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MAQUINAS DE ELEVAÇAO
E TRANSPORTE
N. Rudenko
Traclutar:
João flua
...../ê
(
ó
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(,C)
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--- mento mecânico de toda empresa industrial moderna.
Os inúmeros projetos de máquinas de elevação e transporte são o
resultado de uma grande variedade de espécies e propriedades de cargas
--
mento, bem corno dos métodos de seus projetos e aplicação prática. Este
- livro de texto destina-sé aos estudantes interessados no campo da_ En-
-- genharia em geral.
---====
~
máquinas.
A segunda parte é dedicada à descrição das partes e unidades das
máquinas de elevação: correntes, cabos, po'lias, rodas dentadas para
C\I correrite, tambores, garras, freios e mecanismos de acionamento, eleva-
co ção, translação, rotação, variação de alcance dos guindastes e sua esta-
1N
o bilidade.
l o Os guindastes de uso geral, empregados na Engenharia Mecânica,
V
incluem vários tipos, como os giratórios estacionários, em balanço, rolan-
tê, de percurso fixo e sem trilho, bem como guindastes de locomotiva,
sobre esteira e do tipo ponte.
Como estes tipos de máquinas são, em geral, objeto de trabalhos
práticos de projetos de estufü:ntes, também são apresentados a teoria
e os modelos de projetos em suas aplicações às máquinas de uso geral.
Os guindastes de tipo espacial não fazendo parte do objetivo deste livro-
texto, são apenas mencionados. A terceira parte descreve resumidamente
ru; elevadores.
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Fig, 1. DiD.grnm:i. da:s im;tubçoe,; de lr.m,iporte iuterdeparlamenlal de
de construção de máquinas.
11m:1. wiina
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Instalações de tra.ns-porle departamental movem cargas entre seções, depósitoi;, Fig. 2. Principais típo,; de mâquina,; de elcv1u;ãu e lr,111><porte.
máquinas etc., dentro dos limites de um departamento. .'lo•a~. l. O,- nú.meros dos deamhos indicadoe: para. p;rupo:11 aeparadutc de m:í.111dna.:s (Kldem Mr encoa.tr.Ldm nn
apêndice (IM> fim do livro).
ln1Jlala,;ão de transporte 1'.nteroperacio11al, que move cargas dE' umn. unidadt' 2~ 0211 .pupos de máquinas Piarcada!i com .a.steriKas(*) niiu são ~rui•k-m.du·:c ne::11e li"-ro~
Cada um de1:ses grupos de máquinas pode ser definido ROt certo número Uma. instalação de transporte deve deslocar cargas para seu destino num
de características especiais e por suas esteras específicas de aplicação. As dife- tempo i)rogramado, isto é, a.s cargas devem ·ser entregues ao departamento ou
renças nos ~rojetos. d_esses grupos dependem, também; da natmeza de cargss empresa na quantidade deserada. As máquinas de elevação e transporte devem
que manuseiam, da direção dos mo,;-imentos de trabalho e da natureza do pro- ser mecanizadas ao máximo possível, de modo a empregar pequeno número de
ce.<:so d.e manuseio. · trabalhadores para controle, manutençií:o e seniços auxiliares. Ao mesmo tempo
As cargas podem ser classificadas como cargas a. granel ou unitárias. esses. aT}arelhos não devem danificar a. carga transportada ou perturbar e clifi-
culta\r de qualquer modo os prccessos de produção. Elas devem ser de opera.i;ão
Materiais manuseados a granel são compostos de um grande número de - segurà e econômica, tanto no que diz respeito ao capital dispendido como ao
par.tículas ou pedaços homogêneos, como por exemplo, carvão, minério, cimento, custo de operação.
arem., terra, pedra, argila etc.
Os seguintes fatores técnicos podem ser assi.Ilalados como principais para
Cargas m~táüas podem diferir amplamente tom forma e pero. orientação na escolha dos t.ipos de aparelhos que podem ser convenientemente
Má.q.uinas de elevação dt>stinam-ó:e, principalmente, a cargas unitárias empregados, para. mecanizar qualquer prcce:;:so de elevação e t-ransporte.
várias partes de máquina, e máquinas completas, elementos cl.e estruturas me-
tálicas, panelas, vigas, quadrai, e matr:>riais de construção etc. Os transportadores Espécie e propriedades de cargas a serem manuseadas. Para carga unltária.
podem ser usados para manusear.ou cargas a granel ou somente cargas unitárias, - sua forma., peso,. conveniente superfície de apoio ou partes pelas quais podem
ª?quanto que as instalações de supErfície ou eleva.dos, e ambas, granel e uni- ser suspensas, fragilidade, temperatura etc.; para cargas a granel - dimensão
tar1a. do espaço, tendência a amassar, peso e~pceífico, friabilidade e quantidade cl.e
fragmentos, sujeitôs a ocorrer durante o embarque, temperatura, proprieda:des
Geralmente, o mo"'.imento de t.rabalho, em máquinas de elevação, destina- químicas etc. Essas características das cargas podem reduzir sensivelmente a
se tanto a. levantar como a. abaixar a. carga. Algum.as máquinas de elevação faixa de aparelhos que podem ser aplicados em cada caso definido, visto que
podem, também, deslocar horizontalmente, girar, mover-se radia!mente etc. os diferentes aparelhos não são adaptados, igualmente, para as várias proprie-
A maior parte das instalações d.e transporte desloca cargas na direção horizontal,
dades das cargas.
embora muitas possam movê-las em vários âng11los com a direção hcrizontal ou
na vertical. Capacidade .horária requerida por urlidade. Ilimitada capacidade horária de
A maioria dos mecani1:mos de elevação é projetada para reafüar movimentos mover cargas pode ser obtida, facilmente, com .certos típcs de aparelhos, comor
controla.dos. Esse modo de desempenho é típico, por exemplo, de muitos guin- por exemplo, alguns transportadores de ação contínua. Por outro lado, bá apa-
dastes que elevam a carga, orientam-na, mantêm-na suspensa e parada, se ne- relhos, tais como carrinhos motorizados ou pont.es rolantes: seguindo um cit;Jo
cessário, e transportam-na para seu destino. definido rle movimentos com um retorno em vazio, que só podem operar eficien-
temente se possuírem uma capacidade altamente suficiente de elevação e ve'.o-
Muitas instalaçõe.s de trn.nsporte - transportadores, truques e teleféricos • · cidade em servií'OS extenuante~.
- movem-se a.o longo de um caminho íixo e ex(cutam várias operaç.õ('S idên-
ticas de trabalho. EBEas operações e as cargas uníformes que elas transportam Direção e di·stâricia do percurso. Vários tipos de aparelhos podem transpor-
possibilitam às insta/ações de transporte serem altamente automatizadas, não tar cargas em direção horizontal ou vertical ou em ângulo com o horizonte. Assim,
somente para deslocar, mas tamb&m, para operar cargas e descargas. Iss:o não um movimento vertical ou uin mo,imento próximo da Yertical requer uma talha,
se consegue em todcs os mecanismos de elevação, os quais ·requerem serviços guinda8te, ·elevador de caçambas ou de bandejas. Obtém~se movimento hori-
manuais, não som.ente para controlar os movimentos do trabalho mas, muitas zontal com carrinhos motoriza.dos ou manuais, instalações de carrinho fixo, vários
vezes, tamblm, para cargas e descargas, como por exemplo, quando cargas de tipos de transportadores etc. Alguns aparelhos podem operar facilmente por
diferentes formas são suspensas ou ré'movidas de um gancho. vias curvas, enquanto outros só rn movem retilíneamente, num sentido. O
comprimento do percurso, a posição dos pontos de abastecimento de cargas e
Essé's são os aspectos característicos dos principais grupos de máquinas a ramificação dos postos de descargas são, também, muito importantes para a
de elevação e transporte. Contudo, em certos tipos, esses aspectos não são correta escolha de uma. instalação de transporte.
claramente definido:;,, o que torna impossível classificá-los em qunlquer grupo
definido. Métodos de empilhar cargM nos pontos iniciais, intermediários e finais, de
carregar sobre os veículos e descarregar em seus déstinos, diferem consideravel-
3. ESCOLHA DAS MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE
mente, porque algumas máquinas: de elevação e transporte podem· ser carregadas
mecanicamente, enquanto outras requerem· dispositivos auxiliares especiais ou
i\'Iá.quinns de elevação e transporte são fabricadas em granJ.e variedade força manual. Assim, por exemplo, cargas a granel ·podem ser armazena.das
de modelos. Por esta razão, as mesmas operações podem ser, freqüentemente, em lotes, ou montes, dos quais devem ser removidas por um ou outro meio, ou
desempenhadas por váries métodos e ai:arelhos. em depósito, dos quais escoam, pela gravidade, sobre a instalação de transporte.
Uma escolha adequada dos aparelhos requer não só o conhEcimento espe- Cargas unitárias podem ser arrumadas diret~ente no chão, ou em tablados,
cial do projeto e das características operacionais do mecanismo mas também suportes, prateleiras, bandejas etc., dos quais são removidas· para os aparelhos
a. completa compreensào da organizaç1i,o de produção na empresa. de elevação e transporte e deles removidas por vários métodos.
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... TABELA. 2. Utilização Permissível de Meeantsm.os de Cuh1daatea em Vários
Trabalhos
Q.,,.•.,... - valor médio da. carga;
Q... ,arj/a - carga nominal (estabelecida); f.!tilüaçao- média admiMívd .
· Os diferentes mecanismos de um guindaste podem operar em vários traba- Mecanismos de guiodastei de pro«s-
lhos. 1,0 1,0 0,67 25 so em departamentos de usinagem e
de fundição e armazéns de indústrias
1,0 1,0 0,33 40 de produçã.o de grandes lotes. Me-
3. EQUIPAMENTOS DE SUPERFÍCIE E ELEVADOS canismOI! de elevação e . translação
0,75 0,75 0,67 40 doo truques de guindaste. de cabo.
Os principais tipo;, de equipamento de superfície e elevado, agrupadcs de
e Mecanismos de elevação de guindastes
acordo com as características de seu projeto, estão tabelados na Fig. 5. 0,5 1,0 1,0 40 de construção. Guinchos elétricos em
indústrias metalúrgicas. Mecanismos
Os pr_ojetos direriminadcs na Fig. 5 poêSuem as características diferenciais 0,1- 1,0 1,0 60 de elevaçã.o e translação de guin-
.a seguir relacionadas. 0,25 dastes com eletroímãs em indústrias
de base.
Carros sem trilhos são instalações de transporte de áreas amplas os q4ais
movem fargas no chão. 1,0 1,0 1,0 40 45 Mecanismos de guindastes de processo,
empl'egados em indústrias metalúr-
Carros de· bitela e}Jtreila são instalações de transporte que movem cargas 0,75 1,0 1,0 60 25 gicas. Marmseadores de minério de
ferro e carvão. Mecanismos de ca-
ao longo de ferrovi1s de bitola estreita. 0,5 1,0 1,0 60 çambas especlais e guindastes com
MP
eletroímãs e guindastes de armazém
Aparelhos de manobra são instalàções de transporte -que deslocam carr0s 0,25 1,0 1,0 60 cm indústrias metalúrgicas.
fe!roviâ.rics d.entro do territério de uma mesma empresa. 45
0,1 1,0 1,0 60
Sistemaa de vias elevad<U1 são estruturas que suportam vias ou cabos ao ·longo
dos quais se dcslc-cam carrinhcs.
TIPOS OE MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE CAP. 2 5. APLICAÇÃO DAS MÁQUINAS OE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE 11
n
As instalações de transçorte são selecionada/! de modo a corresponderem
ao fluxo de materiais que representam o sistema geral de movimento de mate-
riais, artigos semi-acabados e produtos, no departamento ou fábrica. Esse sis-
tem~ reflete a dinâmica do processo de produção e é, em geral, representado
graficamente no departamento ou no arranjo físico, mostrando a disposição do
equipamento. O peso e direção. do movimento da cai ga são representados em
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eficala, por linha ou listas de diferentes espessuras.
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Fig. 5. Príncipais •tipo, de equipamento de :mperfície e elevado.
Nota.. Os tip;:n; de máqai:nsa rnarc::11.~ c::,m .ut:eri~-i{*) tê.n aplie.a,ç:ão H.mi.tad& em i.o.d1l8tria.s de tuá(1Uinu; poT
hm. DIJ aã:a ,c;niaideratlas Peite lh·ro,.
(5)
PARTE 2
Componentes e Teoria
das Máquinas
de Elevação
CAPITULO 3
.!
' A prrcisão de fabricação subdivide as correntes soldadas em correntes ca-
f-.-
libradas, com desvios permis,íveís do tamanho do paé"SO nominal, dentro de
± 0,03d; e da largura externa dentro de ± 0,05d, ru; correntes não calibradas,
ÓRGÃOS FLEXIVEIS DE,..ELEVAÇÃO com desYios permi:osíveis dentro de ± O,ld do tamanho nominal do pafEO e da
(CORRENTES E CABÕS) largura externa.
As cor.rentes soldadas são fabricadas em aço CT.2 e CT.3. • Os elos para
correntes ::oldadas obedecem u vários métodos de fabricação. Os mais difun-
didos são os de solda a martelo (forja) e a rnlda de resistência elétrica. Na solda
por forjamento é feita urna única solda no elo. Quando é usado o método dr.
-·.- ... !-9.•
solda por resistência elétrica o elo compõe-se de dois meios elos :,o]dados de topo.
~As soldas são feitas nos ln.dos retcs do elo. O método da solda de resistência
1. CORRENTES SOLDADAS DE CARGA: .•~ elétrica produz correntes n:ais pHcÜ::as, com aumento de resistência.
Normal~ente, as correntes são fabricadas nos comprfrnentos dei:ejados.
As correntes soldadas são formadas por elos ovais de aço, na seqüência mos-
trada na Fig. 6.- ' O comprimento da corrente se forma pela uniã.o de eles de cone>:ão (Fig. 8).
As principais dimensões dos elos são (Fig 7) · passo (1) , 1gua
· l ao compn-
· Quando se. montaITl ·c·omprirnenfos de eles forjados em correntes, as extre-
t · t d l · · · midades soldadas d.e cada par de eles de junção deve formar uma junta, a fim
men o rn erno o e o~ largura externa (B) e diê,metro (d) da barra da corrente.-
de aumentar a vida.e -a resistência da corrente. As correntes rnldadas pelo mé-
Depend:ndo d~ ~elaçao entre o passo e o dül.metro da barra, as correntes sol-
dadas sao classificadas em correntes de elo-curto (t ::;; 3d) e elo-longo (t > 3d). todo de resistência ·elétrica podem ser montadas de qualquer maneira. Após a
fabricação as ccrrentes são normalizadas. As principais dimensões e caracte-
rísticas das correntes soldadas são feitas conforme as norrP..as de cada país.
· As cornmtfs soldadas elevem ser ensaiadas sob uma carga igual à metade
da cll.rga de ruptura; não te adrríte deformação- permanente depois do ensaio.
As correntes soldadas são usadas em máquinas de elevação de bai-Ya capa-
cidade (talhas, guincl>.os, guindai:tes opnados manualmente etc.) como órgãos
principais de· levantamento, espEcialmeotc como Jingas para suspender carga
por meio de ganchos ou outros aparelhos.
Correntes soldadas calibradas são, de igual modo, empregadas como cor-
rentes de acionamento manual, para rodas de tração (d = 5 até 5 mm a uma ve-
locidade de 0,6 a 0 175 m/s).
As correntes soldadas ressuem a desvantagem do grande peso, suscepti-
(u) {b} (e) (d)
bilidade a solavancos e _sobrecargas, rcmpimento repentino, desgaste intenso
Fig:. 6. .Etap:1.s du m,rnufaluru J[l,., r;orreulc,, :;o!<la.<la,;·
dos elos nas juntas e bairns ·velccidades permíssíveis de movimento.
o-geratrhe-s O;)r-tad:!!.ai de bar~ de. açD; b-geratrizea dohrad.as; c-corrent~ macit,adá,.,,. · &Dte"s da .a.::i-lda.· d-e..Jr-
reutea com e!o5 :E1old.adns~ • Por outro lado, as cc-rrentes re destacam por sua boa flexibilidade em todas
as direções, pela poEi::ibilidade de se usar pequenos diâmetros nas polias e tam-
bores e pelo seu projeto e fabricàçs.o simples.
Os defeitos das correntes i:oldadas limitam sua aplicação para fins de ele-
vação; elas são usadas rnmente em alguns dcs mecanismos operados manual-
) mente acima mencionados, com a condição de que os diâmetros dos tambores
e polías (D) enrolados pela corrente ali.o sejam menores do que 20d (onde d é o
diâmetro da barra da corrente). Em mecanismos 'acionados a motor, o dif.me-
tro dos tambc:res e das polias dtõvem ier, no wJnirr.o 30d. Quando são usadas
correntes soldadas para fios de eleva~ão, dá.-se preferência aos tipos calibrados,
porque o considerável desacordo entre o passo das correntes 11ão calibradas e o
passo da roda denta.da, ou cavidade da polia, causa freqüPntes dificuldades e
]
choquei?, e conseqüentemente, rápida ruptura.
Fig. 7. Principais dímensões de um elo Fig. ll. Elo de conexão de corrente de
de corrente de carga. carga. *N. do T. Aqui e alhures, a clBBsiffoaç!o do;; aços e outro~ materiais recebe a desi,.na-
ção de acordo com a Norma Soviética (GOST).
'~.-.~··t·'
' 1
).
')
24 ÓR.6405 FLE:xlVEIS DE ELEVAÇÃO CAI'. 3 2. CORRENTES DE ROL(lS .25 )
)
Seleção de Correntes de Ca..-ga. Quanto às forças externas, os elos das cor-
rentes soldadas são estaticamente d.eterminadm:, e quanto às tensões internas, ·"')
são três vezes indeterminados. Portanto, é e:s~tremamente difícil encontrar )
as tensões rea~, as quais podem ser apenas aproximadamente determinadas.
Por via de regra, as correntes i;ão tei.-tadas quanto à tração tomando-se uma ~
tensão adn;úi:sfvel, um pouco reduzida, J:"ara se levar em conta cs aspectos da
indeterminação estática do eJo às tensões e flexões adicionai:,, quando a corrente )
corre sobre po!ias e tambores. )
A fórmula geral para selecicnar ccrrentrs soldadas ã tração é:
)
81,r
S.= K' )
~
relativo do elo quando ele pat~a em torno da polia, da atmosfera. etc.
Correntfs novas, soldadas na forja, Eempre romi:em nas soldas. Em cor- )
rentes de solda de rrsistêccia elétrica, o rorr.riir.ento do e]o toma a forma de um 1 _)
cisalha.rr:ento oblíquo nas seçées, passando a. t:m pequer.o ângulo com o euo lon-
gitudinal da corrente e ioicianco nos pontes da fronteira das superfícies de con- Fi,;;. 9. Correntes de rolo;;. )
'.I
tato ncs eles d.e junçi::o.
Observa-se um quadro análogo em elos cem várics graus de dE:i,ga!=te.
)
%. CORRENTES DE ROLOS
J
)
Correntes de roles são compostas i:or chapis (Fig. 9) articula.das por pinos.
Correntes para cargas leves sã.o feitas com duas chapas; para cargas mais pe- )
sadas o núreero de chapas i;ode ser aument.ado até 12. As chapas podem ser
seguras nos pinos i:e!o recalcamento d.Es pontas dos Finos (Fig. 10a). Este mé-
)
todo é usado p;1.rá eorre-.ntes projetadas para manuseer cargas leves. Em cor- )
rentes para manu.!"esr cargas peso.das, colc-cam-i:e a.rruelas sob a extremidade
recalcada do pino (Fig. 10b e e). Aperto com parea.dores e arruelas ou somente 3
passadores (Fig. 10d, e, J) é aplicado em correntes que têm c:l.e .:er freqüentemente
desmontadas. )
Ãs vezes são uaadc:i pinos de roles prolongadcs (Fig. 11) destinados a juntar )
a extremidade livre da corrente de modo que ela não interfira. nà operação.
Como órgãos de elevação, as correntes de roles são uso.das em talhas acio-
)
na.das à mão e, quando acionadas a. motor, guinches e mecanismos de alta capa- )
cidade de elevação de carga, operando a. baixas velccidades, ee o peso for elevado
em guias. )
Atualmente, entretanto, as cc-rrentes de rdos estão sendo, cada vez mais, )
substituídas por cabos de a1:o, em mecanismos acionados a motor. J.,ig. 10. Fixa.ção das chapas nos pinos dos rolos.
.)
)
ÓRGÃOS FLEXÍVEIS DE ELEVAÇÃO CAP. 3 3. CASOS DE cAHHAMO 27
3, CABOS DE CÂNIUMO
As más propriedades mecânicas dos cabos de c!nbamo (rápida abrasão,
resistência inadequada., rápida. danificação Efn. cbjetos agudos e efeitos atmosfé-
ricos etc.) tornam-os apropriados somente para maquinismos de elevação ope-
rados manualmente (talhas de cabos). Os diâmetros das polias, sobre os quais
o cabo corre, devem eer, no minimo, IOd (onde d é o diâmetro nominal do cabo).
Os cabos de cânhamo são, predominantemente, usados como cabos de união
para aparelhagem de elevação (ganchos etc). São fabricados de acordo com
Fi.11. ll. Correntes de rolos com pinos prolOllpdos. a- norma de cada país e são formados por três pernes de cânhamo e ca-da perna,
por fios separados. O enrolamento das pernas é oposto ao dos fioa.
As corrente? de rolos são superiores. às correntes soldadas por vá.rios mo- Conforme o modo de fabricação e o número de pernas, os cabos de cânhamo
fívos. Visto que as chapas São sólidas, a confiança na operação é consideravel- são classifica.dos como: torção simples (Fig. 12a) e torção em cabo (Fig. 12b).
mente maior. As correntes de rolos têm boa flexibilidade e podem, portanto, Estes últimos são obtidos pelo enrolamento de três cabos comuns. Os cabos
ser usadas em rodas dentadas para correntes de pequenos diâmetros e com de cânhamo são freqüentemente empregados com alcatrão para torná-los re-
um pequeno número de dentes. Isso diminui o tamanho do mecanismo e reduz sistentes à deterioração. Embora os cabos alcatroados apresent€m melhores
seu custo. Além diS50, o atrito nas juntas desse tipo de corrente é considera- resistências aos efeitos externos, são mais pesados e menos flex(veis; além disse,
velmente menor do que nas juntas de uma corrente soldada, com a mesma capa- sus. resistência é cerea de 20% menor do que a de um cabo branco.
cidade de elevação de carga. A resistência à ruptura dos. cabos de cânha-mo subdivide-os em cabos de
As correntes de rolos não permitem carregar pesos que atuem em ângulo primeira e segUnda qualidade. Nos mecanismos de elevação, cabos de levan-
com o plano de_ rotação dos elos, visto que, neste caso, as chapas sofrem uma tamento e união devem ser, exclusivamente, de 1• qualidade.
alta tensão de flexão que pode quobrar os pinos. ·
As correntes de rolos, também, não podem eer usadas em locais de poeiras
porque suas juntas são extremamente suceptfvcis ao pó abrasivo. Disso
sult~ que essas cornmtes nunca são usadas em sarilhos e guindastes, operando
r:..
a ceu aberto.
Chapas e pinos são feitos de aço 40, 45- e 50. Suas dimensões e especifica-
ções são estabelecidas pela respectiva norma de cada país.
A máxima velocidade das correntes de rolos é especificada pelas Normas e
não deve exceder 0,25 m/s.
_.,_,.)
.)
