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EXERCÍCIO VALOR AGREGADO PARA SER RESOLVIDO PELOS ALUNOS DURANTE A ROL-3

Vamos aplicar o gerenciamento do valor agregado (GVA) no projeto abaixo.

Sua equipe finalizou o gerenciando um projeto para construção de uma rodovia estadual de 600 Km
orçada em R$ 10.000 por km e deverá realizar uma apresentação dos resultados de desempenho da
obra em uma reunião com o comitê de governança da sua empresa, contratada pelo governo do
estado para construir a rodovia pelo valor de 6 milhões de reais (ONT) a ser realizada em 5 meses.
Os dados de orçamento e o realizado no período estão definidos na planilha abaixo:

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6


Planejado (km) 50 70 220 200 60 -
Realizado (km) 40 60 200 150 100 50
Custo Real (R$ x Mil) 650 850 1.800 1.800 850 350

Determinar as variações (VC e VPr) os índices (IDC e IDP) de custo e prazo, os respectivos valores da
Estimativa PARA o Término (EPT) e Estimativa NO Término (ENT) ao longo do projeto.

- Construir a curva S para VP, VA e CR ao longo dos meses


- Construir a curva IDC e IDP ao longo dos meses

Realizar uma análise do que ocorreu ao longo da obra considerando o método do valor agregado
para poder explicar ao comitê.

DICAS para resolução.

- Passar as planilhas para o Excel.

- Passar todos os dados para Valores e R$ x MIL, considerando que os valores são mensais e que o
método do valor agregado é baseado na curva S e a curva S é realizada com os valores acumulados,
ou seja, o mês 2 terá VP, VA e CR do mês + o do mês 1, o do mês 3 será o acumulado dos 3 primeiros
meses, preenchendo a tabela abaixo. Mês 1 e Mês 2 já preenchidos (assim fica fácil....).

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6


VP (R$ x Mil) acum. 500 1.200 Deixar em branco
VA (R$ x Mil) acum. 400 1.000
CR (R$ x Mil) acum. 650 1.500

Com isso vocês terão todos os dados para desenvolver a Curva S para cada variável VP, VA e CR ao
longo do período em um gráfico conforme escalas abaixo.
Ao olhar os gráficos vocês começam a entender melhor o que aconteceu ao longo do projeto.

Agora irão calcular as Variações e os Índices, bem como as previsões mês a mês.

Variações e seus percentuais:

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6


VC = VA - CR
%VC = VC/VA
VPr = VA - VP
%VPr = VPr/VP

Os valores %’s são interessantes para comentar como está seu projeto: X% adiantado ou atrasado e
Y% abaixo ou acima do custo estimado.

Índices e desvios tolerados

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6


IDC = VA/CR
IDP = VA/VP
LSC = 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06
LIC = 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94

LSC = Limite Superior de Controle


LIC = Limite Inferior de Controle

Esses limites são os desvios permitidos determinado no Plano de Gerenciamento de Custos e


reflete a TOLERÂNCIA da empresa, para aquele tipo de projeto, aos desvios de custo e prazo.
Agora vocês irão construir a curva IDC e IDP ao longo do tempo conforme escala abaixo.
Olhando para a curva vocês poderão observar que ocorreu algo no início do projeto. O que poderia
ser? Podem inferir....

Projeções ou Tendências

Agora vamos aos cálculos finais que seriam as EPT’s e ENT’s ao longo do período.

Imagine que o gerente e sua equipe controlaram o projeto mês a mês, sem saber exatamente o que
iria ocorrer no período seguinte. Esses parâmetros acima “diziam” alguma coisa a cada mês para a
equipe de gerenciamento do projeto com relação a tendências para o final do projeto. O que esses
índices iam “falando” a equipe a cada mês?

EPT & ENT


Existem 3 fórmulas possíveis para ser usada ao longo do tempo do projeto em função de informações
que a equipe possui, ela decide que índice usar, ou seja, aquele que pode lhe dar uma melhor
previsão do que poderá ocorrer no futuro em função das diversas situações que podem estar
ocorrendo a cada momento.
Como por exemplo: falta de mão de obra, algum custo de material que extrapolou o previsto por um
problema de mercado ou uma má avaliação no momento do planejamento, algo talvez pontual que
saiu fora do normal, mas que sabiam que iria voltar ao normal, como um preço de um fornecedor
diferente pois o fornecedor previsto não conseguiu entregar todo o material, e tiveram que comprar
mais caro um certo mês. Enfim, são muitas as situações por isso precisam entender o uso das
fórmulas para saberem usar.

São elas:
EPT = (ONT – VA) à usada quando se está prevendo que os meses seguintes seguirão o previsto no
orçamento, seja porque está tudo indo bem, seja porque houve um problema pontual que não se
repetirá nos períodos seguintes.

EPT = (ONT – VA)/IDC à usada quando se está prevendo manter o desempenho de custo atual nos
meses seguintes. Ou seja, nada está sendo previsto (plano de ação) para reverter a situação, se for
desfavorável. E se for favorável convém não usar o IDC (acima de 1,0) pois projetará valores menores
que o ONT para o final.

EPT = (ONT – VA)/(IDC*IDP) à formula menos usada e considera que o desempenho de custo e prazo
se manter com o mesmo desempenho que vem ocorrendo. Como acima, precisa saber usar. Por
exemplo, se vocês estiveram gastando muito e adiantados, pode valer a pena, pois o IDP acima de
1,0 compensa um IDC abaixo de 1,0.

Enfim, o ENT = EPT + CR.

Atenção, existem uma fórmula simplificada para o 2º caso, que retrata substituições na equação
ficando assim:

ENT = ONT/IDC mas é deduzida da equação ENT = (ONT-VA)/IDC + CR.

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6


EPT1 = (ONT – VA) 0
ENT1 = EPT1 + CR
EPT2 = (ONT – VA) / IDC 0
ENT2 = EPT2 + CR
EPT3 = (ONT – VA) / (IDC*IDP) 0
ENT3 = EPT3 + CR

Bem agora é com vocês, analisar o que ocorreu por meio dos índices e variações e inferir o que pode
ter ocorrido.

Bom trabalho!!

Célia Mitidiero

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