vai ao cinema e Beto briga com Glória.
e) Glória não vai ao cinema e Beto briga com Glória.
08) Uma sentença logicamente equivalente a “Se X é Y, então Z é W” é:
a) X é Y ou Z é W.
b) X é Y ou Z não é W.
c) se Z é W, X é Y.
d) se X não é Y, então Z não é W.
e) se Z não é W, então X não é Y.
09) (ESAF/AFC/96) Se Carlos é mais velho do que Pedro, então Maria e Júlia têm a mesma idade. Se Maria
e Júlia têm a mesma idade, então, João é mais moço do que Pedro. Se João é mais moço do que Pedro,
então, Carlos é mais velho do que Maria. Ora, Carlos não é mais velho do que Maria, então:
a) Carlos não é mais velho do que Júlia e João é mais moço do que Pedro.
b) Carlos é mais velho do que Pedro e Maria e Júlia têm a mesma idade.
c) Carlos e João são mais moços do que Pedro.
d) Carlos é mais velho do que Pedro e João é mais moço do que Pedro.
e) Carlos não é mais velho do que Pedro e Maria e Júlia não têm a mesma idade.
10) Se X não é igual a 3, então Y é igual a 5. Se X é igual a 3, então Z não é igual a 6. Ora, Z é igual a 6. Logo,
a) Y é igual a 5.
b) X é igual a 3.
c) X é igual a 3, ou Z não é igual a 6.
d) X é igual a 3, e Z é igual a 6.
e) X não é igual a 3, Y não é igual a 5.
12) (ESAF/AFC/97) Ou Celso compra um carro, ou Ana vai à África, ou Rui vai a Roma. Se Ana vai à África,
então Luís compra um livro. Se Luís compra um livro, então Rui vai a Roma. Ora, Rui não vai a Roma, logo:
a) Celso compra um carro e Ana não vai à África.
b) Celso não compra um carro e Luís compra o livro.
c) Ana não vai à África e Luís compra um livro.
d) Ana vai à África ou Luís compra um livro.
e) Ana vai à África e Rui não vai a Roma.
14) O paciente não pode estar bem e ainda ter febre. O paciente está bem. Logo, o paciente:
a) tem febre e não está bem.
b) tem febre ou não está bem.
c) tem febre.
d) não tem febre.
e) não está bem.
15) (ESAF/AFTN/96) José quer ir ao cinema assistir ao filme “Fogo contra Fogo”, mas não tem certeza se o
mesmo está sendo exibido. Seus amigos, Maria, Luís e Júlio têm opiniões discordantes sobre se o filme está
ou não em cartaz. Se Maria estiver certa, então Júlio está enganado. Se Júlio estiver enganado, então Luís
está enganado. Se Luís estiver enganado, então o filme não está sendo exibido. Ora, ou o filme “Fogo
contra Fogo” está sendo exibido, ou José não irá ao cinema. Verificou-se que Maria está certa. Logo:
a) o filme “Fogo contra Fogo” está sendo exibido.
b) Luís e Júlio não estão enganados.
c) Júlio está enganado, mas não Luís.
d) Luís está enganado, mas não Júlio.
e) José não irá ao cinema.
16) (ESAF/TFC) Ou Anaís será professora, ou Anelise será cantora, ou Anamélia será pianista. Se Ana for
atleta, então Anamélia será pianista. Se Anelise for cantora, então Ana será atleta. Ora, Anamélia não será
pianista. Então:
a) Anais será professora e Anelise não será cantora.
b) Anais não será professora e Ana não será atleta.
c) Anelise não será cantora e Ana será atleta.
d) Anelise será cantora ou Ana será atleta.
e) Anelise será cantora e Anamélia não será pianista.
17) (ANPAD) Numa Vila afastada, chamada Vila 51, tem-se que “se um homem não é inteligente, então é
bonito” e que “se é inteligente, então é preguiçoso”. Com base nessas afirmações, pode-se concluir que
a) homens inteligentes não são bonitos.
b) homens que não são bonitos não são inteligentes.
c) homens bonitos são preguiçosos.
d) homens que não são bonitos são preguiçosos.
e) homens bonitos não são inteligentes.
24) Se Verônica disse a verdade, Roberto e Júlio mentiram. Se Júlio mentiu, Regina falou a verdade. Se
Regina falou a verdade, Minas Gerais é banhada pelo mar. Ora, Minas Gerais não é banhada pelo mar,
logo:
a) Verônica e Roberto disseram a verdade.
b) Verônica e Regina mentiram.
c) Júlio e Regina mentiram.
d) Júlio mentiu ou Regina disse a verdade.
e) Júlio e Roberto mentiram.
25) Três amigos (João, Marcelo e Rafael) trabalham num hotel de categoria internacional, desempenhando
funções diversas. Um deles é porteiro, o outro é carregador e, por fim, há um telefonista. Sabendo-se que:
se Rafael é o telefonista, Marcelo é o carregador;
se Rafael é o carregador, Marcelo é o porteiro;
se Marcelo não é o telefonista, João é o carregador;
se João é o porteiro, Rafael é o carregador.
Portanto, a atividade profissional de João, Marcelo e Rafael (nessa ordem), observadas as restrições acima,
é:
a) porteiro, telefonista, carregador.
b) telefonista, porteiro, carregador.
c) carregador, telefonista, porteiro.
d) porteiro, carregador, telefonista.
e) carregador, porteiro, telefonista.
26) Quatro carros estão parados ao longo do meio fio, um atrás do outro:
Um Fusca atrás de outro Fusca.
Um carro branco na frente de um carro prata.
Um Uno na frente de um Fusca.
Um carro prata atrás de um carro preto.
Um carro prata na frente de um carro preto.
Um Uno atrás de um Fusca.
28) Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão. Ou Alberto é alemão, ou Egídio é espanhol. Se
Pedro não é português, então Frederico é francês. Ora, nem Egídio é espanhol nem Isaura é italiana. Logo:
a) Pedro é português e Frederico é francês.
b) Pedro é português e Alberto é alemão.
c) Pedro não é português e Alberto é Alemão.
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês.
e) Se Alberto é Alemão, Frederico é francês.
29) Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática. Se Helena estuda Filosofia, então Jorge estuda
Medicina. Ora, Luís estuda História ou Helena estuda Filosofia. Logo, segue-se necessariamente que:
a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina.
b) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina.
c) Se Luís não estuda História, então Jorge não estuda Medicina.
d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática.
e) Pedro estuda Matemática ou Helena não estuda Filosofia.
30) Se Pedro é inocente, então Lauro é inocente. Se Roberto é inocente, então Sônia é inocente. Ora,
Pedro é culpado ou Sônia é culpada. Segue-se logicamente, portanto, que:
a) Lauro é culpado e Sônia é culpada.
b) Sônia é culpada e Roberto é inocente.
c) Pedro é culpado ou Roberto é culpado.
d) se Roberto é culpado, então Lauro é culpado.
e) Roberto é inocente se, e somente se, Lauro é inocente.
Considere a situação descrita abaixo para resolver as questões de números 34, 35 e 36.
Ao ver o estrago na sala, mamãe pergunta zangada:
Quem quebrou o vaso da vovó?
Não fui eu - disse André.
Foi o Carlinhos - disse Bruna.
Não fui eu não, foi a Duda - falou Carlinhos.
A Bruna está mentindo! - falou Duda.
34) Sabendo que somente uma das crianças mentiu, pode-se concluir que
a) André mentiu e foi ele quem quebrou o vaso.
b) Bruna mentiu e Duda quebrou o vaso.
c) Carlinhos mentiu e foi ele quem quebrou o vaso.
d) Duda mentiu e Carlinhos quebrou o vaso.
e) Bruna mentiu e foi ela quem quebrou o vaso.
35) Sabendo que somente uma das crianças disse a verdade, pode-se concluir que
a) André falou a verdade e Carlinhos quebrou o vaso.
b) Bruna falou a verdade e Carlinhos quebrou o vaso.
c) Duda falou a verdade e André quebrou o vaso.
d) Carlinhos falou a verdade e Duda quebrou vaso.
e) Duda falou a verdade e foi ela quem quebrou o vaso.
36) Sabendo que somente duas crianças mentiram, pode-se concluir que
a) Carlinhos mentiu e André não quebrou o vaso.
b) André mentiu e foi ele quem quebrou o vaso.
c) Bruna mentiu e foi ela quem quebrou o vaso.
d) quem quebrou o vaso foi Bruna ou André.
e) Duda mentiu e Carlinhos não quebrou o vaso.
37) Vovó Marina procura saber quem comeu o bolo que havia guardado para o lanche da tarde.
Julinho diz:
1) Não fui eu.
2) Eu nem sabia que havia um bolo.
3) Foi o Maurício.
Maurício diz:
4) Não fui eu.
5) O Julinho mente quando diz que fui eu.
6) Foi o tio Rogério.
Rogério diz:
7) Não fui eu.
8) Eu estava lá embaixo consertando a minha bicicleta.
9) Foi o Zezinho
Zezinho diz:
10) Não fui eu.
11) Eu nem estava com fome.
12) Não foi o Luiz Antônio.
GABARITO
01) C 02) C 03) B 04) C 05) C
06) C 07) A 08) E 09) E 10) A
11) B 12) A 13) A 14) D 15) E
16) A 17) D 18) A 19) A 20) B
21) B 22) E 23) C 24) B 25) C
26) C 27) A 28) B 29) A 30) C
31) D 32) E 33) D 34) B 35) C
36) A 37) D
A linguagem das proposições não é suficiente para fazermos todas as afirmações, nem na matemática nem
na linguagem corrente. Também necessitamos de afirmações que não são proposições, tais como: x = 5, x
y ou x + y = z (na matemática) ou, ele é cearense, ela é loura ou nós somos gordos (na linguagem
corrente). Tais afirmações, que não são proposições, pois não podemos decidir se elas são verdadeiras ou
falsas, são chamadas de funções proposicionais, predicados ou sentenças abertas.
Dado um conjunto A, uma função proposicional em uma variável ou uma sentença aberta definida em A
(ou simplesmente função proposicional em A) é uma expressão, denotada por p (x), tal que p(a) é uma
proposição para cada a . Conjunto A é chamado conjunto universo de p(x) ou, simplesmente, universo
do discurso.
Exemplos:
A expressão p(x): x + e = 9 é uma função proposicional no conjunto N dos números naturais.
a expressão p(x) : x é loura é uma função proposicional em uma variável, no conjunto M de todas as
mulheres do planeta Terra.
A expressão q(x): x é casado é uma função proposicional no conjunto C de todas as pessoas casadas.
Quantificadores
Dada uma função proposicional em uma variável, podemos obter uma proposição de duas maneiras.
