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Índice

Introdução ....................................................................................................................................... 3

Problema ......................................................................................................................................... 4

Justificativa ..................................................................................................................................... 4

Metodologia .................................................................................................................................... 4

Objectivos ....................................................................................................................................... 4

Objectivo geral ................................................................................................................................ 4

Objectivos específicos .................................................................................................................... 4

Hipóteses ......................................................................................................................................... 5

Referencial teórico .......................................................................................................................... 5

Planificação das actividades ........................................................................................................... 7

Gráfico de Gatt ................................................................................................................................ 8

Recursos Humanos.......................................................................................................................... 8

Reciclar para salvar planeta ............................................................................................................ 9

Tipos de reciclagem ...................................................................................................................... 10

Reciclagem industrial do papel ..................................................................................................... 10

Reciclagem doméstica do papel .................................................................................................... 11

Reciclagem do plástico ................................................................................................................. 11

Reciclagem Mecânica ................................................................................................................... 13

Reciclagem Química ..................................................................................................................... 14

Reciclagem Energética.................................................................................................................. 14

Reciclagem do metal ..................................................................................................................... 14

Reciclagem do vidro ..................................................................................................................... 15

Reciclagem de resíduos orgânicos ................................................................................................ 16

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Benefícios da reciclagem .............................................................................................................. 17

Impacto ambiental negativo do lixo.............................................................................................. 17

Conclusão...................................................................................................................................... 19

Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 19

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1. Introdução

No presente trabalho o grupo ira elaborar um projecto que tem como tema “reciclar para salvar o
planeta”, onde iremos definir a reciclagem de resíduos sólidos, apresentar os problemas causadas
ao meio ambiente pela ma conservação do lixo e apresentar possíveis formas de resolver esse
problema.

Reciclar significa transformar objectos materiais usados em novos produtos para o consumo, ou
seja, reciclagem é o processo no qual, resíduos de produtos que já foram consumidos e objectos
que seriam descartados no meio ambiente, por serem considerados inutilizáveis; são reinseridos
no ciclo produtivo através da sua utilização como matéria-prima para a fabricação de novos
produtos. Existem vários tipos de processo de reciclagem, variando de acordo com o material a
ser reaproveitado, dentre os quais se destacam: o de papel, de metal, de plástico, de vidro e de
lixo orgânico. A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis
aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países
desenvolvidos. As actividades como campanhas de colecta selectiva de lixo e reciclagem de
alumínio e papel, já são comuns em várias partes do mundo. No processo de reciclagem, que
além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o
vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa
da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma
forma de reduzir os custos de produção.

Outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes
cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste sector e conseguindo renda para
manterem suas famílias. A reciclagem, além de ser extremamente importante para reduzir a
extracção de recursos naturais para atender à crescente demanda por matéria-prima das
indústrias, ainda ajuda muito a amenizar um dos maiores problemas da actualidade “o lixo”.
Estimamos que em Moçambique produz-se 240 mil toneladas de lixo por dia.

Primeiro precisamos mudar nossos hábitos de consumo, praticando o consumo consciente,


evitando o desperdício, pensando nas embalagens que depois irão para o lixo e dando preferência
para as que sejam recicláveis. Depois, temos que aprender a separar o material reciclável do não
reciclável e incentivar os amigos, vizinhos e parentes a fazer o mesmo.

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2. Problema
Sendo que os resíduos sólidos podem ser aproveitados para a realização de diversos obras
artísticas, fabrico de outras futuríveis e mais. A que se deve a maior proliferação nas nossas
cidades sendo este útil para o rendimento familiar no seu conservalizacao.

Não reciclar implica automaticamente não aproveitar o material que é inútil numa certa
actividade numa outra, como usar o vidro para colocar na parte superior do murro para que
ninguém possa andar por cima do mesmo. Não aproveitar o lixo causa diversos problemas ao
mundo e cá trazemos as possíveis causas e soluções.

