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M enu Página inic ial > D IV IN D A D ES IO RU BÁ S (Irúnm ọlẹ̀) > Ò ṣùm àrè (Ejò lá)

Q U EM SO M O S (Ọlọ́ò ṣùm àrè


Ejò tọlà & Ọlọ́b àtálá Ò ṣàláṣínà) Òṣùmàrè, a Grande Serpente que
JO GO D E BÚ Z IO S
(M ẹ́r ìndínló gún Ifá) surge brilhantemente
C U RSO S (Kọ́ ẹ̀k ọ́)
RELIGIÃ O IN D ÍGEN A IO RU BÁ
(Ẹ̀s ìn Ìbílẹ̀ Yo rùbá)
D IV IN D A D ES IO RU BÁ S
( I r ú n m ọl ẹ̀)
Èṣù
Ọbàtálá (Ò ṣàlá)
Ìy ám i Ò dù (O dùa)
Ọ̀r únm ìlà (Ifá)
Ò gbó ni (Ẹdan)
Egúngún
Ò ṣù m à r è ( E j ò l á )
O ló k un
Yèm ọw ó
Yèm ọja
Ọ̀ṣun
Ọ̀ṣọ́ọ̀s ì (Ọ̀ṣọ́w us ì)
Kó nk ó to (Kó ri)
Ìbejì (Èjìrẹ́)
O D Ú S (O dù)
FO LH A S (Ew é)
C O M ID A S (O njẹ) Sem dúvidas, Òṣùmàrè (Ejòlá) é uma das mais complexas e
A RTIGO S (Ìpilẹ̀s ọ ọ̀r ọ̀) controvertidas divindades do panteão Yorùbá (ou será do panteão
FO TO S (À w ò rán) Jèjí?) já cultuadas em nossas terras – Brasil.
V ÍD EO S (À w ò rán tí nrìn)
LIV RO S (Ìw é)
Já vimos e ouvimos muitas coisas a respeito deste Irúnmọlè
LIV RO D E V ISITA S (Ìw é À lejò )
(Divindade Iorubá). Inclusive, coisas completamente absurdas, como
por exemplo, o mesmo ser uma divindade andrógina, seis meses
P e s q u is a r n o s it e homem e seis meses mulher.
Òṣùmàrè (Ejòlá) é Masculino, Divindade Homem (Irúnmọlè Ọkùnrin),
P e s q u is a r e não andrógina como muitos ignorantes sacerdotes declaram. E sua
parte feminina é representando por sua esposa Ejòkú (Ijòkú) e não
C o ntato por Yèwa como muitos acreditam.

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H éric k Lec hins k i (Ọlọ́ò rìṣà
Ejò tọlà) -
41 9986- 8832 (TIM )

Z arc el C arnielli (Ọlọ́b àtálá


Ò ṣàláṣínà) -
11 96448- 9094 (TIM )

A cidade de origem do culto a esta Divindade, ao certo, ninguém


sabe afirmar. Embora, muitos afirmem que seja Ilé Ifẹ̀ , Ọ̀ṣun State -
Nigéria, onde o mesmo miticamente foi um dos Bàbáláwo (Adivinhos)
de Odùdúwà (Òòṣà Ọlúòfin) e também de Olókun Sẹ̀ níadé.
Òṣùmàrè nasce no Ọ̀run (Mundo Espiritual) em Ọ̀ràngún méjì e no
Àiyé (Mundo Terrestre) em Ìrosùn méjì, porém, o Odù Ifá que o
representa e simboliza é Ìká méjì, é em Òtúrá’rẹtẹ̀ que ele é
mostrado como Bàbáláwo de Olókun e em Ọlọ́gbọ́n méjì em que o
mesmo provoca a primeira inundação (ìkún omi) no Àiyé (Terra), a
mando de Olódùmarè.
Quando Òṣùmàrè veio a Terra pela primeira vez, na forma de uma
Grande Serpente (Ejòlá), formou o leito dos rios, por isso que os rios
possuem a forma ondulada das serpentes, pois, é uma
“consequência” do rastejar de Òṣùmàrè por cima da terra.
Divindade do movimento, da transformação, do equilíbrio e do ciclo
das águas. Rege e é representado pelo Arco-íris (Òṣùmàrè), a
principal de suas representações, a Grande Serpente que leva as
águas da terra para o céu. Muitos atribuem este ato a uma suposta
“escravidão” de Ejòlá por parte de Ṣàngó, mas isso é algo errôneo, na
verdade, representa o ato de Ejòlá servir a Olódùmarè, o Senhor dos
Céus e a Olókun, a Senhora das Águas. Òṣùmàrè está associado às
Serpentes e a tudo que é alongado (como por exemplo, o cordão
umbilical) e então recebe os títulos de Aráká (Corpo de Serpente) e
Ejòlá (Grande Serpente), está associado também à Lua (Òṣùpá),
através do arco-íris que se forma envolta da mesma, aos búzios
(owó), que lhe dá o título de Ọlọ́wó (Senhor dos búzios, do dinheiro,
da prosperidade) e às águas dos rios, que faz dele Òòṣà Ọlọ́tútù
(Divindade do frescor). Òṣùmàrè é a Divindade das Chuvas (Ọlọ́jò),
aquele que controla o fluxo das mesmas, permitindo o parar destas
quando a terra já se encontra fértil. Ou, o aumentar destas gerando
inundações, quando a Terra precisa de transformações. É a grande
divindade da transformação, responsável pela transformação de tudo
que acontece no céu e na terra, Òṣùmàrè é Ẹbàsún (Aquele que leva