28
·-1
ÓRGÃOS FLEXIVEJS DE ELEVAÇÃO CAP. 3 4. CASOS DE AÇO 29
•)
Seleção dos Cabos de Cânhamo. A seleção de cânhamo é baseada apenas Os cabos de aço são fabrica.dos por máquinas espec1a1s: primeiro, os fios )
em sua tração, de acordo com a seguinte fórmula: de aço separados são torcidos em pernas; depois, estas pernas são torcidas em ·)·
cabos cilíndricos. Ambos os processos se dão simultâneamente: as pernas são
torcidas sobre um núcleo feito de cânhamo, asbesto ou em fio de aço doce. Um )
.. (8' núcleo de asbesto ou de fios é usado para cabos sujeitos a calor radiante (por
exemplo, em guindastes operando perto de fornos em usinas de fabricação )
onde d - diâmetro, em cm, de um círculo circunscrevendo as pernas; a quente). No entanto, um núcleo de fios reduz a flexibilidade do cabo, à vista )
S - carga sobre o cabo em kgf. · do que núcleos metálicos são costumeiramente usados somente quando os cabos
estão sujeitos a alta compressão, como, por exemplo, quando forem enrola.dos )
Para. cab?s de cânhamo usados para elevação, a. tensão de segurança à rup- em um tambor em várias camadas.
tura., convenc1onalmente, refere-se a 1 cm1 da área do diâmetro nominal do cabo Os cabos de aço, formados por pernas, são conhecidos como cabos de dupla )
de cânhamo (isto é, diâmetro d incluindo os vazios) é 1T1ir = 100 kgf/cm\ para torção. São os tipos mais comuns, usados em máquinas de elevação. )
cabos ~ra~cos e O'i,,. = 90 kgf/cm~, para cabos alcatroados. Por isso, para órgão De acordo com a torção, os cabos se classificam em: 1) cabos de torção
<lll elevaçao, a fórmula (6) podr ser transformada, como segue: · cruzada ou normal; 2) cabos de torção paralela. ou Lo.ng; e 3) cabos de tor- )
para cabos brancos ção composta. ou reversa.
)
Cabos de torção normal (Fig. 13a) encontram maior aplicação. Tais cabos
s"" 0,785d2 ; (7) são construídos d~ tal modo que a direção da torção dos fios, nas pernas é )
para cabos alcatroados oposta àquele das pernas, no cabo.
Nos cabos de torção paralela (Lang), o sentido de torção dos fios nas pernas )
S = 0,705d~, (8) é o mesmo daquele das pernas no cabo (Fig. 13b). Estes cabos são mais flexí- )
onde d é em mm e S em kgf. veis e resistem, mais eficazmente, ao desgaste; todavia, eles tendem a destorcer.
Cabos de torção paralela são empregados em ascensores e out.ros guinchos com )
guias e, também, como cabos de tração.
4.~ CABOS DE AÇO
Em cabos de torção reversa, os fios, em duas pernas adjuntas, são torcidas
)
, _Os cab.os _de aço são amplamente usados em maquinária de elevaç-ão, como em sentidos opostos (Fig. 13c). )
orgaos flexive1s de elevação. Comparado às correntes, eles possuem as seguin- Além disso, o sentido das torções de um cabo pode ser à direita ou à esquer-
tes vantagens: da. A torção à direita é mais freqüentemente usada. )
1) mail!)r leveza.; )
2) menor suscetibilidade a danos, devido- a solavancos; )
3) operação silenciosa, mesmo a altas velocidades;
4) maior confiança em operação. {o)
)
Nas corrent.es, o rompime_n~o ocorre repentinamente, enquanto que nos )
cabo~ de_ aço os fios externos, su1e1tos a. desgastes mais intensos, rompem-se antes
dos fios mternos. Como resultado, os cabos de aço tornam-se esfiapados muito )
antes da ruptura. e devem ser imediatamente substituídos. Os cabos de aço )
custam menos _que as correntes, mas necessitam de maiores tambores, o que torna (b)
todo o mecanismo de elevação niais pesado e inconveniente. .)
. Os cabos de aço são fabricados com fios de aço com uma tensão de resistên-
cia de U"& = 130 a. ?OO. kgf/mm\ No processo de fabricação, o fio é submetido )
a ~m tratal!lento. termJCo especial, o qual, combinado com trefilação a frio, im- )
prime aos fms ótunas características mecânicas.
. Os guindastes que operam em loc~s secos utilizam cabos de fios (não gal- )
vanizados) brilhantes. Os cabos deEtmados a operação em locais 11midos são
galvanizados (~eeobertos de zinco) para· protegê-los contra. a corrosão. No en- Fig. 13, Torções dos cabos de aço. J
tanto, a capaculade de elevação de carga. dos cabos de fios galvanh:ados é cerca )
de 10% Inal$ baha, devido a.os efeito!! de têmpera do recobrimento de .1inco Cabos de Aço para Fins Gemis. Os cabos de aço são fabricados de ucordo
quente. com as normas do pafs. )
)
)
--
lO
ÓRGÃOS FLEXÍVEIS OE ELEVAÇÃO CAP. l 4. CABOS DE AÇO 1,
· Os cabes mostrados na Fig. 13 têm construção (fios de_ .um só diâmetro) Cabos pré-formsd~s têm as seguintes vantagens sobre o cabo de aço usual,
· - comum, na qual as pernas são torcidas com fios de mesmo uiâmetro (Fig. 14, A). - tipo A (ver Fig. 14):
1) distribuição uniforme da carga sobre os fios individuais, a qua.l reduz
a um mínimo as tensõ_es. .i;aternas;
~· ...
·.~
2) maior flexibilidade;
3) .- menor desgaste dos eal.;ios ao passar sobre a polia ou se enrolar i,obre
um tambor, porque os· fios e pernas não se projetam do contorno do cabo e os
fios ma.is externos, se desgastam uniformemente; os fios quebrados perm.ane-
cerd nas suas posições inicia.is e não saem do cabo (maior vida);
4) maior. segurança operacional.
(A) (o} (e) A Fig. 15a mostra um cabo pré-formado, suas pernas e fios individuais e
suas formas originais, ant.es de construir o cabo. Na Fig. 15b um cabo ordiná-
rio não pré-forrn.ado feito de fios retos, depois de removidas as amarrações de
suas extremidades, e um cabo pré-formado, com uma perna removida e, também,
_:;,em amarração. A Fig. 15c mostra um cabo ordinário gasto ~ a Fig. 15d um
~ t?abo pré.formado gasto.
(G) (b)
Cahos de Aço com Pe=as Lisas. Cabos de aço de guindastes, compostos de
pernas lisas (Fig. 16) são utilizados em lugares onde estejam sujeitos à abra·
Fig. H. Construção dos cabos de a.ço. são e desgaste intensivo. Eles são, usualmente, Íeitos de cinco pernas lisas com
um núcleo de fio liso; as pernas são torcidas sobre um núcleo de cânhamo. Cabos
com pernas lisas t~m maid'r área de contato com a garganta de uma polia ou tam-
Neste caso os fios dv. camada de recobrimento cruzam, repetidamente os bor do que os cabos de perna.E circulares. Por isso, suportam pressões mais uni-
fios internos (Fig. 14a), criando, com frso, zonas de aumento de pressão espe- formes e se desgastam menos. A garganta da polia em roldana deve ser pro-
cífica, que encurtam a vida. do ca.bu. jetada de tal modo que o cabo entre em contato com 1/3 de sua circunferência.
O cabo composto Warrington (Fig. 14, B) é torcido com pernas de fios de A Fig. 16 também mostra a seção transversal de um cabo tipo· C, com pernas
vários di~.metros. lisas (ver Fig. 14).
Os fios de camadas adjacentes não se interceptam e, cada fio aloja-se no
sulco formado por dois fios internos (Fig. 14b). Isto reduz muito as pressões Cabos de Aço Fechados. Cabos de aço fechados encontram aplicação em
espeeffícas entre dois fios e aumenta, essencialmente, a flexibilidade e a vida traruportadores aéreos e guindastes de cabos; nunca são encontrados em má-
desses cabos, comparados com os cabos tipo A. quinas de elevação, do tipo usuaL Têm a vantagem da superfície lisa, fios en-
rolados apertadamente e pequenos desgastes. Apresenta o defeito de uma fle-
Cabos de construção composta do tipo Sea]e (Fig. 14, C) distinguem-s~
xibilidmle insuficiente.
pelo fato de que, as camadas internas e externas de cada perM l!ão de fios de
diferentes diâmekos, o número de fios na;i camadas, bem como seus diâmetros O cabo fechado consiste em uma camada externa de fios, de forma es ·
são i;elccionados, de modo a prevenir a interseção dos fimi. pedal, e um cabo interno de torção simples em espiral (Fig. 17a, b, e). Nos
Na sua capacidade de operação os cabos do tipo C são equivalentes ao tipo cabos semifechados a camada externa é formnda de fios de forma especial e
B e em relação a suas flexibilidadc)s, são intermediários entre os cabos de ti- redondos.
po A e B. O diâmetro externo do cabo é medido sobre um par de pernas opos-
Cabos de Aço Pre-for-madoa. Um desenvolvimento recente em fabricação de
tas (Fig. 19).
cabos de aço i;;ão os chamaifoa cubos pré-formados. Esses tipos de cabos são O cabo deve ser substituído se for constatado um certo número de fios que-
produzidos nas Fábricas de Cal:o Odessa ek. brados na camada externa, ao longo do comprimento de uma torção (ou passo).
Nel:'ses cabos, cada fio individuo.! c> cada perna, antes de serem torcidos são A torção (passo) é encontrada da seguinte maneira: faz-se uma marca na
pré-formados pnra corresponderem iL sua diaposi.ção no cabo. Daf, resulta que
superfície de qualquer perna, contando-se, a partir desse lugar, tantas pernas
os fios descarrcgudoii nãci estão suj t'itos à tensões internas. .
ao longo do eixo do cabo, quantas existem na seção transversal do cabo, e pondo-
Estes cabos não tmdnm n. se dC'Storccr se as amarras em torno das suas ex- se marcas na perna seguinte à última marcada. A distância entre as marcas
tremidades forem desupertud:1s. Isso facilita as emendas nos cabos. será o passo do cabo (Tabs. 5 e 6).
) .
)
32 ÓRGÃOS FLEX[Vil5 DE IEL!VAÇAO
·:111
CAP. 3
•
li. CABOS DE AÇO .. 33 ·.)
. 1
1:
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......
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Fig. 15. Cabo pré-iormado e não pré-forma.do. )
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J
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(a) (b) {t:) . (d)
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J
)
Fig. 16. O.uios com pernas acha.tadas. Fig. 17. Cabos feehados. Fig. 18. Cabos usadoa em m&quinas de elevação e transporte.
)
J
)
·34 ÓRGÃOS FLEXIVEIS DE_. ELEVAÇÃO CAP. 3 4. CABOS DE AÇO
i
e pernas. Resulta??: somente com um certo gra.u de aproximação, a tensão
total pode ser analiticamente determinada. Por outro lado, quando eles passam
sobre polias e ta.mbo~es1 o~ fios externos são submetidos à abrasão, a qual, por
sua vez, reduz a resi.stenc1a total do cabo.
C'mstruçdo do cabo Experiências têm mostrado que a vida do cabo é altamente afetada pela
Fator inicial de 6 X 19 = 114 + lc* 6 X 37 = 222 + lc fadiga. Tem-se verificado que cada cabo pode resistir, durante sua vida, so-
8~.gur,:mi;a do cabo Torção cruzáda Torçtlo paralela Torçao cruzada TQrção paralela mente a um determinado número de flexões, após as quais começa sua rápida
à trnção desintegração.
Nfimero de fioa quebrados no comprimento de um pa8BO após o que Dependendo do número i!e fleJo:ões, a vida do cabo pode ser determinada.
o ·cabo deve ser inutilizado
a partir da relação D,;(" (DIJ:ÚJJ. é o diâmetro mínimo de uma polia ou tambor
até 9 14 7 23 12
9-10 8 26 13
10-12
16
18 g 29 14 e dé o diâmetro do cabo) e D"i:" (ó -did.metro dos fios nos cabos).'* Investiga-
12-14 20 10 32 16
acima
14-16
16
22
24
11
12
35
38
17
19 ções têm mostrado que, para a mesma relação D;i,,. , a vida do cabo é, com boa
aproximação, inversamente proporcional ao número de flexões. Admite-se
• Seis per= de 19 fios em cada. uma, ma.is um núcleo. uma flexão como significando a transição do cabo, desde a posição reta. até uma
posição curva ou, desde a posição curva até uma posição reta.
Algumas das construções recentes de
cabos são projetadas com um fio bri- Flexão reversa (isto é, no sentido oposto à flexão precedente) reduz a vida
do cabo, aproxiillll.damente, à metade ou equivale a duas flexões do mesmo
lhante, para um certo número de fios escuros, a fim de facilitar o cálculo do nú-
mero de fios quebrados. Nesses cabos, cada fio tem o seu pr6prío alÍmero or- lado. O número de flexões é determinado pelo número de pontos (polias, tam-
dinal, que pode ser facilmeate determinado, em cada seção transversal do cabo bores) em que o cabo entra e sai, sendo as flexões em um sentido nesses pontos
. 1entes a uma flexão simples e a fle:xão variável a uma flexão
eqmva ' dupb. '
(Fig. 20).
O número de flexões pode ser encontrado, com suficiente precisão, se traçar-
Sel~o dos Cabos de Aço. A opera- mos um diagrama do tipo ilustrado na Fig. 21.
ção dos cabos envolvem fenômenos ex- A Fíg. 22 (diagrama A e B) mostra as cargas suspensas por talhas simétricas
tremamente complexos, os quais, em
grande parte, sã.~ indeterminados.
d: guindastes, o n~mero de flexões e os métodos de sua determinação. Com~
dia~arna de um sistema de polias disponível, constrói-se, primeiro um desen-
Fios individuais em cabo curvo volvimento do mecanismo e, em seguida, o diagrama de flexão do cabo.
carregado, suportam uma pressão com-
plexa coastitu[da por tensões de tração,
flexão e torção, combinadas com com- Fig. 20. Cabo com um certo ndmero de *A questão de como as relaçõts ( Dmrn ) ou ( D,,,in ) afetam a vida do cabo é a.té
agora controvertida.. d ll
pressão mútua., friciona.mento dos fios fiOB brilhautes.
J
1
ÕRGÃOS Fl.iXIVEJS DE ELEVAÇÃO CAI'. 3 4. CAsos· DE AÇO 37 -- .'""'J
~
Comó toda ~lha simétrica pode ser considerada como uma. ta.lha com dois
1i. 1
Na detenninação do númeIO de flexões, para as talhas simétricas, a polia
compensadora não será considerada., porque ela prrmaneee estacionária quando cabos independentes, ligados à polia compensadora, pode obter-se o número J
:i carga está sendo elevada o:u baixada. proposto de flexões do cabo de uma talha :::imétrica, dividindo.-!!e por 2 o número ')
Diagrama. das- total de pontos, ·onde as partes paralelas do cabo entram ou saem.
flexões Para diagramas comuns de suspensão de carga, o número de flexões de pro- )
Desenvolvimento jeto é indicado na Fig. 23.
3 1 6
Para obter-se a mesma vida do cabo, o efeito do número de flexões deve
},
1
a' a
ser compensado por uma mudança apropriada na relação D"';j4 . A Tab. 7 ilus- )'
3
e
)-·
t tra os valores de Dr;!' como uma função do número de flexões.
)
Ndmero de
flexões 5 TABELA 7. )
Número Dm1n Número .Dmrn Númeró Dmin Número D:mt.. )
defwõe$ -d- dll}lexiJea -d- de Jle:tfJes -d- de /le'.&fJ~3 -d-
s Número de flexão
)
l 16 5 26,5 9 32 13 36 )
Desenvolvimento - 2. 20 6 28 10 33 n ~
it 'i
a
f 7-8 1 3 23 7
8
30
31
11
12
34 15 37,5 )
i:
i; a 4 25 35 16 38
1'
''
)
e
A resistência dos cabos é verificada como segue. Com base no método )
Númer.o de 7
d f de suspensão da carga admitido, usa.mos a Tab. 7 para encontrar a relação D:n - )
'fle,;õe,; Expresssndo o di!metro do cabo. pela fórmula )
d"" I,5thli, (9)* .}
7 f
Número de flexões .!2 = 4 obtemos a relação )
Fig. 22. Determinação do número de Dni1n
.)
flexões, em talhas simétricas. 1,5b .,/7.'
6 fleitões 1 flwcões 8 fle."<6es
)
onde ó - diâmetro de um fio; )
i - número de fios ·no cabo. )
A tensão no cabo carrega.do, na sua. parte flexionada à tração e flexão é )
a-,
O']:=-=-+--.
S óE'
(10)
)
l, K F Dmrn.
ii )
1:
!1:i onde a,, - tensão de resietência à. ruptura do material do fio do cabo em )
kgf/cm~;
1 K - fátor de segurança do cabo; J
S - tração no cabo em kgf; )
)
•Esta fórmula é verdadeira apenas para ca.boa cujos fios possuam diAmetros iguais.
)
__)
. •.
ÓRGÃOS fLE)(fVEIS DE ELEVAÇÃO CAP. 3
.
F - área útil da seção transversal do cabo em cm~. d '
(16)
- - - 3 6 000
E' = :i_E- módulo de elasticidade corrigido -do cabo; D=
8
s (13)
trema, lccalizada a urrui. distância ; da linha neutra, onde ó é o diâmetro do fio,
_._._
(T d . 36 000·-'....
- ··.--·. . ·
K Drn!JJ. é igual a
F(342l =
s (14) = :e E.!_ = :e E-õ- ·
~ - _d_29000' 2p D,,,r..
K Dmrn
{DmúJ. - diâmetro da polia ou tambor sobre o qual paEsa o cabo.)
Multiplicando-se ambos os lados das fórmulas (12), (13) e (14) por u~, obte~
mos outras fórmulas para a seleção do cabo pela sua resistência de ruptura P, Essa tensão seria desenvolvida em um fio reto se ele não fos.e uma parle
referente à total seção transversal do cabo, isto é: componente do cabo.
S-u~ . Realmente, o fio no cabo está em dupla ou tripla espiral, preso entre os fios
(15) adjacentes, e sujeito à. torção, antes de sua flexão. Experiências mostram que
...!!_ - _d_ 50 000' a tensão de fle>:ão é mais baixa. e a fórmula para u deve ser corrigida, introdu-
K Dmrr, zindo-se um fator especia.l, o qual depende do tipo e torção do cabo, suas con-
dições de operação etc. e é aproximadamente igual a 3/8.
• ~ fórmula é V1"dadeirn apena,, para oabao euiOII fi.., p,;asuam di!meuoa iauai•.
)
·:r,í
),y'
ÕRGÃOS FLEXlVEIS DE ELEVAÇÃO
Pela adição da telli:lão de tração sobre a seção reta à tensão de flexão, obte-
CAP, 3 4. CASOS DE AÇO
p 2 l 4 2 0,951 0,971 1
3 2 6 4 0,906 0,945
s (18) 4 3 8 6 0,861 0,918 )
1['
5 4 10 8 0,823 0,892
6 5 12 10 0,784 0,873 )
onde S - tração máxima permissfvel, est.abelecida no cabo, em kgf;
P - resistência real de ruptura do cabo em kgf;
)
K - fator de segurança tornado cLi, Tab. 9, dependendo do tipo de mf!- TABELA 9. Valores Mínimos Permissíveis dos Fatores K e ei )
canisrno e condições de sua operação.
)
A tração máxima de trabalho nas partes do cabo de um sistema de polias
carregadas S,,, é encontra.da pela fórmula
Tipo de mecanismo de elevaçao Acionammto
)!
I. Guindastes de coluna de locomotiva., À mão Leve 4.5 16 )
Q montados em esteira, em truques e tra- A motor Leve 5 16
tores (incluindo e;,cavadeiras operando A motor Médio 5,5 18
)
S., = n-11·111 '
1 corno guindastes} guindn.stes e mecanis- A motor Pesado e
mos de elevaçã-0 em áren.s de construçAo muito pesado 6 20 )
li
H
li
;·
onde Q
n -
1J -
peso da carga elevada em kgf;
número de cabos de sustentação da talha;
rendimento da talha (Tab. 8);
e tarefas temporárias
IJ. Todo,; o, outros tipos de guindastes e
mecanismos de elevação
À mão
A motor
A motor
Leve
Leve
Médio
4,5
5
5,5
18
:20
25
)
)
1 A motor Pesado e
!! 1/1 - rendimento, levando-se em conta a perda devido à rigidez do c_abr, muit.o pesado 6 30 )
' ao enrolar-se no tambor, admitido como igual a 0,98. III. Guinchos operados manualmente, com
capacidade de carga até 1 t, montados )
O diêmetro m!nimo permissível de um tambor ou polia é encontrado pela em vários veiculas motorizados (auto-
!I
p
fórmula móveis, truques etc.)
IV. Carrinhos-guinchos
4
5,5
12
20
)
)
V. M€{:anismos de caçamha.s autotn&tica.s
{18a) (exceto para talha.s em garra.s) pa.r& me-
canismos de elevação do ítem I 5 20 )
11I! onde D - diêmctro do tambor ou polia sobre o fundo da ranhura, em mm; VI. Idem, para mecanismos de elevação do
d - diâmetro do eabo, em mm;
item II 5 30 )
it
)
li e1 - fator, dependendo do tipo de aparelho de d<ivação u das condiçõc:,;
de serviço (Tab. 9). Notas. l. As condições de operação da maquínária de elevação podem ser encontradas
li
H
e2 - fator que depende da construção do cabo (Tab. 10). nas Ta.hã. 2 e 3,
2. Em cabos destinadq,; a eleva.dores de passageiros, o fatoL" K deve ser no mlnimo 14.
)
)
if O diâmetro da polia de compensação pode ser 40% mmor do que n diâmetro 3. O fator K de cabos de Jingas deve ser no mínimo 10.
!f das polias do bloco que sustenta à. êarga. 4. Na de~erminação do diâmetro mínimo pennis:dvel das polias em garras de máquinas )
!l de elevação enumeradas nos itens I, II e IV, o fat-Or e1 pode ser reduzido po.ra. 18.
:J
j; 5. O, fatoL" de segurança para talhas de elevação que transportam meta.! fundido, subs-
tâncias ácidas, sujeitos ao fogo, e.1eplosivos e venenosss deve ser igual a 6,0, independente das
J
•Este é um cálculo aproximado da tensão do cabo e qlle 8omcnLe leva em conta carg:.t.'< condições de operação. )
estáticas; ensaios dinâmicos podem ser dispcns:Ldo,;, com os fator~ de segurança dentro do,;
'
[t limites L"ecomcndados, quando o cabo não for muito longo. 6. O fator de segurança dos cnbos destina.dos a.suportar somente lanças de guindastes,
isto é, usa.dos como tirantes, deve ser no mínimo 3,5. )
il
1
,;
J
)
42 ÓRGÃOS FLIXIVIJ5 DE EL!VAÇAO CAP. 1 !. CÃLCULO DA cuüçlo
,
·~·-·
..
tr
.i··
~i.
TABELA 10. Valores do Fator e3 que Depende da Constritçiio ·do Cabo · - Esses dados foram usados para desenhar um diagrama. mostrando a relação
Conatru#,IO do cal.io
rr = f, ( ~ ) para os vários números de flexões dos cabos (Fig. 24) e obter,
......-::.•- .. matematicamente, a seguinte fórmula de projeto:
Ordinário 6 X 19 = 114 + 1 núcleo:
e "'-"!;i,o torção eruzada
torção paralelo.