3. Justificativa
Nós escolhemos esse tema “reciclar para salvar o planeta” porque vimos que muitos materiais
como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase
100%. Ao serem descartados de maneira inadequada, os resíduos produzem impactos ambientais
que colocam em risco e comprometem os recursos naturais e a qualidade de vida de todos os
seres vivos. O grupo viu que precisamos de mudar nossos hábitos de consumo, praticando o
consumo consciente, evitando o desperdício, pensando nas embalagens que depois irão para o
lixo e dando preferência para as que sejam recicláveis.

4. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, de modo a alcançar objectivos acima traçados recorremos
á pesquisas bibliográficas que compreenderam a leitura minuciosas, tomada de notas sobre
informações mais relevante e culminou com a sua compilação final.

5. Objectivos

5.1.Objectivo geral
 Avaliar o nível de reciclagem como forma de salvar o mundo
5.2.Objectivos específicos
 Identificar os locais com maior proliferação;
 Enumerar principais perigos que a sociedade corre com acumulação de lixo;

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 Apresentar os benefícios da reciclagem

6. Hipóteses
6.1. Hipóteses positivas

Caso o nosso projecto dê, ficaremos com as cidades limpas e saudáveis, sem a poluição, teremos poucos
casos de doenças nocivas. E não haverá poluição tanto atmosfera, assim como do solo.

6.2. Hipóteses negativas

Se o nosso projecto der errado, haverá saturação do lixo nas ruas da cidades, consequente proliferação
de doenças tanto para os humanos, assim como para os animais. Haverá congestionamento do lixo (as
pessoas não terão como deslocarem-se facilmente).

7. Referencial teórico
 Reciclagem

A reciclagem é o resultado de uma série de actividades, por meio das quais materiais que se
tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, separados e processados para serem utilizados
como matéria-prima na manufactura de novos produtos, feitos anteriormente apenas com
matéria-prima virgem. (MAZZAROTTO, 2013, p.27)

 Lixo

Lixo é tudo aquilo que já não tem utilidade e é jogado fora. É qualquer material sólido originado
em trabalho domestica e industriais, e que é eliminado.

 Resíduos sólidos

Resíduos sólidos são todos os materiais que resultam das actividades humanas e que muitas
vezes podem ser aproveitados tanto para reciclagem assim como para sua reutilização.

 Sustentabilidade

Sustentabilidade é uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite


a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo.

 Consumo

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Consumo é uma actividade económica que consiste na utilização, destruição ou aquisição de
bens e serviços.

 Logística Reversa

Logística reversa é a área da logística que trata, genericamente, do fluxo físico de produtos,
embalagens ou outros materiais, desde o ponto de consumo até o local de origem.

 Reaproveitamento

Reaproveitamento significa utilizar novamente um produto, algumas vezes modificando suas


propriedades físicas, mas mantendo a mesma composição química.

 Meio-ambiente.

O meio ambiente envolve todas as coisas com vida e sem vida que existem na terra ou em
alguma região dela e que afectam os outros ecossistemas e a vida dos seres humanos. Ou seja, o
meio ambiente é o conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural.

 Orgânicos

É qualquer composto que encerre carbono em sua molécula.

 Impacto ambiental

É a alteração no meio ou em algum de seus componentes por determinada acção ou


actividade

 Lixão

É uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples
descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de protecção ao meio ambiente ou à saúde pública.

 Chorume

Líquido que pode ser gerado da decomposição do lixo, de elevado potencial poluidor, de cor
escura e de odor desagradável, resultado da decomposição da matéria orgânica.

 Combustão

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Acção de queima, uma reacção química de uma substância com o oxigénio, que produz luz e
calor, ou apenas calor

8. Planificação das actividades


 Identificação do problema, das causas, e objectivos (02/09 – 07/09).
 Consulta de manuais; profissionais especializados na área de preservação do meio
ambiente. (08/09 – 17/09).
 Cinco membros serão incubido de visitar alguns centros urbanos para verificar e analisar
as maneiras como se processa a organização dos resíduos sólidos. (18/09 – 24/09).
 Analise dos conteúdos encontrados. (08/09 – 29/09).
 Ensaio de separação dos resíduos sólidos. (30/09 – 08/10).
 Incentivar a utilização dos cestos biodegradáveis e a disseminação da importância da
reciclagem. (09/10 – 19/10).
 Organização do trabalho feito e digitação. (20/10 – 06/11).
 Entrega e classificação do trabalho. (07/11 – 08/11).
 Encontro do grupo para o debate sobre o trabalho. (08/11 – 08/11)