Exemplo:
Na funções proposicional p(x): x é um dia da semana cujo nome começa pela letra s, se substituirmos a
variável “x” pela constante “segunda-feira” temos a proposição verdadeira (V) “segunda-feira é um dia da
semana cujo nome começa pela letra s.” Se substituirmos “x” por “terça-feira” temos a proposição falsa (F)
“terça-feira é um dia da semana cujo nome começa pela letra s”.
Na função proposicional p(x): x é um número natural tal que x + 5 > 1, se substituirmos a variável “x” pela
constante “3” temos a proposição verdadeira (V) “3 é um número natural tal que 3 + 5 > 1”.
A segunda maneira consiste em quantificar sua variável.
As formas mais comuns de quantificação de uma variável são a quantificação universal e a quantificação
existencial.
Quantificador universal ( )
Se p(x) é uma função proposicional na variável x, a afirmação “Para todo x (no universo do discurso), p(x) é
uma proposição verdadeira,” que escrevemos, na forma simbólica, x p(x), é uma proposição na qual a
variável x é dita estar universalmente quantificada.
O valor verdade da proposição x p(x) é uma proposição verdadeira (V) se Vp é todo o universo do
discurso (ou conjunto universo);
x p(x) é uma proposição verdadeira (V) se Vp é todo o universo do discurso, (ou conjunto universo);
x p(x) é uma proposição falsa (F) se Vp não é todo o universo do discurso, isto é , se existe um elemento
a no universo de p(x), tal que p(a) é uma proposição falsa.
Quantificador existencial ( )
Se p(x) é uma função proposicional na variável x, a afirmação “Existe x (no universo do discurso) tal que
p(x) é uma proposição verdadeira”, que escrevemos simbolicamente, x p(x) é uma proposição na qual a
variável x é dita estar existencialmente quantificada. O valor verdade da preposição x p(x), depende do
conjunto verdade de p(x), da seguinte maneira:
Exemplos:
A afirmação x [x < x + 1] (que se lê: para todo x, c é menor do que x mais 1) é uma proposição formada
por quantificação universal da variável da função proposicional p(x); x < x + 1. Se o conjunto universo ( ou
universo do discurso) de p(x) é o conjunto Z dos números inteiros, então a reposição dada é uma
proposição verdadeira (V), uma vez que todo número inteiro x é tal que x < x + 1.
A afirmação x [ x + 2 = 3] (que se lê: para todo x, x mais 2 é igual a 3) é uma proposição formada por
quantificação universal da variável da função proposicional p(x): x + 2 = 3. Se o conjunto universo (ou
universo do discurso) de p(x) é o conjunto Z dos números inteiros então a proposição dada é falsa (F) pois
p(2): 2 + 2 = 3 é uma proposição falsa , por exemplo.
A afirmação x [x é um homem casado] (que se lê: para todo x, x é um homem casado é uma proposição
formada por quantificação universal da variável da função proposicional p(x); x é um homem casado. Se o
conjunto universo de p(x) é o conjunto de todos os homens do planeta, então a proposição dada é falsa (F),
uma vez que existem homens no planeta que não são casados. Se o universo do discurso é o conjunto de
todos os homens casados do planeta, então a proposição dada é verdadeira (V).
Quantificador !
Uma terceira forma de quantificação pode ser usada para afirmar que existe um único elemento r, do
conjunto universo de uma função proposicional p(x), tal que p é uma proposição verdadeira. Este
quantificador é denotado por !, e a proposição ! x p(x) se lê: “Existe um único x tal que p(x) é uma
proposição verdadeira”.
valor verdade da proposição !x p(x) é verdadeira (V) se Vp é um conjunto com um único elemento;
!x p(x) é falsa (F) se Vp ou é vazio ou possui mais do que um elemento.
Exemplo:
( !x)(x+1=7) que se lê:
“existe um só elemento x tal que x + 1 = 7”é verdadeira.
Exemplos:
A negação da proposição: “Todo número x é tal que x + 1 > 2”, é a proposição: “Existe um número x tal que
x + 1 2”.
A negação da proposição: “Todos os homens são mortais”, é a proposição: “Existe um homem que não é
mortal”.
A negação da proposição: “Existe um planeta habitável” é a proposição: “Todo planeta é não habitável” ou,
equivalente, “Nenhum planeta é habitável”.
A negação da proposição: “Existe um político que não é sério”, é a proposição “Todos os políticos são
sérios”.
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Argumentos
Chamamos de argumento toda afirmação de que uma seqüência finita de proposições p1, p2, p3, ..., pn
(n 1) tem como conseqüência ou acarreta uma proposição q.
Em um argumento as proposições p1, p2, .... pn são premissas e a proposição q é chamada conclusão do
argumento.
Exemplos:
Um homem casado é infeliz. Um homem infeliz morre cedo. Logo um homem casado morre cedo. É um
argumento de premissas: um homem casado é infeliz e um homem casado morre cedo, e conclusão: um
homem casado morre cedo.
Nenhum homem rico é vagabundo. Todos os médicos são ricos. Portanto, nenhum médico é vagabundo. É
um argumento de premissas: Nenhum homem rico é vagabundo e todos os médicos são ricos, e conclusão:
Nenhum médico é vagabundo.
Algumas cobras não são animais perigosos, mas todas as cobras são répteis, portanto, alguns animais
perigosos não são répteis. É um argumento. Suas premissas são: Algumas cobras não são animais perigosos
e Todas as cobras são répteis, e sua conclusão é: Alguns animais perigosos não são répteis.
NOTAÇÃO
p1,p2,...,pn ├ q, lê-se: “p1, p2, .... pn acarretam em q”, ou “q decorre de p1, p2, ..., pn”.
É importante lembra que a validade ou não de um argumento depende de sua forma e não do conteúdo
de suas premissas e conclusão.
Exemplos:
O argumento:
Paris é a capital da França. Logo Paris é a capital da França ou Brasília é a capital do Brasil é um argumento
válido.
De fato, argumento dado é da forma p ├ (p ou q), onde p é a proposição: Paris é a capital da França e q é a
proposição do Brasil.
Assim, como a proposição: Paris é a capital da França é uma proposição verdadeira temos que a
proposição: Paris é a capital da França ou Brasília é a capital do Brasil é, sempre, uma proposição
verdadeira. Logo o argumento dado é válido.
O argumento:
Fortaleza é a capital da França. Logo Fortaleza é a capital da França ou Crato é a capital do Ceará é, ainda
um argumento válido.
De fato, trata-se ainda de um argumento da forma p ├ 9p ou q) onde p é a proposição (falsa): Fortaleza é a
capital da França e q é a proposição (falsa): Crato é a capital do Ceará.
Note que sua conclusão, a proposição “p ou q, Fortaleza é a capital da França ou Crato é a capital do Ceará,
será verdadeira sempre que a proposição p, Fortaleza é a capital da França, for verdadeira.
É importante lembrar que em um argumento suas premissas devem sempre ser consideradas como
proposições verdadeiras.
Um argumento é dito INCONSISTENTE se suas premissas não podem ser simultaneamente verdadeiras.
Valéria Lanna logicaetudo@gmail.com
(31) 9149 1462 55
Lógica? É lógico
O argumento:
João é pobre e João é feliz. Se João é feliz então João canta. João é pobre e não é feliz. Portanto, João
canta. É um argumento inconsistente.
De fato, neste argumento temos as três premissas
p1: João é feliz então João canta;
p2: Se João é feliz então João canta;
p3: João é pobre e não é feliz.
Na premissa p1, afirma-se que João é feliz e na premissa p3, afirma-se que João não é feliz. Assim, estas
premissas são contraditórias, isto é, não podem ser simultaneamente verdadeira.
Logo o argumento e inconsistente.
É importante lembrar que argumento inconsistente é diferente de argumento não válido.
O argumento:
Se canto, não assobio.
Assobio ou chupo cana.
Assobiei.
__________________
Logo, chupei cana.
O argumento:
Se penso, existo.
Penso.
__________________
Logo, existo.
é um argumento válido.
De fato, argumento é formado das duas premissas:
p1: Se penso então existo e
p2: Penso e da conclusão Existo. Como as premissas devem se verdadeira, a proposição: Penso é
verdadeira e, assim, para que p1 seja verdadeira, a proposição: Existo deve ser verdadeira.
Conseqüentemente, o argumento é válido.
As premissas e a conclusão deste argumento envolvem três categorias de homens: os que são infelizes e os
que morrem cedo.
Em linguagem da teoria dos conjuntos a primeira premissa afirma que o conjunto dos traídos está contido
no conjunto dos infelizes e que este último está contido no conjunto dos que morrem cedo. Usando
diagramas (diagramas de Venn) para representar esta situação teremos:
UNIVERSO DAS PESSOAS
MAU HUMORADOS
INFELIZES
BEM HUMORADOS
TRAÍDOS
Analisando o argumento dado, podemos perceber que ele é formado por três premissas:
P1: Nenhum estudante é preguiçoso.
P2: João é um artista;
P3: Todos os artistas são preguiçosos.
e uma conclusão:
C: João não é um estudante.
Por P3: O conjunto dos artistas está contido no conjunto das pessoas preguiçosas.
Por P1: O conjunto das pessoas preguiçosas e o conjunto dos estudantes são disjuntos.
Por P2, João pertence ao conjunto dos artistas.
ARTISTAS
JOÃO
Logo, observando os diagramas de Venn, temos que a conclusão C: João não é um estudante, é verdadeira
e o argumento é valido.
Exemplo02. Eu tenho três bolas: A, B e C. Pintei uma de vermelho, uma de branco e outra de azul, não
necessariamente nessa ordem. Somente uma das seguintes afirmações é VERDADEIRA.
a) A é vermelha.
b) B não é vermelha.
c) C não é azul.
Qual é a cor de cada bola?
Dizem – não há prova disso – que o próprio Einstein bolou o enigma abaixo, em 1918, e que pouca
gente, além dele, conseguiria resolvê-lo. Então, esta é a sua chance de se comparar à genialidade do
mestre. Queime a cuca!
Numa rua há cinco casas de cinco cores diferentes e em cada uma mora uma pessoa de uma
nacionalidade. Cada morador tem sua bebida, seu tipo de fruta e seu animal de estimação. A questão é:
quem é que tem um peixe?
Exemplo 05. Uma empresa produz andróides de dois tipos: os de tipo V, que sempre dizem a verdade, e os
de tipo M, que sempre mentem. Dr. Henrique, um especialista em Inteligência Artificial, está examinando
um grupo de cinco andróides – rotulados de Alfa, Beta, Gama, Delta e Épsilon –, fabricados por essa
empresa, para determinar quantos entre os cinco são do tipo V. Ele
pergunta a Alfa: “Você é do tipo M?” Alfa responde mas Dr. Henrique, distraído, não ouve a
resposta. Os andróides restantes fazem, então, as seguintes declarações:
Beta: “Alfa respondeu que sim”.