.J,00
0,90
A = ~ = mt1CC1Ct, (19)
Composto 6 X 19 = 114 + 1 núcleo: • D
a) W arrington! onde A, =d - relação entre o didmetro do tambor ou polia e o diàmetro
torção cruzada 0,90 do cabo;
tor!,:io pamlelk 0,85
11) Seale: m - fator dependendo do número de flexões repetidas do cabo. z:
torção craada 0,95 duranhe o período de seu desgaste até seu rompimento
torção paralela 0,85 (Tab. 11); ·- _~:
Ordi.n!rio 6 X 37 = 222 + 1 micleo: u - verdadeira. ·te11Bão de tração no cabo em kgf/mm2 ;
torção cruzada 1,00
torção psralela 0,90 C -· fator caracterizando a construção do cabo e a tensão de re-
1<1.stência à tração do ma.teria! do fio (Tab. 12).
(/1 - fator dependendo do dii\metro do cabo (Tab. 13).
Nota. Para gu.indastes e mecanismos de elevação operados manual-
mente e também para cabos não indicados na tabela o fator e2 pode (1 2 - fator dependente de condições operacionais e de fabricação do
ser admitido como a unidade. cabo, nll.o levados em conta pelos fatores C e 01 (Tab. 14).
kJ(ff.ni
5, CÁLCULO DA DURAÇÃO (RESJSTtNCIA Á FADIGA}
DOS CABOS DE AÇO PELO imono DO PROFESSOR ZHITKOV
periências, a relação entre a 'vida do cabo e os váric, fatores que causam des-
gaste e determinar, em cada caso isolado, o número de flexões após o quaJ tem
início o rompimento do õa~.
O método para calcular a resistência à fadiga dos fios do cil.bo deve ser re-
![ conhecido como o mais cientifico e perfeito. Correto, em princípio; <µe é tam-
) bém de grande importância prática. · Ao projetar órgãos de elevação, o proje-
1! tista deve ter sempre em mente que da vida do cabo depende a. dimensão dos
) tambores e polias, carga, construção do cabo e outros ~atores.
li fO O !D 40 60 .D/d
) O método de calcular a resistência à fadiga dos fios iio cabo acima descrito,
Fig. 2i. Diagrama para determinar o 11limero de fie:rões do cabo.
li foi desenvolvido pelo resumo dos resultados de muitos a,nos de pesquisas condu-
zid:is principalmente nas U ~ Hammer e Sickle. <:::abos de váriá.s constru-
ções, com diâmetros de 3 a.. 28 mm foram ensaiados em três máquinas especiais TABELA 11. Valores do Fator m
para encontrar os Ia.tores metalúrgicos de produção, projetos e operacionais que
á.fotam a resistência dos cabos. z em milhnre1 ao 50 70 90 llO 130 150
Como primeiro passo, foram compiladas, em forma de gráficos, caracterís- m 0,26 0,41 0,56 0,70 o,sa 0,95 1,07
ticas de vida. do cabo, para todos os ensaios, os quais determinam as relações 170 190 210 230 255 280 310 340
z em milharei
) 7/t 1,18 1,29 1,40 1,50 1,62 1,74 1,87 2,00
lf
) i em millmrcs 370 410 450 500 550 600 650 700
I! m 2,12 2,27 2,42 2,60 2,77 2,94 3,10 3,17
li)
i
li
l - J
,!'.. }
µ.:
t1
TABELA 12. Valores do Fator C TABELA 14b.
)
Canslruçao do cabo
OperaçiJo Ti-atamllllto )
6X7=42e
6 X 19 = 114 e um mícleo
6X37-222e )
<16, um núcleo Ordinário Warrington Brale 11m núcleo Trefilação Redução por trefilação ...... 25% 1
kgffmm 2 Redução por trefüação - 10% 0,93 )
Tor&40 T~~ T~ão TorÇão Torrão Tlll'çllo Tlll'ç(IO Torção
..,. r·. / comum 1
cru- para-
Tor"1,,
cro-
Toríllli
para- cru- para- cru- para• cru- para- Processo ao tra.tamento técnico
ouper lCJe \ polida
PatenLeado no banho do chumbo
0,89
1
1
11ada leia 21Jda lela iada ltla zada leia zada leia Normalizado 1,08 )
Endurecido no ar 1,1
130 1,31 1,13 1,08 0,91 0,69 0,61 0,81 0,69 1,12 0,99 Temperado 1,15 )
160 1,22 1,04 1,00 0,83 0,63 0,54 0,75 0,62 1,06 0,93
180 1,16 0,98 0,95 0,78 0,59 0,50 0,70 0,57 1,02 0,89 Pa11so da torç/Jo )
'
)
Perntu no cabo
81!t}v:nda torç4o
)
)
1,8 d do cabo 10,2 d da pernn. 12, l d da perna 1
TABELA 13. Valores do Fator C1 Processo de
6,7 d do cabo 10,2 d da perna 12, 1 d da.perna 1,13 )
8,8 d do cabo 10,2 d da. perna 12,1 d da.perna 1,06
fabricação 8,8 d do cabo 12,0 d da perna 14,0 d da perna 0,91 )
Dül.metro até 8,5- 15- 19,5- 30- 37- das perna,i 6,7 d do cabo 8,3 d da perna 7,9 d dJi. perna 1,18
5,5-8 11-14 18-19 25-28
1 do aibo 5 -10 -17,5 -24 -34,5 -43,5 · 6,9 d do cabo 25,0 d da perna 6,9 d da. perna 0,72 _)
C1 0,83 0,85 0,89 0,93 0,97 1,00 1,04 1,09 1,16 1,24 Núcleo de uma 1
)
Impregnada com Cânhamo
perna graxa Algodão
Manilha
1,11
0,82
)
C, Fator que determina os fatores àdiciona.is de produção e operacionais, não levados Sisai 0,82
1 em conta pelos fat-0res C e C1. (os valores de l'2 estio indicados na. Tab. 14.} Aço 1,36 )
)
l!I, Núcle,i de uma
perna
Nã.o impregnada
de graxa
Cânhamo
Algodão
1,15
1,46 )
Manilha. 1,0
TABELA 14.a. Valon,s do 1."ator C: Sisai 0,82_ )
1 Aço 1,36
)
illalerial do fio do cabo
1 Núcleo de três Impregnada i:om Cânhamo 1,06 )
pernas graxa. Sisal 0,74
Aço carbono: 0,55% C; 0,51% Mn; 0,25% Si; 0,09% Ni; 0,08% Cr; 0,02% S e )
0,02%P 1
Aço Carbono: 0,70% C; 0,61% Mn; 0,09% Si; 0,021% S e 0,028% P 0,9 Processo Endireitamento do fio e cabo 0,89 )
Aço perlítico ao cromo: 0,40% C; 0,52% l'tln; 0,25% Sf; 1,1% Cr; 0,025% S e Adicional E!ticamento prévio do cabo 0,93
O,D25%P 1,37
)
11: Aço inoxidável: 0,09% C; 0,35% Mn; 0,3% Si; 8,7~ Ni; 17,4% Cr; 0,02% S e
0,02P 0,61
)
Dapois de especificar a "ida do cabo, ·podemos encontrar o diâmetro do
i! Aço comum Siemens Martin 1
J
r Aço Siemens Martin íundido de ferro gusa de carvão de lenha e sucata limpa
Fios fabricados de um lingote inteiro
Fios fabrirodos da. zona média do lingote
0,63
1
0,92
tambor e das polias pela. fórmula. (19). Se a tensão u, relação -~ e as condi-
)
ções de operação do mecar:ismo de eleva.çeo forem conhecidas, podemcs deter- _)
1 minar a vida dos cabos de várias construções.
)
li
[.
)
46 0RGÃ0S FLEXIVEIS DE ELEVAÇÃO CAP. 3 5. CÃLCULO DA DURAÇÃO 47
)
ÓRGAOS FLEXÍVEIS DE ELEVAÇÃO CAP. 3 5. c.(LCULC DA DURAÇÃO
., )
)
Usando os results,des.clos ensaios (Fig. 27) obtidos na determinação de nor-
mas de rejeição de fios de a.ço d~staqcs e tendo em mente que há uma. rels.ção
")
direta entre o nllmero de flexões e o número de fios quebrados no cabo, podemos ")
aceitar a relação
)
z
,p = -%1 = 2,5. )
)
Neste caso, supomos que a. linha "nonna de rejeição" divide as cun·as da
.fadiga do cabo na. relação 1:1,5 (aproximadam®te), isto é, a vida do cabo tem )
0,4 de sua dura.bilide.de.
)
)
)
1•
li Resistência .. fadiga (Número de ")
flexõe,; lrepetida.s) •
li ~ t ~- ~ i
!t,, Fig. 25. Suspen!ião com uma polia móvel. )
... "i:-: .~ )
~\ !), ....
..: ~ormJ.. ~ '~ ......Norma. de
I
l
J )
<,i rejeição "
~ ""rejeicíio li l )
N~~a. n..,
~ de rejeição
I"'\ ~ I' i'ti.
...,.
.... 71 )
\ ~
...l ""1
_,
' ...
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d -~--
li
u!1
.
---,...,,. )
~
-~ ~
\:1 / )
~
..:o e-. 7
)
í )
~ ....._--·-----·-" )
Fig. 27. Relação entre a. capacidade de elevação da. carga e a resistência à fadiga.' do
cabo e o número de fios quebrados ao longo do comprimento de um pnsso do mesmo: J
l - Cabo de torçlo cruz&<k 8 X 19; 2 - osbo de torçilo cruada 6 X 37; . a - cabo de tórçlo paro.lei•
)
\' .
I
' r
6 X 37.
)
. O número de flexões repetidas que ea.usam a falha do cabo é encontrada
pela. fórmula )
)
(21)
)
O método de calcular a fadiga dos cabos torna possCrnl estimar a capacidade J
de trabalho do mesmo tob várias condiçces de operação. Este método é su- )
perior aos outros à medida em que proporcioµa ao projetista e mecânico um qua-
Fig. 26. Suspensão eom um sistema de múltiplas polias.
dro evidente sobre a vida do cabo. ' J
J
J
6, FIXAÇÃO DAS CORRENTES E CABOS llt
ORGAOS FLEXIV!,15 DE ELf'!AÇAO CAP. 3
50
...
,_ A Fig. 29b mostra como as extremidades de- uma. corrente é fixa a um gan-
A Fig. -28 ilustra os princirais fatores que afetam a. qualidade de um cabo cho com ajuda de um garfo bipartido e um parafuso. A firação de· um ga.ncho
de aço;--- , • - a duas P!rnas e.e ttma corrente com ajuda de uma trave~sa e garfo de olhaes,
::~. -i•·
.. está ilustraél.&-na fig. 29c. O cabo de cada garfo é fixo com uma. porca direta-
mente à travessa do p;ar.eho .
. -· -
Q =-
. - .... ~ 4
i
De onde
p =
4Q
h = Q (24)
Luvas-cunhas. O cabo passando em volta de uma cunha de aço ranhurada
rd[ r].; '
(Fig. 34a) é colocado, juntam.ente .íom a. cunha, em uma luva plana de aço fun-
onde [T]., = 125 kgf/cm 2• dido de forma correspondente. A carga puxl), o cabo para dentro da luva que
A espessura das paredes da. luva, considerada. como um cilindro com pressão o prende firmemwte.
interna, é encontrada pela seguinte fórmula geral: Anilho. Um cabo é passado em volta de um anilho de aço (l:iUg. 34b) e sua
e:dremidade livre é amarrada coin a parte principal do c_abo. O comprimento
d"= d;.. ~u,., + o,;p da amarra é 1 >-15d, mas nunca menor de 300 mm.
(1'-,,..- l,3p
onde d.,. e d... - os diâmetros externo e interno;
rt,., - tensão admissível à. ruptura em kgf/cm2 (para o aço fundido
O',,,. = 400 a 700 kgf/cm1);
p -- pressão interna encontrada pela fórmula. (22).
Comõ"--U'· qJiumbo de preenchimento não entra uniformemente cm conta.to
com as paredes, o valor de p deve ser dobrado para ter-se maior coruiança. As
equações seguintes são validas para as seções mais largas e estreitas da luva:·
1.,
'
para a seção larga
1,.
a,..+ 0,4 X 2p (25)
u,,.. - 1,3 X 2p .
•1
[ 1:'.
dt = d. J u,.. + 0,4 X 2p . (21:i) Fig. 35. Gl"lll!lpo8 para cabos. F.ig, 36. Anilho de cabo com
_., u,,.. - 1,3 X 2p pla.ca.s 8 P!\1'8ÍU.50S.
!li<
'.
í ! \
)
J 1
011.GAOS FLEXIVE!S OE ELEVAÇÃO O,. 3 7. ÓRGÃOS DE SUSPENSÃO D.l CAII.GA 57
)
A fi'ig. 34.c mostr& um gancho fix? em. um anil~o de cabo. Este tipo_ de corrente ou de cabo, bem como a. urna força maior de compressão ou de flexão J
fixação ,em aplicaçãTI' extremamente d1fu:,;cli_da~, Ao ~".és da. amarra, o _anilho atuando na éarga que estiver em elevação. Coru:eqüentem.ente, à medida que o
pode ser preso pelo ajuste de grarnp?s ou c~ps e~pecialB sobre? cabo (Fig. 35).
)
ângulo interno aumenta, diminui a carga útil sobre a perna da linga.
O número núnimo de grampos é tres. A Fig. 36 1lw,tra um amlho de cabo no )
Se a carga for suspensa. simetricamente em quatro correntes {Fig. 37c) pode-
qual este é grampeado por meio de placas e paraflli!os.
se admitir que o peso será igualmente distribuído entre as quatro pernas da tinga.
Nesse caso a força de tração nas pernas da linga será
)
7, ORGÃOS DE SUSPENSÃO DA CARGA
\ )
As cargas unitárias são transportadas por lingas de correntes ou cabos, presas
nos ganchos ou _garras de ferro. ···I í2H) )
~}
Ângulo Interno entre as Pe.mas. das Lhlga~-Na F:ig. 37a temos uma carfa Mas como
suspensa por duas pernaE de urna. linga. ?es1gna:1do-se Q o peso da carga ele, a-
)
t, da, a força da tração em cada perna da lmga sera
1: CDS a = )
j· _Q__
,· s 2 cosa
(27)
)
a fórmula final toma,rá a seguinte forma:
1: )
['
t S;S' s= .9._ (29) )
;_
1
4gf "//1 4 h.
L;
/11 )
1:
Z500
t' /11 Se o peso da carga Q for conhecido, a força de tração em cada perna seri
)
l' 1 0110 ' / 1
2000 -) I 1 1 k.!L )
1 S= cosa m'
(3ú)
1 ~J flJ2 m
)
wr,v / 1
_,, ';/fJ55 J 1 onde m- número de pernas na linga; )
10J~ S'/ 1000 a - ângulo entre as pernas e a vertical.
1
Se a = 0", 3Ü", 45° e 60', então k = 1, 1,15, 1,42 e 2, respectivamente.
)
Vm 1
1/ 1
Lingas de Corre7lte. Essas lingas são feitas de correntes comuns, soldadas
)
1/ 2§8
1 e não calibradas, com anilhos e ganchos para susperu,ão, ou com garras em forma )
JO liO gg rzo t5o de tenazes, próprias para o objeto a ser elevado. Também, usam-se correntes
(e) sem-fim ·e correntes li,Tes, com anéis nas extremida.des. Passa-i:e essa. corrente )
(ó)
por baixo da carga ou várias vezes em torno do gancho, enquanto que os anéis )
das extremidades, ou a parte livre da corrente, são pendurados sobre o gancho
lt'ig. 37. Determillll.çáo da.s forças que a~us.m sobre as perna.s das linga.s. do guindaste. )
L: -A Fig. 38a mostra uma corrente sem-fim, a Fig. 38b, uma corrente livre com )
li A componente horizontal da força de tração S é anéis, a. Fig. 38c, uma. corrente com um gancho e um anilho, -a Fig. 38d, linga
Q de corrente com duas pernas, a Fig. 38e, garra, em forma de unha, para fazer, )
S' = 2 tga. um laço na corrente.
1 )
l1
!. Determinando-se as forças S e S' para uma carga ~ = l 000 kgf, com
A Fig. 38j mostra barris suspensos nas lingas de corrente, por meio de garra.E',
em forma de tenazes, que se ajustam à.E arestas chanfradas dos barris. Lingas
de corrente são usadas, predominantemente, para serviços pesados e sempre
)
nos casos de grandes va.riações de temperatura ou de uma temperatura per- )
ângulos internos variando de 2a = o• até 2a = 180°, a relação entre S e S' s~rá manentemente alta. A não ser que sejam usados calços macios, especiais,
I: expreEsa pelas curvas mostradas na Fig. 37b. Essas curvas mostram q~e mato- (Fig. 38g), as lingas de corrente podem danific_ar os cantos das mercadorias por
y
1
L
res ângulos internos levam a IIlll.iores forçaii de tração nas pernas das hngas, de elas movidas. Calços semeihantes também são usados para l:ingas de .cabo. )
i
[:
.,
- 1
{e)
(f}
(g)
1
~- (u)
"8
(bJ
L }
62 POLIAS - SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4 1. J'OLJAS
quantidade para dentro. Isso aumenta o braço de alavanca da força Q, quando Ex]:1ériências conduzidas na. URSS, têm mostra.do que, para cabos, podem
· o cabo entra, e decresce o braço da alavanca da força. Z, quando o cabo sai. ser admitidos os seguintes valores médios:
N11m estado de equilíbrio Z(R cos r;i - e) = Q(R cos r;i e) e, então, teremos a +
t. seguinte relação entre os valores das forças: .. 2e
R cos cp
=01 d
' D - 10 '
e
z· 1+ R cos 'P onde d - diâmetro do cabo, em cm;
Q- e
(31)
D - diâmetro da polia, em cm.
1
R cos q:, Alfun da rigidez dos cabos, o fator de resistência em polias também depende
' · do tipo de mancal e dos lubrificantes usados nos eb::os das poli&S. Qwmdo se
p Portanto, depois da divisão, e desprezando-se as pequenas grandezas, UB& graxa·(µ::.,: 0,1) para lubrificar polias de corretites e cabos,, podem-se to~
o~ -ireguintes valores médios: e;:::,,: 1,05 e 17:::,,: O, 95. Para polias com n;w.ncB.lS
Z ~ Q (1 + li: 2e cos 'P
) . (32) de rolamentos de esferas ou rolos, o atrito nos eixbs é, uSU&lmente, desprezado,
admitindo-se a média de E~ 1,02 e 17:::,,: 0,98.
A resistência de atrito no:, mancais é Palias Móveis
li : - d' d'
Essas polias têm eixos móveis, sobre
f! J
W = L (Q + Zo)µ 2R ;a;, Qµ R' (33) os quais são aplicadas as cargas ou a.
força. Conseqüentemente, existem. po:..
onde d' - diâmetro do eixo da polia; lias para um ganho em força e polias
para um ganho em velocidade.
. +-
µ - coeficiente de atrito.
Polias para UJ:n Ganho em Força.
A força resultante P sobre a polia. é facilmente determinada por métodos Para a polia mostra.da na Fig. 42a, a
gráficos, como mostra a_-FJg. 41a. Para a = 180°, a::, duas partes do cahó serão distância percorrida pelo ponto do cabo,
{]
paqi.lelas e ·a· . ·. : :e· · \ ~ · . . . :
"'--->~·---- -". --~"· --··~:~·-:'~--_:_;~·- em que a força é aplicada, é igual ao do·
:· L (Q + Zc) ~ Q Zo~ 2Q = P. + bro da altura à qusl a carga foi elevada:
{]
A força de tração será 8 = .2h } ' (35)
e= 2v (a) (b)
l
z~ Q [1 + R 2e cos r;i
+·µ ...!__]·
R
(34)
onde e -velocidade da força aplit:a.d&;
v - velocidade da carga..
Fig. 42. Polias m6veiB para ga,nho em força
e velocidade.
Ir; A grandeza e =Q
z
é chamada fator de resistência da polia e
Quanto à re:,istência na. polia,
[f
)
Z + So = Q; Z = E So = E (Q - Z); }
, ·
Portanto,
l 2e d'
PoWUI para uni Ganho em Veloeidade. Para à polia mostrada na Fig. 42b,
a distância percorrida palo ponto, onde a força ~ aplicada., é igual 11. metade
la
E=-=l+ +J.L-R. da altura. à qual o peso foi elevado:
'1 R cos I{)
!
!
O valor R
2e
cos IP
. rigidez ctós cabos - s6 experimentalmente pode ser -8 = :h 1 (37)
encontrado. e= -
!r 2
i
11 ·
·,. )
J
)
64 POLIAS - SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4 2. SISTEMAS DE POLIAS 65 )
)
Quanto à resistência na. polia.,
)
Z=Q+So=Q+Qe==Q(l.+e); 1 )
Zo 2Q 2 (38)
1J = Z = Q(i+ E) = 1 +E • t(l.) )
)
Quando E""' 1,05, '1""' 0,975, isto é, neste caso, ta.mbém o rendimento da
polia móvel é mais alto do que o de 1:J,ma. polia Ílxa. · )
2. SISTEMAS DE POUAS (11}
)
Um sistema de polias é uma combinação de várias polias ou roldaoas fixas
)
e móveis. Existem sistemas para um ganho em força e para um ganho ém vs- )
locidade. Dispositivos de elevação empregam, -predominantemente, talhas
para ganho e~ força. e, muito raramente, como, por exemplo, em elevadores zrz.J )
hidráulicos e pneµmáticos, talhas para um ganho em velocidade. Com_o órgãos
de elevação inpependentes, os sistemas de polias são de ·import!lncia. secundária )
- são principalmente usados para tra.nsmissã~ de potência em sarilhos e gum- )
dastes.
Sã.tema de Polias pna um Ganho em Fo~. Estes são designados: a) com o
)
cabo saindo de uma polia. fixa e b) com o cabo saindo de· uma polia móvel. FJg. 4.3. Sistemas de polillS para. ,,m:ganho em for!J&. )
i
!
1'
! Projetoscom.0Cah0Saindode1U11aP01iaFha. Se indicamos por Z o numero )
11, de polias (Fig. 43a), então o mlmero de partes do cabo, pelo qual o peso suapenso Os adendos, dentro dos parênteses, são as séries de uma progressão geo-
será, ta.mbé-m, igual a Z. · métrica, em que a razão comum q = E, primeiro termo a = 1 e último termo )
1 i,
f. Despreundo--se a resist-ência nociva, a força na parte do cabo que sai será u = en- 1 ; como se sa.be, a. soma dos ·termos dessà. série é igual a
'!· J
:,~ ;~~'-~;:~~~~~~l~:
.
qu-a
I=
! Zo - ~- q.- 1
)
. -_
. ~ . . .~
- .
-
--.•
• f • •
po~nto )
-A ~?rça real é
)
QEz Q )
~ - "ª
Z=-=-
z J ou
)
onde ?Jz e e:z: - rendimento resultante e fator de reeistência do sistema de polia.". 81= _1_...:;:Q_ _
.f E" -1 )
li· A tração total em todas as partes de um cabo flexível será e-1
! )
i5:
( Q = 81 + 82 + s. + 84 + ... + s.. = Como Z = S,e e n = z, o rendimento resultante do sistema de polias será )
81 S1 S1 Q Q )
= S1+-+-2-+-a:i""+
-E E e-
... + 11:z: = - = =
Zz Q )
:+- E~l = 81( l + ~+ ! + ... + :_,) = 1 e• -1
....,....._EZ
e•-t e-1 )
)
=--
1 e- -1 l E' - I
=- (39) )
erli;z E -1 E"Z E - 1
)
)
66 POLIAS - SIST!MAS DE POLIAS CAP. 4 67
2. SISTEMAS OI! POLIAS
---~
A força de tração é Como neste caso, n = z +1 as fórmulas finais terão as seguintes formas:
1 e+-1 - 1
{42)
l f],: = e•(z + 1) e- 1
E- 1 E - 1 . .~-i4i9
~-
· e-1 - e-1 e-1 (43)
:_ Qen en - 1 = Qe• E' -:- _1 • . . -- (;!O) l --
Z=Qe• e..+1-1
- .. . . . --~-- --~:~•: ·-
.. O percurso da fo.rça,a~licada para wn dado siBJenui" de poli&s ·é s = h(z + l); e = v(z + 1).
