Referência:

BORDWELL, David. O cinema clássico hollywoodiano: normas e princípios narrativos. In:

RAMOS, Fernão Pessoa. Teoria contemporânea do cinema. São Paulo: Senac São Paulo,
2005. Volume II. p. 277-301.

Apontamentos:

 A narrativa pode ser classifica como representação quando se trata de dar

significação a um mundo ou conjunto de idéias; estrutura através da forma como seus
elementos são combinados, ou ainda, como ato que trata do processo de apresentação
da história ao receptor. Neste último caso, devem ser consideradas sua origem,
desenvolvimento temporal e conceitos como o de narrador;
 Na narrativa clássica hollywoodiana os personagens estão empenhados em resolver
uma situação, enfrentam problemas e no final, tudo é resolvido de maneira eficaz com
uma derrota ou vitória;
 O protagonista é claramente especificado e o público se identifica com ele;
 Os roteiros são padronizados e baseados nas peças bem sucedidas, nas história de
amor, dos contos do final do século XIX. Tudo tem uma relação de causa e efeito que
ocorrem com casualidade;
 Na trama clássica há, geralmente, duas ramificações o romance entre os personagens e
uma situação que os envolve como trabalho, guerra, missão, etc.
 Os finais são geralmente planejados de forma a resolver os conflitos e finalizar as
situações, geralmente, há o final feliz, onde o casal principal termina em uma cena de
emoção que demonstra sua felicidade, (no caso de Drácula não há final feliz, o final
fica em aberto, afinal, Drácula ganhou sua paz, mas o que acontece com Mina?)
 O final clássico apresenta uma justiça poética;
 A narração clássica faz com que a câmera aja como um observador invisível
nos conduzindo pela trama, é mostrado somente o que interessa e o foco oscila entre
os personagens e suas ações de modo a gerar coerência no enredo;
 Os flashbacks funcionam como memória do personagem e, geralmente acontecem
coisas sem seu conhecimento, ele não faz parte de tudo;
 A memória mostrada no flashback nem sempre coincide com a memória do
personagem que lembra;
 “[...] o espectador constrói a forma e o sentido de acordo com um processo de
conhecimento, memória e inferência.” (p. 300)