Gama: “Beta está mentindo”.
Delta: “Gama está mentindo”.
Épsilon: “Alfa é do tipo M”.
Mesmo sem ter prestado atenção à resposta de Alfa, Dr. Henrique pôde, então, concluir
corretamente que o número de andróides do tipo V, naquele grupo, era igual a
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
Exemplo 06. Três amigos, Pedro, Henrique e Rafael, juntamente com suas namoradas, sentaram-se, lado a
lado, em um teatro, para assistir um grupo de dança. Um deles é carioca, outro é nordestino, e outro
catarinense. Sabe-se, também que um é médico, outro é engenheiro, e outro é professor. Nenhum deles
sentou-se ao lado da namorada, e nenhuma pessoa sentou-se ao lado de outra do mesmo sexo. As
namoradas chamam-se, não necessariamente nesta ordem, Tina, Nina e Carol. O médico sentou-se em um
dos dois lugares do meio, ficando mais próximo de Tina do que de Rafael ou do que do carioca. O
catarinense está sentado em uma das pontas, e a namorada do professor está sentada à sua direita. Pedro
está sentado entre Carol, que está à sua esquerda, e Nina. As namoradas de Henrique e de Rafael são,
respectivamente:
a) Carol e Nina
b) Nina e Carol
c) Tina e Nina
d) Tina e Carol
e) Carol e Tina
Exemplo 07. Investigando uma fraude bancária, um famoso detetive colheu evidências que o convenceram
da verdade das seguintes afirmações:
Exemplo 08. Se não durmo, bebo. Se estou furioso, durmo. Se durmo, não estou furioso. Se não estou
furioso, não bebo. Logo,
a) não durmo, estou furioso e não bebo
b) durmo, estou furioso e não bebo
c) não durmo, estou furioso e bebo
d) durmo, não estou furioso e não bebo
e) não durmo, não estou furioso e bebo
Exemplo 09. Cinco amigos vão a uma festa, mas um deles não foi convidado.
Uma amiga pergunta quem era o penetra.
– É o João – responde Gabriel.
– Eu não sou – responde Rodrigo.
– É o Fernando – diz Tiago.
– Eu não sou – responde João.
Se só um deles falou mentira, o penetra da festa era
(A) Gabriel.
(B) João.
(C) Rodrigo.
(D) Tiago.
(E) Fernando.
Exemplo 10. Cinco aldeões foram levados à presença de um velho rei, acusados de haver roubado laranjas
do pomar real. Abelim, o primeiro a falar, falou tão baixo que o rei - que era um pouco surdo - não ouviu o
que ele disse. Os outros quatro acusados disseram:
Bebelim: "Cebelim é inocente".
Cebelim: "Dedelim é inocente".
Dedelim: "Ebelim é culpado".
Ebelim: " Abelim é culpado".
O mago Merlim, que vira o roubo das laranjas e ouvira as declarações dos cinco acusados, disse então ao
rei: " Majestade, apenas um dos cinco acusados é culpado e ele disse a verdade; os outros quatro são
inocentes e todos os quatro mentiram". O velho rei, que, embora um pouco surdo, era muito sábio, logo
concluiu corretamente que o culpado era:
a) Abelim b) Bebelim c) Cebelim
d) Dedelim e) Ebelim
Exemplo 11. Em uma repartição púb. que funciona de 2ª a 6ª, 11 novos funcionários foram contratados.
Em relação aos contratados é necessariamente verdade que:
a) Todos fazem aniversário em meses diferentes.
b) Ao menos dois fazem aniversário no mesmo mês.
c) Ao menos dois começaram a trabalhar no mesmo dia do mês.
d) Algum começou a trabalhar em alguma 2ª feira.
Exemplo 12. Se Francisco desviou dinheiro da campanha assistencial então ele cometeu um grave delito.
Logo:
Exemplo 13. Raquel,Julia, Rita, Carolina, Fernando, Paulo, Gustavo e Antônio divertem-se em uma
festa.Sabe-se que essas pessoas formam 4 casais e Carolina não é esposa de Paulo.Em um dado momento
observa-se que a mulher de Fernando está dançando com o marido de Raquel, enquanto Fernando,
Carolina, Antonio, Paulo e Rita estão sentados conversando.Então, é correto afirmar que a esposa de
Antônio é:
a)Carolina, b)Júlia, c)Raquel, d)Rita
Exemplo 14. Dois irmãos gêmeos, José Francisco e Francisco José, vestiram-se e foram sentar-se em frente
ao clube:
“Sou Zé Francisco”, disse o que estava de sapatos pretos e luvas brancas.
“Sou Chico José”, disse o que estava de sapatos brancos e luvas pretas.
Se um deles está mentindo, quem é José Francisco?
TESTES III
04) Se a proposição “Nenhum A é B” for verdadeira, então também será verdade que:
a) todos não A são não B.
b) alguns não B são A.
c) nenhum A é não B.
d) nenhum B é não A.
e) nenhum não B é A.
05) Se “Alguns professores são matemáticos” e “Todos matemáticos são pessoas alegres”, então,
necessariamente,
a) toda pessoa alegre é matemático.
b) todo matemático é professor.
c) algum professor é uma pessoa alegre.
d) nenhuma pessoa alegre é professor.
e) nenhum professor não é alegre.
06) Das premissas “Nenhum X é Y”, “Alguns Z são Y” seguese, necessariamente, que:
a) alguns X são Z.
b) alguns Z são X.
c) nenhum X é Z.
d) alguns Z não são X.
e) nenhum Z é X.
07) Para que a afirmativa “Todo matemático é louco” seja falsa, basta que:
a) todo matemático seja louco.
b) todo louco seja matemático.
c) algum louco não seja matemático.
d) algum matemático seja louco.
e) algum matemático não seja louco.
08) Para que a proposição “todos os homens são bons cozinheiros” seja falsa, é necessário que:
a) todas as mulheres sejam boas cozinheiras.
b) algumas mulheres sejam boas cozinheiras.
c) nenhum homem seja bom cozinheiro.
d) todos os homens sejam maus cozinheiros.
e) ao menos um homem seja mau cozinheiro.
12) Nenhum M é K.
Algum R é K.
a) Algum R não é M.
b) Todo R é M.
c) Nenhum R é M.
d) Algum R é M.
e) Todo R não é M.
15) Em um grupo de amigas, todas as meninas loiras são, também, altas e magras, mas nenhuma menina
alta e magra tem olhos azuis. Todas as meninas alegres possuem cabelos crespos, e algumas meninas de
cabelos crespos têm também olhos azuis. Como nenhuma menina de cabelos crespos é alta e magra, e
como neste grupo de amigas não existe nenhuma menina que tenha cabelos crespos, olhos azuis e seja
alegre, então:
a) pelo menos uma menina alegre tem olhos azuis.
b) pelo menos uma menina loira tem olhos azuis.
c) todas as meninas que possuem cabelos crespos são loiras.
d) todas as meninas de cabelos crespos são alegres.
e) Nenhuma menina alegre é loira.
18) Utilizando-se de um conjunto de hipóteses, um cientista deduz uma predição sobre a ocorrência de um
certo eclipse solar. Todavia, sua predição mostra-se falsa. O cientista deve, logicamente, concluir que
a) todas as hipóteses desse conjunto são falsas.
b) a maioria das hipóteses desse conjunto é falsa.
c) pelo menos uma hipótese desse conjunto é falsa.
d) pelo menos uma hipótese desse conjunto é verdadeira.
e) a maioria das hipóteses desse conjunto é verdadeira.
19) Assinale a alternativa em que ocorre uma conclusão verdadeira (que corresponde à realidade) e o
argumento inválido (do ponto de vista lógico).
a) Sócrates é homem, e todo homem é mortal, portanto Sócrates é mortal.
b) Toda pedra é um homem, pois alguma pedra é um ser, e todo ser é homem.
c) Todo cachorro mia, e nenhum gato mia, portanto cachorros não são gatos.
d) Todo pensamento é um raciocínio, portanto, todo pensamento é um movimento, visto que todos os
raciocínios são movimentos.
e) Toda cadeira é um objeto, e todo objeto tem cinco pés, portanto algumas cadeiras têm quatro pés.
Sabendo que a parte sombreada do diagrama não possui elemento algum, então:
a) todo amigo de Paula é também amigo de Sara.
b) todo amigo de Sara é também amigo de Paula.
c) algum amigo de Paula não é amigo de Sara.
d) nenhum amigo de Sara é amigo de Paula.
22) Chama-se tautologia à toda proposição que é sempre verdadeira, independentemente da verdade dos
termos que a compõem. Um exemplo de tautologia é
24) Uma sentença equivalente a “Não é verdade que todos os promotores de justiça não são
competentes”, é
a) todos os promotores de justiça são competentes.
b) nenhum promotor de justiça é competente.
c) alguns promotores de justiça são competentes.
d) alguns promotores de justiça não são competentes.
e) nenhum promotor de justiça não é competente.
28) Maria tem três carros: um Gol, um Corsa e um Fiesta. Um dos carros é branco, o outro é preto, e o
outro é azul. Sabe-se que:
1) ou o Gol é branco, ou o Fiesta é branco.
29) Três colegas - João, Paulo e Pedro - estão em uma fila esperando para serem atendidos. João sempre
fala a verdade, Paulo nem sempre e Pedro sempre mente. O que está na frente diz “João é quem está
entre nós”. O que está no meio afirma “eu sou o Paulo”. Finalmente, o que está atrás informa “Pedro é
quem está entre nós”. O primeiro, o segundo e o terceiro na fila são, respectivamente:
a) João, Paulo e Pedro.
b) João, Pedro e Paulo.
c) Paulo, Pedro e João.
d) Paulo, João e Pedro.
e) Pedro, Paulo e João
30) Três amigos - Luís, Marcos e Nestor - são casados com Teresa, Regina e Sandra (não necessariamente
nesta ordem). Perguntados sobre os nomes das respectivas esposas, os três fizeram as seguintes
declarações:
Nestor: “Marcos é casado com Teresa”.
Luís: “Nestor está mentindo, pois a esposa de Marcos é Regina”.
Marcos: “Nestor e Luís mentiram, pois a minha esposa é Sandra”.
Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e que o marido de Teresa disse a verdade, segue-se que as
esposas de Luís, Marcos e Nestor são, respectivamente:
a) Sandra, Teresa, Regina.
b) Sandra, Regina, Teresa.
c) Regina, Sandra,Teresa.
d) Teresa, Regina, Sandra.
e) Teresa, Sandra, Regina.
