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GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ

POLÍCIA MILITAR
DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO POP Nº: 009

CRIADO EM: 29/10/2015


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES COM
TOMADA DE REFÉNS LOCALIZADOS REVISADO: 16/04/2018

1. UTILIZAÇÃO:
1.1. Todas as Unidades Operacionais.

2. APLICAÇÃO:
2.1. Policiamento Ostensivo.

3. OBJETIVO:
3.1. Orientar a conduta do primeiro policial militar que se deparar com situações de
crise.

4. AMPARO LEGAL:
4.1. Constituição Federal – Art. 144, § 5º.
4.2. Código Tributário Nacional – Art. 78, Poder de Polícia.
4.3. Portaria nº 012/2012- GAB. CMDO GERAL DA PMAP – Regula o atendimento de
ocorrência envolvendo reféns, por exigirem uma resposta especial da Polícia Militar e
dá outras providências.

5. CONCEITOS RELACIONADOS:
5.1. CRISE: todo evento ou situação crucial que exige uma resposta especial da
polícia, como: sequestros, tomada de refém, situações envolvendo pessoas com
transtornos mentais, com desequilíbrios emocionais e suicidas, ameaças com artefato
explosivo, dentre outros.
5.2. PRIMEIRO INTERVENTOR: primeiro policial militar que se deparar com uma
situação de crise.
5.3. PONTO CRÍTICO: local onde acontece a crise.
5.4. CAUSADOR DE EVENTO CRÍTICO (CEC): indivíduo responsável por gerar a
situação de crise.
5.5. REFÉM: pessoa ocasionalmente envolvida na crise.
5.6. VÍTIMA: pessoa intencionalmente submetida à crise.
5.7. CONTENÇÃO: bloqueio nos possíveis pontos de fuga (portas, janelas, forro,
telhado, veículos, dentre outros) evitando que o causador do evento fuja do ponto
crítico, aumente o número de reféns e/ou amplie a área sob seu controle.
5.8. ISOLAMENTO: delimitação do perímetro da crise de forma a ter o controle de
entrada e saída de pessoas na área delimitada.
5.9. VARREDURA: processo de busca, identificação e localização no ponto crítico,
visando encontrar pessoas e/ou objetos relacionados à crise.

6. SEQUÊNCIA DAS AÇÕES:


6.1. O primeiro interventor deverá:
6.1.1. Aproximar-se do local respeitando os critérios de segurança;
6.1.2. Localizar o ponto crítico;
6.1.3. Realizar contenção e isolamento;
6.1.4. Estabelecer contato quando possível, porém, sem concessões;
6.1.5. Solicitar apoio das equipes de área e especializadas, via CIODES;
6.1.6. Coletar informações inerentes à crise, tais como: número de armas,
reféns/vítimas, CEC´s, bem como, as características do ponto crítico;
6.1.7. Manter-se em local seguro durante toda a crise;
6.1.8. Manter imprensa e terceiros afastados do ponto crítico;
6.1.9. Seguir as orientações e determinações da equipe especializada após sua
chegada.

7. PRESCRIÇÕES DIVERSAS:
7.1. Fica proibido:
7.1.1. Entrar no ponto crítico durante a crise;
7.1.2. Que aconteçam trocas de reféns/vítimas;
7.1.3. Autorizar intervenção por terceiros;
7.1.4. Autorizar a fuga do CEC;
7.2. Em situações no interior do Estado, considerando a distância e a dificuldade para
a chegada do apoio especializado, deverá o policial com maior treinamento
específico, buscar a resolução da crise, de acordo com a doutrina de gerenciamento
de crise.
7.3. Solicitar todo e qualquer apoio que julgue necessário (ambulância, bombeiro,
polícia civil, etc.).
7.4. Em casos excepcionais onde o CEC queira se render sem concessões, o
primeiro interventor deverá conduzir o processo de rendição da seguinte forma:
7.4.1. Comunicar a todos do processo de rendição;
7.4.2. Orientar ao CEC que libere reféns/vítimas;
7.4.3. Orientar ao CEC que coloque a arma ao solo sem jogar e se afaste da mesma
deitando no chão com a mão na cabeça;
7.4.4. Caso não haja equipe especializada, a equipe deverá, com segurança, fazer a
varredura do ponto crítico;
7.5. Em crises que não sejam resolvidas com intervenção tática, a apresentação à
autoridade policial será de responsabilidade do primeiro interventor.

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