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LIVRO DO PROFESSOR 12

ano
Biologia

Biologia
LIVRO DO PROFESSOR
12
ano

Planeta com Vida

Planeta com Vida


Componentes do projecto:
Livro do aluno
Caderno de Actividades
Cristina Carrajola, Maria José Castro e Teresa Hilário
SÓ PARA PROFESSORES:
Livro do Professor
CD-ROM do professor
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Planeta com Vida
12

ano
BIOLOGIA

LIVRO DO PROFESSOR

Biologia
Cristina Carrajola, Maria José Castro e Teresa Hilário

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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO 4

PARTE 1
DESENVOLVIMENTO
CURRICULAR
Legislação 10

PLANIFICAÇÃO ANUAL
Unidade 1 12
Unidade 2 14
Unidade 3 16
Unidade 4 18
Unidade 5 20
Sugestões metodológicas 22

PARTE 2
guião do professor
UNIDADE 1 — reprodução e manipulação da fertilidade
Actividades de ampliação 32
Protocolo experimental 36
Teste de avaliação 1 40
Critérios de correcção 45
Mapas de conceitos 48
Soluções 52

UNIDADE 2 — património genético


Actividades de ampliação 58
Informação complementar 61
Protocolo experimental 64
Informação complementar 67
Teste de avaliação 2 69
Critérios de correcção 73
Mapas de conceitos 76
Soluções 79

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ÍNDICE

UNIDADE 3 — imunidade e controlo de doenças


Actividades de ampliação 88
Teste de avaliação 3 90
Critérios de correcção 95
Mapas de conceitos 97
Soluções 99

UNIDADE 4 — produção de alimentos e sustentabilidade


Actividades de ampliação 104
Protocolo experimental 108
Teste de avaliação 4 109
Critérios de correcção 114
Mapas de conceitos 118
Soluções 121

UNIDADE 5 — preservar e recuperar o meio ambiente


Actividades de ampliação 128
Teste de avaliação 5 133
Critérios de correcção 138
Mapas de conceitos 139
Soluções 141

PARTE 3
Registos do professor
Ficha de identificação do aluno 148
Avaliação do jogo de simulação 149
Avaliação de trabalho laboratorial 150
Avaliação de pesquisar e divulgar 151

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APRESENTAÇÃO

Constituição do projecto

O presente projecto de Biologia da Santillana pretende marcar um avanço qualitativo na leccio­nação


desta disciplina no Ensino Secundário.

Para tanto, reunimos uma equipa de autores experientes e qualificados para a elaboração dos materiais
didácticos que integram este projecto:
• o manual do aluno;
• o Caderno de Actividades;
• o Livro do Professor;
• um CD-ROM com recursos variados.
Todos estes materiais constituem um projecto suficiente e autónomo que responde às necessidades
reais dos docentes na preparação e no decurso das aulas de Biologia, assente num critério pedagógico e
didáctico próprio para a disciplina, pelo qual se introduzem e desenvolvem os conceitos, os conteúdos e as
competências definidos pelo programa.
Os diferentes materiais encontram-se organizados de forma a:
• fomentar uma participação crítica e interventiva na resolução de problemas, utilizando informação
e métodos científicos;
• permitir a construção activa do saber e do saber fazer;
• desenvolver raciocínios integradores e globalizantes;
• promover o exercício da cidadania por parte do aluno.

O manual página a página

Na entrada de unidade é apresentado um texto,


apoiado por imagens, que realiza uma primeira
abordagem dos conteúdos.
As actividades de diagnóstico permitem aferir os
conhecimentos adquiridos e são realizadas também
através da exploração de imagens.
Os conceitos fundamentais para a compreensão
dos conteúdos estão destacados, permitindo
que o aluno os identifique facilmente.

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APRESENTAÇÃO

Utilizando uma linguagem adequada à faixa etária dos alunos, cientificamente correcta e rigorosa,
e recursos variados facilitadores da compreensão, estes materiais exploram os conteúdos de forma a permitir
uma progressão sólida na aprendizagem.
O manual, desenvolvido a pensar no aluno, caracteriza-se por apresentar:
• um texto expositivo claro, organizado e desenvolvido de forma objectiva;
• imagens informativas e rigorosas cientificamente, elementos apelativos e facilitadores da capacidade
de abstracção;
• recursos diversificados na apresentação de informação (tabelas, esquemas, gráficos, etc.);
• propostas diversificadas de actividades, pensadas para trabalhar diferentes competências;
• reforço dos conhecimentos essenciais;
• elementos de suporte ou ampliação de conhecimentos;
• um estímulo à pesquisa de informação noutras fontes;
• a interligação ao quotidiano;
• o papel relevante da Ciência e da Tecnologia na Sociedade e no Ambiente;
• um aspecto gráfico atraente.

A secção «A reter» contém chamadas de atenção


para os conceitos fundamentais que estão
Os conteúdos são apresentados mediante a ser desenvolvidos, tanto em forma de esquema
um texto informativo, enriquecido com diversos como em tabela ou texto.
elementos, como esquemas, imagens As «Actividades laboratoriais» estão interligadas
e palavras‑chave com a respectiva tradução para com o texto informativo. São ilustradas
inglês na lateral da página. e apresentam protocolo completo e propostas
Com o texto informativo, são propostas «Actividades de discussão.
de acompanhamento» que promovem a exploração Nas páginas de «Síntese» são apresentados, por
de imagens ou de documentos, podendo ser tópicos, os principais conteúdos e conceitos a reter.
utilizadas na aplicação imediata dos conhecimentos. As propostas de «Actividades» iniciam-se com
a construção de um diagrama de conceitos.

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APRESENTAÇÃO

Outros materiais do projecto

O Caderno de Actividades, que complementa o manual, foi desenvolvido para constituir uma ferramenta
de trabalho para o aluno, permitindo consolidar e verificar os seus conhecimentos.
Contém sínteses dos diversos conteúdos e exercícios vários, com graus de dificuldade diferenciados,
que visam desenvolver as capacidades de:
• análise e interpretação de textos, gráficos, tabelas e imagens;
• interligação de conhecimentos;
• utilização de linguagem científica, assim como a expressão escrita.

O Caderno de Actividades inclui, ainda, as soluções de todos os exercícios propostos.

Caderno de Actividades

Síntese dos conteúdos Propostas variadas de exercícios

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APRESENTAÇÃO

O Livro do Professor disponibiliza, ainda, vários recursos no Guião do Professor, como:


• testes de avaliação com as respectivas soluções;
• fichas de trabalho e actividades de ampliação;
• soluções das actividades do manual;
• propostas de critérios de correcção das actividades laboratoriais.

Os materiais apresentam graus de dificuldade diferenciados, para que possam ser adaptados à
heterogeneidade das turmas, permitindo desenvolver e avaliar diferentes competências.
O CD-ROM inclui todos os materiais fotocopiáveis do Livro do Professor, o programa da disciplina,
as transparências e a legislação com relevância para os conteúdos.

O CD-ROM contém, ainda, vários materiais para exploração dos conteúdos, como, por exemplo, Webquests
e aulas em PowerPoint.

Materiais para o professor

Aulas em Powerpoint e vários


recursos interactivos.

Recursos fotocopiáveis variados

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8

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PARTE 1
DESENVOLVIMENTO
CURRICULAR

LEgislação 10

Planificação anual 12

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LEGISLAÇÃO

Legislação

Decreto-Lei n.º 15/2007


 lterações ao Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensino Básico
A
e Secundário.
Versão integral no CD-ROM.

Despacho Normativo n.º 5/2007


 lterações ao Despacho Normativo n.º 1/2005, de 5 de Janeiro, com as modificações introduzidas pelo
A
Despacho Normativo n.º 18/2006, de 14 de Março.
Versão integral no CD-ROM.

Despacho Normativo n.º 18/2006


Alterações ao Despacho Normativo n.º 1/2005.
Versão integral no CD-ROM.

10 P A R T E 1    D E S E N V O L V I M E N T O CU R R ICU L A R

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LEGISLAÇÃO

Despacho Normativo n.º 50/2005


 efine, no âmbito da avaliação sumativa interna, princípios de actuação e normas orientadoras para
D
implementação, acompanhamento e avaliação dos planos de recuperação, de acompanhamento e de
desenvolvimento como estratégia de intervenção com vista ao sucesso educativo dos alunos.
Versão integral no CD-ROM.

Lei n.º 49/2005


 egunda alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo e primeira alteração à Lei de Bases do Financiamento
S
do Ensino Superior.
Versão integral no CD-ROM.

Despacho Normativo n.º 1/2005


 presente diploma aplica-se aos alunos dos três ciclos do Ensino Básico regular e estabelece os princípios e
O
os procedimentos a observar na avaliação das aprendizagens e das competências, assim como os seus
efeitos.
Versão integral no CD-ROM.

P A R TE 1    D E S E N V O L V I M E N T O CU R R ICU L A R 11

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planificação anual

12
P A R T E
Unidade 1 — REPRODUÇÃO E MANIPULAÇÃO DA FERTILIDADE

Como melhorar a qualidade de vida dos seres humanos? O que pode ser feito ao nível dos processos reprodutivos?

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Conteúdos Conceitos/ Número
Conteúdos procedimentais Conteúdos atitudinais Enfatizar Evitar
conceptuais /palavras-chave de aulas

1    D E S E N V OL V I M E N T O
1.1 Reprodução • Interpretação de aspectos • Valorização dos • A morfofisiologia dos • E studo •  ametogénese
G 14
Unidade 1

humana relativos à morfologia e à fisiologia conhecimentos sobre sistemas reprodutores pormenorizado • Espermatogénese
1.1.1 Gametogénese dos sistemas reprodutores. a reprodução para feminino e masculino. das variações • Oogénese
e fecundação • Observação e interpretação compreender o • As fases da e das interacções • Testículo
1.1.2 Controlo de imagens microscópicas funcionamento do gametogénese hormonais para • Túbulos

CU R R ICULA R
hormonal relativas à histologia de gónadas próprio corpo e adoptar (multiplicação, além das que seminíferos
1.1.3 Desenvolvimento e estrutura de gâmetas. comportamentos crescimento, maturação expliquem as • Espermatogónia
embrionário • Integração de conhecimentos promotores de saúde. e diferenciação) no ciclo diferentes fases • Espermatídio
e gestação relativos a processos de • Disponibilidade para de vida dos indivíduos, dos ciclos ovárico • Espermatozóide
divisão celular e gametogénese. analisar criticamente com destaque para a e uterino. • Células de Sertoli
• Análise e interpretação de os mitos e/ou as divisão meiótica e a • Estudo e de Leydig
dados em formatos diversos concepções pessoais conclusão da oogénese pormenorizado do • Ovário
relativos à regulação hormonal relacionados com os no momento da desenvolvimento • Folículos
da reprodução, estados aspectos da reprodução fecundação. embrionário primordiais
iniciais do desenvolvimento humana. • A importância da humano. • Folículos de Graaf
embrionário, nidação e fenómenos • Reconhecimento reacção acrossómica. • Corpo amarelo
fisiológicos associados. da importância e • A regulação hormonal • Ovulação
• Avaliação das condições interdependência das no funcionamento das • Testosterona
necessárias ao encontro dos dimensões biológica, gónadas e nos • Estrogénio
gâmetas. psicológica e ética da processos de nidação • Progesterona
• Problematização e análise sexualidade humana. e gestação. • Hormonas
crítica de situações que envolvam • Os processos de hipofisárias
a possibilidade de factores retroalimentação que • Hormonas
pessoais e/ou ambientais envolvam o hipotalâmicas
afectarem os processos funcionamento do • Retroalimentação
reprodutivos. hipotálamo, da hipófise • Ciclos ovárico
• Interpretação de dados de e das gónadas. e uterino
natureza diversa que permitam • A função e a importância • Reacção
a compreensão das funções dos diferentes anexos acrossómica
dos anexos embrionários. embrionários. • Fecundação
• Nidação
• Embrião
• Feto

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Unidade 1 — REPRODUÇÃO E MANIPULAÇÃO DA FERTILIDADE

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Como melhorar a qualidade de vida dos seres humanos? O que pode ser feito ao nível dos processos reprodutivos?

Conteúdos Conceitos/ Número


Conteúdos procedimentais Conteúdos atitudinais Enfatizar Evitar
conceptuais /palavras-chave de aulas

• D
 iscussão dos contributos • A nexos
da gametogénese e da embrionários
fecundação na transmissão de • Desenvolvimento
características entre as gerações embrionário
e na diversidade das populações • Crescimento
humanas. • Morfogénese
• Diferenciação
celular
• Oxitocina
• Prolactina

1.2 Manipulação • R ecolha, organização e • Desenvolvimento • A s causas da • O estudo • C ontracepção


da fertilidade interpretação da informação de opiniões críticas infertilidade humana, exaustivo ou • Métodos
relacionada com os métodos e informadas, face que podem ter origem descontextualizado contraceptivos
contraceptivos, as causas à utilização de métodos masculina ou feminina de métodos • Infertilidade
de infertilidade e as técnicas contraceptivos, (por exemplo, contraceptivos. • Reprodução
de reprodução assistida. de processos imobilidade do esperma, • A emissão de assistida
• Análise de princípios biológicos de reprodução assistida infecções, malformações juízos de valor • Crioconservação
subjacentes a diferentes métodos e de manipulação congénitas, disfunções sobre a adopção de gâmetas e de
contraceptivos e técnicas de de embriões. hormonais, etc.). dos diferentes embriões
reprodução assistida. • Reconhecimento de • A reprodução assistida métodos
que os avanços sobre a como meio de contraceptivos
estrutura molecular e a ultrapassar a infertilidade e técnicas de
actuação das hormonas humana (por exemplo, reprodução

P A R TE
são marcos importantes fecundação, assistida.
no controlo e na indução microinjecção
da fertilidade. e implantação
• Reflexão sobre as de embriões, etc.).
implicações biológicas
e socioéticas que
decorrem da utilização
de processos de
manipulação da

1    D E S E N V O L V I M E N T O
reprodução humana, no
que respeita a indivíduos
e ao desenvolvimento
das populações.

CU R R ICU L A R
13
PLANIFICAÇÃO ANUAL

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planificação anual

14
P A R T E
Unidade 2 — PATRIMÓNIO GENÉTICO

Como melhorar a qualidade de vida dos seres humanos? Que desafios se colocam à Genética?

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Conteúdos Conceitos/ Número
Conteúdos procedimentais Conteúdos atitudinais Enfatizar Evitar
conceptuais /palavras-chave de aulas

1    D E S E N V O L V I M E N T O
2.1 Património • Integração
 de conhecimentos • Consciencialização
 • A
 pertinência das leis • A descrição • 
Fenótipo 22
Unidade 2

genético sobre meiose, gametogénese da importância dos contextos de Mendel e as suas pormenorizada • Genótipo
e hereditariedade. (sociais, tecnológicos, etc.) limitações. dos trabalhos • Homozigótico
2.1.1 Transmissão de • Comparação dos contributos na construção do • O estudo de alguns de Mendel. • Heterozigótico
características dos trabalhos de Mendel e conhecimento científico. casos de mono • A resolução de • Alelo recessivo,

CU R R ICU L A R
hereditárias Morgan. • Reconhecimento da e diibridismo. exercícios que dominante e
• Resolução de exercícios sobre importância das teorias • A importância dos dados envolvam três co-dominante
a transmissão hereditária de e dos modelos na construção fornecidos por ou mais pares • Alelos múltiplos
caracteres. do conhecimento científico. retrocruzamentos. de alelos. e letais
• Construção e interpretação • Desenvolvimento de atitudes • A ligação de algumas • A resolução de • Árvore
de árvores genealógicas. que promovam o respeito características ao sexo. exercícios sobre a genealógica
• Problematização e organização pela diversidade fenotípica • A previsão de epistasia, o cálculo
de dados relativos a casos dos indivíduos. proporções fenotípicas de distância entre
cuja expressão fenotípica • Valorização dos conhecimentos e genotípicas numa genes e o mapa
resulte de interacção génica. sobre Genética no sentido descendência. cromossómico.
• Análise de evidências que de desenvolver uma atitude • O carácter hereditário
permitam inferir a localização responsável face ao seu papel de algumas patologias
de dois genes num mesmo no melhoramento da humanas (por exemplo,
cromossoma. qualidade de vida do daltonismo, fenilcetonúria,
indivíduo. hemofilia, surdez, etc.).

2.1.2 Organização • Interpretação


 de dados • Reflexão sobre os aspectos • Os
 cromossomas como • Abordagens que • 
Genoma
e regulação relativos à organização geral biológicos, éticos e sociais entidades que contêm envolvam estruturas • Gene
do material do material nuclear e localização relacionados com a os genes. químicas complexas. • Cromatina
genético da informação genética. descodificação do genoma • O cariótipo humano e a • A exploração das • Cromossoma
• Sistematização de aspectos humano. determinação genética técnicas utilizadas • Autossoma
que caracterizem o cariótipo • Reconhecimento do carácter do sexo. para estudo da • Heterossoma
humano e permitam provisório do conhecimento • A existência de material estrutura de • Operão
compará-lo com o de outras científico. genético extranuclear. cromossomas • Regulão
espécies. • O carácter selectivo da e visualização de • Promotor
• Discussão da importância dos expressão de alguns cariótipos. • Operador
mecanismos de regulação genes. • O estudo • Gene estrutural
génica e sua relação com • A influência de agentes pormenorizado • Gene regulador
a diferenciação celular e endógenos e exógenos de processos de • Repressor
ontogenia dos indivíduos. na expressão génica. regulação génica. • Indutor
• Interpretação de processos • A importância dos
de regulação da expressão operões nos seres
génica. procariontes.

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Unidade 2 — PATRIMÓNIO GENÉTICO

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Como melhorar a qualidade de vida dos seres humanos? Que desafios se colocam à Genética?

Conteúdos Conceitos/ Número


Conteúdos procedimentais Conteúdos atitudinais Enfatizar Evitar
conceptuais /palavras-chave de aulas

2.2 Alterações do • Análise


 e interpretação • Atitude
 responsável e crítica • O
 carácter espontâneo • A
 descrição • 
Mutação
material genético de casos de mutações, sua face aos argumentos que de certas alterações pormenorizada • Deleção
2.2.1 Mutações génese e consequências, com suportam os debates sobre génicas e dos aspectos • Duplicação
o objectivo da compreensão a utilização dos processos cromossómicas. que caracterizam • Translocação
global da diversidade dos de clonagem e de • O efeito mutagénico as patologias • Inversão
processos envolvidos na sua Engenharia Genética de radiações (por humanas, • Haploidia/
origem. aplicados aos seres exemplo, ionizantes, relacionadas /Poliploidia
• Avaliação de efeitos de humanos. ultravioleta, etc.) e de com alterações • Monossomia
mutações ocorridas em células substâncias químicas cromossómicas. • Polissomia
somáticas e germinativas. (por exemplo, gás • O estudo exaustivo • Nulissomia
• Interpretação de casos mostarda). de hipóteses que • Agente
relacionados com a activação • A exploração de explicam a mutagénico
de oncogenes por mutações. exemplos de mutações activação de • Oncogene
cromossómicas oncogenes.
em humanos (por
exemplo, síndromes
de Down, Turner,
Klinefelter, etc.).

2.2.2 Fundamentos • Análise


 de procedimentos • Apreciação crítica do papel • A
 constituição • A
 descrição • Enzima

da Engenharia laboratoriais de manipulação desempenhado pelos media dos ácidos nucleicos aprofundada de restrição
Genética de DNA, com o objectivo na divulgação dos avanços estudada nos anos de técnicas • Ligase do DNA
da compreensão global dos da Ciência e da tecnologia. anteriores. de obtenção • Transcritase
processos biotecnológicos • Reflexão sobre implicações • A possibilidade de de DNA reversa

P A R TE
envolvidos. biológicas e socioéticas que obter cadeias de DNA recombinante • Plasmídio/vector
• Interpretação de esquemas decorrem da obtenção de partindo de um molde (rDNA). • rDNA
e de modelos explicativos para organismos geneticamente de RNA. • A exploração dos • cDNA
a obtenção de cópias de modificados. • A importância das sistemas restrição/ • OGM
genes (cDNA) a partir do enzimas de restrição /modificação.
mRNA correspondente. e das ligases como
• Avaliação da importância ferramentas de
biológica das endonucleases Engenharia Genética.
de restrição. • A obtenção

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de organismos
geneticamente
modificados (OGM)
por manipulação
de DNA.

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PLANIFICAÇÃO ANUAL

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planificação anual

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P A R T E
Unidade 3 — IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

Como melhorar a qualidade de vida dos seres humanos? Que desafios se colocam ao controlo de doenças?

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Conteúdos Conceitos/ Número
Conteúdos procedimentais Conteúdos atitudinais Enfatizar Evitar
conceptuais /palavras-chave de aulas

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3.1 Sistema Imunitário • Integração de conhecimentos • Valorização dos • O s processos de defesa • A exploração • D efesas 14
Unidade 3

3.1.1 Defesas relacionados com os processos conhecimentos relativos específica e não- da estrutura específicas
específicas e as estruturas biológicas que a infecções e imunidade - específica do química das e não-específicas
e não asseguram os mecanismos de como meio de organismo. imunoglobulinas. • Reacção
específicas defesa específica e não-específica promoção da saúde • As diferenças • O estudo dos inflamatória

CU R R ICU L A R
3.1.2 Desequilíbrios do organismo. individual, escolar morfológicas e funcionais processos • Quimiotaxia
e doenças • Interpretação de acontecimentos e pública, em geral. dos diversos tipos que regulam • Diapedese
biológicos que caracterizem os • Consciencialização da de leucócitos. a produção dos • Fagocitose
processos de infecção e necessidade de divulgar • As diferenças biológicas diferentes tipos • Linfócitos (B e T)
inflamação de tecidos. conhecimentos e entre vírus e bactérias de leucócitos. • Monócitos/
• Análise de dados laboratoriais mobilizar a comunidade e respectivos processos • A exploração /macrófagos
relacionados com o sistema educativa na adopção de proliferação exaustiva das • Eosinófilos
imunitário. de comportamentos no organismo. interacções • Basófilos
• Distinção de processos de mais saudáveis. • Os principais existentes entre • Neutrófilos
imunidade humoral e imunidade • Reconhecimento acontecimentos que linfócitos B e T • Célula-memória
mediada por células. e aceitação das caracterizam um • O estudo das • Imunidade inata
• Interpretação de acontecimentos possibilidades e processo inflamatório. diferentes classes • Imunidade
imunitários envolvidos nas limitações dos • A especificidade da de linfócitos T. adquirida
reacções de hipersensibilidade mecanismos de defesa resposta imunológica. • A descrição • Antigénio
e dano tecidular (alergias do corpo humano. • A existência de pormenorizada • Anticorpo
e doenças autoimunes). diferentes classes dos mecanismos • Imunoglobulina
• Análise de situações causadoras de imunoglobulinas. de infecção • Interferão
de imunodeficiência e suas • Os conceitos de e rejeição. • Imunodeficiência
consequências. imunidade inata • Vacina
• Aplicação de conhecimentos para e adquirida. • Hipersensibilidade
interpretar acontecimentos do • A memória imunitária. • Alergia
dia-a-dia. • A interpretação biológica • Histaminas
dos processos • Autoimunidade
de vacinação,
incompatibilidades
sanguíneas e rejeição de
tecidos transplantados.
• As causas e os efeitos
dos estados de
imunodeficiência.

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Unidade 3 — IMUNIDADE E CONTROLO DE DOENÇAS

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Como melhorar a qualidade de vida dos seres humanos? Que desafios se colocam ao controlo de doenças?

Conteúdos Conceitos/ Número


Conteúdos procedimentais Conteúdos atitudinais Enfatizar Evitar
conceptuais /palavras-chave de aulas

3.2 Biotecnologia • Interpretação de procedimentos • D esenvolvimento • A distinção entre • A descrição • Anticorpos



no diagnóstico gerais envolvidos na produção de opiniões anticorpos policlonais de processos policlonais
e terapêutica de anticorpos monoclonais. fundamentadas sobre e monoclonais. biotecnológicos • Anticorpos
de doenças • Análise de exemplos que ilustrem as questões que • A utilização biomédica cuja compreensão monoclonais
as potencialidades da utilização envolvem a utilização dos anticorpos exija • Hibridoma
dos anticorpos monoclonais de animais na monoclonais. conhecimentos • Mieloma
no diagnóstico e na terapêutica experimentação • As vantagens da de Biologia, Física, • Bioconversão
de doenças. biomédica. utilização de substâncias Química, ou
• Recolha, organização • Reconhecimento terapêuticas produzidas Matemática que
e interpretação de informação da importância das biotecnologicamente. os alunos não
relacionada com a utilização de relações entre Ciência • A utilização dominem,
procedimentos biotecnológicos e tecnologia de processos ou pormenores
na produção de substâncias com e implicações de ambas de bioconversão na excessivos
fins terapêuticos. para a sociedade. produção de antibióticos e dispensáveis.
e esteróides.

P A R TE
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PLANIFICAÇÃO ANUAL

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planificação anual

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P A R T E
Unidade 4 — PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E SUSTENTABILIDADE

Como resolver os problemas de alimentação da população humana?

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Conteúdos Conceitos/ Número
Conteúdos procedimentais Conteúdos atitudinais Enfatizar Evitar
conceptuais /palavras-chave de aulas

1    D E S E N V O L V I M E N T O
4.1 Microrganismos • Organização
 e interpretação • Valorização
 dos • A
 importância biológica • As abordagens • F ermentação 24
Unidade 4

e indústria de dados de natureza diversa conhecimentos sobre das enzimas. que incluam láctea, alcoólica
alimentar (laboratoriais, bibliográficos, os processos • Os factores que afectam estruturas químicas e acética
4.1.1 Fermentação Internet, etc.) sobre a utilização metabólicos de alguns a actividade enzimática. complexas. • Via metabólica
e actividade de microrganismos na produção organismos, • A especificidade • O estudo • Catalisador

CU R R ICU L A R
enzimática de alimentos (por exemplo, na perspectiva da sua enzima-substrato. pormenorizado • Biocatalisador
4.1.2 Conservação, iogurte, queijo, vinagre, pickles, utilização no fabrico, • O conceito de via de procedimentos • Enzima
melhoramento etc.) no processamento metabólica e controlo biotecnológicos. • Centro activo
e produção • Concepção e realização e na conservação pelo produto final. • Apoenzima
de novos de actividades laboratoriais de alimentos. • Os fundamentos • Holoenzima
alimentos e/ou experimentais para estudo • Construção de opiniões biológicos subjacentes • Substrato
de factores que condicionem informadas sobre a métodos • Complexo
a actividade enzimática. a utilização de alimentos de conservação enzima–substrato
• Execução de trabalhos práticos obtidos/modificados de alimentos (por • Especificidade
relativos a processos envolvidos por processos exemplo, pasteurização, relativa e absoluta
na produção e conservação biotecnológicos. crioconservação, • Inactivação
de alimentos. • Desenvolvimento irradiação, liofilização, • Desnaturação
• Redacção de memórias da capacidade aditivos, etc.) • Inibidor
descritivas e interpretativas de analisar criticamente • Alguns exemplos • Inibição
de trabalhos laboratoriais novas informações ilustrativos competitiva
e/ou experimentais. e ponderar argumentos das potencialidades • Inibição alostérica
• Discussão dos fundamentos contraditórios. da biotecnologia • Cofactor
biológicos subjacentes na produção, • Coenzima
a diferentes técnicas no melhoramento • Aditivos
de conservação de alimentos. e na conservação alimentares
• Interpretação de exemplos de alimentos.
de aplicações biotecnológicas • A interdependência das
na indústria alimentar, dimensões conceptual
nomeadamente, imobilização e procedimental nas
de enzimas, aditivos e novas actividades laboratoriais/
fontes de nutrientes. /experimentais.
• A importância
do controlo de variáveis
e da utilização de réplicas
nos trabalhos de
natureza experimental.

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Unidade 4 — PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E SUSTENTABILIDADE

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Como resolver os problemas de alimentação da população humana?

Conteúdos Conceitos/ Número


Conteúdos procedimentais Conteúdos atitudinais Enfatizar Evitar
conceptuais /palavras-chave de aulas

4.2 Exploração das • Interpretação e discussão • Desenvolvimento • A importância para • R eprodução


potencialidades de dados, de natureza diversa, de atitudes o ambiente e para selectiva
da biosfera sobre a intervenção do Homem responsáveis face a saúde da utilização • Transgénico
4.2.1 Cultivo nos ecossistemas para aumentar à intervenção de métodos naturais • Cultura
de plantas as reservas alimentares. do Homem no controlo de pragas de tecidos
e criação • Análise e interpretação no ecossistema. (por exemplo, controlo • Micropropagação
de animais de técnicas de cultura de tecidos • Valorização genético, com químicos • Tecido caloso
4.2.2 Controlo vegetais e compreensão das suas dos conhecimentos naturais, etc.). • Implante/explante
de pragas potencialidades. científicos no controlo • A importância • Protoplasma
• Avaliação de argumentos sobre de pragas sem prejuízo das biotecnologias • Equilíbrio
as vantagens e preocupações para o Ambiente. na minimização dinâmico
relativas à utilização de OGM • Desenvolvimento da do problema da fome • Ciclo reprodutor
na produção de alimentos. capacidade de analisar no Mundo. • Esterilização
• Análise de métodos de clonagem criticamente dados • Feromonas
aplicados à agricultura/criação relacionados com • Agentes biocidas
de animais e debate sobre a utilização • Espectro
os aspectos relacionados de diferentes de acção
com o seu impacto ecológico, biotecnologias na • Persistência
económico e ético. produção de alimentos
• Avaliação dos benefícios e dos e formulação de juízos
prejuízos associados ao uso fundamentados.
de hormonas e de reguladores
de crescimento no controlo
do desenvolvimento e fertilidade

P A R TE
de plantas e animais.
• Discussão sobre a problemática
do uso de biocidas e de métodos
alternativos no controlo de pragas.

1    D E S E N V O L V I M E N T O
CU R R ICU L A R
19
PLANIFICAÇÃO ANUAL

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planificação anual

20
P A R T E
Unidade 5 — PRESERVAR E RECUPERAR O MEIO AMBIENTE

Que soluções há para os efeitos da actividade humana sobre o Ambiente?

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Conteúdos Conceitos/ Número
Conteúdos procedimentais Conteúdos atitudinais Enfatizar Evitar
conceptuais /palavras-chave de aulas

1    D E S E N V O L V I M E N T O
5.1 Poluição • D iscussão de consequências • R eflexão e • O s principais • A referência a um • Poluição/poluente 16
Unidade 5

e degradação relativas a contaminantes de desenvolvimento contaminantes elevado número • Contaminação


de recursos ecossistemas (eutrofização, de atitudes críticas, ambientais, as suas de contaminantes • Eutrofização
5.1.1 Contaminantes bioampliação, sinergismo, etc.). conducentes a tomadas fontes e a avaliação dos e seus efeitos. natural/cultural
da atmosfera, • Recolha e organização de dados de decisões seus riscos para a saúde. • O estudo • Bioampliação

CU R R ICU L A R
do solo sobre sistemas utilizados para fundamentadas, sobre • Os contaminantes pormenorizado • Sinergismo
e da água diminuir as emissões para problemas ambientais acarretam riscos dos processos • Chuvas ácidas
e seus efeitos a atmosfera e tratamento causados pela para a saúde (efeitos químicos • Efeito de estufa
fisiológicos de resíduos. actividade humana. crónicos, agudos, envolvidos no • Ozono
5.1.2 Tratamento • Análise do papel dos seres vivos • Consciencialização cancerígenos, etc.) tratamento de atmosférico
de resíduos decompositores e saprófitas das vantagens da e degradam o Ambiente. resíduos. • Carência
na reciclagem de materiais. reciclagem e reutilização • A importância da bioquímica de
• Discussão de impedimentos de materiais como reciclagem de materiais oxigénio (CBO)
e alternativas possíveis à modo de evitar a e do tratamento • Toxicidade
reciclagem de produtos residuais contaminação (do ar, de resíduos. • Dose letal
(contaminação com materiais do solo e da água) • A utilização de • Efeito agudo/
tóxicos). e o esgotamento microrganismos para /crónico
• Apreciação crítica da informação dos recursos naturais. a diminuição da matéria • Agente
veiculada pela comunicação • Valorização dos avanços orgânica presente nos mutagénico,
social e aplicação de científico-tecnológicos resíduos. teratogénico
conhecimentos para interpretar na preservação • A integração das visitas ou cancerígeno
problemáticas com impacto do Ambiente. de estudo no currículo, • Estação de
social. • Desenvolvimento de articulando as Tratamento de
• Concepção e execução de atitudes interventivas actividades de Águas Residuais
trabalhos experimentais sobre e responsáveis, visando preparação e síntese (ETAR)
contaminação de recursos contribuir para a (laboratoriais, pesquisa, • Incineração
naturais. alfabetização científica etc.) com as desenvolvidas • Aterro sanitário
dos membros da durante a saída. • Compostagem
comunidade educativa • Biogás
sobre questões de • Biossólidos
impacto social para (lodos tratados)
a comunidade local • Biodegradável
e/ou nacional. • Reciclável

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Unidade 5 — PRESERVAR E RECUPERAR O MEIO AMBIENTE

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Que soluções há para os efeitos da actividade humana sobre o Ambiente?

Conteúdos Conceitos/ Número


Conteúdos procedimentais Conteúdos atitudinais Enfatizar Evitar
conceptuais /palavras-chave de aulas

5.2 Crescimento • A nálise e interpretação de dados • Reconhecimento • Os factores que • Demografia
da população em diferentes formatos (gráficos, de que o crescimento condicionam • Mortalidade
humana e tabelas, etc.), relativos à evolução demográfico, o desenvolvimento • Natalidade
sustentabilidade da população ao longo do tempo. a degradação ambiental da população humana • Sustentabilidade
• Discussão de causas e os avanços científicos (reprodução e fertilidade,
e consequências da explosão e tecnológicos Genética, imunidade
demográfica, nomeadamente os condicionam e doenças, alimentação,
seus efeitos ambientais e sociais. a qualidade de vida etc.).
• Interpretação de padrões do Homem.
de crescimento demográfico
de sociedades com diferentes
níveis de desenvolvimento.
• Avaliação de medidas a adoptar
para solucionar os problemas
associados à explosão
demográfica e degradação
ambiental.

P A R TE
1    D E S E N V O L V I M E N T O
CU R R ICU L A R
21
PLANIFICAÇÃO ANUAL

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planificação anual

Sugestões metodológicas

Unidade 1
Os conceitos básicos relativos aos sistemas reprodutores feminino e masculino foram já abordados em
anos anteriores; como tal, as actividades de ensino-aprendizagem devem ser desenvolvidas no sentido de
o aluno clarificar, enriquecer e aprofundar os conteúdos desta unidade.
De que modo os processos reprodutivos interferem na qualidade de vida dos seres humanos?
Em que difere a morfofisiologia dos sistemas reprodutores feminino e masculino?
Que mecanismos regulam o seu funcionamento?
Que procedimentos tecnológicos permitem, actualmente, controlar a gametogénese, a fecundação
e a gestação?
Quais são as possíveis causas da infertilidade humana?
Questões como estas poderão orientar actividades como as que seguidamente se sugerem:
• A
 nálise de imagens (esquemas, fotografias, vídeo, etc.) relativas à histologia das gónadas, à estrutura
dos gâmetas, a estádios de gestação e a diferentes anexos embrionários, no sentido de inter-relacionar
aspectos morfológicos e fisiológicos.
• O
 bservação e interpretação de preparações definitivas de gâmetas e/ou cortes de testículos e ovários
de mamíferos.
• P lanificação e realização de actividades laboratoriais que permitam observar gâmetas e processos de
fecundação e, eventualmente, fases iniciais do desenvolvimento embrionário de seres com fecundação
externa (por exemplo, ouriço-do-mar).
• A
 nálise e síntese de informação sobre situações que envolvam aspectos de regulação hormonal da
reprodução, por exemplo, o uso de contraceptivos orais, a terapia hormonal de substituição ou a estimulação
da ovulação em casos de esterilidade; a interpretação destes casos exige que os alunos mobilizem
conhecimentos de retroalimentação hormonal (estudados no 10.º ano) e compreendam as interacções
que se estabelecem entre hipotálamo, hipófise e gónadas.
• O
 rganização de trabalhos de pesquisa, por parte de pequenos grupos de alunos, sobre métodos contra-
ceptivos, causas de infertilidade e técnicas de reprodução assistida; posteriormente sugere-se a realização
de debate, alargado à turma, mobilizando não só os aspectos biológicos que permitem compreender os
processos em estudo, mas também as suas implicações sociais, nomeadamente os possíveis contributos
para a melhoria da qualidade de vida das populações humanas. Estes trabalhos podem ser enriquecidos
com a análise e discussão de documentários gravados, bem como com a organização de sessões onde
possam estar presentes especialistas.

