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Rev.: 00 Data : 29.11.

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1. Objetivo

Estabelecer padrão e procedimento para o preenchimento do formulário Plano Geral da Manutenção –


PGM, bem como o método de inserir as atualizações e status das manutenções.

2. Abrangência

Aplicam-se as áreas / empresas que realizam manutenção nas Unidades Eólicas Geradoras da CPFL
Renováveis.

3. Definições

Inspeção visual: Processo técnico de exame, para verificar se os equipamentos, seus componentes e o
seu entorno estão de acordo com um determinado padrão estabelecido pelo normativo, com o objetivo
de detectar defeitos ou anomalias que estejam comprometendo ou venham a comprometer a operação,
ou a vida útil do equipamento e a segurança de pessoas.

Inspeção termográfica: é uma averiguação, realizada em determinada instalação, através de uma


câmara infravermelha de alta resolução, com o intuito de se visualizar todos os pontos passíveis de
ocorrências de aquecimentos, que prenunciem uma falha ou irregularidade. Esta inspeção se realiza sem
a necessidade de interrupção do processo produtivo e sem contato físico do inspetor com qualquer
elemento hostil.

Inspeção minuciosa: idêntico a inspeção visual, mas realizado atentando para os detalhes de cada
equipamento, sem esquecer os mínimos pormenores itens de inspeção e contemplando também demais
itens pertinentes.

Estratégias: Arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos.

Planejamento: Processo que leva ao estabelecimento de um conjunto coordenado de ações visando à


consecução de determinados objetivos.

Programação: O plano de trabalho de uma empresa ou organização para ser cumprido ou executado
dentro de um determinado período de tempo.

Controle: Fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas ou departamentos para que não se
desviem de normas preestabelecidas. Deve incluir atividades de correção de eventual desvio.
IT.O&M.001-E – Plano Geral de
Manutenção
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Manutenção: Todas as ações técnicas e administrativas que visem preservar o estado de um


equipamento ou sistema, ou para recolocar o equipamento ou sistema de retorno a um estado no qual
ele posso cumprir a sua função.

Planejamento e controle de manutenção: Conjunto de ações para preparar, programar, verificar o


resultado da execução das tarefas de manutenção contra valores preestabelecidos e adotar medidas de
correção de desvios para a consecução dos objetivos e da missão da empresa, usando os meios
disponíveis.

Manutenção corretiva: Todo trabalho de manutenção realizado em máquinas que estejam em falha,
para reparar a falha.

Manutenção preventiva: Todo trabalho de manutenção realizada em máquinas que estejam em


condições operacionais, ainda que com algum defeito.

Manutenção preditiva: Todo trabalho de acompanhamento e monitoração das condições da máquina de


seus parâmetros operacionais e sua eventual degradação.

Inspeção Expedita (IE) – Objetiva identificar o estado geral da instalação no que tange principalmente a
integridade das cadeias de isoladores, estabilidade das estruturas, situação dos estais, altura da
vegetação, possibilidade de queimadas e invasões da faixa de servidão.

4. Procedimento

O formulário (FO–294 – Plano Geral de Manutenção) deverá ser preenchido e aprovado até 20 de
Dezembro do ano anterior a sua apresentação e execução. Ex.: O PGM de 2014 deverá ser aprovado até
dia 20 de Dezembro de 2013.

Durante a sua vigência as atualizações das informações deverá ser semanal e também com esta
frequência deverá ser encaminhado para os coordenadores e responsáveis pela manutenção da
respectiva usina a planilha atualizada.

Será descrito de forma explicativa e através de exemplos a elaboração e alimentação do formulário.

4.1. Descrição do formulário

O Plano Geral de Manutenção (PGM) é composto de 04 colunas principais: Usina Eólica, Parte da
Instalação, Periodicidade e calendário. Abaixo segue descrição das colunas do PGM:

4.1.1. Coluna “Usina Eólica”, deve consta a identificação da usina.


4.1.2. Coluna “Partes da instalação”, deve constar as partes da instalação passíveis de manutenções
rotineiras.

4.1.3. Coluna “Periodicidade”, deve constar os tipos manutenções e intervenções, bem como a
frequência determinada para sua realização.

4.1.4. Coluna “Calendário”, o calendário anual discriminado em meses, semanas, dias da semana com
os finais de semana e feriados nacionais e locais.

