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Todas as aves são pássaros No caso de passer, observamos que a palavra sig-

nificava “pardal” e passou a significar simples-


mente “pássaro”, de modo que, quando dizemos
“peru” (pênis). Adicionalmente, “passarão” é termo amplamente
utilizado no interior do Brasil para os ciconídeos conhecidos por
cabeça-seca (Mycteria americana) (Straube, 2000), assim trata-
hoje que o sabiá e um passaro não se afirma que o dos por serem pássaros grandes e, desta forma, diferentes dos pás-
sabiá seja um pardal. Tal procedimento se chama saros pequenos, mais conhecidos como “passarinhos”.
generalização. Há muitos exemplos disso. A gene- O pensamento utilitário para a palavra “ave” foi notavelmente
ralização vem de uma aplicação inicialmente inde- registrado em Curitiba (Straube & Vieira-da-Rocha, 2006), onde
vida que se populariza”. houve – na indicação das aves mais citadas pela população daque-
la cidade – uma considerável presença de “galinha” e suas vari-
Com isso, fica fácil concluir que não somente os pardais po- antes, compreendendo 26% de todas as citações a etnoespécies.
dem ser chamados de pássaros e também que eles não são “mais O termo “ave” (sob a forma avis) é muito antigo e, como dito,
pássaros” do que os outros membros da subordem Passeri; por ex- aparece já na obra de Cícero (Marcus Tullius Cícero: 106 a.C. –
tensão, os Passeri não são “mais pássaros” do que os demais Pas- 43 a.C.). Segundo Neves (1936), “Ave é uma antiquíssima pala-
Fernando Costa Straube qualquer vertebrado plumado. Mas ninguém, fa- seriformes e, finalmente, não há qualquer motivo para privatizar vra que significa água livre, curso de água, rio. No antigo eslavo,
lando corretamente nossa língua, dirá que a ema, o uso do termo pássaro apenas para os integrantes desta Ordem. av ou ava significa água; em bretão aren significa rio. A raiz célti-
“Vocês estão atrás de aves mesmo, da- o gavião e o papagaio sejam pássaros”. O mestre Sob essa conclusão, pode-se inclusive encontrar endosso lexi- ca ar era própria dos rios, e modificava-se foneticamente em av,
quelas de caça? Não interessa então os até exemplifica: “Temos ouvido definir que pássa- cográfico da envergadura de Houaiss &Villar (2001): ava, apa, sava e, possivelmente, lava.”
passarinhos miúdos...” (De um infor- ros são as aves pequenas. Estará certa? O bem-te- Ao menos no Brasil, “ave” tem uma ligação historicamente as-
mante anônimo, no interior do Paraná). vi é um pássaro, mas a rolinha, muito menor, pode pássaro s.m. [...] 1 ave pequena; passarinho 2 ORN design. co- sociada a agrupamentos de certas espécies quanto a característi-
ser designada assim? Certamente que não, pois a mum às aves da ordem dos Passeriformes, que possuem bico des- cas especiais, tais como hábitos alimentares (“aves de rapina”),
Os mais ortodoxos, geralmente ornitólogos – raramente leigos rola é uma pomba e os representantes desta ordem provido de cera e pés anisodáctilos 3 ORN infrm. m[esmo].q[ue]. comportamento migratório (“aves de arribação”), práticas cine-
– logo se manifestam: “nem toda ave é pássaro, mas todo pássaro não são pássaros, porém aves, como as galinhas”. Ave. [...]. géticas (“aves de caça”) e, principalmente, quanto ao uso comer-
é ave”. Essa frase tornou-se algo repetitivo, podendo ser encon- cial (corte, produção de ovos, penas, etc). A própria definição do
trada fácil e abundantemente em simples buscas pela internet. A base para tanto é tão-somente o nome científico da Ordem Recuando bastante na datação dos dicionários, encontramos termo avicultura restringe-se quase que totalmente a espécies de
Sob esse lema, alguns estudiosos escrevem páginas e mais pági- (Passeriformes) que, para leitores desavisados, seria argumenta- que aparecimentos dos verbetes ave e pássaro em dicionários por- interesse na alimentação humana, e grandes; não inclui, a rigor, a
nas para embasar sua opinião: defendem a tese que, na classe das ção suficiente para que os integrantes dela (e apenas eles) pudes- tugueses vêm do Século XVIII, por intermédio do padre Raphael prática de criação de espécies pequenas de interesse canoro ou or-
Aves, há uma ordem chamada Passeriformes e somente os inte- sem ser chamados de pássaros. Bluteau, baseado em ampla literatura latina; de uma forma geral, namental, tratadas pela ornitofilia.
