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FONTES DO DIREITO

Noção

Fontes – origem- lugar de onde alguma coisa.

Nascente- lugar de onde nasce a água

Fontenária

Causa de algo

Fundamento

Obras (citação em trabalhos científicos)

Em informática – fonte de letra

Fonte de direito

Os modos através dos quais o direito se releva (de que forma o direito surge, como nasce, a
origem do direito).

Alguns autores usam a expressão criação do direito, porém antiga, muitos autos usam a
expressão fontes do direito.

Acepções da expressão fontes de direito

1. Filosófico – fundamento de obrigatoriedade da norma jurídica;


2. Sociológico (material) – factos sociais que deram azo para o surgimento de uma
norma e o seu conteúdo. Referimo-nos a todos os factores que influenciam o
surgimento da norma e o seu conteúdo. O A entende o sentido sociológico não
deveria ser considerado fonte do direito pelo facto dos factos dependerem da vontade
do legislador, ou seja, mesmo que os factos tenham impacto social relevante não irão
existir sem que haja vontade do poder legislativo.
3. Político (alguns autores chamam-na de sentido orgânico) – órgão sobre o qual recai a
responsabilidade de elaborar leis
4. Instrumental (material) – refere-se aos instrumentos onde contém as normas
jurídicas (constituição da república, código civil, código penal, boletins da república)
5. Histórico – refere-se aos antecedentes que deram origem ao direito moderno, dos
institutos jurídicos que vigoram na actualidade. (trabalho preparatório de uma lei)
6. Formal (técnico jurídico, sentido dogmático) – é o principal sentido que interessa
ao direito, refere-se ao modo de formação e de revelação das normas jurídicas. Pode
distinguir as seguintes fontes do direito:
 A lei
 Costume
 Jurisprudência
 Doutrina
 Equidade
 Princípios gerais do direito

Segundo o número 1 do artigo 1º do CC enumera como fonte imediata a lei e as normas


corporativas. E no numero 2, assentos; 3 os usos; artigo 4 a equidade.

Classificação das fontes do direito

Fontes imediatas (que tem força vinculativa própria, sendo por isso verdadeiros modos de
produção de normas jurídicas; as fontes imediatas são aquelas que produzem directamente as
normas jurídicas sem necessidade de intervenção de qualquer outra fonte). Ex. artigo 1º do
CC (lei e normas corporativa).

Fontes mediatas – são aquelas que não tem forca vinculativa própria, mas são importantes
porque influenciam o processo de formação e de revelação das normas jurídicas, ou seja,
precisam de subordinar-se por uma outra fonte (lei) para que elas sejam vinculativas. Ex.
artigo 3 do CC (usos só são atendíveis quando a lei assim o determinar. Artigo 563 No 3, 763
No 1, 885 No 2, 1158 No 2)

artigo 4 (equidade) – artigo 339 No 2, 1407 No 2.

Outra classificação

Fontes voluntarias – são aquelas que exprimem uma vontade dirigida especificamente a
criação de uma norma jurídica, ou seja, vontade explícita (expressa) de criar uma norma
jurídica. Ex. a Lei
Fontes involuntárias – situações em que não há uma vontade dirigida, especifica, expressa
de criação de uma lei. Ex. O costume (a prática vem primeiro sem intenção só depois e que se
transforma na convicção de obrigatoriedade).

Fontes directas e indirectas (TPC)

1. Em que sentido a expressão fontes de direito se enquadra as seguintes situações:


A) Os processos conducentes a independência nacional e ao estabelecimento de um
sistema político multipartidário são factores decisivos na formação de um
conjunto de normas formas e materialmente constitucionais de maior relevo para a
vida política nacional.
R% sentido sociológico
B) A fonte do decreto xxx é o presidente da república.
R% sentido político ou orgânico.
C) O BR número xxxx é a fonte da lei da violência domestica aprovada pela
assembleia da república.
R% sentido instrumental ou material
D) O jus naturalismo é fonte de todo direito.
R% sentido filosófico
2. Qual é a hierarquia das fontes de direito
A lei ocupa o lugar cimeiro e as demais fontes se subordinam àquela.

Fontes directas = imediatas e fontes mediatas = fontes indirectas

Voluntarias = intencionais e não intencionais = fontes não voluntarias.

Aula 2

1. Resumo da aula anterior e resolução dos exercícios.

2. LEI

Lei – numero 2 do artigo 1º do CC

A doutrina define lei de várias formas


AO – define lei como sendo um texto ou formula significativa de uma ou mais normas
jurídicas, imanado com observância das formas do acto normativo, por uma autoridade
competente.

