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TRABALHO EM ALTURA NR 35

Procedimentos de execução de trabalhos em altura


Índice

Conceito do trabalho em altura .............................................................................................................................3

Conceitos da NR 35 ...........................................................................................................4,5,6,7,8,9,10,11,12,13

Fator de queda ....................................................................................................................................................14

Nós .................................................................................................................................................................15,16

Pontos de ancoragem .........................................................................................................................................17

EPI’s (Trabalho em altura) ...................................................................................................................................18

Equipamento de proteção individual ............................................................................................................. 19,20

Analise de risco ...................................................................................................................................................21

Permissão para trabalho ................................................................................................................................22,23

Inspeção de escada .......................................................................................................................................24,25

Procedimento de segurança no uso de escadas ................................................................................................28

Condições impeditivas do trabalho em altura.......................................................................................................11

Linha de vida .......................................................................................................................................................29

Como montar a linha de vida padrão Copel....................................................................................................30,31

Sinalização de segurança .........................................................................................................................32,33,34

Primeiros socorros ................................................................................................................................35,36,37,38

Anexos
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CONCEITO DE TRABALHO EM ALTURA

Segundo a NR 35, o trabalho em altura é definido como a atividade executada em


altura igual ou superior a 2 metros de altura e que apresente risco de queda.

Identifique nas imagens abaixo, segundo a definição o que é caracterizado como


trabalho em altura. (marque com X as imagens que você considera trabalho em altura).

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NR 35

35.1. Objetivo e Campo de Aplicação

35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,

envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos

trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível

inferior, onde haja risco de queda.

35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos competentes
e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.

35.2. Responsabilidades

35.2.1 Cabe ao empregador:

a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;

b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de

Trabalho - PT;

c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;

d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo,

planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis;

e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção


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estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;

f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;

g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção

definidas nesta Norma;

h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não

prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;

i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;

j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela

análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;

k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

35.2.2 Cabe aos trabalhadores:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos


expedidos pelo empregador;

b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;

c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos
graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato
a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;

d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
omissões no trabalho.

35.3. Capacitação e Treinamento

35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho
em altura.
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35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em
treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no
mínimo, incluir:

a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;

b) análise de Risco e condições impeditivas;

c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;

d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;

e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação
de uso;

f) acidentes típicos em trabalhos em altura;

g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.

35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das
seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;

d) mudança de empresa.

35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo
programático definido pelo empregador.

35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático devem
atender a situação que o motivou.
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35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em
conjunto com outros treinamentos da empresa.

35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.

35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.

35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a
responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.

35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo
programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e
assinatura do responsável.

35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.

35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado.

4. Planejamento, Organização e Execução.

35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e
autorizado.

35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de
saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal
da empresa.
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35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura,
garantindo que:

a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de

Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;

b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação; c) seja
realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura,
considerando também os fatores psicossociais.

35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do
trabalhador.

35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização de
cada trabalhador para trabalho em altura.

35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:

a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;

b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de
outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado.

35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de
risco de acordo com as peculiaridades da atividade.

35.4.4 A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as condições do
local de trabalho já previstas na análise de risco.
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35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;

b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;

c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;

d) as condições meteorológicas adversas;

e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual,
atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do
impacto e dos fatores de queda;

f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;

h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;

i) os riscos adicionais;

j) as condições impeditivas;

k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo


da suspensão inerte do trabalhador;

l) a necessidade de sistema de comunicação;

m) a forma de supervisão.

35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no
respectivo procedimento operacional.
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35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter, no
mínimo:

a) as diretrizes e requisitos da tarefa;

b) as orientações administrativas;

c) o detalhamento da tarefa;

d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;

e) as condições impeditivas; f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;

g) as competências e responsabilidades.

35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante
Permissão de Trabalho.

35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de

Risco e na Permissão de Trabalho.

35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da permissão,
disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua
rastreabilidade.

35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter:

a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;

b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;

c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.


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35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de
trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram
mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

35.5. Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem.

35.5.1 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser
especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o
respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.

35.5.1.1 Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os
riscos adicionais.

35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de
ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou
deformações.

35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e
sistemas de ancoragem.

35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções:

a) na aquisição;

b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados.

35.5.2.3 Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação, deformações
ou sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for
prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas internacionais.
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35.5.3 O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em sistema
de ancoragem.

35.5.3.1 O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.

35.5.3.2 O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de
exposição ao risco de queda.

35.5.3.3 O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do
trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência,
minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior.