8 = zJ1
Este caso é encontrado, com mais 1
e a ""velocidade do cabo é freqüência., em maquinâria. de elevação. ; ~:"'l 1
... ... e= zv, Com um fator de resistência e = ~, 1
.
:.- _
..
. .
. = 1,05, a curva de rendimento, para 'f}.917
-·. Cinde lí - percurso e v - velocidade da carga. vários números de polias, é mostrada '0,9116
· · l"rojetos
-
Cabo Saludo de umaPouiMóvel. Com z polias (Fig."43bf o n"ú-
pela Fig. 44 .• '\ ll.M4
0,861
' ' ,ga.r
00010
mero de partes do cabo, nas quais a. carga é suspensa., será, z + l. · ,.. Determinaçlo .4.proriinada da Tração
O.MI
nas Partes Individuais do Cabo de um
A relação de transmissão é
i = z + 1. .
.
Sistema de Polias. A tração no cabo
será mínima, na primeira parte, e má- •
ximu, nu parte (z +1) (Fig. 45), onde z
:-,..
n~,
!& ~
1
A força ideal na parte do cabo que sai é (• o número de polias. Pode-se admitir, D Z 4 6 8 J.
u1>roximadamente, que Nllmeti;i de polias
Q
z.
.
- _....,....,.._.
z-t- 1 Fig. 44, Rendimentos dos sistemas de polias.
)
Para elcYar cargas acima de 100 t, usam-se sistemas de polias com doze
partes. 1
Em casos gerais a relação de uma talha múltipla é igual a
1
)
i = 2 '
z z z )
onde z - é o número de partes de suspem,ão do cabo do sistema de µolia:,;. )
2 3 4 l ! 35
1 )
1
! )
1 ' i )
i
1'
)
f 5
1 ! )
/·4 f l, 3 4 l j 6
1
)
)
Fig. 45. Sistemas de po!Í!i.s para um ganho em força. )
Estas falhas podem ser evitadas, especialmente nos mecanismos de elevação )
de guinchos e guindastes, com acionamento elétrico, pelo uso de sistemas múl-
tiplos de polias, que levantam a carga numa direção estritamente vertical e a )
mantém mais estável. Esses sistemas transportam cargas com o dobro de partes )
de um semelhante sistema simples de polias.
Além disso, uma das principais razões para o uso de talhas múltiplas é ditada )
pela necessidade de se reduzir a ação da ca.rga nos cabos, a qual os torna mais
finos, podendo ainda serem empregados cabos mais baratos e polias e tambores )
com diâmetros menores. Isso reduz o tamanho e o peso de todo o mecanismo. )
A Fig. 46 ilustra sistemas de talhas múltiplas de guindastes, para um ganho
em força. Eles são projetados combinando-se talhas simples com duas extre- )
mj.dades do cabo, presas em um tambor, ou mn tambores, com ranhuras em hé-
lice à direita e à esquerda. O cabo passa de uma metade do sistema de polias
para a outra, por meio de uma polia de compern,açúo, a qual, simultaneamente,
7·9 1 8·10
)
)
compensa os comprimentos das partes do cabo qunnd.o se estica de maneira não
uniforme. )
Um sistema múltiplo de polias, com quatro partes (Fig. 46a) é usado para )
tra.nsportar cargas até 25 t. A relação dB transmissão i é igual a 2. O compri-
mento do cabo que se enrdla em cada meio tambor l = 2h (h - altura de elevação). )
A velocidade do cabo é e = 2v e o rendimento é 1J ~ 0,94. (d)
Um sistema múltiplo de polias com seis partes (Fig. 46b) é usado com menos (e) )
freqüência. Nele, i = 3; l = 3h; e = 3v e 71 ~ 0,92. 1''ig. 46. SisteillA.5 ml11.tiplos de polias.
i1 )
Um sistema múltiplo de polias, com oito partes (Fig. 46c), usualmente, trans-
11 porta cargas pesando até 75 t. Ele tem i = .4; l = 4h; e = 4v e 71 ~ 0,9. Siste= dePolw para u:m Ganho e:m Velocidade. Como foi observado aci- )
ma, sistemas de polias para um ganho em velocidade são usados, principalmente,
Um sistema múltiplo de polias com dez partes (Fig. 46d) eleva cargas até )
em elevadores hidráulicos e pneumáticos para moverem cargas mais rapidamente
100 t. Aq11i, i = 5; Z = 5k; e= 5v e 7J ~ 0,87.
J
)
70 POLIAS - SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4
l. PROJETOS DE POLIAS PARA CORRENTES 71
do que o pistão. A Fig. 47 mostra uma vista garal e uni diagrama. de uma talha A resisténcia à flexão oferecida pelas correntes soldadas, passando sobre
do elevador hidráulico. Sua relação é polias, -é comument.e determinada pela fórmula
. 1
1 = -
4 (45)
__ ,1
Poli.as para Correntes Soldadas. Essas polias, do tipo móvel ou fixa, são
usadas, principalmente, em talhas e guinchos de acionamento manual, embora,
algumas vezes, possam ser empregadas em aparelhos acionados a: motor. O aro
ranhurado, normalmente de ferro fundido, é flangeado ou plano (Fig. 48a). Fig. ia. Polias e rodas denta.das para correntes soldadas.
Como a ranhura não é usinada, a corrente ajusta-se a ela com folga. O diâmetro
de uma polia, para mecanismos de acionamento manual, é selecionado pela re- Rodas Dentada para C.Orrentes Soldadas. Elas são usadas ·como rodas de
lação D ~ 20d, onde d é o di~.metro da barra da corrente. correntes de acionamento de talhas e guinchos, operados manualmente. Rodas
Para acionamento a motor, D~ 30d. dentadas para correntes soldadas (Fig. 48b) são de ferro fundido cinzento, mol-
As polias são, em geral, montadas livremente em seus eixos. Devido a da(ia.s por modelos precisos de fundição (somente em casos especiais elas são
baixa Yelocidade, os cubos das polias são projetadós sem- bucha de bronze. feitas de aço fundido). Em volte. da periferia, as rodas dentadas são providas
de cavidade que se adaptam, plena.mente, em forma e tamanho ao elo oval da
O rendimento de uma polia de. corrente é igual a 1/ 0,95. = corrente. A roda dentada apanha. a corrente que entra e os elos assentam-se
H·
p:
[
I'. 12 POLIAS - SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4
l 3. PROJETOS DE POLIAS PARA CQRRENTES 73
)
')
)
f:
11· nas cavidades evitando, assim, o escorregamento da corrente no aro. Regra
geral, as rodas dentadas são fabricadas com pequeno número de dentes e são de /.-,-. )
.. ~
pequeno porte, tomando o mecanismo propulsor ma.is compacto e de baixo custo. )
1,1,
1' Observa-se uma considerável resistência de atrito quando a corrente passa.
)
liil' sobre a roda denta.da. Isso diminui o rendimento e acarreta desgaste da cor-
rente e roda dentada. Portanto, a corrente e a roda dentada devem ser regu-
~i~ )
li larmente engraxadas.
O rendimento é 71 ~ 0,93. A resistência da corrente à flexão, é determinada ' )
l'i da mesma maneira que a das polias de correntes, de acordo com a fórmula (45),
tomando-se o coeficiente de a.trito, µ, um pouco mais alto.
1
)
O di§.metro da roda dentada. pode ser encontrado como segue: !A Seção AA )
!
i
Do t-riângulo AOC (Fig. 48c), temos:
1 )
1:
1i AO = VÕÕ2 + AO! )
1
i Oll
_)
'.
)
360·
)
O ithgulo a =- - ondn z é o número de dentes. Jo'ig. 49. Braçadeiras de guia para. correntes soldadas.
z )
Expressando o valor de a através de a:, l e d, e depois de transformações O arco de contato entre a roda dentada
)
e a. corrente deve ser, oo mínimo, 180°.
algébricas, obtemos
Se o a.rco de contato for menor, o apa- )
2R =D= l 90• )-
2+ ( . d00>, )2'
relho deve ser provido de uma guia de
co!rente (Fig. 48d) ou um bloco de guia, ")
( (46) ~1~. 4Se). Braçadeiras de guias espe-
sen -e- cos ~
c1ats são freqüentemente usadas para
_)
correntes de tração, aciona.das à mão,
onde l - o comprimento interno do elo; (Fig. 49) as quais são, livremente, mon-
J
d- diâmetro da. barra da correntej tadas em um eixo, evitando que a cor- J
z - número de dentes da roda: o nu.mero rrúnimo de den_tes é z = 4. rente escorregue da roda dentada.
)
Pa.ra. proteger as correntes contra o rápido desgaste deve ser feita uma )
previsão do me.ior número possível de dentes.
Se o número ele dentes for grande (z > 9) e o diâmetro da barra da corrente )
for suficientemente pequeno (d = 16 mm), o segundo termo, sob o radical na
fórmula (46), pode ser despreza.do e o diâmetro da. roda dentada, determinado )
p!!la fórmula: )
~( ·~ ~
1 l )
2
(47) )
- goo
sen--
z
_)
Fig. 50. Rodas dent&das e correntes de rolos. )
Rodas denta.das com fla.nges_ altas (Fig. 48b) são os tipos mais comuns.
Rodas Dentadas para Correntes de Rolos. Essas rodas dentadas são UB&das .)
Geralmente uma. roda dentada. é montada. livremente em um eixo, e a en- como rodas de co~rerites d.e acionamento de talhas e guinchos, opera.dos manual-
mente, com capacidade de elevação acima de 10 t. Dependendo do projeto desse )
grenagem motora ou coroa sem-Íl.m ~ cha..veta.da no alongamento de seu cubo,
J
)
74 POLIAS - SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4 3. PROJETOS CE POLIAS PARA CORRENTES 1S
portanto,
0,5t
0,5D= - - - -
180º
sen--
z
ou
t
D=---,-- (48)
18()'>
sen--
..• -~>:e~'~-;.;_ - Z
Dependendo d.a veloddade peri.fê!iW'l da superfície do furo <;lo_ cubo da polia, meute, do tipo plano com flanges altas para po;;sibilitar o enrolamento do cabo
as pressões especificas não devem exceder aos seguintes valo1es: em várias camadas. Isso reduz consideravelmente o comprimento do tambor.
O diâmetro do tambor é- selecionado a partir das mesmas relações dos diâmetros
vem m/s 0,1 0,2 0,3 O,! 0,5 0,6 O, 7 0,8 0 19 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5
das polias D ~ lOd. *
p em kgf/crn 1 75 70 66 62 60 57 55 54 53 52 51 50 49 -48 47 Tambores para cabos de aço são de ferro fundido, muito raramente em aço
fundido ou soldado:- OonsiderruJdo-se os atritos nos mancais, o rendimento é
4. TAMBORES PARA CORRENTES E CABOS
71= 0,95. O diâmetro do tambor· depende do diâmetro do cabo. Com aciona-
mento a motor, o tambor deve ser sempre provido com ranhuras helicoidais,
de modo que o cabo se enrole uniformemente e _fique menos sujeiío a desgaste
Tambol'es para Correntes. Essr:1s tambores são usados somente em casos (Fig. 57a). O mio da ranhura helicoidal deve ser selecionado de modo a evitar
excepcionais para guindastes giratórios, operados manualmente com uma capa- o aperto do cabo. - -A Tab. 17 enumera as dimensões padronizadas e as profun-
cidade de elevação até 5tf. Levando-se em conta o atrito dos mancais, o rendi- didades das ranhuras para tambores.
mento do tambor é 1/ = 0,94 a 0,96. O material é ferro fundido. O diâmetro
do tambor é D ~ 20d (d - diâmetro da barra da corrente) .
Normalmente, tambores para correntes soldadas são provido,,; com ranhuras
•
helicoidais (Fig. 56a) para guiar a corrente no enrolamento. O passo da ra-
nhura s = b + (2 a 3) mm, onde b é a largura externa do elo da corrente. A lar-
gura da ranhura e= 1,2d. O número de espiras é determinado pelo compri-
mento da corrente a ser enrolada. Para aliviar a fL-rnção da extremidade da cor- r
<e:.
/a/ •
rent.e (Fig. 56b) de permanecer no mínimo, 1 1/2 espiras de segurança.
Durante a operação, a corrente (ou cabo) não deve desviar da direção da l -;-Z,t-l
hélice mais do que 1:40 para um tambor plano e 1 :10 para um tambor com ra-
nhura helicoidal. A altura dos flanges laterais l não deve ser menor do que a
largura do elo b.
Como durante a rotação do tambor
a corrente entra ou sai, o valor das re-
sistências prejudiciais, devido à flexão,
pode ser 100% menor que nas polias L
(onde tem lugaz entrada e saida) e a (b)
fórmula (45) assume uma forma um
pouco diferente, Fig. 57. Ranhuras helicoidais em tambores para. cabos.
d Tambores com um cabo enrolado têm somente uma hélice - à mão direita;
W = Q 2R µ. (45a)
tambores projetados pnra dois cabos (Fig. 57b) sã.o providos de duas hélices -
- à. mão direita e lL mão esquerda. O número de ,·oltas sobre o tambor de um
A espessura da parede de um tam- cabo é
bor para corrente de ferro fundido pode
,;er encontrada pela seguinte fórmula
empírica: (51)
'1, u: = (0,75 a 1,3)d cm,
1 J onde i - relação do sistema de poli:,8;
iF onde d - diâmetro da barra dacorrente. D - diâmetro do tambor; .
H - altura á qual a carga {! ctcnida; o número 2 é acrescentado para
A espessura da parede, no local levar em fonta as espiras de SC'gurnuça.
mais fraco, não deve ser menor do que
15-20 mm. Esta padronização é aplicada a tambores fundidos de guindastes.
(b)
Tambores para Cabos. Tambores - Em enrolnmento com múltiplas camadas, oo fl:i.nge'l dos tambores devem e;tender-se
Fig. 56. Tambor para. corrente. para cabos de cânhamo são, freqüente- o.cima da. última cama.da de cabo, no mlnimo, um diâmetro de cabo.
U,
···~• .. 1·
8D POLIAS - SISTEMAS DE POUAS CAP. 4 4. TAMBORES PARA CORRENTES E CABOS at \
).
TABELA 17. Dimensões das Ranhuras do Tambor (em mm)
Durante a operação, o tambor está. sujeito à ação combinada de torção,
flexão e compressão. As duas primeiras deformações produzem tf!nsão apre- )
ciável somente em tambores muito longos. )
O efeito de compre::são é muito maior. Por isso, deve ser verificado em pri-
meiro lugar. )
Sup;nbamos que separamos do corpo do tambor um meio anel de espessur_a )
W (Fig. 57c), e com largura igual ao passo do cabos. O efeito do meio anel sepa-
rado será substituído por forças de tração do cabo 2S. )
A força suportada. pelo elemento de área dF = Rd,ps importa em
i )
Ranhura.- Ranhura Ranh'!lra Ranhura dS = Rdipsp,
Diâm. do
r1
padrão prqjunda Diâm. do
T1
padro.o profunda )
cabo d cabo d onde p é a pressão normal sobre uma unidade de superfície do tambor.
SJ C1 .,~ C2 T2 81 c2 82 C2 rz A soma das projeções de todas as forças elementares num plano vertical )
será )
4,8
6,2
3,5
4,0
7
8
2
2
9
11
4,5
5,5
J,O
1,5
t9,5
24,0
11,5
13,5
22
27
5
6
27 18,5 2,0
31 16,0 2,5
.
2
,r
!""
)
8,7
11,0
5,0
7,0
11
13
3
3
13
17
6,5
8,5
1,5
1,5 i
2!!,0
84,5
15,5
19,0
31
38
8
10
36 18,0 2,5
41 22,0 3,0 J
2S =- 2 Rd,psp cos ,p = 2RBp J cos ,p dlf' = 2Rep;
)
13,0
15,0 ª·º
9,0
15
17
4
5
19 9,5
22: 11,0
1,5
2,0
39,0 21,0 42 12 40 24,5 3,5
assim,
o o
)
O comprimento da hélice sobre o tambor:
)
l = zs,
)
onde s - pas..o;:o. Como a superficie do tambor está sujeita à ação de forças uniformemente
djstribuídas, com intensidade p, o tambor pode ser comparado a um cilindre )
Deixando um comprimento cerca. de 5s para prender o cabo e para ambos com pressão eJ1terna, em cujas parP.des . as tensões são determinadas pelas co-
os fla.nges laterais, obtemos o comprimento completo do tambor: nhecidas fôrmulas de Lamé.
)
A tensão na superfície interna do cilindro, de acordo com Lamé, é )
L Hi , , -)
= ( 11D 1 8. (52)
)
Se dois cabos forem enrolados sobre o tambor (sistema múltiplo de t-alhas), )
o comprimento total ào t-ambor será: )
e, na superfície externa,
. O _valor permissível de u comp para o ferro fundido d] classificação O! 15-32 A fixação por meio ·de cunha está mostrada na Fig. 58b. O cabo. a passa
va1 ate 1 000 kgf}cm'; para aço fundido - até 1 600 kgf/cm 2 e para tambores :,~di torno da cunha qe aço b e é inserida, juntamente com· ela\. na abertura no
soldados (aço Ct.3 a 5) - até 1 800 kgf/cm 2• .,.. corpo do tambor. A al.:ertura deve ser cônica, a partir de ambcs os lados para
Quando se calcula o tambor submetido a tensões complexas devido a ações o meio, de modo (jue a cunJ.ia pcssa ser ins.erida,pelos dois lados.
conjuntas. de flexão e torção, a tensão permissível G°ne» tomada para ferro fun- Fixação com ajuda de placas é feita de acordo com as normas do país. Este
dido cinzento, não deve ultrapassar a 230 kgf/cm 2 , para. aço fundido a 1 205) ~o.4,le fo,.ação é mais difundido, extremamente seguro e conveniente. Urna.
kgf/cm 1 ; para tambores s~Jdados, não .deve ultrap:i.ssar a .. i, '.!°º
~gf/cmi. -. ~la~g,•c~virla, na parte interna, ?~
cl.u~~ ranhuras para o cabo e, entre
. eh1.t;=,1T.e:·:u,p1•1ffi'lo para um parafuso ou prmonetro.
Fixação de Cabos em Tanibores, Afixação po'r meio de paraf~sós é mos-
trad& na Fig. 58a. O corpo-.do_tambor fundido é.provido de uma abertura para A crista da qanhum para cs parafusos de fixação é transferida meia circun-
1 a extremidade do cab~. Inserida nessa abertura há uma placa b, com cabeça ferência. O cabo é pre:;;o por duas placas, como mostra a Tab. 18.
e com ranhura· semicircular, na parte interna, de aci;irdo com a seção transversal Tambores de Atrito para Cabos. Tambores de atrito são tambores de acio-
y -00 cabo a, A placa é apertada com dois parafusos e. namento, nos quais o movimento é transmitido ao cabo pelo atrito entre este
·p e o tambor.
Tambores do atrito têm a vantagem de elevar cargas a grandes alturas.
J: Põdem ta'mbém ser usados com mecanismos para moYer vagões e trens completos.
']: A Fig. .59a mostra um tambor de atrito simples e a Fig. 59b, um aciona-.
menta com dois tambc-res de atrito. Taml:ores de atrito simples SÊO providos
1: de ranhuras ielicoidais para o cabo, o qual se enrola em seu redor em uma ou
mais e3pirais. No acionamento a de-is tambores o cabo, usual!l'.ente, se a~senta
! em ranhuras anulare:::. A relação entre trações, nas partes de entrada e saída
,11,' do cabo, em um tambor simples (Fig. ,59a), é e:(pressa pela fórmula. de Euler
Ji
t Í•
} ;
s,
Of
c<r>:1r
. 1
...Sz
s,
lf
@m@i'U
s,
[·
Sz ][ ][ Jlc
(/J) s,
'.
~
li[ Sn+t
Fig. 58. Fiica.ção dos cabos nos tambores. (11)
,, Essa fixação ajustável permite rápida troca do cabo. Quando dois caboa
~ t se enrolam nos tambores, para maior segurança, a fixação deve ser dupla
(Fig. 57b).
Fig. 59, Tambores de atrito.
J
)
2. O número de ilexões do cabo é a relação .Dm!_n De aco!'do com a Fig. 23, o número
d
de fl~ões pa.ra um sistema de polias no diagrama A aerá igual a. n = 3.
s 1900 2
"' 0,87 cm .
F(tt2J = ub d 1 500 1
-,P ---+
Dmin
36000 - 4 - - 23 X 36000
Resistênci11. à. ruptura '1b = 15 000 kgf/cm 2, fator de segurança para pontes rolantes de
acordo com a Tab. 9 é q, "" 4.
s~·;z 4 . Escolha. do cabo. De a.corda com as normas soviéticas, o valor ma.is próximo d11. área
da seção tn.nsversa.l F para._ um cabo com 222 fios é 0,85 cm 2.
....!,._
'
-
.. P~rtanto, o diâmetro do cabo d = 1ef"it;m, o diAmetro do fio õ = 0,7 mm, o peso de um
metro linear de cabo g = 0,77 kgf, a. resistência a ruptura. ab = 15 000 kgf/cm' a. carga de
ruptura do ca.bo P = 10500 kgi. '
~:" (O) O cabo deve ser verifica.do pela. Eq. (18). A força. máxima de tração, no cabo, niío deve
- ;";1J- (b) (e} exceder
Fig, 60. Cabrestante.
P 10500
l - tambor; :Z - lirvore: 3 - anel. de vedação de feltro; 4 :-- manca! dé rolam•nto (autooompen.udor];
5 - cobertura da ,,,11:a; 8 - II>&llcal radl.81-a.x,al de rol&mento de roloo. s = K = ~ = 1 910 kgf,
em nosso caso a máxirr:a tração é 1 900 kgi; portanto, a escolha do cabo foi correta.
_A parte em balanç.o · qa árvore é' reduzida. pela fund!ção
..
nça, co!ll a cobe:-(ura pa caixa e inserida no
tambo~: . -·, : · A seguinte notação pode ser usada para encomendar um cabo:
os mancais que suportam a árvore._ . 1___ :_ ·cc _··--: :_ ·e· __-·--:-:- ~~ 6 X 37 +l - 15 - 150 (norma. soviética.)
C_or:io as. par~d!âS do ta~bor do cabr-estànte sã()- fü~Jl;iifiít .
5. Diâmetl'o do tambor e polias inferiores n11. estrutura do aparelho. D= 23d = 23 X
uma. força a:xml para baixo. ]:;la é suportada por um mâncál pêaêi X 15 "" 345 mm. Da Ta.b. 9, o m!nímo diâmetro das polias e tambores Sefá igual D > 25d
do tambor dev_e ser providenciado,· portanto, um mancal infê~-=- "ó ai:ii:~nto ou D = 25 X 15 = 375 mm. Toma.mos D = 400 mm.
de rolos li.utocompe-nsa.dor e um mancal flangeado superi~snportai::tdo forças
"axial e radial. - ~ · - · · - 6. Diàmeti;o da polia. compensa.dora. D1 = 0,6D; D1 = 0,6 X 400 = 240 mm. Tomamos
Di. = 250 mm. _co·
Quando se requer duas velocidades de movimento do cabo, utilizam-se tam-
bores com duplo barril {Fig. 60c). 7. Raio da ra.nb.ura do t~bor~ Na Tab. 18 uma ranhura. normalizada tem r 1 = 9 mm.