4.2. Instruções de preenchimento

Neste item será descrito de forma detalhada cada item do Plano Geral de Manutenção, a forma de
preenchimento e a legenda integrante.

4.2.1. Lista e descrição dos itens


- Usina Eólica: Nome operacional de cada Unidade Eólica Geradora.

Formosa (PFA), Icaraizinho (ICZ), Paracuru (PRU), Albatroz (ABT), Foz do Rio Choró (FRC), Bons Ventos
(BVS), Canoa Quebrada (CQA), Enacel (ENC), Rosa dos Ventos (RDV), Atlântica (ATL), Santa Clara
(STC), Macacos (MAC), Campos dos Ventos (CDV).

- Partes da instalação: São unidades organizacionais que estruturam os objetos de manutenção de uma
empresa de acordo com critérios técnicos, funcionais ou espaciais, representando o local onde os
equipamentos são montados/ instalados.

Aerogerador (AEG) - Gerador elétrico integrado ao eixo de um cata-vento e que converte energia
eólica em energia elétrica. Partes integrantes de uma aerogerador: fundação, torre, escadaria de acesso,
controle de orientação do vento, nacela, gerador, anemômetro, freio, caixa de câmbio, pá rotora,
controle de inclinação da pá, cubo rotor.

Subestação Unitária (SU) - Estrutura constituída de paredes e teto em materiais de concreto e fibra de
vidro e piso de cimento, onde abriga os equipamentos elétricos de transformação de potência
(transformadores de 2MVA ou 2,5MVA) e potencial, de proteção e seccionamento, conjunto de partes,
elétricas ou não elétricas, necessárias ao funcionamento de um sistema elétrico ou de algum de seus
elementos. Transformador Pad Mounted (PMT): São transformadores elevadores tipo pedestal de
fabricação CEMEC – 2MVA – ONAN – 0,6/34,5kV – 60Hz. Estes são de instalação desabrigada e
contemplam os dispositivos de seccionamentos e proteção imersos em óleo.

Rede de Distribuição Interna (RDI) – Rede de Distribuição Aérea (RDA): Conjunto de condutores,
isoladores, ferragens, estruturas e postes de madeira, para-raios, muflas e acessórios instalados com a
finalidade de transporte da energia elétrica. Rede de Distribuição Subterrânea (RDS): Conjunto de
condutores isolados, desconectáveis e acessórios isolados instalados sob a superfície do solo, quadro de
distribuição, emendas, caixas de derivação, caixa de inspeção e outros equipamentos instalados com a
finalidade de transporte da energia elétrica.

Subestação Elevadora (SE) - É parte de um sistema de potência, concentrada em um dado local,


compreendendo primordialmente as extremidades de linhas de transmissão e/ou distribuição, com os
respectivos dispositivos de manobra, controle e proteção, incluindo obras civis e estruturas de
montagem, podendo incluir também transformadores, conversores e/ou outros equipamentos.

Linha Aérea de Alta Tensão (LAAT) – Instalação responsável por transportar a energia gerada nas usinas
até o ponto de conexão. Constitui-se de estruturas de concreto ou metálicas, cabos condutores e para-
raios, isoladores, ferragens e acessórios, faixa de servidão e todos os seus componentes.

Grupo Motor Gerador (GMG) ou Grupo Gerador de Emergência (GGE) – São constituídos por um
gerador, acionado por um motor de combustão, sendo este alimentado por combustível. Fazendo parte
também radiador, controle de velocidade, filtros, painel de comando processado (USCA), tanque de
combustível, baterias, cabos, etc.

Sistema de Comunicação (SC) – Parte da instalação que engloba todos os equipamentos responsáveis
pela comunicação, links de internet, tráfego de voz e dados, interligação e comunicação entre os centros
de operação, comunicação do sistema de proteção e seletividade, armazenamento e disponibilização dos
dados de medição e faturamento, bem como toda a infraestrutura: hack, equipamentos, medidores,
antenas, fibras, etc.
Torres de Medição / Sinalização (TMS) – Torres metálicas suportadas por base de concreto e estai onde
são instalados os equipamentos de medição de grandezas e condições atmosféricas ou possuem a
finalidade de sinalização do espaço aéreo.

Cabana de Medição e Faturamento (CMF) – Parte da instalação constituída de uma ou mais edificações
que abrigam ou suportam todos os equipamentos de medição, faturamento, comunicação, refrigeração,
etc.