grantes dela podem ser chamados de pássaros. Entretanto, essa posição não encontra nenhum tipo de susten- todos os léxicos surgidos posteriormente fundamentaram-se em A dicotomia aqui criada e defendida por ornitólogos acabou
Graças a esse conceito, amparado pela necessidade de se dico- tação técnica e tampouco linguística, sendo movida apenas por sua obra (Tabela 1). por gerar uma interpretação incorreta pelo leigo: aves são animais
tomizar entidades, apareceu o termo “não-passeriformes” ou non uma convenção de concordância tácita entre os estudiosos da grandes e pássaros, os pequenos, pulverizando totalmente a rela-
passeres, este último com um tipo de selo latino de qualidade, ain- Ornitologia, vez ou outra considerada também na linguagem coti- TABELA 1. Verbetes ave e pássaro em alguns dicionários ção proposta de hiperônimo (ave) e hipônimo (pássaro).
da que nenhuma destas duas grafias constitua-se de um táxon pro- diana da língua portuguesa, geralmente por imposição destes. da língua portuguesa do Século XVIII. Veja-se, por exemplo, a resenha de Maria Estela Guedes
priamente dito. Assim, as Aves (com iniciais maiúsculas para indi- Se considerarmos a formação (auto-explicativa) da palavra (2009) ao livro “A noite é dos pássaros” de Nicodemos Sena, edi-
car o nome científico da Classe), também conhecidas como aves “Passeriformes”, chegamos ao agrupamento de aves que possu- tado em 2003 e que mostra a grande confusão (o grifo é meu) que
(em português), seriam classificadas em “pássaros” (uma única em “forma” (inclusive tamanho) de pássaros. Isso acontece pela inevitavelmente se estabeleceu:
Ordem, a dos Passeriformes) e “não-pássaros” (todas as outras or- necessidade tipológica, da classificação lineana, usando um
dens). exemplo, dentro do conjunto, como baliza que represente todos
“Não, nem todas as aves o são. Dizer que perus,
De fato, a base para distinguir os Passeriformes dos demais se- os demais. Daí nomes como Accipitridae, que não abrange apenas
garças ou avestruzes são pássaros, seria erro tão
res emplumados é boa: constituem-se de um grupo monofilético as aves do gênero Accipiter e Anseriformes que não apenas con-
crasso como chamar insectos às aranhas. Não é po-
que, segundo Raikow (1982), caracteriza-se por possuir tipos tém gansos (gênero Anser e nome latino vernáculo anser), mas to-
rém a sistemática o objecto da minha atenção. Ho-
morfológicos únicos de espermatozóides, osso palatal e de mus- das as aves que se assemelham a eles, inclusive patos, marrecos e
je, como quase sempre, vou falar das gralhas, e no-
culatura escapular e pélvica. Além disso, em termos de riqueza, cisnes, além de anhumas e tachãs!
