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.....
A MODERNA
ADMINISTRAÇAo MUNICIPAL
ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A MODERNA
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
e mais ao
pelo apoio e pelo estimulo CJue dêIes recebi para a realização de meus
estudos na Universidade da Califórnia do Sul.
lNDICE
Capitulo Pág.
PREFÁCIO Xl
I. INTRODUÇÃO ......................................... 3
VII I
I
Capitulo Pás·
Formas de operação do plano .... . 24
Atribuições do cargo ............................... . 25
Distinção entre o plano do administrador-chefe e o de câmara-
-e-gerente ........... .......... 28
Diferenças formais .......... 28
Grandes semelhançaçs na prática .... 30
Como os ocupantes percebem seu cargo 31
Tendências do movimento ..... 33
Será um estágio transitório? .... 33
Perspectivas futuras do movimento 34
Sumário ............... 35
VIII
Capítulo Pág.
Conceituação da autonomia municipa I ................ . 69
Estrutura financeira .....••............. 74
Funções e organização administrativa ........ . 79
Condiçções políticas, econômicas e sociais .... . 84
Relações com os governos do E!tado e da Uniio 87
Sumário 90
IX
Capitulo Pis·
VII. SUMÁRIO E CONCLUSÕES 137
Sumário ................................................ 137
O problema ........................................ 137
Método de estudo ................................... 137
Conclusões .....................•........................ 139
Conclusões sôbre a evolução, o conceito e a caractetrização
do plano do administrador-chefe ...................... 139
Conclusões sôbre o panorama da administração municipal
brasileira ....................................... 141
Conclusões sôbre a adaptabilidade do plano ao Brasil .... 14~
Recomendaçções sôbre a adaptação e a implementação do
plano .......................................... 146
BIBLIOGRAFIA 149
x
PREFAcIO
XI
invalidam, Mates confirmam a tese universalmente aceita de que
ao govêrno local devem tocar os sennços públicos de primeira ne-
cessidade. Por isso que o Município constitui a realidade governa-
mental mais próxima dos cidadãos, aqu~le govêrno cuja função in-
tere88a-os mais de perto, achamos que no movimento de renovaç40
de nossa administração pública, hoje em franca evolução, deve ter
lugar proeminente a formaç40 de administradores municipais ver-
dadeiramente capazes de tornarem o Municipio uma unidade de go-
rêrno eficiente e à altura da tarefa que lhe é destinada na distri-
buição dos encargos governamenta4s.
A autonomia municipal não pode ser considerada como um fim
cm si mesma, mas como um instrumento para a realização do bem
comum. Como tal, seu pleno e.rercfcio só se juBtifica na medida em
que possa ela realizar 8UaS aUcs finalidades, isto é, na medida em
que Zhe seja pos8'fvel utilizar-se dos processos de descentraZizaçlio
político-administrativa que lhe são próprios, para a execução satis-
fa,tória dos serviços públicos locais. Não é mais possível, hoje, sus-
tentar-se a tere jusnaturalista da autonomia municipal. A auto-
nomia é um direito que deve ser conquistado pelos municípios me-
diante prova de capacidade para o seu exercício. E nenhuma prova
é maior nem mais evidente do que a exisMncia de administradores
aptos para fazerem um bom em~go dos dinheiros< públicos confia-
dos ao Município, seja através de seu poder de imposição, seja por
meio da transferéncia de cotQ.8 de impostos federais e estaduais para
o erário municipal. Cremos que os objetivos imediatos do movimen-
to municipalista - maiores renda8 e ma40r autonomia - já foram
IJatisfatõriamente atingidos, se levarmos em conta o progresso ob-
tido nesse setor a partir da Constituição de 1946, que abriu um enor-
me crédito de confiança aos governos municipais. O que é preci-
.'tO é a consolidação das posições conquistadas, através da demons-
tração, pelas n088a8 comunas, de 81«J capacidade de auto-adminis-
tração, em vez dos reclamos obstinados de recursos e poderes ainda
mais amplos. O estímulo para a ampliação da autonomia municipal
deve partir dos próprios municípios e n40 pode ser outro senão a
administração eficiente dos serviços que lhe s40 confiados.
XII
~sse, o caminho que nos parece mais acertado para o movimen-
to municipalista brasileiro, depois das vitórias alcançadaB no 8eu
primeiro impulso. E não 8e diga que não há condições para que o
movimento possa enveredar, com segurança, pelos nOV08 rumos que
aqui lhe apontamos: ai está, como exemplo inspirador dessa nOVa
orientação, a obra de verdadeiro municipalismo que vem sendo feita,
sem alardes ma8 com ~xito singular, pela Escola Brasileira de Ad-
ministração Pública (E.B.A.P.J da Fundação Getúlio Vargas. De
vários modos vem a E.B.A.P. contribuindo para a revisão da cam-
panha munfcfpalista segundo critérios mais objetivos e racionais
que os até agora adotados. Nos seus cursos de Administração PÚ-
blica - inclusive de Administração Municipal - vém sendo for-
mados ou treinados administradores capazes de dar novo 8entido à
gestão da coisa pública. Seu programa de publicações tem divul-
gado valiosos trabalhos de autores nacionais e l:strangeiroB sóbre
administração local. Enfim, Um sido encorajadas e prestigiadas
pela Escola tôdas as iniciativas que visam a elevar o nível da nos-
sa administração municipal.