Actividades Duração Precedências


A 6 Dias
B 10 Dias A
C 7 Dias B
D 22 Dias A
E 9 Dias D
F 11 Dias E
G 18 Dias F
H 1 Dia G
I 1 Dia H

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8.1.Gráfico de Gatt
Dias 02/09 – 08/09 – 18/09- 08/09 – 30/09 – 09/10 – 20/10 – 07/11 08/11
Act. 07/09 17/09 24/09 29/09 08/10 19/10 06/11

G
H

6 Dias 11 Dias

10 Dias 18 Dias

7 Dias 1 Dia

22 Dias 1 Dia

9 Dias

9. Recursos Humanos
 José Oliveira
 Julião Pajό
 Juvenildo Dinis
 Karen Yuite

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 Kleoseo Rodrigues
 Leika Cajoida
 Lerlicia Rafael

10. Reciclar para salvar planeta


Segundo Alcoa (2012), “a reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade
aproveitar materiais cuja vida útil já se esgotou ou que foram gerados de forma não intencional,
reintroduzindo os na cadeia produtiva”. A palavra reciclagem difundiu-se a partir do final da
década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não
renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de
lixo e de outros objectos na natureza.

Os resíduos sólidos são considerados como sendo vidro, papel, papelão, plástico, metais, sobras
de couro, madeira e material orgânico que sobram após o uso ou o beneficiamento de um
determinado produto. (Motta, 1998).

Os resíduos sólidos são gerados a partir de actividades de origem industrial, doméstica,


hospitalar, comercial, agrícola, de varrição entre outras e podem ser utilizados como matéria-
prima. Diferentemente dos resíduos sólidos, lixo pode ser entendido como algo impossível de ser
reaproveitado, e definido como “coisas inúteis, imprestáveis, velhas e sem valor; qualquer
material produzido pelo homem que perde a utilidade e é descartado”.

A problemática que envolve a questão dos resíduos sólidos não estão apenas relacionada com a
quantidade gerada, mas sim, e principalmente, pela forma de destinação final; ao descartarmos
resíduos em áreas a céu aberto, conhecidas como lixões/lixeiras, as consequências de poluição
ambiental causadas por essa forma de destinação podem acarretar na contaminação tanto do solo
quanto dos recursos hídricos.

11. O lixo e o consumo

A geração de lixo cresce no mesmo ritmo em que aumenta o consumo. Quanto mais mercadorias
adquirimos, mais recursos naturais consumimos e mais lixo geramos.

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A situação é mais grave nos países desenvolvidos eles são os que mais geram lixo,
proporcionalmente ao número de habitantes. Porém, nos países em desenvolvimento o quadro
também é preocupante.

O crescimento demográfico, a concentração da população nas grandes cidades e, em muitas


regiões, a adopção de estilo de vida semelhante ao dos países ricos, fizeram aumentar o consumo
e a consequente geração de lixo.

11.1. Principais perigos que a sociedade corre com acumulação do lixo

O lixo pode gerar chorume e contaminar a água e o solo. Ainda pode servir de abrigo e
alimentação para os animais e insectos que são vectores de doenças. As mais comuns são as
leptospiroses, peste bubónica e tifo murino causadas pelos ratos, além de febre tifóide e cólera
causadas por baratas, malária. Febre-amarela, dengue, leishmanioses e elefantíase, transmitidos
por moscas, mosquitos e pernilongos.

12. Tipos de reciclagem


A reciclagem pode ser feita a partir de diversos tipos de materiais, sendo assim, os processos e
técnicas a serem aplicadas variam de acordo com o tipo de material que será reaproveitado. Em
geral, o produto obtido por meio da reciclagem é totalmente diferente do produto inicial, porém,
alguns materiais (como o papel, por exemplo) podem ser utilizados em sua própria produção.