MRS – define lei como sendo um acto do poder político do estado, que provem do órgão
constitucionalmente competente, obedece a um procedimento constitucionalmente definido e
reveste de uma forma constitucionalmente qualificada de lei.

Por fim CM definem diversos sentidos de lei:

1. Lactissimo – a lei é entendida como direito ou como uma norma. Ex. o direito
moçambicano proíbe violência domestica.
2. Lacto – para significar norma jurídica, por oposição ao costume, ou seja, enquanto
fonte de direito que se distingue do costume, sentido mais abrangente. Ex. a lei e a
principal fonte de direito em Moçambique (a lei que esta numa posição cimeira a
outras fontes)
3. Intermédio – usamos o termo lei por oposição aos regulamentos (decretos), na
hierarquia das normas. Para distinguir a lei de outros actos normativos,
regulamentares de outros órgãos normativos (Castro Mendes)
4. Restricto – para referir apenas as leis que provem da assembleia da república.

TPC

 Pressupostos e os elementos da lei

Segundo OA, são pressupostos da lei: uma autoridade competente para estabelecer critérios
normativos de solução de casos concretos; a observância das formas eventualmente
estabelecidas para essa actividade; o sentido de alterar a ordem juridca da comunidade pela
introdução dum preceito genérico.

 Classificação da lei (formal e material)

 Em que sentido a lei patente no artigo 1º do CC, se reveste


Aula 3 7/8/2019

Revisão da aula anterior

Conceito de lei

Não há um consenso ao nível da doutrina sobre o conceito de lei por este ser um termo
policémico

1. Pode ser usado como sinonimo de Direito


2. Pode significar fonte de Direito principal fonte do dto
3. Pode significar os diplomas que provem da assembleia da republica, quando
queremos distinguir a lei de outros actos legislativos como o decreto- lei que provem
do governo. Porque quando usamos lei no sentido restrito

NB: actos normativos são actos que provem de órgãos com competência normativa, órgãos
com competência para emanar normas. Exemplo: artigo que fala sobre as competências
normativas do presidente da república 159, 159, etc… os actos que provem do presidente da
república carregam o nome de decretos presidenciais e também temos os actos que provem da
assembleia da república que são denominadas leis. Cada órgão com poder normativo tem
seus próprios actos normativos exemplo o decreto lei, decreto de conselho de ministro,
decretos presidenciais, decreto do conselho constitucional,.

O decreto (e por conta forma do órgão que a aprova) lei tem a mesma forca que a lei que
provem da assembleia da republica ex: artigo 178 nº 2 e 3 da CRM (competências da
assembleia da republica).

Existem outros órgão com competência normativos (271 CRM,) Órgãos das autarquias e os
governos provinciais e governos distritais, os Ministros (diplomas ministeriais que podem
criar actos normativos), despachos que também podem ter caracter normativo, atos do
governador do .
Actos legislativos: resultam do exercício do poder legislativo Lei e Decreto- lei. Mas também
podem ser considerados actos normativos. Competência legislativa constitui o poder de
legislar.

Não existe um conceito específico para considerar o sentido lei dai que esta pode ser definida
em dois sentados:

Lei no Sentido formal: o diploma que é emanado do órgão legislativo (têm origem
assembleia da republica e Governo em exercício da função legislativa) que reveste a forma
predeterminada (Lei, Decretos Leis, forma escrita) e cujo conteúdo pode abrangem normas
jurídicas ou comandos individuais (norma concreta -geral e abstrata- e particular-concreta).

NB: Nem sempre tem conteúdo normativo os actos dos órgãos legislativos por isso se diz que
são comandos individuais.

Lei no Sentido material: e o diploma emanado pelo órgão competente (com poder de
aprovar actos normativos) com conteúdo normativo (verdadeiras normas jurídicas) contendo
uma ou mais normas gerais e abstratas, independentemente de sua forma externa (significa
que temos que olhar para a forma que esta se reveste, como por exemplo actos ministeriais,
decretos leis, despachos, regulamentos ministeriais etc, etc…). é obrigatório que o seu
conteúdo seja normativo.

NB: Existem leis que provem dos órgãos legislativos que vem para regular aspectos
concretos e individuais.
Pirâmide legislativa/ hierarquia das leis

CRM

Lei da assembleia da república

Decretos-lei (esta subordinado a Lei da assembleia da republica)

Diplomas ministeriais

Actos dos órgãos do poder local

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