XIII
os princfpios das novas técnicas da admini8tração municipaL Belo
Horizonte também levou a efeito, recentemente, vasto programa de
reorganização de sua máquina admini8trativa. D~le f~z parte o trm-
namento, na Escola Brasileira de Administração Pública, de mais
de cem funcionários municipa-is, demonstração sem dúvida eloqüen.
te da ímportdncia atribuída pelo gov~o de Belo Horizonte d pre-
paração profissional de Seu8 servidores, como um patrimônio valio-
80 a ser legado ds administrações futuras do Munfcfpio.
Tudo parece indicar que já se inicia, entre nós, o reconhecimen-
to daquela verdade tão lUcidamente expressa por Benedicto Silva:
XlV
ta, em larga escala, da efici~ da ação administrativa nos inú-
meros setores em que moderna mente se exerce a atividade gover-
namental. Nesta ordem de idéias, é evidente que a renovação da
nosSG vida municipal não pode prescindir da renovaçdo dos méto-
dos admini8trativos atualmente adotados, estando no âmago da ques-
tito a profissionalização dos servidores públicos municipais.
Foi agindo de acórdo com eS8a8 idéias e coerentemente com
os seus objetivos que a Escola BrfASileira de Administração Públi-
ca resolveu publicar o pre8ente trabalho, cuja tese central é preci-
samente a da profissionalização de nossa administração municipal
u,través da introdução, na estrutura administrativa de nossas pre-
feituras, de um administrador-chefe especialmente treinado para
o cargo.
1!Jste trabalho foi originalmente escrito sob a forma de uma
tese, com a qual o Autor concorreu ao grau de mestre de ciências
(Zicenciado) em AdmInistração Pública, pela Escola de Administração
Pública da Universidade da Califórnia do Sul, em Los Angeles.
Ao traduzi-lo do inglés, preferimos conservCllr tanto quanto pos-
síveZ a forma e a apresentação originais, para deixar clara a rigo-
rosa metodologia exigida em trabalhos dessa natureza pelas uni-
versidades norte-americanas. As referências bibliográficas foram
conservadas na sua totalidade, embora, na sua abundância, possam
elas pan-ecer, por vêzes, cansativas. Quisemos, com isso, não apenas
permanecer fiéis ~ forma original, pelo motivo já exposto, como ainda
patentear a ~IOSsa divida para com quantos têm contribuído para o
enriquecimento da escassa literatura nacional sóbre administraçito
municipal.
xv
~------------------------
CAPíTULO I
INTRODUÇÃO
o movimento que ora se pro- O plano do administrador-che-
cessa, no Brasil, pela raciona- fe, tal como tem sido adotado
lização da administração públi- por muitas comunidades do Es-
ca e pelo revigoramento das tado da Califórnia, apresenta vã-
instituições municipais, sugere a rios pontos de contacto com o
possibilidade de se melhorar o sistema de administração dos
nivel da administração local bra- pequenos municípios do interior
brasileiro, no qual predomina a
sileira com a introdução de no-
figura do secretãrio municipal
vas técnicas administrativas_ ou do secretãrio-contador como
O aperfeiçoamento do meca- coordenador da incipiente mã-
nismo administrativo seria o quina administrativa da Prefei-
complemento natural das con- tura. Acentuam essa semelhan-
quistas jã realizadas pela cam- ça a estrutura simples do plano,
panha municipalista e que con- sua flexibilidade e sua perfeita
sistem, principalmente, na ob- adaptabilidade à forma de go-
tenção de maior autonomia ad- vêrno municipal conhecida, nos
ministrativa e maiores recursos Estados Unidos, por sistema de
financeiros para os municipios_ câmara-e-prefeito, que correspon-
Em paises novos como naqueles de precisamente à forma de go-
de velha civilização, o estudo da vêrno municipal do Brasil. Em
administração comparada tem ambos os casos a idéia de pro-
sido fonte perene de inspiração fissionalização e de eficiência
para a introdução de reformas do serviço público local preside
nas instituições e nos serviços aos fundamentos do esquema,
governamentais, cujo constante ainda que, aqui, a intenção seja
aperfeiçoamento muito deve ao menos expressa e careça, por
conhecimento mútuo das experi- motivos óbvios, dos meios de
ências, dos êxitos e dos fracas- que dispõem as municipalidades
sos alheios. californianas para se efetivar.
