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Autoras:

Esther Angélica Luiz Ferreira (SP)


Débora de Wylson Fernandes Gomes de Mattos (RJ)
Rafaela Catelan Martins Pereira (SP)
Colaboração:
Neulânio Francisco de Oliveira (DF)
Básicas

Medidas de isolamento domiciliar são importantes nesta fase (crianças são


vetores em potencial);

Alimentação saudável e adequada para a faixa etária - considerar doença de


base;

Estimular a lavagem de mãos com água e sabão – cuidadores e crianças


(utilizar álcool 70º em casos excepcionais);

Não compartilhar objetos pessoais.

Sobre os atendimentos

Buscar sempre informações oficiais: canais do Ministério da Saúde e de


sociedades representativas (como ANCP, Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP) e Sociedade Brasileira Oncologia Pediátrica (SOBOPE));
Consultas eletivas devem ser avaliadas quanto à possibilidade de
remarcação;

Consultas domiciliares podem ser feitas, mas com uso de Equipamentos de


Proteção Individual preconizados. Reconsiderar se paciente ou algum familiar
apresente sintomas gripais. Sempre registrar no prontuário cada ação.

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Cuidadores

Evitar que os cuidadores da criança sejam do grupo de risco, especialmente


idosos.

Medicações

Controle rigoroso dos sintomas físicos;


Atenção a validade das receitas;
Na falta, substituir a medicação conforme necessidade e possibilidade.

Quando internação for necessária

Encaminhar conforme fluxograma do serviço de saúde que o paciente tem


acesso;
Em paciente sem suspeita de COVID-19, internar o mais longe possível dos
casos suspeitos/confirmados e, em caso de descompensação, priorizar
tratamento no quarto e racionalizar transferência para outros setores;
Reforçar medidas de controles de sintomas e conforto;

Considerar usar teleconferências para reuniões de família;

Restrição de visitas deve ser avaliada com seriedade.

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Plano de cuidados

Assegurar que o cuidado está sendo prestado atendendo todas as esferas


(física/social/emocional/espiritual);
Deve ser revisto a cada intercorrência ou curso da doença;

Atenção aos problemas econômicos da família;

Atenção ao luto.

Comunicação

Em momentos de crise, a habilidade de comunicação e a capacidade de


gerenciar conflitos são grandes aliados;

Oferecer canal aberto para escuta ativa e especializada, considerando


teleconferência.

Equipe

Proporcionar cenários de auto cuidado, identificando quem necessita de


maior acolhimento.

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Referências:
1. Ferreira EAL, Gramasco H, Iglesias SBO. Reumatologia infantil e cuidados paliativos pediátricos: conceituando a importância desse encontro.
Residência Pediátrica 2019;9(2):189-192.

2. Barbosa S, Zoboli I, Iglesias S. Cuidados Paliativos: na prática pediátrica. 1 ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2019.

3. Ballentine JM “The Role of Palliative Care in a COVID-19 Pandemic”. Disponível em https://csupalliativecare.org/palliative-care-and-covid-19/


Acessado em 19 de março de 2020

4. Ofício CFM 1756/2020. Disponível em http://portal.cfm.org.br/images/PDF/2020_oficio_telemedicina.pdf. Acessado em 20 de março de 2020.

5. Dong Y, Mo X, Hu Y, et al. Epidemiological characteristics of 2143 pediatric patients with 2019 coronavirus disease in China. Pediatrics. 2020; doi:
10.1542/peds.2020-0702

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