te-se que nem todas elas são aves, apesar de todos
eles compreendem mais da metade das espécies de toda a Classe Indo mais a fundo, chegamos a outros níveis da escala classifi-
os Corvidae serem pássaros. Já vamos sair deste
das Aves, questão debatida por Raikow (1986). catória que simplesmente vêm a endossar a fragilidade da distin-
impasse, pois ocorreu-me a necessidade de uma au-
Independente do indiscutível suporte filogenético, a pergunta ção pássaro-ave. Uma delas está na subordem Passeri (antigos
tocrítica: dizer que as gralhas são Corvidae é uma
é prática: “Por que selecionar um único grupo dentre todos os de- Oscines), uma das subdivisões da ordem dos Passeriformes e que
frase vazia de naturalidade. O verbo "ser" não
mais, distinguindo-o conceitualmente e ampliando essa prática se opõe aos Tyranni (antigos Suboscines). Seriam os representan-
cria nela nenhuma identidade fundamental. A famí-
para o linguajar cotidiano ?”. Afinal, ninguém pensou, até o mo- tes do primeiro grupo “mais pássaros” que os do segundo? Obvia-
lia Corvidae não é facto virtual nem natural, e nem
mento, em aplicar o mesmo sistema classificatório para outros mente que isso não faz o menor sentido, visto que o termo Passeri
sequer um rótulo definitivo aplicado a um grupo
grupos, agora subdividindo as Aves em corujas e “não-corujas” provém do gênero Passer, que o representa nominalmente (como “Pássaro”, pelo exposto, não pode ser uma designação exclusi- de animais. Em qualquer altura a sistemática mu-
ou beija-flores e “não-beija-flores”... também representa a família Passeridae), assim como Tyranni va dos integrantes da ordem dos Passeriformes. Essa é uma regra da tudo e as gralhas podem vir a ser consideradas
É difícil entender por que, inesperadamente, surgiu uma nor- vem de Tyrannus (que, por sua vez, representa a família Tyranni- criada pelos pesquisadores e que, além de não encontrar nenhuma Grallae, e mais: é tão vertiginosa a mudança neste
ma técnica, por alguns tida como linguística, distinguindo as pala- dae). base técnica, é frágil na própria interpretação taxonômica e, por ramo da ciência, que não espantaria ver um dia
vras “pássaro” e “ave”. Não há dúvida, porém, que foi o meio cien- Afundando ainda mais na teoria dos conjuntos, podemos che- que não dizer, totalmente inútil na prática. No âmbito popular, o classificados corvos e gralhas como Aves...”.
tífico que se encarregou de formar esses dois conjuntos, apenas gar finalmente à raiz do problema. A palavra pássaro vem do latim assunto é ainda mais problemático. Tentando impor um conceito
por uma interpretação etimológica superficial. Salles (1986), de- vulgar passaru que modificou-se para o latim culto passer. O ter- como esse, ornitólogos distanciam-se da comunicação com o pú- Além de pequenos, “pássaros” costumam ser as aves voadoras
fensor da distinção ave-pássaro, usou em sua retórica uma citação mo era usado, na Antigüidade, para designar popularmente o par- blico leigo, muitas vezes poderoso e eficiente instrumento de apo- que podem ser encontradas nos ambientes naturais, em liberdade.
a Rodolpho von Ihering, do “Dicionário dos animais do Brasil”: dal, espécie comum na Europa (Gentry, 1878) e que, muitos sécu- io a muitas descobertas científicas. Refere-se não somente às espécies que pertencem à ordem dos
los depois (1758), ganhou o nome científico de Passer domesti- Para o leigo, ave é toda e qualquer entidade emplumada porque Passeriformes dos ornitólogos mas também a outros grupos in-
"Pouca gente costuma fazer distinção com valor cus. Sob o mesmo raciocínio é que deprende-se que aquila era o isso consta nos livros didáticos, mas, na prática, refere-se cotidia- cluindo, por exemplo, rolinhas e juritis (Columbiformes), beija-
classificativo, no emprego dos vocábulos ave e pás- nome vernáculo atribuído às águias e, desta forma, não somente namente a espécies grandes e, particularmente, a animais de inte- flores e andorinhões (Apodiformes), surucuás (Trogoniformes),
saro, peculiares à nossa língua e à espanhola. O as espécies do gênero Aquila podem ser chamadas de águias! E resse econômico como galinhas, patos e gansos. pica-paus (Piciformes) e muitos outros, inclusive espécies de mai-
francês emprega indiferentemente oiseau, tanto ao junto a estes, tantos e tantos exemplos se ajuntam... Até mesmo em alguns casos, o termo “pássara” alude à fêmea or porte. Isso porque, na nomenclatura popular, não há interesse
designar o avestruz como o pardal e da mesma for- Viaro (2006) explica essa relação, adotando o conceito de gene- do peru, levando em consideração que “perua” seria indecente, em estabelecer limites precisos entre aves grandes e pequenas, vis-
ma Vogel em alemão e bird em inglês aplicam-se a ralização: por significar “vulva” (Houaiss & Villar, 2001), em aposição a to que isso é feito dependendo da situação coloquial.
