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Curso Livre Bacharel em Teologia

ALUNO: Antonio Filho


TURMA: T2
PROFESSOR: Daniel Carneiro
MATÉRIA: Introdução ao Novo Testamento
EXERCICIO: Resenha do livro: “Merece Confiança o Novo Testamento?”

RESENHA
BRUCE, F. F. Merece Confiança o Novo Testamento? Trad. Waldyr
Carvalho Luz. 3ª ed. São Paulo: Vida Nova, 2010.Merece Confiança o Novo
Testamento? obra de F. F. Bruce, nascido em 12 de outubro de 1910 em Elgin
Moray, Escócia e faleceu dia 11 de setembro de 1990. Bruce foi educado na
Universidade de Aberdeen, Cambridge University e na Universidade de Viena.
Depois de ensinar grego por vários anos, primeiro na Universidade de Edimburgo
e, em seguida na Universidade de Leeds, tornou-se chefe do Departamento de
História e Literatura Bíblica na Universidade de Sheffield em 1947. Em 1959,
mudou-se para Universidade de Manchester, onde tornou-se professor de crítica
Bíblica e Exegese até o dia da sua aposentadoria em 1978.
Este e um livro que nos oferece informações consistentes de registros
acerca da veracidade do texto bíblico neotestamentario, e não apenas isso, mas
também uma análise consistente da literatura fundamental para o estudo do
Novo Testamento, que contempla tanto os textos judaicos antigos como os
textos de escritores não judeus da Antiguidade. Com isso, encontramos
argumentos que demonstram a confiabilidade do texto do Novo Testamento,
somada a uma defesa extremamente concisa com respeito a favor do
cristianismo com revelação histórica de Jesus, o Cristo.
Com seu conteúdo apologético bem elaborado, mesmo que seus leitores
não tenham profundidade de conhecimento teológico e que esteja inseguro ou
duvidoso quanto a veracidade do texto sagrado, será conduzido tranquilamente
a um entendimento seguro quanto a confiabilidade do texto. O livro é composto
de 10 capítulos.
O capitulo primeiro começa com abordagem introdutória a respeito da
veracidade dos registros históricos, desenvolvendo os argumentos sobre se
realmente é importante saber se os documentos que formaram o Novo
Testamento são dignos de crédito ou não; e os fatos dos Evangelhos a respeito
de Jesus que chegaram até nós são mitos e se podem ser questionados. No
entanto não se pode questionar o valor dos ensinamentos que Jesus deixou que
têm valor próprio. O capítulo segundo trata dos documentos neotestamentários
quanto a sua data e conservação. Destaca inicialmente o testemunho interno da
historicidade dos eventos narrados. Seguindo a datação da composição das
obras do Novo Testamento, onde antes do ano 100 d.C. todos os 27 livros já
existiam. Ate o ano 63 d.C. todas as cartas de Paulo já haviam sido escritas e
Lucas entre 60 e 70. A grande quantidade de manuscritos antigos (c. 4 mil)
atesta a origem das fontes. As citações de textos bíblicos realizadas pelos
patriarcas garantem a existência da obra. (p.15-28).
O capitulo três investiga as fontes documentais da formação do Canon do
Novo Testamento; a originalidade e antiguidade das fontes textuais atestam sua
origem, a unidade da composição interna e testemunho externos de pessoas
ilustres na história que atestaram sua origem e veracidade. O “Fragmento
Muratóriano” foi a primeira lista de livros sagrados indicados pela igreja. Por
varias razões era necessário que a igreja reconhecesse exatamente quais livros
se revestiam de autoridade divina. No capítulo quatro, trata exclusivamente dos
evangelhos, mostrando os instrumentos de investigação como crítica das fontes,
textual, da forma e literária, e também as variadas fontes na pesquisa e
discussões referente as narrativas em comum dos sinóticos (pp 40-58). Após
isso o enfoque do capitulo é tratar sobre o autor do quarto evangelho, quem era
o discípulo mais amado por Jesus? (Jo 21.20-24)? Assim, as evidências afirmam
que, João o apóstolo é o autor do quarto evangelho e apresenta várias
justificativas; era um dos doze (Jo 13.23), estava presente na crucificação
(19.23), era palestino e judeu (19.40).
O capítulo cinco destaca os milagres realizados por Cristo, a ressurreição
de Cristo e também as dificuldades de harmonizar as diversas narrativas das
aparições e lista uma série de fatos históricos como túmulo vazio e o início da
proclamação do evangelho 50 dias após a ressurreição como prova cabal que
Cristo de fato ressuscitou como maior de todos os milagres (pp 82-89). No sexto
capítulo é tratada a importância da evidência Paulina e retrata que a conversão
de Paulo, considera-se como, ponderável evidência da verdade do cristianismo.
O capítulo sete, traz uma abordagem histórica precisa sobre o início da
vida e ministério de Jesus e o progresso do cristianismo no primeiro século. “Um
escritor que relaciona a própria narrativa com o contexto histórico secular se
sujeita a sérias dificuldades, se não for cuidadoso; pois oferece ao leitor crítico
muitas oportunidades para testar sua exatidão. Lucas enfrenta esse risco e
obtém um êxito formidável.” (p. 107). No capítulo oito, intitulado de: A evidência
arqueológica, é apontado que através de escavações arqueológicas em Israel
foi possível identificar os locais registrados nos textos do Novo Testamento.
No capítulo nove, o autor destaca os escritos do historiador judeu Flávio
Josefo para o propósito de levantar evidências históricas para a veracidade dos
textos do Novo Testamento. E no décimo e ultimo capítulo escritos não judeus
são apresentados, mostrando como eles faziam referências ao cristianismo e a
Jesus Cristo, mesmo eles não sendo adeptos ao cristianismo.
Assim, o livro embora curto, tem um conteúdo riquíssimo e extremamente
relevante para a atualidade, sobretudo para o grande ceticismo que vemos hoje,
até mesmo dentro da igreja. Deste modo, concluo com uma frase do próprio
autor: “O espírito daqueles cristãos primitivos deveria animar os cristãos dos
nossos dias. Pois, com um profundo conhecimento da relevante evidência que
os assiste, não apenas estarão capacitados a responder a quem quer que seja
a razão da esperança que está neles, mas também, a semelhança de Teófilo,
saberão, de forma mais precisa, quão segura é a base da fé que lhes tem sido
ensinada (p. 156).”

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