12.1. Reciclagem industrial do papel


No processo de reciclagem industrial do papel, os resíduos colectados (conhecidos como aparas)
são separados, enfardados e classificados de acordo com seu tipo, em usinas de compostagem.
Após a etapa de separação e classificação, as aparas são levadas a um grande tanque cilíndrico
semelhante a um liquidificador, onde são misturadas a água e revertidas em pasta de celulose.
Durante essa etapa, são eliminadas as impurezas encontradas nas aparas. Depois, é feita a
aplicação de compostos químicos para a limpeza de tintas ou impressões que possam estar
presentes, seguida por uma nova depuração para eliminar possíveis grânulos. Por fim, são
utilizados métodos para o fortalecimento da ligação das fibras, e o branqueamento da pasta de
celulose que, finalmente, pode ser transformada em papel novamente (MORENO, 2007, p.39).

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12.2. Reciclagem doméstica do papel
O papel também pode ser reciclado em ambiente doméstico, através de um processo
relativamente simples. Para tal processo, os materiais necessários são: papel utilizado, água, cola
branca, um liquidificador e uma tela de nylon. Primeiramente, o papel deve ser picado, colocado
num recipiente com água suficiente para encobri-lo e deixado de molho por 24 horas. Após este
tempo, o papel deverá ser levado a um liquidificador, onde será misturado a aproximadamente 2
litros de água, um pouco de cola branca e batido, dando origem a uma massa homogénea. A
etapa final consiste em mergulhar essa massa num recipiente com água, retirá-lo com a tela de
nylon e deixá-lo secar na forma de folha novamente.

Reciclar o papel consiste em aproveitar as fibras secundárias (fibras de celulose que serão
extraídas de papéis usados ou daqueles provenientes de sobras industriais, também conhecidos
como aparas) na confecção de um novo produto, seja embalagem ou em um novo papel para
imprimir e escrever, que será utilizado na produção de cadernos universitários de papel
reciclado, agendas, dentre outros (MORENO, 2007, p.39).

12.3. Reciclagem do plástico


Plásticos são polímeros de origem natural ou sintética, obtidos geralmente através do petróleo e
caracterizados, principalmente, pela capacidade de serem moldados. Dividem-se em dois grandes
grupos, de acordo com sua capacidade de fusão: os termoplásticos e os termófilos. Os
termoplásticos apresentam a possibilidade de serem moldados mais de uma vez, por meio da
elevação da temperatura e da aplicação de pressão, o que permite que sejam reciclados. Já os
termófilos, devido a transformações químicas durante o processo, podem ser moldados apenas
uma vez, impedindo-os de serem reaproveitados no ciclo
produtivo.

Os plásticos são utilizados nas indústrias na fabricação de diversos tipos de produtos, desde
embalagens e recipientes, até peças automóveis e dispositivos electrónicos. Actualmente, os
principais tipos de plásticos consumidos são:

 Os polietilenos de alta densidade (PEAD), utilizados em embalagens de produtos de


limpeza e óleos automotivos, potes, recipientes de utilidade doméstica, etc.;

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 Os polietilenos de baixa densidade (PEBD), utilizados em sacolas de supermercados, sacos
de lixo, etc.;
 Os polipropilenos (PP), utilizados em filmes para embalar alimentos, seringas descartáveis,
frascos, etc.;
 Os poliestirenos (PS), utilizados em brinquedos, potes, bandejas, pratos, copos, etc.;
 Os policloretos de vinila (PVC), utilizados em tubulações de água, mangueiras, etc.;
 Os politereftalatos de etileno (PET), utilizadas em garrafas, frascos, bandejas de
microondas, etc.
 Quando são descartados inadequadamente, os plásticos podem trazer grandes prejuízos ao
meio ambiente. Sendo assim, a separação de materiais plásticos dos outros tipos de
resíduos através da colecta selectiva é um ponto fundamental, (Brasil e Santos 2004, p.88).