4 Atualidades Ornitológicas Nº 148 - Março/Abril 2009 - www.ao.com.br Atualidades Ornitológicas Nº 148 - Março/Abril 2009 - www.ao.com.br 5
Até mesmo Carl von Linné (Linnaei, 1758:85), considerado o nhuma base linguística, histórica e muito menos técnica. Essa regra
autor da ordem Passeriformes, em sua obra basilar Systema Naturae por certo será seguida ainda por muito tempo pelos seus defensores
incluiu entre o grupo dos “Passeres” os gêneros Columba e Capri- mais ferrenhos e, por causa disso, ainda julgo aberto este debate.
mulgus, alusivos respectivamente, às pombas e bacuraus, o que se- No futuro, espero que mesmo ornitólogos mais experientes usem
ria considerado uma heresia do ponto de vista técnico, apenas justi- (também) a expressão “observação de pássaros” e o verbo “passari-
ficável pela antiguidade da obra. Incluir alguns grupos não- nhar” para as atividades que, no inglês, são tratadas simplesmente
passeriformes entre os pássaros (leia-se “Passeres” ou equivalentes) como “birdwatching” ou “birding”. Essa prática certamente trará re-
foi algo preservado até meados do Século XIX, quando a Ordem sultados muito positivos, inclusive a mais do que justificável comu-
passou a ser mais consensualmente admitida (Tabela 2), provavel- nicação entre as pessoas, sejam elas leigas ou cientistas.
mente após a distinção criada por Gloger entre os pássaros típicos Se a língua pertence, antes de tudo, às pessoas que a praticam,
(Passerinae) e os atípicos (Passerinae anomalae) (Walters, 2003). uma rápida busca por meio de ferramentas de busca da internet
(no caso, Google: 3 de abril de 2009) acaba por confirmar o que
TABELA 2. Sistemas de classificação que incluíram entre os pás- aqui defendemos: “observação de aves” e “observação de pássa-
saros (sob a forma Passeres ou equivalentes) outras espécies não con- ros” nos deram, respectivamente, 54.200 e 46.600 resultados. Fo-
sideradas atualmente entre os Passeriformes (Fonte: Walters, 2003). ra dos círculos científicos, ave e pássaro prosseguem sendo sinô-
nimos; só os ornitólogos ainda não perceberam.

Agradecimentos:
Pelas sugestões ao texto e envio de literatura, agradeço a Fábio
Sarubbi Raposo do Amaral, Guilherme Renzo Rocha Brito,
Claydson P. de Assis, José Fernando Pacheco e Vítor de Queiroz
Piacentini. Pela opinião compartilhada, sou também grato a Guto
Carvalho, um dos que muito me inspiraram em escrever este texto.

Referências bibliográficas
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Na literatura, tratar todas as aves como pássaros é também uma Feduccia, A. (1975). Morphology of the bone stapes (columella) in the Passeri-
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prática largamente utilizada e conhecida de todos os brasileiros, sity of Kansas Museum of Natural History. Miscellaneous Publications n°
não cabendo revisão mais profunda, além da citação a um exem- 63, 34 p.
plo elucidativo, colhido na obra “Grande Sertão: Veredas”: Folqman, C. (1755). Diccionario portuguez, e latino [...]. Lisboa: Officina de Mi-
guel Manescal da Costa. 392 p.