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à transmutação).
Em Kétu, hoje atual república do Benin, o mesmo é cultuado como
filho de Nàná e irmão de Ọbalúayé. Em Abéọ̀ kúta, Òṣùmàrè é
cultuado como filho de Ọmọlú (Divindade feminina que recebe o
título de Èṣùmàrè por estar associada ao mesmo), nesta cidade os
Cultos de Ọmọlú, Búrúkú, Òṣùmàrè, Ijòkú e Yèwá estão bastante
relacionados. Em Ìbàdàn, o mesmo é cultuado juntamente com sua
esposa Ijòkú (Ejòkú) assim como em Abéọ̀ kúta e é representando
pelos búzios que cobrem a roupa de Ṣàngó, pois, em Ìbàdàn
acreditam que Òsùmàrè foi um servidor de Ṣàngó.
Òṣùmàrè não é e nem deve ser cultuado sem Ijòkú, sua esposa, este
é o motivo do mesmo receber animais em casal, para que aja o
equilíbrio e o Àṣẹ deste casal de divindades na vida do iniciado ou do
devoto que esteja trocando de energia com o mesmo.
Há quem diga que Òṣùmàrè é a Divindade Fon – Gbésèn, que foi
assimilada pelos yorùbá ou até mesmo vice-versa. Mas apenas o que
podemos afirmar é que, a semelhança do culto destas duas
divindades é gritante. Se são ou não a mesma divindade, apenas
cultuada por povos diferentes, não temos como afirmar. No Brasil,
Òṣùmàrè (Ejòlá) é muito associado e também confundido com a
Divindade Fon (Vòdún) Gbésèn e as Divindades Bantu Hongolo e
Hongolomenha.

Na Nigéria Òṣùmàrè é cultuado no Ọjọ́ Jàkúta, quarto dia da semana


religiosa ioruba, no Brasil o mesmo é cultuado no Ọjọ́ Ajé (segunda-
feira) ou no Ọjọ́ Ìṣẹ́gun (terça-feira).
Os elementos de culto a Òṣùmàrè que o representam através de seus
ojúbọ (assentamentos) são: ejò méjì (duas serpentes de metal –
Ejòlá/Ejòkú), ọ̀ kúta odò (pedras de rio), búzios (owó ẹyọ), àwẹ̀
(potes de água), etc.. Um símbolo bastante utilizado para cultuar
Òṣùmàrè no Brasil é o Ọ̀pá Òṣùmàrè, uma haste de ferro com duas
serpentes (Ejòlá e Ejòkú) entrelaçadas que fica próximo ao seu ojúbọ
.
Suas principais oferendas são: Omi (água), Ọtí ṣẹ̀ kẹ̀ tẹ́ (bebida
fermentada de milho), Epo (azeite de dendê), Oyin (mel), Àgbàdo
(milho cozido), Ẹ̀kọ (pudim de milho branco), Ègbo (milho branco

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cozido), Ẹ̀wà (feijão fradinho cozido), Àkàrà (bolinho de feijão
fradinho frito no azeite de dendê), Iṣu (inhame), Ẹyin (ovos), Éso
(frutas), etc..
Suas cores são o verde e amarelo, cores dá Cobra d’água (Ejòl’omi),
que está associada ao mesmo, assim como a Píton africana (Erè
òjòlá).

Òṣùmàrè é cultuado para que ajam transformações, equilíbrio, vida


longa, fertilidade na terra, prosperidade, riqueza, e que os ciclos da
terra se renovem plenamente sempre. Òsùmàrè abençoa a todos os
seus com riqueza (ajé), dinheiro (owó) a fortuna (ọlà), bênçãos
geradas pela fertilidade da terra (que se fertiliza com o cair das
águas da chuva gerando riquezas ao homem).

É importante ressaltar que essa divindade misteriosa, é muito


importante para a nossa Religião (Ẹ̀sìn Ìbílẹ̀ Yorùbá), talvez tanto
mistério envolto do mesmo, seja devido a grande responsabilidade
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de seus sacerdotes (Bàbá Ọlọ́òṣùmàrè) de não transmitirem a
qualquer um os fundamentos principais de seu culto, como forma de
preservar o segredo, até devido o fato das divindades relacionadas
ao mesmo.
Esperamos de forma didática, ter contribuído para o aprendizado
desta magnífica e misteriosa divindade que tão erroneamente é
cultuada no Brasil.
Por Hérick Lechinski (Ọlọ́òṣùmàrè Ejòtọlà) e
Zarcel Carnielli (Ọlọ́bàtálá Òṣàláṣínà)
RESPEITE OS AUTORES
Todos os Direitos Reservados a Hérick Lechinski e a Zarcel Carnielli.
Amparado pela Lei nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Proibido a cópia total ou parcial deste texto por qualquer meio, seja
para uso privado ou público, com ou sem fins lucrativos sem a
autorização prévia dos autores.

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