Além da questão do descarte inadequado, outro aspecto que causa preocupação é o volume cada
vez maior de utilização do plástico, tornando ainda mais importantes as medidas para seu
reaproveitamento. A reciclagem de embalagens plásticas preocupa a sociedade, mundialmente,
face ao crescente volume de utilização e as implicações ambientais inerentes ao seu descarte não
racional pós-consumo. (Forlin e Faria 2002, p.4).

Através da reciclagem dos resíduos plásticos, é gerada matéria-prima a ser


utilizada, tanto nas indústrias, quanto na confecção artesanal dos mais diversos
produtos.

Tipo de plástico reciclado Produto final obtido através da reciclagem


PET Vassouras, bolsas, cestos, brinquedos, enfeites,
luminárias, porta-objectos, hortas suspensas,
etc.
PVC Tubulações e conduitos, mangueiras para
jardim, suportes para Notebook, brinquedos,
flautas, etc.
PP Telhas plásticas, cordas, baldes, lixeiras, copos
e recipientes, peças de automóveis, etc.

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PEAD ,Tubos flexíveis, madeira plástica, placas de
piso, escaninhos, brinquedos, etc.
PEBD Plásticos-filme, Strecht, sacolas, sacos de lixo,
etc.
OS Pratos, copos e bandejas descartáveis, artigos
de isolamento térmico, etc.
Existem três tipos de reciclagem de resíduos plásticos, diferenciados de acordo com o produto
final obtido a partir do plástico reaproveitado. São eles a reciclagem mecânica, a reciclagem
química, e a reciclagem energética.

12.3.1. Reciclagem Mecânica


A reciclagem mecânica é o processo mais comum de reaproveitamento de materiais plásticos,
por meio do qual, os resíduos colectados são transformados em pequenos grãos, a serem
utilizados na produção de novos bens. Esta divide-se em:

 Primária ou Pró-consumo: na qual são reaproveitados resíduos e sobras dentro das


próprias indústrias;
 Secundária ou Pós-consumo: na qual são reaproveitados resíduos de artigos plásticos já
consumidos, provenientes das mais variadas origens e, obtidos geralmente em lixões,
aterros sanitários ou por meio de colecta selectiva.

A realização da reciclagem mecânica do plástico consiste na submissão dos resíduos às


seguintes etapas:

a) Separação;

b) Moagem;

c) Lavagem;

d) Secagem;

e) Reprocessamento;

f) Transformação em novo produto acabado.

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Essas etapas são sujeitas a variações, de acordo com a procedência e com a condição dos
resíduos. A separação é a etapa mais crítica, uma vez que, existem diversos tipos de plásticos nas
mais diversas condições, e alguns exigem métodos especiais para serem reaproveitados. Os
investimentos e tecnologias aplicados buscam que os bens produzidos com a reciclagem do
plástico se aproximem o máximo possível daqueles produzidos a partir do plástico virgem
(SPINACÉ; DE PAOLI, 2003, p.66).

12.3.2. Reciclagem Química


A reciclagem química, também conhecida como terciária, refere-se à transformação dos resíduos
plásticos em consumos químicos, combustíveis ou matéria-prima para a fabricação de novos
produtos plásticos. A reciclagem química possibilita uma grande aproximação do plástico
reciclado ao plástico virgem. A aplicação da reciclagem química se dá através da
despolimerização (reversão de um polímero para seu monómero) dos resíduos plásticos
colectados, seguida da purificação dos monómeros originais, para que possam ser novamente
polimerizados, tornando-se aptos para utilização. (FORLIN; FARIA, 2002, p.5).

12.3.3. Reciclagem Energética


A reciclagem energética representa uma alternativa para resíduos plásticos que não podem ser
reaproveitados através de outros métodos, por questões económicas ou práticas. Nela, são
utilizados processos de combustão ou incineração para transformar o material colectado em
energia térmica e combustível para geração de energia eléctrica.

Segundo Spinacé e De Paoli (2003, p.69) “o conteúdo de energia dos polímeros é alto e muito
maior que de outros materiais. O valor calórico de 1kg de resíduo poliédrico é comparável ao de
1litro de óleo combustível e maior que o do carvão”.