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O comum: essas garças, enfileirantes, de toda cluding remarks upon its usefulness, and copious references to the liter-
brancura; o jaburu; o pato-verde, o pato-preto, to- tura of the subject. Filadélfia: Claxton, Remsen, and Haffelfinger. 128 p.
petudo; marrequinhos dansantes; martim- Guedes, M.A. (2009). Nem todas as aves são pássaros. [Resenha do livro “A
pescador; mergulhão; e até uns urubús, com aque- noite é dos pássaros” de Nicodemos Sena]. Disponível online em
http://www.triplov.com/editorial/nico_aves.htm; acessada em 4 de abril
le triste preto que mancha. Mas, melhor de todos – de 2009.
conforme o Reinado disse – o que é o Passarim ma- Hassmann, R.B. dos S. (2005). A dialética do espaço em “Campo Geral”. Revista
is bonito e engraçadinho de rio-abaixo e rio- de Ciências Humanas de Taubaté 11(1):33-45.
acima: o que se chama o manuelzinho-da-crôa Houaiss, A. e Villar, M. de S. (2001). Dicionário Houaiss da língua portuguesa.
Rio de Janeiro, Objetiva.
(João Guimarães Rosa, 1956)
Linnaei, C. 1758. Systema naturae [...]. Volume 1, 10a edição. Holmiae: Lauren-
tii Salvii.
Segundo Hassmann (2005), “na obra de Guimarães Rosa, pás- Neves, F.F. (1936). Origem e etimologia de Aveiro. Arquivo do Distrito de Avei-
saros (aves) aparecem freqüentemente” e ainda outro exemplo é ro 2.
dado na passagem do romance “Noites do sertão” (parte da obra Raikow, R.J. (1982). Monophyly of the Passeriformes: test of a phylogenetic
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“Corpo de Baile”, de 1956): Raikow, R.J. (1986). Why are there so many kinds of passerine birds? Systematic
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“- De minha terra? Salles, O. (1986). Nem todas as aves são pássaros... Atualidades Ornitológicas
- Lá tinha pássaros cantando de noite? 8:4.
Silva, A. de M. (1789). Diccionario da lingua portugueza composto pelo Padre
- Sério. O mutum. De dia, ele fica atoleimado, es- Raphael Bluteau, reformado e acrescentado por Antonio de Moraes Sil-
condido em oco de pau, é fácil de se pegar à mão, va. Lisboa: Officina de Simão Thaddeo Ferreira. 2 vols.
mas à noite, sai para caçar comida. Canta, antes Straube, F.C. (2000). Questões lingüísticas em Ornitologia, IV: A carta de Ferrei-
da meia-noite e do romper da aurora. Chega dá as ra Penna e os nomes populares dos Ciconiidae brasileiros. Atualidades
horas. É grande e formoso como as penas dele bri- Ornitológicas 98:10-11.
Straube, F.C. & Vieira-da-Rocha, M.C. (2006). O conhecimento da avifauna pela
lham, feito um pavão. população de Curitiba (Paraná, Brasil) com subsídios para propostas locais
- E como canta? de educação ambiental. Atualidades Ornitológicas 133:18-21.
- No meio do mato, de madrugada, ele geme: - Hu- Viaro, M.E. (2006). História das palavras: etimologia. Museu da Língua Por-
hum... Uhu-hum... Não se parece com nenhum. tuguesa, Estação da Luz. Disponível online em
http://www.estacaodaluz.org.br. Acessada em 3 de abril de 2009.
- Aqui não tem. Walters, M. (2003). A concise history of Ornithology. New Haven e Londres: Ya-
- É um pássaro tristonho...” le University Press.

Com essa argumentação, considero o uso exclusivo do termo Hori Consultoria Ambiental (http://www.hori.bio.br)
pássaro para os Passeriformes uma regra desnecessária e sem ne- E-mail: urutau@mulleriana.org.br

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