Abaixo sã.o dados vários exemplos de cálculos de 5eleção de cabos. 8. Passo de. hélice da ranhura. no tambor. Na Tab. 18 o passo é~= 17mm.
9. Nú.mero de- espiras, em cada fado do tambor [Eq. (51)).
E:umpla 1. Seucianar, por cálculo,, D! cabo.,, polias e tambor e~idos -para -uma pante
rolante com um eletT"!m4 de lfUltpt:ruilO. . ·-,-• Hi SX 2
Dados: Capacidade de eleva.ção Q = 5 000 kgf, altura de eleva.çii.o H = 8 m, trabalho
t = 1rD +2 = 3,14 X 0,4 + 2 = 15 espiras.
médio, peso do eletroimA de suspensão G = 2 000 kgf, número de partes do cabo z = 4.
10, Comprimento total do tambor. (Eq. 53) é
1. A máxima tra.ção no cabo. Em um sistema mli!tiplo de polias com duas polias mó-
veis e 4 partes de cabo (ver' Fig. 46), a tração, em uma parte, será
L = ( 2Hi
rD + 12 ) s + l1 = [2(z - 2) + 121 s + li =
(Q+ G+ Go)
s =
Zl1p = [2(15 - 2) + 12] X 17 + 100 = 746 mm,
onde Go - peso do aparelho do gancho, 120 kgf
, 'f/p - rendimento do sistema de polia:!!, 0,94, isto é, onde li - espaço livre entre as ranhurM das miíoa esquerda. e direita (apl'Dximadamente igual
'1 à distância entre as polias inferiores da estrutul'li. do aparelho). Toma.roos l 1 = 100 mm.
1
1 1 S = (5 OOJ + 2000 + 120) "" 1900 kgf 11. E!pessura. das paredes do tambor de ferro fundido (Eq. 54) é
,.!1l !'
4 X 0,94
Como a altura de elevação é pequena, desprezamos o pe5o do cabo.
.
w = 0,02D + 1 cm = 0,02 X 40 + 1 = 1,8 == 18 mm.
l:
i:
l!
)
)1
4. TAMBORES PARA CORRENTES E CABOS
18 POLIAS E Sl5TiMAS DE POLIAS CAP. ,t
ª' 1·
Ensaio para a tensão de compressão [Eq. (55)] é Ezemplo 4. Encontrar a !rida da um cabo do tipo W arringt<m, de tcm;tio cruzada, com d = )
-= 17,5 e F = 104 mm 2 , armado em um guiniúulc co11, capacidad~ de l'-k'tlaçao Q = 10 t, quando
1900 _ 2
D
)
1,8 X 1, 1 - 620 kgf/cm ' d= 27.
)
.a qual é permissível. A tensão real
12. Escolha das pla.cas de fi:.'!ação das exiremidades do cabo no tambor. Com um cabo )
2640 •
de diiimetro d -= 15 mm, o diAmetro dos furos para os prisioneiros, de acordo com a Ta.b. 18, a- - """'i'ô4 = 26,4 kgf/mm·; )
é igual do = 18 mm. O tipo de prisioneiros·- M18 X 50. As outras dimensões são tomada.s
também, da Tab. 18.
.4 - 8 27-8 )
·m = -26,4
-- - - - - - - - = 1,17.
Exemplo a. Selcçao de um c.1110 de aço para uma ponte rolante com. capacidade de 11leva,;110 uCC1C2 X 0,63 X 0,97 X 1
)
Q = totf,supondo a vida do cabo igual a 12 mc,es. A carga é suspensa em quatro partes do
~11bo. Trabalho médio.
A tracio P, em uma. parte d::i ca.b::i, é encoutrada pela equação Portanto, de acordo com a Tab. 11 1 z = 168 000 flexõe:;o. )
A vida do cabo é
10000
)
P = _.sL
41/
= 4 X 0,95
= 2 640 kgf,
.Y = ___!__ _ 168 000 = I6,S mese<. )
()nde 17 é o rendimento do sistemn ue
polias igual a 0,95. az.J,c;, 3 400 X 3 X 0,4 X 2,5
A intensidade da carga plena. de ruptura do cnbo 8, pode ser encontmda pela equação )
Eumplo 5. Dctêr111i11ar a// dimcn8Ü!:& de um cabo e o diàmctro do tambor para uma ponlc
S = PK = 2640 X 6 = 15800kgf, rolan/e com c:ipacidadc de 1.'lwaçuo Q = eo ti, r,p~ando cm trab:il:lo p<".sado. A rel:i.çii.o do car- )
rinho é 2 X 3; a ,•ida do cabo -- 8 mese'l. O cn.bo 6 X 37 6 de torção crn2ada com uma alma
onde K - o fator de segurança permissível, dependenido do tipo de órgãos de e)evaç:l.o e de de cânhamo de :\fanilh.'l., impl'egm1do de gn:1..w.: ' )
seu tipo de trab:.dho. Pai-a o caso dado, tomamos K = 6(I(min = 5,5).
E.'>colhemos o c.'l.bo de acordo com a norma do país: 6 X 19 = 114; 6 um cabo de torção u,, = 180 kgf/mm~. )
eruzadn. com úb - 1(>0 kgfjrnm~, d = 17 mm e F = 108 mm!.
A tenção real de tração no cabo será A tração em Ltm membro do cabo )
tT = _L = ~~~ = 244 kgf/mm1 P =
Q
0- =-20000
- ··- = 3700kgf
)
F 108 .' • Ô1J 6 X O,!l '
)
O número de flexões repelidas z do cubo, antes de sua rup~ure. por fadiga, é A carga de ruptnm do cabo, como 11m todo, é
z = az2 NfJ<P = 3 400 X 3 X 12 X 0,4 X 2,5 = 122 400 fle:<ões, )
S = PK = 3 700 X 7 = 25 900 kgf,
onde N - número de meses que o cabo esteve em operação (12); os valores de a, z2 e fJ são to- )
madas da Tab. 15. · onde K - fator de segure.nç.a, igual a 7 (parP. trabalhos pesados, Kmín "" 6).
O cabo é selecionado de acordo com U: norma do país; d = 21,6 mm e F = 174 mm2, _)
A relnç.ão A ~~ encontrada pela Eq. (19): A tensão de segurança é ' ·
J
P
A = dD = 11u1CC1C~ + 8 0,900- X 24,4 X 1 X 0,97 X l
3 700 .,
= + 8 = 29,4. tr. =y = ~ = 21,2 kgf/mm-. )
Os vnlores dos íato!'es 11,, C, C1 e C:1, são tomados das Tabs. 11 a 14, inchISive.
O número de flexões repetidas z do cabo, anLes da ruptura por fadiga, é encontrada pela
)
O diâmetro do tambor D = 25d .,. 29,4 X 17 = 500 mm. Eq. (21)
)
D
1 E,amplo 3. Determinar a vida do cabo scfrcionado no Ez. g se a n:lai;ao d = 2T. z = az2NfJ'f' = 9 600 X 5 X 8 X 0,3 X 2,5 = 288 000 flexões.
)
Temos da Eq. (19),
A relação ~ é encontradn. pela Eq. (19): )
m= _____
27 - ...;;_
8 ___ .= 0;8,
24,4 X l X 0,97 X l D . )
A = d = ma- CC1C2 + 8 = 1,8 X 21,2 X 1,02 X 1,04. X 0,82 + 8 = 41,2.
Na Tnb. 11, enc:mtra.mos o ndmero de fleitões repetidas z = 105 000. )
A vida. do cabo é encontrada pela_ Eq. (21):
O diâmetro do tambor á )
:z 105000
N = cu,J3,p = 3 400 X 3 X 0,4 X 2,5 = 10•3 meses. D = 41,2d = 41,2 X 21,5 = 885 mm.
J
)
1
. <a
90 POLIAS E SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4
E:i:emplt.J 6. Eno.mtrar a Ilida de um robo de tarçao paralela para as meunaa condifoos _do .
B:remplc 6. Da Eq. (19), CAPÍTULO 5
- .'t
= ·A - 1 = = 2,oli·
..
m 41,2 - 8 .
trC0102 · 21,2 X 0,89 X 1,04 X 0,82
DISPOSITIVOS DE ...-t\P4NIIAR A CARGA
&portando à T,i,b. 11, para. o vaklr z ... 355 000, temos a vida do (_:!l,bo
L GENERALIDADES
!L
4 Q
p = _c_o_s-,..- = 4 cos 45° = D, 35Q.
Freqüenteménte, os ganchos pos-
suem uma segão trapezoidal mais larga,
internamente. A seção trapezoidal,
além de um projeto mais simples, utiljza
melhor o material. Na parte superior,
o g&ncho termina em uma haste cilfn- (1
drica operando somente à tração. A
parte superior do gancho forjado é ros·
<:ada, para suspensão, nas travessas dos Fil!!'.• 61. Suspensio de uma. carga. em um
dispositivos portadores da carga. gancho.
]
J
r "2. GANCHOS PADRONIZADOS FORJADOS 93
)
1 OlSPOSITlVOS DE APANHAR A CARGA CAP. 5
)
Ganchos para pequrmas capacidades de carga são providos com rosca mé-
'
2. GANCHOS PADRONJZADOS.FORJADOS
trica normal em v. Em ganchos destinados a sustentar cargas de 5 tf, ou mais,
A Fig. 62a mostra um gancho padronizado simples, forjado. O diâmetro dá-se preferência à rosca trapezoidal (Fig. 62b) ou dente-de-serra (Fig. 62c). )
a e as demais proporções dos ganchos padronizados simples e duplos, podem ser Rosca dente-de-serra oferece, teoricamente, grande vantagem, visto que um
t>ncontradas em normas do país. No processo do projeto, es proporções de um gancho é ea.rregado em um só scmtido. )
gancho são admitidas por tentativa, com base nessas normas; posteriormente, A tensão unitária, na sela do gancho, pode ser encontrada pela fórmula:
o gancho é verificado A resistência. e, todas suas proporções são, finalmente, es- )
tabelecidas. Q , M M 1 y
(T= --,-+-- -
F Fr
-
y + r' Fr x
(61) )
)
onde L -tensão unitifria para a fibra à distincia y do eixo neutro;
Q - carga sobre o gancho; )
F - ár1::a de seção crítica;
r - raio de curvatura. do eixo neutro, na seção transversal crítica; )
x - fator, dependendo da forma de seção transversal e curvatura da )
viga;
y distància da fibra ao eixo neutro tem valor negativo se a fibra )
estiver entre o eentro de curvatura e o eixo neutro, e valor positivo
para todas as fibras do lado de fora do eixo neutro. )
O momento fletor M é considerado positivo se causar aumento de curva- )
tura do gancho (decresce seu raio) ou negativo se causar a diminuição de sua cur-
vatura. Como uma carga tende abrir o gancho o momento é negativo (Fig. 62a): )
i'rf =- Qr =- Q(0,5a + e1), )
h O valor de x é encontrado pela relação )
(1
(a) 1 Jc'.l - -y d F
)
z = --
F ,1 y + T 1
)
Fig. 62. Ganc:ho forjado padronizado.
:a qual, para uma seção trapezoidal com lados b1 e b2 e altura h, será )
Cálculo úas Dimensões de um Gancho. A haste do gancho é verificada à )
tensão de tra~•ão na porção roscada (diâmetro menor d1). A tensão de tração é
)
Q Pode-se admitir- com suficiente precisão, para fins práticos, que nos tipos
!Jj = 1rdf . normais de ganchos, o centro de curvatura. do eixo neutro, na seção crítica, co-
)
(59)
4 incide com o centro geométrico da boca do gancho assim r = 0,5a e1• + )
A tensão admissível de tração tT1 não deve exceder 500 kgf/em~ para o A20_. Se tomamos h = a, isto é, : = 1 e :: = n, a Eq. (62), depois de trallS- )
A altura. mínima da perca do gancho é determinada pela pressão específica per- )
missível na rosca, de acordo com a seguinte fórmula: formações, terá a seguinte forma:
5n+1 J
H = 4QI
(60) x= a(n +
l) 2 I(l,5n - 0,5) 1,09861 - (n - l)] -1, (63)
r,(i:fo - di)p ' )
visto que, desprezando-se o deslocamento do eixo neutro relativo ao eentróide )
onde t - passo da rosca;
do - diâmetro maior; e d1 - diâmetro menor da rosca. da seção, temos: )
A pressão específica admissível p (aço sobre aço) é tomada n+2 h .)
p = (300 a 350)kgf/cm:!. n+ l 3
)
l
94
DISPOSITIVOS DE APANHAR A CARGA CAP. 5 2. GANCHOS PADRONIZADOS FORJADOS 95
Nessas_co!l"dições, a. Eq. (63) pode ser usa.da para encontrar x para qualquer
. . b1
valor _de i;.
.
fibra comprimida do extremo externo), obteremos a tensão unitária., na seção
transver~ entre os pontos I e II.
Assri:t~"·
...=···\--~-~~~- ...~ ....~.~
:=#:___~
<T
Q
= -F- -
Q(0,5a + e1) Q(0,5a - e1)
......__Fr-- - ....::....:...:.....F,....r_ _:.:_ -- -
1 y
-
x y+ r -
= -2..(
l<'
1 _ O~ '. e.1
-·•r · ·
{i +. ·_!_ __y-+ )}=
x
Y__
·r· -
,. 0.-
- . ·- .·.:.. -
_ Q _f
Fl
l _ o,.'iar+ e1 (1 _ 1x --r-e1 e )] _
Q
a máxima. tensão unitá.ria de traçã.o, nas fibras internas de seção transversal, é
Q 1 2e1
<Tr
· = -F -x --
a > <Tad• (64)
..
:i:.
11'11 =...:... -.- - - - - ~Ur,d• (65)
F :e -2a '·k des das ordenadas sã.o ligadas por uma linha continua. A abscissa do centróide
~e seção é determinad& a partir da. seguinte fórmula:
Aqui, o sinal nega.tívo mostra tensão de compressão._
Se h ;a== a (ganchos padronizados), o valor do x para esses c8.5os pode ser en-
contra.do, mais facilmente, por mét.odos gráficos.
(66)
Métodos de Determina,cão Griíiea do Fato.- :a:. Para se encontrar o centróide
da seção, primeiramente desenha-se, em uma escala conveniente, a seção trans-
versal do gancho (Fig. 63). Depois disso estabelece-se um sistema de coor-
denadas LGK. O eixo das abscissa.s GI( é dividido em um número arbitrá.rio de onde f - áre& limitada pela curva.;
partes, ~ quais traçam-se linhas verticais através da. seção transversal do gancho. F - área d.a. seção transversa.l do gancho.
As verticais podem ser espaçadas ao a.caso. As áreas S = xy são representadas
verticalmente no dia.grama. As. '1-eas / e F são determinadas com um planímetro.
Para encontrar as áreas auxiliares li e 12, desenha.~ uma. linha SA a. partir
O valor de x é a distiincia do ponto O às linhas verticais correspondentes; do centro de curvatura S, e, através do ponto C, desenha-se uma paralela CB,
y é o respectivo comprimento das liJ:µJas verticais dentro da. seção. As extremida.- que determina a linha DB na vertical DA. _ Continuando com o mesmo pro-
!1
:i
CI
1
·1
! DISPOSITIVOS DE APANHAR A CARGA CAP. 5
)
j 96 2. GANCHOS PADROHl1AD0S FORJADOS 97
)
1
cedimento para todas as verticais, obteremos vários pontos e, se os ligarmos A porção cilindrica da. haste do gancho, que penetra no furo da travessa, )
por uma curva. eonfínua, encontraremos as áreas f1 e /2, que se unem no ponto C. está sujeita à tração. ~o entanto, desalinhamentos acidenta.is podem causar,
1 A diferença. f 1 - / 2 terá sempre um valor negativo. igualmente, o aparecimento de forças de flexão c, por essa ra!iio, o valor das )
As áreas fie / 2 são determinadas com um planfmetro. tensões permíssiveis é, deliberada.mente, reduzido (Fig. 62a):
1 )
·1 O fator :,; será
i
J"2 y+rdF=
lye2 2(Ji - '2)
(67)
u, = 2d; : :; 500 kgf/cm 1
)
x=-y F 4 )·
•1
")
A dis~ância entre a linha zero (fibras neutras) e a linha centróide é E:i:emp!o. Jo'."erific:irao de um gancho simples forjado.
)
px De.dos: Capacidade d.til "de elevação do guindaste G = 5 000 kgf; peso do gancho com
(68) garras tf; G0 = 1 000 kgf. )
-y= 1+:r.'
1. Carga piem~ no gancho Q = G + G0 = 5 000 + 1000 = 6 M~ kgí. )
onde p é o raio de curvatura do ccmtr6ide. 2. Tensão na rosca. Tomamos um gancho padronizado com capacidade de carga de
A Tab. 19 dá os principais valores de projeto para os ganchos simples pa- 5 tf, p:i.ra um aciona.Iliei'lto a· mot9r, e verificamos suas dimensões à. resistência. A haste é )
provida. de uma roscá métrica v, tendo o diâmetro maior de 48 mm (M "" 48). De a.cordo
dronizados. com a Eq. (59), a tensio é )
TABELA 19. Principais Valores de Projeto para Ganchos Sim.pies
u1 - --
Q 6000
=- - .,, 45()• k·gl/cm·,• )
1rdj 13,23
Düldµ.- -4- )_
dade de 8'1ÇãO
Diflân- Raio da Raio d11
Capaci- Ârea da eia entre boca curvatu-
Ta do
.
Ârea de projeto
c1n cm.-
ciaentTe
/i'alOT a linha
z = wro e o
DiBtân-
eia entre
a li11ha
que é permissível. )
ocrntTói a =2(J1-J1l 1:1:niróide 3. A altura mínima da. porca do gancho jEq. (60)] é )
elevaçao crítica de t o gancho zero e o
Q, t F, cm! contorno 2 ,cm p, cm -F p:,; contorno
inlwno li Í2 ;Y = 1+~ interno H _ 4QI 4 X 6 000 X 0,5 = 4 cm•. )
:i:0 cm h1=:i:a-r - 'll"{dã - di)p = 3,14 (4,8'1- 4,12) X 150
)
3,44 1,13 1,5 2,63 0,138 0,278 0,081 0,196 0,9M 4. Verificação das tensõe1 na sela do gancho. Da. cJnstruçio gráfica. obtemos {Tab. 19),
0,25
0,5 5,8i 1,56 2,0 3,56 0,227 0,488 Q.,039 0,292 1,268 área da .seção crí~ica., encontrada com um planímetro, F = 58 cm2. )
1,0 10,26 1,98 2,5 4,48 0,437 0,919 0,094 ·0,384 1,596 A área. formada pela curva em coordenadas LGK (Fig. 63) é / = 266,5 cm3•
1,5 17,52 2,63 3,0 5,63 0,760 1,578 0,0935 0,481 2,149 A ab3ci9S& do centróide é )
2,0 28,i 3,30 3,5 0,80 1,381 2,800 0,09B 0,610 2,690
3,0 41,1 3,96 4,0 7,96 1,690 3,970 0,110 0,787 3,173
J 266,5 )
5,0 58,0 4,61 4,75 9,36 2,930 5,720 0,0951 0,820 3,790 :. - -,- - ~ = 4,61cm.
7,5 77,8 5,40 5,5 10,90 3,551 7,730 0,108 1,060 4,340
5,095
)
10,0 101,0 6,28 6,5 12,78 4,250 10,500 0,120 1,185
Aa 4reas auxiliares obtidas com um pla.nímeho sio
)
li= 2,93 cm 2 e Í2 - 5, 72 cm2.
As tensões unitárias determina.das pelas fórmulas (64)
Tensão Admissível.
)
Fator z [Eq. (67)1 é
e (65) não devem exceder 1 500 kgf/cm~. para o A20. )
A seção III- IV é verificada à resistência. no ân~o ma..'Clmo permissível 2(J1 -!2) 2 <2, 9~ ~S,?2) = 0,0961 {Tab. 20).
2a = 120°, da mesma lll!Lneira como na seção I-II (Fig. 62a). z= -F )
')
Desprezando-se a força. de cizalhamento ~ , os cálculos são feitos para a
A distância entre a linha lleto e o centróide, pela Eq. (68) é
pz 9,36 X 0,961 )
força JL tg a, de acordo oom o mesmo método acima usado, toma.ndo-se ao 'Y = 1 + :i: = -1+ 0,0961 = O,S2cm.
2 )
ª , o valor r' e as correspondentes dimensões da seção.
· és d e 2
mv
A distância entre as fibras internas extremas e a linha z·ero (Fig. 63) é _)
e1 = h, = :z:, - 'Y = 4.,61 - 0,82 = 3,79 cm.
)
)
'!
·,l ·
:1 -.·..
3. GANCHOS • l>ll!'LOS FORJAl:lOS
9B
... -
DISPOSITIVOS DE APANHAR A CARGA
.;
CAP. S
Ganchos duplos (Fig. 64) são projet'ados com selas menores do que as dos
ganchos simples de mesma capacidade de lll<1va~ão. As dim<1nsõcs das porções onde a - diê.metro do gancho;
lisas e roscadas, da haste do gancho, são qua,;<' as mesmas dos ganchos simples, e 61 - distância entre a linha. neutra e as fibras extremas·
. -~ 61
e a parte roscada da haste é verificada pelo mesmo método de cálculo. F - área da seção transversal crítica. '
O valor do fator x é, usualmente, determinado graficamente (ver Fig. 63).
Visto q~e. as forças na _linga.. atuam em ângulo, é necessário verfficar a seção
-III-IV, admitindo-se o maior ê.ngulo 2a = 1200. Como no caso de um gancho
')
Seção AA
simples, os cálculos são feitos para a força normal ;i Q tg a, desprezando-si:'
2
a força cor&ante 3 Q.
As tensões ~dmitidas são as mesmas dos ganchos simples.
A~ regras de operação dos guindastes proíbem suspensão da. carga em um só
lado; isso, entretanto, é perfeitamente possível. Admitamos que metade da.
~arg~ ~ suspensa. de .u~. la.do. Neste caso a haste principal será sobrecarregada
a m~Xlma tens_ão umtaria, a qual pode ser determinada (Fig. 65) partindo-se das
segumtes considerações {seção crítica V- VI):
P, = ~ cos {J;
Q p
Fig. 64, Gancho duplo.
P<i, =- 2 sen f]; cr, = j, e T.,-.
Em princípio, a porção curva. de um gancho duplo é verificada. da mesma A tensão de flexão u11.~ surge do momento
maneira. que os ganchos simples. Entretanto, em virtude da suspensão assi~
trica, a. tração da linga deve ser um pouco aumentada (aproxima.damente de 1/3). l1f11u = - P,(ª +2 d)·
Devido à força. 1 ! X ~ = ! Q, atua;ndo em um ~ado do gancho, a
Portanto,
tração na linga atuando, em um ângulo com a vertical (usualmente a= 45°), Fig. 65. Gancho duplo com
será P =- ~- Ui:= -V(u, + cr1ru:): + 3T1. {72) ~ carga. suspensa em um lado.
3 CDS a
)
100 DISPOSITIVOS DE APANHAR A CARGA CAP. 5 4. GANCHOS TRIANGULARES SÕLIDOS )
101
E:coiiiplo. Verijica{<'1.a das tB118cl86 11a po~IIO curva de um gancho duplo forjado. A distância entre a linha zero e centróide é )
Da.dos: Capacidade de carga 15 tf; dimensões como na Fig. 66.
lfZ 13,8 X 0,104
)
1. Carga plena. Q = 15 tf. 'Y = 1 + :e = +
1 0,104 = 1•29 cm. )
2. Forç:1 normal à. seção [Eq. (69)1: A distinciu. entre a fibra interna e."(trema e a linha zero e )
2Q sen(cz + IJ) 2 X 15 000 X sen 77º = 13 750 kgf. e1 = :i:. - 'Y = 6,8 - 1,20 = 5,51 cm.
