Você está na página 1de 10

Opção Lacaniana, nº10 Abril-Junho 1994 facebook.

com/lacanempdf

EXISTE UM l<INAL DE ANÁLISE PARA AS CllIANÇAS


Bwc L/I UNUNT (Pari
s)

O que muda cillre a criança e o adul to? Freud crn _f).9.ç!J.?.l.!:.t , é prccisq rec·ord;í-lo, po, qüe,
:1s ve7.es, se esqu ece. Tr:1h,i l h oi.1 dui·anté _ m a is de dez
.ll��1m:1 pcrgu nl:t <(l.lt' i nsiste e qtH." l<.'m ronscq! l (: ndas :l llos co m co risultcíri o p;1 r;i nia nçai;, ent re· seu rcln;. n o
......
íund:1 1 1 1 c 1 11:1 is sobre u m conjunto ele q uc:;liics que :1 p;1 - de l'a ris, cm l ílBG, e o momento crn qué se pô:, a
nxc11 1 1 1 �1 s c.livers:1s corrent es de 1 1�; i(;m:í l ísc, ,'- C'tll cri- 1 ntl1:1 1 l 1 a r seri;t 111c11lc no.,; estudos sobre : 1 h islerí:1 em 1

(;onlrar rci;poslas scgur:1 s. l�-.sc 'Írn.1co d esde sc• 1 1 1 prc? I B96. D1 1 ra 1 1 1 c de7. : 1 1 1 0 s l r:d,:i l hou c his 1 5 ;1:; l G hor:is,
_Q L�:rndy_�c; to_rna � dccisã_o_ i n�o_1_1 t((�V..\J c.lo_ _sc rLQ u.:d _é t rês di;is por sc m:in:i (q t1:1 r1 .1s- rcirns, qt1 i 1 1 tas•íe ir;1.,; e
_o est;,l l uto do dcscn volvi 1ncnlo 11�i' - tc;;i\1 __ ! ;1 c:1 11 ia n :1? s:í bados) , no l nstitt!�º K:1sso,\l ilZ parn cri;uiç:ts pobres, ,
Q\; :t l é ..o__çsl atuto. .du fi 11af de_ an:í l isé . p a r:a .as c:ri:1 nç:1s? um dos p rim';_iyos cfL,; pensií rlos abertos poi· uin mcmbró ·.\
O que podemos de ludo isso a n rm:. H com segu r;i n- cb comt1 1 1 idade judaic:1 em. Vien:c O Sr. Kassowitz tmns- . :
i