35.5.3.4 É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações: a) fator de queda for maior
que 1;

b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.

35.5.4 Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;

b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;

c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.

35.6. Emergência e Salvamento

35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em
altura.
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35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o
trabalho em altura, em função das características das atividades.

35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a
emergências.

35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do plano de
emergência da empresa.

35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a
executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a
desempenhar.
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FATOR DE QUEDA

Fator de Queda é o resultado obtido dividindo-se a distância de uma queda pelo comprimento da
corda (ou do talabarte ou auto seguro) que absorveu o impacto da mesma. Ou seja, através da fórmula
FC=DQ/CC, devemos obter um valor que geralmente vai estar entre 0 e 2, onde FC = fator de queda,
DQ=distância da queda e CC= comprimento da corda.

FATOR DE QUEDA ZERO

Linha amarela= comprimento da corda (CC)


Linha vermelha: distância da queda (DQ)

Fator de Queda (FQ)=DQ = 0,2 metro (ou seja, 20 cm) Resultado: 0,2
CC = 1 metro (ou seja, 100 cm)

Sempre que o fator de queda for igual ou próximo de zero, teremos a menor incidência de força de
impacto no corpo do homem, ou seja, é a condição mais segura.
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NÓS

OITO

OITO DUPLO

COELHO
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BORBOLETA

OITO GUIADO

VOLTA DO FIEL
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PONTO DE ANCORAGEM

Ponto de Ponto de ancoragem é a estrutura que ira suportar toda carga aplicada em um sistema vertical,
podendo ser composta por um ou mais pontos de fixação estando estes ou não agrupados em uma mesma
estrutura. Todo ponto de ancoragem permanente deve contem uma ART (Anotação de responsabilidade
técnica assinada pelo engenheiro responsável), abaixo podemos observar alguns pontos de ancoragem.

EQUALIZAÇÃO DE PONTOS
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EPI’S TRABALHO EM ALTURA

6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção
Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção
de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários
dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente
e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda
ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito
estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do
trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência.


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EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Selecione os EPI’s (Equipamento de proteção individual), que você utiliza em seu dia-a-dia de
trabalho. (Marque X ao lado do equipamento que você utiliza no dia-a-dia, incluindo EPI e
demais materiais).

( ) ( )

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( ) ( )
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( ) ( )

( ) ( )

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ANALISE DE RISCO

A Análise Preliminar de Riscos tem por objetivo minimizar, controlar e eliminar os riscos e perigos,
oferecendo um ambiente seguro, ótimas condições de trabalho, redução de acidentes, funcionários
satisfeitos, um sistema de operações eficiente, além de otimização das tarefas e custos.

É de extremamente importante analisar as atividades antes do inicio da mesma, vamos realizar um


levantamento de risco utilizando o modelo de APR (Analise preliminar de risco) anexado no final da apostila.

Na imagem abaixo, temos um local de trabalho, e vamos realizar a atividade de lançamento de cabos próximo
à linha férrea, porém antes de iniciarmos vamos identificar possíveis riscos que possam causar acidente de
trabalho com danos a saúde do trabalhador e materiais.
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PERMISSÃO PARA TRABALHO

A NR 35 estabelece que toda atividade em altura deve ser liberada, mediante documento PT
(Permissão para trabalho), a PT é valida para um só dia e cada equipe deve realizar a
abertura de sua permissão antes do inicio das atividades. Vamos praticar o preenchimento da
permissão, na pagina anterior realizamos a analise dos riscos, agora vamos liberar a
execução da atividade mediante preenchimento da PT (Permissão de trabalho). O modelo de
permissão que utilizaremos está no anexo da apostila.

Regras básicas para abertura da PT (Permissão de trabalho)


 A PT tem validade de um dia.
 Não é permitido liberar atividade que apresente risco iminente a segurança dos
trabalhadores.
 Apenas trabalhadores que constam o nome na PT podem executar a atividade.
 Outra equipe de trabalho não pode fazer uso da PT liberada pela equipe anterior em
trocas de turnos.
 Todos os trabalhadores devem estar cientes dos riscos presentes na atividade.
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INSPEÇÃO DE ESCADAS

Quando inspecionar escadas?

• Inspecione escadas novas assim que recebê-las.


• Inspecione as escadas toda vez que for usar.
• Verifique as condições das escadas que tenham deixado cair ou que tenham caído antes de usá-las
novamente.

