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Robin Hood (conhecido em Portugal como Robin dos Bosques) é um herói mítico
inglês, um fora-da-lei que roubava da nobreza para dar aos pobres. Teria vivido no
século XII, aos tempos do Rei Ricardo Coração de Leão, e das grandes Cruzadas. Era
hábil no arco e flecha e vivia na floresta de Sherwood, onde era ajudado por um bando
de amigos, do qual faziam parte João Pequeno, Frei Tuck, Allan Dale e Will Scarlet,
entre outros moradores do bosque. Prezava a liberdade, a vida ao ar livre, e o espírito
aventureiro. Ficou imortalizado como "Príncipe dos ladrões"[1]. Tenha ou não existido
tal como o conhecemos, "Robin Hood" é, para muitos, um dos maiores heróis da
Inglaterra.
Índice
1 Origens e versões
2 Robin Hood no cinema
3 Robin Hood na televisão
4 Robin Hood e os quadrinhos
5 Galeria
6 Referências
7 Ligações externas
Origens e versões
A história mais famosa e repassada a respeito de Robin Hood conta sobre um homem
chamado Robin De Locksley. Este, após servir ao lado do Rei Ricardo em uma grande
Cruzada, retorna para casa. Ao chegar, encontra seu feudo devastado pela tirania dos
regentes, além de leis abusivas, e a proibição da caça como sustento ao homem comum.
Indignado, ele se recusa a aceitar a situação, e é declarado fora da lei. Aproveitando seu
conhecimento em cavalaria, arquearia e combate adquirido na guerra, ele une um grupo
de foras da lei, e inicia um combate à tirania da nobreza, roubando dos ricos para dar
aos pobres.
Na História, Robin Hood, que ganha o apelido por usar um capuz (hood) (tipo de
chapéu com pena) vence o príncipe João e casa-se com a Lady Marian, sobrinha de
Ricardo. No fim da história, Ricardo Coração de Leão reaparece após sua derrota em
terras estrangeiras e nomeia Robin Hood cavaleiro, tornando-o nobre novamente.
Em outra versão conhecida, escrita por Howard Pyle, Robin Hood era um rapaz que,
quando se dirigia para um concurso de arco-e-flecha na cidade de Nottingham, meteu-se
em uma confusão com guardas, e acabou matando um deles, tornando-se um criminoso.
O livro conta em oito partes como Robin Hood reuniu um bando de homens alegres,
que só roubavam de nobres arrogantes e clérigos abastados. É uma obra interessante,
ricamente abastecida de baladas e cantigas da época, o que nos mostra bastante sobre os
costumes.
Se existiu de fato, viveu durante o século XIII, provavelmente entre 1250 e 1300. Uma
das primeiras referências a tal personagem é o poema épico Piers Plowman, escrito por
William Langand por volta de 1377. A compilação Gesta de Robin Hood, datada de
1400, sugere que as histórias que compõem a lenda já circulavam bastante e eram de
conhecimento público anos antes, pelo menos desde 1310.
Para quem vive hoje em Nottingham, cidade no centro de Inglaterra que serve de
cenário à maioria das baladas iniciais, Robin continua a existir. Além das estátuas, há
ruas batizadas com o seu nome ou o festival anual que lhe é dedicado. Há também o que
resta da Floresta de Sherwood, onde é possível encontrar a árvore em redor da qual o
bando de Robin se reunia em conselho. É claro que, caso tenha vivido em Yorkshire, a
floresta não era a de Sherwood mas a de floresta de Barnsdale. No convento de
Kirklees, hoje em ruínas, existe também aquela que se pensa ser a sua campa e onde se
pode ler: "Aqui jaz Robard Hude".
"Robin Hood" é, desde sempre, por motivos que as versões às vezes alteram, um fora-
da-lei. As referências históricas que sustêm as várias teorias da sua existência prendem-
se, aliás, na maior parte dos casos, com registos de comparência em tribunais. Por Robin
ter existido como "Robin Hood", por a lenda ser já contada ou por simples coincidência,
parece ter havido antes de 1300, na mesma região, pelo menos cinco homens acusados
de actividade criminal conhecidos pela alcunha de "Robinhood".
Existem muitos candidatos a ter em conta, se quiser acreditar que Robin existiu. De
acordo com a investigação de Joseph Hunter, em 1852, Robin era Robert Hood e
tornou-se fugitivo por ter ajudado o Conde de Lancaster, que se rebelara contra a
cobrança abusiva de impostos do Príncipe João, que por sua vez, usurpara o trono de
seu irmão, o Rei Ricardo (apelidado de "Coração de Leão", desaparecido numa
cruzada).
Em todos os casos, o herói escolheu a vida clandestina da floresta depois de ter sido
injustiçado e a sua opção faz escola, acabando por formar um exército com o qual se
opõe à maldade que o rodeava.