12.4. Reciclagem do metal


Os metais são elementos químicos, sólidos e cristalinos a temperatura ambiente (com excesso do
mercúrio, encontrado em estado líquido), caracterizados por algumas propriedades específicas,
tais como: condutibilidade eléctrica e térmica; maleabilidade; ductilidade; dureza; e brilho.

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Os metais são utilizados nas indústrias para a fabricação de inúmeros itens, desde latas e
embalagens até móveis, instrumentos musicais e peças de automóveis.

A reciclagem do metal tem grande importância na redução dos impactos ambientais, pois os
resíduos metálicos têm elevado tempo de decomposição e, ao serem descartados na natureza ou
em aterros sanitários causam graves problemas, como a poluição da água e do solo, risco de
enchentes nas cidades, dentre outros. Além disso, com a reciclagem dos metais é possível reduzir
a exploração do minério de ferro e contribuir com o aspecto socioeconómico, gerando novas
oportunidades de emprego (captadores, recicladores e cooperativas).

Na reciclagem do metal, primeiro é feita uma separação dos tipos de resíduos metálicos
colectados, seguida por uma triagem electromagnética. Após essa etapa, os resíduos são
prensados, classificados e enviados para as devidas estações de reciclagem de acordo com seu
tipo. Nas estações, os resíduos são triturados, derretidos, livrados de impurezas e,
posteriormente, fundidos em lingotes a serem reinseridos no ciclo produtivo, como matéria-
prima nas próprias indústrias. Os metais apresentam a vantagem de não perderem suas
propriedades físicas durante o processo de reciclagem, permitindo seu reaproveitamento
contínuo.

12.5. Reciclagem do vidro


O vidro é um composto inorgânico, sólido e sem forma determinada, originado pela fusão e
posterior resfriamento de óxidos ou derivados, até a obtenção de condição rígida, sem
cristalização. Sua utilização é extremamente ampla, abrangendo garrafas, pratos, copos, peças de
decoração, frascos para produtos farmacêuticos, janelas, partes de electrodomésticos e
electroeletrónicos, etc.

A reciclagem do vidro reduz o consumo de energia e matérias-primas extraídas da natureza para


sua fabricação e contribui para a melhoria das condições de limpeza pública e redução do
volume de resíduos em aterros e lixões. Além disso, o vidro possui a vantagem de ser 100%
reciclável, podendo ser reaproveitado inúmeras vezes, sem perdas.

Para a reciclagem do vidro, após sua captação, ele é levado a uma indústria de reciclagem, onde
deverá ser separado de acordo com sua cor e tipo, e passar por um processo de remoção de

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tampas e rótulos, e eliminação das impurezas. Após esta fase de descontaminação, os resíduos do
vidro são submetidos à moagem, para depois serem encaminhados para a refundição,
possibilitando sua reutilização como matéria-prima no processo produtivo.

12.6. Reciclagem de resíduos orgânicos


Os resíduos orgânicos são aqueles provenientes de animais ou vegetais, ou seja, resíduos que se
originaram de seres vivos. Dentre eles, encontram-se restos de alimentos, cascas e sementes de
frutas, ossos, grãos, folhas, cinzas, madeiras, etc.

Esse tipo de resíduo é considerado poluente e, quando acumulado, pode tornar-se altamente
interactivo e malcheiroso, normalmente devido à decomposição destes produtos. Se não houver o
mínimo de cuidado com o armazenamento desses resíduos cria-se um ambiente propício ao
desenvolvimento de microorganismos que muitas vezes podem ser agentes que podem causar
doenças.

Durante o processo de decomposição do lixo orgânico, ocorre a formação de um líquido


malcheiroso de cor escura, conhecido como chorume, que pode causar a contaminação da água e
do solo. Além disso, ao serem eliminados na natureza, os resíduos orgânicos contribuem para a
proliferação de ratos, baratas e moscas que são responsáveis pela transmissão de diversas
doenças. Sendo assim, a questão do descarte inadequado de resíduos orgânicos deve ser tratada,
não só como um problema ambiental, mas também social no âmbito da saúde pública. (Bento,
2013, p.2).