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PLANIFICAÇÃO ANUAL

Unidade 2
De que modo os conhecimentos de Genética podem ser utilizados para melhorar a qualidade de
vida das pessoas?
Que meios são utilizados para estudar o património genético dos organismos?
Como prever o aparecimento de uma determinada característica na geração seguinte?
Poder-se-á saber se uma determinada doença possui ou não um carácter hereditário?
Até que ponto os genes determinam o nosso fenótipo?
Questões como estas poderão ser o ponto de partida para as actividades de aprendizagem sobre
hereditariedade e Genética. Sugere-se que as referências aos trabalhos de Mendel e Morgan sejam
contextualizadas em termos históricos, sociais e tecnológicos, pois tal é indispensável à compreensão da sua
importância; nesse sentido, será pertinente reflectir também sobre as dificuldades e as expectativas que
actualmente desafiam e orientam a investigação em Genética (opinião pública, interesses económicos,
posições políticas e religiosas, meios tecnológicos, entre outros).
Salienta-se que a resolução de exercícios de papel e lápis não deverá ser tomada como um fim em si
mesmo, mas antes um meio para que os alunos compreendam como é possível interpretar e prever a
transmissão de algumas características.
Importa diagnosticar e modificar eventuais concepções fixistas de gene e alelo, pelo que poderá ser útil
ajudar os alunos a revisitarem alguns dos seus conhecimentos de evolução (relativos ao 11.º ano). Cuidado
semelhante deverá ser tido com concepções relativas à unidade do genoma das diversas células de um
mesmo organismo. O tratamento destes aspectos poderá levar ao levantamento de novas questões relativas
aos demais conteúdos desta unidade:
Em que medida é que os genes explicam a ontogenia e a filogenia dos indivíduos?
Por que razão os genes não possuem todos um mesmo número de alelos? Como podem ser alterados
os alelos que herdamos? Com que consequências?
De que forma se explica que células com um mesmo genoma sejam diferentes?
Como se pode manipular a regulação dos genes? Poder-se-á corrigir um defeito genético?
Relativamente ao estudo da organização, regulação e alteração do material genético, é indispensável
que os alunos mobilizem e integrem, de forma responsável e crítica, os seus conhecimentos sobre ácidos
nucleicos, a sua localização e organização nos seres procariontes e eucariontes, os processos de replicação
e tradução, bem como os conhecimentos sobre a divisão celular; tal poderá supor tarefas, mais ou menos
orientadas, de pesquisa para revisão e aprofundamento. Sugere-se, também, que as abordagens sejam
feitas de forma integrada e contextualizada, pelo que se apresentam algumas sugestões:
• A
 nálise, interpretação e comparação de imagens de cariótipos humanos normais e com mutações
cromossómicas (por exemplo, síndromes de Down, Turner, grito do gato, etc.);
• E xploração de aspectos relativos à regulação génica e activação de oncogenes por mutações e de casos
relativos ao efeito mutagénico de radiações e substâncias químicas.
• Interpretação de procedimentos laboratoriais de manipulação de DNA e respectivos resultados (disponíveis
em recursos multimédia e/ou bibliográficos); neste contexto, poderá ser pertinente organizar uma visita
a laboratórios ou centros de investigação, desde que devidamente articuladas com as aulas de preparação
e síntese a desenvolver antes e depois da visita.
• A
 valiação das potencialidades da tecnologia do DNA recombinante para estudar a expressão de genes
humanos em laboratório.
• Interpretação de documentos/documentários sobre a utilização de técnicas de PCR (reacções de
polimerização em cadeia), seus fundamentos biológicos e requisitos tecnológicos; análise das suas
potencialidades (por exemplo, aplicações às ciências forenses), limitações e questões éticas associadas.
• Discussão de casos com impacto social sobre a produção de OGM.

P A R TE 1    D E S E N V O L V I M E N T O CU R R ICU L A R 23

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planificação anual

Unidade 3
Em que medida a qualidade de vida dos seres humanos depende da capacidade que possuem
para controlar as doenças?
De que forma poderá o organismo humano defender-se das agressões externas?
Que situações podem comprometer o funcionamento eficaz do sistema imunitário? Que implicações
advêm para a saúde?
Estes são exemplos de questões susceptíveis de orientar actividades que permitam aos alunos a construção
de uma visão integrada do funcionamento do sistema imunitário e dos problemas associados ao seu
desequilíbrio. Entre outras actividades, sugerem-se as seguintes:
• O
 bservação e interpretação de esquemas e/ou fotografias (ou de preparações definitivas) de diferentes
agentes patogénicos e tecidos danificados por esses agentes (importa salientar aspectos que se relacionam
com a escala e com os meios tecnológicos utilizados para a obtenção das imagens).
• E xploração de resultados de análises clínicas ao sangue que contenham contagem de leucócitos e pesquisa
de imunoglobulinas.
• P esquisa e sistematização de informação relativa a reacções de hipersensibilidade (por exemplo, provocada
por ácaros, látex, alimentos, etc.), auto-imunidade (por exemplo, glomerulonefrite, febre reumática, etc.)
e imunodeficiências (por exemplo, SIDA, deficiência de desaminase de adenosina — ADA), vacinação e
incompatibilidades de transplantes.
Relativamente aos aspectos da biotecnologia no diagnóstico e na terapêutica, sugere-se a organização
de trabalhos de pesquisa e discussão orientados por questões do tipo:
De que modo a Ciência e a tecnologia podem contribuir para prevenir, detectar ou resolver
desequilíbrios imunológicos?
Sistematização da informação recolhida, por aluno ou grupo de alunos, seguida de debate alargado à
turma dos seguintes tópicos:
• U
 tilização de anticorpos monoclonais (por exemplo, na localização e no diagnóstico de tumores,
no tratamento de doenças auto-imunes, nos testes de gravidez, nos antídotos para drogas e venenos,
etc.).
• U
 tilização da Engenharia Genética na produção de substâncias com valor terapêutico (por exemplo,
insulina, hormona de crescimento, factor VIII anti-hemofílico, interferão, etc.), no diagnóstico pré-natal
de doenças, na avaliação da compatibilidade de órgãos para transplante, em testes de paternidade, etc.
• R
 ecurso à bioconversão para produção de antibióticos (vantagens relativas à via de administração, ao
espectro de acção e à redução de reacções alérgicas) e produção de esteróides (contraceptivos orais e
anabolizantes).

24 P A R T E 1    D E S E N V O L V I M E N T O CU R R ICU L A R

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PLANIFICAÇÃO ANUAL

Unidade 4
Organização de actividades de pesquisa e discussão orientadas por questões do tipo:
Como produzir maior quantidade de alimentos? Qual é o contributo da indústria na produção,
processamento e na conservação de alimentos?
Em que medida as novas variedades de alimentos obtidas por Engenharia Genética podem ser
uma solução?
Quais são os efeitos ambientais da produção intensiva de alimentos?
A pesquisa de aspectos relativos à indústria alimentar deve permitir ao aluno o planeamento e a execução
de actividades laboratoriais, de cariz experimental, que evidenciem processos utilizados na produção e
conservação de alimentos (por exemplo, produção de vinagre, iogurte, etc.), bem como factores que
condicionem a actividade metabólica dos microrganismos nela envolvidos, nomeadamente variações de
temperatura, pH, ou concentração de substrato/enzimas. Sugere-se que estes processos de experimentação
envolvam a utilização de sensores e posterior tratamento informatizado de dados. Propõe-se a realização
de sessões plenárias, nas quais os alunos apresentem e discutam as montagens experimentais realizadas,
assim como os resultados obtidos. Recomenda-se, também, a análise e interpretação de dados experimentais
(gráficos e/ou tabelas) existentes na bibliografia.
Sugere-se o diagnóstico e a mobilização dos saberes que os alunos possuam sobre a conservação de
alimentos por métodos tradicionais, processos de distribuição de alimentos e a introdução de algumas aplicações
da biotecnologia nesta área. Esta abordagem permitirá, por um lado, a análise, discussão e compreensão
de processos biológicos envolvidos e, por outro, perspectivar a evolução das técnicas usadas na conservação
de alimentos ao longo do tempo.
Relativamente à intervenção do Homem na ecosfera, a informação disponibilizada e/ou recolhida pelos
alunos deve ser sistematizada, interpretada e discutida (em pequenos grupos seguida de debate plenário)
tendo em conta os aspectos que seguidamente se apresentam.
• Desflorestação, agricultura (cultivo excessivo, etc.) e desertificação:
— comparar a agricultura familiar com a realizada por grandes empresas especializadas em monoculturas;
— reflectir sobre a importância da agricultura sustentável na preservação dos ecossistemas;
— analisar tabelas, gráficos, textos e vídeos ou outros documentos multimédia.
• Cultura de tecidos vegetais, criação de animais e biodiversidade:
— visitar uma exploração ou laboratório, pois considera-se que estes são espaços privilegiados para o
aluno compreender os princípios biológicos subjacentes à utilização de algumas técnicas usadas na
agricultura, pecuária e aquacultura, reconhecer as potencialidades desses processos e recolher
dados para avaliar os seus impactos no meio ambiente.
• Controlo de pragas, equilíbrio dos ecossistemas e saúde do indivíduo:
— estudar casos que permitam conhecer os efeitos de algumas pragas sobre as culturas (por exemplo,
piolho do arroz, etc.) e de diferentes soluções encontradas pelo Homem para as combater (biocidas,
controlo por inimigos naturais, controlo genético, etc.);
— interpretar os dados contidos na literatura relativos à toxicidade, efeitos e persistência de alguns bioci-
das, permitindo aos alunos problematizar situações do dia-a-dia que envolvam o uso deste tipo de
substâncias.
Recomenda-se que, na organização das actividades de ensino-aprendizagem a desenvolver nesta unidade,
sejam levantadas questões que sirvam de fio condutor para a unidade seguinte. Os aspectos relacionados
com a toxicidade de biocidas são facilmente articuláveis com o estudo dos efeitos dos poluentes e tratamento
de resíduos, temas que integram a próxima unidade.

P A R TE 1    D E S E N V O L V I M E N T O CU R R ICU L A R 25

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planificação anual

Unidade 5
Partindo da questão central do programa «Que soluções há para os efeitos da actividade humana
sobre o Ambiente?» e de tópicos abordados na unidade anterior (por exemplo, problemática da utilização
de biocidas), formular novas questões orientadoras das actividades de ensino-aprendizagem, como as
seguintes:
Que actividades humanas têm contribuído para a contaminação da atmosfera, do solo e da água?
Quais são os principais contaminantes ambientais? Que efeitos provocam nos ecossistemas?
E na saúde das pessoas?
Por que razão as águas residuais são um dos factores de contaminação ambiental com maior
risco para a saúde pública?
De que modo se podem controlar as emissões para a atmosfera?
Como tratar os resíduos convertendo-os em produtos úteis? Quais são as medidas mais adequadas
para o caso de materiais tóxicos?
A identificação e análise de situações de desequilíbrio ambiental de âmbito local ou regional, veiculadas
pela comunicação social ou retiradas da bibliografia permitirão um estudo contextualizado dos principais
poluentes ambientais, as suas fontes, os efeitos para o Ambiente e os riscos para a saúde. Sugerem-se os
seguintes exemplos de actividades:
• Interpretação de quadros, gráficos e/ou tabelas sobre contaminantes (fontes e efeitos).
• A
 nálise de informação relativa ao funcionamento de estações de tratamento de resíduos; recomen-
da-se a organização de uma visita a uma ETAR, ou a outro tipo de estação de tratamento de resíduos,
para que os alunos recolham informação, junto de técnicos especializados, relativa a diferentes
processos envolvidos no tratamento de resíduos, compreendam a importância dos seres vivos na
reciclagem de materiais e tomem consciência da quantidade de «lixos» urbanos que são produzidos
diariamente; será importante equacionar, também, a possibilidade de efectuar recolhas de amostras
para tratamento posterior.
• E studo de casos, suas causas, extensão espacial e temporal, consequências ambientais e humanas e
soluções que foram ou não encontradas.
• P roblematização de situações que lhes são próximas e envolvam a contaminação de recursos naturais e
do Ambiente (por exemplo, derrame de detergentes ou hidrocarbonetos em jardins, campos, lagos, rios
ou oceanos).
• C
 oncepção e realização de desenhos experimentais, como, por exemplo, os que permitam: a simulação
de contaminação de aquíferos; a avaliação da qualidade da água de um rio/ribeiro/poço/etc., próximo da
escola (avaliação de CBO, recorrendo à utilização de sensores, identificação de seres indicadores biológicos
utilizando chaves simples, etc.).
Sugere-se que os alunos dinamizem actividades (colóquios, workshops, exposições, redacção de
artigos para a comunicação social, etc.) que promovam, por um lado, a divulgação das suas aprendi-
zagens junto da comunidade — educativa ou local — mas, principalmente, que lhes proporcionem
espaços de argumentação e fundamentação de opiniões. Na organização destas actividades, será
importante reforçar a necessidade de promover a gestão equilibrada dos recursos (renováveis e não-
-renováveis) e levar produtores e consumidores a adoptarem padrões de produção e de consumo
ecologicamente sustentáveis. Tratando-se de um exercício de cidadania responsável, recomenda-se
especial cuidado de modo a excluir intervenções sensacionalistas.
Que factores têm condicionado o desenvolvimento da população humana ao longo do tempo?
O nível de desenvolvimento de uma sociedade condicionará o seu crescimento demográfico?
Em que medida a Ciência e a tecnologia têm influenciado esse crescimento?
Quais são as consequências para o meio ambiente da explosão demográfica? E para a qualidade
de vida dos indivíduos?

26 P A R T E 1    D E S E N V O L V I M E N T O CU R R ICU L A R

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PLANIFICAÇÃO ANUAL

Este tipo de questões pode enquadrar abordagens que visem a integração dos diversos temas estudados,
nomeadamente no que diz respeito aos contributos da biotecnologia ao nível da manipulação da fertilidade,
das alterações do material genético, da imunidade e controlo de doenças e da alimentação, de modo a
clarificar o seu contributo para a resolução da situação–problema, «Como melhorar a qualidade de vida dos
seres humanos?», que serve de contexto ao programa.
Mais do que aprender novos conceitos, importa articular e integrar conhecimentos. Este tipo de abordagem
deve, no entanto, ser apoiado por actividades de pesquisa, sistematização e interpretação de informação,
por aluno ou grupos de alunos, e promover o debate na turma.

Notas do professor

P A R TE 1    D E S E N V O L V I M E N T O CU R R ICU L A R 27

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planificação anual

Notas do professor

28 P A R T E 1    D E S E N V O L V I M E N T O CU R R ICU L A R

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NOTAS DO PROFESSOR

Notas do professor

P A R TE 1    D E S E N V O L V I M E N T O CU R R ICU L A R 29

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30

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PARTE 2
GUIÃO DO PROFESSOR

unidade 1 reprodução e manipulação da fertilidade 32

unidade 2 património genético 58

unidade 3 imunidade e controlo de doenças 88

unidade 4 produção de alimentos e sustentabilidade 104

unidade 5 preservar e recuperar o meio ambiente 128

31

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Nome: N.o: Turma: Data:
da fertilidade
de matéria

Actividade de ampliação
Infecções sexualmente transmissíveis
1 obtenção
e manipulação

Existe um conjunto de doenças que podem usar como veículo de transmissão o contacto sexual. São
provocadas por agentes patogénicos diversos (vírus, bactérias, fungos, entre outros) e a maior parte destas
doenças, além do contacto sexual, também apresenta outras formas de transmissão. Pela associação que
delas é feita com o sexo, pelos tabus a ele inerentes, porque são doenças que contemplam, além da
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

vertente biológica, uma vertente comportamental e social, são por vezes de difícil aceitação, acompanhadas
da vergonha que dificulta o acesso aos tratamentos. Algumas são de fácil terapia, outras não têm cura,
algumas provocam efeitos mais ou menos controláveis, outras podem alterar completamente o futuro dos
pacientes.
Segundo o Professor Doutor Martinez de Oliveira, «em Portugal ninguém tem o hábito de diagnosticar e
rastrear estas doenças, o que conduz a que diagnósticos e tratamentos sejam realizados de forma empírica,
sem recurso à imprescindível confirmação laboratorial».
Todas estas patologias podem ser minoradas, ou mesmo controladas, se os hábitos de higiene forem
saudáveis e se a sexualidade for vivenciada de forma responsável. A abstinência sexual, a partilha do menor
número possível de parceiros sexuais e o uso de preservativo continuam ainda a ser as melhores formas de
evitar estas infecções.
As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são, de uma forma geral, doenças crónicas que afectam
várias partes do organismo, incluindo o aparelho reprodutor, sendo, portanto, uma causa de infertilidade.
A incidência mundial das IST curáveis era, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de
250 milhões de casos em 1990, 333 milhões em 1995 e 340 milhões em 1999, o que indica que o número
das mesmas está a aumentar. Ainda segundo a OMS, as IST atingem valores superiores nas zonas urbanas,
afectam maioritariamente indivíduos não casados e com idades compreendidas entre os 15 e os 35 anos.
As causas que justificam o aumento destes valores e a sua incidência social parecem estar relacionados
com o facto de cada vez mais cedo se iniciar a vida sexual e cada vez mais se adiarem os projectos de
paternidade. Estes factos podem estar associados a um aumento do número de parceiros sexuais e, conse-
quentemente, a comportamentos de risco. Dados divulgados pelo INE, em 1998, decorrentes do Inquérito,
Fecundidade e Família aplicado à população portuguesa, vieram confirmar que também em Portugal as
mulheres iniciam cada vez mais cedo as relações sexuais.

Desenvolvimento
1. Analise a tabela seguinte, na qual estão descritas algumas dessas infecções, analise-as e
responda às questões.

Agente Modo de Cura/


Doença Efeitos
infeccioso transmissão /tratamento

Passa por vários estádios e


vai desde lesões localizadas
Bactéria Contacto sexual
Sífilis na pele até à deterioração Antibióticos
Treponema pallidum íntimo.
dos aparelhos cardiovascular
e nervoso.

Corrimentos da vagina
e do pénis, infecções
urinárias. Podem aparecer
Bactéria Contacto entre
Gonorreia também infecções na faringe Antibióticos
Neisseria gonorrhoeae mucosas.
e no recto. Pode provocar
esterilidade masculina
e feminina.

32 P A R TE 2    G U I Ã O DO PR OFES S OR    M a t e r i a l F otoc o p i á v el © S a nt i l l a na

118509 030-057_Unid1.indd 32 10/03/09 16:17:23


ACTIVIDADE DE AMPLIAÇÃO

Agente Modo de Cura/


Doença Efeitos
infeccioso transmissão /tratamento

Sintomas semelhantes às da
gonorreia, podendo também
Bactéria Contacto entre
Chlamydia ser assintomática. Antibióticos
Chlamydia trachomatis mucosas.
Pode provocar esterilidade
masculina e feminina.

Contacto com Não tem cura.


Vírus Feridas e úlceras superfícies Os sintomas
Herpes genital
Vírus simplex (VHS-2) nos órgãos genitais externos. infectadas, mucosas podem ser
ou mesmo pele. aliviados.
Não tem cura.
Fadiga, febre, náuseas, perda
Os sintomas podem
de apetite, dores musculares
ser tratados.
Vírus e abdominais. Contacto sexual
Hepatite B Existe vacina,
(VHB) Pode causar lesões ou via sanguínea.
que pode evitar
e mesmo cancro
o aparecimento
no fígado.
da doença.
Não tem cura.
Contacto sexual, Existem vários tipos
Vírus Falência do sistema via sanguínea, leite de medicamentos
SIDA
(HIV) imunitário. materno de mãe que podem
infectada. diminuir o ritmo do
avanço da infecção.
www.apdemografia.pt/pdf_congresso/2_Victor_Rodrigues.pdf
Purves et al., Life — The Science of Biology, 2004

1.1 Estabeleça a relação possível entre as IST e a infertilidade humana.

1.2 Apresente argumentos que expliquem o aumento da incidência de IST, nomeadamente algumas,
como a sífilis, que se consideravam controladas.

1.3 Proponha estratégias que, na sua opinião, poderiam contribuir para controlar a transmissão das
infecções sexualmente transmissíveis.

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Nome: N.o: Turma: Data:
da fertilidade
de matéria

Actividade de ampliação
Circulação fetal
1 obtenção
e manipulação

Introdução
A circulação fetal não é exactamente igual à circulação após o nascimento. É a placenta que fornece
oxigénio e nutrientes, o que implica a existência de algumas variações anatómicas que desviam o sangue
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

do fígado e dos pulmões, órgãos que ainda não funcionam. Grande parte da circulação fetal é uma mistura
de sangue oxigenado e desoxigenado (Fig. 1).

Desenvolvimento
1. Analise as imagens seguintes e responda à questão.

Fig. 1 C
 irculação fetal: sangue oxigenado (cinzento-claro); sangue desoxigenado (cinzento-escuro); sangue oxigenado
e desoxigenado (cinzento).

34 P A R TE 2    G U I Ã O DO PR OFES S OR    M a t e r i a l F otoc o p i á v el © S a nt i l l a na

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ACTIVIDADE DE AMPLIAÇÃO

Fig. 2 Circulação no recém-nascido: sangue oxigenado (cinzento-claro); sangue desoxigenado (cinzento-escuro).

1.1 Comparando os sistemas circulatórios fetal e do recém-nascido, enumere as adaptações existentes


na constituição do sistema circulatório do feto.

2. Como se processa a circulação proveniente do sangue da placenta?

3. Quais são as consequências de o forâmen oval não fechar após o nascimento?

4. A oxigenação do sangue nos pulmões só se verifica após o nascimento. Justifique este facto.

5. O ducto arterioso pode levar vários meses a fechar após o nascimento. Que consequências há para
o bebé do facto de essa ligação não fechar completamente?

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Nome: N.o: Turma: Data:
da fertilidade
de matéria

Protocolo experimental
Desenvolvimento embrionário
do ouriço-do-mar e da ave
1 obtenção
e manipulação

Material
Não se esqueça de:
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

• Microscópio óptico composto. — usar bata;


• P reparações definitivas de embriões de ouriço-do-mar — cumprir as regras de segurança
em diversas etapas de desenvolvimento. do laboratório.
• P reparações definitivas de embriões de ave (por exemplo,
pinto) em diversas etapas de desenvolvimento.

Procedimento
1. Observe cada uma das preparações ao microscópio óptico.
2. Elabore esquemas das fases embrionárias observadas.
3. Legende os esquemas com a ajuda das imagens fornecidas.
4. Elabore o relatório desta actividade.

Discussão
1. Compare o aspecto dos diversos embriões de ouriço-do-mar, ordenando as fases observadas do desen-
volvimento embrionário.
2. Identifique as fases observadas nos embriões de ouriço-do-mar.
3. Compare o aspecto dos diversos embriões de pinto, ordenando as fases observadas do desenvolvimento
embrionário.
4. Identifique as fases observadas nos embriões de pinto.

Desenvolvimento embrionário do ouriço-do-mar


Após a fecundação, o ovo divide-se
inúmeras vezes — segmentação (Fig. 1)
—, atingindo o estádio de blástula.
As células em segmentação desig-
nam-se por blastómeros. A blástula é
o estádio anterior a um processo mais
avançado, a gastrulação, durante o qual
se organizam as camadas germinativas,
ectoderme, mesoderme e endoderme,
dando origem ao estádio de gástrula.

Fig. 1 D
 esenvolvimento embrionário do
ouriço-do-mar Lytechinus variegatus:
segmentação (mórula).
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PROTOCOLO EXPERIMENTAL

Durante o estádio de blástula, o embrião adquire cílios, passando a ter movimentos de rotação dentro da
membrana de fecundação. Em seguida, essa membrana rompe-se, libertando o embrião, que passa a nadar
livremente. Inicia-se o processo de gastrulação, através de invaginação, formando o arquêntero (intestino
primitivo). Formam, lateralmente ao arquêntero, espículas trirradiais, que darão origem ao esqueleto da larva.
A larva nada livremente e alimenta-se por meio de cílios.

Fig. 2 Estádio de gástrula.

Desenvolvimento embrionário da ave


Os ovos das aves contêm muitas substâncias de reserva, permitindo que o embrião se desenvolva
autonomamente.
A segmentação do ovo ocorre numa pequena porção (disco germinativo), denominando-se, por isso,
parcial discoidal (Fig. 3).
A gastrulação inicia-se com a formação de um sulco, que se desenvolve ao longo da superfície do
embrião (linha primitiva) (Fig. 4). As camadas germinativas (ectoderme, mesoderme e endoderme)
organizam-se por migração de células através da linha primitiva.
Na organogénese formam-se os diferentes órgãos. Com 72 horas, o embrião já está constituído por
diferentes órgãos, ainda que rudimentares.

B C

Fig. 3 Segmentação discoidal.


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da fertilidade
de matéria

Blastoderme

Anterior Epiblasto
Posterior
1 obtenção

Área
opaca Gema
e manipulação

Cavidade
extra-embrionária Hipoblasto formado por
delaminação do epiblasto
Zona pelúdica
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

Área
opaca Área
opaca
Epiblasto Blastocélio

Hipoblasto formado
por migração de células
da região posterior
Nódulo de Hensen
Linha primitiva
Ectoderme

Blastocélio

Endoderme

Células em migração — mesoderme

Fig. 4 Gastrulação em ovos de ave.

Sulco neural

Linha primitiva
Sómitos

B C

Corda dorsal

Celoma

Tubo neural

Mesoderme

Fig. 5 Organogénese em ovos de ave.


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Nome: N.o: Turma: Data:

TESTE DE AVALIAÇÃO 1

1. A figura seguinte representa um processo que contribui para a formação dos espermatozóides.

1.1 Seleccione a opção que permite completar correctamente a afirmação seguinte.


A figura representa a (…), que ocorre no (…). As células iniciais e finais apresentam uma informação
genética (…).
  A — maturação […] epidídimo […] exactamente igual
  B — espermiogénese […] tubo seminífero […] diferente
  C — espermatogénese […] tubo seminífero […] igual
  D — espermiogénese […] tubo seminífero […] igual
1.2 Estabeleça a correspondência possível entre os elementos das três colunas.

Estrutura Organito de origem Função

1 — Acrossoma X — Centríolos A — Locomoção


2 — Cauda Y — Mitocôndrias B — Informação genética
3 — Segmento intermédio Z — Complexo de Golgi C — Fonte de energia
4 — Cabeça W — Núcleo D — Facilita a entrada no oócito

2. Observe a figura seguinte. D A


2.1 Construa a legenda da figura.
A —
B —
C —
D — B C

2.2 Seleccione a opção que completa correctamente a afirmação seguinte.


A transformação da estrutura representada na figura numa outra será motivada por…
  A — … ovulação.
  B — … gravidez.
  C — … menstruação.
  D — … aparecimento da placenta.
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da fertilidade
de matéria

2.3 Seleccione a opção que completa correctamente a afirmação seguinte.


Quando as estruturas semelhantes à figura aparecem formadas no ovário, o útero deverá
encontrar-se…
1 obtenção

  A — … na fase menstrual.
e manipulação

  B — … na fase proliferativa.
  C — … na fase secretora.
  D — Não é possível estabelecer essa relação.
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

2.4 Seleccione a opção que completa correctamente a afirmação seguinte.


A figura representa um (…) visível no ciclo ovárico durante a fase (…). As células B produzem
(…), que, em determinada altura, por feedback (…) sobre o complexo hipotálamo-hipófise,
provoca um aumento súbito de FSH e LH.
  A — folículo terciário […] folicular […] estrogénio […] negativo
  B — folículo maduro […] folicular […] progesterona […] negativo
  C — folículo de Graaf […] folicular […] estrogénio […] positivo
  D — corpo lúteo […] luteínica […] progesterona […] negativo

3. Observe o gráfico, que mostra a evolução do diâmetro dos folículos e do corpo lúteo ao longo do
ciclo ovárico.
Folículo Folículo
X
Corpo lúteo Corpo lúteo
Diâmetro

0 Diâmetro 0
0 7 14 21 28 0 7
Tempo (dias)

3.1 O que teria acontecido no momento X? Justifique a sua resposta.

3.2 Explique as influências hormonais que levam ao desenvolvimento do folículo entre o dia 0 e o
momento X.

3.3 Comente a afirmação seguinte.


No ciclo representado no gráfico ocorreu fecundação.

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TESTE DE AVALIAÇÃO

4. O aparelho reprodutor masculino também sofre processos de controlo hormonal.


Classifique as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).
  A — No aparelho reprodutor masculino só ocorrem mecanismos de feedback positivo.
  B — As quantidades de testosterona actuam ao nível do complexo hipotálamo-hipófise,
controlando a sua produção de hormonas.
  C — A FSH induz as células de Leydig a produzirem testosterona.
  D — A FSH e a testosterona induzem a espermatogénese das células germinativas.
  E — O hipotálamo segrega FSH e LH.
  F — A testosterona é segregada na hipófise.

5. Observe atentamente a figura seguinte e responda às questões.


5.1 Identifique os fenómenos representados com as letras seguintes.
X —
Y —
Z —
5.2 Construa a legenda da figura.
A —
B —
C —
D —
E —
F —
G —
H —
I —
J —
5.3 Quantos cromossomas possui a estrutura representada em F?

5.4 Considere os acontecimentos após o fenómeno Y.


5.4.1 Como se designa a etapa, representada na figura, de Y até Z?

5.4.2 Dos fenómenos seguintes, assinale aquele que não está a ocorrer na etapa referida.
  A — Replicação do DNA.
  B — Mitose.
  C — Intensa síntese proteica.
  D — Citocinese.
5.4.3 Qual é a consequência, visível na figura, do fenómeno assinalado na questão anterior
(5.4.2)?

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da fertilidade
de matéria

5.5 Seleccione a opção que completa correctamente a afirmação seguinte.


Relativamente aos métodos contraceptivos pílula, DIU e preservativo, podemos afirmar que eles
evitam, respectivamente, os fenómenos…
1 obtenção

  A — … X, Y e Z.
e manipulação

  B — … X, Z e Y.
  C — … Z, Y e Y.
  D — … Y, Y e X.
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

6. Considere as afirmações seguintes, que se referem à GIFT. Analise-as e seleccione a opção que melhor
as define.
I. A fecundação ocorre in vivo.
II. O zigoto é transferido para as trompas de Falópio.
III. O oócito e o espermatozóide são transferidos para as trompas de Falópio.
  A — As afirmações I e II são verdadeiras e a afirmação III é falsa.
  B — As afirmações I e III são verdadeiras e a afirmação II é falsa.
  C — Todas as afirmações são verdadeiras.
  D — Todas as afirmações são falsas.

7. Considere as afirmações contidas nos documentos seguintes.

DOC. A
A — Animais sujeitos a breves períodos de calor escrotal reduzem a produção de esperma
e a fertilidade de forma acentuada.
B — Há registos de diminuição da densidade do esperma nos meses de Verão em homens
que trabalham no exterior.
C — Em 1941, McLeod e Hotchkiss verificaram que a hiperpirexia (aumento de temperatura
corporal) em seis homens saudáveis levava a uma queda significativa da contagem de
espermatozóides.

DOC. B
Estudos realizados em prisioneiros americanos, voluntários, nos anos 50 e 60 do século xx,
incluindo espermogramas seriados e biopsias testiculares, demonstraram a lesão reversível e
dependente da dose, das espermatogónias proliferativas, causando oligozoospermia (baixa
contagem de espermatozóides) e azoospermia (ausência de espermatozóides), quando se
utilizavam radiações respectivamente de 20 e 75 cGy. As células de Leydig e de Sertoli só são
lesadas com doses superiores.
Acta Urológica 2004, 21; 4: 9-15 (adaptado)

7.1 Seleccione a opção que permite completar correctamente a afirmação seguinte.


Da análise dos documentos podemos inferir a acção, respectivamente, (…) e (…) no processo
de espermatogénese.
  A — da temperatura […] dos ruídos   C — do pH […] da temperatura
  B — do calor […] das radiações   D — do frio […] das radiações não-ionizantes

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TESTE DE AVALIAÇÃO

7.2 O DOC. B faz referência ao efeito de um determinado factor ambiental sobre as espermatogó-
nias, células de Leydig e as células de Sertoli.
7.2.1 Classifique as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).
  A — Todas as células referidas são diplóides.
  B — As células de Leydig produzem testosterona.
  C — As células de Sertoli situam-se nas regiões entre os tubos seminíferos.
  D — A FSH induz as células de Leydig na produção de testosterona.
  E — As espermatogónias são as células germinativas que se situam na zona do lúmen
do tubo seminífero.
  F — Só as células de Sertoli sofrem meiose.
  G — As células de Sertoli produzem testosterona.
  H — Os espermatozóides derivam directamente de um espermatídio que sofra processo
de diferenciação.
7.3 Estabeleça a relação entre os dados do DOC. A e a localização dos testículos no corpo do homem.

8. A figura seguinte representa uma das etapas finais de uma das técnicas aplicadas em PMA.
Analise-a e responda às questões.
8.1 Identifique a técnica com base em dois dados visíveis na
figura, explicitando-os.

8.2 Seleccione a opção que completa correctamente


a afirmação seguinte.
Sobre esta técnica, é incorrecto afirmar que…
  A — … a fecundação ocorre in vitro.
  B — … o zigoto é implantado nas trompas
de Falópio.
  C — … inicialmente ocorre aspiração de oócitos.
  D — … a transferência do embrião ocorre no
útero.
8.3 Indique um problema do casal que justifique o recurso a esta técnica.

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da fertilidade
de matéria

Critérios de correcção
1 obtenção

Actividade laboratorial
Observação de cortes histológicos de testículos e ovários de mamíferos
e manipulação

Pág. 26
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

Identifica os PRINCÍPIOS relevantes para a resolução da questão central

— A gametogénese compreende a espermatogénese (homem) e a oogénese (mulher).


— A espermatogénese ocorre nos testículos.
— A oogénese ocorre nos ovários.

0 — Não define princípios.


1 — Define princípios não pertinentes.
2 — Define princípios não pertinentes mas também princípios pertinentes.
3 — Define a maior parte dos princípios pertinentes. Pode apresentar um ou outro princípio não pertinente.
4 — Apresenta todos, e apenas, os princípios pertinentes.

Identifica os CONCEITOS relevantes para a resolução da questão central

Gametogénese, espermatogénese, oogénese, folículos primordiais, primários, secundários, terciários e maduros,


espermatogónia, espermatócito I, espermatócito II, espermatídio, espermatozóide.

0 — Não define conceitos.


1 — Define conceitos não pertinentes.
2 — Define conceitos não pertinentes mas também conceitos pertinentes.
3 — Define a maior parte dos conceitos pertinentes. Pode apresentar um ou outro conceito não pertinente.
4 — Apresenta todos, e apenas, os conceitos pertinentes.

REGISTA RESULTADOS

— Apresenta esquema do ovário devidamente legendado e com ampliação utilizada.


— Apresenta esquema do testículo devidamente legendado e com ampliação utilizada.

0 — Não regista observações.


1 — Regista observações não rigorosas, incompletas e pouco claras.
2 — Regista observações pouco claras, pouco rigorosas e completas.
4 — Regista observações claras e rigorosas mas incompletas. Pode apresentar uma ou outra observação não rigorosa.
6 — Regista todas as observações rigorosas, completas e claras.

organiza a discussão de acordo com os tópicos fornecidos

— As duas camadas do parênquima ovárico são o córtex e a medula, que se distinguem pelo facto de a primeira se
encontrar à periferia do ovário e apresentar folículos, enquanto a segunda preenche o espaço central deste órgão.
— O folículo de Graaf encontra-se junto à parede do ovário e é o que apresenta maiores dimensões e uma maior
cavidade folicular.
— Os folículos observados têm uma origem e evolução comuns, partindo todos de uma estrutura inicial — células
foliculares rodeando uma oogónia — que sofre maturação e passa por vários estádios.
a) Espermatozóides.
b) Estas células já passaram por: multiplicação, crescimento, maturação e diferenciação.
c) Estas células localizam-se no lúmen porque a espermatogénese é centrípeta.

0 — Todas as respostas erradas. 4 — Quatro das seis respostas correctas.