Edificação e Infra Estrutura (EI) – Parte da instalação que compreendi todas as edificações e
construções existentes na área de influência e sob responsabilidade da usina.

Usina Eólica (UE) – Parte da instalação que consiste em todas as vias internas da usina, bem como:
meio fio, sarjeta, descidas d’água, cercas, taludes, bases, aterros, contenções e acessos que estão
dentro da área de influência da usina.

- Periodicidade: Indicam qual a frequência em que ocorrerá a manutenção de cada parte da instalação e
o tipo de manutenção a ser realizada conforme tabelas abaixo:

Observação: o item “Manutenção (MT)” refere-se a manutenção realizada com a instalação ou


equipamento desenergizado, ou seja, equipamento indisponível para o sistema.

O preenchimento da periodicidade deverá ser baseado nas instruções de manutenção e manuais do


fabricante. As periodicidades de manutenção poderão seguir outro padrão de acordo com as
características da instalação, tempo de uso dos equipamentos e condições ambientais.

- Calendário: calendário anual onde será indicada toda a programação anual, com indicações das datas
de inspeção e manutenção, número das ordens de serviços, ocorrências, contingências e desvios na
manutenção.

4.2.2. Instruções básicas de elaboração do Plano Geral de Manutenção


A programação anual de manutenção deverá ser elaborada pelo supervisor em conjunto com os
técnicos, coordenadores, engenheiros, operadores e mantenedores que possam contribuir e participem
do processo de manutenção e operação das usinas.

A programação deverá ser elaborada baseada nas instruções de manutenção, manual dos fabricantes,
normas técnicas, normas regulamentadoras, características ambientais e climáticas da região, vida útil
dos equipamentos e experiência acumulada ao longo dos anos.

4.2.2.1. Preenchimento da programação da manutenção

Para exemplificação do preenchimento da programação da manutenção adotaremos a parte da


instalação “LAAT – Linha Área de Alta Tensão”. Após análise da respectiva instrução, consulta as normas
e de posse do histórico desta parte da instalação, chegamos ao quadro abaixo:

No exemplo acima (não considerar avaliação, pois se trata somente de uma figura didática),
consideramos realizar as seguintes inspeções e manutenções com as respectivas periodicidades:
Inspeção Minuciosa (IM) com periodicidade Anual (AN), Inspeção Termográfica (IT) com periodicidade
Anual (AN), Inspeção Expedita (IE) com periodicidade Semestral (SM) e a Manutenção (MT) com
periodicidade anual.

Cada parte da instalação tem disponíveis duas linhas para preenchimento. A linha superior recebe toda a
programação anual da manutenção. A segunda será preenchida durante as realizações das atividades,
reprogramações e atualizações da planilha.

A distribuição da programação no ano é feita considerando-se vários fatores, como: sazonalidade dos
ventos, disponibilidade da equipe e recursos, duração das atividades, desligamento anual,
aproveitamento de manutenções, orçamento e criticidade avaliada da instalação.

4.2.2.2. Atualização do PGM e inserção de informações

Para exemplificação deste item iremos simular alguns eventos de manutenção realizada, reprogramação,
realização em atraso e ocorrência na instalação.

- Manutenção realizada no prazo: quando a manutenção é realizada dentro prazo estabelecido, a


Inspeção Minuciosa (IM) foi realizada na semana 10 (S10) entre os dias 03 (três) e 07 (sete) do mês de
Março conforme programado, o preenchimento deverá ser realizado na segunda linha sob a data
programada na cor verde e inserido um comentário com o número da O.S. que a atividade originou.
Conforme tabela abaixo:

- Manutenção Reprogramada: quando ocorre algum caso fortuito e não conseguimos executar a
manutenção programada para a semana 22 (S22) nos dias 12 (doze) e 13 (treze) de Junho, o
preenchimento deverá ser realizado na segunda linha sob a data programada na cor amarela e inserido
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Manutenção
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um comentário com o número da O.S. que contém a justificativa da não realização da atividade e
também a nova data para execução da atividade não realizada. Conforme tabela abaixo:

No momento que reprogramamos a manutenção devemos atualizar a planilha com a nova data
programada, no caso, escolhemos a semana 50 (S50) nos dias 17 (dezessete) e 18 (dezoito) do mês de
Dezembro para realizarmos a Manutenção (MT). A atualização deverá ser feita na linha superior e
preenchida na cor amarela.