P1 = ~,;;-ª-- - 3 cos 45• )
4 . As tensões ani !.árias são:
)
3. Fat-0r :,;, P1 1 2e1 13 750 l 2 X 5,51
ÃreP. de seção transversal F = 115,8 cm 2• aI -- F -; -ª- -- 115,8 X 0,104 X 14 = 000 k..t/cm
Ili',
2 ·, )
Ãrea auxi.liu.r J = 789 cm 2. A abscissa do centróide é
~3 750 X _ l _ X 10,45 = _
)
f 789 520 kgf/cmt.
z. - ...,__
- F
= --- = 6,8cm.
115,8 · 115,8 0,104 ~ 16 + )
2
As á.re:1~ auxiliams ,;ão ft = 5,71 cm! eh= 11,7 cm2• Ambos os valores sã.o perm.issiveis.
)
Assim, o fator )
2(}1 - JiJ 2(5,7] - 11,7} •1. GANCHOS TRIANGULARES SÓLlDOS
:c = =. = 0,104. )
- F - 115,8
Os ganchos triangulares sólidos {Fig. 67) são, usualmente, empregados em )
guindastes de alta capacidade de elevação (acima. de 100 tf) e ocasionalmente
cm guindastes médios a motór. O inconveniente desses ganchos está no fato )
de que as lingas que sustentam a carga devem passar _pelos olhais. Os ganchos )
triangulares sólidos são forjados cm uma só peça. ·
Do ponto de vista de forças externas, um gancho sólido é estaticamente )
determinado e, em relação n.s tensõC's internas, é três vezr.s estaticamente inde- )
terminado. Visto que o arco é feito inteiriço com os la.dos, e sujeitos a forças
de flexão, estas causam, também, flexão nos lados. )
Fibras neutr35 -:=::__i ce11tróidt )
d•110
)
~m .
S•xg~~
Dimensões em. cm
x )
)
)
)
)
F~. 6i. Ganchos triangulares ~ólidos. )
)
A Fig. 07 ilustra a. tentativa de um diagrama de momento fü•tor. D('. acordo
com as invc•stigações, o momento flctor no arco será )
2/3U=10t
)
Fig. 66. Cálculos a tesistência pe.m um gancho duplo. )
_)
)
DISPOSITIVOS DE APANHAR A CARGA CAP. S 5. GANCHOS TRIANGULARES ARTICULADOS 103
102
....
1 .. - onde a - ângul~~-entre OS"' lados inclinados;
Q - carga;
1 l - vão do arco, medido ao longo da linha neutra das seções.
As junções entre o arco e os lados, bem como entre a haste e os lados, deve
i;er gradual e sem cantos agudos. (e)
,i A máxima tensão unitâria no arco (Fig. 67) pode, também, ser encontrada
'i pela. Eq. - ..• _._ . _ . • "::;./• ::· :" ·
..... - . {fl) (Ô)
(74)
W - módulo de resistência;
F - área. da seção transvel"S.9.1 do arco. "W! ·,_.
)
104 DISl'OSITIVOS DE APANHAR A CARGA CAP. 5 1 6. ORGÃ0S PARA GANCHOS DE SUSPENSÃO 10$ · )
onde p = ------.
Q
C(
(pressão específica); l O recesso do anel de assentamento é feito com uma profundidade de 3 a
10 mm, depeadendo do tamanho do IIU1,nca.l. Os ma.~cais devem ser cobertos
)
)
4.cos 2 bd
por uma caixa, para protegê-los contra a poeira. e umidade. )
b- largura do olhal. A Tab. 20 dá as dimensões e eargas para os manca.is axiais àutocompensa-
dores para ganchos que transportam de -5 a 75 tf. )
6. ÓRGÃOS PARA GANCHOS DE SUSPENSÃO TABELA :?O. Dimens?e._ dos Mancais Axiais de Rolamentos de &feras para
)
Ganchos. :m.m )
Pesos de Ganchos. Para levantar cargas leves (= a.tê 5 tf) os ganchos sã~,
freqüentemente, fixos diretamente a um& aparelhagem flexível de elevação. )
Entretanto, nesses casos, o gancho é muito leve para vencer o atrito no meca-
nismo de elevação, durante a descida. ·Por essa ra.zão, deve-se adicionar um peso )
ao ga.ncho (Fig. 69). Para amortecer os choques, o peso do gancho, é, muitas
vezes, provido de molas. Elas são extremamente importantes ém guindastes )
que trabalham em martelos d.e forjaria. )
)
)
•••
I'
i! )
/! Capacidade Limita das
~
''i de. clcL•açao
Q, t
tl1 ,/4 ri.; lJ Di. h R r c:irgas de
trabalho, t
)
•••
;t )
j 5 50 52 75 92 100 36 75 1,5 7,5 )
7,5 60 62 85 106 115 41 85 2 9,0
l 10 70 72 95 120 130 44 95 2 11,6 )
l 15 80 82 110 136 145 50 llO 2 15,8
!
20 90 93 125 155 16.5 57 125 2 20,6
25 100 103 140 172 185 64 140 2 26,0
)
30 115 120 160 200 215 74 160 3 35,5
40 125 130 175 220 220 79 175 3 41,5 )
50 130 135 185 240 250 101 185 3,5 58,0
60 150 155 ·205 ·250 270 106 205 4 67,4. )
75 170 175 230 235 300 111 230 4 77,5
)
)
A.a porcas devem sr.r munitlas de dispositivos de segurança. para evitar sr.u
desaperto. )
Travessas para Ganehos. A.a travessas dos ganchos são articuladas em )
placas laterais do aparelho, usualmente · reforçados com tiras ou talas de e.ço.
Isso permite que o gancho gire em duas direções entre si perpendicularEs. A tra- )
vessa é forjada de aço e provida, nas extremidades, de dois mnentes torneados.
Fig. 69. Ganeh-0 com peso adiciona.!. O diimetro do furo, para a haste do gancho, deve ser um pouco maior do que J
a própria haste. Alguns projetos de travessas estão mostrados na Fig. 70. )
Mancais de Ganchos. Mancais axiais de esferas permi~em ao gancho car- O momento fletor máximo é
regado gírar facilmente .110 manuseio de cargas acima de 3 tf. Montados nas )
travessas, eles suportam as porcas dos ganchos. O melhor projeto é o de man- MT'" = ~- ..!_ - _Q.:. .!!!... = _!L (l - o 5d1) . (76)• )
cais autocompcnsadores com anéis de assento esférico, visto qu~ não necessitam . 22 24 4 '
de superfície esférica na travessa. )
onde d1 - diâmetro externo do anel de assent-0 do IIW1cal.
J
·.l
... -. ·-;.
·- ... "· ~ .
•,. - 6. ORGÃOS PARA GANCHOS 'DE SUSPENSÃO 1!17
DISPOSITIVOS DE APANHAR A CARGA CAP. 5
... ··- ~
A Fig. 71 mostra uma travessa com munhões, para. montar duas polias de ,
O módulo da resistência é
.. 1
cabo. As forças dos cabos, atuando rui.s polia.s, são vistas durante os cálculos
como cargas Ul).iformemente distribuídas, atuando sobre os munhõe.s. O mo-
(77) mento fle.tor no meio da travessa. é
·.:.
+ So + s).
O momento flefor, para os munhões das traves:5as, é
Ms = _g_
2
(~
2
(81)
(78}
O módulo de resistência é determina.do pela Eq. (77).
. Os mu~hõ!s das travess.~ não deven:i- ter d~slocamento axial, i:orem devem ./
girar. A fum.çao pode ser feita por anéis de a.Juste, .. p~§os por 'l)mos cônicos
por meio de um anel fendido, inserido em um rasgo do munhão e fixo, com para~
fusos, às tiras ou ta.la.s (Fig. 70). Esse modo de fixação é de uso mais düundido.
Como foi dito acima, a travessa é presa às placas laterais, as quais t1.11Il.len-
tam sua. resistência co.m talas ou tiras (Fig. 72). Via de regra, somente as talas
sã.o verificadas à resistência., desprezando-se as chapas, em vista de sua tela.ti,a-
mente pequena espessura. As talas são verificadas como segue.
Na. seção_ A1B1 (Fig. 72),
Q
rr, = 2bs
Q
u, = -2-(b---d)-8
.'
)
? p )
p = ---
,r
--
R
kgf/cm.
.
(83)
)
Pru:sando mentalmente uma. seção através de 1-I, eliminando o lado direito
e denotando as forças elásticas sobre as seções doa nel, como mo~ra a Fig. 73,
-,
podemos estabelecer a equação do equilibr!o do lado esquerdo: )
. )
N1-N~- - P 2 J2
1i o
cos 'P scn 'P d,p = O; (84)
)
)
(85)
}
Como incógnit8.;S extras tomamos M1 e Ni. )
Fig, 72. Trnvessa com tala.s, pnra um aparelho de quatro polias.
}:
A press1io específica é )
p = _Q___ )
2ck,
N, )
A tensão unitária na superfície interna é
)
p(2R) 1 +d!
(T A3 = (2R)2 - d2 . )
A tensão unitária na superfície externa é )
p2d 2 )
(2R)2 - ci2 )
A. máxima tensão será na superfície interna, isto é, )
Q(4R 2 +d 2)
)
cr ,1~ = 2ds(4R! - d:!) ;
)
portanto,
Fig. 73. Diagrama de cálculo pa.m uma travessa.. )
s=
Q 4RZ + d2 (82)
2d CT: 4RZ - d 2 Da Eq. (84), encontramos N~: )
)
Cálculo Preciso da Resistência das Travessas pelo Método (86)
DesenyolYido por A. A. Staroselski )
Se a travessa é projct.ada com um assento, para um niancal de rolamento, Depois de substituir N2 na Eq. (85), teremos )
pode-se admitir a pressão na superfície de contato da área carregada como dis-
tribuída sobre um meio cilindro, de· acordo com a seguíntc lei:· )
(87)
Pc =p cos <p. _)
J
t
r(
)
ll - 110 DISPOSITIVOS DE APANHAR A CARGA CAP. __5 6. õRcyAOS PARA GANCHOS DO: SUSPENSÃO 1 ll
i
:1
_.;;. O momento fletÕr, numa seção arbitrá.ria do meio an~l inferior, será O desenvolvimento das Eqs. (89) e (90) pode ser escrito como 1cegue:
il
)
"-= 1111 - N1R1(l - ! . --
1!
)
~ 10 cos \O)+ PR J:costsen('I' - ~)d~
f~[Mi - N1R(l - cos I'?) + :. PR ip sen IP] d,p +
11 ·-
ou -.-',a
.
+:
'
ll
\
+ J~[M1 -N1R(l +cos 13) +P(~ ).cosB] d/3 = O;
11 :"".'"'·~--
ll1 aM.. = .1 ,. i}ivlm = .
;
JJMi aNi. - R(l - cos ,;;,).
f + ! Jc1 - cos 'P)d,.p+
•
li ~[-21,J 1 - N1R(l --: cos .,;;,) PR 'P sen rp
O momento fle!;or nums. seção arbitrária do meio anel superior será
1i .
M í! = M1 + N2R(l - cos {3). r
11
Usa,ndo as relações (86) e (87); po9emos reduzir a. expressão de 1tJ fJ à seguinte
.
1:1
àM 1/
àMi = 1,
iJM/J
aN, = - R(l + cos fJ). • 4:rrN1R - P(R + 2lJ = O;
}
l'l A energia po~encial total de deformação na t-ravessa é igual à soma. de três irM1 - 1JNi;:+ P(2: + Tl) = O.
I; J :adendos: energia potencial da parte retílínea (U1), do meio anel inferior (U:) e
.""'.. <io meio anel superior (U3); Rcsolvend~as, encontramos
jr
U = U, + U! + U3.
~
fJ\
1
_
-
1i L
jil,
!,L -·
nim_o_ trabalho, teremos
ó(U2 + Ui)
à:Mi
O; (89)
M1 = e- 0,12 + 0,034 f )PR. (94)
r .;. Sr. . _, anel externo do manca.l de rolamento for de ajuste, prensad"o na tra-
:i acu: +JJi) = o. (90) vessa, ele tomará parte na operação da travessa, aumentando sua rigidez; isso
ôN1 foi despreza.do nos cálculos.
\i Quando a parte, em anel, <ln. travessa., é um elemento de um par_ deslizante,
A energi& µDtencial, devido ii. s.ção da força normal e cort.ante, pode ser des-
lt prezada por ser muito pequena, comparada com a ene1·gia potencial Q.o momento então, devido à folga do ajuste, o contato com o munhã.o é sobre um arco menor
fletor, determinada pelas seguintes equaçõcts: que 180'> e a lei de distribuição desvia-se da lei da curva co-senoidal. Entretanto,
:r )
julga.mos possível também nesse caso utilizar a solução acima., . como uma pri-
meira aproximação .
J
.r
i! i 111~
) U: = 0
E" - Rd,p: (91} Exemplo 1.
Cdlculo· da remli:ncia d• uma lraves~a de ga-ncho (Fíg. 74,).
iW
Usaremos os mesmos dados do exemplo para um gancho simples.
r L Cil.lculo à resistência da ti-ave,,sa {Fig. 74). De acordo com a Eq. (76), o má:ómo
:t
:! Uz = _a I 111;i
E[ Rdl", (92)
momento Uetor é
!1
M """'1. = TQ (l - 0,5di.l = -6 000
4- (22 - 0,5 x 11) "" 24 750 kgfjcm.
i' onde ! é o R1nmento de inércia equatorial, da seção transversal do anel.
t I\
.,
),
4
DISPOSITIVOS DE APANHAR A CARGA CAP. S 6. ÓRGÃOS PARA GANCHOS IJE SUSPENSÃO , 113
)
,
112
A força normal, atuando na. seçã'.l inferior, de acordo com a Eq. (93) é
l
O módulo de resistência [Eq. (77)] é
... _ .-:..-"!'-· ..
Fig. 71. Gancho com grampo _de segul.'llllça. Fig. 79. Aparelhos de pne.ho.
).~,
,:; '&-,1
l
1Hi DISPOSl'TNOS DE APANHAR A CARGA CAP. S
118 DISPOSITIVOS DE! APANHAR A CARGA CAP. 5 7. GARRAS DE GUINDASTE PARA t'ARGAS 119
7. GARR.4..S DE GUINDASTE PARA -CARGAS UNITÁRIAS E PEÇAS • de ca.ixa.. Os moldes de cai.-.:a são suspellSOB por correntes nos suportes, ajus-
. .·. táveis ao longo da viga, e gradua.do em ranhuras na face superior da mesma.
-um fator de utilização mais alto e capacidade de manuseio dos órgãos de Os rolos a, que permitem o esvaziamento dos moldes _de caixa, acrescentam a.o
elevação depende diretamente do tempo requerido para suspender e remover dispositivo comodidade de manobra.
_a_ carga. Esse tempo é reduzido por dispositivos especiais de garras que devem: ·• ... -~--- Garras de Guindastes e Grampos, Partes similares, como, por exemplo, ro-
1) concordar com a forma e propriede.des das cargas; dejros, ei;icos, chapa e placa. de aço, rolos de papel, bobinas de' fio etc., são ma-
2) agarrá-las e soltá-las rapidamente; nuiiea.dós por .ga.rra.s, que se ada.pta.m à forma da carga. O tipo de garra para
3) possuir resistê~c!-i\, mecânica adequada. e segura; rodtliro!, eixos e árvores, dependem de seu comprimento e do número de partes
4) satisfazer aos requisitos de segurança; manuseadas, simultanea.mente.
5) não danificar a carga; A Fig. 84 mostra. garras do tipo suspensão, eixos curtos e longos. Em garras
6) ter peso mínimo;· -· ·- ··;;~ com unhas, para eixos longos, as extremidades das unhas são levemente viradas
para cima, para evitar que os eixos rolem para fora. O tipo de ga.rra para cha.pas
7) ser de fácil opera.ção. _ _
!I As cargas, manuseadas nas empresas industria.is, podem ser subdivididas
-:: t nos seguintes cinco grupos.
1
h
1,
1. Cargas unitárias, regra geral, incômodas;_ por exemplo; ca.ldeiras, má-
quinas montadas, estruturas metálicas etc. ®t
.),~
2. Cargas de peças, em ma.ssa.: lingotes de aço, fundidos de ·{am&Ilbos mé-
I' dios, forja.dos, peças de má.qufoas, aços laminados, chapas e placas, caixas, barris,.
fardos etc.
-
1
1
r· --,---- dl~
J'.
S___ ~-=--·--=?__:
::-~.:. l ·1-.
a-: Carga de peças pequenas, em massa: pequenos fundidos, forjados, peças
1:
!I
de máquinas, gusa., parafusos, rebites etc. l....
-·-i-·
··-r·......,·· ·-· cl:~'~l
---- -·-·--- ··-·-
1
l1,l
4. Material solto: ca.ryão, coque, cinzas, areias, cavacos metálicos etc.
5 . M!Lteriais líquidos: fepo fundido, aço e outros metais em fusão.
. --·~
j Os primeiros três tipos de ca.rga sã.o manuseados pelos segwntes disppsitivot Fig. 8~. Garr&S ps.ra eixos curtos e lo!lgos.
especiais de ga1Tas: vigas de suspem!ão e grampos, plataforma de c&rga e ca-
't çambas de esvaziamento .•. __ .. __
lateral, e t-enazes comuns e de aperto automático. e placas de aço depende de. espessura. e comprimento das chapas, de seu número
Vigas de S~pensão. Estes dispositivos são empregados para mover cargas
nos lotes e do modo de manuseio - horizonta.l ou vertical. Usua.lmente, dá-se
Jonga.s, incômodas e pesadas, ta.is como locomotivas, vagões ferroviários, e&l~ preferência ao manuseio horizontal, mas as chapas não devem deformar-se ex-
,t cessívamente (Fig. 85a).
deiras, laminados longos, chapas e placas de aço etc. A Fig. 83 mostra a viga
de suspensão, de um guindaste de fundição, para suspender e esvaziar moldes Placas espessas são movidas, verticalmente, pelos dispositivos mostrados
J na Fig. 85b, nos qu9.is as placas sã.o apertadas pela ação do seu próprio peso. As
placas são movidas horizontalmente, por meio de grampos presos em lingas de
il corrente com quatro pernas (Fig. 85c e ri). Grande número de placas são comu-
il mcnte manuseadas por eletroímãs de suspensão (ver ababm). A Fig. 86 mostra
diferentes tipos de dispositivos agarradores.
it
Platafot'rna de Cargas e Caçambas de Desau:ga Lateral, Estes órgãos são usa-
:i, dos para manusear lotes de cargas, em pes;.as (caixas, fardos, barra. de aço, peças
de má.qtrinas etc.), e também cargas de pequenos tamanhos (briquetes, tijolos,
1:~ ferro gusa., pequenas partes de ferro fundido). Para evitar desastres, cargas
1. i pequenas nunca devem ser transportadas em plataformas e caçambas, do tipo
iI·
Jf aberto. -
)l • 1 O conteúdo das plataformas e ea.çambas devem ser descarrega.das por guin-
il
Fig, 83-
llJ
Viga de suspensão p&ra nm gui!ldaste de fundiçAo, para pre!lder e esva.ua.r.
dastes, sobre carros ferroviários planos. Elas são freqüentemenw, de tipo des-
tacável ou de descarga. Uma caçamba de descarga lateral típica é mostrada
na. Fig. 87.
lt
1
lt
r ·)
120 DISPOSITIVOS DE APANHAR A CARGA CAP. S 7. GARRAS DE GUINDASTE PARA CARGAS 121 ")'
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(b) )
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....• . Pie.cu.
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~
!
,ii~.iíN!~tf1\S:ililf:~tf1 (d)
J
)
4
Firç. 'fo .. Tenazes para manuseio de placas de concreto e grandes pedra.s.
!l
-~ r -:
-f _.-
(a) (e)
Fig. 93. Cuba de descar~ inferior e descarga lateral.
1 ....
1:
,!
1.
~ ~~
~'·
!
j
1
l
1
J
pode ser, a qualquer tempo, adaptada ao transporte de caixas ele moldes de fun-
dição, modelos e fundidos. .
. te em garrás automáticas, no manuseio de material em pedaços, é seu grau de
utilização e capacidade de segurar a carga; a par disso, elas não devem esmagar
1
o material, deteriorando, muitas _yezes, a. sua qualidade. Caçambas automá-
1 Uma caçamba automitica aciona.da. a motor pode ser descarregada de q~al- l
! ticas comuns, nas quais as pás oscilam num plano, não são muito eficientes no
q\l.f'f alttir~ :e- agàrrar o material cuidadosamente, porque a abertura das pás
J)CTdo · seÕJjt's:tlltia a prolongar a vida de serviço dos meios do transporte (carros ! manuseio de materiais em pedaços. Um preenchimento adequado é facilmente
.~alcánçado numa garr!P d~ múltiplas pás, em que as arestas são localizadas em
L
r. ffrroviários etc.). -
diferentes planos. Tais garras são conhecidas como garras-tipo-casca-de-la-
ranja. Graças à forma de tenaz, ou melhor, de lê.mina, de suas pás (esses dispo-
l Caçamba Automáti<:a Acionada por uma Talha Elétrica.' Este projeto (Fig. 101)
eomprcend8 uma caçamba automática comum do tipo braço de alavanca, sitivos de 3 a 8), ãpanham facilmente a massa de material em pedaços, causando
j mm um eixo central para. as pá~i que S'ão..fechadas por uma talha elétrica. As apenas danos insignificantes à sua integridade. À medida que as lâminas da
pás sã.o controladas pela talha de· éabõs, cujas polias sã.o presas na travessa garra-tipo-<:asca-de-laranja. penetra no material poroso, encontra várias resis-
inforior. Para,. evitar acidentes e desarranjos caso o motor não desligue quando tências e, por essa razão, a operação da garra será mais efetiva se suas pás se
a caçamba estiver fechada, ela é provida de um acoplamento de segurança mo.,yer.~lat independentemente uma das outras. Com efeito, numa garra-tipo-
' entre o motor e o mecanismo de elevação.. · ca.sca-dê-laranja com oito pás, por exemplo, quando quatro das pás se apoiam
contra o material, as outras quatro penetram em sua massa; portanto, essas qua-
tro pás pod.em penetrar no material somente se o projeto da caçamba lhes per-
mitit_:-.e.vanç-a foente das outras pás, isto é, se elas se moverem independen-
temente. . ~
O -prãjetô'- de uma caçamba-casca-de-laranja de seis pás é mostrada pela
Fig. 102a. As pás da garra são ligadas por bielas c~m a. cabeça e o cabo de
i
1;
1
í
1
1 (a)
1
~
1-:.-
);
136 D,S?OS11lVOS DE APANHAR A CARGA CAP. 5 10. MlâTODO PARA PROJE1AR CAÇAMBAS 137 -) '
yi
fechamento, e não através da travessa inferior, como nas caçambas automáticas A dependência. entre o peso e a capacidade da caçamba pode ser expressa
comuns. Cada pá é provida de uma polia para o cabo de fechamento, que en- pelas seguintes relações: )
volve consecutivamente as polias da cabeça e as pás, levando as pás a movimentos (a) para uma caçamba de trabalho leve
independentes. Dessa maneira, a caçamba é uma combinação de mecanismos )
separados, operando de modo semelhante à mão humana. Gar = 0,8Y + 0,5; )
Quando um<J. caçamba--casca.-de-laranja se fecha, desenvolve-se em cada (b) para uma caçamba de t.rabalho médio
polia um!:! força definida. Alcança-se uma distribuição uniforme das forças )
nas pás, porque o cabo de fechamento envolve consecutivamente as polias na. Úor = 1,5T' + 0,5;
cabi:;ça e nas pás e passa através de polias de compensação. Para esse fim, as )
(e) para uma caçamba de trabalho pesado
polías têm, na cabeça, construção de forma estrelada. )
O movimento externo das pás é limit2.do pelo tamanho do anel que as une. Gg; = 2,3V + 0,5;
As polias das pás são protegidas por envólucros que, simultaneamente, prote- (d) para uma caçamba de trabalho muito pesado
)
gem o cabo de fechamento contra o desgaste. Os cabos de elevação são fb::os na
cabeça da garra por grampos de cunha. Uma vista geral de uma garra-casca- GQT = 3V + 0,5; )
de-laranja pode ser vista na Fig. 102b. A Fig. 102c e d, mostra a garra. manu- )
onde G0 , - peso da caçamba, em t;
seando uma pedra. 1f capacidade da caçamba, em m 3 •
Uma garra pa.ra. manuseio de cava- )
cos de metal é mostrada pela Fig. 103.