·;J
�-a? Est ns qucstci es p:is:;a m pel�__ .ít v:d iaç:io do que fa 7., íormou u m :.i p�ir(?tnenlo de um imóvel burgu�s em llm · j
o .
. u n�o. corl e entre a cri:i nça e seu nnmdo e (n1d1 11lo_,.,,.... -m11bttl:1lô1fo para as -doenças ger:i is da inmnda. ;
__ O :1 c l u lto é u m l crn10";..tfr 1c nfio :1 p:1 rc:ce no rnsioo de Em sua ;1j)rcsc nt:1 çã o .1u lo-hiogrMi c;1 1 Freud :tssi- ,
. _J,a ÇI! !1 onêic, lotl:"1 via, figu�a o de ,;grú11 des /ie1:m1111c.•s"" : - n :tla que il Ci part ir dcJ'a ri$ �' ;1 1{le� de voltar a Vie1 1;1 1 • t
Pelo qu:1 1 o Lílulo dcfü� Lra b;d!.!_o J)Oc.le1fa ser: ''.A l 1 é� ficou v;'i 1J:1s scm�rnas em Berlim, com o objetivo de �i
&d
_g _t_r:(}_psforma verchtcJ-cirntnc,.':nte_ cm :1-d u� --. · recolher ;i lgu mas noções sob re as docnç;i s ger;i is d� }
Devemos res ponder: .!�!-�IVjl q1_1c a d ig- i n ffi ncia : ·Kassowitz, que d i rigia um s;.111:ttório p(tbílco -::;-
_ni <lildc d;t psic:t 1 1 ;i fi:-.c , se é que h;l :d guma, é a de pro - de doe nç:-ts da Infâ ncia , l i n l w I\\C p romet ido a b rir ncie .:�
· ·
. d L1�ir "g ra ii c{�s j,erso�me1/' . u m dcp:ul ame nlo pa ra doen ças nervosas em cria nps.
Ante:,; d:1 psic:m{llis'c l r,1 vi:1 u m si nal si11 1 plcs: o qtic No decorrer dos a nos seg u i n tes, publ iquei, b;ise,tdo '�t
sep:1 ra v:1 a cria nç:1 cio :id u lto er:i a pu berdade. Er:1 o no l nsli luto ele K::tssowitz, v:'í ríos tr:i balhos de m�ior :f
sólido ponto de vista mc'!dico . /'vl ;1:;· e vic.l cnlen1e11te nc- ;d ento sobre :1s pa rn l isias enceíálb1s u n ilatei·a fs e bil:1-:-; ·
n h u111:1 socicd:r de lit1111 a n a se confor111ot1 corn ,1 pu- lcrn is das ctfançc1s. Por esses an os, em 1 887, N oth11;1 gel : i ·
1
berchdc.;. esse limite, essa ha rrci r�, , qu.,; n:11 u 1 :1 l , se,;- me enc;uregou : d<1 cl:tbornç:io do temn correspnn cle11- � ·
prc encon lrou (OJn plcxidacle: desde os roni:rnos e a s te p a rn s.cu gra nde /Ir.111dlmc!J der allgamei1 ·
1e!Í 11. 11<.(�
diíercn tcs logas (Olll que se vcsti;t m :i s cl ia nças :t l é ns spazíefle11, 77J eraj, ie• • 1
: {1

m a is estra nhos rilos de i nidaç·fto que pode haver nas D e s u .a . pa rte , J on es assi nala, n a b i o g rn íi a , que( .,
socicd;i de;e; ch:1 1 11ad:.1 s a rrn í c:ts. Freud pc nr.a va se i nst ru i r em p ediatria. por· sabdil
1
Ccrt:1 m cntc nada con l i ibu i u t:1n to p:1 ra iss!2_ co rno q u e scri:i d i fíci l obt er u m posto na Clínbt Ps iqul{tJt;
_0·��! q ue, n a époc:1 da dênda ,_Jl!JEYd t1.7:_: i t1 �t;1 p:1s no lri c;t e N eur o l 6 g i c a de Y i c n ,i d eN id o à co n d l ç � o dtii
tlcscn volv imcnto da cri;1 11 s;a que, e.lesse m odo, pcrcor- ju deu_. P o r isso q tterht ter u m a colocaçã o n esse pr1."j
�i��-- -�-, m- lungo caminho, muito m a i;· �om pÍexo que a m c i ro I nstitu to, u m d ispensário pti bl ico; foi onJq;
__puberdade. Freud s e i nlrod uziu para o bter uma i1Íserção sociah'
, . . . .. � f.i
Q u a n do os a 11al irit::1s se con ve rtem em cspcci:t ! istas e a o me:rn10 tempo 11 111aq>rat1ca com cn�mç:as. E go(.
lécn icos, como no caso da ps ica nál ise especi;tli;i;1da íssç, q u e não se pode esqu ecer que fr_çu q_,.inl��J�;
r
em auo lcscf:nci a , rcc ncontr;1 1n sob 1.t ow com plexidade escrever o caso_ do _ pcq u eno)·HHil2., li n ha ;tteodidc �l •
técn ica , o ,rn l igo corte tr;1 b:dlia do por Freud. m u i tas cria n_ç�_§ -
• •

li

2,í

Você também pode gostar