- Manutenção realizada em atraso: ocorre quando é chegada a data da realização da manutenção


reprogramada (O.S. CPFL 058.2014) para a semana 50 (S50) nos dias 17 (dezessete) e 18 (dezoito) do
mês de Dezembro, o preenchimento deverá ser realizado na segunda linha sob a data programada na
cor vermelha e inserido um comentário com o número da O.S. que a atividade originou. Conforme tabela
abaixo:

Toda data preenchida como reprogramada na linha superior (preenchimento amarelo) gera uma data
realizada em atraso (preenchimento vermelho) na linha inferior.

- Ocorrência na instalação: esta atualização deverá ser feita para registar as datas e duração das
ocorrências que ocorrem na instalação. A data deverá ser preenchida na linha inferior com a cor cinza
escura correspondendo com a data da ocorrência e duração, neste exemplo a ocorrência foi na Semana
50 (S50) no dia 21 do mês de Dezembro teve duração de somente 01 (um) dia.

Como todas as atualizações, o registro de ocorrência deverá conter um comentário com o número da
O.S. gerada para a execução da atividade.

- Inspeção ou manutenção iniciada no prazo, mas concluída com atraso: quando a manutenção é
iniciada no prazo estabelecido, mas finalizada após a data programada, por exemplo, a inspeção
programada para o mês de Junho na semana S22 nos dias 16 e 17 foi iniciada na data programada, mas
estendeu-se até o dia 18 da mesma semana. O preenchimento na linha inferior deverá ser feita da
seguinte forma: sob as datas programadas o preenchimento será na cor verde e para os dias que
ultrapassarem deverá ser preenchido na cor vermelha, conforme tabela abaixo:
- Inspeção ou manutenção iniciada no prazo, mas com conclusão antecipada: quando a manutenção é
iniciada dentro do prazo e é concluída antecipadamente, por exemplo, a inspeção programada para o
mês de Setembro na semana S34 entre os dias 10 e 13 for realizada em menos tempo e concluída no
dia 12. O preenchimento na linha inferior deverá ser feita na cor verde sob as datas programadas onde
houve manutenção realizada e sob a data programada em que não houve manutenção não deverá ser
feito preenchimento algum, conforme tabela abaixo:

- Controle de Ordem de Serviço (FO-295): consiste em uma planilha onde serão registradas todas as
ordens de serviço emitidas conforme tabela abaixo:

Esta planilha deverá ser atualizada semanalmente e estar alinhada com os registros existentes no Plano
Geral de Manutenção e com as demais manutenções realizadas.

5. Responsabilidades

Diretoria de Operação e Manutenção

 Técnicos: Atuar na execução das atividades e cumprimento da programação do Plano Geral de


Manutenção. Gerar, manter atualizado e fornecer ao supervisor toda documentação necessária a
atualização e preenchimento do Plano Geral de Manutenção, bem como, reportar todo e qual
desvio ou situação atípica durante a execução das atividades de manutenção ao supervisor.
 Supervisores: planejar e definir quais os tipos de inspeção e manutenção e qual a frequência que
será realizado em cada instalação. Responsável por manter atualizado e fidedigno as informações
contidas no Plano Geral de Manutenção e Controle de Ordem de Serviço. Responsável pelo envio
semanal do Plano Geral de Manutenção atualizado para a coordenação e gerência.

 Coordenador de O&M: participar do planejamento do Plano Geral de Manutenção, auditar o


preenchimento e atualização do PGM, analisar a evolução da manutenção, propor melhorias e
adequações ao planejamento da manutenção.

 Engenharia de O&M: Participar do planejamento e definição do Plano Geral de Manutenção,


analisar, auditar e validar atualização e planejamento.

 Coordenador de Operações: Auxiliar na alocação das manutenções e intervenções programadas.

 Gerente: Acompanhar a evolução do Plano Geral de Manutenção, aprovar ou recusar o


planejamento anual da manutenção e propor melhorias.

6. Documentos Referenciados neste Procedimento e Registros Gerados

FO-294 – Plano Geral de Manutenção


FO-295 – Controle de Ordem de Serviço

Rev. Natureza das Dat


Alterações a
00 Emissão inicial 29.11.
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