4 CADERNOS DE ADMINISTRAÇÃO POBLICA
I - PROBLEMA
:este trabalho é um estudo para o problema havia sido até
comparado do plano do admi- agora apresentada. Tôdas as so-
nistrador-chefe com o sistema luções sugeridas entrariam em
de administração vigorante na conflito com o princípio consti-
maioria dos municípios brasilei- tucional da autonomia munici-
ros_ Nêle procurou-se, em pri- pal, desde que se previa a no-
meiro lugar, fixar as caracte- meação do prefeito pelo gover-
rísticas do plano. Em seguida, nador do Estado, ou então se
tentou-se traçar, sumàriamente, pedia fôsse tolerada pelos mu-
a evolução do govêrno local no nicípios a presença de um téc-
Brasil e estabelecer o quadro nico em administração, nomea-
atual dessa evolução. Em tercei- do pelo govêrno do Estado, para
ro lugar, teve-se a intenção de servir como assistente do pre-
determinar se as semelhanças feito. Além de violar a letra
entre o plano e o sistema de da Constituição, tais propostas
administração municipal predo- são ainda contrárias à tendên-
minante no Brasil, assim como cia geral em favor de uma auto-
as condições do meio brasileiro nomia maior para os municípios
em geral, indicavam a possibi- e de uma democratização mais
lidade de se aproveitarem al- ampla das instituições munici-
guns princípios do plano em pais brasileiras_ Conciliar essas
favor do aperfeiçoamento da tendências com a idéia de um
administração municipal brasi- administrador profissional tem
leira. sido um problema de solução
Tanto a profissionalização difícil, já assim reconhecido em
como o treinamento do admi- trabalhos de duas décadas
nistrador municipal têm sido re- atrás. (3) Ademais, o treinamen-
conhecidos como essenciais para to do administrador municipal
o aprimoramento das práticas para o exercício das funções da
de govêrno local no Brasil. To- administração moderna nem
davia, nenhuma solução prática sempre foi mencíonado, ou pelo
II - METODOLOGIA
(4) John C. Bollens, Appointed ExeclItit·e Local Governmtmt (Los Angeles : The
Haynes Foundation, 1952).
A MODERNA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL 7
IV - ORGANIZAÇÃO DA TESE
O restante desta tese está or- conceituação e à caracterizaçko
ganizado da maneira que segue: do plano do administrador-
O Capítulo II é dedicado à chefe.
8 CADERNOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(25) Willlam Benett l\Iunro. The Government of American Cities (New and
revised edltioll; New York: The Macmillall Company, 1919), pp. 180-
182; Ernst Freund, Admi-nistratille Powers Ot:er Persons and Property -
A MODERr\'A ADMINISTRAÇÃO MLTi'-:ICIPAL 21
IV - TENDÊNCIAS DO MOVIMENTO
o último elemento a ser exa- para a afirmativa no fato de
minado para a caracterização que onze comunidades da Cali-
do conceito do administrador· fórnia chegaram ao sistema de
chefe refere-se às tendências do câmara-e-gerente depois de te·
movimento. Tem-se questionado rem experimentado, antes, o pIa·
muitas vêzes a natureza defini- no do administrador-chefe, (40)
tiva e o futuro do plano. Esta não existia, ao tempo em que
&cção tratará de ambas essas êste trabalho foi escrito, sufi-
interrogações, isto é, discutirá ciente evidência sôbre a qual
se o plano é uma forma defini- se pudesse estabelecer a natu-
tiva ou uma forma transitória reza transitória do plano. Muito
de govêrno local e analisará as ao contrário, três fatos parecem
perspectivas futuras do movi- apontar no sentido oposto. O
mento. primeiro ê a capacidade que o
Será um estdgio transitório' palno tem demonstrado para pre-
- Já se tem dito muitas vêzes servar suas principais caracterís.
que o plano é um estágio tran- ticas de origem, contidas princi-
sitório para a adoção do govêr- palmante no conceito do agente
no de gerente e uma espécie de administrativo. O segundo fato,
acôrdo entre os sistemas tradi- que decorre, aliás, do primeiro,
cionais de govêrno local e o é a persistência das diferenças
sistema gerencial na sua forma básicas entre essas duas formas
ortodoxa. Conquanto se possa de centralização administrativa.
encontrar certo fundamento O terceiro é a instalação do pla-
v- SUMARIO
A evolução do plano do admi- administrador-chefe é o de agen-
nistrador-chefe na Califórnia te administrativo. De acôrdo
tem resultado do propósito de- com tal conceito, o administra-
liberado de muitas comunidades dor-chefe serve sob a autorida-
no sentido de resolverem seus de e responsabilidade da câma-
problemas de integração e pro- ra ou do prefeito, cuja vontade
fissionalização anministrativas C'xecuta na implementação da
sem ser preciso recorrer ao go- política governamental. Tanto
vêrno de câmara-e-gerente na pode êle servir como coordena-
sua forma ortodoxa. dor das várias atividades admi-
O conceito básico do cargo de nistrativas da unidade governa-
(~) F.ichard S. Childs, op. cito pp. 590-91
36 CADERNOS DE ADMINISTRAÇÃO POBLICA
(43) Foi esta a impressão exata que ficou no Autor. da entrevista realizada
com Mr. Thomas A. Brooks. administrador-chefe da cidade de São
Francisco.