31) Três amigas encontram-se em uma festa. O vestido de uma delas é azul, o de outra é preto, e o da
outra é branco. Elas calçam pares de sapatos destas mesmas três cores, mas somente Ana está com
vestido e sapatos de mesma cor. Nem o vestido nem os sapatos de Júlia são brancos. Marisa está com
sapatos azuis. Desse modo,
a) o vestido de Júlia é azul e o de Ana é preto.
b) o vestido de Júlia é branco e seus sapatos são pretos.
c) os sapatos de Júlia são pretos e os de Ana são brancos.
d) os sapatos de Ana são pretos e os vestido de Marisa são azuis.
e) o vestido de Ana é preto e os sapatos de Marisa são azuis.
32) João e Maria têm, cada um, quatro noites livres toda semana, quando aproveitam para ir ao cinema.
Considere como semana todos os dias de segunda-feira a domingo, inclusive. Nesse caso, é correto afirmar
que, em uma semana, eles podem ir juntos ao cinema
a) apenas uma noite.
b) no mínimo uma noite e no máximo quatro.
c) no mínimo duas noites e no máximo três.
d) sempre quatro noites.
e) sempre cinco noites.
34) Ramirez aprontou uma baita confusão: trocou as caixas de giz e as papeletas de aulas dos professores
Júlio, Márcio e Roberto. Cada um deles ficou com a caixa de giz de um segundo e com a papeleta de aulas
de um terceiro. O que ficou com a caixa de giz do professor Márcio está com a papeleta de aulas do
professor Júlio. Portanto:
a) quem está com a papeleta de aulas do Roberto é o Márcio.
b) quem está com a caixa de giz do Márcio é o Júlio.
c) quem está com a papeleta de aulas do Márcio é o Roberto.
d) quem está com a caixa de giz do Júlio é o Roberto.
e) o que ficou com a caixa de giz do Júlio está com a papeleta de aulas do Márcio.
35) (ESAF/AFC/96) Três irmãs - Ana, Maria e Cláudia – foram a uma festa com vestidos de cores diferentes.
Uma vestiu azul, a outra branco, e a terceira preto. Chegando à festa, o anfitrião perguntou quem era cada
uma delas. A de azul respondeu: “Ana é a que está de branco”. A de branco
falou: “Eu sou Maria”. E a de preto disse: “Cláudia é quem está de branco”. Como o anfitrião sabia que Ana
sempre diz a verdade, que Maria às vezes diz a verdade, e que Cláudia nunca diz a verdade, ele foi capaz de
identificar corretamente quem era cada pessoa. As cores dos vestidos de Ana, Maria e Cláudia eram,
respectivamente:
a) preto, branco, azul.
b) preto, azul, branco.
c) azul, preto, branco.
d) azul, branco, preto.
e) branco, azul, preto.
36) (ESAF/AFC/97) Seis pessoas - A, B, C, D, E, F – devem sentar-se em torno de uma mesa redonda para
discutir um contrato. Há exatamente seis cadeiras em torno da mesa, e cada pessoa senta-se de frente
para o centro da mesa numa posição diametralmente oposta à pessoa que está do outro lado da mesa. A
disposição das pessoas à mesa deve satisfazer às seguintes restrições:
• F não pode sentar-se ao lado de C.
• E não pode sentar-se ao lado de A.
• D deve sentar-se ao lado de A.
Então, uma distribuição aceitável das pessoas em torno da mesa é
a) F, B, C, E, A, D
b) A, E, D, F, C, B
c) A, E, F, C, D, E
d) F, D, A, C, E, B
e) F, E, D, A, B, C
37) (ESAF/Auditor-Recife) Pedro, após visitar uma aldeia distante, afirmou: “Não é verdade que todos os
aldeões daquela aldeia não dormem a sesta”. A condição necessária e suficiente para que a afirmação de
Pedro seja verdadeira é que seja verdadeira a seguinte proposição:
a) No máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta.
c) Pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
38) (ESAF/AFC) Os cursos de Márcia, Berenice e Priscila são, não necessariamente nesta ordem, Medicina,
Biologia e Psicologia.Uma delas realizou seu curso em Belo Horizonte, a outra em Florianópolis, e a outra
em São Paulo. Márcia realizou seu curso em Belo Horizonte. Priscila cursou Psicologia. Berenice não
realizou seu curso em São Paulo e não fez Medicina. Assim, os cursos e os respectivos locais de estudo de
Márcia, Berenice e Priscila são, pela ordem:
a) Medicina em Belo Horizonte, Psicologia em Florianópolis, Biologia em São Paulo.
b) Psicologia em Belo Horizonte, Biologia em Florianópolis, Medicina em São Paulo.
c) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em Florianópolis, Psicologia em São Paulo.
d) Biologia em Belo Horizonte, Medicina em São Paulo, Psicologia em Florianópolis.
e) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em São Paulo, Psicologia em Florianópolis.
39) (ESAF/TTN/96) Quatro amigos, André, Beto, Caio e Denis, obtiveram os quatro primeiros lugares em
um concurso de oratória julgado por uma comissão de três juízes. Ao comunicarem a classificação final,
cada juiz anunciou duas colocações, sendo uma delas verdadeira e a outra falsa:
Juiz 1: “André foi o primeiro; Beto foi o segundo”
Juiz 2: “André foi o segundo; Dênis foi o terceiro”
Juiz 3: “Caio foi o segundo; Dênis foi o quarto”.
Sabendo-se que não houve empates, o primeiro, o segundo, o terceiro e o quarto colocado foram,
respectivamente,
a) André, Caio, Beto, Dênis.
b) Beto, André, Dênis, Caio.
c) André, Caio, Dênis, Beto.
d) Beto, André, Caio, Dênis.
e) Caio, Beto, Dênis, André.
40) (AFTN) Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro, a governanta e o mordomo. Sabe-se que o crime
foi efetivamente cometido por um ou por mais de um deles, já que podem ter agido individualmente ou
não.
Sabe-se, ainda, que:
• se o cozinheiro é inocente, então a governanta é culpada.
• ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada,
mas não os dois.
41) Um líder criminoso foi morto pelos seus comparsas: Adão, Bosco, Chicão e Doca. Durante o
interrogatório, esses indivíduos fizeram as seguintes declarações:
• Adão afirmou que Chicão matou o líder.
• Bosco afirmou que Doca não matou o líder.
• Chicão disse que Doca estava jogando cartas com Adão quando o líder foi morto e, por isso, não tiveram
participação no crime.
• Doca disse que Chicão não matou o líder.
Sabendo que três dos comparsas mentiram em suas declarações, enquanto um deles falou a verdade, é
correto afirmar que
a) a declaração de Chicão é verdadeira.
b) Chicão ou Doca matou o líder.
c) Chicão matou o líder.
d) Doca não matou o líder.
42) “É suficiente o Brasil não se classificar para a Copa do Mundo, para o técnico ser demitido e os
torcedores ficarem infelizes.” A negação da proposição em destaque é:
a) se o Brasil se classificar para a Copa do Mundo, nem o técnico será demitido nem os torcedores ficarão
infelizes.
b) Brasil não se classificou para a Copa do Mundo e o técnico não foi demitido ou os torcedores não
ficaram infelizes.
c) Brasil se classificou para a Copa do Mundo e nem o técnico foi demitido nem os torcedores ficaram
infelizes.
d) é suficiente o Brasil se classificar para a Copa do Mundo para o técnico não ser demitido ou os
torcedores ficarem felizes.
e) Brasil não se classificou para a Copa do Mundo, o técnico foi demitido e os torcedores ficaram infelizes.
43) Num país há apenas dois tipos de habitantes: os verds, que sempre dizem a verdade, e os falcs, que
sempre mentem. Um professor de Lógica, recém-chegado a este país, é informado por um nativo que glup
e plug, na língua local, sim e não, mas o professor não sabe se o nativo que o informou é verd ou falc.
Então, ele se aproxima de três outros nativos que estavam conversando juntos e faz a cada um deles duas
perguntas:
1a) Os outros dois são verds?
2a) Os outros dois são falcs?
A primeira pergunta é respondida com glup pelos três, mas à segunda pergunta os dois primeiros
responderam glup e o terceiro respondeu plug.
Assim, o professor pode concluir que
a) todos são verds.
b) todos são falcs.
c) somente um dos três últimos é falc e glup significa não.
GABARITO
01) C 02) B 03) B 04) B 05) C
06) D 07) E 08) E 09) B 10) A
11) B 12) A 13) A 14) A 15) E
16) A 17) B 18) C 19) E 20) C
21) A 22) A 23) B 24) C 25) D
26) B 27) C 28) E 29) C 30) D
31) C 32) B 33) C 34) A 35) B
36) D 37) C 38) C 39) C 40) B
41) B 42) B 43) C
6. ANÁLISE COMBINATÓRIA
A ANÁLISE COMBINÁTORIA é uma parte da matemática que estuda os agrupamentos de elementos
sem precisar de enumerá-los.
A origem desse assunto está ligado ao estudo dos jogos de azar, tais como: lançamento de dados,
jogos de carta, etc. Atualmente, a estimativa de acertos em jogos populares como: loteria esportiva, loto,
loteria federal, etc. além de utilizações mais específicas, como confecções de horários, de planos de
produção, de números de placas de automóveis, etc.
FATORIAL
Definição:
n! = n (n -1) (n - 2) ... 3 . 2 . 1 para n N e n 1
O símbolo n! lê-se fatorial de n ou n fatorial.
Ex.: 2! = 2 x 1 Convenção:
4! + 4 x 3 x 2 x 1 0! = 1. 1! = 1
Observação: n! = n (n - 1) !
Ex.: 8! = 8 . 7!
10 = 10 . 9!
EXERCÍCIOS
Simplificar as expressões:
7! 7.6.5!
42
5! 5!
8! 8 x7 x6!
7
8 x6! 8 x6!
(n - 5)! = 120
(n - 5)! = 5
n-5=5
n=5+5
n = 10
n 1 ! n!
7n
n 1 !
n 1 n n 1! n n 1!
7n
n 1!
n 1! n 1 n n
7n
n 1!
n [(n + 1) - 1] = 7n
n+1–1=7 n=7
01. Uma moça possui 5 camisas e 4 saias, de quantas maneiras ela poderá se vestir?
A escolha de uma camisa poderá ser feita de cinco maneiras diferentes. Escolhida a primeira camisa
poderá escolher uma das quatro saias.
02. Uma moeda é lançada três vezes. Qual o número de seqüências possíveis de cara e coroa?
Indicaremos por C o resultado cara e K o resultado coroa.