1 — Uma das seis respostas correctas. 5 — Cinco das seis respostas correctas.
2 — Duas das seis respostas correctas. 6 — Todas as respostas correctas.
3 — Três das seis respostas correctas.

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crit é rios de correcção

retira conclusões pertinentes para a resolução da questão

— A espermatogénese é centrípeta e realiza-se nos tubos seminíferos.


— A oogénese realiza-se nos folículos ováricos que se encontram em diferentes fases nos ovários.

0 — Não retira conclusões.


1 — Retira conclusões erradas.
2 — Retira conclusões erradas e correctas.
4 — Retira todas, e apenas, as conclusões correctas.

Rigor e clareza de conceitos científicos

0 — Não apresenta linguagem científica.


1 — Apresenta linguagem científica clara, com alguns erros.
2 — Apresenta linguagem científica clara e sem qualquer erro.

Competência da comunicação em Língua Portuguesa

0 — Composição sem estruturação, com erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia, com perda frequente de sentido.
1 — Composição razoavelmente estruturada, com alguns erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia, sem perda de sentido.
2 — Composição bem estruturada, sem erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia. Pode apresentar erros esporádicos
que não impliquem perda de sentido.

Notas do professor

P A R TE 2    GUIÃO DO PROFESSOR 45

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da fertilidade
de matéria

Actividade laboratorial
Simulação da transmissão de uma IST
Pág. 61
1 obtenção

REGISTA RESULTADOS
e manipulação

— Copo A: branco. Copo B: cor-de-rosa.


— O número de copos com solução de cada uma das cores pode variar.
— Variável
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

discussão dos RESULTADOS

1 — A solução de hidróxido de sódio pretende simular o agente de uma infecção sexualmente transmissível.
2 — O que se pretende simular com a partilha de líquidos entre os copos é o processo de relações sexuais não
protegidas, em que pode haver transmissão de uma IST.
3 — A fenolftaleína é um indicador da presença de hidróxido de sódio.
4 — São copos que contactaram com o hidróxido de sódio.
5 — As IST transmitem-se muitas vezes sem o conhecimento dos parceiros, pois, por vezes, nem o próprio sabe que está
infectado e infecta outros em relações não protegidas, o que aconteceu no processo de troca de líquidos entre os
copos dos vários alunos.
6 — Para se evitar o aparecimento de copos com líquido cor-de-rosa, devia ter-se detectado previamente o hidróxido de
sódio numa pequena gota de cada copo e o detentor desse copo não deveria ter partilhado o seu líquido.
7 — As IST podem ter um modo de transmissão rápido através de relações sexuais não protegidas, em que o infectado
contacta com muitos parceiros.

Notas do professor

46 P A R TE 2    GUIÃO DO PROFESSOR

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118509 030-057_Unid1.indd 47
Reprodução humana

Gametogénese Fecundação
em que há fusão

Espermatozóide Óvulo

Masculina (espermatogénese) Feminina (oogénese)

Ovo ou zigoto
Mapa de conceitos
1.1.1 — Reprodução humana

ocorre no constituída por ocorre no constituída por


formando formando

P A R TE
2
Aparelho reprodutor Multiplicação Aparelho reprodutor Multiplicação
masculino e crescimento feminino e crescimento

constituído por Maturação constituído por Repouso

   GUIÃO
DO
Diferenciação Maturação
Oócitos II

Espermatozóides
Órgãos externos Órgãos internos Órgãos externos Órgãos internos

Pénis Vulva
Gónadas Testículos Gónadas Ovários

PROFESSOR    M a t e r i a l
Escroto
Vias genitais Vias genitais

F o t o co p i ável
©
Glândulas anexas

Sant i l l ana
47
MAPA DE CONCEITOS

09/03/09 9:21:33
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE
e manipulação
1 obtenção
da fertilidade
de matéria

48
P A R TE
2
CONTROLO HORMONAL

118509 030-057_Unid1.indd 48
   GUIÃO
participam

DO
Hipotálamo Hipófise Glândulas sexuais

PROFESSOR
produz produz podem ser

   M a t e r i a l
GnRH LH FSH Testículo Ovário
controla
tem funcionamento
1.1.2 — Controlo hormonal
Mapa de conceitos

F otoc o p i á v el
possui
cíclico

©
influencia

Células de Sertoli Células de Leydig Folículos Ovulação Corpo amarelo

S a nt i l l a na
produz estimula produz produzem produz

Inibina Espermatogénese Testosterona Estrogénios Progesterona


actuam
influencia influencia influenciam actua no

Caracteres sexuais Caracteres sexuais Útero


secundários secundários
masculinos femininos
influencia
influencia
influencia
influencia

09/03/09 9:21:34
MAPA DE CONCEITOS

Mapa de conceitos
1.2.1— Métodos contraceptivos

Métodos contraceptivos podem ser definitivos

impedem

Gametogénese Fecundação Nidação

podem ser existindo dois grupos

Contraceptivos orais Dispositivo intra-uterino


(pílula) (DIU)

Implantes Esterilização

Injecções
Laqueação
Vasectomia das trompas
Anel vaginal de Falópio

Naturais De barreira

Método Preservativo
do calendário masculino

Método Preservativo
da temperatura feminino

Método
Diafragma
do muco cervical

Método
Espermicidas
sintotérmico

P A R TE 2    GUIÃO DO PROFESSOR    M a t e r i a l F o t o co p i ável © Sant i l l ana 49

118509 030-057_Unid1.indd 49 09/03/09 9:21:34


da fertilidade
de matéria

Mapa de conceitos
1.2.2 — Manipulação da fertilidade
1 obtenção
e manipulação

Esterilização

compreende
Vasectomia

Laqueação de trompas

A gametogénese
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

Oral
Pílula
Implantes

Ritmo

Métodos naturais Muco


Contracepção

actua impedindo

Calendário
de gâmetas
O encontro

Diafragma
Métodos de barreira
Preservativo
Manipulação da Fertilidade

Espermicidas
Nidação
abrange

Dispositivo intra-uterino (DIU)

Masculinos
Factores

Femininos

Mistos/desconhecidos

Inseminação artificial
Técnicas de PMA
medicamente
Procriação

compreende

por exemplo

Fertilização in vitro
assistida

Injecção intracitoplasmática

Transferência intratubárica de zigotos


ou de gâmetas
Técnicas acessórias

Diagnóstico genético pré-implantatório

Crioconservação de gâmetas

Crioconservação de embriões

50 P A R TE 2    GUIÃO DO PROFESSOR    M a t e r i a l F otoc o p i á v el © S a nt i l l a na

118509 030-057_Unid1.indd 50 09/03/09 9:21:34


SOLUÇÕES

Soluções

MANUAL c) As vias genitais permitem


a circulação dos gâmetas femininos
Unidade 1 e masculinos, possibilitando ainda
o seu encontro.
Pág. 10 2. 2.1 Os gâmetas femininos (óvulos)
A — V; B — V; C — F; D — V; E — F; F — F; G — F; são haplóides.
H — F; I — V; J — V. 2.2 Meiose. A formação de gâmetas
inicia-se com células diplóides
Pág. 15 (oogónias) e termina com a produção
de células haplóides (óvulos).
1. 1.1 A função do aparelho reprodutor
masculino é a produção de células 2.3 Deverão ser células grandes (daí o
sexuais masculinas, que asseguram armazenamento de substâncias de
a reprodução, bem como a produção reserva durante a fase de crescimento)
de hormonas responsáveis pelas e imóveis.
características sexuais secundárias. 2.4 As trompas de Falópio são locais estreitos,
1.2 Os gâmetas são produzidos nos que facilitam o encontro entre os gâmetas.
testículos.
Pág. 23
1.3 As vias genitais possibilitam o transporte
de espermatozóides e líquidos 1. 1.1 Folículo primário (III).
segregados pelas glândulas anexas,
1.2 Folículo de Graaf (VII).
dos locais de formação até ao exterior.
1.3 Diplóide.
1.4 As glândulas anexas segregam
substâncias fundamentais para 1.4 Na primeira fase da meiose.
a sobrevivência dos espermatozóides, 1.5 O corpo amarelo resulta de um folículo
que irão entrar na constituição de Graaf após este expulsar, durante
do sémen. a ovulação, o oócito II.
2. 2.1 Os gâmetas masculinos designam-se
por espermatozóides e são haplóides. Pág. 27
2.2 Meiose. A formação de gâmetas 1. 1.1 1 — Testículo; 2 — Célula de Leydig;
inicia-se com células diplóides 3 — Tubo seminífero; 4 — Ovário;
(espermatogónias) e termina com 5 — Folículo secundário; 6 — Folículo
a produção de células haplóides maduro ou de Graaf; 7 — Corpo amarelo
(espermatozóides). ou lúteo.
2.3 Deverão ser pequenos (daí sofrerem 1.2 GnRH, FSH e LH.
destruição do citoplasma) e móveis
1.3 No homem, as células-alvo são as
(o que justifica a presença do flagelo).
células de Leydig. Na mulher, as células
da linha germinativa são as células
Pág. 20 do folículo.
1. 1.1 a) O aparelho reprodutor feminino 1.4 No homem, a LH estimula as células
apresenta três funções: produção de Leydig a produzirem testosterona.
de células sexuais, manutenção das
1.5 A testosterona tem como funções fazer
características sexuais secundárias
aparecer e manter as características
e manutenção da gravidez e parto.
sexuais secundárias masculinas, estimular
b) Os gâmetas são produzidos a espermatogénese e exercer controlo
nos ovários. no complexo hipotálamo-hipófise.
P A R TE 2    GUIÃO DO PROFESSOR 51

118509 030-057_Unid1.indd 51 09/03/09 9:21:34


da fertilidade
de matéria

1.6 A progesterona regula o ciclo uterino, 3. 3.1 A — III


estimulando a proliferação e secreção B — VII
das células do endométrio. C — V
1 obtenção

D — IV
Pág. 33 E — II
e manipulação

1. 1.1 FSH. 3.2 a) II, III e VII.

1.2 O aumento súbito da LH vai estimular b) V e VI.


a ovulação. 3.3 Em X ocorreu ovulação.
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

1.3 No início do ciclo uterino, a baixa 3.4 A — F; B — V; C — F; D — V; E — V;


concentração de estrogénio F — F; G — F; H — V.
e de progesterona vai provocar 3.5 O facto de o corpo amarelo ter
a descamação da parede do útero degenerado prova que não houve
(menstruação). Depois, o nível de fecundação.
estrogénio começa a aumentar, o que
se reflecte no endométrio, através da 4. 4.1 A experiência prova que são os ovários,
proliferação das suas células. Após através de algo que produzem, que
a ovulação, os níveis de estrogénio controlam o ciclo uterino.
continuam altos e os de progesterona 4.2 Da experiência, podemos concluir que
sofrem um grande aumento. Como os ovários segregam substâncias que
resposta, o endométrio prolifera e ganha actuam em locais diferentes. O facto
capacidade secretora. de a localização do ovário ser
1.4 Pouco antes da ovulação, e com a indiferente para o controlo do útero
maturação total do folículo, ocorre uma prova que os mesmos segregam
produção muito elevada de estrogénio. substâncias (hormonas) que entram
Esta hormona vai actuar ao nível do na circulação sanguínea, atingindo,
complexo hipotálamo-hipófise, assim, os órgãos-alvo, o que é típico
levando-o a produzir ainda mais das glândulas endócrinas.
hormonas (FSH e LH), ou seja, verifica-se 4.3 Estrogénio.
um mecanismo de feedback positivo. 4.5 Se a um lote de ratinhas-fêmeas fosse
1.5 A degeneração do corpo amarelo extraída a hipófise e não lhes fossem
deve-se a uma diminuição do nível administradas hormonas hipofisárias,
das hormonas hipofisárias. Como seria de esperar que as mesmas
consequência da degeneração do corpo ratinhas vissem o seu ciclo ovárico
amarelo, diminui a produção de parado e, consequentemente, o seu
progesterona e, consequentemente, ciclo uterino.
a descamação da parede do útero. 5. 5.1 I — V; II — F; III — V; IV — V; V — F,
VI — V; VII — F; VIII — V.
Pág. 48 5.2 B
1. Ver mapa de conceitos da subunidade. 6. 6.1 X — Progesterona; Y — Prolactina.
2. 2.1 C 6.2 a) Placenta;
2.2 D e I. b) Placenta;
c) Hipófise anterior.
2.3 H, E, A, C, F.
6.3 Quando a placenta é expulsa, os níveis
2.4 I — H
das hormonas estrogénios e
II — E
progesterona baixam, o que vai permitir
III — D
a produção de colostro pelas glândulas
IV — F
mamárias (induzida pela prolactina).

52 P A R TE 2    G UIÃO DO PROFE S S OR

118509 030-057_Unid1.indd 52 10/03/09 16:20:19


SOLUÇÕES

6.4 A sucção continuada do mamilo produz da mulher. Assim, a utilização de um


em cada mamada o efeito de diafragma não ajustado às dimensões
estimulação da hipófise anterior na do colo do útero pode equivaler a uma
produção de prolactina, o que leva à gravidez.
produção de leite. Esta sucção induz 1.5 O DIU actua provocando infecções
também a produção de oxitocina pela no útero, que levam a um aporte
hipófise posterior, o que leva o leite a de anticorpos a esta zona, destruindo
ser ejectado pelos ductos mamários. muitos espermatozóides. Além disso,
6.5 A hormona Y tem picos de produção impede a proliferação das células
periódicos ao longo do dia (em cada do endométrio, o que o torna incapaz
mamada). de proceder à nidação. Assim,
a fecundação, caso algum
Pág. 57 espermatozóide sobreviva, chega

a ocorrer, e o embrião forma-se, não
1. 1.1 As três formas de actuação podendo depois implantar-se no útero,
dos métodos contraceptivos são: razão pela qual há quem considere
impedimento da ovulação, impedimento o DIU um método abortivo.
do encontro de gâmetas e impedimento
1.6 As pílulas e os implantes actuam da
da implantação do embrião no útero.
mesma maneira; contudo, as primeiras
1.2 1.2.1 Os métodos naturais são: dependem da responsabilidade da
o método do ritmo ou do mulher, na sua toma diária, e a intervalos
calendário, o método da de tempo regulares. Estes últimos
temperatura, o método factores são anulados pelos implantes,
da mucosidade ou do muco pelo que se tornam mais eficazes.
cervical e o método sintotérmico.
1.7 a) Quer o preservativo quer a pílula são
1.2.2 As grandes desvantagens destes ambos métodos contraceptivos com
métodos são: (1) exigirem elevada eficácia, se usados
um grande conhecimento correctamente.
do funcionamento do corpo
b) A pílula impede a ovulação, e o
da mulher; (2) um grande
preservativo, o encontro de gâmetas.
autocontrolo da mesma e (3)
O preservativo é ainda eficiente no
sempre que ocorrem alterações
combate às IST, o que não acontece
imprevisíveis no funcionamento
com a pílula.
do aparelho reprodutor feminino
estes métodos falham.
Pág. 62
1.3 1.3.1 Os contraceptivos orais são
constituídos por hormonas 1. 1.1 O número de nascimentos no nosso
sintéticas semelhantes às país tem vindo a diminuir.
hormonas ováricas. Actuam, 1.2 A diminuição do número de filhos pode
inibindo o complexo hipotálamo- estar relacionada com o adiar da
-hipófise de produzir FSH e LH, maternidade/paternidade, que pode ser
o que tem como consequência justificada pela crescente aposta das
a ausência de foliculogénese mulheres na escolaridade e nas
e de ovulação. carreiras profissionais, pela dificuldade
1.3.2 Os contraceptivos orais apresentam em estabelecer vidas económicas estáveis
uma grande eficácia, actuam na pouco compatíveis com muitos filhos e
prevenção de algumas doenças ainda por estilos de vida menos saudáveis.
e regularizam os ciclos menstruais. 1.3 A diminuição da produção de
1.4 A colocação do preservativo é mais fácil, espermatozóides poderá estar associada
enquanto o diafragma tem de ser ao estilo de vida actual: consumo
ajustado às dimensões do colo do útero de tabaco, álcool, droga e stress.

P A R TE 2    GUIÃO DO PROFESSOR 53

118509 030-057_Unid1.indd 53 09/03/09 9:21:34


da fertilidade
de matéria

Pág. 74 8. A — V
1. 1.1 Resposta livre. B — F
C — F
1.2 Resposta livre.
1 obtenção

D — F
2. Resposta livre. E — V
e manipulação

3. Resposta livre. F — V
G — V
H — V
Pág. 76
9. 9.1 B
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

1. Ver mapa de conceitos da subunidade.


9.2 O embrião.
2. 2.1 Ovulação a 15 de Maio.
10. 10.1 FIV.
2.2 Novo período menstrual a 25 de Maio.
10.2 Esta técnica inicia-se com a estimulação
2.3 Deverá abster-se de relações sexuais hormonal, que levará ao desenvolvimento
entre os dias 8 e 19 de Maio (inclusive). dos folículos e consequente ovulação.
2.4 Este método não protege das IST Os oócitos são depois retirados dos
e requer que o cálculo dos dias férteis ovários e em meio nutritivo apropriado
se repita quase todos os meses, já que juntam-se aos espermatozóides.
a duração dos ciclos pode variar A fecundação ocorre in vitro. Passadas
(o presente ciclo passou a ser o mais cerca de 40 horas, o embrião
curto dos últimos doze). é transferido para o útero, tendo
3. A — VIII previamente a mulher sido sujeito
B — I a tratamento hormonal, com vista ao
C — II espessamento das paredes uterinas.
D — V 10.3 A ICSI.
E — IV 10.4 C
F — V, VI
G — VII 11. 11.1 ICSI
H — II 11.2 Esta técnica, porque utiliza um único
4. E espermatozóide, permite que os
homens com uma quantidade muito
5. Os espermicidas e o diafragma são ambos reduzida de espermatozóides normais
métodos de barreira porque impedem no esperma possam procriar.
o contacto entre os gâmetas; no entanto,
os espermicidas são produtos químicos 11.3 A probabilidade de ocorrerem
que actuam eliminando os espermatozóides, gravidezes múltiplas, efeitos secundários
enquanto o diafragma apenas impede da indução hormonal, e uma taxa de
o acesso destes ao útero, funcionando sucesso relativamente baixa.
como uma barreira física à sua passagem. 11.4 Esta técnica é aconselhada a casais
6. B em que se verifique esperma de baixa
qualidade, de anticorpos
7. 7.1 Para ocorrer fecundação, os antiespermatozóides ou a necessidade
espermatozóides depositados na vagina de obter os espermatozóides por via
terão de alcançar as trompas de Falópio, cirúrgica.
atravessando o colo do útero. Se o muco
cervical for muito espesso e pouco 12. 12.1 Na síndrome «só células de Sertoli»
alcalino, os espermatozóides não não é possível encontrar nos tubos
conseguirão atravessar esta zona, seminíferos células germinativas,
não ocorrendo, assim, a fecundação. enquanto nos homens com paragem
de maturação ocorrem células
7.2 C germinativas, que, contudo, não
terminam o seu processo de
espermatogénese, não chegando
a formar espermatozóides.
54 P A R TE 2    GUIÃO DO PROFESSOR

118509 030-057_Unid1.indd 54 09/03/09 9:21:34


SOLUÇÕES

12.2 Dado que nestes homens é possível 2. A aplicação desta técnica permite levantar
encontrar alguns focos de algumas questões de natureza ética,
espermatogénese normal, é viável retirar, nomeadamente: que o verdadeiro estatuto
por biopsia, alguns espermatozóides, do embrião; o respeito pela vida humana
que serão usados na técnica de ICSI, (o que implica definir a partir de que
possibilitando a sua reprodução. momento consideramos o embrião ser
humano de total direito); a possibilidade
CTSA de cura para muitas doenças, …

1  DOC. 3. Resposta livre.

Pág. 80
1. Ainda que não haja consenso científico TESTE de avaliação 1
quanto à intensidade e frequência a partir
da qual causam afecções, parece provado 1. 1.1 D
que a exposição a radiações não-ionizantes 1.2 1 — Z — D
reduz a espermatogénese. 2—X—A
2. O uso abusivo do telemóvel e a utilização 3—Y—C
frequente de aparelhos como rádios 4—W—B
e televisores podem contribuir para baixar 2. A — Tecas;
a taxa de fertilidade. B — Células da granulosa;
3. A exposição a fármacos citotóxicos faz C — Cavidade folicular;
baixar a fertilidade, dado que os mesmos D — Oócito.
destroem as células germinativas. 2.2 A
4. Se um homem se sujeitar a tratamentos 2.3 B
de quimioterapia, como a mesma destrói as
2.4 C
células germinativas, as probabilidades de
se manter fértil são baixas. Nestas situações, 3. 3.1 No momento X, deve ter ocorrido
se o homem quer ter presente um projecto a ovulação. Com a expulsão do oócito,
de paternidade, é possível recolher o esperma o folículo maduro altera-se, e, porque
antes de iniciar o tratamento com quimioterapia, começa a segregar progesterona,
e criopreservá-lo. Mais tarde, poderá usar o transforma-se em corpo lúteo.
seu próprio esperma para a sua reprodução. No momento X, é possível observar
o rápido desaparecimento do folículo
5. Os estudos actuais indicam que o tabaco
e o aparecimento do corpo lúteo.
contribui para a diminuição da fertilidade
masculina, dado que faz baixar a motilidade 3.2 Entre o momento 0 e X, ocorre
dos espermatozóides. desenvolvimento do folículo, que é
controlado pelo aumento crescente de
6. Os hábitos de vida modernos,
FSH (hormona estimulante dos folículos)
nomeadamente o consumo de tabaco, bem
produzida pela hipófise.
como o uso excessivo de aparelhos que
emitem radiações não-ionizantes, parecem 3.3 A afirmação não é correcta. Se tivesse
estar a contribuir para baixar a nossa ocorrido fecundação, o corpo lúteo não
capacidade reprodutiva. teria degenerado neste espaço de
tempo, e, pelo contrário, teria evoluído.

Pág. 81 4. A — F
B — V
1. A investigação em embriões permite C — F
possíveis curas que envolvam transplante D — V
de tecidos, terapia do cancro, doenças E — F
neuromusculares, doenças ósseas, F — F
anomalias sanguíneas, testes de toxicidade
de medicamentos e transplante de órgãos.

P A R TE 2    G U I Ã O D O P RO FE S S O R 55

118509 030-057_Unid1.indd 55 10/03/09 16:20:53


da fertilidade
de matéria

5. 5.1 X — Ovulação; 7. 7.1 B


Y — Fecundação; 7.2 7.2.1 A — V; B — V; C — F; D — F;
Z — Nidação. E — F; F — F; G — F; H — V.
1 obtenção

5.2 A — Folículo primordial/primário; 7.3 Os testículos situam-se no escroto,


B — Folículo secundário; numa região não protegida do corpo
e manipulação

C — Folículo terciário; do homem. Esta localização periférica


D — Folículo maduro (Graaf); permite manter os testículos a
E — Corpo lúteo degenerado; temperaturas inferiores às verificadas
F — Oócito II; no resto do corpo, as quais parecem,
UNIDADE 1 reprodução UNIDADE

G — Mórula; tal como comprova o Doc. A, ser


H — Blástula; compatíveis com o processo de
I — Colo do útero; espermatogénese.
J — Vagina.
8. 8.1 A técnica representada na figura é o
5.3 23 cromossomas. ZIFT, dado que se pode observar a
5.4 5.4.1 Segmentação. transferência de embriões (processo
5.4.2 C comum a FIV e ZIFT) para as trompas
de Falópio (o que só ocorre no ZIFT).
5.4.3 Apesar do aumento do número
de células, o embrião permanece 8.2 D
sempre com o mesmo tamanho. 8.3 A mulher poderá apresentar alterações
5.5 B no muco cervical, pelo que os
espermatozóides terão dificuldade em
6. B atravessar esta região. Com esta
técnica, esse problema é ultrapassado.

Notas do professor

56 P A R TE 2    GUIÃO DO PROFESSOR

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SOLUÇÕES

Notas do professor

P A R TE 2    GUIÃO DO PROFESSOR 57

118509 030-057_Unid1.indd 57 09/03/09 9:21:34


Nome: N.o: Turma: Data:
matéria
degenético

Actividade de ampliação
Engenharia Genética
património

na Medicina Legal
UNIDADE12obtenção

Introdução
UNIDADE

A Medicina Legal é uma área da medicina que se dedica à recolha e utilização de conhecimentos médicos,
biológicos e físico-químicos aplicando-os em questões de justiça penal ou civil, com o objectivo de esclarecer
as causas das doenças e da morte. Assim, é hoje comum ouvir-se falar, como sinónimo, em Medicina
Forense, significando que é relativa ao foro judicial, aos tribunais.
No âmbito desta ciência está a determinação indubitável e individualizada da identidade de um esqueleto,
estudo das lesões e suas causas, análise das formas acidentais ou criminosas (homicídios), das asfixias,
sob o prisma médico e jurídico (estrangulamento, afogamento, soterramento, etc.), estudo da génese e
desenvolvimento do crime, entre outros.
A Engenharia Genética tem fornecido muitos instrumentos de trabalho para o desenvolvimento da ciência
forense. As técnicas do DNA fingerprint e do PCR, entre outras, têm permitido resolver situações que
permaneciam sem resposta durante anos. Por tudo isto, é cada vez mais frequente depararmos com
notícias como as que se seguem.

Desenvolvimento
1. Leia os textos seguintes e responda às questões.
Uma nova técnica forense desenvolvida na Grã-Bretanha poderá ajudar a desvendar dezenas de milhares
de crimes através da análise de amostras de DNA impossíveis de interpretar anteriormente. Segundo os
cientistas, o sistema de computador consegue identificar o material genético encontrado em superfícies
tocadas por mais de uma pessoa, além de decifrar amostras de DNA de pouca qualidade ou encontradas
em quantidades mínimas.
De acordo com o Serviço de Ciência Forense, o método — que já está a ser testado pela polícia em diversas
regiões da Grã-Bretanha — poderá aumentar as taxas de resolução de crimes em mais de 15 por cento.
Os especialistas do Serviço de Ciência Forense acreditam que o software, chamado DNABoost, pode ser a
chave para vários casos antigos, esquecidos nos arquivos policiais.
Ainda segundo os especialistas, o programa-piloto irá funcionar por três meses, devendo depois ser
estendido às demais forças policiais da Grã-Bretanha.
http://www.cienciapt.info/pt/index.php?option=com_content&task=view&id=18055&Itemid=235
(6 de Novembro de 2006)

Um homem de Detroit que esteve 12 anos preso por alegadamente ter cometido uma violação foi agora
ilibado das acusações, após testes de DNA provarem a sua inocência.
As autoridades retiraram as acusações e devolveram à liberdade Nathaniel Hatchett, de 29 anos, que
estava encarcerado sob a acusação de ter roubado o automóvel, sequestrado, roubado e violado uma
mulher em 1996.
A polícia de Detroit encontrou Hatchett a conduzir o automóvel da vítima e deteve-o. […]
A inocência do detido ficou comprovada após testes de DNA realizados por iniciativa do Projecto Inocência
da Faculdade de Direito de Cooley, em Lansing, Michigan.
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=26055&op=all
(16 de Abril de 2008)

58 P A R TE 2    G U I Ã O DO PR OFES S OR    M a t e r i a l F otoc o p i á v el © S a nt i l l a na

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ACTIVIDADE DE AMPLIAÇÃO

[…] James Lee Woodard, um cidadão norte-americano condenado a prisão perpétua sob a acusação
de ter violado e morto uma jovem, foi ilibado por um teste de DNA que provou a sua inocência, anunciaram
ontem autoridades judiciais de Dallas. É o segundo caso idêntico nos EUA em duas semanas.
[…] O homem, actualmente com 55 anos, foi condenado com base em dois testemunhos em Julho de
1981, por alegadamente ter violado e estrangulado uma amiga de 21 anos, cujo corpo foi encontrado nas
margens do Rio Trinity, no Texas. […]
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=26154&op=all
http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_forense
(30 de Abril de 2008)

1.1 Indique as vantagens sociais resultantes da aplicação da Engenharia Genética na Medicina Legal.

1.2 Apresente exemplos de outras situações sociais problemáticas que possam ser resolvidas com a
utilização destas técnicas.

2. Elabore um texto, fazendo um enquadramento deste assunto sob o tema: Ciência-Tecnologia-


-Sociedade-Ambiente.

P A R TE 2    G U I Ã O D O P R O F E S S O R    M a t e r i a l F o t o co p i ável © Sant i l l ana 59

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Nome: N.o: Turma: Data:
matéria
degenético

Actividade de ampliação
Mutações pequenas
património

em genes pequenos
UNIDADE12obtenção

1. Leia o texto e responda às questões.


UNIDADE

Em 28 de Março de 2008, foi publicada no jornal O Público a seguinte notícia:


A esquizofrenia pode ser causada por mutações raras em genes diferentes. Esta é uma das conclusões
que um estudo publicado ontem on-line na revista Science sugere. A investigação de cientistas da Universidade
de Washington e do Laboratório Cold Spring Harbor concluiu que o grupo de doentes esquizofrénicos
estudado tinha uma percentagem de mutações três vezes maior do que o grupo de controlo, sem a doença.
Perto de 1% da população mundial sofre de esquizofrenia. Até aqui, defendia-se que era causada por
mutações em certos genes, transmitidas de geração em geração. Contudo, este estudo avança uma nova
teoria: os esquizofrénicos podem ser afectados por um leque de mutações raras, mas que alteraram os
genes que comandam a produção de proteínas importantes para o desenvolvimento do cérebro.
O artigo chama a estas mutações microduplicações e microdeleções do genoma. Ou seja, repetições ou per-
cas de pequenos pedaços do ADN. Estas alterações acontecem, por exemplo, na formação dos espermatozói-
des e óvulos, quando o material genético passa de pais para filhos. Todas as pessoas sofrem este processo, mas
se a mutação ocorre num gene importante, isso pode ter impacto no desenvolvimento e na saúde do indivíduo.
Os autores descobriram que a percentagem destas mutações nas pessoas saudáveis era de 5%, enquanto
nos doentes era de 15%. E nos indivíduos com esquizofrenia antes dos 18 anos, mais agressiva, subia para
20%. As mutações localizavam-se nos genes que codificavam proteínas importantes para o desenvolvimento
do cérebro. Estas proteínas actuam quer a nível da formação e localização das células nervosas, quer na
passagem de informação entre estas células.
Alguns genes modificados já tinham sido relacionados com outras doenças mentais, como o autismo ou
o atraso mental. «Cada gene alterado pode contribuir para o risco de várias doenças», disse ao PÚBLICO
Astrid Vicente, investigadora principal do grupo do Instituto Ricardo Jorge que estuda o autismo. A doença
que uma pessoa pode ou não desenvolver «vai depender do seu background genético», explica a investigadora.
A esquizofrenia só é detectada pelo comportamento dos pacientes. Podem sofrer de alucinações, ilusões,
apatia, incapacidade social. O custo dos tratamentos é elevado e muitas vezes não resultam. Perceber as
causas da doença pode permitir desenvolver no futuro uma terapia mais adequada para cada indivíduo.
Nicolau Ferreira

1.1 Estabeleça uma relação entre o incorrecto funcionamento do cérebro e as mutações sofridas a nível
dos genes.
1.2 Em que tipo de células (somáticas ou da linha germinativa) ocorrem as mutações referidas no
texto? Justifique com dados do texto.
1.3 Poder-se-á afirmar que esta é uma doença genética? Justifique a sua resposta.
1.4 Comente a afirmação.
Os pais destes doentes serão, certamente, esquizofrénicos.

60 P A R TE 2    G U I Ã O DO PR OFES S OR    M a t e r i a l F otoc o p i á v el © S a nt i l l a na

118509 058-087_Unid2.indd 60 10/03/09 16:23:30


Nome: N.o: Turma: Data:

Informação complementar
Drosophila melanogaster

Introdução
Drosophila melanogaster é um insecto com cerca de 3 mm de comprimento, conhecido por mosca-da-
-fruta. O seu alimento são as leveduras que se encontram nos frutos caídos em início de decomposição. Esta
mosca é muito utilizada em estudos de Genética, é estudada há cerca de um século e o seu genoma foi com-
pletamente sequenciado no ano 2000. Estes insectos são facilmente criados em laboratório, são férteis todo o
ano, produzindo uma nova geração cada 12 dias, ou seja, cerca de 30 gerações por ano, e têm só quatro
pares de cromossomas.
Os machos e as fêmeas distinguem-se bem, pois apresentam dimorfismo sexual.
Os machos apresentam geralmente menor tamanho do que as fêmeas, têm a extremidade do abdómen
negra e possuem, no primeiro par de patas, o pente sexual, uma estrutura pilosa na base do metatarso, que as
fêmeas não possuem.

• •
Fig. 1 Dimorfismo sexual em Drosophila melanogaster. Fig. 2 Drosophila melanogaster.

Ciclo de vida
de Drosophila melanogaster
As fêmeas podem pôr, numa semana,
várias dezenas de descendentes resultantes
de uma única fecundação. Os ovos medem
cerca de 1 mm, eclodindo a larva cerca de Adultos
1 dia depois. As larvas passam por vários
estádios, como se pode ver na figura 3.
Quando o insecto adulto eclode, só ao fim Embrião

de cerca de 12 horas é que os indivíduos


se tornam férteis, pelo que quando se Pupa
fazem cruzamentos, os animais devem ser
separados por sexos, nas primeiras horas
após a eclosão, para que as fêmeas
permaneçam virgens até ao cruzamento
desejado.
Larva

Fig. 3 Ciclo de vida de Drosophila melanogaster.


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matéria
degenético

O período de desenvolvimento das Drosophila melanogaster varia em função da temperatura. Os tempos


descritos na figura 3 correspondem a uma temperatura de cerca de 25 ºC. Estas moscas têm uma esperança
média de vida de cerca de 60 dias.
património
UNIDADE12obtenção

Fig. 4 Ovo de Drosophila melanogaster.

Observação de Drosophila melanogaster


UNIDADE

Os animais devem ser observados à lupa. Para que esta tarefa possa ser realizada, as moscas devem
estar imóveis durante algum tempo, sendo anestesiadas com vapores de éter sulfúrico (durante 30 a 40
segundos).
Para anestesiar os animais, pode ser utilizado um eterizador feito com um frasco de vidro, contendo no
fundo um pedaço de algodão embebido em éter sulfúrico. O frasco deve estar sempre bem fechado para
que conserve uma atmosfera saturante, abrindo-o apenas na altura da anestesia. Uma vez que os insectos
não podem contactar directamente com o éter, o que lhes seria fatal, deve construir-se um funil fechado na
extremidade fina com um pouco de gaze, de forma a permitir a passagem dos vapores do éter, mas a impedir
que os animais caiam no frasco.
O frasco de cultura que tem os animais que vão ser observados deve ser sacudido de modo que todas
as moscas se desloquem para a sua parte inferior. Quando se retira a rolha de algodão do frasco, coloca-se
o funil sobre o seu bucal e sacode-se o frasco para que as moscas passem para o funil, que deve ser
colocado sobre o frasco eterizador. As moscas vão ficando anestesiadas e são depois transferidas para
uma caixa de Petri a fim de serem contadas.
As moscas devem ser manipuladas com um pincel fino para que não sofram danos na sua integridade
física, e quando são reintroduzidas no frasco de cultura deve evitar-se que elas fiquem coladas ao meio de
cultura, por isso, os insectos são depositados nas paredes do tubo deitado, até recuperarem da anestesia.

Fig. 5 Vários exemplares de Drosophila melanogaster.

Fontes:
http://www.ordembiologos.pt/Publicacoes/Biologias/Droshort%20-%2001Jan01.pdf
http://www.columbia.edu/cu/alumni/Magazine/Morgan/morgan.html
http://www.sc.didaxis.pt/hereditariedade/drosophila.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Drosophila_melanogaster
http://ceolas.org/VL/fly/intro.html

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informação complementar

Tabela I

Machos Fêmeas
1.º Cruzamento
Fenótipo N.º indivíduos Fenótipo N.º indivíduos

Frasco A

Frasco B

Frasco C

Frasco D

Tabela II

Machos Fêmeas
2.º Cruzamento
Fenótipo N.º indivíduos Fenótipo N.º indivíduos

Frasco E

Frasco F

Frasco G

Frasco H

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Nome: N.o: Turma: Data:
matéria
degenético

Protocolo experimental
Preparação da transformação
património

bacteriana com o plasmídeo pGLO


UNIDADE12obtenção

Introdução
UNIDADE

A bactéria que vai ser transformada, neste trabalho, é a E. coli, estirpe HB101, ser procarionte, unicelular,
com ciclos de vida de 20 minutos, não patogénico e que não sobrevive fora dos laboratórios.