40 CADERNOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(44) O material para esta seção foi obtido, em sua maior parte, pela lei.
tura do seguinte trabalho: Robert J. Huntley, Á Historical 8tudll o/
the De"elopment of the Citll ÁdminiBtrati"e Ollice in the Citll of LOB
AnDele. (Tese Inédita, The Unlverslty of Southern Callfornla, Los An·
«eles, 1962).
A MODERNA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL 41
(47) Annua! Report o/ tlle City Admini8trative OJ/icer, City o/ Los An"ele~,
1953, p.l
(48) Entrevista com Mr. George Terhune.
(49) Fontes confidenciais.
A MODER1\:A ADMINISTRAÇAO MUNICIPAL 45
(50) Annual Report o/ the City Admillistrative Ollicer, City o/ Los Angeles,
1953, p. 2.
(51) Ibid. p. 2
(52) Grande parte das informações sóbre os dewres. a autoridade e a res-
ponsabilidade do cargo do administrador da cidade foi obtida da publi-
cação Annual Report o/ the City Administrative Ollicer, City o/ hos
Angeles, 1952.
(53) Annual Report o/ the City Administrative Ollicer, City o/ LOB Angeles,
1953, p. 5
46 CADERNOS DE ADMIJ\'ISTRAÇAO PÚBLICA
lII. SUMARIO
A evolução do movimento pró- no da cidade de Los Angeles,
eficiência e economia, no govêr- ocorreu vagarosamente, num pe-
(56) AnnuaZ Report of the City Administrative Olficer, City of Los AngeZes
1952, pp. 17-34.
(57) Lei municipal n." 99.040. de 1 de fevereiro de 1951. cidade de Los Angeles.
(58) AnnuaZ Report of the City Administrative O/ficer, City of LOIJ AngeZeB,
1952, p. 2.
A MODERNA ADMli\ISTRAÇXO MUNICIPAL 49
rlodo de meio século, partindo, Suas atividades principais con-
a princípio, de grupos cívicos de- sistem em planejar e dirigir o
votados à luta pela moralização sistema orçamentário a fim de
governamental e cristalizando-se torná-lo mais eficiente, elaborar
depois na criação do Departa- e administrar o orçamento, ana-
mento de Eficiência, como parte lisar permanentemente as ope-
do govêrno municipal de 1913_ rações e atividades da adminis-
Assinalou essa primeira fase do tração municipal e dirigir o Ser-
movimento o interêsse pelo apri- viço de Informações da prefei.
moramento da administração de tura.
pessoal, principalmente no qU2
Para que lhe seja possível
dizia respeito ao sistema do mé-
cumprir suas obrigações e tra-
rito_ Com a criação da Divisão
zer economia e eficiência ao go-
de Orçamento e Eficiência, em
vêrno da cidade, o administra-
1925, a ênfase do mo-;imento S2
dor-chefe de Los Angeles deu
fêz sentir noutros setores. A
nova oriE'ntação ao sistema or-
luta política em tôrno da Divi-
çamentário, baseando-o em pro-
são e a insatisfação de certos
gramas de trabalho e também
grupos com êsse órgão levaram,
vem conduzindo extensas pesqui-
em 1951, à criação do cargo de
sas com o fim de aperfeiçoar
administrador da cidade, cujas
mais ainda o sistema, de me·
funções principais são as de
lhorar os serviços governamen·
orientar o prefeito e a câmara
tais e de simplificar os métodos
sôbre a administração geral, as
de trabalho.
condições, as finanças, e as
necessidades futuras da cidade, Inúmeras dificuldades se têm
fazendo-lhes recomendações a apresentado, na sua missão de
respeito_ servir tanto ao prefeito quanto
à câmara. Não raro, os chefes
Como principal assistente-ad- de departamento ressentem-se
ministrativo do prefeito e da do contrôle que sôbre êles exer-
câmara, foram-lhe confiadas im- ce o administrador-chefe, atra·
portantes atribuições na admi- vés do elaborado sistema orça-
nistração municipal, algumas das mentário adotado. Apesar disso
quais pertenciam à antiga Divi- e da imensa responsabilidade do
são de Orçamento e Eficiência_ novo cargo, é firme convicção
PANORAMA DA ADMINISTRAÇÃO
MUNICIPAL BRASILEIRA
o presente capítulo é princi- nicipais no BrasiL Dessa neces-
palmente um trabalho de sínte- sidade resulta o presente capí-
se_ A escassa literatura bra- tulo, cujo objetivo é articular
leira sôbre administração muni- numa visão panorâmica - e,
cipal resume-se a meia dúzia de por isso mesmo, sem a preo-
livros de escopo mais ou me- cupação das minúcias - aquê-
nos mono gráfico e a artigos dis- les quadros isolados da nossa
persos por duas ou três revis- organização municipaL
tas especializadas_
A natureza fragmentária des- As instituições municipais têm
sa obra dificulta uma visão de recebido tal lmpeto no Brasil,
conjunto do panorama da admi- desde que foi votada a Consti-
nistração municipal brasileira, a tuição de 1946, que êsse aconte-
qual só se poderá conseguir me- cimento bem pode ser conside-
diante o exame dos estudos par- rado um marco na história na-
ciais existentes, alguns, aliás, cionaL ~ste trabalho se divide
brilhantemente feitos pelas maio- em tôrno dêsse marco. O passa-
res autoridades na matéria, en- do será tratado na seção intitu-
tre nós_ lada "Desenvolvimento Históri-
Precisa, entretanto, o Autor, co do Govêrno Local no Brasil",
sintetizar em algumas páginas e a situação posterior a 1946
a evolução, a estrutura e o fun- sob o título "O Govêrno Muni·
cionamento das instituições mu- cipal desde 1946".