O que verificar quando inspecionar qualquer escada?

• Degraus faltando ou soltos (estão soltos se puder movê-los com a mão)


• Partes danificadas ou desgastadas
• Pregos, parafusos, porcas ou arruelas soltas
• Separadores soltos ou danificados ou travas e outras partes metálicas em más condições
• Em escadas de madeira, pregos gastos, torcidos ou apodrecidos
• Em escadas de fibra de vidro, rachaduras ou falhas
• Degraus rachados, partidos, desgastados ou pregos quebrados ou gastos
• Pontas afiadas em degraus ou pregos
• Superfícies ásperas ou com farpas
• Corrosão, ferrugem e desgaste excessivo, especialmente nas bitolas
• Trilhos torcidos. Verifique se há torção nas escadas pelos pregos. O uso de escadas torcidas ou
desbalanceadas é perigoso.
• Falta de rótulos de identificação

Que outros aspectos observar quando da inspeção de escadas de mão?

• Desalinhamento
• Dobradiças soltas ou partidas
• Porca quebrada na dobradiça

O que verificar quando inspecionar escadas de extensão?

• Travas de extensão soltas, quebradas ou faltando


• Travas defeituosas que não se encaixam adequadamente quando a escada estáem extensão
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• Cabos, correntes e cordas defeituosas

• Lubrificação suficiente de peças


• Apoios e buchas faltando ou defeituosos

O que fazer após a inspeção de qualquer escada?

• Identifique qualquer escada com defeito e retire-a de uso.


• Limpe escadas de fibra de vidro a cada três meses. Coloque um leve spray de resina ou cera em pasta.
• Proteja escadas de madeira com selador ou protetor de madeira.
• Substitua cordas gastas ou desfiadas em escadas de extensão.
• Lubrifique roldanas em escadas de extensão regularmente.

O que não se deve fazer após a inspeção de escadas?


• Não faça consertos temporários ou provisórios.
• Não tente esticar ou usar escadas dobradas.
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PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA NO USO DE ESCADAS

• Jamais use uma escada que não esteja em perfeitas condições de utilização.

• Nunca fique sobre dois degraus da escada, nesta posição o seu equilíbrio torna-se precário.

• Não suba em escadas portando objetos, suspenda-os por meio de corda, ou carregue-os em uma
bolsa presa à cintura.

• Para subir, apoie firmemente os pés nos degraus e use ambas as mãos para segurar-se.

• As escadas de abrir devem ser abertas até o fim do seu curso, com o fecho do tirante limitador bem
encaixado, antes de ser usada.

• As escadas de extensão não devem ter suas partes separadas, para evitar a quebra de polias e a
danificação dos engates.

• As escadas de abrir não devem ser usadas como escadas de encostar.

• É obrigatório o uso de cinto de segurança, preso a estrutura mais próxima, em altura superior a 2
metros do chão. É proibido prender na própria escada.

• Nunca subir em escadas com sapatos escorregadios ou sujos.

• Somente uma pessoa de cada vez deve utilizar a escada para subir ou descer.

• Em trabalhos elétricos devem ser utilizadas escadas de mão do tipo não condutora, feitas em fibra de
vidro, madeira ou outro material não condutor de eletricidade preferivelmente.

• Escadas rachadas, quebradas ou defeituosas devem ser inutilizadas e substituídas. Somente devem
ser usadas escadas de comprimento compatível com a altura da superfície que se irá trabalhar.
Extensões provisórias são perigosas e proibidas.

• A base das escadas devem ser equilibradas firmemente no piso, com a base aproximadamente a um
quarto do comprimento da escada na vertical.

• Os degraus das escadas devem estar livres de substâncias que provoquem escorregões, tipo óleo,
água, barro, etc. Escadas retas devem atingir pelo menos 1 m acima da plataforma ou patamar em
que está apoiada.
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• Olhe para a escada e use ambas as mãos ao subir ou descer. Quando outra pessoa não estiver
segurando a escada, esta deve estar fixada por braçadeiras na parte inferior e amarradas na parte
superior, para evitar o deslocamento. Ao fixar esta escada é necessário o auxílio de outra pessoa.
Escadas fixas verticais ou tipo marinheiro devem ter guarda-corpo a partir da altura de dois metros do
piso.

Na imagem abaixo podemos observar algumas condições que impedem o uso da escada
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CONDIÇÕES IMPEDITIVAS DO TRABALHO EM ALTURA

As condições abaixo impedem o trabalhador de exercer o trabalho em altura.