Portanto, um dos caminhos para a solução dos problemas relacionados com os resíduos sólidos
orgânicos é a gestão e o gerenciamento destes, que consiste em acções relacionadas ao controle
da geração, armazenamento, colecta, transporte, processamento e disposição de resíduos sólidos
de maneira que esteja de acordo com os melhores princípios de saúde pública, economia,
engenharia, conservação dos recursos naturais, estética e outras considerações ambientais e que,
também, possa representar as atitudes e mudanças de hábitos das comunidades.

A reciclagem dos resíduos orgânicos se dá, geralmente, através da compostagem, que consiste na
transformação dos resíduos num material orgânico rico em nutrientes naturais, chamado de
composto orgânico. O processo de compostagem estimula a degradação biológica dos resíduos

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orgânicos através de seu acondicionamento em compartimentos, em contacto com o oxigénio e
com microorganismos decompositores. O composto orgânico obtido através desse
processo é extremamente proveitoso na jardinagem e agricultura, sendo utilizado
como adubo, fertilizante, e na preparação e melhoramento do solo.

13. Benefícios da reciclagem


 Contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar; o melhora a limpeza da cidade e a
qualidade de vida da população;
 Prolonga a vida útil de aterros sanitários;
 Melhora a produção de compostos orgânicos;
 Gera empregos para a população não qualificada;
 Gera receita com a comercialização dos recicláveis;
 Estimula a concorrência, uma vez que produtos gerados a partir dos reciclados são
 Comercializados em paralelo àqueles gerados a partir de matérias-primas virgens;
 Contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma consciência
ecológica.

14. Impacto ambiental negativo do lixo


De acordo com a Abrelpe (2012), a geração de resíduos sólidos no nosso país cresceu 1,3%
de 2011 para 2012, índice superior ao crescimento populacional que foi de 0,9%. No ano de
2012, 6,2 milhões de toneladas de lixo não foram colectadas e, segundo o site Planeta
Sustentável (2013), nas pesquisas que o grupo fez, das 64 milhões de toneladas de lixo
produzido no país em 2012, 24 milhões de toneladas tiveram destino impróprio.

A partir dessas informações, o grupo constatou que quase metade do lixo produzido no país
teve destino impróprio sendo colectado e descartado em lixões, aterros irregulares ou mesmo
nem sendo colectado. Seu impacto negativo para o meio ambiente é visível, seja pelo lixo
espalhado nas ruas, nos esgotos a céu aberto, nas enchentes e nos próprios lixões e aterros,
onde pessoas arriscam sua saúde na colecta de materiais recicláveis. Os lixões causam grande
impacto ambiental, pois o líquido originado pela decomposição dos resíduos (chorume) não é

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tratado e pode acarretar sérias consequências ao meio ambiente, por exemplo, a poluição do
solo, dos lençóis freáticos, a contaminação das águas superficiais e subterrâneas.

A destinação final de resíduos sólidos em lixões, aterros controlados ou não, não se constitui
uma forma de tratamento de resíduos, mas somente uma destinação incorrecta do lixo que
está totalmente fora dos conceitos da ecoeficiência. No ar, por exemplo, o inadequado
acondicionamento desses resíduos pode provocar formação de gases, devido à decomposição
desses materiais. Esses gases podem migrar gerando explosões e doenças respiratórias.

Assim, de todas as formas, os lixões são maléficos ao meio ambiente e à população,


principalmente para quem reside em áreas mais próximas desses locais, bem como para as
pessoas que trabalham directamente no manuseio de tais resíduos, o que não elimina os
riscos para o restante da população, já que o ar poluído pode migrar através do vento para
outras regiões.