Queremos o número de triplas ordenadas (a,b,c) onde a {C,K},b {C,K} e c {C,K}, logo, o resultado
procurado é
2.2.2 = 8
C–C–C
Pelo o Diagrama da C
Árvore C
K C–C–K
C
C C–K–C
K
K C–K–K
C K–C–C
C
K K–C–K
K
C K–K–C
K
K K–K-K
03. Quantos números de 3 algarismos podemos formar com os algarismos significativos (1 a 9)?
1o 2o 3o
9 x 9 x 9 = 729 números
04. Quantos números de quatro algarismos distintos podemos formar no sistema de numeração decimal?
Resolução:
Algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9
9 x 9 x 8 x 7
O número não começar por 0 (zero), logo:
9 . 9 . 8. 7 = 4.536
Resposta: 4.536 números
6 x 5 x 4 = 120 possibilidades
C1 C C2 C1 C C2 C1 C C2
m m m
3 x 3 x...x 3 = 314 resultados
EM RESUMO:
1º) Quantas escolhas devem ser feitas.
2º) Quantas opções cada escolha tem.
3º) Multiplicar tudo!
Se o problema não depender da ordem (por exemplo: comissões, escolhas, jogos, equipes, urnas, jogo
da sena, aperto de mão, casais, grupos, etc.) dividimos o resultado pelo fatorial das escolhas.
08. Existem 3 linhas de ônibus ligando a cidade A à cidade B, e 4 outras ligando B à cidade C. Uma pessoa
deseja viajar de A a C, passando por B. De quantos modos diferentes a pessoa poderá fazer essa viagem?
Resolução:
A B C
de A para B = 3 possibilidades
de B para C = 4 possibilidades
Logo, pelo princípio fundamental de contagem, temos: 3 . 4 = 12
Resposta: 12 modos
09. A placa de um automóvel é formada por duas letras seguidas por um número de quatro algarismos.
Com as letras A e R e os algarismos ímpares, quantas placas diferentes podem ser constituídas, de modo
que o número não tenha algarismo repetido?
Resolução:
Placa
2 . 2 . 5 . 4 . 3 . 2
2 . 2 . 5 . 4 . 3 . 2 = 480
10. Quantos números de três algarismos distintos podemos formar com os algarismos 2, 3, 4, 5, e 7 ?
Resolução:
algarismos : 2, 3, 4, 5 e 7
5 x 4 x 3 5 x 4x 3 = 60
Resposta: 60 números
11. Com os algarismos de 1 a 9, quantos números de telefone podem formar-se com 6 algarismos, de
maneira que cada número tenha prefixo 51 e os restantes sejam números todos diferentes, incluindo-se os
números que formam o prefixo?
Resolução:
algarismos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9
Prefixo 5 1
7 x 6 X 5 x 4
12. Um tabuleiro especial de xadrez possui 16 casas dispostas em 4 linhas e 4 colunas. Um jogador deseja
colocar 4 peças no tabuleiro, de tal forma que, em cada linha e cada coluna, seja colocada apenas uma
peça. De quantas maneiras as 4 peças poderão ser colocadas?
Resolução:
Para se colocar 1 (uma) peça temos 16 maneiras.
13. Um torneio esportivo entre duas escolas será decidido numa partida de duplas mistas de tênis. A Escola
E inscreveu nesta modalidade 6 rapazes e 4 moças. A equipe de tenistas da Escola F conta com 5 rapazes e
3 moças. Calcule de quantas maneiras poderemos escolher os quatro jogadores que farão a partida
decisiva, sabendo que uma das jogadoras da equipe E não admite jogar contra seu namorado, que faz
parte da equipe F.
Resolução:
Valéria Lanna logicaetudo@gmail.com
(31) 9149 1462 75
Lógica? É lógico
24 . 15 = 360 maneiras
Excluindo os casos nos quais os namorados jogam entre si, que são em números de:
(6 . 1) . (1 . 3) = 18, temos:
360 - 18 = 342
14. De quantos modos pode-se pintar as faces laterais de uma pirâmide pentagonal regular, utilizando-se
oito cores diferentes, sendo cada face de uma única cor?
Resolução:
Supondo-se que todas as cinco faces laterais da pirâmide sejam pintadas com cores diferentes duas a duas,
e que a pirâmide esteja fixa, o número de modos de pintar suas faces laterais, utilizando 8 cores diferentes,
será dado por:
8 . 7 . 6 . 5 . 4 = 6.720
15. (Cesgranrio/2005) A senha de certo cadeado é composta por 4 algarismos ímpares, repetidos ou não.
Somando-se os dois primeiros algarismos dessa senha, o resultado é 8; somando-se os dois últimos, o
resultado é 10. Uma pessoa que siga tais informações abrirá esse cadeado em no máximo n tentativas, sem
repetir nenhuma. O valor de n é igual a:
a) 9
b) 15
c) 20
d) 24
e) 30
Resolução:
Algarismos ímpares: 1, 3, 5, 7 e 9
Soma 8 : 1 e 7; 3 e 5 ; 5 e 3 ; 7 e 1, ou seja, 04 opções;
Soma 10 : 1 e 9; 3 e 7; 5 e 5; 7 e 3; 9 e 1, ou seja, 05 opções.
Total de tentativas : 04 x 05 = 20 Portanto n = 20 tentativas.
Resolução:
Possíveis caminhos
XRZ = 3.1 = 3
XRYZ = 3.3.2 = 18
XYZ = 1.2 = 2
XSYZ = 3.2.2 = 12
XSZ = 3.2 = 6
TOTAL = 41
17. A quantidade de números de três algarismos, maiores que 500, que podem ser formados com os
algarismos 3, 5, 6, 7 e 9, com repetição, é igual a:
a) 10
b) 20
c) 48
d) 52
e) 100
Resolução:
é um problema em que o português é quem manda, a maioria das pessoas cometeu o erro de fazer o
cálculo:
4 x 5 x 5 = 100(errado!)
Porém, quando o problema fala com repetição, os algarismos devem ser repetidos,assim:
Nº com algarismos repetido mais nº com algarismos distintos é igual ao total de nº que podem ser
formados.
Usando o P.F.C. teremos:
Nº com algarismos repetidos = x
Nº com algarismos distintos = 4x4x3 = 48
Total de nº formados = 4x5x5 = 100
Portanto, x + 48 = 100
x = 52
Resposta : Letra D.
18. Duas das cinqüenta cadeiras de uma sala serão ocupadas por dois alunos. O número de maneiras
distintas possíveis que esses alunos terão para escolher duas das cinqüenta cadeiras, para ocupá-las, é:
a) 1225
b) 2450
c) 250
d) 49!
Resolução: 50 x 49 = 2450
b) Começados por BR ?
Resolução: 4! = 24 |BR| 4.3.2.1
5! 120
10
3!2! 6.2
20. Uma urna contém 3 bolas vermelhas e 2 amarelas.Elas são extraídas uma a uma sem reposição.
Quantas seqüências de cores podemos observar?
Resolução:É como se fosse uma seqüência de bolas em fileira, do tipo: VVVAA, em qualquer ordem
faremos como se fosse um anagrama com repetição, ou seja,
5!
10
3!.2!
21. Uma cidade é formada por 12 quarteirões segundo a figura abaixo. Uma pessoa sai do ponto P e dirigi-
se para o ponto Q pelo caminho mais curto, isto é movendo–se da esquerda para direita, ou de baixo para
cima. Nessas condições, quantos caminhos diferentes ele poderá fazer, se existem 2 ruas “horizontais” e 3
“verticais”?
22.O número de anagramas que podem ser formados com as letras da palavra APOSTA e que não
apresentam as letras A juntas é:
a) 120
b) 240
c) 360
d) 480
e) 600
23.O jogo da Sena consiste em acertar 6 dezenas sorteadas entre 60. O número de possíveis resultados
está entre:
a) 15.000.000 e 25.000.000
b) 25.000.000 e 35.000.000
c) 35.000.000 e 45.000.000
d) 45.000.000 e 55.000.000
Resolução:
60 59 58 57 56 55
50.063.860
6 5 4 3 2 1
24.Um indivíduo possui 5 discos dos Beatles, 8 discos dos Rolling Stones e 4 discos do U2. Ele foi convidado
para ir a uma festa e, ao sair, levou 2 discos dos Beatles, 2 dos Rolling Stones e 3 do U2. O número de
modos distintos de se escolherem os discos é:
a) 12
b) 42
c) 160
d) 1.120
e) 1.200
Resolução:
Valéria Lanna logicaetudo@gmail.com
(31) 9149 1462 79
Lógica? É lógico
25.Se existem 11 pessoas em uma sala e cada pessoa cumprimenta todas as outras uma única vez, o
número de apertos de mão dados será igual a:
a) 55
b) 65
c) 110
d) 121
Resolução:
Precisamos de 2 mãos :
11 10
55
2 1
26.Um fisioterapeuta recomendou a um paciente que fizesse, todos os dias, três tipos diferentes de
exercícios e lhe forneceu uma lista contendo sete tipos diferentes de exercícios adequados a esse
tratamento. Ao começar o tratamento, o paciente resolve que, a cada dia, sua escolha dos três exercícios
será distinta das escolhas feitas anteriormente. O número máximo de dias que o paciente poderá manter
esse procedimento é:
a) 35 b) 38 c) 40 d) 42
Resolução:
7 6 5
35
3 2 1
27. De quantas maneiras distintas podemos distribuir 10 alunos em 2 salas de aula, com 7 e 3 lugares,
respectivamente?
a) 120
b) 240
c) 14.400
d) 86.400
e) 3.608.800
Resolução:
Basta escolhermos 3 e os outros irão para a outra sala;
10 9 8
120
3 2 1
28.O número de múltiplos de 10, compreendidos entre 100 e 9999 e com todos os algarismos distintos é:
a) 250
b) 321
c) 504
d) 576
Resolução:
Para ser múltiplo de 10 o zero tem que estar fixo na casa das unidades, portanto:
9 8 0 72
9 8 7 0 504
total 576
29.Uma sala tem 6 lâmpadas com interruptores independentes. O número de modos de iluminar essa sala,
acendendo pelo menos uma lâmpada é:
a) 63
b) 79
c) 127
d) 182
e) 201
Resolução:
Sabemos que a condição para iluminar a sala é que pelo menos uma lâmpada esteja acesa.As opções de
cada lâmpada são: acesa e apagada, logo:
2 . 2 . 2 . 2 . 2 . 2 = 64 – 1
(todas apagadas) = 63
30. O código Morse usa “palavras” contendo de 1 a 4 “letras”. As “letras” são representadas pelo ponto (.)
ou pelo traço (-). Deste modo, a quantidade de “palavras” possíveis através do código Morse é:
a) 16
b) 64
c) 30
d) 8
e) 36
Resolução:
Pode-se formar palavras de uma, duas, três ou quatro letras e as opções por letra são duas (ponto ou
traço), logo:
2 ( 1 letra )
2.2 4 ( 2 letras )
2.2.2 8 ( 3 letras )
2.2.2.2 16 ( 4 letras )
total 30
31. O número de maneiras de se distribuir 10 objetos diferentes em duas caixas diferentes, de modo que
nenhuma caixa fique vazia, é:
a) 45
b) 90
c) 1022
d) 101
Resolução:
São 2.2.2.2.2.2.2.2.2.2 =1024 – 2 = 1022
(opções de apenas a caixa A ou apenas a caixa B)
QUESTÕES DE PROVA
(PF/2004) Conta-se na mitologia grega que Hércules, em um acesso de loucura, matou sua família. Para
expiar seu crime, foi enviado à presença do rei Euristeu, que lhe apresentou uma série de provas a serem
cumpridas por ele, conhecidas como Os doze trabalhos de Hércules. Entre esses trabalhos, encontram-se:
matar o leão de Neméia, capturar a corça de Cerinéia e capturar o javali de Erimanto. Considere que a
Hércules seja dada a escolha de preparar uma lista colocando em ordem os doze trabalhos a serem
executados, e que a escolha dessa ordem seja totalmente aleatória. Além disso, considere que somente
um trabalho seja executado de cada vez.