Se bem que os três periodos esta seção serã dividida não re-
históricos em tôrno dos quais velem diferenças fundamentais
Sí CADERi'\OS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(75) VITOR NUNES LEAL, "Leis Municipais", Revista Brasileira dos Municfpio&.
IX, janeiro-março, 1950. p. 68.
(76) VALE:ULll F. Bor;çAs, "Sistema Tributário Municipal", Revista Brasileira
dos Municípios, abril-junho. 1950, p. 447.
(77) YVES ORLANDO TITO DE OLIVEIRA. A Ruvoluç{lo Municipali8ta na 001l8titV(-
ção de 1946 (Salvador: edição particular, 1953), p. 109.
A MODERNA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL 61
dispensável", mas que, "na rea- to local dos recursos locais, vida
lidade, os dispositivos aprova- própria e não vida reflexa, de-
dos ainda estão muito longe de senvolvimento do espírito de co-
representar uma grande refor- munidade, de modo a fazer, com
ma". (78) É fácil compreender- a terra e o povo de cada Muni-
-se tal reserva, se se pesarem cipio, um organismo autopolíti-
bem os objetivos últimos da cam- co, tanto quanto possível." (80)
panha. Tais objetivos, êle pró- Para se compreender exata·
prfo os teria definido, ao dizer: mente o que tem sido consegui-
"A Campanha Municipalista do através dessa revolução -
deixa de ser, assim, uma coisa ou evolução - municipalista, e
nova, para ser a continuação da o que ainda resta por fazer, é
luta sustentada no último quar- preciso estudar o Município bra·
tel do século passado, pela de- sileiro, analisando suas caracte-
mocracia rural, pelo crédito agrí- rísticas como unidade de govêr-
cola, pela fixação do homem à no local, sua estrutura política
terra mediante a propriedade de e financeira, o conceito de sua
um lote onde promover o bem· autonomia, sua organização e
-estar da família, pela descen- suas funções administrativas,
tralização administrativa, pela suas condições sócio-econômicas
educação popular e profissio· e suas relações com as órbitas
nal." (79) superiores de govêrno.
Referindo-se, em complemen· Eis o que será tentado de for-
to, à maneira como se tem abu· ma sumária nas próximas pá-
sado da expressão autonomia ginas.
municipal, acrescenta RAFAEL O Municipio como unidade de
XAVIER : govêrno local - O município
"Entre nós, municipalistas, o tem sido, por tradição, a única
significado é mais especial. A unidade de govêrno local no Bra-
autonomia municipal que defen· sil. A 31 de dezembro de 1957
demos significa o aproveitamen· havia, no Brasil, duas mil qua·
(110) Pode-se afi~mar. sem receio de errar. que a idéia de concessão de au-
tonomia ampla aos municlpios tem mais opositores que defensores no
Brasil. Os debates constantes dos Anais da AS8embléia Nacional COflB-
titllinte revelam o grande liúmero daqueles que lutaram com veemência
contra várias concessões feitas à faculdade de auto-determinação dos
muniCípios, Inclusive contra a eletivldade do prefeito. A razão mais fre-
qüentemente Invocada pelos opositores da autonomia ampla é a Incapaci-
dade da maioria dos governos municipais de dirigir o munlclpio com
um mlnimo dp. competência e de moralidade polltica.
A MODERNA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL 75
(l27) Para uma boa discuss1io dos problemas financeiros que afligem os Mu-
nlc!plos brasileiros, veja-se MunicipaUsmo em Têrm08 Financeiro .. (Série
F1nancas em Debate, voI. 4, Alfonso Almlro, editor; Rio de .Janeiro:
Edições lI'Inancelras, S. Ao, 1961), 75 pp. . .....
