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BORDWELL, D.; THOMPSON, K. A arte do cinema: uma introdução.

Campinas, SP:
Editora da Unicamp; São Paulo, SP: Editora da USP, 2013.

Apontamentos:

 Toda história é uma narrativa, quando o espectador vai ao cinema ele espera ver
uma história sendo contada, espera que hajam personagens, ações que os
envolvam, acontecimentos que gerem problemas e conflitos que serão resolvidos
no final;
 Já há uma compreensão da narrativa fílmica implícita;
 “[...] narrativa como uma cadeia de eventos ligados por causa e efeito, ocorrendo
no tempo e no espaço”. p. 144;
 Há a necessidade de relações temporais e causais para que possamos entender a
narrativa, para que ela faça sentido;
 Paralelismo e similaridade como parte da narrativa: Van Helsing é o padre que
amaldiçoa Elisabeta que é Mina, são os mesmos atores que, basicamente,
desempenham o mesmo papel criando paralelos entre os personagens e seu papel
na trama;
 Compreendemos uma narrativa pela identificação de eventos e sua ligação por
causa e efeito, tempo e espaço;
 Também podemos identificar duas questões distintas: história e enredo;
 História são todos os eventos de uma narrativa, os mostrados explicitamente e
aqueles que supomos que acontecem;
 Tudo aquilo que faz parte do mundo da narrativa, mesmo o que não vemos na
tela, mas supomos que está lá é diegético;
 O autor dá como exemplo a cena de abertura do filme Intriga Internacional onde
vemos a cidade, os pedestres, os carros e os arranha-céus, não vemos todos, mas
sabemos que há outros lá que não estão aparecendo na tela, não estão
enquadrados;
 Enredo é tudo aquilo que é apresentado explicitamente na narrativa;
 Há também os elementos não diegéticos ou extradiegéticos que são aquilo que
faz parte do enredo, mas não da história, por exemplo, a trilha sonora. Nós a
ouvimos, mas os personagens do filme não;
 Pode haver alternação entre diegético e não diegético e vice-versa, exemplo: a
cena abre com uma música até chegar ao personagem ouvindo em algum
aparelho qualquer ou o contrário;
 Para o narrador, no caso do cinema o diretor, a história é a soma de total de
todos os eventos, sejam eles diegéticos ou não;
 Para o espectador tudo que há é o enredo, a organização do filme como está,
montando em sua mente a história através das pistas e reconhecendo os materiais
não diegéticos;
 A causalidade, o tempo e o espaço são afetados pela distinção entre enredo e
história;
 A narrativa depende das relações de causa e efeito das quais os personagens são
agentes, eles sofrem ações ou criam situações que tem consequências e as quais
reagem;
 Causar efeitos e reagir a eles são papeis desempenhados pelas personagens dos
filmes no sistema formal do cinema;

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