Precauções
• É de notar que durante a realização deste trabalho as bancadas de trabalho devem ser descontaminadas
antes do início do mesmo e podem ser mantidas limpas trabalhando à chama, se for possível.
• Todos os desperdícios devem ser descontaminados antes de serem colocados no lixo.
• O
 s participantes devem lavar as mãos depois de manipularem os organismos com DNA transformado e
antes de deixarem o laboratório.
• Deve pipetar-se utilizando pipetas e nunca com a boca.
• É proibido comer, beber ou aplicar cosméticos na área de trabalho.
• É recomendado usar óculos protectores.
• S
 e não existir um autoclave, todas as soluções e o material manipulado, que esteve em contacto com
as bactérias, devem ser colocados em solução de lixívia a 10%, pelo menos durante 20 minutos, para
serem esterilizados. Esta solução deve ser colocada em todas as bancadas de trabalho.
• Todas as ansas e pipetas devem ser colocadas na solução de esterilização.
• As caixas de Petri devem ser também colocadas em solução de lixívia pelo menos durante uma hora.
• Depois de esterilizado, o material pode ser tratado como lixo.
• Devem usar-se óculos protectores quando se manipula a solução de lixívia.
• D
 eve ter-se cuidado quando se manipula a lâmpada ultravioleta, pois pode causar danos nos olhos e na
pele. A lâmpada recomendada é de ondas longas. Se possível, usar óculos protectores contra radiação
ultravioleta.

Preparação de agar nutritivo e caixas de Petri

Material
• Agar. • Água destilada e esterilizada.
• Ampicilina. • Solução de transformação: 50 mM CaCl2, pH 6,1.
• Erlenmeyer de 1 L. • Arabinose.
• Caixas de Petri. • Câmara de incubação a 37 ºC.

Procedimento
1. Identifique as caixas de Petri da seguinte forma: 16 caixas LB, 16 caixas LB/amp e 8 caixas LB/amp/ara.
2. Prepare o agar deitando 500 mL de água destilada e esterilizada no erlenmeyer de 1L. Adicione depois
o agar nutritivo.

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PROTOCOLO EXPERIMENTAL

3. Aqueça em microondas até ferver, espere um pouco e agite. Repita este procedimento mais três vezes
até o agar estar dissolvido.
4. Deixe arrefecer até aos 50 ºC. Enquanto o agar arrefece prepare a arabinose e a ampicilina.1
5. Com uma pipeta estéril, pipete 3 mL de solução de transformação directamente para o frasco para
reidratar o açúcar. Homogeneíze em vórtex (a arabinose necessita de pelo menos 10 minutos para
dissolver-se).
6. Com uma pipeta estéril, pipete 3 mL de solução de transformação directamente para o frasco para
reidratar o antibiótico.
7. Inicialmente, deite o agar nas 16 caixas identificadas com LB. As caixas devem estar sobrepostas em
pilhas de 4 a 8. Comece com a caixa inferior, retirando com uma mão a tampa e as restantes caixas
sobrepostas, enquanto com a outra mão verte o agar até um terço a um meio da capacidade da caixa.
Recoloque a tampa e continue este procedimento. Deixe arrefecer as placas empilhadas.
8. Adicione a ampicilina ao restante agar que se encontra no erlenmeyer e agite para misturar. Verta
seguidamente nas 16 caixas identificadas com LB/amp, utilizando a mesma técnica do ponto anterior.
9. Adicione a arabinose ao restante agar nutritivo que se encontra no erlenmeyer e que contém a ampici-
lina. Agite para misturar e verta nas 8 caixas de Petri identificadas com LB/amp/ara, utilizando a técnica
já descrita anteriormente.
10. As caixas permanecem durante dois dias à temperatura ambiente, sendo depois armazenadas invertidas
em frigorífico até à utilização.
1
 calor excessivo (. 50 ºC) destrói a arabinose e o antibiótico, mas o agar com solução de nutrição solidifica a 27 ºC, pelo que é
O
necessário monitorizar o arrefecimento do agar.

Reidratação de bactérias e inoculação de placas LB


(24 a 36 horas antes da actividade)
1. Reidrate bactérias liofilizadas (E. coli HB101). Com uma pipeta estéril, adicione 250 μL de solução
de transformação. Tape o frasco e deixe a suspensão de bactérias à temperatura ambiente durante
5 minutos. Depois, agite para homogeneizar.
2. Realize seguidamente a inoculação de 8 caixas de Petri LB com E. coli (Fig. 1).
3. Após a inoculação, recoloque a tampa na caixa de Petri para evitar a contaminação. As caixas são
invertidas e conservadas overnight em estufa à temperatura de 37 ºC. E. coli forma colónias circulares e
esbranquiçadas.

Fig. 1 Metodologia de inoculação de placas.

Reidratação
do plasmídeo pGLO
250 mL
1. Com uma pipeta esterilizada, adicione
250 μL da solução de transformação
no frasco que contém o plasmídeo
liofilizado.
2. Conserve no frigorífico.
1pGLO

2pGLO

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matéria
degenético

Análise e discussão
(Questões prévias)
património

1. De que tipo lhe parece ser o operão da arabinose?


UNIDADE12obtenção

2. Quais são as características dos seres vivos, que são utilizados em laboratório, para estudos
de manipulação genética?

3. Observe as colónias originais de bactérias E. coli à sua disposição (placa LB).


UNIDADE

3.1 Registe a cor das colónias, o seu número e a disposição que apresentam na caixa de Petri.
3.2 Poderá dizer apenas por observação se as bactérias que existem nesta caixa são resistentes
à ampicilina? Justifique a sua resposta.
3.3 Planifique uma experiência onde possa determinar se estas bactérias apresentam resistência
à ampicilina.
4. Quais são as caixas de Petri que são utilizadas como controlo? Qual é o interesse da existência
destas placas?
5. Indique em qual das caixas esperará encontrar bactérias geneticamente transformadas?
6. Quais são as placas que deverão ser comparadas para verificar se ocorreu transformação
genética?

Fontes:
http://docentes.esa.ipcb.pt/lab.biologia/disciplinas/bcm/transforma.pdf
http://www.caam.rice.edu/~cox/lab1.pdf
http://biotecnologia-na-escola.up.pt/index.html

Tabela I

Crescimento bacteriano Cor das colónias Contagem


CAIXAS do número
sim não Luz visível Radiação ultravioleta de colónias

1 pGLO
LB/amp

1 pGLO
LB/amp/ara

2 pGLO
LB/amp

2 pGLO
LB

Nota: A descrição deste protocolo está disponível no Manual do aluno, no Anexo IV.
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Nome: N.o: Turma: Data:

Informação complementar
Transformação bacteriana
com o plasmídeo pGLO

Introdução
As bactérias, além de possuírem um cromossoma circular, grande, que contém toda a informação necessária
à sua vida, contêm naturalmente uma ou mais pequenas moléculas circulares de DNA em cadeia dupla,
com capacidade de auto-replicação e que se designam por plasmídeos. Os plasmídeos contêm genes que
em algumas situações melhoram a sobrevivência da bactéria, proporcionando, por exemplo, resistência aos
antibióticos. Na Natureza, as bactérias podem transferir plasmídeos entre si, o que permite a adaptação a
novas condições ambientais.
Os plasmídeos são fáceis de extrair e manipular em laboratório, podendo introduzir-se em plasmídeos,
fragmentos de DNA de outros organismos, desde que sejam cortados com a mesma enzima de restrição.
O plasmídeo recombinante é designado por vector e pode replicar-se se for introduzido em bactérias.
Estas irão expressar a informação contida no novo gene.

Desenvolvimento
O trabalho que lhe propomos é a transformação da bac-
téria Escherichia coli, utilizando um plasmídeo chamado
pGLO. Este plasmídeo permitirá às bactérias sobreviverem
araC
num meio de cultura com o antibiótico ampicilina e a possi-
bilidade de produzir uma proteína fluorescente, a proteína
GFP (uma proteína verde fluorescente — proveniente da
medusa Aequora victoria). O gene GFP produz uma proteína ori
fluorescente, visível à luz ultravioleta. As bactérias que irão pGLO
ser utilizadas nesta transformação não são resistentes ao
antibiótico ampicilina, mas o plasmídeo contém o gene de
resistência à ampicilina, permitindo às bactérias transforma- GFO
das a sua sobrevivência em meios com este antibiótico.
bla
O plasmídeo possui ainda um sistema de regulação que
permite controlar a expressão do gene GFP nas células
transformadas. Este gene só é expresso (transcrito e tra-
Fig. 1 pGLO, plasmídeo recombinante.
duzido) quando é adicionada arabinose ao meio.
A arabinose é um glícido que pode ser usado pela bactéria como fonte de energia e de carbono.
A regulação da expressão génica, que permite a utilização da arabinose pela célula bacteriana, é feita por
um operão onde se encontram o gene promotor, o operador e três genes estruturais. Na presença de arabinose,
as bactérias produzem as três enzimas que participam na degradação do glícido. Na ausência de arabinose,
os genes estruturais não são transcritos. O DNA do plasmídeo pGLO foi modificado geneticamente para
incorporar o gene promotor e operador do operão da arabinose, tendo os genes estruturais sido substituídos
pelo gene GFP. A consequência desta alteração é a expressão do gene GFP na presença da arabinose.
A transcrição dos genes estruturais depende da ligação da RNA polimerase ao promotor e da acção de
uma proteína alostérica de ligação designada araC. Na ausência de arabinose no meio de cultura bacteriano,
a proteína araC liga-se ao operador e impede a ligação da RNA polimerase ao promotor; consequentemente
não ocorre a transcrição dos genes estruturais. Contudo, se no meio de cultura existir arabinose, esta interage
com a proteína araC, originando uma alteração na forma desta proteína alostérica. Como consequência, a
proteína araC não se liga ao operador, sendo assim possível a ligação da RNA polimerase ao promotor, resultando
na transcrição dos genes estruturais (Fig. 2).
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degenético
património matéria

araC araB araA araD


UNIDADE12obtenção

arabinose

PBAD
UNIDADE

araB araA araD


araC

RNA Pol

RNA Pol
araB araA araD
araC

mRNA

PBAD
araB RNA Pol araD
araC

Fig. 2 Operão da arabinose.

Quando os genes estruturais são substituídos pelo gene GFP, o sistema funciona da mesma forma mas
com a expressão do gene GFP, permitindo, na presença de arabinose, o fabrico da proteína verde fluorescente,
o que tem como consequência o facto de as bactérias emitirem fluorescência na presença de luz ultravioleta.
Na ausência de arabinose, a proteína araC liga-se ao operador e impede a ligação da RNA polimerase
ao promotor, pelo que o gene para a proteína GFP não é transcrito. Nesta última situação, as bactérias têm
um aspecto esbranquiçado e não emitem fluorescência.

araC GFP

arabinose

PBAD
GFP
araC

RNA Pol

RNA Pol
GFP
araC

mRNA

GFP RNA Pol


araC

Fig. 3 Expressão do gene GFP.


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Nome: N.o: Turma: Data:

TESTE DE AVALIAÇÃO 2

1. Estabeleça a correspondência correcta entre os elementos da chave e as afirmações que se


lhes seguem.
A — Verdadeiro para todos os seres vivos.
B — Verdadeiro para a espécie humana.
C — Verdadeiro apenas para todos os seres eucariontes.
  I. A informação genética encontra-se no DNA.
  II. O DNA encontra-se no núcleo.
  III. O DNA com as histonas forma a cromatina.
  IV. Os cromossomas organizam-se em 23 pares de homólogos.
  V. Toda a informação genética de um indivíduo corresponde ao seu genoma.
  VI. Numa célula em metáfase I existem 22 pares de autossomas e um par de cromossomas sexuais.
  VII. O cariótipo é constante de cada espécie e encontra-se em toda(s) a(s) célula(s) do indivíduo.
  VIII. Os genes são fragmentos de DNA com informação para a síntese proteica.

2. Existem cavalos com pêlo vermelho e outros cuja cor do pêlo é branca. Um cruzamento entre
dois homozigóticos com diferente cor do pêlo origina uma descendência de animais cuja pelagem
é ruão (pêlos vermelhos e pêlos brancos alternados).
2.1 Classifique esta situação quanto à dominância/recessividade dos alelos.

2.1.1 Justifique adequadamente a classificação que apresentou.

2.2 Indique o genótipo dos animais de pêlo vermelho, de pêlo branco e de pêlo ruão.

2.3 Que tipo(s) de gâmetas é(são) produzido(s) pelos animais ruão?

2.4 Refira as percentagens genotípicas e fenotípicas de um cruzamento entre dois animais de pêlo
ruão, apresentando o quadro de cruzamento.

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matéria
degenético

3. Um insecto A de corpo redondo e antenas longas foi cruzado com um insecto B de corpo oval e
antenas curtas. Da sua descendência faziam parte 153 animais de corpo redondo e antenas curtas.
património

Dois destes insectos cruzados entre si deram origem a 462 animais: 28 ovais de antenas longas, 90
UNIDADE12obtenção

redondos de antenas longas, 88 ovais de antenas curtas e 256 redondos de antenas curtas.
3.1 Qual é o genótipo dos indivíduos parentais e dos indivíduos da geração F1?
UNIDADE

3.2 Faça a previsão dos resultados, apresentando o respectivo quadro do cruzamento de um indivíduo
da geração F1 com um animal de corpo oval e antenas longas. Como se designa esse cruzamento?

3.3 Explicite a razão de os animais da geração F1 não serem exactamente iguais a um dos progenitores.

4. Observe a árvore genealógica seguinte, em que os indivíduos afectados estão representados a


negro.

I
1 2

II
1 2 3 4 5 6 7 8

III
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

4.1 Qual é o tipo de hereditariedade que lhe parece ser responsável pela transmissão desta característica?
Justifique a sua resposta.

5. A figura seguinte representa uma porção de um DNA bacteriano.

C
A B

DNA
1 2 3 4 5
bacteriano

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TESTE DE AVALIAÇÃO

5.1 Classifique as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).


  A — A figura representa um operão.
  B — A bactéria pode simultaneamente induzir a síntese do gene 2 e bloquear a síntese do
gene 5.
  C — B é o local onde se liga a RNA polimerase.
  D — A pode ser bloqueado por um repressor activo.
  E — A representa o gene promotor.
  F — Quando activo, o repressor liga-se ao gene operador.
  G — C representa genes que codificam proteínas de uma mesma via metabólica.
  H — Nem A nem C representam o gene operador.

6. Analisando um determinado par de cromossomas homólogos, no início da prófase I e na metáfase I ,


observou-se o facto esquematizado na figura.

A B C D E F G H I J

K L M N

A B C D E F G N

K L M H I J

6.1 Considerando que as letras representam genes, indique o(s) tipo(s) de mutação(ões) ocorrido(s).

6.2 Que acontecimento ocorrido na prófase I poderia ter originado tal anomalia?

6.3 Qual é a informação fornecida que nos permite afirmar que não se trata de uma mutação somática?

6.4 Tendo em conta que não houve perda de genes no par de homólogos, explique por que razão esta
alteração pode ser problemática.

7. Escolha a opção que completa correctamente a afirmação seguinte.


Q
 uando o cancro se desenvolve, a apoptose (…) e a síntese de proteínas que controlam o ciclo
celular é (…).
  A — aumenta […] estimulada
  B — diminui […] estimulada
  C — aumenta […] inibida
  D — diminui […] inibida
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matéria
degenético

8. As afirmações seguintes referem etapas que acontecem num organismo durante a formação
de metástases de um cancro. Ordene-as correctamente.
património

  A — Destruição das células vizinhas do tumor.


UNIDADE12obtenção

  B — Introdução de células cancerígenas nos vasos sanguíneos ou linfáticos.


  C — Ocorre angiogénese.
  D — Invasão de outros tecidos do organismo por células cancerígenas.

9. A figura representa uma das técnicas utilizadas em Engenharia Genética.


UNIDADE

9.1 Identifique a técnica.

9.2 Indique duas aplicações sociais desta mesma Amostra


técnica. inicial
de DNA

1 2 4 8
Número de moléculas de DNA

9.3 Classifique as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).


  A — Utiliza moldes iniciais de RNA mensageiro.
  B — Ocorre a temperaturas elevadas.
  C — Em todos os ciclos ocorre desnaturação do DNA.
  D — Utiliza primers para delimitar o número de moléculas a sintetizar.
  E — É um processo que ocorre in vivo.
  F — Nele intervém a transcritase reversa.
  G — O DNA formado é recombinante.
  H — Permite amplificar pequenas amostras de DNA.
9.4 Comente a afirmação seguinte.
A introdução da Taq polimerase, uma DNA polimerase isolada a partir de bactérias termófilas
que habitam locais a temperaturas muito elevadas, veio permitir a obtenção um maior número
de cópias de DNA em menos tempo, além de diminuir a quantidade de DNA contaminado.

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crit é rios de correcção

Critérios de correcção

Actividade laboratorial
Drosophila melanogaster — alguns cruzamentos
Pág. 117

Competências Comunicativas

Comunicação em língua portuguesa Estrutura

Estruturação da composição. Apresentação geral do trabalho.


Sintaxe. Cumprimento da tipologia.
Pontuação/ortografia. Índice completo.
Bibliografia correcta.

Competências Conceptuais

Introdução teórica Procedimento experimental Resultados

Apresenta o objectivo. Apresenta a lista de material. 1 — Preenche completamente a


Aborda sumariamente os trabalhos Apresenta a metodologia. tabela I.
de Morgan e a transmissão de carac- 2 — Preenche completamente a
terísticas ligadas aos cromossomas tabela II.
sexuais.

Competências Processuais

Discussão dos resultados Conclusão

1 a) O alelo dominante para a cor dos olhos é o vermelho, porque todos 1 — Tira conclusões sobre a localiza-
os descendentes têm olhos de cor vermelha. ção dos genes alelos para a cor
b) O gene envolvido na cor dos olhos das moscas está localizado no cro- dos olhos das moscas.
mossoma X, pois os resultados do cruzamento recíproco são diferentes 2 — Tira conclusões sobre a ligação
dos do primeiro cruzamento. factorial dos genes para a cor do
2 a) Os genes envolvidos na cor do corpo das moscas e do aspecto das asas corpo das moscas e do aspecto
encontram-se ligados factorialmente, uma vez que na geração F2 das asas das moscas.
se obtiveram resultados fenotípicos característicos de monoibridismo
e não de diibridismo.
b) Os resultados obtidos são compatíveis com autossomas, uma vez que
ambos os cruzamentos (primeiro e recíproco) têm resultados semelhantes.

Actividade laboratorial
Simulação da actuação das enzimas de restrição
Pág. 169

Identifica a teoria

Engenharia Genética/enzimas de restrição

0 — Não define a teoria.


1 — Não define correctamente a teoria.
2 — Define correctamente a teoria.

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matéria
degenético

Identifica os PRINCÍPIOS relevantes para a resolução da questão central

— As enzimas de restrição reconhecem determinadas sequências de nucleótidos.


património

— As enzimas de restrição cortam ligações entre a primeira e a segunda base da sequência reconhecida.
UNIDADE12obtenção

— Dois fragmentos de DNA sujeitos à mesma enzima de restrição apresentam extremidades coesivas,
podendo unir-se, formando DNA recombinante.

0 — Não define princípios.


1 — Define princípios não pertinentes.
2 — Define princípios não pertinentes mas também princípios pertinentes.
3 — Define a maior parte dos princípios pertinentes. Pode apresentar um ou outro princípio não pertinente.
4 — Apresenta todos, e apenas, os princípios pertinentes.
UNIDADE

Identifica os CONCEITOS relevantes para a resolução da questão central

Enzima de restrição; extremidade coesiva; DNA recombinante.

0 — Não define conceitos.


1 — Define conceitos não pertinentes.
2 — Define conceitos não pertinentes mas também conceitos pertinentes.
3 — Define a maior parte dos conceitos pertinentes. Pode apresentar um ou outro conceito não pertinente.
4 — Apresenta todos, e apenas, os conceitos pertinentes.

REGISTA RESULTADOS

— Com os procedimentos de 1.1 a 1.4 vão obter-se «fragmentos de DNA» com extremidades coesivas, podendo
obter-se DNA recombinante, porque se trabalha com «moléculas de DNA» com sequências reconhecidas pela
enzima de restrição e ambas as moléculas são sujeitas à mesma enzima de restrição.
— Com os procedimentos de 2.1 a 2.3 não vão obter-se «fragmentos de DNA» com extremidades coesivas, não se
podendo obter DNA recombinante, porque as «2 moléculas de DNA» não são sujeitas à mesma enzima de
restrição.
— Com os procedimentos de 3.1 a 3.4 podem obter-se ou não «fragmentos de DNA» com extremidades coesivas,
podendo obter-se ou não DNA recombinante, dado que apesar de ambas as moléculas serem sujeitas à mesma
enzima de restrição podem possuir ou não sequências reconhecidas por estas.

0 — Não regista observações nem discute resultados.


1 — Regista apenas observações mas não discute os resultados.
3 — Regista observações e apresenta discussão de resultados, existindo algumas incorrecções.
5 — Regista observações e apresenta discussão de resultados sem incorrecções.

Rigor e clareza de conceitos científicos

0 — Não apresenta linguagem científica.


1 — Apresenta linguagem científica clara, apresentando alguns erros.
2 — Apresenta linguagem científica clara e sem qualquer erro.

Competência da comunicação em Língua Portuguesa

0 — Composição sem estruturação, com erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia, com perda frequente de sentido.
1 — Composição razoavelmente estruturada, com alguns erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia, sem perda de sentido.
2 — Composição bem estruturada, sem erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia. Pode apresentar erros esporádicos
que não impliquem perda de sentido.

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crit é rios de correcção

Actividade laboratorial
Transformação bacteriana com o plasmídeo pGLO
Pág. 179

Competências Comunicativas

Comunicação em língua portuguesa Estrutura

Estruturação da composição. Apresentação geral do trabalho.


Sintaxe. Cumprimento da tipologia.
Pontuação/ortografia. Índice completo.
Bibliografia correcta.

Competências Conceptuais

Introdução teórica Procedimento experimental Resultados

Apresenta o objectivo. Apresenta a lista de material. 1 — Preenche completamente a


Aborda sumariamente os fundamentos Apresenta a metodologia. tabela I.
da Engenharia Genética — técnica
do DNA recombinante.

Competências Processuais

Discussão dos resultados Conclusão

2 — A importância do gene de resistência à ampicilina é o 1 — Tira conclusões sobre a transformação do DNA em


facto de este conferir às bactérias a possibilidade de bactérias.
sobreviverem num meio de cultura com o antibiótico 2 — Tira conclusões sobre o papel da ampicilina e da
ampicilina. arabinose na modificação do plasmídeo pGLO.
3 — As bactérias fluorescentes existem na caixa 1 pGLO
LB/amp/ara, pois o DNA do plasmídeo pGLO foi
modificado geneticamente para incorporar o gene
promotor e operador do operão da arabinose, tendo
os genes estruturais sido substituídos pelo gene GFP.
A consequência desta alteração é a expressão do
gene GFP na presença da arabinose.

Crescimento bacteriano Cor das colónias Contagem


Placas do número
sim não Luz visível Radiação ultravioleta de colónias

1 pGLO Muitas colónias


Brancas
LB/amp transformadas

1 pGLO Muitas colónias


Brancas Verde fluorescente
LB/amp/ara transformadas

Não há
2 pGLO
crescimento
LB/amp
bacteriano

Colónias não
2 pGLO
transformadas Brancas
LB
(controlo)

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matéria
degenético

Mapa de conceitos
2.1.1 — Transmissão dos caracteres hereditários
património
UNIDADE12obtenção

TRANSMISSÃO
DE CARACTERÍSTICAS HEREDITÁRIAS

podem ser
UNIDADE

Autossómicas Heterossómicas DNA extranuclear

pode estudar-se uma


ou mais características podem estar pode ser

Monoibridismo Diíbridismo Ligadas ao DNA mitocondrial


cromossoma X
pode ocorrer pode ocorrer
DNA plastidial
Ligadas ao
cromossoma Y
Dominância/ Com segregação
/recessividade independente

Co-dominância Com segregação


dependente

Dominância
incompleta

Alelos múltiplos

Alelos letais

Poligenia

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MAPA DE CONCEITOS

Mapa de conceitos
2.2.1— Mutações

mutações

são

Alterações no material
genético de um indivíduo

podem
ser
existem dois tipos
Induzidas Espontâneas

Génicas afectando Genes

podendo ser

Substituição

Agentes Células Células da linha


mutagénicos somáticas germinativa
Inversão

Deleção

Cromossómicas afectando Cromossomas


Inserção
podendo ser

Estruturais Numéricas

provocando podendo surgir

Duplicação Poliploidias Aneuploidias Haploidias

podendo afectar
Inversão que podem ser
Autossomas

Deleção
Polissomias Monossomias Nulissomias
Cromossmas
Translocação sexuais
por exemplo,

Trissomias

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matéria
degenético

Mapa de conceitos
2.2.2 — Fundamentos da Engenharia Genética
património
UNIDADE12obtenção

ENGENHARIA GENÉTICA

consiste num
UNIDADE

Conjunto de técnicas que


permitem isolar, manipular
e transportar genes

usa recorre a desenvolve pode ter

Ferramentas Vectores Técnicas Aplicações

como, por exemplo, como, por exemplo, como, por exemplo, como, por exemplo,

Enzimas Plasmídeos DNA Construção


de restrição recombinante de bibliotecas
de genes
Vírus
DNA ligase DNA
complementar Produção
de proteínas
Cromossomas humanas por
Transcritase artificiais microrganismos
reversa Reacção
em cadeia
da polimerase
Ciência
forense

Testes
de paternidade

Identificação
de vítimas
de acidentes

Obtenção
de OGM
(organismos
geneticamente
modificados)

Terapia
génica

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SOLUÇÕES

Soluções

MANUAL Pág. 97
1. a)1 C
 ruzamento inicial: planta com flor axial
Unidade 2 (AA) 3 planta com flor terminal (aa).
Pág. 84 b)1 AA 3 aa (cruzamento parental)

A — F; B — F; C — V; D — F; E — V; F — V; G — V; A A
H — F; I — F; J — V. a Aa Aa
a Aa Aa
Pág. 86
Autopolinização de F1 — Aa 3 Aa.
1. 1.1 A informação genética nos seres
eucariontes encontra-se no núcleo, A a
organizada em cromatina/cromossomas, A AA Aa
que são constituídos por segmentos de a Aa aa
DNA, os genes. Cada gene codifica uma
determinada característica. c) F1 é constituída por 100% de plantas
1.2 O DNA é uma molécula constituída por com flor axial. F2 é constituída pelos
uma dupla cadeia polinucleotídica seguintes genótipos: 25% AA; 50% Aa
enrolada em hélice. Cada cadeia é uma e 25% aa.
sequência de nucleótidos, cada um
deles constituído por um açúcar Pág. 98
(desoxirribose), um fosfato e uma base
1. 1.1 a) Pp
azotada. As bases azotadas podem ser
a timina, a adenina, a guanina e a 1.1.2  As plantas obtidas têm o seguinte
citosina. As duas cadeias encontram-se genótipo: brancas pp e púrpuras
orientadas em sentidos diferentes e Pp.
ligadas entre si por ligações por pontes 1.2 Situação A. Uma descendência
de hidrogénio, que se estabelecem constituída por 100% de plantas de cor
entre bases complementares das duas púrpura (Pp).
cadeias (A–T e C-G).
1.3 Cada porção de DNA equivalente a um Pág. 102
gene começa por separar as duas
1. 1.1 1.1.1  AL e al.
cadeias (1), de seguida uma delas é
copiada pelo mRNA (transcrição) (2).  1.1.2
O mRNA ainda no núcleo sofre o AL al
processamento, extraindo-se os intrões AL AA LL Aa Ll
e ligando-se os exões (3). De seguida, al Aa Ll aa ll
o mRNA maturado desloca-se para o
citoplasma, liga-se a um ribossoma e Genótipos: 1 AA LL : 2 Aa LL : 1 aa ll
inicia-se a transcrição (3). Nesta fase,
Fenótipos: 3 amarelas lisas : 1 verde rugosa
de acordo com a sequência de bases
do mRNA, este é lido em conjuntos de 1.2 1.2.1  AL, Al, aL e al.
três nucleótidos (codão), o que leva a Genótipos: 1 AA LL : 3 AA Ll : 1
que um determinado tRNA transporte AA ll : 1 Aa LL : 4 Aa Ll : 2 Aa ll : 1
um dado aminoácido. O processo aa LL : 2 aa Ll : 1 aa ll
prolonga-se até se atingir um codão de Fenótipos: 9 amarelas lisas : 3
terminação, formando-se uma proteína, verdes lisas : 3 amarelas rugosas :
a qual será responsável por uma 1 verde rugosa.
determinada característica.
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matéria
degenético

1.2.2  Consultar a figura 19, página 103 3. Pp Ll 3 Pp Ll


do manual do aluno. Gâmetas: PL e pl.
património

1.3 1.3.1  A conclusão que se pode retirar


UNIDADE12obtenção

da comparação dos resultados PL pl


obtidos por Mendel com PL PP LL Pp Ll
os quadros de cruzamentos pl Pp Ll pp ll
elaborados nas questões
anteriores é que existe segregação Fenótipos: 75% de flores púrpura com
independente dos alelos das duas grãos longos.
UNIDADE

características. 25% de flores vermelhas com


grãos redondos.
Pág. 105 4. Os fenótipos menos abundantes serão
1. 1.1 P — flores de cor púrpura; p — flores resultado da existência de crossing-over
de cor vermelha; L — grãos de pólen na formação dos gâmetas.
longos; l — grãos de pólen redondos.
Genótipos: PP LL e pp ll. Pág. 108
1.2 Alelos dominantes — alelos para flores 1. Do cruzamento de um coelho himalaia
de cor púrpura e grãos de pólen longos. heterozigótico (chc) com um coelho albino
(cc) será de prever a seguinte descendência:
 Alelos recessivos — alelos para flores
de cor vermelha e grãos de pólen ch c
redondos. c h
cc cc
Porque os heterozigóticos da primeira c chc cc
geração manifestam as características
cor púrpura e grãos de pólen longos. 50% de coelhos himalaias (chc)
1.3 F1 Pp Ll 3 Pp Ll 50% de coelhos albinos (cc)
Gâmetas: PL; Pl; pL e pl. 2. Os progenitores, coelhos selvagens, tinham
obrigatoriamente de ser heterozigóticos,
PL Pl pL pl
sendo um Ccch e o outro Cch.
PL PP LL PP Ll Pp LL Pp Ll
Pl PP Ll PP ll Pp Ll Pp ll
pL Pp LL PP Ll Pp LL Pp Ll Pág. 116
pl Pp Ll Pp ll pp Ll pp ll 1. 1.1 Do cruzamento de um pimento amarelo
(rr CC, rr Cc) com um pimento verde
 Fenótipos: 9 flores púrpura com grãos
(rr cc) a probabilidade de nascerem
longos : 3 flores púrpura com grãos
pimentos:
redondos : 3 flores vermelhas com grãos
longos : 1 flor vermelha com grãos Vermelhos — 0%. Púrpura — 0%.
redondos  Amarelos — Se o pimento amarelo
2. Uma vez que os fenótipos parentais progenitor for rr CC, a probabilidade
aparecem em proporções diferentes do é de 100%; se o pimento amarelo
que seria de esperar, parece não existir progenitor for rr Cc, a probabilidade
segregação independente dos alelos das é de 50%.
duas características, mas que os mesmos se  Verdes — Se o pimento amarelo
encontram ligados factorialmente no mesmo progenitor for rr CC, a probabilidade é
cromossoma. Os alelos que informam para de 0%; se o pimento amarelo progenitor
a cor vermelha das flores e para os grãos de for rr Cc, a probabilidade é de 50%.
pólen redondos estarão situados no mesmo
1.2 A grande quantidade de pimentos
cromossoma. Os alelos que informam para
verdes no mercado deve-se, além
a cor púrpura das flores e para os grãos de
da preferência do consumidor, ao facto
pólen longos também estarão localizados no
de, usando-se apenas pimentos verdes
mesmo cromossoma.
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SOLUÇÕES

nos cruzamentos, como eles são duplos 1.2 O grupo sanguíneo do Daniel é AB (I AI B),
homozigóticos recessivos, produzirem só assim se justifica que da sua união
uma descendência uniforme de com Ana, de sangue O (ii), tenha nascido
pimentos verdes. um filho com sangue do tipo A (I Ai)
e uma filha com sangue do tipo B (I Bi).
Pág. 112 1.3 O Francisco é adoptado. Sendo filho de
uma mãe com sangue do tipo O (ii) e de
1. 1.1 A fêmea da Drosophila é maior e
um pai com sangue do tipo A (I Ai), não
apresenta um abdómen bicudo e listado,
tinha de quem herdar o alelo I B.
enquanto o macho é de menores
dimensões e o seu abdómen é
arredondado e com terminação escura. Pág. 133
1.2 Algumas das características 1. 1.1 a) 23
contrastantes da Drosophila são: cor do b) 44
corpo, cor dos olhos, tamanho das asas.
c) Na mulher, além dos autossomas,
1.3 Quatro pares de cromossomas. existem dois cromossomas XX,
1.4 A fêmea tem dois cromossomas X e o enquanto no homem, além dos
macho tem um cromossoma X e um Y. mesmos autossomas, existe um
cromossoma X e um Y.
Pág. 120 d) 23
1. 1.1 O alelo responsável pela característica 1.2 a) O cariótipo com um número
em estudo é recessivo, pois II-3 apresenta de cromossomas mais semelhante
a doença, sendo filho de pais saudáveis. ao da espécie humana é o da batata.
1.2 I-1 — Aa; I-2 — Aa e II-1 — aa. b) Todos os cariótipos referidos
apresentam número par de
1.3 1.3.1 O genótipo do pai é Aa, o genótipo
cromossomas, dado que todas as
da mãe é Aa e o do filho é aa.
espécies referidas se reproduzem
1.3.2  sexuadamente, pelo que têm
de possuir células diplóides,
I
que possam sofrer meiose.
1 2

Pág. 136
II
1 2 3 4 5 6 7 1. 1.1 Se as mães são afectadas, transmitem
a doença a todos os seus descendentes.
III Se a mãe não é afectada, então toda
1 2 a sua descendência é saudável. O facto
de o pai ser ou não afectado não
Pág. 127 influencia a descendência.
1. 1.1  1.2 Não. Nenhum dos mecanismos até
agora estudados permite explicar este
I modo de transmissão.
1.3 Se a responsabilidade da transmissão
da característica é exclusivamente
II
materna, teremos de concluir que os
Daniel Ana Francisco Joana
genes responsáveis por esta doença se
situam em algo com que só a mãe
III contribui. Remetendo-nos para o
João Maria momento da fecundação — verificamos
que a única célula a participar com
citoplasma é a feminina. Sabendo que
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matéria
degenético

no citoplasma existem mitocôndrias 1.6 Este fenómeno parece dar uma resposta
e que as mesmas possuem DNA — rápida de regulação da expressão dos
o DNA mitocondrial, é de concluir que genes às bactérias. Não esquecer que
património
UNIDADE12obtenção

os genes responsáveis por esta doença o ciclo de vida das bactérias é muito
se situam neste DNA. rápido e estas sofrem variações muito
bruscas do meio, tendo de responder
Pág. 137 de forma eficaz a essas mesmas

variações.
1. 1.1 750 e 1000.
UNIDADE

1.2 A afirmação está incorrecta. A 15 ºC, as Pág. 147


moscas com olhos ultrabar desenvolvem
mais facetas do que as moscas infrabar. 1. Ver mapa de conceitos da subunidade.
Na figura acontece precisamente 2. I — E; II — B; III — D; IV — F; V — A; VI — C.
o contrário, o que nos remete para 3. 3.1 O alelo dominante para esta
a certeza de que as mesmas se característica é o que codifica
desenvolveram a temperaturas mais uma audição normal. O alelo para
elevadas. a surdez é recessivo, dado que os
1.3 Como se pode concluir da experiência, animais surdos podem ter progenitores
a expressão fenotípica dos olhos em com audição normal. Apesar deste
Drosophila depende, além da fenótipo os progenitores possuem
constituição genotípica, da temperatura o alelo para a surdez, o qual não
de desenvolvimento das moscas. se manifesta, caso típico dos alelos
recessivos. 
Pág. 139 3.2 Os progenitores têm de ser ambos
heterozigóticos e o descendente, surdo
1. 1.1 b galactose permease, b galactosidades
homozigótico recessivo. Considerando
e b galactose transacetilase.
que N é o alelo que codifica a audição
1.2 A b galactose permease facilita normal e n o que codifica a surdez,
o transporte da lactose através da então o genótipo dos progenitores
membrana; a b galactosidase catalisa será Nn e o do descendente, nn.
a hidrólise da lactose em galactose
3.3 Este filhote com audição normal pode ser
e glucose; a b galactose transacetilase
NN ou Nn.
produz a alolactose.
3.3.1 U
 m dos processos para determinar
1.3 A concentração das enzimas envolvidas
se o indivíduo é homozigótico
no metabolismo da lactose é muito
dominante ou heterozigótico
variável, dependendo da existência
é cruzar este indivíduo com
ou não de lactose para degradar.
um homozigótico recessivo
A produção destas enzimas só ocorre
(retrocruzamento) e analisar a
quando a célula delas necessita,
descendência. Se nesta ocorrerem
revelando assim uma poupança de
filhotes surdos, então o genótipo
energia.
desconhecido é Nn. 
1.4 A presença da lactose parece induzir a
4. 4.1 a) Teremos de considerar a presença de
produção de enzimas envolvidas no seu
dois alelos para esta característica:
metabolismo.
V possui informação para cor vermelha
1.5 O nível destas enzimas deve decrescer. e v tem informação para cor branca.
Tal facto deve estar relacionado com a Os progenitores deste cruzamento
divisão rápida das bactérias, que, assim, são heterozigóticos Vv.
vão diluindo as mesmas enzimas pela
b) Em F1 obtemos 25% de indivíduos
descendência.
vermelhos; 50% de indivíduos rosa
e 25% de indivíduos brancos.
c) Dominância incompleta.
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SOLUÇÕES