Com relação ao número de possíveis listas que Hércules poderia preparar, julgue os itens subseqüentes.
25.( ) (UnB/Agente/PF/2004) O número máximo de possíveis listas que Hércules poderia preparar é
superior a 12 × 10!.
26.( ) (UnB/Agente/PF/2004) O número máximo de possíveis listas contendo o trabalho “matar o leão de
Neméia” na primeira posição é inferior a 240 × 990 × 56 × 30.
27.( ) (UnB/Agente/PF/2004) O número máximo de possíveis listas contendo os trabalhos “capturar a corça
de Cerinéia” na primeira posição e “capturar o javali de Erimanto” na terceira posição é inferior a 72 × 42 ×
20 × 6.
29. (BB/2007) Considere que o BB tenha escolhido alguns nomes de pessoas para serem usados em uma
propaganda na televisão, em expressões do tipo Banco do Bruno, Banco da Rosa etc. Suponha, também,
que a quantidade total de nomes escolhidos para aparecer na propaganda seja 12 e que, em cada inserção
da propaganda na TV, sempre apareçam somente dois nomes distintos. Nesse caso, a quantidade de
inserções com pares diferentes de nomes distintos que pode ocorrer é inferior a 70.
30. (BB/2007)Considere que um decorador deva usar 7 faixas coloridas de dimensões iguais, pendurando-
as verticalmente na vitrine de uma loja para produzir diversas formas. Nessa situação, se 3 faixas são
verdes e indistinguíveis, 3 faixas são amarelas e indistinguíveis e 1 faixa é branca, esse decorador
conseguirá produzir, no máximo, 140 formas diferentes com essas faixas
32. Se 6 candidatos são aprovados em um concurso público e há 4 setores distintos onde eles podem ser
lotados, então há, no máximo, 24 maneiras de se realizarem tais lotações.
33. (ufmg) A partir de um grupo de oito pessoas, quer-se formar uma comissão constituída de quatro
integrantes. Nesse grupo,incluem-se Gustavo e Danilo, que, sabe-se, não se relacionam um com o outro.
Portanto, para evitar problemas, decidiu-se que esses dois,juntos, não deveriam participar da comissão a
ser formada. Nessas condições, de quantas maneiras distintas se pode formar essa comissão?
a) 70
b) 35
c) 45
d) 55
34. (ufrj)"Num posto policial trabalham 5 policiais do sexo feminino e 10 policiais do sexo masculino
devendo ficar de plantão sempre 1 policial do sexo feminino e 3 do sexo masculino. Quantos grupos de
trabalho podem ser formados, sabendo-se que o policial Emerson e a policial Karla não podem trabalhar
juntos?"
a)240
b)564
c)480
d)1200
35. Um automóvel comporta dois passageiros nos bancos da frente e três no detrás. Calcule o número de
alternativa distintas para lotar o automóvel com pessoas escolhidas dentre sete, de modo que uma dessas
pessoas nunca ocupe um lugar nos bancos da frente.
Resolução:
O número total de pessoas é igual a 7, logo:
A
Fixando a pessoa A no banco detrás, restam 6 pessoas para os quatro lugares restantes, isto é: A6,4. Como
a pessoa A pode ser colocada em três lugares no banco detrás, temos:
3 . A6,4
6!
3. 3.6.5.4.3 1.080
2!
36. Sobre uma circunferência tomam-se 7 pontos distintos. Calcule o número de polígonos convexos que
se pode obter com vértices no pontos dados.
B
Resolução:
número de triângulo C7,3 = 35 A
C
número de quadriláteros C7,4 = 35
número de pentágonos C7,5 = 21
número de hexágonos C7,6 = 7 G
D
número de heptágonos C7,7 = 1
Logo, o número total de polígonos é:
F
35 + 35 + 21 + 7 + 1 = 99 E
Resposta: 99 polígonos
37. Uma empresa é formada por 6 sócios brasileiros e 4 japoneses. De quantos modos podemos formar
uma diretoria de 5 sócios, sendo 3 brasileiros e 2 japoneses?
Resolução:
Brasileiros Japoneses
Diretoria
C6,3 C4,2
6! 4!
C6,3.C4, 2 . 120
Logo: 3!.3! 2!.2!
38. Um agrônomo quer comprar 3 caminhões e 4 tratores de uma firma que possui 6 caminhões e 8
tratores, todos de modelos diferentes. Quantas escolhas ele tem?
Resolução:
Como não importa a ordem de escolha dos caminhões e dos tratores, o problema é de combinação, logo:
39. Seis tijolos, cada um de uma cor, são empilhados. De quantos modos se pode fazer isto, de forma que o
verde e o amarelo estejam sempre juntos?
Resolução:
VERDE
2
AMARELO
40. De quantos modos podemos ordenar 2 livros de Matemática, 3 de Português e 4 de Física, de modo
que os livros de uma mesma matéria fiquem sempre juntos e, além disso, os de Física fiquem, entre si,
sempre na mesma ordem?
Resolução:
Matem. Português Física
F1 F2 F3 F4
P2 P3
P3
P2 . P3 . P3 = 2 . 6 .6 = 72
Resposta: 72 modos
Temos que dividir 7 unidades em 3 partes ordenadas, de modo que fique em cada parte um número maior
ou igual a zero.
Indicaremos cada unidade por uma bolinha e usaremos a barra para fazer a separação, que corresponde
aos sinais de adição:
Logo teremos uma permutação com elementos repetidos( como em ARARA), assim:
Valéria Lanna logicaetudo@gmail.com
(31) 9149 1462 85
Lógica? É lógico
9!
36
7!2!
Portanto existem 36 soluções inteiras positivas para a equação.
RESUMO:
FATORIAL
A) n! = n fatorial
n 1 n! n. n 1 . n 2 ...... 3.2.1.
n N e n 1 n! 1
n 0 n! 1
1! 1
0! 1
B) Propriedade
n! n. n 1 !
n
n 1! n 1!
A) Arranjo Simples:
n!
A n.p
n p!
agrupamentos que diferem pela ordem e natureza
B) Permutação simples:
Pn = n!
agrupamentos que diferem pela ordem (Anagramas)
C) Combinação simples:
n!
Cn,p
n p !.p!
TESTES IV
01) Cinco pessoas encontram-se sentadas em volta de uma mesa redonda. De quantas maneiras
diferentes elas podem trocar de lugar entre si de modo que pelo menos uma delas termine com pelo
menos um de seus vizinhos sentado em outra posição?
a) 20
b) 21
c) 22
d) 23
e) 24
02) Fisc. Trab/1998 - Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam sentar-se os cinco, lado a
lado, na mesma fila. O número de maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos de modo
que as duas moças fiquem juntas, uma ao lado da outra, é igual a:
a) 2
b) 4
c) 24
d) 48
e) 120
03) O número de equações do 5º grau que se pode formar, tendo os números 5, 6, 7, 8, 9 e 10 como
coeficientes, sem repetição, é igual a:
a) 120
b) 720
c) 750
d) 830
04) Sejam P, Q, R e S quatro pontos distintos sobre uma reta r e sejam T,U e V, X e Z cinco pontos distintos sobre
uma reta s, paralela a r e distinta desta. Nessas condições, o total de triângulos possíveis com vértices em três desses
nove pontos é:
a) 30
b) 35
c) 70
d) 84
e) 504
05) Os clientes de um banco contam com um cartão magnético e uma senha pessoal de quatro algarismos
distintos entre 1000 e 9999. A quantidade dessas senhas, em que o módulo da diferença positiva entre o
primeiro algarismo e o ultimo algarismo é 3, é igual a:
a) 936
b) 896
c) 784
d) 768
e )728
06) Segundo Aurélio B. de Holanda, PALÍNDROMO “Diz-se de frase ou palavra que, ou se leia da esquerda
para a direita, ou da direita para a esquerda, tem o mesmo sentido.” (Por exemplo: SUBI NO ONIBUS,
ARARA).Um número inteiro é um “número palíndromo” quando seu valor não se altera ao invertermos a
ordem de seus algarismos. (Por exemplo: 3003, 19491). Quantos números palíndromos de 4 algarismos
podemos formar com os algarismos de 1 a 9?
a) 9
b) 36
c) 72
d) 81
e) 126
07) Uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) será formada por 5 membros: três da base governista e
dois da base oposicionista. Caberá ao governo indicar o presidente, o vice e o relator. A oposição indicará
as duas vagas restantes. Se o governo dispões de 4 candidatos para os cargos e a oposição 3, o número de
comissões que podem ser formadas é:
a) 24
b) 72
c) 144
d) 288
Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação, seguida de uma assertiva a ser julgada.
08) ( ) Com os símbolos 0 e 1, um programador deseja gerar códigos cujos comprimentos (número de
símbolos) variem de 1 a 10 símbolos. Nessa situação, o número de códigos diferentes que poderão ser
gerados não passa de 2.046.
09) ( ) Em um centro de pesquisas onde atuam 10 pesquisadores, deverá ser formada uma equipe com 5
desses pesquisadores para desenvolver determinado projeto. Sabe-se que 2 dos 10
pesquisadores só aceitam participar do trabalho se ambos forem escolhidos; caso contrário, não
participam. Nessa situação, há menos de 250 maneiras diferentes de se montar a equipe.