,---
brasileiro tinha então uma po· ção geral, educação, encargos di-
pulação que variava entre vinte versos, dívida pública, serviços
e cinco mil e cinqüenta mil ha· industriais (matadouros, merca-
bitantes, enquanto que a cidade dos, etc.), administração e exa-
tipica (compreendida como cida- ção financeira, saúde pública,
de tôda sede municipal) tinha segurança pÚblica e assistência
uma população de menos de cin- social, e fomento agrícola e in-
co mil almas. (130) l!:sses núme- dustrial. (132)
ros revelam de modo in sofismá- A organização administrativa,
vel a natureza rural da popu- através da qual são exercidas as
lação do pais. funções municipais, reflete a tra-
A falta de dados estatisticos dição de unidade do executivo
adequados (131) não permite uma nas instituições governamentais
análise das despesas dos muni- brasileiras. Sua estrutura segue
cipios com suas funções e ser· o figurino nacional impôsto pelo
viços segundo a população mu- sistema de câmara-e-prefeito, se-
nicipal. Todavia, considerados gundo o qual os diferentes de-
em conjunto, com exceção do partamentos da prefeitura, to-
Distrito Federal, sabe·se, pelo dos sob chefia individual, res-
censo de 1950, que os dinheiros pondem diretamente perante o
municipais foram gastos para prefeito, em quem se integra,
os seguintes fins, na ordem de- assim, tôda a administração mu-
crescente das despesas realiza- nicipal. O tamanho da máquina
das: obras públicas e serviços administrativa varia, natural-
de utilidade pública, administra- mente, de acôrdo com os recur-
III - SUMARIO
(152) Supra, p.
(153) M. A. TEIXEIRA DE FREITAS, op. cit., p. 94.
(17·1)OSCAR DIAS CORRtA, carta ao Autor. O Deputado Dia.s Corrêa fazia parte
da Assembléia Constituinte que "otou a Constituição Mineira de 1947,
tendo tomado interêsse especial pela inclusão da cláusula na Constitui-
ção, com referência ao cargo de Procurador-Geral do Estado, em
razão dos estudos anteriores que havia feito sObre o assunto para a
Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de Minas Gerais, de cujos
estatutos constava a recomendação para que a cláusula fOsse inscrita
na Constituição,
(175) Revista Forense XXXI, 269; XXXII, 86 e XXXIII, ru.
110 CADERl\.'OS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
biçado por todo novo prefeito pouco ficaria o seu ocupante su-
para um amigo dileto ou para jeito aos caprichos da política
barganhas políticas. Uma razão partidária, como ocorre com os
de ordem prática, pelo menos, que exercem as comissões ordi-
justificaria a precaução: a di· nárias no serviço público. Não
ficuldade que indubitàvelmente se deve esquecer que, de acor-
existirá no Brasil, nos próximos do com o plano, o prefeito re-
anos, para se encontrar pessoas teria a autoridade final sôbre
qualificadas para exercerem o os atos do administrador-chefe.
cargo. Seria, pois, infundado o receio
Parece, portanto, desejável de que o chefe do executivo mu-
que o administrador-chefe tives- nicipal viesse a perder o con-
se garantida sua permanência trôle sôbre o seu principal au-
no cargo e que o critério para xiliar.
êsse fim estabelecido fôsse - Não é lógico presumir-se que
além, naturalmente, do de sua o êxito do plano dependeria in-
idoneidade moral - o de sua teiramente de sua estruturação
competência profissional. Em legal. Conquanto uma boa for-
outras palavras: o administra- ma jurídica fôsse essencial
dor-chefe, uma vez nomeado, de- para evitar possíveis dificulda-
veria ocupar o cargo enquanto des e para assegurar um mí-
bem servisse. O prefeito somen- nimo de condições favoráveis ao
te poderia demiti-lo havendo jus- desenvolvimento de uma atitude
ta causa, que seria declarada profissional por parte do admi·
por escrito e razoàvelmente nistrador-chefe, é contudo óbvio
comprovada. que muito haveria de depender
A terceira solução indicada se da maneira pela qual tanto o
revela, por conseguinte, a me- prefeito como o próprio admi-
lhor. O administrador-chefe se- nistrador-chefe compreendessem
ria nomeado em comissão, com o cargo. Ambos se deveriam es·
a cláusula de que permaneceria forçar por encará-lo como um
no cargo enquanto bem servis- pôsto técnico-profissional, aci-
se. Desta maneira não gozaria ma das lutas e dos interêsses da
o cargo dos direitos de estabili- pOlítica partidária. Por isso sua
dade conferidos aos cargos de neutralidade política deveria ser
provimento efetivo nem tam· ressaltada tanto na lei e no
A MODERNA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL 113
III. SUMARIO
IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO
A adaptabilidade do plano co cial ao aperfeiçoamento da
administrador-chefe à adminis- administração, é ponto funda-
tração municipal brasileira im- mental desta tese que o admi-
plica algo mais do que a inves- nistrador-chefe deveria ser pre-
tigação dos aspectos jurídicos viamente treinado para suas
do problema e o exame da cul- funções, a fim de que a adoção
tura político-administrativa do do plano pudesse realmente
país: requer também uma ava- atingir o seu objetivo de trazer
liação dos meios práticos que a profissionalização e a técnica
poderiam ser usados para trei- para a administração municipal.
namento dos futuros adminis- A finalidade dêste capitulo é
tradores-chefes_ Por isso que é investigar os seguintes pontos:
grande, no Brasil, a falta ãe 1) - a área de recrutamento
pessoas com treinamento for- para o cargo; 2) - as possi-
mal em administração pública bilidades de treinamento exis-
ou com conhecimentos sistema- tentes e 3) - os objetivos do
tizados das técnicas administra- treinamento a ser ministrado
tivas modernas, e ainda porque aos futuros administradores-
a idéia de treinamento é essen- ~chefes_
I. RECRUTAMENTO
IV. SUMÁRIO
SUMÁRIO E CONCLUSÕES
I. SUMARIO
lI. CONCLUSõES
B. REVISTAS
ALMEIDA, RÔMULO, "Problemas Estruturais do Munlclpio", Revista Bra-
sileira dos Municípios, X (abril-junho 1950), 498-512.