4.2 Fenótipo: rosa; genótipo: Vv. e a outra recessiva, outros 3 em que


4.2.1  Vv 3 vv acontece a mesma coisa mas com as outras
características e apenas 1 com as duas
V v características recessivas. Isto permite-nos,
v Vv vv pela análise quantitativa da descendência,
v Vv vv interpretar quais são os alelos dominantes
e quais são os recessivos.
Na descendência, obtém-se 50% 9. Esta afirmação é verdadeira, pois como o pai
de indivíduos rosa (Vv) e 50% transmite o cromossoma X à descendência
de indivíduos brancos (vv). feminina, esta apresentará sempre a doença,
5. B pois o alelo é dominante.
6. a) Fêmea: Xw1Xw; macho: Xw1Y 10. 10.1 Alelos dominantes: informação para
b) Do cruzamento de uma fêmea de olhos plantas longas; informação para
brancos (XwXw) com um macho de estigmas verdes.
olhos vermelhos (Xw1Y), nasce uma  Alelos recessivos: informação para
descendência constituída por 50% plantas curtas; informação para
de fêmeas todas de olhos vermelhos estigmas vermelhos.
(Xw1Xw) e 50% de machos todos 10.2 Alelos: L — longo; l — curto;
de olhos brancos (XwY). V — verde; v — vermelho
c) A hereditariedade ligada ao sexo é a O cruzamento referido é: Ll Vv 3 ll vv
transmissão de características cujos
genes que as determinam se encontram Com segregação independente:
nos cromossomas sexuais (X ou Y). Gâmetas: LV, Lv, lV e lv no indivíduo
de fenótipo da geração F1 e lv para
7. 7.1 a) Os genótipos são: AA LL e aa ll o homozigótico recessivo.
b) Gâmetas: AL e al
LV Lv lV lv
c) Genótipo: Aa Ll
lv Ll Vv Ll vv ll Vv ll vv
d) Gâmetas: AL; Al; aL; al.
A — amarela; a — verde.  Fenótipos: 25% longo verde; 25%
longo vermelho; 25% curto verde e 25%
L — lisa; l — rugosa. curto vermelho.
7.2   Ligados factorialmente: Gâmetas:
LV e lv no indivíduo de fenótipo igual
AL Al aL al
ao da geração F1.
AL AA LL AA Ll Aa LL Aa Ll
Al AA Ll AA ll Aa Ll Aa ll lv para o homozigótico recessivo.
aL Aa LL Aa Ll aa LL aa Ll
LV lv
al Aa Ll Aa ll aa Ll aa ll
lv Ll Vv ll vv
Fenótipos: 9 sementes amarelas lisas :
 Fenótipos: 50% longo verde; 50%
3 sementes amarelas rugosas :
curto vermelho.
3 sementes verdes lisas : 1 semente
verde rugosa.  Com base nestes resultados, podemos
dizer que os alelos de tamanho longo
8. Como os alelos dominantes se expressam
e cor verde estão localizados no
tanto em homozigotia como em heterozigotia,
mesmo cromossoma, tal como estarão
aparecem em maior número. Do cruzamento
ligados factorialmente os alelos
de dois indivíduos duplamente heterozigóticos,
tamanho curto e cor vermelha.
surge uma descendência em que, em cada
Os fenótipos recombinantes que são
16 indivíduos 9 apresentam as duas
obtidos no resultado apresentado
características fenotípicas dominantes,
serão provenientes de crossing-over
3 apresentam uma característica dominante
na formação dos gâmetas.
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matéria
degenético

11. 11.1 O alelo recessivo é o que codifica 12.1.2 P lanta amarela (aa bb) 3 planta
a cor escura, dado que esta laranja heterozigótica (aa Bb).
característica aparece na
património
UNIDADE12obtenção

descendência de progenitores que ab ab


não a apresentam. Apesar de não aB aa Bb aa Bb
a manifestarem, os progenitores ab aa bb aa bb
possuem o alelo, logo, se este está
presente e não se manifesta, é 50% da descendência será
recessivo. laranja (aa Bb) e os outros
50% será amarela (aa bb).
UNIDADE

11.2 Podia ser considerado um


retrocruzamento, dado que estamos 12.2 A
a cruzar um indivíduo com fenótipo 13. 13.1 A — Como se pode analisar na figura
dominante com um duplo recessivo. do cruzamento dos indivíduos
11.3 Os progenitores do cruzamento C são: III-11 e III-12, ambos doentes,
rato amarelo (AyA) e rato amarelo (AyA). nascem dois filhos saudáveis:
IV-15 e IV-17. Ambos os
Ay A progenitores possuíam o alelo
Ay
Ay Ay Ay A que codifica a ausência de doença
A Ay A AA e transmitiram-no à descendência.
Apesar de possuírem o alelo para
25% de indivíduos amarelos (AyAy) a saúde, os indivíduos são
50% de indivíduos amarelos (AyA) doentes, o que quer dizer que
são heterozigóticos. O alelo que
25% de indivíduos escuros (AA) se manifesta em heterozigotia,
Como os indivíduos AyAy morrem, neste caso o que codifica a
resta uma descendência constituída doença, é o alelo dominante.
por 2/3 de ratos amarelos e 1/3 de B — C
 omo o alelo é dominante se se
ratos escuros. situa no cromossoma X, então
11.4 Nos trabalhos de Mendel, quando todos os pais doentes teriam
se estudava uma característica da todas as suas filhas doentes
responsabilidade de um par de alelos (dado que estas herdarão do pai
em que um era dominante e outro o único cromossoma X que este
recessivo, sempre que se cruzavam possui — o X doente). Isso não se
dois heterozigóticos obtinha-se uma verifica, por exemplo em relação
proporção típica de 3 : 1, sendo ao pai III-2, que tem duas filhas
os primeiros os indivíduos que saudáveis IV-1 e IV-6.
manifestam a característica dominante C — Se o gene se situasse no
e os segundos os que manifestam cromossoma Y, afectaria apenas
a característica recessiva. Neste os homens. Como se pode ver
cruzamento, os resultados são na árvore genealógica, existem
de 2 : 1, o que só pode ser justificado muitas mulheres doentes.
considerando que o alelo dominante,
quando em homozigotia, é letal, D — O facto de o indivíduo I-1 ter
levando à morte 1/4 da descendência. filhos saudáveis (homozigóticos
recessivos) implica que tenha de
12. 12.1 12.1.1 a) Rosa: AA BB, Aa BB; AA Bb possuir obrigatoriamente o alelo
ou Aa Bb que determina a ausência de
b) Laranja: aa BB ou aa Bb doença.
c) Amarela: aa bb

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SOLUÇÕES

14. 14.1  1.3 Se ocorrerem alterações na posição de


bases, introdução de uma nova base ou
I extracção de uma base, ir-se-ão formar
1 2 proteínas diferentes das originais.

II Pág. 160

1 2
1. 1.1 Dois cromossomas.
III 1.2 O ovo possuiria 5 cromossomas:
1 3 homólogos 1 2 homólogos de outro
par.
14.2 a) 50%.
1.3 Trissomia.
b) 0%.
1.4 Formar-se-ia um ovo com
c) 50%. 3 cromossomas: 1 par de homólogos
d) 0%. e um único representante de outro
15. 15.1 C suposto par.

15.2 Todas as filhas de homens afectados 1.5 Monossomia.


são afectadas e metade dos filhos das
mulheres afectadas são afectados. Pág. 167
15.3 B 1. 1.1 As enzimas de restrição permitem isolar
genes, abrindo a possibilidade para
16.
a sua manipulação.
I 1.2 A aplicação de enzimas de restrição
Doentes Ss Ss a moléculas de DNA com diferentes
Saudáveis origens permite que existam extremidades
II coesivas complementares, o que
Ss/ ss Ss/ Ss ss facilitará a sua fusão; isto é, as enzimas
SS SS
de restrição permitem a formação
de DNA de origens múltiplas.
ss

Pág. 183
17. 17.1 X
 — gene promotor; Y — gene
operador; Z — genes estruturais; 1. Ver mapa de conceitos da subunidade.
R — repressor e I — indutor. 2. 2.1 IV
17.2 C 2.2 B
17.3 A
 alternativa correcta é a B. I é uma 3. A — V; B — V; C — F; D — V; E — F; F — F;
molécula que induz a expressão do G — F; H — F; I — V.
operão. Na sua presença, o operão
4. Quando a mutação é silenciosa,
transcreve os genes que irão produzir
o aminoácido, codificado pelo codão inicial
enzimas envolvidas na degradação de I.
e pelo novo, é o mesmo; por isso, não existe
17.4 D expressão fenotípica da mutação.
5. 5.1 A
Pág. 153
5.2 C
1. 1.1 Exemplo: NU MCÉ USE MSO LNE
6. 6.1 B
MLU ANÃ OVÊ SCO R
6.2 Esta afirmação é falsa. Ao produzir DNA
1.2 A única frase que tem sentido é a
a partir de mRNA, como este já sofreu
original.
maturação, não transcreve alguns
genes, os relativos aos intrões, não
ficando estes disponíveis para estudar.
P A R TE 2    G U I Ã O D O P RO FE S S O R 85

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matéria
degenético

7. A — P romove a ligação entre os nucleótidos 3. Os OGM, não conseguindo criar genes
de duas moléculas de DNA. novos, conseguem criar novas misturas;
património

B — Promove a formação de DNAc a partir isto é, criar indivíduos que nunca existiram
UNIDADE12obtenção

de uma cadeia de RNA. e cujo impacto nos ecossistemas é,


à partida, desconhecido.
C— Promove a quebra da molécula de DNA,
em pontos específicos. 4. Resposta livre.

D — P romove a síntese de uma cadeia de


DNA, a partir de outra preexistente. TESTE de avaliação 2
UNIDADE

CTSA 1. 1.1 I — A; II — C; III — C; IV — B; V — A;


1  DOC. VI — B; VII — A; VIII — A.
2. 2.1 Co-dominância.
Pág. 186
2.2.1 Nos indivíduos heterozigóticos,
1. A descodificação do genoma humano veio
ambos os genes se expressam
permitir não só a identificação de doenças
fenotipicamente, isto é, existem
declaradas ou potenciais em indivíduos que
pêlos de ambas as cores.
poderão não as manifestar, mas também
abriu portas para a terapia génica. 2.2 V — pêlo vermelho; v — pêlo branco.
2. A descoberta do DNA e a sua associação Cavalos vermelhos VV; cavalos brancos
à localização da informação genética vv e cavalos ruão Vv.
possibilitou o avanço da Engenharia 2.3 Os animais ruão produzem dois tipos
Genética. Esta nova ciência, pela capacidade de gâmetas: V e v.
de isolar, manipular e transferir genes entre
2.4 Vv 3 Vv
indivíduos, vem possibilitar a transformação
de características de seres vivos não só V v
a uma velocidade incomparável com V VV Vv
a da evolução biológica, mas também v Vv vv
ultrapassando barreiras respeitadas pela
evolução — a barreira da espécie. 25% de indivíduos vermelhos (VV)
Os produtos da Engenharia Genética estão
50% de indivíduos ruão (Vv)
a colocar ao dispor da Humanidade novas
formas de encarar, resolver e, quem sabe, 25% de indivíduos brancos (vv)
criar problemas que terão necessariamente 3. 3.1 R — corpo redondo; r — corpo oval;
impacto na sociedade. C — antenas curtas; c — antenas longas.
3. Resposta livre. Genótipos: A — RR cc; B — rr CC;
F1 — Rr Cc
CTSA
2  DOC.
rc
rc
rr cc
rc
rr cc
rc
rr cc
rc
rr cc
Pág. 187
1. Os OGM estão a ser produzidos e a intervir 3.2 Rr Cc 3 rr cc
a vários níveis, nomeadamente: na Resultados: 25% de corpo redondo
protecção ambiental, na alimentação, na de antenas curtas; 25% de corpo
Medicina e na guerra biológica. redondo de antenas longas;
2. Conseguem transferir genes entre 25% de corpo oval de antenas curtas
indivíduos de espécies diferentes, o que e 25% de corpo oval de antenas longas.
antes nunca tinha ocorrido de um modo Este cruzamento chama-se cruzamento-
natural com sucesso. -teste.

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SOLUÇÕES

3.3 Os animais não são exactamente iguais mesmos genes nas mesmas posições.
a nenhum dos progenitores, porque A expressão de algumas características
os alelos dominantes não se encontram tornar-se-á impossível.
em conjunto no mesmo progenitor, 7. D
o insecto A apresenta os alelos
dominantes para a forma do corpo, 8. A — C — B — D.
enquanto o insecto B apresenta os 9. 9.1 Técnica do PCR.
alelos dominantes para o tamanho das 9.2 Esta técnica pode ser aplicada para
antenas. determinação da paternidade, ou em
4. 4.1 Hereditariedade ligada ao cromossoma casos de Medicina Forense.
sexual Y, pois todos os filhos de homens 9.3 A — F; B — V; C — V; D — F; E — F;
afectados apresentam o mesmo fenótipo. F — F; G — F; H — V.
5. 5.1 A — V; B — F; C — F; D — F; E — V; 9.4 Um dos problemas iniciais, quando se
F — V; G — V; H — V. começou a usar esta técnica, tinha que
6. 6.1 Translocação. ver com a destruição da DNA
6.2 Crossing-over. polimerase em todos os ciclos.
A desnaturação do DNA exige
6.3 O enunciado refere a metáfase I temperaturas que desnaturam
e a prófase I, que são fenómenos irreversivelmente a maior parte das
que ocorrem na meiose (durante enzimas. Desta forma, após cada ciclo
a formação de gâmetas). Além disso, tinha de se recolocar nova DNA
as translocações ocorrem durante polimerase. Isto fazia com que o
o crossing-over, fenómeno da meiose. processo fosse mais moroso, mais caro
A meiose é um processo envolvido e pudesse levar a contaminações.
na produção de gâmetas e, como tal, A taq polimerase, extraída de bactérias,
as alterações nas suas células finais, termófilas tem temperaturas óptimas
a revelarem-se, irão causar mutações muito elevadas e não desnatura durante
ao nível dos gâmetas. os ciclos de PCR. Desta forma, os ciclos
6.4 Os cromossomas «homólogos» deixam podem repetir-se sem haver
de o ser verdadeiramente, dado que necessidade de os interromper.
deixam de ser constituídos pelos

Notas do professor

P A R TE 2    G U I Ã O D O P RO FE S S O R 87

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Nome: N.o: Turma: Data:
dedoenças
matéria

Actividade de ampliação
ELISA — um exemplo
obtençãode

de imunoensaio
UNIDADEe1controlo

Introdução
UNIDADE 3 imunidade

Os imunoensaios são processos que permitem


detectar antigénios, utilizando anticorpos marcados Adição de anticorpos anti-A
ligados covalentemente à enzima
com fluorescência, radioactividade ou até enzimas.
Com base em fundamentos básicos da imunologia,
que explicam a reacção antigénio-anticorpo, deduziu-se
que a mistura de antigénios com anticorpos marcados
permite a localização dos primeiros, distinguindo-os,
assim, de outros para os quais aquele anticorpo não é
específico.
Amostra 1 Amostra 2
A análise de resultados é feita de diversas formas (antigénio A) (antigénio B)
consoante a marcação utilizada (observação ao micros-
cópio de fluorescência, contador de radiações ou Lavagem do anticorpo não utilizado
espectrofotometria).
Alguns anticorpos marcados com enzimas desen-
volvem um produto corado na presença de um substrato
incolor. É o caso do método ELISA (Enzyme-Linked-
ImmunoSorbent Assay — ensaio imunoadsorvente com
enzima ligada) utilizado no diagnóstico da SIDA. Foi
graças aos anticorpos monoclonais específicos para
os epítopos do vírus VIH e por aplicação do método
ELISA que se conseguiu, em tempo recorde na história
A enzima produz produto
da infecciologia, um teste eficaz para a detecção deste colorido a partir do substrato incolor
vírus.
Neste método, anticorpos específicos para o antigé-
nio A são ligados a enzimas e adicionados aos antigénios
que se encontram aderentes a uma superfície plástica.
Após lavagem, é possível detectar qual das amostras
continha o antigénio A, para o qual o anticorpo é espe-
cífico, já que ocorre uma reacção que causa mudança
de cor quando a enzima se liga a um substrato incolor.
Medição da absorvância
Através da utilização de um espectrofotometro, é da luz pelo produto colorido
possível a leitura do conteúdo do recipiente com a
amostra que possui o antigénio em pesquisa. Fig. 1 Esquema simplificado do método ELISA.

Discussão
1. Por que razão a detecção do vírus VIH não pode ser feita de maneira simples por observação
de amostra de sangue ao microscópio?

2. Qual é a vantagem da utilização dos anticorpos monoclonais?

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Nome: N.o: Turma: Data:

Actividade de ampliação
Genética reversa

Introdução
Na abordagem clássica, a Genética baseava-se no estudo dos fenótipos, nas características dos mutantes
e nos resultados de cruzamentos para chegar à identificação e localização dos genes. No entanto, a Engenharia
Genética permitiu aplicar a técnica do DNA recombinante e do DNA complementar, entre outras, e actualmente
existe um novo método de pesquisa em Genética: a genética reversa. Já é possível começar pelo estudo do
gene para chegar à proteína que este codifica, o que tem a vantagem de não haver necessidade de encontrar
a característica fenotípica para descobrir o gene.
Este processo de investigação tem aplicações de grande utilidade, como seja, a pesquisa de doenças
genéticas, tal como a seguir se refere.
A distrofia muscular de Duchenne é uma doença genética humana que se manifesta, geralmente, pela
primeira vez em meninos com idade entre três e sete anos. É provocada por uma mutação num gene
pertencente ao cromossoma X que é responsável pela produção da distrofina, proteína fundamental para a
manutenção do equilíbrio nas fibras musculares. O gene mutante é recessivo e não leva à síntese da proteína.
A distrofina é produzida pelo maior gene conhecido, medindo 2,5 Mb (0,1% do genoma humano). O locus
genético é Xp21 e possui 79 exões, produzindo uma proteína com mais de 3500 aminoácidos.
Sabendo qual é o gene em que pode ocorrer esta mutação e que gera a anomalia, este pode ser isolado
e, a partir daí, poder-se-á chegar ao conhecimento da proteína por este codificada.
Realmente, conhecendo a sequência nucleotídica do gene, é possível deduzir a sequência de aminoácidos
da proteína que se iria formar a partir deste. Posteriormente, podem ser sintetizados péptidos que representem
partes daquela sequência que, se forem aplicados em cobaias, irão desencadear a formação de anticorpos.
A partir da obtenção do anti-soro, há que proceder ao isolamento (por exemplo, por afinidade cromatográfica) e
purificação dos anticorpos.
Se os anticorpos forem marcados com radioactividade, é mais fácil acompanhar o seu percurso quando
estão em contacto com células e determinar nestas a presença ou ausência da distrofina.
Assim, nas células normais, em que o gene não sofreu alteração, é encontrada a proteína, pois surge
fluorescência quando o anticorpo se liga a esta. Nas células de um indivíduo doente não surge fluorescência,
pois o anticorpo não encontra a proteína que não foi fabricada por o gene ser mutante.
Criança Crianças
A doente saudáveis B C

Os anticorpos detectam a distrofina


Injecção de sequências peptídicas normal nas células dos indivíduos
A análise genética permitiu a identificação da distrofina normal e produção saudáveis, mas não em células afectadas.
de um gene que causa a distrofia muscular. de anticorpos antidistrofina.

Discussão
1. Analise a figura e refira se algum dos progenitores manifesta a doença. Justifique a sua resposta.

2. Por que razão a irmã da criança doente não apresenta a doença?

3. Apresente algumas vantagens da aplicação da referida técnica.


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Nome: N.o: Turma: Data:
dedoenças
matéria

TESTE DE AVALIAÇÃO 3
obtençãode
UNIDADEe1controlo

1. Os macrófagos são células que desempenham funções fundamentais na defesa imunitária.
Podem apresentar movimentos amebóides usando pseudópodes (protuberâncias da membrana
plasmática) e possuem uma quantidade extraordinária de lisossomas portadores de enzimas
hidrolíticas.
1.1 Seleccione a opção que completa correctamente a afirmação que se segue.
Os macrófagos são células que se diferenciam a partir de (…), têm um papel activo durante a
UNIDADE 3 imunidade

(…) devido à sua capacidade de efectuarem (…).


  A — neutrófilos […] resposta inflamatória […] quimiotaxia
  B — monócitos […] resposta inflamatória […] fagocitose
  C — linfócitos […] imunidade celular […] apresentação de antigénios
  D — monócitos […] sistema complemento […] opsonização
1.2 Relacione as características morfológicas dos macrófagos com a função por eles desempenhada.

1.3 Comente a afirmação seguinte.


Os macrófagos têm um papel activo quer na imunidade não específica quer na imunidade específica.

1.4 Seleccione as opções que completam correctamente a afirmação seguinte.


Tal como os macrófagos …
  A — …, os neutrófilos também fazem fagocitose.
  B — …, as células NK também são linfócitos.
  C — …, as células dendríticas são apresentadoras de antigénios aos linfócitos T.
  D — …, os basófilos também participam na resposta inflamatória.
  E — …, os plasmócitos são capazes de produzirem anticorpos.

2. Existe uma cooperação intensa entre os vários componentes do sistema imunitário, tal como
pode ser visto na figura seguinte.

Moléculas

Anticorpos

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TESTE DE AVALIAÇÃO

2.1 Sobre a célula X foram feitas três afirmações. Analise-as e seleccione a opção que melhor as define.
I. Amadureceu no timo.
II. Tem uma vida muito longa.
III. Produz anticorpos.
  A — Todas as afirmações são verdadeiras.
  B — Apenas a afirmação I é verdadeira.
  C — Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
  D — Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
  E — Nenhuma das afirmações é verdadeira.
2.2 Com base na análise da figura, justifique as afirmações seguintes, que se referem aos anticorpos
representados:
A — Os anticorpos pertencem à classe IgA.

B — A sua capacidade de aglutinação e de precipitação é grande.

2.3 Seleccione a opção que completa correctamente a afirmação seguinte.


Os anticorpos são (…) produzidas pelos (…), sempre que estes reconheceram um (…) específico.
  A — […] células […] linfócitos B […] antigénio
  B — […] proteínas […] plasmócitos […] anticorpo
  C — […] imunoglobulinas […] plasmócitos […] antigénio
  D — […] proteínas […] linfócitos T […] determinante antigénico

3. Leia com atenção o texto seguinte e responda às questões.

Os linfócitos NK constituem uma população heterogénea de linfócitos


citotóxicos e produtores de citocinas, com um papel crucial na regulação
de respostas imunes inatas e adquiridas. A activação de linfócitos NK
resulta na secreção de citocinas que regulam respostas imunológicas
inatas (por exemplo, fagocitose) e adquiridas (por exemplo, diferenciação
de linfócitos T e B), e na eliminação de células-alvo através de processos
citotóxicos, que podem envolver a produção de grânulos citotóxicos, assim
como a agregação de receptores que induzem a morte celular.

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dedoenças
matéria

3.1 Classifique as afirmações seguintes, referentes às células NK, como verdadeiras (V) ou falsas (F).
  A — São linfócitos.
obtençãode

  B — Participam indirectamente na fagocitose.


UNIDADEe1controlo

  C — Destroem células porque produzem anticorpos.


  D — Participam exclusivamente na resposta imunitária específica.
  E — Quando estimuladas produzem citocinas, que destroem apenas um tipo de antigénio.
  F — São produzidas no timo.
UNIDADE 3 imunidade

  G — Podem induzir a apoptose.


  H — Permitem a comunicação entre várias agentes efectores do sistema imunitário.
3.2 Sobre determinados mecanismos de defesa foram feitas três afirmações. Analise-as e seleccione
a opção que melhor as define.
I. Os anticorpos produzidos pelos plasmócitos são incapazes de destruir directamente os antigénios.
II. Os macrófagos e os neutrófilos destroem directamente os agentes patogénicos.
III. As células NK destroem directamente os agentes patogénicos.
  A — Todas as afirmações são verdadeiras.
  B — Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
  C — Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
  D — Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
  E — Nenhuma das afirmações é verdadeira.
3.3 Enumere situações que evidenciem a afirmação seguinte.
As respostas imunitárias específicas e não-específicas estão intimamente associadas.

4. Uma cobaia I (estirpe A) recebeu um transplante de rim de uma cobaia II (estirpe B).
4.1 Qual será a evolução do rim transplantado? Justifique a sua resposta.

4.2 A cobaia I foi medicada com drogas imunossupressoras. Qual terá sido a evolução provável do rim
transplantado?

4.3 Passado algum tempo foram diagnosticados à cobaia I vários tumores. Refira as causas deste facto.

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TESTE DE AVALIAÇÃO

5. Analise atentamente o gráfico da figura seguinte, que representa a variação de anticorpos (em
unidades hipotéticas) e responda às questões.

104

102

A C

0
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7
X Dias Y Dias
Intervalo de tempo (talvez anos)

5.1 Utilize a letra do gráfico (A, B ou C) que melhor se adapta a cada uma das afirmações.
  I. Produção de anticorpos após uma primeira exposição ao vírus da varicela.
  II. A Maria, que o ano passado teve varicela, esteve a brincar com o primo que está com
rubéola, doença que ela nunca teve.
  III. Variação do teor de anticorpos anti-rubéola no organismo da Maria.
  IV. Variação da quantidade de anticorpos anti-rubéola no organismo do João, que também
esteve a brincar com a Maria e com o primo, e que há dois anos teve essa doença.
  V. Variação da quantidade de anticorpos anti-rubéola no organismo da Luísa, que também
esteve a brincar com a Maria e com o primo, e que apesar de nunca ter tido a doença, o
ano passado foi vacinada contra a rubéola.
5.2 Compare as respostas representadas no gráfico pelas letras A e C e justifique o traçado do gráfico.

5.3 Compare as respostas representadas no gráfico pelas letras A e B e justifique o traçado do gráfico.

5.4 Enumere duas propriedades da imunidade específica que possam ser deduzidas a partir da
análise do gráfico.

6. Analise as seguintes afirmações e seleccione a opção que melhor as classifica.


I. As doenças auto-imunes verificam-se quando o sistema imunitário reconhece como estranhas as
células do próprio organismo.
II. Só existem doenças auto-imunes mediadas por anticorpos.
III. A doença do VIH é uma doença auto-imune.
  A — Todas as afirmações são verdadeiras.
  B — Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
  C — Apenas a afirmação I é verdadeira.
  D — Apenas a afirmação II é verdadeira.
  E — Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
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dedoenças
matéria

7. A figura representa uma técnica, actualmente muito usada em biotecnologia.


7.1 Utilize a lista de termos que se segue para A
obtençãode

construir a legenda da figura.


UNIDADEe1controlo

• Antigénio.
• Anticorpo policlonal.
• Mieloma.
• Linfócito T.
• Plasmócito.
UNIDADE 3 imunidade

C
• Anticorpo monoclonal. B

• Hibridoma.
• Linfócito B.
A — D
B —
C —
D—
E—
7.2 Que tipo de relação é possível estabelecer
entre A e C?

7.3 Refira duas propriedades da estrutura D,


que as tornem competentes para a técnica
ilustrada na figura.

7.4 Enumere as duas utilizações actuais da estrutura E.

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c rit é rios de c orre c ção

Critérios de correcção

Actividade laboratorial
Simulando a determinação do grupo sanguíneo do sistema ABO
Pág. 219

Identifica a teoria

Sistema ABO

0 — Não define a teoria.


1 — Não define correctamente a teoria.
2 — Define correctamente a teoria.

Identifica os PRINCÍPIOS relevantes para a resolução da questão central

— A aglutinação das hemácias resulta da reacção aglutinogénio-aglutinina.


— O soro anti-A possui aglutininas anti-A.
— O soro anti-B possui aglutininas anti-B.

0 — Não define princípios.


1 — Define princípios não pertinentes.
2 — Define princípios não pertinentes e princípios pertinentes.
3 — Apresenta todos, e apenas, os princípios pertinentes.

Identifica os CONCEITOS relevantes para a resolução da questão central

Gene, locus, alelo, alelos múltiplos, aglutinina, aglutinogénio, antigénio, anticorpo, sangue, plasma, hemácia, soro.

0 — Não define conceitos.


1 — Define conceitos não pertinentes e conceitos pertinentes.
2 — Define a maior parte dos conceitos pertinentes. Pode apresentar um ou outro conceito não pertinente.
3 — Apresenta todos, e apenas, os conceitos pertinentes.

REGISTA RESULTADOS

soros Soro anti-a Soro anti-B Soro anti-aB

simulador A X -- -- X reacção
de aglutinação
--
simulador B X -- -- n ão ocorreu reacção
de aglutinação
simulador AB X X X
--
simulador 0 -- --

0 — Não regista observações.


1 — Regista apenas observações incompletas.
3 — Regista observações completas e algumas estão correctas.
5 — Regista observações completas e todas correctas.

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dedoenças
matéria

organiza a discussão

— Justifica os resultados obtidos, relacionando-os com os constituintes sanguíneos que determinam o sistema
obtençãode

ABO, relacionando-os com os antigénios das hemácias e os anticorpos do plasma.


UNIDADEe1controlo

0 — Não apresenta discussão.


1 — Apresenta justificações incompletas.
3 — Apresenta justificações completas, estando algumas incorrectas.
5 — Apresenta justificações completas e todas correctas.

retira conclusões relevantes para a resolução da questão


UNIDADE 3 imunidade

— Retira conclusões relevantes e completas

0 — Não retira conclusões.


1 — Retira conclusões erradas e correctas.
3 — Retira a maior parte das conclusões correctas. Pode apresentar um ou outro erro.
5 — Retira todas, e apenas, as conclusões correctas.

Rigor e clareza de conceitos científicos

0 — Não apresenta linguagem científica.


1 — Apresenta linguagem científica clara, apresentando alguns erros.
2 — Apresenta linguagem científica clara e sem qualquer erro.

Competência da comunicação em Língua Portuguesa

0 — Composição sem estruturação, com erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia, com perda frequente de sentido.
1 — Composição razoavelmente estruturada, com alguns erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia, sem perda de sentido.
2 — Composição bem estruturada, sem erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia. Pode apresentar erros esporádicos
que não impliquem perda de sentido.

Notas do professor

96 P A R TE 2    G U I Ã O DO PR OFES S OR

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MAPA DE CONCEITOS

Mapa de conceitos
3.1— Sistema imunitário

sistema imunitário

constituído por é responsável pelos pode apresentar

Mecanismos Disfunções
de defesa
Órgãos Células
linfóides
podem ser

Linfócitos
Não-específicos Específicos
(inata) (adquirida)
Primários Alergias Hipersensibilidade
de contacto

B
Secundários
Barreiras Humoral Doenças Imunodeficiências
auto-imunes
T
podem ser
Secreções Celular por exemplo

NK
Flora normal Congénitas
Glomerulonefrite
Plasmócitos
Fagocitose Adquiridas
Diabetes
Monócitos
Resposta
inflamatória Artrite reumatóide
Macrófagos

Febre
Neutrófilos

Sistema
Células complemento
dendríticas

Interferão
Basófilos

Células NK
Eosinófilos

Mastócitos

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dedoenças
matéria

Mapa de conceitos
3.2— Biotecnologia no diagnóstico e na terapêutica de doenças
obtençãode
UNIDADEe1controlo

Biotecnologia

utiliza utiliza aplica-se em


UNIDADE 3 imunidade

Seres vivos ou
os seus produtos Agricultura,
Engenharia Ciências Naturais
pecuária
para
e alimentação
que pode ser como, por exemplo,

Obtenção Ambiente
de substâncias e poluição
úteis ao Homem
Informática Biologia Molecular

Bioenergias
Genética Biologia Celular

Medicina e saúde
Química Genética
para

Imunologia Diagnóstico
e terapêutica
de doenças

através de

Anticorpos Enzimas Sondas Produção Biomateriais Bioconversão


monoclonais de restrição de substâncias

utilizando
aplicados em como
aplicados em
Microrganismos

Tumores Diagnóstico Insulina


de doenças na produção de
genéticas
Doenças Factor VIII
auto-imunes anti-hemofílico
Antibióticos

Transplantes Factor
de crescimento Vacinas

Testes
de gravidez Esteróides

Venenos Vitaminas

98 P A R TE 2    G U I Ã O DO PR OFES S OR    M a t e r i a l F otoc o p i á v el © S a nt i l l a na

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SOLUÇÕES

Soluções

MANUAL 1.2 Estes anticorpos existem em secreções


corporais que são eliminadas do
Unidade 3 organismo.
1.3 São segregados por plasmócitos
Pág. 190 da pele e mucosas gastrointestinais
A — F; B — V; C — V; D — F; E — F; F — V; G — V; e vias respiratórias.
H — V; I — F; J — F. 1.4 IgE.
1.5 No leite materno, existe IgA, que vai
Pág. 202 assim passar para o organismo do
1. 1.1 Através de um estímulo indicador lactante, ajudando na sua protecção.
da presença de agentes infecciosos,
ocorre uma activação em cascata das Pág. 218
várias proteínas complementares.
1. 1.1 Podemos avançar com a hipótese de
1.2 As proteínas complemento fazem o agente da varíola bovina ser o mesmo
aumentar a permeabilidade capilar ou muito semelhante ao da varíola
e funcionam como substância humana, e que o organismo estaria
quimiotáxica; formam poros nas assim protegido, pois possuiria células-
membranas das células invasoras, -memória para esse agente.
que põem em risco a integridade
1.2 Poderia isolar-se os agentes infecciosos
das mesmas; ligam-se aos
e fazer experimentação em animais.
microrganismos, marcando-os,
facilitando a sua identificação pelos 1.3 A infecção com varíola bovina causa
fagócitos. imunização para a varíola humana.
1.3 Pode afirmar-se que o sistema 1.4 Resposta livre e sujeita a debate
complemento trabalha de forma na turma.
colaborativa, pois observa-se a
colaboração do sistema complemento Pág. 220
com fagócitos.
1. 1.1 Mãe — Rh-; fetos — Rh+.
1.2 Por exemplo, uma anterior transfusão
Pág. 204
sanguínea com sangue Rh+ ou a
1. 1.1 A possível origem do RNA de dupla passagem de hemácias do feto para
cadeia poderá ser uma infecção viral. o corpo materno durante o parto.
2. O interferão poderá ter um papel activo 1.3 Os anticorpos anti-Rh podem passar
na defesa contra os vírus, promovendo durante a gravidez, através da placenta,
o ataque a estes agentes infecciosos. para o feto.
1.4 O feto poderá morrer.
Pág. 208 1.5 Não haverá qualquer consequência nem
1. O plasmócito tem o retículo endoplasmático para o feto, nem para a mãe.
rugoso muito desenvolvido, o que está de 1.6 Os grupos sanguíneos que poderão ser
acordo com a sua função, que é a formação utilizados são ARh- e 0Rh-, pois são os
de anticorpos (moléculas proteicas). únicos compatíveis: ARh- é igual ao da
senhora e 0Rh- é o dador universal que
Pág. 210 não tem qualquer tipo de antigénios
nem do sistema AB0 nem do sistema
1. 1.1 IgG e IgM.
Rhesus.