10) Em uma sala de aula há 20 alunos, sendo 11 homens e 9 mulheres. Elegeu-se um homem como
representante de turma e uma mulher para vice-representante. O número de possíveis chapas vencedoras
é:
a) menor que 100
b) maior que 100 e menor que 1.000
c) maior que 1000 e menor que 10.000
d) maior que 10.000
11) Uma classe tem 10 alunos e 5 alunas. Formam-se comissões de 4 alunos e 2 alunas. O número de
comissões em que participa o aluno X e não participa a aluna Y é:
a) 1.260
b) 2.100
c) 840
d) 504
Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação, seguida de uma assertiva a ser julgada.
12) ( ) Deseja-se formar uma cadeia de símbolos com os números 0, 1 e 2, de modo que o 0 seja usado
três vezes, o número 1 seja usado duas vezes e o número 2, quatro vezes. Nessa situação, o número de
cadeias diferentes que podem ser formadas é maior que 1.280.
14) Se uma pessoa gasta exatamente 1 hora para escrever cada grupo de 672 anagramas da palavra
PARAGUAI, quanto tempo levará para escrever todos, se houver um intervalo de 30 minutos entre um
grupo e outro, para descansar?
a) 13h 30min
b) 14h
c) 14h 30min
d) 15h
e) 15h 30 min
15) O número de anagramas da sigla FEPAM que começam com vogal e terminam com consoante é igual
ao quadrado do dobro da quantidade de faculdades mantidas por essa Fundação. O número de anagramas
e o número de faculdades mantidas são, respectivamente:
a) 16 e 2
b) 48 e 3
c) 36 e 3
d) 64 e 4
e) 36 e 2
16) Quer-se formar um grupo de danças com 6 bailarinas, de modo que três delas tenham menos de 18
anos, que uma delas tenha exatamente 18 anos, e que as demais tenham idade superior a 18 anos.
Apresentaram-se, para a seleção, doze candidatas, com idades de 11 a 22 anos, sendo a idade, em anos, de
cada candidata, diferente das demais. O número de diferentes grupos de dança que podem ser
selecionados a partir deste conjunto de candidatas é igual a
a) 85.
b) 220.
c) 210.
d) 120.
e) 150.
17) Cada um dos quatro países do mapa de certa região deve ser colorido com uma cor diferente da dos
outros três. Dispondo de seis lápis de cores distintas, é possível colorir o mapa de N maneiras. O valor de N
é:
a) 24
b) 90
c) 120
d) 360
e) 720
18) O número de placas com três letras, repetidas ou não, e sem a letra A no início, que o DETRAN pode
formar com as letras A, B, C, D, E e F, é igual a:
a) 100
b) 120
c) 160
d) 170
e) 180
20) O total de números inteiros, com todos os algarismos distintos, compreendidos entre 11 e 1000 é:
a) 576
b) 648
c) 728
d) 738
21) O número de múltiplos de 10, compreendidos entre 100 e 9999 e com todos os algarismos distintos é:
a) 250
b) 321
c) 504
d) 576
22) Formam-se comissões de três professores escolhidos entre os sete de uma escola.
O número de comissões distintas que podem, assim, ser formadas é:
a) 35
b) 45
c) 210
d) 73
23) Quatro equipes (A, B, C e D) estão classificadas para o quadrangular final do campeonato de futebol.
Um apostador deve preencher uma cartela indicando a classificação dos quatro times após o término da
disputa. O número de maneiras distintas que o apostador tem de preencher a cartela é:
a) 4
b) 6
c) 12
d) 24
e) 32
24) Quatro casais compram ingressos para oito lugares contíguos em uma mesma fila no teatro. O número
de diferentes maneiras em que podem sentar-se de modo a que a) homens e mulheres sentem-se em
lugares alternados; e que b) todos os homens sentem-se juntos e que todas as mulheres
sentem-se juntas, são, respectivamente,
a) 1112 e 1152.
b) 1152 e 1100.
c) 1152 e 1152.
d) 384 e 1112.
e) 112 e 384.
25) Para numerar os m armários dos vestiários de um clube, foram usados todos os números formados
com três algarismos distintos do conjunto A = { 2, 3, 4, 7, 8 }. O valor de m é:
a) 10
b) 60
c) 80
d) 100
e) 120
26) Considere nove barras de metal que medem, respectivamente: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 metros. Quantas
combinações de cinco barras, ordenadas em ordem crescente de comprimento, podem ser feitas de tal
forma que a barra de 5 metros ocupe sempre a quarta posição?
a) 32
b) 16
c) 20
d) 18
e) 120
27) Vinte quatro pessoas são separadas em três grupos diferentes: o primeiro composto por 10 meninas; o
segundo composto por 8 meninos; e o terceiro composto por 6 adultos. Deve-se escolher duas pessoas
pertencentes a grupos diferentes, dentre os citados acima.
Nessas condições, o número de maneiras que se pode escolher essas duas pessoas é:
a) 188
b) 276
c) 460
d) 552
28) Com um grupo de 3 administradores e 6 arquitetos, o número de comissões de 5 pessoas que se pode
formar, sendo que em cada uma haverá, pelo menos, um administrador é:
a) 150
b) 136
c) 120
d) 56
e) 28
29) Marina possui em seu closed 90 pares de sapatos, todos devidamente acondicionados em caixas
numeradas de 1 a 90. Beatriz pede emprestado à Marina quatro pares de sapatos. Atendendo ao pedido
da amiga, Marina retira do closed quatro caixas de sapatos. O número de retiradas possíveis que Ana pode
realizar de modo que a terceira caixa retirada seja a de número 20 é igual a:
a) 681384
b) 382426
c) 43262
d) 7488
e) 2120
30) Paulo possui três quadros de Gotuzo e três de Portinari e quer expô-los em uma mesma parede, lado a
lado. Todos os seis quadros são assinados e datados. Para Paulo, os quadros podem ser dispostos em
qualquer ordem, desde que os de Gotuzo apareçam ordenados entre si em ordem cronológica, da
esquerda para a direita. O número de diferentes maneiras que os seis quadros podem ser expostos é igual
a
a) 20.
b) 30.
c) 24.
d) 120.
e) 360.
31) O número de frações diferentes entre si e diferentes de 1 que podem ser formadas com os números 3,
7, 11, 13, 17, 23, 29 e 31 é:
a) 64
b) 56
c) 49
d) 48
e) 16
GABARITO
A 10,13,22,27,29
B 3, 7,25,26,31
C 4, 8, 9, 14,15,16, 19,20,24,28,
D 2,6,11,17,21,23,30
E 1,5,12,18,
7. PROBABILIDADE
A probabilidade está associada ao estudo da Genética( exemplo visto anteriormente); jogos de azar;
estatísticas e etc.
Moivre foi o mais importante devoto da Teoria das Probabilidades, em sua obra “doutrina das
Probabilidades”, publicada em 1718, ele apresenta mais de 50 problemas, além da lei dos erros ou curvas
de distribuição.
Há três ramos principais da estatística: estatística descritiva, que envolve a organização e a
sumarização de dados; a teoria da probabilidade, que proporciona uma base racional para lidar com
situações influenciadas por fatores relacionados com o acaso, assim como estimar erros; e a teoria da
inferência, que envolve análise e interpretação de amostras.
O ponto central em todas as situações onde usamos probabilidade é a possibilidade de quantificar
quão provável é determinado EVENTO.
As probabilidades são utilizadas para exprimir a chance de ocorrência de determinado evento.
ESPAÇO AMOSTRAL
Chamamos de espaço amostral (S) um conjunto formado por todos os resultados possíveis de um
experimento aleatório.
Chama-se Evento (E) todo subconjunto de (S), associado a um experimento aleatório a qualquer.
Generalizando, sendo
Um espaço amostral finito, a cada evento elementar {e1} associamos um número real p({ei}), chamado
probabilidade do evento elementar{ei}, que satisfaz as seguintes condições:
0 p ei 1
Valéria Lanna logicaetudo@gmail.com
(31) 9149 1462 93
Lógica? É lógico
No lançamento de uma moeda defeituosa, qual a probabilidade de sair cara, sabendo-se que esta é
o dobro da probabilidade de sair coroa?
SOLUÇÃO:
Temos p(c) = 2p(k) e p(c) + p(k) = 1.
Portanto:
1
2p k pk 1 pk
3
2
Portanto : p (c)
3
Ainda no exemplo anterior, se jogássemos 03 vezes consecutivas este dado, qual a probabilidade de
sair 02 caras e 01 coroa?
Resolução:
As possíveis maneiras são:
CCK, CKC ou KCC, portanto teremos:
2 2 1 2 1 2 1 2 2 4
x x x x x x
3 3 3 3 3 3 3 3 3 9
Eventos Complementares
O evento “ ” é complementar do evento “E”, quando constituído por todos os elementos do
espaço amostra que não pertencem ao evento “E”.
Exemplo: No lançamento de um dado honesto, o evento número ímpar {1, 3, 5} é o evento
complementar do evento número par {2, 4, 6}.
Então: E = {2, 4, 6}
= {1, 3, 5}
Um espaço amostral é chamado eqüiprovável quando seus eventos elementares têm iguais
probabilidades de ocorrência. Observamos a seguinte situação:
No lançamento de um dado não-viciado e observação da face superior, temos as seguintes
possibilidades:
Como o dado não é viciado, consideramos essas possibilidades equiprováveis, ou seja, têm a
mesma probabilidade de ocorrer.
Utilizando um raciocínio semelhante ao de Fermat, observamos que temos uma possibilidade
favorável de que ocorra o evento desejado,
Por exemplo, o aparecimento do número 5 na face superior do dado - num total de 6
possibilidades. Diremos então que a probabilidade de que o referido evento ocorra é 1/6.
Ex.:Numa pesquisa de mercado, foram entrevistadas várias pessoas acerca de suas preferências em relação
a 3 produtos: A, B e C. Os resultados das pesquisas indicaram que:
210 pessoas compram o produto A;
210 pessoas compram o produto B;
250 pessoas compram o produto C;
20 pessoas compram os 3 produtos;
100 pessoas não compram nenhum dos 3;
60 pessoas compram os produtos A e B;
70 pessoas compram os produtos A e C;
50 pessoas compram os produtos B e C.
Probabilidade Condicional
SOLUÇÃO:
Chamemos de E o evento ”ocorrerem 3 cartas de espadas”. Na 1ª retirada, a probabilidade de ocorrer
carta de espadas é 13/52 (num baralho de 52 cartas, há 13 de espadas; tendo sido obtida 1 carta de
espadas, a probabilidade de ocorrer outra é12/51; obtidas 2 cartas de espadas nas duas primeiras
retiradas, a probabilidade de ocorrer outra na 3ª retirada é 11/50. Usando a fórmula da probabilidade
condicional, temos:
13 12 11 11
pE . .