Suas pá.s são em forma de dentes sepa- )
rados, de aço. Uma garra de múltiplos, )
dentes para pedras (Fig. 104) é uma
variação de uma garra de múltiplas pás, )
adaptada para manuseio de material
em grandes pedaços. )
)
10. MÉTODO PA~l.A PROJETAR:'CAÇA1\I-
BAS AUTOMATICAS )
Há muito tempo, temos escassos )
conhecimentos do fenômeno que aparece
Fig. 104. Ga.rm de múltiplos dentes para. manuseio de pi;dras. )
durante a operação dos vários tipos de
garras, pás, caçambas, raspadores etc.,
que, ~utomaticamente, agarram diversos Os tamanhos elas pás da r1açamba, são encontrados a partir da capacidade )
materiais a granel, porque conhecemos dada e da.s principais dimensões padronizadas.
)
muito pouco das propriedades físicas des- Usando um diagrama cotado de transrntssão do mecanismo da caçamba,
ses materiais. No entanto, para a ope- e os dados dos pesos de suas partes, podemos encontrar as forças que atuam em )
ração normal desses dispositivos, como suas partes, baseados na estática.
garras, o conhecimento das propriedades Dados experimentais recomendam as seguintes relações de pesos: )
Fig. 103. Garra para c!l.vacos metálicos. físicas das cargas constituí um requisito
G1 = 0,2G,rj )
primordial.
As seguintes propriedades dos materiais a granel afetam os parâmetros das G2 0,50,.; )
caçamb!l.s: dimensões e fornl!I. dos pedaços, seu grau de unidade, viscosidade, G: 0,3G~.,
atrito interno, peso específico a granel, grau de resistência do material à pene- )
tração de corpos estranhos etc. Os métodos de projetar caçambas, baseado onde G1 - peso da travessa. inferior com contra-pesos;
nas propriedades físicas dos m!l.teriais a. granel, seria considerado ideal. Infeliz- G2 - peso das pás; J
mente esses métodos ainda não existem. G3 - peso da travessa superior, com as bielas.. J
As C!l.ça.mbas são projetadas pelos seguintes métodos. As forças determinadas são usa.das para. verificar a resistência das partes
da cat,ia.mba. )
O tipo de caçamba e seu peso são selecionados, com base nos dados expe-
rimentais e a espécie do material ma.nuseado. Finalmente, determinamos a força necessária para fechar as pás. )
)
)
1'''
..,
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j - ~ ...
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t1
Fig. 105. Guindaste de Jan ça com carrinho rotitivo com tenn~es de cadinho.
1
1
1.
140 DISPOSITIVOS DE APANHAR A CARGA CAP. 5 11 • DISPOSITIVOS DE GUINDASTES 141 )
.1
}
IL DISPOSITIVOS DE GUINDASTES :PARA MANUSEIO DE Uma panela de tambor pode ser inclinada. ma.is facilmente do que -as panelas
MATERIAIS L1QUID0S comuns, de igual capacidade, porque, nas primeiras, somente o atrito do metal )
em fusão contra as paredes do tambor e o atrito nos manca.is precisa. ser ven-
Cadinhos, (para. ligas de cobre, &!)O e outros metais em fusão) são fabricados cido, enquanto que, na panela comum, alguma. parte do metal em fusão deve )
de lIUl,teria.is refratários; eles suportam de 40 a 300 kgf de metal. ser eleva.do. Pa.ra separar o revestimento da panela do tambor, suas paredes
Os cadinhos são retirados dos fornos e transportados por meio de tenazes. destacáveis podem ser facilmente removidas. Como as panelas do tambor estão l
Elas não danificam as paredes dos cadinhos, embora estas percam muito de sua sujeitas às mesmas tensões sobre toda. a sua superfície, elas têm vida mais longa. )
resistência, devido às altas temperaturas. que os outros projetos de panelas.
)
A Fig. 105 mostra um guindaste de lança. com carrinho rotativo, com uma
alavanca e tenazes para manuseio de cadinhos. )
Panelas, para manuseio de metais líquidos, são feitas de placas de a!)o e )
têm revestimento refratário. Panelas de pequenas capacidades são manuseadas
'
i· miµiua.lmente. Panelas grandes sã.o tre.nsportadas por carros de bitola estreita )
ou monotrilhos, ou por meib de guindastes.. Elas são suspensas no gancho do
guindaste, por: meio de a.Iças basculantes especiais. )
Guindaste de pequena capacidade para panelas são basculadas manual- )
1 mente por meio de alavancas de garfos (Fig. 106); evits.-se o autobasculamento
f
! por meio de um encosto especial. Para ,·azar caçambas de tamanho médio, )
faz-se uso de um dispositivo especial de basculamento, acionado por volante.
Panelas grandes são basculadas com auxílio de um mecanismo especial montado )
no carrinho de guindaste. Panelas . de vazamento itúerior (Fig. 107) são do- )
tadas de um furo de vazamento, no fundo, fechado por um. tampão, ajustado
sobre uma haste móvel. A haste é aciona.da por um sistema de alavancas )
articuladas, cujo projeto deve levar em conta a dilatação ·do metal, devido à.
temperatura. )
Panelas de tambor com capacidade de 0,5 a 5t (Fig. 108) são empregadas )
em fundições; elas são movidas em truques, ao longo de trillios de bitola estreita
ou por meio de guindastes. )
)
)
)
)
)
)
)
)
Fig. 108. Panela. de tambor.
l - ta m.bor- com reve:1titnento re[ratárioi 2 - volante pa.ra ba.acuW a ca,camba ~ 3 - eng:reMmen to. J
Operaçãn mais fácil e mais segura (o pessoal é mais protegido contra a ra- )
diação de c:.lnr do que no serviço com panelas comuns) e perdas insignificantes )
devido à:' radiuçfü1 (porque os tambores sã.o fechados) tornam altamente eficazes
a aplicação de panelas de tambor. J
J
)
r '',
1, MECANISMOS DE RETENÇÃO
CAPITULO 6
'"'"-. .
~-- ..... ..
l. MECANISMO DE RETENÇÃO
O comprimento dos dentes (largura da área de apoio da lingüeta) é selecio- [crti.J - tensão de flexão admissível.
nado levando-se em conta s. pressão unitária. linear A fórmula (95) (ver Fig. 109b) é o~tida. como segue;
Seja ABGD a área de fratura do dente.
.,-·-. p A equação da resistência à flexão será
b=-,
p
.----·-
onde P - força periférica;
p - pressão unitária linear. 2M
Usualmente, a = m e n = 0,75; b= ynn; P =D e D = zm.
A pressão unitária é•t.omada como p = 50 a 100 kgf/cm, para. lingüeta. de
aço e roda de catraca de ferro fundido, e p = 150 a 300 kgf/cm, para lingüe- Então,
ta de aço e roda de catraca de aço. 2M O75 m = m<st/,m [cr11..,] .
Os dentes de uma ca.trae&, com engrenamento ·ext-emo, são verificados à zm ' 6
flexão pe]s. fórmuta.
e
(95)
1.
r
l
144 MECANISMOS DE RETENÇÃO E FREIOS CAP. 6 1. MECANISMOS OE RETENÇÃO 14S )
)
A velocidade periférica da roda. da catraca é diretamente proporcional ao
seu diâmetro. Como a força de impacto entre a Jfogüeta e o dente cresce pro- )
porcionalmente ao quadrado da velocidade, deve-se evitar um aumento pre- )
judicial da velocidade periférica.
Impacto a altas velocidades é diminuído pelo emprego de passos e dentes )
menores; pode-se, também, usar duas ou mais lingüetas, cujos pontos de engre-
na.mento sejam deslocados por uma fraçe.o correspondente do passo. Nos me- )
canismos de catraca independentes, ou freios de catraca, a roda da catraca é
sempre fixada à. árvore. (a}
)
A lingüeta da catraca pode ser proje-tada como na Fig. 109a ou ter uma forma -------L )
de unha, mostrada pela Fig. 109c.
)
A lingüeta é verificada à compressão ou tração excêntrica:
)
- Mil ..
lV
+L
F'
II- )
)
·"'
W = bx
2
é o rriódulo de resistência mínimo (Fig. 109d). )
6
(b)
)
O pino da lingüeta (Fig. 110a) é, freqüentemente, considerado como uma N
viga em balanço, sujeita à flexão.
A equação da resistência é
.-- ----- .._ )
' "'-. )
Pl = O,lcF [0-11.,].
)
b
Para l = -2 + a e P = -2M
- temos
zm '
Q
)
d = 2,71 f zm ~~i.%] · ( : + a) . (96) )
Em vista da aplicação da carga de impacto, o pino é normalmente de aço )
45, tomando uma tensão de flexão admissível um pouco reduzida.. {e) )
[o-n ..l = (300 a 500) kgf/cm 2• )
Fig. 110. Dia.grama para projeto de lingüetas de catraca.
As melhores condições para o escorregamento da lingüeta .:obre o dente da )
catraca são obtidas quando rp > p, onde p é o ângulo de atrito ·(Fig. 110b). d
A forç.'l T = P sen cp tende a empurrar a lingüeta para a raiz de dente, enquanto -µ1 )
que as forças de atrito N µ (onde N = P cos rp) e as forças de atrito no pino da. 2
tg tp-µ = - --
L cos2 tp )
lingüeta Pµ 1 opõem-se !l esse movimento.
Quando l;MA = O, obtemos )
d
Ma.s µ = tg p; então, d
(T-Nµ.) L cos cp-Pµ1 2 = O. -1.h )
2
tg rp - tg p = _L_c_o_s·--cp- )
.Substituindo os valores de T e N e cancelando cos 2 rp, temos
l d
)
PL(tg rp - µ) - 2 Pµ1-;- = O Como o lado direito da equação é um valor positivo, tg rp - tg p > O; assim
cos 'P ~ 'P - p > O ou cp deve ser maior que p. )
)
)
f '!
TABELA 22. Construção dos Períu; dos Dentes das Rodas de Catracas
•••• ·'~:
(a) ,
..._,;._J"'.'""'....-., (b)
~ .. ,~.-~ .·
~
""C.; -
m 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24, 26 30
Fig.111. Lingüetas operadas por molas e anéis de atrito.
z De 6 a 30 inclusive a: 1 - moln de torção ligada ao disco do freio e lingüeta; 2 - disco de freio; ~: 1 - lingüe-
: 1:. ta; 2 - pino de lingüeta; 3 - pino limitador do movimento sup,erior da lingüeta; 4 - anel
de a.trito com pino; 5 - ala.vanca3 Jigaado as lingüetas e anel; 6 - roda de ·catmca;
1. t 18,85 25,13 31,42 37,70 43,98 50,27 56,55 62,83 69,12 75,40 81,68 94,25 7 - árvore do freio; 8 - parafuso~ com mola para apertar o anel.
Língüeta h. 4,5 6 7,5 g 10,5 12 13,5 lõ 16,5 18 19,5 22,5
1: a 6,0 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 30 .
r 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 pelo passo t, em partes iguais. De um ponto qualquer da. divisão; representamos
de a corda AB = a. .N~~-"!BC, constru.!mos o ângulo de 20°, a partir do ponto C.
Então, a perpendiculàr~Jl;J!Jé levantada no meio da corda BC até sua interseção
1 Ã1 6 8 10 12 u·s 14 16 18 20 20 22. 25 com o lado ÇK, no ponto O. A partir do ponto O, traçamos um círculo com o
catraca a1 4 4 6 6 8 12 12 14 14 14 16
raio OC. O ponto E, que é o ponto de interseção desse círculo com o círculo
!"l
.•.
2
•.·
. .2 2 2 2 2 2 2 2
-
2 2 2
SS, é o vértice de um ânguJo de 70• .
O eixo do pino da lingüeta é encontra.do pela seguinte construção
(Fig. 110c).
A Tab. 22 fornece dados para a. construção de perfis do dente, para rodAs
de catracas com engrenamento externo e interno. Para construção do perfil A distância OA, de centro a cmtro, (entre os centros da lingüeta e da roda
dos dentes externos, aceitam-~e as seguintes seqüências (ver Tab. 22). Primei- da catraca) é t.omada como o diâmetro de um semicírculo, cuja int-erseçã.o no
ramente, delineamos o círculo de cabeça NN e a altura de pé do dente ou circulo ponto B com o círculo de cabeça da roda nos dará a pcsição do dente, o qual en-
de raiz SS. O circulo NN, que é, ta.rnbém, o circulo primitivo, é dividido pelo grenado com a. lingüeta, e a seção BA será o comprimento da lingüeta.
f1 l passo em partes iguais. De qualquer um dos pontos de divisão, trai;a.mos a A linha BA será. perpendicular ao raio da catraca OB, por considerações
corda AB = a. Sobre a corda BC, construimos um 2,ngulo" de 30°, a partir do geométricas. O comprimento da lingüeta BA é, usWLlmente, tomada igual a 2 t.
ponto e. Lingüetas que não se engrenam com o dente, sob ação do seu próprio peso, são
1'; 1 : Então, a perpendicular Lllf é levantada, do meio da corda BC, para sua. adicionalmente carregadas com pesos ou molas (Fig. llla).
interseção com o lado CK, no ponto O. Do ponto O, traçamos um círculo com Quando uma carga está sendo elevada, o dente de uma roda da catraca es-
1 j raio oc. .
1 correga debaixo da lingüeta e produz um ru.!do desagradável, ruído metálico
)
O ponto E, que é o ponto de interseção desse círculo com o circulo SS, é (especialmente quando as árvores giram, com grandes velocidades). O ruido é
o vérHce de um ângulo de 60•. eliminado pelo emprego das lingüetas silenciosas, operadas por meio de anéis
de atrito (Fig. lllb}. Essas lingüetas encontram aplicação somente em catra-
Os perfis dos dentes internos. sã.o construidos como segue: Primeiro, tra-
cas de freios.
1
çamos o círcttlo de cabeça NN e o círculo de pé SS. O círculo NN é dividido
l
j
l
I' ,i
); '.!<-
)
148 MECANISMOS DE RETENÇÃO E FREIOS CAP. 6 1• MECANISMOS tlE RETENÇÃO )
149
"),
Rodas de catracas, com dentes internos, são usadas, exclusivamente, para
freios com rodas de catracas. Seus dentes são fundidos no interior do aro do ;)
tambor do freio, montado livremente em uma árvore. Uma ou duas lingüetas
são montadas sobre uma alavanca, presa à árvore e operada pelos a.néis de atrito l.
(l<'ig. 112). O número de dentes varia de z • 16 a 30.
)
Os dentes internos das rodas de cetracas sã.o muito mais fortes que os ex-
ternos. Por essa razão, sua equa.çã.o de resistência. tem forma pouco diferente: )
M )
m -
- ~ zip [u11,,] •
-
·
(97)
)
As letras denotam os mesmos valores da Eq. 95. )
Mecanismos de Reteação pol' Atrito. Comparados com os mecanismos de )
retenção por dentes, os de retenção por a.trito oferecem certas vantagens: operam
silenciosamente e sem solavancos. Entretanto, nestes dispositivos de retenção )
1
a compressão do pino da lingüeta e na árvore é, consideravelmente, mais alta.
Por essa razão, eles têm uma aplicação muito limita.da e sempre em combinação )
com freios. )
A Fig. 113 ilustra um dispositivo de retençªo por atrito, cQm um mecanismo
de engrenamento interno, em forma de cunha. O ângulo da cunha é toma.do )
=
2a 45° a 50°. O coeficiente de atrito éµ= 0,1. O ângulo rp é 15° em média.
)
Para evitar uma ação unidirecional, o mecanismo de retenção é sempre provido
i~ de duas lingüetas colocadas em pontos diametralmente opostos. A compressão )
! .
no pino da lingüeta. é
p Fig. U2. Roda de catraca com dentes internos. )
P=-- l - tambor do freio; .. 2 - mola. do l"tlraçio artleulada ao anel e llngiiela • 3 _ 8 el d m·t .
º tg 9? ' 4 - . puafusos da lingueta; 5 - lingüeta l!rtico.lada à all.T&nca, 7; 6 - den~ da catra:a, fu~dido 1 ~~ )
lnlenor do a:ro do to.mho.-, l; 7 - alavanca de bra,o duplo, chuetado, na il.nore.
onde P - fÓriµ periférica. )
O disco do freio deve ser enrijecido com nervura-s, por levar em conta a car-
ga, devido à compressão da lingüeta. )
Catracas de Roletes. Amplamente usa.das, as catracas de roletes são nor- )
malmente emprega.das com combinação com freios. A- Fig. 114a mostra a ca-
traca de roletes, numa carcaça separada. Tal mecanismo de catraca opera como )
segue. )
A árvore 1, que deve ser parada., suporta a bucha 2, provida com recessos
para os roletes 3. O anel 6 é ajustado sobre a chaveta. 5, no corpo 4. Os roletes )
3 não dificultam a rotação anti-horária da bucha 2, juntamente com a árvore 1.
Quando a árvore 1 começa a girar, no sentido horário, sob ação da carga, (a árvore )
1 suporta um tambor em torno do qua.l estão enrolados os cabos de elevação )
da carga), os roletes tornam-se cunhas nos recessos da bucha 2 e sã.o forçados
contra. o anel fixo 6. A fim de evitar a queda dos roletes nos recessos, pelo seu _)
próprio peso, deve-se dotá-los com molas de retenção, como mostra na Fíg. 114b.
A Fig. 115 mostra vários projetos de catracas de roletes. J
]o
Projetos de Cahaeas de Roletes (Fig. 116). Um rolete encunhado entre o )
seguidor e o acionador está sujeito à 11ção das forças norma.is N i e N 1 e das forças
tangenciais de atrito µ.1N L e JJ.2Nf. Com o rolete em equilíbrio, a força resul- )
tante Ri = R,. Fig. ll3. DÍi!positivo de retenção por atrito. )
·)
)
1r'.-- .,.
--+-
11
{a)
1
Fig. 116. Diagrama. de projeto de urµa catraca de ro!etes.
1
l
O comprimento do rolete t =
.
..!!....,
p
ondé p = 450 kgf/cm,
..
se os elementos
operantes forem construídos de aço de qualidade, adeq11adamente endurecido.
A Tab. 23 registra as principais dimensões das catracas de roletes com as
,1 durezas Ro~kwell, das supeúícies operantes R, = 58 a 61.
1
f
O material usado é -o aço 15 cementado.
1 Catracas de roletes são . selecionadas US&J1do-se lll seguinte fórmula:
100N1oa
N..,;.,.= nK
Fig. 115. Projetos de catracas de roletes.
J'
}
152 MECANISMOS DE RETENÇÃO E FREIOS CAI'. 6
2. FREIOS DE SAPATAS
153 )
TABELA 23. Prindpais DimeàsÕes das Catral'-3.s de Rolete,; )
f(
K j(
)
PotêMia Diâm?tro da Diámdro do Comprimento NúmCTo de Ângulo da
transmitida a bucha D, em rolete d, wi do roleü l, t-ni roletes, z cunha )
100 rpm, N100 mm mm m,n
em hp )
)
0,25 102 12,7
"'}
0,5 127 15,9 23 8 )
1,0 152 19,0 29:4 4 7
)
1,5 178 22,2 33,3 <~
1 ~ 1 )
)
onde n - rotação real em rpm ·
1 )
K - fator de segurança, tomado de 1,5 até 2,0.
i 1
)
2. FRElQS DE SAPATAS j )
Fig. il7. DiagraillAS ·dos freios de ums. sapata..
Em maquiná.rfa de elevaçiio, os freios têm por objetivo controlar a veloci- )
dade de descida da cargl.l ou m!mtê-la 5U3pen::a, p2.rada. Os freios também são )
usados para absorver a inércia das massas em movimento (c11rro, guindaste, deve ser tal que e. força. de atrito produzida na superfícíe da. polia" contraba-
lance a força periférica
carga etc.). Dependendo da sua finalidade, os freios são classificados como )
de estacionamento (parada), de descide. '-" tipos combinados, servindo estes últi- Nµ >
mos para parar e controlar a velocidade de descida da cru·ga. _ 2M
D =P. )
Há freios oper::i.dos e automé.ticos. Os freios opera.dos incluem: os de sa- )
pata ou bloco, de fits, cômcos, de disco, de catraca e freios, com manivelas de A forç~ d~ atrito N atua em relação à polia. do freio, em um sentido oposto
segurança.. à força __perifénca P (para um dado sentido de rotação) e em rP1ação à sapata )
no sentido da rotação da polia. ' · '
Entre os frcio.s autom.áli(;usJ estão -JS freios centrlfugoa (pars.- controlar & )
velocidade) e freios apiicudos p1::lo peso da carga elevada.*· A força _K., nii. exl.;rernidade da alavancil.- ·cto freio, depende da posição do
ponto da articulação I e será igual {Fig. 117a) a. )
Freios de sapata ou de bloco são projetados com sapatas externas·ou internas.
Freios de sapatas externas constituem uma característica comum da maqui-
nária de elevação, enquanto que o uso de sapatas internas é restrito aos serviços
de guindastes montados em carros.
lÇ = ~ (a± µb): = T .(; ± b) (99}
)
):
Principio de Operação do Freio. Para entender o princípio de operação (o ~al superior refere-~e à rotação horária da polia e O inferior à rotação anti- )'
de um freio de sapats, examinemos os diagramas dos freios de uma. sapata, mos- horana). '
trado pela Fig. 117. Da Fig, 117b,
)
Como a ação unidirecional de uma sapata causa deformação de flexão na. )
árvore do freio, freios de sapata somente são empregados para retardar pequenos K = N .!!...
l
=~
µl
(100)
)
torques, em um acionamento manual, quando o diâmetro da árvore não exceder
50 mm. A compressão exercida pela sapata de ferro fundido, na polia do freio, )
(a força K, neste diagrama, é a mesma para ambos os sentidos de rot~ção).
J
• Freios hidráulicos, pneumáticos e elétricos não são considerados ne5te livro. m t * ~ta idéia, g~alment~ aceita, é apenas aprosimadamente verdndein, visto que, real-
eu e, e. orça. de atrito é a.plicada. sobre um braço maior do que o ra.io do tambor do freio. )
)
J
Tf !
de rotação.
~
No freio mostrado pela. Fig. 118, o tirante superior 4 é ajustável e de barra .)
de aço redonda. A tensão permissível de tração, na seção do tirante, é de 390
a 500 kgf/cm 2 • A travessa está sujeita à flexão, devido à força atuante na barra, )
e é verificada à resistência, da mesma maneira que a travessa de um gancho.
~ A Fig. 122 mostra os projetos mais difwidid9s de tirantes ajustá.veis.
A extremidade da alavanca de um freio é, freqüentemente, fabricada de uma
)
)
~ ou diversa.s peças de aço forjado.