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dedoenças
matéria

Pág. 231 7. 7.1 A flora normal pode ser associada


1. 1.1 Os elementos das análises do indivíduo aos mecanismos de defesa, pois estes
obtençãode

1 que estão em desequilíbrio são microrganismos transformam ou


produzem substâncias que inibem
UNIDADEe1controlo

os eosinófilos, os linfócitos,
a imunoglobulina E total. o crescimento de outros que podem
ser nocivos, competindo com estes pelo
1.2 O médico pretende investigar se este alimento.
indivíduo possui alergias.
7.2 Os antibióticos, em especial os de largo
1.3 Da interpretação dos resultados, espectro, matam indiscriminadamente
podemos concluir que este indivíduo
UNIDADE 3 imunidade

microrganismos que podem ser


apresenta um quadro alérgico, pois benéficos para a saúde e que nos
apresenta um número de imunoglobulinas ajudam a proteger de microrganismos
maior do que o valor de referência nocivos, pelo que o nosso organismo
(normal) e também um número pode ficar sujeito a infecções ou
de eosinófilos maior do que doenças oportunistas.
o normal.
8. 8.1 A
2. 2.1 O que está a ser pesquisado nas
análises serológicas do indivíduo é a 8.2 Esta proteína sequestra o ferro,
presença de anticorpos anti-VIH1 elemento essencial para o crescimento,
e anti-VIH2, e ainda os valores dos sem o qual, por exemplo, as bactérias
linfócitos T4 e T8. não podem sobreviver, eliminando
as bactérias que entram por via oral.
2.2 Os valores que revelam desequilíbrio
são os valores dos leucócitos (total), 9. 9.1 D
sendo que os linfócitos T4 (CD4) estão 9.2 Reconhecimento e marcação dos
em quantidade inferior aos valores de antigénios para posterior fagocitose.
referência e os linfócitos T8 (CD8) 9.3 I — C; II — D; III — A; IV — B; V — C;
apresentam valores superiores aos VI — C; VII — D; VIII — A.
valores de referência.
10. B
2.3 Com base nos resultados das análises
do indivíduo 2, podemos concluir que 11. Quando combateu o agente infeccioso
este indivíduo está infectado com o VIH, da rubéola, a Francisca formou no seu
pois apresenta anticorpos anti-VIH1 organismo células-memória, que, no
e linfócitos T4 inferiores ao normal. segundo contacto com o agente infeccioso,
combateram de uma forma mais eficaz
Pág. 233
e rápida a doença, não permitindo que

Francisca a desenvolvesse.
1. Ver mapa de conceitos da unidade.
12. 12.1 No Inverno, a temperatura ambiente é
2. O termo B, porque os anticorpos pertencem mais baixa, o que permite que o vírus
à resposta imunitária específica, enquanto tenha o seu envólucro constituído por
os outros termos dizem respeito à resposta moléculas de gordura rígida e resistente,
imunitária não- específica. conseguindo permanecer fora do
O termo IV, porque o timo é um órgão linfóide corpo humano sem sofrer alterações.
primário, enquanto os outros termos dizem As temperaturas elevadas impedem
respeito a órgãos linfóides secundários. que a membrana do vírus fique
espessa.
3. E; B; D; A; C.
12.2 A técnica utilizada foi a ressonância
4. A — F; B — V; C — V; D — F; E — V; F — V;
magnética.
G — F; H — V.
5. A — III; B — II; C — I; D — V; E — IV; F — VI.
6. D

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SOLUÇÕES

12.3 Esta frase é parcialmente verdadeira Pág. 247


e parcialmente falsa, pois o interferão 1. Ver mapa de conceitos da unidade.
é o mecanismo de defesa que se
desencadeia sempre que há um 2. C
ataque de vírus, mas como actua 3. A
da mesma forma qualquer que seja 4. 4.1 1 — linfócito B; 2 — mieloma;
o vírus, está incluído nos mecanismos 3 — hibridoma; 4 — anticorpos
de defesa não específicos. policlonais; 5 — antigénio;
12.4 As pessoas podem prevenir-se contra 6 — anticorpos monoclonais.
esta infecção tomando uma vacina 4.2 A — V; B — F; C — F; D — F; E — V;
que deve ser inoculada antes do F — V; G — V; H — F.
Inverno, para o organismo se preparar
contra o vírus. 4.3 Os anticorpos monoclonais são
utilizados na detecção e tratamento
13. 13.1 A — F; B — V; C — F; D — V; E — V; de tumores e em testes de gravidez.
F — F; G — V; H — V.
13.2 Poderemos admitir que os casos de CTSA
papeira irão aumentar, pois o vírus
não está erradicado, existe e pode 1  DOC.
propagar-se, com todas as Pág. 250
consequências que daí possam advir. 1. Não existe nenhum tratamento que elimine
o vírus em si, verificando-se a existência de
Pág. 237 mais de 100 diferentes papilomavírus para
1. a) O
 s linfócitos a, b, F e G. esta patologia.

b) Quatro tipos de anticorpos. 2. O rastreio é essencial, porque detecta


alterações nas células numa fase precoce,
c) Com quatro determinantes antigénicos. permitindo que se evite a progressão para
d) Plasmócitos. lesões cancerosas.
3. A vacinação oferece uma oportunidade
Pág. 239 de prevenção primária das doenças e das
lesões que as precedem.
1. 1.1 Quando são colocados em meio
de cultura, os linfócitos B morrem 4. Resposta livre e sujeita a debate na turma.
ao fim de poucos dias.
1.2 O hibridoma é uma célula híbrida 2  DOC.
resultante da fusão de um linfócito B Pág. 251
com um mieloma.
1. As alergias podem ter origem em factores
1.3 O crescimento clonal dos hibridomas é causais, como as mudanças nos hábitos de
a multiplicação dos mesmos, por mitose, consumo, a introdução de novos alimentos,
originando muitas células exactamente o uso de corantes e conservantes e, ainda,
iguais à célula inicial. as consequências de uma contaminação
1.4 Alguns dos motivos que levaram ao crescente do Ambiente. A corrente
sucesso desta técnica foram: redução higienista moderna aponta como factor
do número de animais imunizados, alta causador a maior protecção e cuidado que
especificidade, ausência de anticorpos se tem em relação aos parasitas e germes.
não-específicos para o antigénio em 2. A mensagem referida no segundo texto,
causa e reduzida variabilidade, de lote que parece confirmar alguns dos conceitos
para lote, de anticorpos produzidos. referidos em A, é o facto de as crianças que
1.5 C possuem cães estarem em contacto com um
maior número de microrganismos e apesar
disso terem menos alergias.

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dedoenças
matéria

3. Os conhecimentos científicos sobre alergias 2.3 C


ainda não são conclusivos, têm sido feitos 3. 3.1 A — V
obtençãode

vários estudos, mas não têm sido dadas B — V


respostas definitivas.
UNIDADEe1controlo

C — F
4. As razões socioeconómicas que justifiquem D — F
a grande preocupação com as alergias são, E — F
por exemplo, o absentismo ao trabalho, F — F
o que implica que a produtividade numa G — V
empresa, em que existam vários alergénios, H — V
UNIDADE 3 imunidade

seja mais baixa; o absentismo escolar, 3.2 A


em que existe perda de conhecimento
e necessidade de mais tarde haver 3.3 Alguns agentes podem participar em
recuperação; o gasto em medicamentos simultâneo nos dois tipos de respostas
e consultas. (por exemplo, macrófagos e NK),
alguns mecanismos de imunidade não
específica induzem a imunidade
TESTE de avaliação 3 específica e vice-versa (por exemplo,
linfócitos Th estimulam macrófagos).
1. 1.1 B 4. 4.1 O rim transplantado deverá ser
1.2 Os macrófagos apresentam a rejeitado. O dador pertence a outra
possibilidade de emitirem pseudópodes, estirpe, pelo que o mais provável é
o que lhes facilita a fagocitose, pois possuir nas suas células receptores
permite rodear e incorporar o agente de membrana muito distintos do rato
infeccioso. A presença de lisossomas receptor. Desta forma, o sistema
com muitas enzimas hidrolíticas facilita imunitário do rato vai desenvolver
a posterior digestão intracelular dos mecanismos de defesa contra as novas
agentes infecciosos. células, levando à rejeição das mesmas.
1.3 Os macrófagos participam na imunidade 4.2 Se o rato for tratado com
não-especifica, actuando enquanto imunossupressores, as suas células
agentes fagocitários, tendo um papel efectoras de defesa encontram-se
fundamental na resposta inflamatória. incapazes de actuarem, pelo que não se
São também importantes na resposta iniciará um processo de rejeição do
imunitária específica quando fagocitam transplante.
antigénios transportados por anticorpos, 4.3 A imunossupressão levou a uma quebra
e quando servem de células na vigilância das células imunitárias.
apresentadoras de antigénios aos Neste caso, os linfócitos T, uma vez
linfócitos T. impedidos de actuarem, não
1.4 A — V; B — F; C — V; D — V; E — F. desenvolveram mecanismos de defesa
contra células mutantes, isto é, não
2. 2.1 B
presidiram à vigilância imunitária.
2.2 A — Os anticorpos representados
5. 5.1 I — A; II — C; III — C; IV — B; V — B.
pertencem à classe IgA, o que é
possível determinar pela sua estrutura 5.2 A variação do teor de anticorpos nos
em dímeros. gráficos A e C é semelhante, dado que
ambos representam a resposta de um
B — Os IgA têm uma grande
organismo a um primeiro contacto com
capacidade de aglutinação/precipitação,
um determinado agente infeccioso, isto
dado que por apresentarem uma
é, apesar de reagirem a agentes
estrutura em dímero possuem 4 locais
diferentes, estamos perante uma
de ligação a determinantes antigénicos,
resposta primária.
e como tal, maior capacidade de
formarem aglomerados.

102 P A R TE 2    G UIÃO DO P RO F ESSOR

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SOLUÇÕES

5.3 A diferença registada entre o gráfico A 7. 7.1 A — antigénio; B — mieloma;


e o gráfico B deve-se à memória C — linfócito B; D — hibridoma;
imunitária. O gráfico B corresponde a E — anticorpos monoclonais.
uma segunda exposição a um antigénio, 7.2 Existe especificidade entre A e C, ou
o que implica que na primeira exposição seja, existem receptores de membrana
ao mesmo antigénio o indivíduo tenha em C que reconhecem A.
tido oportunidade de diferenciar células-
-memória, que agora desencadeiam 7.3 São capazes de produzir anticorpos
o processo com muito mais rapidez e têm uma vida muito longa.
e eficiência. 7.4 Testes de gravidez e detecção
5.4 Memória e especificidade. de tumores.

6. C

Notas do professor

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Nome: N.o: Turma: Data:
e sustentabilidade
de matéria

Actividade de ampliação
Agricultura sustentável
1 obtenção

O que é a agricultura sustentável?


alimentos

[…] Existe mais de uma centena de definições de agricultura sustentável, mas como se trata de um conjunto
de práticas e orientações muito complexas, não é possível dizer sobre nenhuma definição: «esta é que é a
UNIDADE 4 produção de UNIDADE

definição certa!». A dificuldade principal é que o termo «sustentável» está a ser usado para tudo, passou a ter
um significado semelhante a «bom» — ninguém se opõe ao que é «bom» ou «sustentável» —, mas todos usam
o termo para aquilo que pessoalmente acham que é bom ou para o que querem fazer passar por bom!…
A agricultura sustentável define-se em oposição à agricultura convencional/industrializada/dependente de
aditivos exógenos. O critério principal que permite identificar a agricultura sustentável é a integração dos
bens e serviços dos ecossistemas no processo de produção.
A agricultura depende de condições e de processos naturais alheios à vontade e ao controlo humano,
tal como o clima, o solo, as interacções entre cultivares e outros seres vivos. A agricultura industrializada
tenta maximizar o controlo sobre todos os factores que afectam a produção, criando um sistema uniforme,
com baixa biodiversidade, e altamente dependente de energia externa (à imagem de uma fábrica!).
Pelo contrário, a agricultura sustentável tenta fazer o melhor uso das condições existentes, adaptando as
culturas ao clima e ao solo, e beneficiando de sinergias entre os seres vivos que compõem o sistema agrícola.
Deste modo, a agricultura sustentável pode reduzir o uso de aditivos externos (factores de produção que
provêm de fora da exploração, tal como fertilizantes, pesticidas, sementes), economizando energia e afectando
os ciclos biogeoquímicos minimamente.
A agricultura sustentável não deve ser vista apenas como uma forma de produzir alimentos com um
impacto ambiental mínimo, mas as dimensões sociais e económicas são fulcrais para que uma agricultura
adaptada às condições locais (em alteração contínua, e portanto exigindo mudanças) possa ser mantida a
médio/longo prazo. A agricultura industrializada mede o seu sucesso apenas em termos de aumento da
produtividade e da rendibilidade. A agricultura sustentável pretende produzir alimentos saudáveis, por pessoas
saudáveis, num ambiente saudável. […]

Tipos de agricultura sustentável


Existem várias correntes dentro da agricultura sustentável, focando aspectos teóricos e práticos um pouco
distintos. A seguir explica-se o que caracteriza as correntes principais.
A — Agricultura biológica/orgânica
Surge sob a forma de um movimento contrário à agricultura industrializada, que pretende reintegrar
as actividades humanas na capacidade de carga dos ecossistemas e é a corrente mais amplamente
(re)conhecida de agricultura sustentável. A agricultura biológica não usa produtos de síntese química nas
explorações, como os fertilizantes e os pesticidas sintéticos, e dá especial importância à manutenção da
fertilidade do solo. […]
B — Agricultura biodinâmica
Surge com um curso sobre agricultura, desenvolvido pelo vidente austríaco Rudolf Steiner em 1924.
As explorações agrícolas são encaradas como organismos, em que uma parte depende da outra, sendo
necessário aplicar uma gestão holística que visa alcançar a integridade da exploração. Com isso, a reciclagem e
a reutilização dos recursos da exploração tornam-se especialmente relevantes, motivo pelo qual geralmente
a produção vegetal e animal estão associadas. A agricultura biodinâmica enfatiza o poder de preparações
(à base de plantas, minerais e excrementos) e da coordenação de certas actividades de acordo com a
disposição dos astros (principalmente o Sol e a Lua) para melhorar a saúde, a produtividade e o valor
nutricional dos cultivares. […]
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ACTIVIDADE DE AMPLIAÇÃO

C — Agricultura natural
Surge nos anos 70 como resultado de trinta anos de experiências do microbiologista japonês Masanobu
Fukuoka. A agricultura natural centra-se numa atitude oposta à da agricultura industrializada. A ideia é
reduzir o controlo e a manipulação do sistema agrícola para um mínimo necessário para ter colheitas, em
vez de controlar e manipular todo o sistema. Deixa trabalhar a Natureza e descansa à sombra da laranjeira!
Fukuoka defende práticas como a sementeira directa, a não-monda e, tal como todos os tipos de agricultura
sustentável, o não-uso de agroquímicos. A agricultura natural inspira muitos agricultores e deu origem
a diversas práticas sustentáveis, estando também na origem da permacultura.
D — Permacultura
O termo permacultura foi cunhado pelo australiano Bill Mollison, querendo significar «agricultura perma-
nente». A permacultura corresponde a uma engenharia ecológica de sistemas agrícolas, com o objectivo de
criar sistemas agrícolas que se «autoperpetuam», por serem ecologicamente estáveis com uma intervenção
humana reduzida. A permacultura é essencialmente uma estratégia de planeamento da produção (e cada
vez mais também de outras actividades humanas), que aproveita as condições e os recursos naturais locais
da melhor maneira possível.
[…] Em 2005, em Portugal existiram 1577 operadores de produção vegetal em agricultura biológica,
ocupando uma área total de 233 458 ha. […] a produção de forragens e de culturas arvenses ocupa a
maior área (84%) do total em modo de produção biológica. Estes sectores de produção vegetal são, de
facto, aqueles que exigem menores esforços de conversão para a agricultura biológica. […]
Nos sectores em que a conversão para o modo de produção biológico exige maiores alterações ao nível
da produção, tal como a horticultura, a fruticultura e a vinha, as áreas convertidas ao modo de produção
biológico foram mínimas, sendo o subsídio existente insuficiente para motivar a conversão.
http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultCategoryViewOne.asp?categoryId=631 (adaptado)

Discussão
1. Refira os aspectos que distinguem a agricultura sustentável da agricultura tradicional.

2. Por que razão se pode afirmar que a agricultura sustentável é menos prejudicial para o Ambiente
do que a tradicional?

3. Indique a característica que considera mais relevante em cada tipo de agricultura sustentável.

4. Relativamente a Portugal, refira:


a) qual é o tipo de agricultura sustentável que predomina;
b) o tipo de produção a que se dedica a agricultura sustentável;
c)  os motivos apontados no texto que justifiquem a falta de alargamento da agricultura sustentável
a outras produções vegetais.

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Nome: N.o: Turma: Data:
e sustentabilidade
de matéria

Actividade de ampliação
Milho transgénico em Portugal
1 obtenção

Primeira colheita de milho transgénico em Portugal convence agricultores


(13-10-2005)
alimentos

O Outono trouxe consigo a época das colheitas e, pela primeira vez em Portugal, as colheitas de
UNIDADE 4 produção de UNIDADE

milho transgénico destinado a rações animais, cujo cultivo foi autorizado pelo Conselho de Ministros
no passado mês de Abril. Uma das principais diferenças entre o milho transgénico e o convencional está no
facto de o primeiro ter sofrido uma alteração no seu material genético. Recorde-se que a promulgação em
Portugal do Decreto-Lei 160/2005, de 21 de Setembro, que regula o cultivo de variedades de culturas
transgénicas, veio autorizar a cultura e comercialização de 17 variedades de milho transgénico, contendo o
gene do Bacillus Thuringiensis, o qual codifica uma proteína tóxica para as larvas conhecidas por «brocas
do milho». Numa visita realizada ontem a um campo de ensaio de cultivo de milho geneticamente modificado,
em Almograve, foi possível verificar as diferenças entre os dois tipos de culturas. «A diferença é que a
semente de milho transgénico contém um gene resistente às pragas e, por isso, não precisa de pesticidas»,
explicou Pedro Fevereiro, presidente do Centro de Informação de Biotecnologia (CIB), que promoveu a
iniciativa. Apesar da semente do milho transgénico ser mais cara do que a do milho convencional, acaba
por trazer benefícios económicos, ambientais e de produção para os agricultores, já que não têm de usar
pesticidas para combater a broca.
Algumas organizações não estão convencidas destes benefícios, nomeadamente a plataforma «Transgénicos
Fora do Prato» — estrutura criada por entidades não-governamentais da área do Ambiente e agricultura —
que se tem mostrado preocupada com as aplicações agrícolas da Engenharia Genética e a introdução
comercial de plantas geneticamente modificadas.
Augusto Candeias, dedicado à agricultura há mais de trinta anos, é um dos vinte associados da Cooperativa
Agrícola do Monte Alto. Hoje, este agricultor está satisfeito com os resultados no seu campo, em Flor do
Brejo. «Tenho 33 hectares de milho transgénico e convencional. No transgénico, não tenho perdas, poupo
bastante dinheiro em pesticidas e muita da minha saúde.»
A área mundial cultivada com plantas transgénicas registou um aumento de 20 por cento em 2004,
abrangendo 81 milhões de hectares, de acordo com dados do Serviço Internacional para Aquisição de
Aplicações Biotecnológicas Agrícolas (ISAAA, da sigla em inglês). Aproximadamente 8,25 milhões de
agricultores de 17 países plantaram transgénicos em 2004, ou seja, mais 1,25 milhões de agricultores do
que em 2003. Noventa por cento desses agricultores estão em países em desenvolvimento.

Transgénicos triplicam produção em Portugal (13-09-2007)


Portugal semeou, em 2007, 4129 hectares de milho geneticamente modificado, o que significa
mais do triplo relativamente à área cultivada no ano anterior, segundo dados divulgados pela Direcção-
-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural. Apesar de a produção nacional ter aumentado, cerca de
dois terços do milho ainda são importados, dos quais metade vem de países que produzem milho transgénico
e convencional.
Redução de custos, benefícios ambientais e maximização da produção são algumas das vantagens
decorrentes da utilização do milho geneticamente modificado, defendeu hoje Pedro Fevereiro, presidente
do Centro de Informação de Biotecnologia (CIB), durante um encontro com os jornalistas, agendado na
sequência da destruição do campo de milho transgénico no Algarve.
«A utilização de milho transgénico permite optimizar a produção para 12 toneladas por hectar, enquanto
o milho convencional só consegue garantir entre sete a nove toneladas por hectare», lembrou.

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ACTIVIDADE DE AMPLIAÇÃO

O investigador em biotecnologia salientou ainda que nos campos de milho convencionais cerca de 20 a
40 por cento da produção mundial se perde em intempéries ou pragas. O controlo tradicional é feito por
pesticidas, pouco eficazes, garante Pedro Fevereiro, pois, na maioria dos casos, são aplicados quando a
lagarta já se encontra no interior do milho. No caso do milho Bt (MON 810), uma das variantes aprovada
para ser produzido na União Europeia, a toxina que lhe é introduzida no ADN permite combater as larvas
da broca do milho, que se instalam no interior da planta e se alimentam do caule e da maçaroca.

Área de cultivo de OGM atingiu mais de 4 mil hectares em 2007 (30-01-2008)


A área de cultivo com organismos geneticamente modificados (OGM) em Portugal atingiu,
em 2007, os 4199,4 hectares (ha). Houve cultivo em todo país, à excepção das regiões autónomas da
Madeira e dos Açores. A área semeada sofreu, assim, um aumento de 330 por cento em relação a 2006.
Os resultados são do Segundo Relatório de Acompanhamento da Coexistência entre Culturas Geneticamente
Modificadas e outros Modos de Produção Agrícola, referente a 2007, disponibilizado hoje pelo Ministério
da Agricultura.
Segundo o relatório, foram realizadas no ano passado 82 acções de fiscalização (controlo e inspecção)
em áreas cultivadas com OGM. Cerca de 50 por cento da área de cultivo foi fiscalizada, o que representa
cerca de 2400 ha. O número de fiscalizações teve um aumento de 58 por cento relativamente ao ano de
2006.
As normas técnicas estipuladas na legislação revelaram-se, de acordo com o mesmo documento, eficazes
no que respeita à minimização da presença acidental de organismos geneticamente modificados nos
produtos convencionais, sendo a taxa de contaminação inferior a 0,4 por cento. De referir que os valores
máximos de contaminação definidos por lei devem ser inferiores a 0,9 por cento.
No relatório publicado, é ainda possível conhecer que 76 por cento dos agricultores cultivou milho genetica-
mente modificado pela primeira vez em 2007. A principal razão que justificou a opção de semear este tipo
de variedade foi a de controlar os ataques das brocas do milho. Cerca de 86 por cento declarou menor
aplicação de insecticidas, 69 por cento um acréscimo na produção e 86 por cento um acréscimo da qualidade
do produto obtido.
http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=3095 (adaptado)

Discussão
1. O que se pode concluir em relação à implementação das culturas de milho transgénico em
Portugal?

2. A que se destina, segundo os textos, o milho transgénico?

3. Quais lhe parecem ser as grandes vantagens destas culturas:


a) para o Ambiente;
b) para a economia.

4. Uma das situações apontadas como perigosas na utilização dos OGM está referida no texto.
4.1 Indique a que perigo se faz referência.
4.2 Com base nos dados fornecidos no texto, parece-lhe lícita a preocupação apresentada por alguns
sobre esse perigo?

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Nome: N.o: Turma: Data:
e sustentabilidade
de matéria

Protocolo experimental
Acção da catálase sobre o peróxido
de hidrogénio
1 obtenção

Material
Não se esqueça de:
alimentos

• Tubos de ensaio. — usar bata;


UNIDADE 4 produção de UNIDADE

• Pipetas de 1 mL e 2 mL. — cumprir as regras de segurança


• Pinça. do laboratório.
• Almofariz.
• NaOH (solução a 10% ).
• Dióxido de manganês.
• Suporte para tubos de ensaio.
• Pipetador.
• Lamparina.
• HCl (solução a 10%).
• Solução de peróxido de hidrogénio (H2O2).
• Material biológico fresco: fígado, carne, batata, maçã.

Procedimento
1. Identifique 6 tubos de ensaio com as letras A a F e introduza em cada um deles 2 mL de H2O2.
2. Corte o material biológico em fragmentos com aproximadamente 1 grama. Esmague cada um dos fragmentos
num almofariz.
3. No tubo A, introduza um fragmento de material biológico. Observe e registe a observação.
4. No tubo B, introduza um fragmento de material biológico previamente fervido. Observe e registe
a observação.
5. No tubo C, introduza um fragmento de material biológico e 1 mL de solução de HCl. Observe e registe
a observação.
6. No tubo D, introduza um fragmento de material biológico e 1 mL de solução de NaOH. Observe e registe
a observação.
7. No tubo E, introduza um fragmento de material biológico e coloque-o no gelo. Observe e registe
a observação.
8. No tubo F, junte uma «pitada» de dióxido de manganês. Observe e registe a observação.
9. Elabore o relatório desta actividade.

Discussão
1. Quais são os factores ambientais testados nesta actividade laboratorial?

2. Interprete os resultados obtidos nesta actividade laboratorial.

3. Considere a afirmação seguinte e elabore um protocolo que permita demonstrar.


A catálase é uma enzima reutilizável no fim da reacção e após a degradação do peróxido de
hidrogénio está apta a ser utilizada novamente.

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Nome: N.o: Turma: Data:

TESTE DE AVALIAÇÃO 4

1. Observe a figura seguinte e responda às questões.

Enzima 1 Enzima 2 Enzima 3


Substrato Produto A Produto B Produto final

Substrato 2 Produto final

1 3 3

1.1 Faça a legenda dos números da figura.


1—    2—    3—
1.2 Qual é a designação deste conjunto de reacções químicas?
1.3 Imaginando a inexistência da enzima 2, refira o seu impacto no metabolismo celular.

1.4 Qual é a consequência da ligação do produto final ao local 2 da estrutura 3? Refira a sua
importância.

1.5 A ligação do produto final à estrutura 3 é reversível. Qual é a importância deste facto para a célula?

2. Observe os gráficos e classifique as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).

1 2 4
3

30 40 50 60 70 80 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Temperatura (ºC) pH

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e sustentabilidade
de matéria

  A — A actividade da enzima 3 é máxima em pH ácido.


  B — As enzimas 1 e 2 foram retiradas da mesma espécie.
1 obtenção

  C — O melhor meio para a actuação das enzimas 3 e 4 é o meio com pH neutro.


  D — O intervalo de temperatura a que a enzima 2 pode actuar é entre 65 ºC e 87 ºC.
  E — A temperatura óptima da enzima 1 é de 37 ºC.
  F — A enzima 1 poderá ser uma enzima humana.
alimentos

  G — As enzimas 3 e 4 podem actuar no sistema digestivo humano.


UNIDADE 4 produção de UNIDADE

  H — A actividade da enzima 4 é máxima em pH ácido.

3. Analise atentamente as informações que se seguem, referentes à conservação de pescado,


e responda às questões.

A perda da qualidade inicial nas espécies de pescado magras ou não gordas (não
conservadas), arrefecidas ou não, é provocada por alterações autolíticas, enquanto a deterioração
se deve, principalmente, à acção das bactérias.
A flora inicial do peixe é muito diversa […]. Durante o armazenamento, desenvolve-se uma
flora característica, mas apenas parte dela contribui para a deterioração. Os organismos
específicos de deterioração (OED) produzem metabolitos responsáveis pelo desenvolvimento
dos cheiros e sabores desagradáveis associados à deterioração.
A Shewanella putrefaciens é uma bactéria típica da deterioração de muitas espécies de
peixes de águas temperadas, conservadas sob refrigeração e em condições aeróbias, e produz
trimetilamina (TMA), sulfureto de hidrogénio (H2S) e outros sulfuretos voláteis, responsáveis
pelos cheiros e sabores a peixe e aos que lembram couve estragada. Metabolitos semelhantes
são produzidos por bactérias Vibrionaceae e Enterobacteriaceae durante a deterioração a
temperaturas altas. Durante o armazenamento em atmosferas modificadas (contendo CO2),
uma espécie de Photobacterium psicrófilo, que produz grandes quantidades de TMA, é uma
das principais bactérias responsáveis pela deterioração […].
A putrefacção ou deterioração ocorrem muito rapidamente desde que a carga de OED
exceda, aproximadamente, 107 UFC/g.
Pontuação

10

8
Aut Princ
ólise ipais
alt eraçõ
es de
vid
as a
6 Activi
dade
bact
eria
na
Nível de rejeição
4

2
Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4

0 2 4 6 8 10 12 14
Dias
Alterações na qualidade sensorial do bacalhau conservado em gelo (0 °C) (Huss, 1988).
http://www.fao.org/DOCREP/003/T1768P/T1768P04.htm (adaptado)

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TESTE DE AVALIAÇÃO

3.1 Classifique as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).


  A — A alteração do pescado não conservado deve-se exclusivamente à actividade microbiana.
  B — A Shewanella putrefaciens resiste a baixas temperaturas.
  C — A Shewanella putrefaciens não sobrevive na presença de O2.
  D — As bactérias responsáveis pela deterioração já estão todas, ainda que inactivas, no peixe
acabado de pescar.
  E — O
 s cheiros e os sabores desagradáveis do pescado são resultado de produtos do meta-
bolismo bacteriano.
  F — As Photobacterium resistem a atmosferas ricas em CO2.
  G — A trimetilamina é uma das responsáveis pelo cheiro desagradável do pescado deteriorado.
8
  H — Para valores de carga de OED de 10 UFC/g, a putrefacção do peixe ocorre rapidamente.
3.2 Seleccione a opção que completa correctamente a afirmação seguinte.
A utilização de atmosfera modificada aquando do armazenamento e transporte de vegetais
garante o aumento do período de conservação destes alimentos. Nesta atmosfera (…) a quantidade
de O2 e (…) a quantidade de CO2, responsáveis, respectivamente pelo(a) (…) da taxa respiratória
celular e pelo (…) na maturação dos vegetais.
  A — aumenta-se […] diminui-se […] diminuição […] aceleramento
  B — diminui-se […] aumenta-se […] diminuição […] atraso
  C — aumenta-se […] diminui-se […] diminuição […] atraso
  D — diminui-se […] aumenta-se […] aumento […] atraso
3.3 Seleccione a opção que completa correctamente a afirmação.
Relativamente ao processo de autólise, podemos afirmar que o mesmo resulta de…
  A — … reacções de oxidação das moléculas alimentares com o O2 atmosférico.
  B — … acção de produtos metabólicos microbianos.
  C — … acção de enzimas do próprio alimento.
  D — … acção directa dos micróbios.
3.4 Seguem-se três afirmações relativas à análise do gráfico. Analise-as e seleccione a opção que melhor
as define.
I. Ao 5.º dia, a actividade microbiana não é considerável.
II. No 7.º dia, bactérias adaptadas a baixas temperaturas executam processos de deterioração
do alimento.
III. A presença de sal impede as bactérias de deteriorarem o alimento nos primeiros seis dias.
  A — Todas as afirmações são verdadeiras e relacionadas com o gráfico.
  B — Apenas a afirmação I é verdadeira, não estando as afirmações II e III relacionadas com
os dados do gráfico.
  C — As afirmações I e III são verdadeiras, a afirmação II não está relacionada com os dados
do gráfico.
  D — As afirmações I e II são verdadeiras, a afirmação III não está relacionada com os dados
do gráfico.
3.5 Desde tempos ancestrais que se recorre à seca do peixe acompanhada da salga. Relacione estas
técnicas artesanais com o longo período de conservação conseguido para estes alimentos.

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e sustentabilidade
de matéria

4. Leia atentamente o texto seguinte, referente à actividade agrícola do Homem.

[…] Hoje em dia, a agricultura tem um papel predominantemente destrutivo sobre a


1 obtenção

Natureza: a agricultura é dependente de combustíveis fósseis e agroquímicos (agricultura


industrializada), reduz a biodiversidade selvagem e cultivar, é causa da erosão e contaminação
dos solos e polui a água e a atmosfera.
alimentos

Mas, felizmente, existem alternativas, que consistem na criação de sistemas agrícolas


adaptados localmente, à semelhança dos agro-ecossistemas tradicionais, que fazem um uso
UNIDADE 4 produção de UNIDADE

óptimo dos bens e serviços dos ecossistemas para os processos produtivos. Esta orientação
é comum a todas as correntes de agricultura sustentável: agricultura biológica, agricultura
biodinâmica, permacultura e agricultura natural, por exemplo. […]
http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultCategoryViewOne.asp?categoryId=631 (adaptado)

4.1 Dê exemplos que permitam ilustrar as afirmações do texto relativamente ao papel destrutivo
da agricultura sobre a Natureza, no que diz respeito a:
a) « é causa da erosão e contaminação dos solos»;


b) « polui a água»;


c) « polui a atmosfera».


4.2 Seleccione as opções que indicam práticas de agricultura alternativas às convencionais.
  A — Utilização de estrume.
  B — Utilização exclusiva de fertilizantes químicos.
  C — Prática da monocultura.
  D — Prática da rotação de culturas.
  E — Prática da policultura.
  F — Controlo integrado de pragas.
  G — Aplicação exclusiva de herbicidas para controlo das ervas daninhas.
  H — Luta biológica.
4.3 Considere as afirmações que se seguem e seleccione a opção que melhor as define.
I. A monocultura empobrece o solo em determinados nutrientes.
II. A policultura incentiva o aparecimento das pragas.
III. Os sistemas agrícolas adaptados localmente ajudam a combater as pragas.
  A — Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
  B — Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
  C — Apenas a afirmação II é verdadeira.
  D — Todas as afirmações são verdadeiras.

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TESTE DE AVALIAÇÃO

4.4 Seleccione a opção que completa a afirmação correctamente.


A agricultura industrializada (…) a variedade vegetal, e (…) a salinização dos solos, o que
conduz a um (…) consumo de água.
  A — diminui […] reduz […] maior
  B — aumenta […] aumenta […] menor
  C — aumenta […] reduz […] menor
  D — diminui […]aumenta […] maior

5. Observe a figura seguinte, que esquematiza um processo de obtenção de plantas transgénicas, e


responda às questões.

5.1 Faça a legenda da figura, escolhendo o termo que considerar mais correcto para associar a cada
um dos algarismos.
• Corpo caloso.
• Corpo cavernoso.
• Agrobacterium.
• Célula de caule de feijoeiro.
• Célula de caule de trigo.
• Clones.
• Protoplastos.
5.2 Qual é o objectivo da etapa assinalada com a letra A?

5.3 Indique uma vantagem desta técnica.

5.4 Seleccione a opção que completa correctamente a afirmação seguinte.


As plantas obtidas após a etapa C são transgénicas porque…
  A — … possuem, em algumas das suas células, o gene alterado.
  B — … foram criadas por técnicas de cultivo alternativas.
  C — … possuem em todas as suas células um gene de outra espécie.
  D — … são cópias da planta que originou o corpo caloso.
  E — Nenhuma das opções anteriores.

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e sustentabilidade
de matéria

Critérios de correcção
1 obtenção

Actividade laboratorial
Bromelaína — um dos constituintes do ananás
Pág. 266
alimentos
UNIDADE 4 produção de UNIDADE

Identifica a teoria

Actividade enzimática

0 — Não identifica a teoria.


1 — Identifica correctamente a teoria.

Identifica os PRINCÍPIOS relevantes para a resolução da questão central

— O ananás contém uma protéase — bromelaína, que quebra as ligações das proteínas.
— A gelatina é formada por proteínas. Quando ocorre destruição das proteínas da gelatina, esta liquefaz.
— A fervura desnatura a bromelaína.

0 — Não define princípios.


1 — Define princípios não pertinentes.
2 — Define a maior parte dos princípios pertinentes. Pode apresentar um ou outro princípio não pertinente.
3 — Apresenta todos, e apenas, os princípios pertinentes.