52 51 50 850
CURIOSIDADE:
Num jogo de Pôquer , qual a probabilidade de ocorrer uma trinca e uma dupla?( considerando que um
jogador recebe as cinco cartas de uma só vez)
Solução:
A 1ª carta é aleatória: 52/52
A 2ª carta terá probabilidade: 3/51
A 3ª carta terá probabilidade: 2/50
A probabilidade da 4ª: 48/49
E a da 5ª: 3/48
Daí teremos o seguinte:
NNNPP em qualquer ordem, ou seja:
5!
10
3!.2!
Eventos Independentes
Dizemos que n eventos E1, E2, E3, ..., En são independentes quando a probabilidade de ocorrer um deles não
depende do fato de terem ou não ocorrido os outros.
Para n eventos independentes temos:
p(E1 e E2 e E3 e ... e En) = p(E1) . p(E2) . p(E3) . ... . p(En)
EXEMPLO
No lançamento de 2 moedas não viciadas, qual é a probabilidade de ocorrerem 2 caras?
SOLUÇÃO
Vamos chamar de E1 o evento “ocorrer cara na 1ª moeda” e de E2 o evento “ocorrer cara na 2ª moeda”.
Aplicando fórmula da probabilidade dos eventos independentes, temos
1 1 1
p E1 e E2 p E1 . p E2 .
2 2 4
1ª tentativa: 1/5
4 1 1
2ª tentativa: .
5 4 5
4 3 1 1
3ª tentativa: . .
5 4 3 5
4 3 2 1 1
4ªtentativa: . . .
5 4 3 2 5
4 3 2 1 1 1
5ªtentativa: . . . .
5 4 3 2 1 5
Retirando-se uma carta de um baralho de 52 cartas, qual é a probabilidade de essa carta ser uma figura
(valete, dama ou rei)?
Chamemos de E1, o evento “a carta retirada ser de um valete”, de E2 o evento “a carta retirada ser de uma
dama”, e de E3 o evento “a carta retirada ser de um rei”. Aplicando a fórmula da probabilidade de ocorrer
a união de eventos mutuamente exclusivos, temos:
= p(E1 e E2 e E3) = p(E1) . p(E2) . p(E3)
4 4 4 1 1 1 3
52 52 52 13 13 13 13
2 1 1
pE .
5 4 10
Aplicando agora a fórmula da probabilidade de não ocorrer o evento E, obtemos a probabilidade de ser
premiado pelo menos um brasileiro:
1 9
p E 1 p(E) 1
10 10
QUESTÕES DE PROVA
41.( ) A probabilidade de que, nesse grupo, todos os processos sejam de bancários é inferior a 0,005.
42. ( ) As chances de que, nesse grupo, pelo menos um dos processos sejam de professor é superior a
80%.
44.( UFMG ) Leandro e Heloísa participam de um jogo em que se utilizam dois cubos. Algumas faces desses
cubos são brancas e as demais, pretas. O jogo consiste em lançar, simultaneamente, os dois cubos e em
observar as faces superiores de cada um deles quando param:
se as faces superiores forem da mesma cor, Leandro vencerá; e
se as faces superiores forem de cores diferentes, Heloísa vencerá.
Sabe-se que um dos cubos possui cinco faces brancas e uma preta e que a probabilidade de Leandro
vencer o jogo é de 11/18.
45. (Cesgranrio/Téc. Adm./MP-RO/2005) Pedro e Paulo estavam brincando com dados perfeitos. Um dos
meninos lançava dois dados e o outro tentava adivinhar a soma dos pontos obtidos nas faces voltadas para
cima. Pedro lançou os dados sem que Paulo visse e disse: “Vou te dar uma dica: a soma dos pontos é maior
que 7”. Considerando que a dica de Pedro esteja correta, Paulo terá mais chance de acertar a soma se
disser que esta vale:
a) 8
b) 9
c) 10
d) 11
e) 12
Valéria Lanna logicaetudo@gmail.com
(31) 9149 1462 98
Lógica? É lógico
46. (Cesgranrio/Controlador/Aeronáutica/2007) Há duas urnas sobre uma mesa, ambas contendo bolas
distinguíveis apenas pela cor. A primeira urna contém 2 bolas brancas e 1 bola preta. A segunda urna
contém 1 bola branca e 2 bolas pretas. Uma bola será retirada, aleatoriamente, da primeira urna e será
colocada na segunda e, a seguir, retirar-se-á, aleatoriamente, uma das bolas da segunda urna. A
probabilidade de que esta bola seja branca é:
a) 1/12
b) 1/6
c) 1/4
d) 1/3
e) 5/12
47. Quando Lígia para em um posto de gasolina, a probabilidade de ela pedir para verificar o nível do óleo
é 0,28; a probabilidade de ela pedir para verificar a pressão dos pneus é 0,11 e a probabilidade de ela pedir
para verificar ambos é 0,04. Portanto, a probabilidade de Ligia parar em um posto de gasolina e não pedir
pra verificar nem o nível de óleo e nem para verificar a pressão dos pneus é de:
A - 0,25
B – 0,35
C – 0,45
D – 0,15
E – 0,65
Solução;
Óleo
Pneu
Distribuição Binominal
n k n k
Pn . P . 1- P
k
Exemplo
01. Um casal tem 8 filhos, sendo que não há gêmeos entre eles. Qual é a probabilidade de esses filhos
serem:
a) 8 homens?
b) 7 homens e 1 mulher?
c) 4 homens e 4 mulheres?
SOLUÇÃO
a) Aplicando a fórmula da distribuição binominal, temos:
A probabilidade de que ocorram 8 homens é:
8 1 8 1 0 1
P8 . .
8 2 2 256
C) outra maneira:
HHHHMMMM que é o mesmo que um anagrama com 8 letras, sendo 4 Hs e 4Ms, portanto usando o
da ARARA, teremos:
8!
70 possíveis resultados.
4!.4!
Agora sabemos que temos duas opções de sexo: homem ou mulher, e como são 08 filhos , o total de
possibilidades será
2.2.2.2.2.2.2.2= 256
Assim a probabilidade desejada, será:
70 35
P
256 128
TESTES V
1 - De um total de 100 alunos que se destinam aos cursos de Matemática, Física e Química, sabe-se que:
I. 30 destinam-se à Matemática e, destes, 20 são do sexo masculino;
II. total de alunos do sexo masculino é 50, dos quais 10 destinam-se à Química;
III. existem 10 moças que se destinam ao curso de Química.
Nestas condições, sorteando-se um aluno ao acaso, do grupo total e sabendo-se que é do sexo
feminino, a probabilidade de que ele se destine ao curso de Matemática vale:
1 1 1 1
a) b) c) d) e) 1
5 4 3 2
2 - O número da chapa de um carro é par. A probabilidade de o algarismo das unidades ser zero é:
1 1 4 5 1
a) b) c) d) e)
10 2 9 9 5
4 - Dois jogadores, A e B, vão lançar um par de dados. Eles combinam que, se a soma dos números dos
dados for 5, A ganha, e se essa soma for 8, B é quem ganha. Os dados são lançados. Sabe-se que A não
ganhou. Qual a probabilidade de B ter ganhado?
10 5 5 5
a) b) c) d)
36 32 36 35
5 - Jogando-se dois dados, a probabilidade de obtermos a soma dos pontos menor ou igual a 7 é:
1 1 7 3 1
a) b) c) d) e)
2 36 12 36 4
6 - Três moedas, não-viciadas, são lançadas simultaneamente. A probabilidade de se obter duas caras e
um coroa é:
1 1 5 3 1
a) b) c) d) e)
8 4 16 8 2
13 3 1 1 1
a) b) c) d) e)
240 40 26 13 6
8 - João lança um dado sem que Antônio veja. João diz que o número mostrado pelo dado é par. A
probabilidade agora de Antônio acertar é:
1 1 4 1 3
a) b) c) d) e)
2 6 6 3 36
9 - Num jogo com um dado, o jogador X ganha se tirar, no seu lance, um número de pontos maior ou igual
ao lance do jogador Y. A probabilidade de X ganhar é:
1 2 7 13 19
a) b) c) d) e)
2 3 12 24 36
10 - Qual a probabilidade de se obter um número divisível por 5, na escolha ao acaso de uma das
permutações dos algarismos 1, 2, 3, 4, 5? :
1 1
a) 5 b) c) 1 d) 4 e)
5 4
12 - Numa sala, estão reunidos um brasileiro, um italiano, um alemão, um inglês e um belga. Chama-se ao
acaso uma das pessoas, anota-se a sua nacionalidade e pede-se que retorne à sala. Repetindo-se a
operação mais 4 vezes, a probabilidade de serem registradas nacionalidades diferentes é:
24 1 12 24 4
a) b) c) d) e)
625 25 625 25 625
14 - Um prédio de três andares, com dois apartamentos por andar, tem apenas três apartamentos
ocupados. A probabilidade de que cada um dos três andares tenha exatamente um apartamento
ocupado é:
2 3 1 1 2
a) b) c) d) e)
5 5 2 3 3
GABARITO
01. E 24. C
02. E 25. C
03. C 26. C
04. E 27. E
05. E 28. C
06. C 29. C
07. C 30. C
08. E 31. E
09. E 32. E
10. E 33. D
11. A 34. B
12. C 35. 1080
13. E 36. 99
14. C 37. 120
15. C 38. 1400
16. C 39. 240
17. E 40. 72
18. E 41. C
19. E 42. C
20. C 43. E
21. E 44. A
22. E 45. A
23. C 46. E
RESUMO DE RLM
Somente às sentenças declarativas pode-se atribuir valores de verdadeiro ou falso, o que ocorre quando a sentença é,
respectivamente, confirmada ou negada.
CONECTIVOS LÓGICOS: “não”, “e”, “ou”, “se
...então “ e “se e somente se “
DISJUNÇÃO A ou B A B
CONJUNÇÃO A e B A B A B A B
A B A B V V V
V V V V F V
V F F F V V
F V F F F F
F F F
CONDICIONAL Se A então B A B ( A B)
NEGAÇÃO Não A
A B A B
A ~A
V V V
V F
V F F
F V
F V V
F F V
BICONDICIONAL A se e somente se B A B
A B A B
V V V
V F F
F V F
F F V
Tautologia
A B AeB A ou B (A e B) (A ou B) Contradição
V V V V V A ~A A ~A
V F F V V V F F
F V F V V F V F
F F F F V
‘‘A negação de uma tautologia é sempre uma contradição, enquanto, a negação de uma contradição é sempre uma
tautologia.’’