Para Frankenberg (2011), a destinação inadequada dos resíduos sólidos produzidos em


grandes quantidades pode trazer sérios problemas para o meio ambiente e para a sociedade
como, por exemplo, os resíduos acumulados às margens de cursos d’água, canais e encostas,
causando poluição dos recursos hídricos, além de provocar o assoreamento e o deslizamento
de tais encostas. O acondicionamento inadequado dos resíduos também pode acarretar em
transmissão de doenças causadas por gases tóxicos dispersos no ar.

De acordo com Gouveia (2012), o acúmulo dos resíduos sólidos em lixões e aterros
(regulares ou não) e seu contacto com as condições climáticas, sol e chuva, além de
produzirem o chorume, poluente do solo e da água, produzem também o metano (um dos
gases mais prejudiciais à atmosfera), assim como o próprio dióxido de carbono, que é
considerado o grande vilão do efeito estufa.

Além disso, a queima do lixo espalha no ar inúmeros produtos tóxicos, como a fumaça, que
afecta os pulmões, e as dioxinas, resultantes da queima de plásticos e outros materiais tóxicos
que, além de cancerígenas, podem também acarretar problemas de saúde mesmo antes do
nascimento como, por exemplo, má formação do feto.

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15. Conclusão
Conforme dados obtidos nesta pesquisa, o grupo concluiu que as zonas com maior proliferação
são Mafalala, Hulene, Zimpeto e T-3.

E também pôde-se concluir que existem algumas alternativas que podem ser adoptadas pelos
órgãos governamentais, comércio, indústria e pelos consumidores de uma maneira em geral que
para se obter um melhor controlo do lixo, devem-se usar as denominações dos famosos três erres
que são: reduzir, reutilizar e reciclar.

A redução da produção do lixo consiste em diminuir uma série de embalagens que de alguma
maneira não podem ser reaproveitadas para outras actividades. A melhor forma de resolver um
problema constante, como é o caso dos resíduos, é a de evitar o seu surgimento. Uma das
atitudes para reduzir a quantidade de lixo gerado é a utilização de produtos fabricados de forma
diferente, ou prolongando o tempo de vida útil deste produto.

O lixo obstrui o sistema de saneamento, consequente rotura de tubos e derrame das águas e
destruição das vias públicas.

A reutilização é uma maneira de redução dos resíduos sólidos, uma vez que os produtos
permanecem mais tempo em uso antes de serem totalmente descartados. Este processo consiste
no aproveitamento de produtos sem que estes sofram quaisquer tipos de alterações ou
processamentos complexos, podem, no entanto serem limpos e normalmente reutilizados.

Os principais resíduos que podem ser reutilizados são os diversos tipos de embalagens,
brinquedos e roupas, que ao serem ligeiramente modificados podem novamente retornar ao uso.
Algumas medidas de reutilização podem ser destacadas: separação de sacos de papel, sacolas,
vidros, caixas de ovos, papéis de embrulho, etc. e reutilizá-los em outras necessidades.

A reciclagem é uma maneira de lidar com o lixo de forma a reduzir e reusar. Este processo
consiste em produzir novos produtos a partir de material utilizado como embalagem de produtos
recém adquiridos. Agindo desta forma, reduz-se o volume do lixo, o que contribui para diminuir
a poluição e a contaminação, bem como na recuperação natural do meio ambiente, assim como
economizar os materiais e a energia usada para fabricação de outros produtos.

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16. Referências Bibliográficas

BENTO, Ana L. et al. Sistema de gestão ambiental para resíduos sólidos orgânicos. 2013, 19f.
Relatório – Universidade Federal de Alfenas, Alfenas.

BRASIL, Anna M.; SANTOS, Fátima. Equilíbrio ambiental e resíduos na sociedade moderna.
São Paulo: Faarte Editora Ambiental, 2004

Gouveia, N. (2012). Resíduos sólidos urbanos: impactos sócio ambientais e perspectiva de


manejo sustentável com inclusão social. Ciência e Saúde Colectiva, 17(6), 1503-1510.
Recuperado em 13 Março, 2014

ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. 2011. Disponível em: < http://www.
cidadessustentaveis.org.br/sites/default/files/arquivos/panorama_residuos_solidos_abrelpe_2011.
pdf>.

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