Identifica os CONCEITOS relevantes para a resolução da questão central

Enzima, substrato, bromelaína, proteína, protéase, desnaturação, fervura.

0 — Não define conceitos.


0,5 — Define conceitos não pertinentes.
1 — Define conceitos não pertinentes mas também conceitos pertinentes.
1,5 — Define a maior parte dos conceitos pertinentes. Pode apresentar um ou outro conceito não pertinente.
2 — Apresenta todos, e apenas, os conceitos pertinentes.

regista resultados

— Apresenta registo de resultados da caixa A e B.

0 — Não regista observações.


1 — Regista observações não rigorosas, incompletas e pouco claras.
2 — Regista observações claras e rigorosas mas incompletas. Pode apresentar uma ou outra observação não rigorosa.
3 — Regista todas as observações rigorosas, completas e claras.

regista discussão

— Relaciona o aspecto liquefeito da gelatina da caixa A com a presença de bromelaína activa na rodela de ananás crú.
— Relaciona o aspecto sólido da gelatina da caixa B com a ausência de uma enzima activa na rodela de ananás
cozinhada.
— Relaciona a fervura com o processo de desnaturação das enzimas.

0 — Todas as respostas estão erradas.


1 — Uma das três respostas está correcta.
2 — Duas das três respostas estão correctas.
4 — Todas as respostas estão correctas.

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crit é rios de correcção

retira conclusões pertinentes para a resolução da questão

— O ananás contém bromelaína.


— A bromelaína é uma protéase, que actua sobre as proteínas da gelatina, quebrando-as.
— Quando é sujeita a fervura, a bromelaína desnatura.

0 — Não retira conclusões.


1 — Retira conclusões erradas.
2 — Retira conclusões erradas e correctas.
3 — Retira todas, e apenas, as conclusões correctas.

Rigor e clareza de conceitos científicos

0 — Não apresenta linguagem científica.


1 — Apresenta linguagem científica clara, com alguns erros.
2 — Apresenta linguagem científica clara e sem qualquer erro.

Competência da comunicação em Língua Portuguesa

0 — Composição sem estruturação, com erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia, com perda frequente de sentido.
1 — Composição razoavelmente estruturada, com alguns erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia, sem perda de sentido.
2 — Composição bem estruturada, sem erros de sintaxe, pontuação e/ou ortografia. Pode apresentar erros esporádicos
que não impliquem perda de sentido.

Actividade laboratorial
As leveduras e a produção de pão
Pág. 272

Competências Comunicativas

Comunicação em língua portuguesa Estrutura

Estruturação da composição. Apresentação geral do trabalho.


Sintaxe. Cumprimento da tipologia.
Pontuação/ortografia. Índice completo.
Bibliografia correcta.

Competências Conceptuais

Introdução teórica Procedimento experimental Resultados

Apresenta o objectivo. Apresenta a lista de material. 1 — Apresenta os resultados sobre


Aborda sumariamente os conceitos Apresenta a metodologia. a forma de tabela e de gráfico.
inerentes à fermentação alcoólica 2 — Regista o cheiro dos vários
e à sua utilização na produção gobelés no final da experiência.
de alimentos.

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e sustentabilidade
de matéria

Competências Processuais

Discussão dos resultados


1 obtenção

1 — Justifica a utilização de farinha de trigo sem fermento, de forma a poder relacionar o crescimento da massa exclusi-
vamente com o papel das leveduras.
2 — Identifica o papel da farinha (fonte de nutrientes) e da suspensão de leveduras (microrganismos com a maquinaria
enzimática que suporta a fermentação alcoólica) durante a experiência.
3 — Identifica o papel representado pelo gobelé A como o dispositivo de controlo.
alimentos

4 — Identifica o factor responsável pelo aumento da massa nos gobelés (produção de CO2).
5 — Justifica o cheiro a álcool registado nos vários gobelés com a produção de álcool etílico durante a fermentação
alcoólica.
UNIDADE 4 produção de UNIDADE

6 — Identifica a temperatura óptima para a produção do pão, relacionando-a com a temperatura óptima de actuação das
enzimas da levedura envolvidas no processo de fermentação alcoólica.

Conclusão

1 — Tira conclusões sobre os requisitos necessários para a produção de pão e o processo envolvido nessa mesma
produção.

Actividade laboratorial
Cultura de tecidos in vitro
Pág. 302

Competências Comunicativas

Comunicação em língua portuguesa Estrutura

Estruturação da composição. Apresentação geral do trabalho.


Sintaxe. Cumprimento da tipologia.
Pontuação/ortografia. Índice completo.
Bibliografia correcta.

Competências Conceptuais

Introdução teórica Procedimento experimental Resultados

Apresenta o objectivo. Apresenta a lista de material. 1 — Apresenta tabela com os registos


Aborda sumariamente os processos Apresenta a metodologia. dos resultados observados ao
de cultura de tecidos in vitro. longo das 3 semanas.

Notas do professor

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crit é rios de correcção

Competências Processuais

Discussão dos resultados

1 — O material deve ser esterilizado para ficar desprovido de microrganismos (bactérias, vírus e fungos) e/ou de outros
organismos que possam apresentar-se como vectores de pragas.
2 — O trabalho deve processar-se junto da lamparina acesa para que, devido à chama, sejam eliminados os organismos
capazes de infectar o explante.
3 — A solução de Knop garante os nutrientes necessários ao desenvolvimento da planta; o agar funciona como
substrato, facilitando o suporte do explante e garantindo a presença de água; a sacarose é o dissacarídeo
responsável por fornecer às células a energia de que necessitam, uma vez que este tecido ainda não apresenta
capacidade de realizar a fotossíntese; o leite de coco fornece, entre outras coisas, as auxinas, hormonas vegetais
que induzem a divisão celular e a formação de raízes.
4 — Estas plantas são clones da planta-mãe.
5 — Este processo permite a obtenção de um grande número de novas plantas com as características mais relevantes
de uma planta-mãe, em áreas reduzidas que permitem o controlo dos factores físicos, nutritivos e hormonais.

Conclusão

1 — Tira conclusões sobre o processo em estudo.

Notas do professor

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e sustentabilidade
de matéria

Mapa de conceitos
4.1.1 — Fermentação e actividade enzimática
1 obtenção

enzimas
alimentos

são possuem podem ter são afectadas por


UNIDADE 4 produção de UNIDADE

Biocatalisadores Centro activo Especificidade


absoluta
Temperatura
que
Especificidade
Diminuem relativa pH
a energia
de activação
das reacções Inibidores
participam em
podem ser

Vias metabólicas

como a Competitivos

Fermentação
Alostéricos

pode ser

Alcoólica Láctica Acética

produz produz produz

Álcool etílico CO2 Ácido láctico Ácido acético

utilizado na produção de utilizado na produção de utilizado na produção de

Vinho Pão Queijo Iogurte Vinagre

118 P A R TE 2    G U I Ã O DO PR OFES S OR    M a t e r i a l F otoc o p i á v el © S a nt i l l a na

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MAPA DE CONCEITOS

Mapa de conceitos
4.1.2 — C
 onservação, melhoramento e produção
de novos alimentos

Refrigeração
Fermentação Frio
Congelação
Manipulação
da temperatura
Esterilização
Calor
Métodos Pasteurização
de conservação

Seca

Controlo
Liofilização
da humidade
Sal
Adição
de solutos
Açúcar

Controlo do pH

CONSERVAÇÃO,
MELHORAMENTO Defumação
E PRODUÇÃO
DE NOVOS ALIMENTOS

Irradiação

Uso de aditivos

Controlo
da atmosfera

Microrganismos

Métodos
de melhoramento por recurso a Enzimas
e produção de
novos alimentos

Manipulação
genética

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UNIDADE 4 produção de UNIDADE
alimentos
1 obtenção
e sustentabilidade
de matéria

120
P A R TE
2
Exploração das potencialidades da Biosfera

118509 104-127_Unid4.indd 120


   G U I Ã O
envolve

DO
Cultivo Criação Controlo
de plantas de animais de pragas

PR OFES S OR
envolve por técnicas por métodos

Recursos
Convencionais Biotecnológicas Convencionais Biotecnológicas Convencionais Alternativos

   M a t e r i a l
tais como
através de através de através de através de recorrendo

Água Pesticidas
Cruzamentos Micropropagação Cruzamentos Inseminação
Mapa de conceitos

F otoc o p i á v el
naturais naturais artificial

©
que podem ser
Energia
Fusão
Cruzamentos de protoplastos Cruzamentos Animais
selectivos selectivos transgénicos

S a nt i l l a na
Fertilizantes
Técnicas Engenharia Genética Controlo integrado
Técnicas de Engenharia Clonagem
Solo artificiais de Genética produzindo
reprodução
tende a sofrer (enxertia, Fertilização
obtenção de in vitro
mergulhia, …) Plantas transgénicas

Erosão Plantas
transgénicas Manipulação Controlo biológico Alteração
em aquacultura das
4.2 — Exploração das potencialidades da biosfera

Desertificação procedendo a práticas


de cultura
que devem Transferência
ser evitadas com de genes

Medidas de
conservação
do solo

10/03/09 16:30:29
SOLUÇÕES

Soluções

MANUAL 1.4 C — 0 a 4;
D — 4 a 10.
Unidade 4 1.5 C — pepsina;
D — tripsina.
Pág. 254
A — F; B — V; Pág. 280
C — V; D — F;
1. 1.1 Os ensaios permitem concluir que em
E — V; F — V;
contacto com uma atmosfera controlada
G — F; H — F;
a conservação dos cogumelos é mais
I — F; J — V.
eficaz, dado que existe uma menor
proliferação de micróbios, uma menor
Pág. 258 perda de massa e uma menor alteração
1. 1.1 Os reagentes designam-se por da cor.
substratos. 1.2 Com uma atmosfera controlada
1.2 O(s) substrato(s) liga(m)-se ao centro (diminuição de O2 e aumento de CO2),
activo da enzima, formando o complexo o metabolismo microbiano é reduzido,
enzima-substrato; no final da reacção o que justifica a menor proliferação
é(são) o(s) produto(s) libertado(s). de microrganismos; as reacções de
oxidação diminuem, o que justifica
1.3 A reacção representada é de
a menor alteração na cor; há uma maior
catabolismo, pois uma molécula
retenção de moléculas, nomeadamente
de substrato sofre uma degradação.
de vitaminas, o que justifica uma menor
1.4 Complexo enzima-substrato. perda de massa.
1.5 As enzimas não se gastam nas reacções
enzimáticas; as enzimas transformam os Pág. 284
substratos em produto; as enzimas não
1. 1.1 A diminuição de bactérias lácticas
sofrem transformações permanentes
a partir do 15.º dia justifica-se pela
durante a reacção.
diminuição de fontes de carbono.

Pág. 260
1.2 A quantidade de leveduras e de

bactérias não lácticas, regra geral,
1. 1.1 1 — substrato; foi aumentando ao longo do tempo.
2 — complexo enzima-substrato;
1.3 À medida que as bactérias lácticas
3 — produto.
proliferam e realizam fermentação
1.2 Neste mecanismo, a enzima necessita láctica, permitem o aumento das
de um cofactor para se tornar funcional, bactérias não lácticas, dado que estas
o que não acontecia no modelo anterior. últimas conseguem sobreviver,
utilizando como fonte de carbono
Pág. 261 os produtos da fermentação láctica.

1. 1.1 A — 37 ºC; 1.4 Construção de um gráfico.


B — 78 ºC. 1.5 a) Nos primeiros 15 dias ocorre um
1.2 A — 25 a 50 ºC; aumento de bactérias lácticas e,
B — 65 a 90 ºC. como tal, um aumento da taxa de
fermentação láctica, produzindo-se,
1.3 Enzima A, pois é a que possui como resultado, ácido láctico, o qual
temperatura óptima de 37 ºC. vai fazer diminuir progressivamente
o pH.
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e sustentabilidade
de matéria

b) Após o 15.º dia, porque a fonte 1.5 Podem ser usadas, por exemplo,
de carbono escasseia, as bactérias na produção de queijo.
lácticas começam a morrer e cessa
1 obtenção

a produção de ácido láctico. As Pág. 289



bactérias não lácticas e as leveduras
conseguem utilizar o ácido láctico 1. 1.1 As batatas são transgénicas, dado que
como fonte de carbono, pelo que receberam um gene de uma outra
espécie.
alimentos

este começa a diminuir, fazendo subir


o pH. 1.2 Uma das razões que, possivelmente,
UNIDADE 4 produção de UNIDADE

1.6 Após os 15 dias, o pH começa a subir. justifica a preferência das cadeias de


Na ausência de um pH ácido ocorre fast food por estas batatas deverá estar
proliferação de micróbios patogénicos relacionada com o facto de estas
responsáveis pela degradação do absorverem menos gordura, o que
alimento. permite, por um lado, a poupança em
gordura e, por outro, a diminuição
1.7 Durante a produção dos pickles,
do teor calórico das mesmas batatas.
e desde que a fermentação cesse ao
15.º dia, o alimento fica num meio ácido 1.3 A utilização deste tipo de batatas,
que impede a proliferação microbiana. por um lado, pode ser uma forma de
combater a obesidade sem obrigar a
uma alteração nos hábitos alimentares
Pág. 286 nas populações. Por outro lado, por
1. 1.1 As enzimas usadas no tratamento adicionar um gene bacteriano que leva
da carne — protéases — quebram à produção de uma enzima bacteriana,
as ligações entre as proteínas, o que poderá estar relacionada com episódios
impede que as proteínas musculares de alergias aos seus consumidores.
se sobreponham na presença de
um pH ácido. Pág. 289

1.2 Nas três situações, a disponibilidade
1. 1.1 Ver mapa de conceitos da subunidade.
de glicogénio é reduzida e,
consequentemente, de glicose. Assim, 2. 2.1 1 — enzima; 2 — substrato;
a produção de ácido láctico é diminuta 3 — complexo enzima-substrato;
e como tal não ocorre sobreposição de 4 — enzima; 5 — produtos;
proteínas, não se verificando então a 6 — centro activo.
rigidez da carne. 2.2 As enzimas não se gastam nas reacções
1.3 a) O facto de as protéases serem enzimáticas: as enzimas transformam
injectadas no animal ainda vivo o substrato em produto.
permite que as mesmas, através da 2.3 A, C, D e E,
circulação sanguínea, cheguem a
3. 3.1 A concentração do substrato irá
todas as partes do corpo. A utilização
diminuir, uma vez que durante a reacção
de enzimas inactivas impede a
enzimática ele transforma-se
destruição das proteínas e, como tal,
no produto.
a morte precoce dos animais.
3.2 À medida que as moléculas de
b) A activação da enzima ocorre
substrato se ligam às enzimas, estas
por redução, o que acontece
vão diminuindo a sua concentração
normalmente quando os níveis de O2
e vai aumentando a concentração
escasseiam após a morte do animal.
do complexo enzima-substrato.
1.4 A utilização da técnica B permite atingir
3.3 Aumentar a concentração da enzima
apenas as zonas superficiais da carne,
aumentaria a velocidade da reacção.
enquanto a técnica A atinge toda
a carne do animal.

122 P A R TE 2    G UIÃO DO PRO F ESSOR

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SOLUÇÕES

4. Esta afirmação é verdadeira, pois os 1.2 Em África. Em todas as zonas deste
produtos resultantes da acção de uma continente se verificam valores
enzima ou os produtos de outras reacções percentuais elevados de malnutrição.
dependentes da existência dessa via 1.3 O clima, a desertificação, as condições
metabólica podem, por feedback negativo, económicas e políticas e, por vezes,
inibir a acção dessa enzima. ainda situações de guerra.
5. 5.1 1 — ADP; 1.4 A malnutrição é um estado no qual
2 — ATP; indivíduo sofre de carências alimentares.
3 — NAD1; Essas carências podem ser a nível
4 — NADH; calórico, proteico, vitamínico e até
5 — CO2; a nível de sais minerais e, na maioria
6 — acetaldeído. das vezes, são coexistentes.
5.2 Produção de vinho e cerveja. 1.5 Na China, país muito populoso, uma
6. O consumo de glucose será bastante percentagem de 10% de malnutrição
superior, pois a produção de ATP no corresponde a cerca de 125 milhões
processo anaeróbio é bastante inferior de pessoas sofrendo de carências
ao processo aeróbio (2 ATP por molécula alimentares. Neste país, como em
de glucose). muitos outros, coexiste esta nutrição
7. 7.1 D com outra, antagónica, de excesso
de peso em muitos indivíduos, devido
7.2 7.2.1 A utilização de aditivos nos à alimentação em excesso. Existe um
alimentos pode acarretar alguns desequilíbrio social que leva a esta
perigos não estudados ou não situação: pessoas sem dinheiro
previsíveis, pelo que sempre que suficiente para comprarem alimentos
for possível recorrer a outras e outras a comer em excesso.
técnicas cujos efeitos são
conhecidamente inócuos, tal deve 1.6 A nível mundial verifica-se um enorme
ser feito, em nome da saúde desequilíbrio quanto à distribuição de
pública. riqueza e, consequentemente, quanto
ao acesso aos alimentos. No mundo,
8. 8.1 Fermentação. coexistem duas situações antagónicas,
8.2 Fermentação alcoólica. No texto está ambas nefastas para a saúde: falta de
implícito o facto de haver produção alimentos ou excesso dos mesmos.
constante de álcool, o qual é um
produto da fermentação alcoólica. Pág. 301

8.3 A
1. 1.1 O tecido caloso obteve-se devido
8.4 O armazenamento do vinho em à perda de diferenciação das células
condições de anaerobiose pretende do explante que se transformaram em
eliminar um dos factores de células indiferenciadas e totipotentes.
deterioração do alimento — as reacções
1.2 O tecido caloso é composto por células
de oxidação não enzimáticas.
que possuem o genoma da planta-mãe,
9. I — A; II — G; III — F; IV — H; V — C; VI — D; permitindo preservar as suas
VII — E; VIII — B. características, e totipotentes,
garantindo a formação de todos
Pág. 293 os tecidos que constituem a planta.

1. 1.1 Dado que a Índia é um dos países com 1.3 A técnica é designada por
mais população, uma percentagem de micropropagação já que requer
25% de malnutrição corresponde a um uma pequena parte de um tecido de
valor elevado de número de casos uma planta e decorre, pelo menos nas
(cerca de 225 milhões de pessoas). primeiras etapas, numa superfície
relativamente pequena.

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e sustentabilidade
de matéria

1.4 Esta técnica permite a obtenção de um 1.3 A resposta deverá apontar soluções
grande número de indivíduos (plantas), alternativas ao uso de pesticidas
com as propriedades de uma planta- (como sejam o controlo biológico
1 obtenção

-mãe que apresenta características e/ou a integração das duas técnicas:


com interesse para o Homem, em áreas pesticidas convencionais e controlo
reduzidas e que facilitam a manipulação biológico).
das mesmas.
alimentos

1.5 As desvantagens associadas a esta Pág. 316


técnica são a exigência de materiais,
1. 1.1 Este insecto apresentava um gene que
UNIDADE 4 produção de UNIDADE

técnicas e pessoal especializado, bem


lhe conferia resistência a este insecticida.
como a inexistência de diversidade nas
plantas obtidas. 1.2 Os insectos não são eliminados.
1.3 Como todos os insectos sensíveis ao
Pág. 308 insecticida foram eliminados, as novas
gerações provieram do que apresentava
1. 1.1 Ambas as técnicas asseguram que resistência ao insecticida e assim todos
o tomate não se destrua durante apresentam o gene de resistência.
o transporte. Na apanha do tomate
em fase precoce de maturação, existe 2. 2.1 Os primeiros pesticidas descobertos
a desvantagem de este não desenvolver e utilizados foram os insecticidas; logo,
o aroma e o sabor característicos do os primeiros casos de resistência
tomate maduro, enquanto no TGM verificam-se neste grupo de seres vivos.
todas as características organolépticas 2.2 Existe um elevado número de espécies
do tomate são garantidas, reduzindo-se de insectos resistentes aos insecticidas
também a possibilidade de infecções devido a três factores: o número de
fungícas. espécies de insectos é muito elevado,
Em contrapartida, o TGM, por estes animais têm ciclos de vida curtos
apresentar genes estranhos e a e habitam uma grande variedade de
respectiva expressão, poderá suscitar ambientes.
alergias nos consumidores.
1.2 O TGM amadurece sem perder Pág. 321
consistência, porque não produz 1. 1.1 A Indonésia deixou de controlar
a enzima PG, pelo que não ocorre as pragas na cultura do arroz com
a quebra das pectinas das paredes os pesticidas convencionais e passou
celulares. a utilizar o controlo biológico.
1.3 Desta forma, fica assegurada 1.2 O controlo biológico de pragas consiste
a impossibilidade de o gene se espalhar na introdução de inimigos naturais (por
pelas populações de tomates não exemplo, predadores) dos organismos
transgénicos. causadores da praga.
1.3 Os custos da produção destas culturas
Pág. 315 de arroz diminuíram muito, tanto para
1. 1.1 Um bom pesticida deveria matar apenas os agricultores como para o Estado.
as espécies-alvo, não causando A produção aumentou.
resistência nos sobreviventes, 1.4 Os custos da produção diminuem
desaparecer ou alterar-se em produtos porque são feitas menos aplicações
inofensivos para o Ambiente, após a sua de pesticidas (que são caros) e a
utilização. introdução de inimigos naturais não é
1.2 Um pesticida com estas características muito dispendiosa. Por outro lado, como
ainda não existe. a produção aumenta, o custo da cultura
por hectare diminui.

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SOLUÇÕES

1.5 Se houver menos perda, existe um CTSA


maior número de sementes que se vai
transformar, efectivamente, numa planta
1  DOC.
Pág. 329
madura e produtiva.
1.6 O arroz é a base da alimentação destes 1. A produção de alimentos pode pôr em
povos, daí as preocupações com estas causa a qualidade ambiental, dado que
culturas. envolve gastos consideráveis de energia e
de água, bem como emissão de poluentes.
Pág. 344 2. Algumas causas que relacionam a
alimentação com a perda de qualidade
1. Ver mapa de conceitos da subunidade. ambiental são: consumo excessivo de água,
2. Atitudes correctas: B, D, E, F, G e H. consumo excessivo de energia (na produção
3. B e transporte de alimentos), produção de
poluentes do solo e, consequentemente,
4. 4.1 Estas batatas permitirão obter produtos
dos aquíferos.
alimentares com menos gordura.
3. O recurso ao biodiesel para produção
4.2 Devem ter sido obtidas por manipulação
de energia é um exemplo que ilustra a
genética.
afirmação. Aparentemente menos poluente,
4.3 Poder-se-á ter usado a transferência pode acarretar cenários de fome.
de genes através da bactéria
4. Sem correcção.
Agrobacterium tumefaciens, pois esta
bactéria ataca dicotiledóneas, como
é o caso da batateira. 2  DOC.
Pág. 330
5. 5.1 A praga é a de afídeos: Schizaphis
graminum. 1. O organismo patogénico é um fitoplasma.
5.2 Trata-se de uma praga, já que os 2. Este fitoplasma tem sido difícil de estudar
insectos competem com o homem por não sobreviver em meios de cultura
por uma planta (planta do arroz), in vitro.
destruindo-a e impedindo a sua
3. O insecto-vector é o animal que contrai a
utilização pelo homem.
infecção quando se alimenta de uma videira
5.3 São as fêmeas aladas que se deslocam infectada e transmite o organismo
para outras plantas e aí instalam novas patogénico às videiras saudáveis quando
colónias, disseminando, assim delas se alimenta.
a população de afídeos.
4. As soluções apontadas são o arranque das
5.4 B plantas infectadas ou a pulverização com
5.5 B insecticidas específicos para o fitoplasma.
5.6 A policultura, assim como a rotação 5. O arranque das videiras representa grandes
de culturas, são práticas pouco viáveis prejuízos em termos económicos, uma vez
nestas regiões, por se tratar de uma que, além de se perderem as plantas, terão
zona húmida, o que causa limitações de ser recolocadas novas videiras. Por outro
na escolha de culturas, já que nem lado, a pulverização com insecticidas é
todas suportam um grau tão elevado muito prejudicial para todo o ecossistema, já
de humidade. que afecta outros animais que desempenham
papéis importantes no seu equilíbrio,
5.7 A esterilização dos machos é
nomeadamente predadores do insecto.
dispendiosa e implica a manipulação
por técnicos especializados e o uso de
tecnologia nem sempre disponível.
5.8 A
5.9 C

P A R TE 2    G U I Ã O D O P RO FE S S O R 125

118509 104-127_Unid4.indd 125 09/03/09 9:23:36


e sustentabilidade
de matéria

TESTE de avaliação 4 4. 4.1 a) A


 rega, a eliminação de ervas
daninhas e as colheitas sucessivas
1. 1.1 1 — centro activo; aceleram a erosão do solo;
1 obtenção

2 — centro alostérico; os pesticidas e os fertilizantes


3 — enzima 1. (sobretudo em excesso) contaminam
os solos.
1.2 Via metabólica.
b) Os pesticidas e fertilizantes aplicados
1.3 Verificando-se a inexistência da enzima
alimentos

nas áreas agrícolas são arrastados


2, o produto A iria acumular-se na
pelas águas da chuva que se infiltram
UNIDADE 4 produção de UNIDADE

célula, não se formando o produto final,


e vão contaminar os aquíferos.
pelo que se este for um produto
essencial à célula, esta terá falta dessa c) As máquinas agrícolas poluem
substância essencial. a atmosfera, já que funcionam com
combustíveis fósseis cuja combustão
1.4 Esta ligação representa um processo
contamina o ar.
de inibição alostérica, que funciona em
feedback negativo. Esta enzima catalisa 4.2 A, D, E, F, H.
a primeira reacção química da via 4.3 B
metabólica, ficando inactiva pela ligação
4.4 D
ao produto final. A via metabólica cessa
o seu funcionamento, uma vez que não 5. 5.1 1 — Agrobacterium;
há necessidade de maiores quantidades 2 — célula de caule de feijoeiro;
desta substância. 3 — corpo caloso;
4 — clones.
1.5 O facto de esta ligação ser reversível é
extremamente importante para a célula, 5.2 A etapa A permite a transferência
dado que, quando há menores do gene desejado para o interior das
quantidades desta substância, células da planta que se quer alterar.
o produto final desliga-se e a via 5.3 Esta técnica permite obter, num único
metabólica volta a funcionar. processo, um grande número de plantas
2. A — V; B — F; transgénicas (possuindo um gene que
C — F; D — V; lhes permitirá expressar uma
E — V; F — V; característica desejável).
G — V; H — F. 5.4 C
3. 3.1 A — F; B — V;
C — F; D — F;
E — V; F — V;
G — V; H — V.
3.2 B
3.3 C
3.4 D
3.5 Quer a seca quer a salga são métodos
que funcionam incrementando a perda
de água no alimento. Desta forma, os
microrganismos ficam impossibilitados
de realizar os seus metabolismos e,
como tal, cessam a sua proliferação, não
degradando o alimento e garantindo-lhe
um maior período de validade.

126 P A R TE 2    G UIÃO DO PRO F ESSOR

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Notas do professor

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Nome: N.o: Turma: Data:
deambiente
matéria

Actividade de ampliação
Pegada ecológica
o meio
1 obtenção
e recuperar

1. Aceda ao site: www.earthday.net/footprint/index.asp ou www.redefiningprogress.org

2. Seleccione o seu país.


UNIDADE 5 preservarUNIDADE

3. Responda ao questionário.

4. Preencha os questionários referentes a:


a) pegada da alimentação;
b) pegada de bens de consumo e serviços;
c) pegada da habitação;
d) pegada de mobilidade e transporte.

5. Qual é a sua categoria relativamente a:


a) pegada da alimentação;
b) pegada de bens de consumo e serviços;
c) pegada da habitação;
d) pegada de mobilidade e transporte;
e) valor total da sua pegada ecológica.

6. Em casa, faça o mesmo questionário aos seus familiares e calcule a média da pegada ecológica
da sua família.

7. Qual é o valor da pegada ecológica do seu país?

8. Compare o valor da sua pegada e da sua família com o valor da pegada ecológica do seu país.

9. Admitindo que todos os indivíduos na Terra tinham uma pegada ecológica semelhante à sua,
quantos planetas seriam necessários para suportar de forma sustentável a actual população
humana?

10. Reflita sobre os resultados obtidos e sugira medidas que poderiam ser adoptadas a nível individual
e colectivo no sentido de fazer diminuir a pegada ecológica individual, familiar e mundial.

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Nome: N.o: Turma: Data:

Actividade de ampliação
Eutrofização na lagoa
das Sete Cidades

1. Analise os documentos seguintes, todos eles referentes ao processo de eutrofização ocorrido


na lagoa das Sete Cidades — São Miguel, Açores.

Doc. A
Cargas de nutrientes permissíveis, de perigo e afluentes à lagoa das Sete Cidades
(São Miguel, Açores).

Azoto Fósforo
(g/N/m2 ano) (g/P/m2 ano)

Máxima permissível 2,40 0,16


Cargas máximas que poderiam afluir
à lagoa das Sete Cidades.
Carga com perigo de eutrofização 4,88 0,32

Carga nutritiva transportada pelas linhas de água (estimativa baseada


4,59 0,72
em dados de Porteiro et al., Universidade dos Açores, 1998).

Carga máxima que pode atingir A partir da área de pastagens 23,7 2,92
a lagoa (com base em estimativas
de perdas de nutrientes resultantes do A partir da área florestal 0,85 0,04
trabalho de Porteiro et al., Universidade
dos Açores,1998). Total 24,6 2,96

www.aprh.pt/congressoagua2004/PDF/R_56.PDF

Doc. B
Ponta Delgada, 29 de Setembro de 2005
O governo está determinado no combate à eutrofização da lagoa das Sete Cidades.
A secretária regional do Ambiente e do Mar, Ana Paula Marques, visitou esta tarde, na freguesia das
Sete Cidades, na ilha de São Miguel, as obras em curso das empreitadas de construção de um desvio parcial
dos efluentes conduzidos pela vala que atravessa a localidade e de construção de açudes na mesma vala e
na Gruta do Inferno.
Aquelas obras foram diagnosticadas como fundamentais pelo Plano de Ordenamento da bacia hidrográfica
da lagoa das Sete Cidades, porque correspondem às medidas correctivas no âmbito do combate ao
processo de eutrofização.
Trata-se de uma vala que vai conduzir a água com nitratos que provêm das pastagens circundantes,
para o túnel de descarga das Sete Cidades, impedindo-se, assim, que aqueles caudais entrem nas lagoas e
aumentem o processo de eutrofização.
http://azores.gov.pt

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deambiente
matéria

Doc. C
Eutrofização das lagoas: Estratégia do Governo falhou
o meio
1 obtenção

06 Setembro 2008 [Regional]


Jorge Pinheiro, especialista da Universidade dos Açores na área dos solos, defende que a solução
encontrada pelo Governo Regional para combater a eutrofização da lagoa das Sete Cidades não vai resolver o
e recuperar

problema. Segundo o professor da Universidade dos Açores, para acabar com a eutrofrização crónica
desta lagoa de São Miguel, é necessário atacar a causa e não as consequências.
UNIDADE 5 preservarUNIDADE

No seu entender, a extensão rural é a solução para o problema e, por isso, o assunto deve ser tratado
pela Secretaria da Agricultura e não pela Secretaria do Ambiente.
Fonte: http://www.correiodosacores.net/view.php?id=13151

Discussão

1.1 Com base na análise do Doc. A indique a carga total máxima que poderá estar a atingir a Lagoa
das Sete Cidades?

1.2 Compare o valor atrás calculado com o valor máximo de azoto e fósforo que constituem perigo
de eutrofização para a mesma lagoa.

1.3 Com base na análise dos dados infira sobre o estado da lagoa citada.

1.4 Quais são as medidas propostas pelo Governo no combate à poluição da lagoa?

1.5 Comente a afirmação de Jorge Pinheiro, especialista da Universidade dos Açores na área dos
solos:
«…para acabar com a eutrofização crónica desta lagoa de São Miguel, é necessário atacar a
causa e não as consequências.»

130 P A R TE 2    G U I Ã O DO PR OFES S OR    M a t e r i a l F otoc o p i á v el © S a nt i l l a na

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Nome: N.o: Turma: Data:

Actividade de ampliação
Densidade populacional em Portugal 
1. Analise o mapa, que mostra a densidade populacional em Portugal, por concelhos, em 2003,
e a informação apresentada de seguida.

< 21,76
≥ 21,76 e < 50,65
≥ 50,65 e < 103,37
≥ 103,37 e < 215,82
≥ 215,82

0 50 km

Em 2005, o Instituto Nacional de Estatística publicou um estudo no qual referia que 4 milhões de por-
tugueses (dos cerca de 10 milhões e meio) viviam nas cidades do País, que apenas ocupam uma pequena
percentagem do território nacional. Assim, as cidades têm uma densidade populacional média cerca de 20
vezes superior à da média do País (115,1 habitantes por km2 de acordo com dados de INE, 2006).
Fonte: www.presidencia.pt/

1.1 Quais serão as zonas preferidas pelos portugueses para viverem (litoral/interior, meio urbano/
/meio rural)?

1.2 Que razões poderão explicar a distribuição da população que antes referiu?

1.3 Relacione os dados do texto e da figura com as solicitações que são feitas aos governantes sobre
a melhoria das acessibilidades?

1.4 Suponha que pode tomar medidas a nível nacional e refira:


a) três que considere importantes para melhorar a sustentabilidade das cidades portuguesas;

b) duas que possam contribuir para equilibrar os valores da densidade populacional em Portugal.

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Nome: N.o: Turma: Data:
deambiente
matéria

Actividade de ampliação
Mortalidade infantil em Portugal
o meio
1 obtenção
e recuperar

1. Leia atentamente os excertos de uma notícia publicada pelo jornal Diário de Notícias, em 15 de
Outubro de 2008, sobre a mortalidade infantil em Portugal. Responda às questões.

Portugal é dos países onde a mortalidade mais desceu


UNIDADE 5 preservarUNIDADE

[…] No espaço de 38 anos, a mortalidade infantil (até cinco anos) em Portugal caiu 86% e a de
crianças diminuiu 89%. Indicadores como estes colocaram Portugal na lista dos cinco países do
mundo que mais reduziram a mortalidade, de acordo com um relatório da Organização Mundial de
Saúde (OMS), que foi divulgado ontem. O reforço do papel dos cuidados de saúde primários e do
acompanhamento especializado foram medidas que permitiram alcançar estes resultados, refere Luís
Pisco, o coordenador da Missão para os Cuidados de Saúde Primários.
O relatório divulgado ontem pela Organização Mundial de Saúde dá os exemplos de Portugal, Chile,
Malásia, Tailândia e Omã por terem conseguido consideráveis progressos na redução da mortalidade.
Se a mortalidade infantil caiu 50% de oito em oito anos (para três óbitos por mil), a mortalidade perinatal(1)
também teve reduções semelhantes, que ascenderam a 71% entre 1960 e 2008. Em termos percentuais,
a mortalidade materna foi a que registou maior diferença: 96%.
No espaço de 30 anos, a esperança de vida aumentou 9,2 anos, ao mesmo tempo que o produto
interno bruto per capita duplicou, avança a mesma fonte. A este factor juntam-se outros, como o
reforço dos cuidados hospitalares e de saúde primária. Note-se que este último foi o que mais contribuiu
para a redução da mortalidade perinatal.
[…] O relatório da OMS, intitulado «Cuidados de Saúde Primários — Agora mais do que sempre»,
foca-se na importância das estruturas de saúde menos diferenciadas. O documento frisa que os cuidados
primários têm de substituir «o hospital-centrismo», porque não são para os mais pobres.
O seu reforço está a ser considerado nas políticas de saúde nacionais. Luís Pisco deu o exemplo de
Portugal nos cuidados prestados pelos médicos de família às grávidas e crianças. «Por cada consulta
hospitalar a uma criança, nós fazemos cinco. E temos conseguido bons resultados.[…]»
(1)
 termo «perinatal» foi proposto por Peller em 1940, que considerava necessário analisar, como uma «unidade estatística»,
O
a soma dos nascidos mortos e as mortes durante a primeira semana pós-natal.
In http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101984000400001
http://dn.sapo.pt/2008/10/15/sociedade/portugal_e_paises_onde_a_mortalidade.html

1.1 Distinga mortalidade infantil de mortalidade perinatal.

1.2 Qual é a taxa de mortalidade, das anteriormente referidas, que mais desceu em Portugal?

1.3 Que medidas permitiram reduzir os valores de mortalidade infantil em Portugal?

1.4 Que outros indicadores, referidos no texto, levam a deduzir que tem havido um aumento
do nível de vida em Portugal?

132 P A R TE 2    G U I Ã O DO PR OFES S OR    M a t e r i a l F otoc o p i á v el © S a nt i l l a na

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Nome: N.o: Turma: Data:

TESTE DE AVALIAÇÃO 5

1. O gráfico seguinte revela a reacção de uma determinada população padrão a um determinado


tóxico. Analise-o e responda às questões.
1.1 Seleccione as opções que podem constituir
conclusões da análise do gráfico.
   A — O efeito de um tóxico depende da
forma como ele entra em contacto
com o organismo.
   B — Os indivíduos têm sensibilidades
Maioria da
diferentes aos tóxicos. Muito população Muito
sensíveis insensíveis
   C — Apenas uma parte reduzida da popu-
lação é pouco sensível ao tóxico.
   D — Quanto maior é a dose do tóxico,
maior, é a probabilidade de este cau- 0 10 20 30 40
sar danos. Dose (unidades hipotéticas)

1.2 Seleccione a opção que completa correctamente a afirmação seguinte.


Dois indivíduos injectados com doses (…) de um mesmo veneno podem apresentar efeitos (…),
o que pode estar relacionado com a constituição genética do indivíduo ou com (…).
  A — iguais […] diferentes […] a sua massa muscular.
  B — diferentes […] iguais […] a dose de veneno.
  C — iguais […] diferentes […] a dose de veneno.
  D — iguais […] iguais […] a forma como o veneno é introduzido no organismo.