"Books In Review" National Municipal Review. XL (december 1952), 590-91.
BURKINSKI, FRANCISCO, "Govêrno Municipal", Revista do Serviço Público
(março 1953), 59-66.
BOUÇAS, VALENTIM F., "Sistema Tributário Municipal", Revista Brasi-
leira dos Municípios, X (abril-junho 1950), 446-63.
FREITAS, M. A. TEIXEIRA DE, "O Problema do Municipio no Brasil Atual",
Revista Brasileira dos Municípios, I-lI (janeiro-junho 1948), 85-100.
"Instituto Brasileiro de Administração Municipal", Revista Brasileira dos Mu-
nicípios, XIX (julho-setembro 1952), 489.
"Instituto Técnico de Administração Municipal da Bahia", Revista Brasileira
dos Municlpios, XIX (julho-setembro 1952) 412-15.
LEAL, VITOR NUNES, "Restrições à Autonomia Municipal", Revista Brasi-
leira dos Municípios, XIV (abril-junho 1951), 123-147.
LEAL, VITOR NUNES, "Leis Municipais", Revista Brasileira dos Municípios,
IX (janeiro-março 1950), 67-73.
LEME, FLAVIO, "Condições Minimas para Criação de Municipio", Revista
Brasileira dos Municípios XI (julho-setembro 1950).
"News In Revlew", National Municipal Review, XLII (december 1953). 562-86.
Paranã. Departamento de Assistência Técnica aos Municipios, Boletim dos
Municípios, VI (fevereiro 1953).
PAUPll:RIO, A. MACHADO, "Evolução do Estado Brasileiro", Revista Bra-
sileira dos Municípios, XIV (abril-junho 1951), 188-92.
PORTO COSTA, "O Crédito Agrlcola e a Revitalização do Munic!plo", Re-
vista Brasileira dos Municlpios, VI (abril-junho 1949), 215-19.
ROCHA, FRANCISCO BROCHADO DA, "Incorporação, Subdivisão e Des-
membramento do Municlpio", Revista Brasileira dos Municípios (janeiro-
março 1950), 98-106.
SOBRINHO, BARBOSA LIMA, "Atualidade da Campanha Munlclpallsta", Re-
vista Brasileira dos Municípios, VII (julho-setembro).
VARGAS, GETÚLIO, "Mensagem Presidencial ao Congresso Nacional na Aber-
tura da Sessão Legislativa de 1951", Revista Brasileira dos Municípios,
XIV (abril-julho 1951), 233-34.
C. INÉDITOS
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152 CADERNOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
D. DIVERSOS
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1953. 24 pp.
Annual Report o/ the City Ad.mini8trative Olfi.cer, City o/ L08 Angelell,
1952. 38 pp.
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Constituição Brasileira, 1946.
Constituição Brasileira, 1934.
Constituição Brasileira, 1891.
Constituição Brasileira, 1824.
Constituição de Minas Gerais, 1947.
Constituição de Pernambuco, 1947.
Constituição de Santa Catarina, 1947.
Constituição do Rio Grande do Norte, 1947.
Constituição do Rio Grande do Sul, 1947
Los Angeles City Charter, as ammended 1951.
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on the First Elghteenth Months of !ts Operatlons. Rio de Janeiro:
Fundação Getúlio Vargas, 1953. 17 pp.
SILVA, BENEDICTO, Que8tionnaire About the Brazilian BeMol 01 Public
AdminiBtraticm. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1953 (mi-
meografado). 12 pp.
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ANOTAÇOES
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ANOTAÇÕES
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Conheça as obras da
ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINlSTRAÇÃO P(]BLICA
OBRAS PUBLICADAS
NO PRELO
Nota: Ver ll.l capa externa a lista completa dos "CademoJ de Admi-
nis/r,/(ão Pública".