Fortes dores de cabeça

Enjoo

Problemas pessoais graves, ex: familiar doente.

Falta de equipamento de segurança adequado

Escada apresentando avarias

Quando identificarmos algumas destas condições, devemos comunicar o encarregado de


equipe para devidas providencias.
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LINHA DE VIDA

Em todos os trabalhos realizados em alturas superiores a dois metros, é fundamental que o trabalhador esteja
100% do tempo conectado a um sistema seguro e fidedigno de ancoragem (ancoradouro).
A queda em altura é a maior responsável pelos acidentes no trabalho com ferimento ou morte.
Aproximadamente, uma em cada sete mortes são em função de acidentes em altura e esses números estão
aumentando em virtude das falhas de segurança e planejamento nos trabalhos em altura. Observe, abaixo,
diferentes realidades onde as linhas de vida e as ancoragens são de suma importância.

1. Linha de vida fixa de cabo de aço ou corda em escada vertical;


2. Ancoragem para vara de manobra;
3. Linha de vida fixa de cabo de aço horizontal;
4. Acesso por corda vertical com utilização de ancoragens e corda de segurança;
5. Ancoragem com tripé em espaço confinado;
6. Linha de vida para carga e descarga em cabo de aço;
7. Linha de vida móvel de fita com catraca horizontal;
8. Linha de vida móvel com cordas em telhado;
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COMO MONTAR A LINHA DE VIDA PADRÃO COPEL


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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

26.1 Cor na segurança do trabalho

26.1.1 Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar
e advertir acerca dos riscos existentes.

26.1.2 As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar
áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem
atender ao disposto nas normas técnicas oficiais.

26.1.3 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.

Sinalização utilizando cones.

Destina-se para indicar e delimitar áreas através da colocação sobre ou ao redor das áreas a serem
demarcadas ou protegidas e utilizado também com o auxílio de fitas ou faixas sinalizadoras fixados nos locais
específicos. Utilizado interna ou externamente de modo geral, ao tempo sujeito a intempéries, chuvas, poeiras
e raios solares. Deverá possuir flexibilidade para não romper, trincar ou deformar permanentemente e retornar
a forma original por si mesmo, após sofrer abalroamento ou dobrar.

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

• Produto moldado (sem emendas) em material de características flexíveis e inquebrável, de forma cônica,
com base de sustentação quadrada e com sapatas (pés de apoio), com duas faixas em material refletivo de
cor branca e flexível;

• O cone deve ser constituído de uma peça única, predominantemente na cor laranja, resistente a raios
ultravioleta, intempéries ou impactos de veículos, sem apresentar deformações perceptíveis, não sendo
permitida a utilização de lastro acoplável;
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SINALIZAÇÃO

A maneira de sinalizar e isolar o local de trabalho deve ser definida em função do local, do tipo, da quantidade
de pessoal e da duração da tarefa.
Quando sinalizar e isolar o local de trabalho, deve ficar assegurada aos pedestres a utilização dos passeios
ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos da vias rurais para circulação, podendo a
autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja
prejudicial ao fluxo de pedestre.

Nas vias urbanas quando o passeio for interditado, as passagens tipo corredor de circulação devem ser
posicionados na pista de rolamento, sempre o pedestre tendo a prioridade sobre os veículos, por dentro do
corredor em fila única, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar
comprometida.

Nas vias rurais quando não houver passeio ou acostamento, as passagens tipo corredor de circulação devem
ser posicionadas na pista de rolamento, sempre o pedestre tendo a prioridade sobre os veículos, por dentro
do corredor em fila única, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança for
comprometida.

Quando houver obstrução da calçada, passeio ou acostamento, e isso oferecer risco a segurança do
pedestre, deve ser solicitado que o pedestre cruze a pista de rolamento.

Para o pedestre cruzar a pista de rolamento o responsável pela obstrução do passeio deve tomar as
precauções de segurança, para a travessia do pedestre. Levando em conta, principalmente, a visibilidade, à
distância e a velocidade dos veículos. Os pedestres terão prioridade sobre os veículos nesta situação, exceto
onde existir semáforo deverão ser respeitadas as disposições do CTB.