O peso da. frenagem é de ferro fundido, na forma redonda ou quadrada.. O )
(I!} peso é preso na extremidade da ala.vs.nca do freio por uma. articulação ou pa.:i'l!.fuso. )
(a)
Fixação das Partes de urn Eletromagneto de Freio. Os eletromagneto·s são
Fig. 121. Fixação das gusmições nas sapatas de freio, por rebites. empregados, quase que exclusivamente, para obter um efeito de soltura. Para )
1 - rebiteJ; 2 - ou fita. .de ftdo: 3 __.. gu&rciclio; 4 - t.a.mploa possibilitar o desvio da extremidade da alavanca de freio, as barras da armadura
.!!3p3,ta
)
)
)
15! MECANISMOS DE RETENÇÃO ·E FREIOS CAP .. 5 <!. FREIOS DE SAP!,TAS ELETROMAGNETlCOS 159
~ \ j
·--. ~•-$-j::$·i;-~_1J~~E:~
3
~
Co4icienu de Ttm1perfÚW'a Preuao u- P~o
atrito tabu pamis&Fvel, pec!}ica per- eqec[-
auperfí,:ie a~ ·•C miulvel, Jico . 1
kg.Ji.cm1 ~-
..... .. ·-
·-':···-
'1'
"
~" l
·-.
Gu.amiç~ de freio de ai:;- 0,45-0,35 350 p =·2 a 6 1,55 Gulll'niçio
bfflto5 com armadura me-. Pmu. = 1Z no.rmaJ de J 1 4 1 J 1
tálica de floa de h!~
· Guaroiçõe.a d e &9 b 8lto&.
sem fios de latão
0,4i-0,35 200 p = 1
r'µ,áx = 6
a. 4 1,55
freio
P!ll'a serviços
menos inten-
4-=Le·6J D• \~ (a) (b)
SOS Fig. 122, Parles de um freio de sapatas. Fig. 123. Fixa.çã.o das parlell de um eletro-
l - tirante· 2 - traves-,a· 3 - olhal· :rnagneto.
·'"" Gu.a.miçã.o de freio de 0,55-0,4 150-200 Pmh = 10 1,25 Guarnição '4 - esticador.' . ' a - sistema de al9.vancas; 1 - WL'lt.e dB ar-
polpa de madeira,· llem normal de. mBdura do eletroma.gneto;·2 - extremidade
fios de JatAo freio da alavanca do freio; 3 - tala articulada;
b - elemento de f:iiiaçlí.o do eletromagoeto.
Composição de a.sbe.atos D,{3-0,4 300 p =2 a 12 1,6 Pa.ra acopla-
com fios de latão, hi- Pmái = 15 mentos
l dráulicos comprimidos 4., FREIOS DE SAPATAS ELETROMAGNÉTICOS
I;
·,-.;...,
l~
11'
!~ '
I!
l
160 MECANISMOS DE RETENÇÃO E FREIOS CAP. 6 4. FREIOS DE SAPATAS ELETROMAGNÉTICOS 161 )
]
]
q
'!
)
)
)
)
)
)
)
)
)
f--180---l )
Fig. 125. Freio com um magneto e.a. e êmbolo fixa.do na pari.e superior.
)
)
l
í )
.,,\
)
)
)
)
)
)
~ - 250---,-,.-lótl ____i )
Seção AA-B.Jl Seção ca
)
)
)
)
)
)
Fig. 124. Freio de duas sapatas. Fig. 126. Freio com eletromagneto e.e. tipo A, de pequeno curso. J
J
)
• ..... e'"
."' 1··
i-.---------A ;. -;
~
•
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3:
o
"'
2
1
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,,
i':I
~
D
Flg, 127, Freio com um oletromugneto C,ll, de Lipo MO-'B. ( Fig. 128. Freio com um eletromagneto e.e. tipo MU. .~
---------· ·-·--·"
•
•
''
~
j ,,
1:1
g
D
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"'
~
~
s)ú
o
~
6-r ..._.........., Uti\---r\".J{I, .e.A J ,.1 1if1'F""'
1
~
S~ll.o BB
--~
Se9ll.o AA
....
Fig,· 129. Freio de trOs s11.pllt11,s- oper11,do jl, mol11, com eletrom11,gneto de pequeno curso. "'
w
y
164 MECANISMOS DE RETENÇAO E FREIOS CAP. 6 5. FREIOS ELETRO-HIDRÁULICOS DE SAPATAS 165 )
j
No quarto grupo, estão os freios com. eletrom.agnetos pr~sos diretamente
na alavanca de freio e operando em arnba.s as correntes, a.e. e- e.e. (Fig.°127 e 128). )
Freios deste grupo são leves e pequenos, o que os toma muito populares.
)
_Um. fr'éio & três sapatas (Fig. 129) ocupa o lugar que lhe é próprio. O f._eio
compreende um magneto, mola e três sapatas, com guarnições de a.trito. Qnando )
a corrente é ligada, a armadura 1 do eletromagneto gira a alavanca 6 para baho.
Como resultado, a sapata 2 afasta-se da polia do freio, até entrar em contato )
com o parafuso 3, da alavanca 9. Simultaneamente, a sapate: superior 5 também
:,e afastará até que a ss.pata do meio alcancê o parafuso 8. O freio pode ser fa- )
cilmente B.justado, virando-se os para.fusos 8 e 7 e pelo movimento das -porcas )
do tirante 4.
Freios eletromagnéticos de sapatas, com movimento retilíneo. Este tipo de )
freio é, frequentemente, empregado em guinchos ·de minas. Para máquinas df,
elevação e transporte, para finalidades gerais, estes tipos de freios ainda não )
. ' foram usados. As Figs. 130a e b mostram duas verSÕes de freios projetados )
pelo Professor 8 .P. Gomellya., com movimento retilineo da sapata. Nestes
freios, as alavancas o::cilantes foram subEtituídas por uma a.rnlll.ção" que se movr )
juntamente com a sapata, em guias rígidas.· O der::gaste uniforme das guarni-
ções constitui uma de suas vantagens. )
DE SAPATAS 167
166 MJ!CANJSMOS DE RETENÇ~O E FREIOS ~- 6
(b}
)
Fig. 133. Duas alternativas de regulagem do disi:;ositivo, cem bomba ligada ao pistão. )
íi11:
}
~, 3~
l
);
1
Fig. 136. Bloco do freio opera.do por controlador de camo.
l
1· ' Freio de Sapatas Operado por um Controlador. Nas talhas elétricas, os freios
de sapatas são, freqüentemente,-iperados por um controlador. Um desses
l; projetos. é mostrado na Fig. 136. Duas alavancas, guarnecidas com ferodo,
Fig. 135. Dispositivo de frei·:> operado. abraçam quàse toda a polia de freio. Na parte superior, elas são providlll3 de
li' duas tagas, entre as quais é pre·so o pino A., na árvore B do controlador da tE.tlha.
l: ~ iérico do dispositivo é provido de uma bandeja, destacável com. '.-1-ma orelha,
que permite prendê-lo por vários métodos, dependen.do d.o~ reqms1tos de pro-
Quando o motor dá. a. partida, a árvore gira juntamente com o pino A B vence a
tensão da mola, soltando o freio. A fim de parar o motor, o controlador é girado
no sentido oposto e a mola trava. o freio.
",~~,,-=-:..... jeto. Em freios com polis~ d~ 600, 70~ e 8JO mm, o dispos1t1vo é mon~ado sobre
:_-~- ',i. orelha e, em freios com polias de 400 e 500 mm, sob_re _a part~ esférica. E...«i:e
último é completado por parafusos de ajuste, que evitam movimentos laterais 6. FREIOS CONTROLADOS
ângulo. À medida que O pistão se movimenta. pafa cima, a ala".anca de ângulo controlados são empregados em guinchos de pequena capacidade somente para
gira, empurrando a barra do freio e comprimindo sua mola.. S1rnulta.nean:i.ente, controlar a descida da carga. Neste caso, podem ser usa.dos a.penas freios nor-
a. alavanca. do freio é retraída no outro lado da polia. A alav~ca _do fre10, no malmente aplicados, isto é, freios nos quais o torque nominal de frenagem é cria-
dispositivo eletro-hidráulico, começa a mover-~e quando · a. pr:rroerra. alavanca _do pelo peso da carga ou pela tensão de uma mola, e o controle manual serve
alcança o encosto, no membro da. base do freio. pàra soltar a polia do freio.
1
lF,,,q
J
í'.
172 MECANISMOS OI: RETENÇÃO E FREIOS CAP, 6 6. FREIOS CONTROLADOS 173 }
(ji Nos mecanismos de translação e rotação dos guindastes, além dos freios
J
")'
"'!"'
normalmente aplicados, são usa.dos freios normalmente soltos e combinados. J
Nos freios normalmente sÔltos, sem força aplicada ll-0 pedal ou alavanca de con- Seção A.d
1
trole, o freio está na posição solta. Uma força aplicada ao pedal produz uro )
1
efeito de freaagem. ~ )
:/ Comumente, o freio é solto por uma mola comprimida, cuja tensão deve ser ~ )
:/ suficiente para vencer a resistência. nos elementos do sistema de freio, quando
! este está solto.
)
Durante todo o período de operação do guindaste, os freios mantêm-se soltos
1 em virtude da força eletromagnética (projetado para. tarefa contínua). A frena- )
gem é efetuada por meio de um pedal; o valor do torque de frenagem, como nos Montagem da polia
1 ) .
/ freios normElmente soltos, é proporciónai à, compressão exercida sobre o pedal,
podendo, portanto, variar numa larga fai'Ql.
)
O uso de freios combinados é estipulado por regras de segurança, de acordo
com as quais mecanismos de translação de guindastes e carros devem ser pro- )
vidos com dispositivos de frenagem, aplicados automaticamente, quando o guin-
daste atinge a posição extrema e também no caso de falta temporária da corrente )
1 elétrica. A cinemática de um freio combínado é projetada para assegurar ações )
independentes do acionamento controlado e aplicação automática quando o
[ eletromagneto estiver desligado. ----·350 - )
Uma grande variedade de projetos de freios controlados são empregados 1
em máquinas de elevação e transporte. Eles diferem, princip:almente, nos seUB )
princípios de operação e tipo de controle. · )
1
w·
O sistema. de controle hidráulico do freio (Fig. 139a) compreende o cilindro
mestre 1, no qual é cria.p.a a pressão do fluido, cilindro hidráulico 2, atuando no ' -f +ifg~11---~ )
sistema de alavancas do freio de sapata e operando pela pressão criada no ci-
lindro mestre, tanque de alimentação 3, contendo uma quantidade suficiente
de fluido para preencher todo o sistema, tubulação de cobre 4, mangueira de f *: 1
1 )
)
Li
pressão, juntas e grampos.
Tanto o cilindro mestre como o cilindro hidráulico no freio são providos )
de um pistão. Ambos os pistões são equipa.dos com selos retentares, especiais, )
que evitam o vazamento do fluido e possibilitam reconstruir a pressão.
O pistão do cilindro mestre é controlado por um pedal de frenagem. O flui-
)
1
----!..... -.L..
do, forçado do cilindro mestre pelo pistão móvel, é dirigido ao longo da tubula- ~ I -· __j_ )
ção para o cilindro hidráulico, onde exerce pressão contra seu pistão e, atuando , , "· ,.,. ..;:-Curso 145
" 1
no sistema de alavancas, produz o efeito de frenagem. Aumentando-se a com- Fig. 137. Transmissão de e~bo de um freio controlado pm pedal. )
')
)
n1 1
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! 174 MECANISMOS DE RETENÇÃO E FREIOS CAP. 6 6. FRIIOS CONTROLADOS 175
...
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um volume coDBtante de fluido, durs.nte todo o período de opera.~, indepen-
dente do reduzido volume de fluido, devido às variações de tempen.tura. Em
segundo lugar, contínua e imedia.tamente, ele prêenche o sistema, no caso de
·possíveis perdas de fluido.
O cilindro hidráulico (Fig. 139c) consiste em um co.rpo N .com o pistão móvel
P, copo do pistão e mola. espaçadora G.
.,,
J
176 MECANISMOS DE RETENÇÃO E FREIOS CAP. 6 6. f'REJOS CONTROLADOS )
)
O cilindro hidráulico é preenchido com óleo do reservatório de abasteci- No preenchimento de 1hili:lo do sistema hidráulico de controle, o ar deve
mento, através do furo superior B, enquanto que o vácuo formado pelo eurso ser completamente excluído, pois sua presença. em qtialquer parte do sistema.
)
do pistão é eliminado pelo ar que nele entra, através dos furos K. pode· acarretar falhas dos freios. · Ela é indicada por um percurso flexível do )
O pedal do freio volta.através de UJD.A mola de retorno. Neste ca.so, o pistão pedal (o pedal salta. para trás) ou aos sola.vincos (o pedal afunda). - O a.r pode
do cilindro hidráulico é empurra.do pela mola. do freio e o fluido de frenagem é penetrar no sistema quando o nível de fluido no reservatório de ebastecimento )
força.do a retornar ao ·sistema.. Ao mesmo tempo, a válvula de retenção (externa estiver muito baixo ou ati:avés de juntas defeituosas,
em válvulas dapla) abre sob a. pressão do fluido em retorno e admite o fluido
)
O ar é retirado do sistema por bombeamento. Para tanto, o cilindro mestre
no cilindro mestre. é pre~nchido de fluião de freio e o t"!l.mpão A (Fig. 139d) para sangria do ar é de- )
O fluxo de retorno do fluido é também facilitado pelo vácuo, que se esta- saparafusado do cilindro hidráulico e, em seu lugar, é aparafusada a conexão B,.
belece no cilindro mestre, quando o pistão retorna à sua posição inicial. com um tubo de borracha. A extremidade do tubo de _borracl:i.a. é mergulI:tada )
Se o pedal for rapidamente solto, o pistão do cilindr-o mestre pode mover-se num vaso com fluido de freio, de modo que fique abaixo do nível do mesmo. )
tão rapidamente que estabelece um vácuo· nos cilindros e tubulação, e o ar é for- Então, o sistema é completamente bombeado pela compressão vagarosa do pedal
çado por trás do copo do pistão do cilindro hidráulico e penetra. no sistema.. Isso do freio, durante todo o percurso de descida. Compressões e solturas repetidas )
pode interferir seriamente na operação. Para evitá..Io, a tensão na mola de do pedal forçarão o ar a sair do sistema, em forma de bolhas, juntamente com o
retorno do pistão do cilindro de pressão, qui;i é também a. mola da válvula de fluido de freio, pela extremidade do tubo de borracha. O bombeamento deve )
retenção, deve ser escolhida de tal modo que, quando a pressão do fluido cair continuar até que uma corrente uniforme, sem boihas, do fluido de freios, comece )
abaixo de 0,42 - 0,56 kgf/cm2, a válvula de retenção se feche e um certo excesso a. fluir do sistema .. Durante toda a. duração do bombeamento, o mvel do fluido
de pressão seja mantido no sistema hidní.ulico de controle. Isso repele o ar da. não deve descer abaixo da metade da altura -do reservatório. )
tubulação. O t.empo em que o exce&."'O de pressão é mantido no sistema depende A Fig. 140 ~ostra. o diagrama. do freio hidráulico de fita de um moderno
da. impermeabilidade das juntás ao ar. Após o fechiiiiênto da. válvula. de re- guindaste móvel, de louça.. A pressão no cilindro C é produzida pelo pedal A, J
tenção, o restabelecimento do vácuo no cilindro mestre é compensado pelo fluxo
de fluido do reservatório de abastecimento, através dos furos correspondentes.
o
camo D e pistãr, B. O fluido de freio escoa, ao longo de um túbo, para cilindro )
hidráulico F, cujo pistão G atua no braço de alavanca H da fita da polia do freio.
Quando o pedal A es~á solto, a mola J faz_ retornar a alavanca H à sua posição )
inicial. )
O fluido retornado ao cilindro mestre pelo pistão G atua no pistão B e
N pedal A. )
Quando o pedal é solt,o, a mola K retrai o pistãó B e abre o furo L, que provê )
comunicação do fluido no sistema com o fluido no re.':!ervatório M, a.través do
~-+-- '
80
70
tubo S. Desta. maneira, todas as perdas
de fluido no sistema, devido ao desgaste
dos copos N e T ou vazamento nas
juntas de tubulação, são automaticamente
preenchidos.
Sistemas hldráulicos de frenagem são
abastecidos com um fluido de freio de com-
)
)
)
_)
)
posição homogênea e ·,propriedades ffsicas
\ uniformes. Este deve possuir viscosidade _)
estável, ser pouco afetado pelas variações
\ de temperatur11. e não possuir efeito quí- )
o " ....... ~
! mico danoso sobre a borraeha e partes
metálicas.
Existe, no momento, mais de dez qua-
-.30 -20 -10 o 10 20 JO t tidades diferentes de fluído de freio, que
Tempera.tura 5e distinguem pela ausência de óleos mi-
)
)
)
Fig. Ul. Variação de. vfocóside.de do
nerais, querosene, gasolina, açúcar, glucose )
fluido de freio com variação da tem- e água., bem como impurezas minerais
Fig. 140. Dia.grama. de um freio de fita hidraulicamente control&do. peratura. sólidas. )
)
}
7. MÉTODO DE CÁLCULO ESTÁTICO 179
178 MECANISMOS OE RET!NÇÃO E FREIOS CAP. 6
j: M1,,(l1 - µb)
µD liri
•l;
Como N~ < N,1, a pressão específica na sapata direita não é verificada.
1 No desenvolvimento das equações de equilíbrio, para alavancas de freio
J vc.rticalmente montadas, (ver Fig. 142) e determinação das forças que atuam
sobre a sapata, o momento do peso desbalanceado das alavancas não é levado
):: em conta pelas seguintes razões:
)1,'. (1) nos projetos comuns de freíos de sapata, este momento é extremamente
l
- O valor µ 1 b1 é comumeute dcspre~(vel.
1
l
l
180 MECANISMOS DE R.ETENÇAP E FREIOS CAP. 6 7. MÉJODO DE CACULO EST,i;TICO 181 )
)
A. componente vertical da força de flexão é
... . )
8 _ T1 T _ 2M&, µb )
ll " - - 2 - Dli
)
A componente horizontal da força de flexão é
)
·)
)
Segue-se, portanto, que, com um dado torque de frenagem, a força de flexão
será determinada pelo comprimento do braço b. Em alavancas retas, quando )
b = !, o esforço da flexão é igual a zero. )
Para. eliminar completamente as forças de flexão nas árvores dos freios,
projeto dos freios de sapata. devem satisfazer aos s.eguintes requisitCJJ; . )
{1) os eixos das sapatas devem alinhar-se com o centro ciã p~lia; Fig. 143, ;!)ia.grama de um freio de sapu.ta, a.plicado .por um.a. mola.. .)
(2) as sapatas devem ser simétricas, em relação à linha que liga seus eixos.;
(3) as articulaç.ões das alavancas devem ser dispostas eqüidistantes do
)
;::J!i9'"'·.· centro da polia. Independente do tipo de acionador do freio (eletro-hidráulico), a. força re-
~- ' . sultante Pi das molas principais e auxiliares• que agem igualmente Pm ambas )
Í,:
~. As forças que atuam nas barras do sistema de freio são as ala.van~as, em um dado torque de irenagem M6.-, é encontrada pela equàçio )
li R = --- ;
P1
F = P1 - kl ; )
L cosa
)
H
l! Q = V Ri + Fi + 2RF sen a . onde µ - coeficiente de atrit-0; )
1J -rendimento do sistema de alavanca do freio, isto é, razão da com-
- As forças nas articulações dos suportes das alavancas de frenagem são pressão real exercida pelas sapatas, sobre a polia., pela tração tot&.l )
das molas que atuam nas barras do freio e relativamente ao centro
Y = T1 + P1 tg a; _)
r:. das sapatas; para um freio com articulações de boa qualidade e ade-
quada íubrificação, 1J = 0,9 a 0,95. )
X= N1 - P1; Z = N2 - Pi; A for~ da. mola auxiliar P 4 ,,,,, com finalidade única de inclinar para trás a
)
W = T2+ P1 (++ tga)._ alavanca. não magnética, varia entre 2 a 8 kgt, dependendo do tamanho do freio,
A força da. mola principal · )
O peso que aplica o freio G..,1 é P:pri,. = P1 - P,nu;• .)
la Quimdo se usa um eletromagneto a.e. de pequooo curso, (tipo MO-B ·o mo- )
P1 -;,f;= (Gd + G.,,.c)11 mento, devido ao peso da armadura. do magneto, deve ser leva.do em considera-
o... = d
)
ção (indicada no respectivo catálogo), o qual reduz a força de operação da mola
principal, e a força nominail. Pm~ deve ser devidamente corrigida. )
onde G1 - peso da alavanca de fren.agem; A compressão norma total entre a sapata e a polia é
)
Gar - peso da armadura. do magneto;
1J - rendimento do sistema de alavanca; com articulações de boa M,,,. )
N=--·
qualidade ele pode ser tomado de 0,9 a 0,95. µD
)
Análi.w de um frefu de sapata tipo TK, aplicado por mola, com um eletromao-
Mlo de pequeno GUTS-O (Fig. 143). " A. mola auxiliar não é usada nos freios operados pelo díspositivo e!etro-hidráulico. )
J
)
~' ...
li! 182 MECANISMOS DE RETENÇÃO E FltEIOS· ·CAJ';_'6
!11
•. ---~·:,'.:}?4_j/;7. M!TODo DE CALCULO ESTÃTICO 183
li:.'. O efeito do peso desba.la.ncea.do dQs életi-oroagnetos tipo MTI e J\10-B, m?n- -- 1
.. ) ta.dos sem alavancas, µode ser desprezado e:m:·relação ao valm.- normal exercido d - faàrr din!mico, levando-se em conta a natureza. da aplicação da
u; . pe a_ sapata sobre a poFa, porque a. variação da. compre.ssâo normal é insigni- força. quando se aplica o freio. ·
·,.;
ficante. . · . ~ Alavancas de frenagem são feitas de aço. As tensões admissíveis não devem
íl: ) A pre,,ão espeeifica mêdi& entre; ,apata .'. ~ yoli& ó . : .. : .· e ·"'. :C\t excede.r a 0,4~. ·Na verificação à resistência dos pinos das articulações a mar-
!J· 1 ·geni de segurançá, relativa ao ponto de escoamento e à carga dinAmica deve
11
P = y < Padr.u. ser no mínimo, 1,5.
~ - . · ·_ -::- --··- ;. _,.,.~-':'.. vii,_. . .,._ .:. A pr<1ssão específica nos pinos das articúla.ções não deve exc~er 30 kg/cm'.
Os pin9s são fabricados de aço 45, 50 ou 60, -endur.ecidos para Bhn = 300 a 350.
~ ...:.1l~d~"":'. ·jr---, ár~S:- de, ~Í.JOÍO d~ projeto· eI~tre a Sapata e a .polia qtl.e pode Ser en-
COD.1ira.da p.ela fórmula - 'Análise dos FJ:'eios de Sapatas, Combinados. Controlados. Como a força da.
mola princ pal dos fz:ei6s combinados, controlados, é completamente vencida pelo
- TD clctroffiâgneto, o sistema. de aplicação do freio, quando o mag1;1eto está desligado,
.. .- -·, ---~-:~·:· •-..;.~:,.;._·:)~--- 360 -1~· é projetado da mesma maneira que ·os freios não controlados, com um acionador
eletromagnético.
o_nd·l::;.B.::.:_ "largura ·dli"s@l!,ti;-a largurà. da. polia é comumente, tomada. como
. ..:. ,: • · · .. ":".:::.- -· 5 mm riiá.is· larga. do que a sapata, para assegurar pleno contato da Os projetos dos sisteml;ls de controle dos freios normalmente soltos e combi-
··· gua.rniçii,o de atrito) nados não diferem, em princípiQ, e exigem cálculos pará. determinar o esforço
nece~rio para desenvolver o torque de frenagem nominal Os c!i.l.culos · sã