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CONSELHO DIRETOR
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SUPLENTES: .Alberto Sá Souza de Brito Pereira, Jorge Oscar de Mello Flôres e Rubens
D' Almada Horta Pôrto
CONSELHO CURADOR
MEMBROS: Antônio Garcia de Miranda Neto, Antônio Ribeiro França Filho, ApoloDio Jorge
Faria SaUes, Ary Frederico Torres, Brasílio Machado Neto, Carlos Alberto Alves de Carvalho
Pinto, Cezar Reis de Cantanhede e Almeida, Celso TimpoDi, Francisco Montojos, Heitor
Campelo Duarte, Henrique Bianc de Freitas, Henrique Domingos Ribeiro Barbosa, Joaquim
Bertinho de Moraes Carvalho, José Nazartth Teixeira Dias, Jurandir Lodi, Mário Pinto de
Brito, Moacyr R. Alvaro e Paulo de Tarso Leal
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Sede: Praia de Botafogo, 186
Caixa Postal: 4081 - Telefone: 46·4010
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CADERNOS DE ADMINISTRAÇAO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO GERAL
2 - Planejamento do Desenvolvimento Econômico de Pai
ses Su!xlC$eOvol.. id05 - ROBERTO DE OLNEIRA
CAMPOS
8 - Confronto entre a Administraçio Pública e a Admi·
nistração Particular - BENEDICTO SILVA
9 - RtlaçÕ<s Humanas na Indústria -E.DAYA
11 - lU corporaçlia P6blicu na Grã·Bretanha - GUSTAVO LESSA
I~ - A Justiça Administratift na França - FRANÇOlS GAZIER
16 - O Estudo ela Administraçio - WOODROW WILSON
19 - A Era do Administrador Profissional - BENEDIc:TO SILVA
21 - Assistlacia T6cnic:a em Administraçio P6blica - BENEDICTO SILVA
2} - lDtroduçio l Teoria Geral ck Admjnistração P6blica - PEDRO MURnz AMATO
2~ - A Justiça Administratift DO Bruil - J. GUILHERME DE
ARAGI.O
29 - O CooIelbo ck BRado Frands - FRANÇOIS GAZIER
JO - Prof...~rafia eSQ Administrador - EMILIO MIRA Y LOPEZ
J1 - A AmblCftte da Administração P6blica - ROSCOE MARTIN
H - PlaDejamento - PEDRO MUOOZ AMATO
H - Eacudo Planejada - HARLOW S. PERSON
J~ - <Amo Dirigir Rtunilia - EUGENE RAtJ1)SEPP
J7 - Contr61e dos GuIoc Eleitorais - GERALDO WILSON
NUNAN
~8 - Proced~to para "forçar" Ae6rdo - IRVING ,. LEE
~9 - Rtlaç6es Humanas nas AtiYidades Modemu - ROBERT WOOD JOHNSON
40 - O Gcw!roo Estadual DOI Estados Unidos - GEORGE W. BEMIS
4~ - O assessoramento ela Presid!ncia da República - a.EANiHO P. LEITI!
45 - A Administraçio CiYil na Mobilizado ~lica - BENEDICTO SILVA
49 - G~nesis do Ensino ck Administraçio Pública DO Brasil - BF.NEDICTO SILVA
51 - Introdução ao PIaoejamento ReaionaJ - JOHN R. P. PRIEDMANN
ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL
5 - Alguns ~ do Treinamento - A. FONSBCA PIMENTEL
7 - Pequena Blbliocrafia I6bre Treinammto - A. FONSECA PIMENTEL
12 - lU funçlia da Administração ck Pessoal no Se"iço
Público - HENRY REINING ]R.
I~ - Dois Pqrarnas ck AdministraçÃo ck Paoo&!
21 - a_ificaçio ck Cargos - J. DE NAZAR« T. DIAS
J6 - Em lIusca de 1!ncuti..os para Cargos ck Direçio Geral - ROBERT N. MAC MUUAY
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL
14 - Centralização de Compras para o SerYiço Público - JOHN L SIMPSON
ADMINISTRAÇI.O MUNlaPAL
17 - Teoria elas funçlia Municipais - BENEDICTO SILVA
18 - Curso de AdminiJtração Municipal - pqrama e
Justificação - DIOGO LOJ.DEllO DB
MELLO
26 - PUlorama da Admjnistração Munici~ Bruileira - DIOGO LORDELLO DB
MELLO
46 - A Modema Administração Munici~ - DIOGO LORDELLO DB
MELLO
ORGAN~Çl.O E M«TODOS
4 - Teoria dos Dep&rtamelllol de Oientela - BENEDICTO liILV A
10 - A Dep.dametotalização no Nlnl MiniItIeria1 _ GUSTAVO LJ!.O:SA
20 - O a: M na Administração IlIIlba - JOHN R. SIMPSON
22 - O a: M na Admioistraçio Sueca - T ARRAS SLALLPORS
28 - Principais p _ de Orpnização e Dileçio - CATHERYN SECKLEIl..
HUDSON
.. - U_ Aúlile elas Teoriaa de Orpni2ação - BEATRIZ M. DB SOUZA
WARHUCH
ULAÇOES POBUCAS
I - llelaç6es P6blicu. Dm.Ipção e Propquda - BENEDICTO SILVA
~ - Pablicidade Administratm - BENEDICTO SILVA
24 - hlaç6es P6blicu nO Gcw~roo Municipal -L. C. HILL
ORÇAMENTO B FINANÇAS POBUCAS
,- o. PriAclpiol Orçamentirios - SEBASTIl.O SANT ANNA
E SILVA
52 - laItltaiçlia Orçamentúiaa Fun~taia - NEWTON COHIA
RAMALHO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .____________________ ~=lP~ED~I~O~MUAO~ Z AWATO
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