O corredor de passagem deve ter no mínimo 1 metro de largura e seu comprimento não deve ser superior a
15 metros, utilizando cones e fitas refletivas ou corrente plásticas.
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VEICULO PESADO

 Observar o fluxo de veículos;


 Ligar giroflex e/ou pisca alerta;
 Posicionar-se adequadamente para movimentação do corpo;
 Colocar o primeiro cone na lateral traseira do veículo;
 Colocar o segundo cone na lateral dianteira do veículo;
 Colocar dois cones na direção do fluxo de veículos;
 Colocar os cones restantes para isolar o veículo e o local de trabalho.
 Isolar o local de trabalho com fita refletiva ou corrente plástica.
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PRIMEIROS SOCORROS
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CHOQUE ELÉTRICO

Choque elétrico é uma perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifesta no corpo humano quando
por ele circula uma "corrente elétrica". O choque elétrico acontece porque o corpo humano se comporta como
um condutor elétrico, possibilitando a passagem da corrente elétrica e oferecendo uma "resistência" através
dele.

Tipos de Choque Elétrico


Choque estático: é o choque obtido pela descarga de um capacitor, ou seja, gerado a partir do efeito
capacitivo, que acumula e retém energia elétrica, presente nos mais diferentes materiais e equipamentos com
os quais o homem convive.
Choque dinâmico: é o choque tradicional, obtido ao tocar um elemento energizado da rede de energia
elétrica.
Descargas atmosféricas ou raios: são gigantescas descargas elétricas entre nuvens, ou entre nuvens e a
terra, que podem produzir choques elétricos como que produzido por enormes capacitores, portanto com
altíssima corrente.

Importante
Inibição dos centros nervosos, inclusive dos que comandam a respiração produzindo parada respiratória;
Alteração no ritmo cardíaco, podendo produzir fibrilação ventricular e uma consequente parada cardíaca;
Queimaduras profundas, produzindo necrose do tecido;
Alterações no sangue provocadas por efeitos térmicos e eletrolíticos da corrente elétrica;
Perturbação no sistema nervoso;
Morte.

Providências de emergência
Caso se depare com um acidente, no qual o indivíduo está envolvido com um circuito energizado, as
providências a serem tomadas são:
Desligar o sistema elétrico;
Não tocar no acidentado em hipótese alguma enquanto ele estiver submetido a choque elétrico, se tocar,
estará se submetendo aos mesmos efeitos do choque que ele;
Chamar socorro.
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MASSAGEM CARDIACA – COMPRESSOES CARDIACAS

A massagem cardíaca é uma manobra que objetiva garantir a oxigenação dos órgãos quando ocorre
uma parada cardiorrespiratória. Nesta situação, não há bombeamento de sangue para os órgãos vitais do
corpo, como cérebro ecoração, e estes acabam por entrar em processo de necrose.
As técnicas de massagem cardíaca mudam constantemente. No entanto, nem sempre foi assim. No ano de
1960, Kouwenhoven, Jude e Knicherbocker foram os primeiros a sugerirem que compressões realizadas
contra a parede torácica na região correspondente à metade da linha imaginária que passa sobre os mamilos,
seriam capazes de garantir a circulação sanguínea para o cérebro e para a musculatura do coração, em
casos de parada cardíaca. Por conseguinte, foi incluída a respiração boca-boca às compressões para manter
a oxigenação tecidual. Naquela época, o ritmo recomendado era de 5 para 2, ou seja, 5 compressões
torácicas intercaladas com 2 respirações boca-boca.
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QUEDA DE NIVEL SUPERIOR

Queda
Esse tipo de emergência está muito ligado a ferimentos e fraturas, principalmente de pernas e braços.
Dependendo da altura e da intensidade da queda, pode haver perda de consciência e traumatismos graves,
como o craniano.

Como agir:
- Se a queda for leve, lave bem a área afetada com água e sabão para evitar que a ferida infeccione;
- Se após a queda a vítima sentir dor em alguma parte do corpo, faça a imobilização da área como está
descrito no item "fraturas" e procure o atendimento médico;
- Se a vítima estiver inconsciente, verifique a respiração e o pulso dela e chame socorro imediatamente;
- Se o choque com o chão ou outra superfície for intenso, há grandes chances de que a vítima tenha sofrido
alguma lesão interna. Neste caso, movimente a vítima o menos possível e chame imediatamente o socorro.
ANEXOS
TELEFONES UTEIS

193 – Corpo de bombeiros

199 – Defesa civil

190 – Policia militar

198 – Policia rodoviária estadual

191 – Policia rodoviária federal

152 – Ibama

192 – Samu

041 9231 7393 – João (Técnico de segurança do trabalho)

041 9169 1995 – Wagner (Técnico de segurança do trabalho)

3202 2855 – Recursos humanos

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