2. Na figura ao lado podem observar-se os efeitos


de um fenómeno poluidor designado por chuva
ácida. Classifique as afirmações seguintes como
verdadeiras (V) ou falsas (F).
  A — U
 ma das causas da chuva é a depleção
da camada de ozono.
  B — A
 chuva é considerada ácida com
valores de pH de 5,6.
  C — U
 ma das causas da chuva ácida é a
queima de combustíveis fósseis.
  D — S
 olos ricos em carbonato de cálcio são
muito sensíveis à chuva ácida.
  E — O
 óxido de azoto é um dos gases pre-
cursores de chuva ácida.
  F — O
 ácido nítrico e o ácido sulfúrico são
poluentes secundários.
  G — A
 chuva ácida impede o desenvolvi-
mento de várias espécies vegetais.
  H — A
 chuva ácida pode cair bem longe
da emissão de poluentes.

P A R TE 2    G U I Ã O D O P R O F E S S O R    M a t e r i a l F o t o co p i ável © Sant i l l ana 133

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deambiente
matéria

3. O gráfico seguinte mostra a média mínima da concentração de ozono antárctico de 1980 a 2005.

Mínimo
Mínimodedeozono
ozonoAntárctico
antárctico(60∞
(60º–90º
– 90∞S)S)
o meio
1 obtenção

200

180
e recuperar

160

(DU)
140
UNIDADE 5 preservarUNIDADE

120

100

80
1980 1985 1990 1995 2000 2005 Anos

3.1 Qual é a quantidade de ozono nos anos de 1980 e 2003?

3.2 O que poderá causar a variação verificada no gráfico? Explique o processo.

3.3 Qual é a importância da existência da camada de ozono para o planeta Terra?

3.4 Refira uma acção que pode tomar para impedir a depleção da camada de ozono.

4. Observa-se algumas vezes em certas cidades o fenómeno designado por inversão térmica.
4.1 O que entende por inversão térmica?

134 P A R TE 2    G U I Ã O DO PR OFES S OR    M a t e r i a l F otoc o p i á v el © S a nt i l l a na

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TESTE DE AVALIAÇÃO

4.2 A inversão térmica está directamente relacionada com um fenómeno poluidor grave. Refira as causas
e consequências deste fenómeno.

4.3 Qual dos seguintes gráficos representa a variação de temperatura num local com inversão térmica?

A B C D
Altitude

Altitude

Altitude
Altitude

Temperatura Temperatura Temperatura Temperatura

5. Analise atentamente o documento seguinte.

Um excesso de nutrientes pode, por vezes, acelerar o crescimento de algumas espécies de


fitoplâncton que produzem toxinas. Estas toxinas podem causar a morte de outras espécies
vivas, como, por exemplo, os peixes dos viveiros. Os moluscos e os crustáceos acumulam as
toxinas quando comem o fitoplâncton e estas toxinas podem, então, passar para os humanos
quando os consomem. Isto causa, geralmente, apenas pequenos desarranjos gástricos, mas em
alguns casos raros, estas toxinas podem provocar paragens respiratórias que, às vezes, são
mortais.
http://www.atmosphere.mpg.de/

5.1 Além da produção de toxinas que causam danos na saúde pública, que outros efeitos prejudiciais
ao Ambiente pode causar o crescimento acelerado do fitoplâncton?

5.2 Como explica que as toxinas produzidas pelo fitoplâncton possam causar prejuízo para a saúde
humana?

5.3 Por que razão os efeitos das mesmas toxinas podem provocar no homem consequências tão
variadas, desde simples desarranjos gástricos até à morte?

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deambiente
matéria

6. Leia com atenção o texto que se segue e responda às questões a ele associadas.
o meio

A poluição do solo pode ser ocasionada por resíduos lançados em lixeiras e aterros.
1 obtenção

O lançamento de resíduos sólidos de uma forma indiscriminada pode fazer com que os solos se
tornem improdutivos. Actualmente, os aterros são relativamente seguros se forem cumpridas as
e recuperar

normas de segurança, podendo mais tarde ser transformados em parques, campos de ténis etc.
É preciso, no entanto, manter a vigilância nestes locais de maneira a controlar a produção de
gases que poderão ser perigosos e isolar devidamente o local para evitar a passagem de águas
de lixiviação (água contaminada) para o solo adjacente.
UNIDADE 5 preservarUNIDADE

http://www.incineracao.online.pt/poluicao-do-solo-incineracaoonlinept

6.1 Indique duas fontes de poluição do solo não referidas no texto.

6.2 Enumere as vantagens da utilização de aterros sanitários relativamente ao uso de lixeiras, como
locais de armazenamento de lixos.

6.3 Classifique as afirmações seguintes, referentes a aterros sanitários, como verdadeiras (V)
ou falsas (F).
   A — Os solos devem ser impermeabilizados com várias camadas de areia.
   B — N o final do dia, após compactação do lixo, deve proceder-se à cobertura da superfície
do aterro com partículas finas.
   C — A decomposição de matéria orgânica no aterro leva à formação de biogás.
   D — O biogás tem na sua constituição gases com efeito de estufa, pelo que o mesmo não
deve ser utilizado para produção de energia eléctrica no aterro.
   E — As águas que resultam da decomposição dos resíduos orgânicos devem circular por redes
de drenagem e serem encaminhadas para uma ETAR, depois de um pré-tratamento
das mesmas.
   F — A não drenagem da água pode ser responsável pela poluição dos solos.
   G — S e não houver cuidado na manutenção do aterro, este pode ser uma fonte de poluição
aquática, atmosférica e do solo.
   H — O biogás é constituído essencialmente por metano e dióxido de carbono.

7. Em Portugal, até há alguns anos o lixo era depositado a céu aberto, em lixeiras. Actualmente,
os resíduos são depositados em locais controlados.
7.1 Como se designam os locais onde actualmente são depositados os resíduos sólidos em Portugal?

7.2 Refira as condições que devem estar presentes no local de instalação de um desses locais
controlados.

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TESTE DE AVALIAÇÃO

7.3 O vidro e os metais não devem ser depositados nestes locais. Indique dois processos de valorização
para estes materiais.

8. Considere os dados sobre densidade populacional que se encontram na tabela seguinte.


8.1 Como consequência da análise destes
Densidade populacional
dados foram feitas as afirmações (n.º de habitantes/Km2)
seguintes. Seleccione a opção que
classifica correctamente as afirmações. Ano Mundo
Regiões mais Regiões menos
desenvolvidas desenvolvidas
I. A ocupação de todo o território
continental é indistintamente ele- 1950 19 15 21
vada. 1955 20 16 23
II. No período de 1980 a 2045 ocor- 1960 22 17 26
rerá uma duplicação da população.
1965 25 18 29
III. A taxa de crescimento populacional
1970 27 19 32
é mais elevada nos países menos
desenvolvidos. 1975 30 20 37

   A — T odas as afirmações são 1980 33 20 41


correctas. 1985 36 21 45
   B — A s afirmações II e IV são 1990 39 22 50
correctas. 1995 42 22 55
   C — T odas as afirmações são 2000 45 22 59
falsas.
2005 48 23 64
   D — A penas a afirmação III é
verdadeira. 2010 51 23 68
2015 54 23 73
2020 56 24 77
2025 59 24 81
2030 61 24 85
2035 63 24 88
2040 65 24 91
2045 66 24 94
2050 68 23 96
Dados de: http://esa.un.org/unpp/p2k0data.asp

8.2 Seleccione a opção que completa correctamente a afirmação seguinte.


Os valores de densidade populacional da tabela permitem-nos conhecer…
  A — … a distribuição da população pelas zonas urbanas e zonas rurais.
   B — … as taxas de mortalidade e fertilidade dos países em desenvolvimento.
   C — … a distribuição da população pelo território.
   D — … a distribuição média da população pelo território.

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deambiente
matéria

Critérios de correcção
o meio
1 obtenção

Actividade laboratorial
Efeitos de poluentes em leveduras
e recuperar

Pág. 341
UNIDADE 5 preservarUNIDADE

Competências Comunicativas

Comunicação em língua portuguesa Estrutura

Estruturação da composição. Apresentação geral do trabalho.


Sintaxe. Cumprimento da tipologia.
Pontuação/ortografia. Índice completo.
Bibliografia correcta.

Competências Conceptuais

Introdução teórica Procedimento experimental Resultados

Apresenta o objectivo. Apresenta a lista de material. 1 — Apresenta os resultados sobre


Aborda sumariamente os conceitos Apresenta a metodologia. a forma de desenhos ou
inerentes à poluição e seus efeitos fotografias.
em organismos vivos.

Competências Processuais

Discussão dos resultados Conclusão

1 — Justifica a utilização da sacarose como fonte 1 — Tira conclusões sobre a sensibilidade das leveduras
de alimento das leveduras. aos diferentes contaminantes em jogo.
2 — Identifica as variáveis em jogo: pilhas (metais
pesados), ácido acetilsalicílico, amónia e sal
(substâncias químicas), quantidade de CO2
e constituintes do refrigerante tipo cola.
3 — Identifica o papel representado pelo dispositivo D,
como dispositivo de controlo.
4 — Identifica o diâmetro obtido nos balões com
a quantidade de CO2 produzido por fermentação
das leveduras, que será directamente proporcional
ao número das mesmas (isto é, quanto maior for
o volume do balão, maior será a facilidade de as
leveduras se reproduzirem).
5 — Justifica os resultados obtidos em cada um dos
dispositivos, relacionando, em cada um deles, o
volume obtido no balão com a sensibilidade das
leveduras ao agente poluente inserido no dispositivo.

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MAPA DE CONCEITOS

Mapa de conceitos
5.1— Poluição e degradação de recursos

Consumo excessivo A ACTIVIDADE HUMANA Tratamento de resíduos


de recursos PROVOCA NO AMBIENTE

que podem ser Reduzir


Produção de resíduos
em excesso o que exige
Reutilizar
que podem provocar RSU
Perpétuos
Reciclar
Não-renováveis Contaminação Poluição
Aterros
sanitários
Renováveis causada pelo aumento de

Incineradoras
Poluentes
podem ser podem apresentar
considerados De acordo com a Águas
ETAR
localização, podem originar residuais
Toxicidade
Poluição
Não recicláveis a qual depende de
aquática
Petróleo
Recicláveis Características Mares
do tóxico e oceanos
Zonas costeiras
Biodegradáveis
Persistência Rios
Natural
Solubilidade Lagos/lagoas Eutrofização
Cultural
Bioacumulação Águas
subterrâneas
Bioampliação
Poluição
Interacção dos solos
com outros
Primários
Poluição provocada por poluentes
Características Antagonismo do ar
do organismo Secundários
exposto pode
Sinergismo provocar
Sensibilidade
Chuvas ácidas
Forma de exposição
Idade/peso… a tóxico
Nevoeiro fotoquímico
Estado
de nutrição Dose Depleção do ozono
estratosférico
Tempo/frequência
de exposição Aquecimento global
e efeito de estufa
Via de acesso

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deambiente
matéria

Mapa de conceitos
5.2 — Crescimento da população humana e sustentabilidade
o meio
1 obtenção

Crescimento da População Humana


e recuperar

depende
é estudado pela de origina diferenças na
UNIDADE 5 preservarUNIDADE

Demografia Densidade
Taxas populacional
de natalidade
é influenciado de
por
Taxas
de mortalidade
Avanços Questões sociais, Zonas urbanas
científico- religiosas
-tecnológicos e políticas Taxas
de fertilidade
Zonas rurais
na
Esperança
de vida

Saúde
(diagnóstico
e tratamento de que condicionam
doenças, métodos
contraceptivos, etc.)
Estrutura etária

Produção
de alimentos que permite concluir
sobre o tipo
de crescimento
Preservação
do ambiente

Rápido

Lento

Estável

acontece
Em declínio de modo
diferente em

Países Países
desenvolvidos em desenvolvimento

deve ser equacionado


de modo a permitir a

Sustentabilidade

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SOLUÇÔES

Soluções

MANUAL 1.5 Apesar de 3 mg/kg ser o valor que


matará cerca de 50% de roedores,
Unidade 5 não quer dizer que um indivíduo sujeito
a um valor mais elevado de estricnina
Pág. 334 (por exemplo, 5 mg/kg) possa ou não
morrer. Isto pode estar relacionado com
A —F; B —V; C —F; D —F; E —V; F —V;
a sensibilidade do mesmo, com o facto
G —V; H —V; I —V; J —V.
de o valor encontrado para os roedores
não ser idêntico ao dos humanos,
Pág. 356 ou ainda, com a forma como este
1. Sem correcção (contudo, deverá ficar bem é introduzido no organismo.
evidenciado o aumento da utilização de 1.6 Resposta livre. Os alunos deverão,
recursos). contudo, emitir opiniões sobre o valor
2. Atendendo ao aumento da utilização de moral da utilização de outras espécies
recursos ao longo dos tempos (1) e ao em testes, cujo benefício será para os
aumento acelerado da população humana, humanos.
será de esperar para um futuro mais ou
menos próximo a depleção de recursos (2). Pág. 348
1. 1.1 As classes do IQAr são: mau, fraco,
Pág. 342 médio, bom e muito bom.
1. 1.1 Não. Indivíduos diferentes podem reagir 1.2 As regiões do Centro Interior
de maneiras diferentes a uma situação e do Funchal.
idêntica de exposição a um dado tóxico, 1.3 Vale do Sousa e Vale do Ave. É provável
o que aparece ilustrado no gráfico A. que estas zonas sejam bastante
1.2 Concentrações de 1 a 5 ppm são industrializadas.
benéficas para a população em geral. 1.4 As pessoas destas zonas devem ter
Tendo em conta diferentes problemas respiratórios.
sensibilidades individuais a esta
substância, seria de propor um valor 1.5 Tendo em conta os dados do gráfico,
intermédio (cerca de 2,5 ppm). podemos afirmar que o índice de
qualidade do ar é bom.
1.3 Como se pode inferir do gráfico D,
a LD50 corresponde à dose capaz de
Pág. 364
matar cerca de 50% de uma população
que contacte com a mesma. 1. 1.1 Como pode ser analisado no quadro,
1.4 a) Como pode ser observado no gráfico são fontes de poluição aquática:
B, uma mesma substância pode ser a agricultura, a extracção mineira,
benéfica para um indivíduo, ou a indústria e a acção urbana.
representar toxicidade mortal, 1.2 a) Como se pode verificar, alguns
dependendo apenas da quantidade detergentes e produtos de higiene
a que o indivíduo é exposto. domésticos contribuem fortemente
b) O gráfico B demonstra a variação para a poluição das águas. Se os
de efeitos que algumas substâncias indivíduos fizerem escolhas de
têm sobre indivíduos, e, tal como produtos com estas funções com
pode ser observado, a partir de composição não poluente, estarão
determinada concentração uma a contribuir para evitar a poluição
substância passa a ser prejudicial. aquática.

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deambiente
matéria

b) Outras fontes que envolvem Pág. 378


a agricultura, a indústria e a
1. Ver mapa de conceitos da subunidade.
extracção mineira exigem de parte
o meio

2. 2.1 A toxicidade é a medida dos efeitos


1 obtenção

das sociedades e respectivos


governos, legislações, controlos e prejudiciais que uma substância
aplicação de medidas dissuasoras específica pode provocar num
e recuperar

que fogem à mudança determinado indivíduo.


de comportamentos individuais. 2.2 O potencial tóxico de um efluente pode
1.3 Todos os agentes poluidores apontados ser alterado pela acção conjunta de um
UNIDADE 5 preservarUNIDADE

no quadro resultam de actividade outro, podendo o seu efeito ser ampliado


humana. (sinergismo) ou atenuado (antagonismo),
pelo que sempre que um poluente age
conjuntamente com outro é difícil
Pág. 367 calcular o seu efeito isoladamente.
1. 1.1 Tendo em conta que a maioria dos 2.3 D
esgotos, quer urbanos, quer industriais,
que atingem os nossos rios não 3. 3.1 A — F; B — V; C — V; D — V; E — F;
recebem qualquer tratamento prévio, F — V.
será de esperar que os mesmos 3.2 Não. Indivíduos diferentes podem
apresentem valores consideráveis de apresentar sensibilidades diferentes
poluentes. a quantidades iguais de um mesmo
1.2 A agricultura e a extracção mineira. tóxico, pelo que o gráfico pode sofrer
oscilações se aplicado a outro indivíduo.

Pág. 370 4. 4.1 Na actualidade, a temperatura está


a aumentar.
1. 1.1 As chuvas ácidas são uma
consequência da poluição atmosférica 4.2 No gráfico, observa-se que as variações
e vão contaminar os solos com ácido na concentração de CO2 reflectem-se
sulfúrico e ácido nítrico, alterando na temperatura, que as acompanha.
também o seu pH. Por sua vez, 4.3 Os níveis de CO2 aumentam devido
a lixiviação vai permitir que estas à queima de combustíveis fósseis,
substâncias se infiltrem em camadas queimadas ou desflorestação.
mais profundas do solo, podendo 5. 5.1 Tóquio e Nova Iorque.
contaminar aquíferos.
5.2 Jillin, na China.
1.2 As águas de uma lagoa poluída
(poluição da água) infiltram-se no solo 5.3 As cidades de países em
e causam-lhe poluição, assim como desenvolvimento têm no ar muito mais
os contaminantes que são acumulados partículas do que as cidades de países
no solo, por exemplo, pesticidas desenvolvidos. O motivo reside nas zonas
e fertilizantes (poluição do solo), são industrializadas perto das cidades e nos
arrastados pelas águas da precipitação, veículos, sem mecanismos de controlo,
causando poluição em aquíferos. nem medidas que possam minorar as
emissões de poluentes para a atmosfera.
1.3 A combustão dos combustíveis fósseis
altera a qualidade do ar e pode 5.4 Doenças do foro respiratório, mutações,
contribuir para a formação de chuvas cancro.
ácidas que, por sua vez, contaminam 5.5 Veículos a gasóleo, indústrias
os solos. Por outro lado, os tanques e construção civil.
de armazenamento destes combustíveis 6. (1) Fluxo lento de água; (2) temperaturas
são, normalmente, enterrados no solo baixas que dificultam reacções metabólicas
e a existência de recipientes defeituosos de decomposição; (3) baixa concentração
pode causar fugas de material que se de oxigénio, o que dificulta a decomposição.
espalha no solo.

142 P A R TE 2    G UIÃO DO PRO F ESSOR

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SOLUÇÔES

7. 7.1 No final da zona A. Pág. 386


7.2 a) C; b) A e E; c) C; d) B. 1. 1.1 No gráfico A da figura 64 está assinalada
7.3 A quantidade de CBO varia de modo a linha a tracejado que indica qual deveria
inverso ao do oxigénio dissolvido. ser o número de habitantes da Terra se
o crescimento fosse exponencial. A linha
7.4 B e C.
vermelha, que indica os valores totais
8. I — D; II — C; III — A; IV — B; V — C; VI — E; reais da população mundial, mostra-nos
VII — A e C; VIII — C. que esses valores ultrapassam os
previstos num aumento exponencial.
Pág. 381 1.2 Nos últimos duzentos anos as regiões
1. 1.1 As capacidades criativas, de aprendizagem que mais contribuíram para o aumento
e de memorização permitiram ao Homem da população mundial foram a Europa,
fazer descobertas (como o fogo) e a antiga União Soviética e a Ásia.
transmiti-las (através da linguagem) aos 1.3 Nos séculos xxi e xxii, as maiores
seus contemporâneos e descendentes. percentagens de habitantes
1.2 Por um lado, a melhoria dos meios pertencerão à África e à Ásia.
de transporte veio incentivar o comércio 1.4 Tendo em conta que o maior aumento
e os contactos entre os povos, populacional (Fig. 65) se verifica,
diversificando e enriquecendo a actualmente e no futuro próximo, nos
alimentação, e, por outro lado, foram países em desenvolvimento, e que as
sendo implementadas infra-estruturas maiores taxas de crescimento da
(redes de água canalizada, redes população (Fig. 63) se encontram nos
de esgotos) que contribuíram para continentes africano e asiático, tudo
aumentar a higiene e a qualidade indica que seja aí que se encontra a
do nível de vida, e que, associadas maioria dos países em desenvolvimento.
ao desenvolvimento da Medicina,
1.5 De acordo com o gráfico, nos países da
permitiram eliminar muitas doenças
Europa e nos Estados Unidos há uma
infecciosas.
estabilização da população com idades
1.3 O Homem tem contribuído para entre os 0 e os 14 anos e um aumento
a diminuição da biodiversidade devido do número de habitantes das faixas
à desflorestação e à contaminação de etárias seguintes (15 aos 64 anos
ecossistemas. Por exemplo, tem usado e mais de 65 anos).
incorrectamente os recursos hídricos,
alterando a sua quantidade e qualidade, Pág. 396

tem poluído o ar com excesso de
combustões e tem utilizado o solo 1. Ver mapa de conceitos da subunidade.
como lixeira, entre outros impactos. 2. 2.1 Elaborar gráfico linear com dados
1.4 Tendo em conta a melhoria dos da tabela.
cuidados de saúde, os avanços da 2.2 Em ambas as regiões há uma tendência
Medicina no diagnóstico e na terapêutica para diminuir a taxa de natalidade.
de doenças, os progressos nas técnicas No entanto, enquanto na região A essa
de conservação e produção de diminuição se verifica progressivamente
alimentos, entre muitos outros aspectos, e de forma mais acentuada, na região B
as expectativas são de um aumento surgem períodos em que ocorre maior
populacional mundial nos próximos descida (2020-2035) e depois ocorre
anos. uma ligeira subida.

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deambiente
matéria

2.3 A região B deve corresponder à dos 3. Calcula-se que o valor da poluição das águas
países menos desenvolvidos, porque portuguesas não seja tão elevado que torne
a descida prevista para as taxas os protótipos azuis. Assim sendo, porque
o meio
1 obtenção

de natalidade não é muito acentuada, os valores não são muito elevados, não é
verificando-se oscilações em termos possível detectar, deste modo, o grau de
de valores globais. poluição das águas e ter-se-á de proceder
e recuperar

2.4 A análise das pirâmides da estrutura à análise, mais precisa, em laboratório.


etária dos países mostra que os países 4. Num país sustentável conseguir-se-ia
desenvolvidos tendem a envelhecer manter as águas livres de poluição, não
UNIDADE 5 preservarUNIDADE

e as taxas de fertilidade a baixar. havendo necessidade destes dispositivos.


3. A melhoria do nível de vida e do rendimento
per capita, que levam a que deixe de haver 2  DOC.
necessidade de usar o trabalho infantil para Pág. 401

sustento da família; a elevação do estatuto
social da mulher, que tende a baixar, 1. Nesta cidade, evita-se ao máximo o uso
naturalmente, as taxas de fertilidade. do automóvel, e os edifícios com muitos
andares, e, portanto, com muitos habitantes,
4. 4.1 A — II; B — III; C — I.
devem estar junto dos locais onde os
4.2 C transportes públicos recolhem os passageiros,
4.3 A — V; B — F; C — V; D — F; E — V; evitando-se assim a deslocação das pessoas.
F — F; G — F; H — F. A existência de estabelecimentos comerciais
em edifícios de habitação contribui para
5. B
evitar deslocações para a aquisição de
6. Alguns dos factores que condicionam as produtos necessários.
taxas de fertilidade são: os custo associados
2. Evitando a circulação automóvel, poder-se-á
à educação e saúde dos filhos, o nível de
contar com uma atmosfera menos poluída
educação e as oportunidades no mundo
pelos gases provenientes da queima dos
do trabalho para as mulheres, a idade com
combustíveis fósseis e também uma
que as mulheres têm o seu primeiro filho e
diminuição da poluição sonora. Por outro
os meios contraceptivos a que têm acesso
lado, as ruas tornar-se-ão mais propícias
(entre outros).
para deslocações a pé ou de bicicleta.
7. A melhoria dos cuidados de higiene e de
3. Sem correcção.
saúde podem considerar-se responsáveis
pelo aumento da esperança de vida.
8. I —A; II —B; III —E; IV —G; V —I; TESTE de avaliação 5
VI —C; VII —D; VIII—F; IX—H.
1. 1.1 B e C
CTSA 1.2 A
1  DOC. 2. A — F; B — F; C — V; D — F; E — F; F — V;
Pág. 400 G — V; H — V.

3. 3.1 Em 1980 havia 210 unidades Dobson
1. A vantagem do uso destes protótipos é que
(UD) e em 2003 havia 100 UD.
se pode estudar o grau de poluição do
ecossistema sem ter de sacrificar os animais, 3.2 Considera-se que a causa da depleção
e além disso, podem ser utilizados em da camada de ozono são os CFC
diversos ecossistemas aquáticos. emitidos para a atmosfera. O átomo
de cloro deste gás pode facilmente
2. Conhecendo a quantidade de poluentes
ser libertado nas altas camadas da
retida no modelo poder-se-á avaliar o grau
atmosfera.
de poluição das águas e tomar medidas
para a diminuir.

144 P A R TE 2    G UIÃO DO PRO F ESSOR

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SOLUÇÔES

Este átomo pode combinar-se com 5. 5.1 Eutrofização.


a molécula de ozono, desdobrando-a 5.2 Devido aos fenómenos de bioacumulação,
nos seus átomos constituintes: as espécies podem reter os tóxicos
C l 1 O3 → ClO 1 O2 e no seu organismo, e quando servem
ClO 1 O → Cl 1 O2 de alimento a outras espécies passam
para essas os seus tóxicos. Devido à
 A variação é explicada pelo aumento bioampliação, a concentração desses
da quantidade de CFC na atmosfera, tóxicos tende a aumentar ao longo das
ao longo do tempo. cadeias alimentares. Como a espécie
3.3 A camada de ozono é uma camada humana se alimenta de outras espécies
muito importante, pois protege não está a salvo de contaminações.
a superfície do planeta dos raios 5.3 Isso deve-se ao facto de as pessoas
ultravioletas nocivos para os seres vivos, apresentarem níveis de sensibilidade
protege-nos de cancros da pele, diferentes aos tóxicos.
cataratas, etc.
6. 6.1 Agricultura e extracção mineira.
3.4 Eliminar completamente a produção
de CFC. 6.2 Os aterros, se bem controlados,
evitam a poluição dos solos devido
4. 4.1 A inversão térmica é um fenómeno ao isolamento da sua base; evitam a
localizado em que uma massa de ar frio poluição do ar, por cobertura diária com
(mais denso) permanece junto ao solo areia, e reutilizam os gases produzidos.
sob uma camada de ar mais quente.
Estas condições atmosféricas 6.3 A — F; B — V; C — V; D — F; E — V;
contribuem para o smog. F — V; G — V; H — V.

4.2 Uma inversão térmica pode ter como 7. 7.1 Aterros sanitários.
consequência o smog, mistura de fumo 7.2 Um aterro sanitário deve ter o local
e nevoeiro que contém gases tóxicos, de deposição dos resíduos bem
como o ozono. A causa principal é a impermeabilizado, deve possuir uma
grande quantidade de veículos que rede de drenagem de águas lixiviantes
circulam em grande escala nas cidades. e uma rede de drenagem de biogás.
Os veículos libertam monóxido de azoto 7.3 Reutilização e reciclagem.
e hidrocarbonetos, que entram em
reacções químicas variadas por acção 8. 8.1 B — As afirmações II e III são correctas.
da energia solar. 8.2 D
O dióxido de azoto diminui, pois através
da luz solar, existe quebra de ligações
químicas (NO 1 O). O oxigénio atómico
combina-se com O2 e produz O3, tendo
como resultado o aumento do ozono.
Os hidrocarbonetos oxidados
combinam-se com o monóxido de azoto
para aumentar a quantidade de NO2:
esta reacção causa a diminuição
de NO e permite o aumento do ozono.
4.3 C

P A R TE 2    G U I Ã O D O P RO FE S S O R 145

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146

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PARTE 3
REGISTOS
DO PROFESSOR

Ficha de identificação do aluno 148

avaliação do jogo de simulação 149

Avaliação de trabalho laboratorial 150

avaliação de pesquisar e divulgar 151

147

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REGISTOS DO PROFESSOR

Ficha de identificação do aluno

IDENTIFICAÇÃO

Nome: N.º: Turma:

Data de nascimento: / / Naturalidade:

Com quem vive:


FOTO
Nome do Pai:

Idade: Habilitações literárias:

Profissão: Contacto:

Nome da Mãe:

Idade: Habilitações literárias:

Profissão: Contacto:

Morada:

Encarregado de Educação

Nome: Contacto:

Grau de parentesco: Habilitações literárias:

INTERESSES DO ALUNO

Eu estudo... Diariamente. Raramente. Nas vésperas dos testes. Nunca.

Estudo em casa... Sim. Não.

Gosto de estudar... Sozinho. Em grupo.

Tenho ajuda a estudar... Sim. Não.

Costumo consultar livros na biblioteca... Sim. Não.

As minhas disciplinas preferidas são:

Nos meus tempos livres, gosto de

Outras informações pessoais relevantes...

148 P A R T E 3    R E G I S T O S DO P R O F E S S O R    M a t e r i a l F oto co p i á v el © S a nt i l l a na

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118509 146-152_Parte 3.indd 149
Alunos Alunos
Critérios/
Parâmetros

Nome:
Escola:
Indicadores

1. Atitude perante o trabalho:

1.1 Respeita a opinião dos outros.

1.2 Emite opiniões fundamentadas.

1.3 Documenta-se cientificamente


para interpretar a personagem.

2. Análise do documento:

2.1 Faz uma apreciação crítica


da personagem.

2.2 Discute a relevância do documento

P A R TE
em relação à problemática inicial.

3. Discussão do trabalho desenvolvido:

3.1 Apresenta a personagem de forma


coerente e estruturada.

3    R E G I S T O S
  Ano:

D O
3.2 Emite opiniões fundamentadas,
de forma pertinente e crítica.
Avaliação do jogo de simulação

3.3 Apresenta propostas originais


para a solução do problema inicial.

4. Avaliação do trabalho desenvolvido:


  Turma:

4.1 Auto-avalia o trabalho de forma crite-


riosa, mediante o preenchimento

P R O F E S S O R    M a t e r i a l
de grelhas.
4.2 Avalia de forma criteriosa o trabalho
  N.o:

dos colegas, mediante o preenchimento


de grelhas.

F o t o co p i ável
Avaliação final da actividade laboratorial

©
NS — Não satisfatório S — Satisfatório B — Bom MB — Muito bom

Sant i l l ana
149
re g i st o s D O P R O F E S S O R

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REGISTOS DO PROFESSOR

150
P A R T E
Alunos Alunos
Critérios/

118509 146-152_Parte 3.indd 150


Parâmetros

Nome:
Escola:
Indicadores

3    R E G I S T O S
DO
1. Demonstra que:

1.1 Manuseia correctamente o material.

1.2 Domina as técnicas laboratoriais


implícitas.

P R O F E S S O R    M a t e r i a l
1.3 Executa com rigor o procedimento
proposto.

1.4 Executa o procedimento no tempo


previsto.

F oto co p i á v el
©
1.5 Organiza eficazmente os registos
a efectuar.

2. No decorrer da aula:

S a nt i l l a na
2.1 Cumpre regras de segurança
no laboratório.
  Ano:

2.2 Mantém o local de trabalho limpo


e organizado.
Avaliação de trabalho laboratorial

2.3 Usa equipamento de protecção.


  Turma:

3. Elabora o relatório:

3.1 Utilizando linguagem científica


apropriada.
  N.o:

3.2 Apresentando no prazo previsto.

Avaliação final da actividade laboratorial

NS — Não satisfatório S — Satisfatório B — Bom MB — Muito bom

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alunos/grupo de alunos

itens a avaliar tabela de classificação

1 — Comunicação pouco interessante.


1. Interesse da comunicação (oral ou escrita) 2 — Comunicação mais ou menos interessante.
3 — Comunicação muito interessante.

1 — Sem criatividade e sem originalidade.


2 — Com criatividade e sem originalidade
2. Criatividade e originalidade
ou sem criatividade e com originalidade.
3 — Com criatividade e com originalidade.

1 — Baixo grau de pesquisa.


3. Grau de pesquisa 2 — Razoável grau de pesquisa.
3 — Elevado grau de pesquisa.

1 — Utilização frequente de incorrecções


na comunicação em língua portuguesa.
2 — Utilização pontual de incorrecções
4. Utilização correcta da língua portuguesa

P A R TE
na comunicação em língua portuguesa.
3 — Ausência de incorrecções na comunicação
em língua portuguesa.

1 — Utilização frequente de linguagem científica

3    R E G I S T O S
incorrecta.
5. Utilização de linguagem científica correcta 2 — Utilização pontual de linguagem científica

D O
incorrecta.
3 — Utilização de linguagem científica correcta.
Avaliação de pesquisar e divulgar

1 — Apresentação pouco dinâmica.


6. Dinâmica da apresentação 2 — Apresentação com alguma dinâmica.
3 — Apresentação muito dinâmica.
1 — A apresentação não motivou o público-alvo.
2 — A apresentação motivou medianamente

P R O F E S S O R    M a t e r i a l
7. Eficácia junto ao público-alvo o público-alvo.
3 — A apresentação motivou significativamente
o público-alvo.

F o t o co p i ável
©
TOTA L 20

Sant i l l ana
151
re g i st o s D O P R O F E S S O R

09/03/09 9:24:53
FONTES FOTOGRÁFICAS

Corbis/VMI
capa Capa sobre DNA

Paulo de Oliveira
pp. 36, 37 Desenvolvimento embrionário
do ouriço-do-mar
p. 38  Organogénese em ovos de ave

Vários
p. 61  Drosophila melanogaster,
Biol. Oregon
p. 62  Exemplares de Drosophila melanogaster,
Paula Sampaio, IBMC — Universidade
do Porto
p. 133 Estátua afectada por chuva ácida,
Adam Hart-Davis
O Livro do professor Planeta com Vida de Biologia,
destinado ao 12.o ano de escolaridade do Ensino Secundário,
é uma obra colectiva, concebida e criada pelo Departamento
de Investigações e Edições Educativas da Santillana-Constância,
sob a direcção de Sílvia Vasconcelos.

EQUIPA TÉCNICA
Chefe de Equipa Técnica: Patrícia Boleto
Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
Ilustrações: Leonor Antunes
Paginação: Catarina Carneiro e Sérgio Claudino
Documentalista: Paulo Ferreira
Revisão: Catarina Pereira e Teresa Martins

EDITORA
Ana Duarte

© 2009

Estrada da Outurela, 118


2794-084 CARNAXIDE

APOIO AO PROFESSOR
Tel.: 21 424 69 01/02
Fax: 21 424 69 09
apoioaoprofessor@santillana.pt

Internet:  www.santillana.pt

Impressão e acabamento:  Tipografia Peres

ISBN:  978-972-761-831-6

1.a Edição
1.a Tiragem:  1000

Depósito Legal:  289137/09

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