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Livro Ilumincao Eficiente Procel PDF
Livro Ilumincao Eficiente Procel PDF
Eficiente
Iniciativas da Eletrobras
Procel e Parceiros
Organizadores
Luiz Eduardo Menandro de Vasconcellos
Marcos Alexandre Couto Limberger
Iluminação
Eficiente
Iniciativas da Eletrobras
Procel e Parceiros
Organizadores
Luiz Eduardo Menandro de Vasconcellos
Marcos Alexandre Couto Limberger
Eletrobras Procel
Rio de Janeiro - 2013
Copyright @ by Eletrobras Procel
Direitos Reservados em 2013 por Eletrobras Procel
Organização
Luiz Eduardo Menandro de Vasconcellos – Eletrobras Procel
Marcos Alexandre Couto Limberger – Eletrobras Procel
Revisão de Textos
Joselaine Andrade
Padronização de Textos
Fábbio Lobo - Ambiente Energia
Ficha Catalográfica
Fernanda Maria Lobo da Fonseca - Ambiente Energia
Capa
Ana Beatriz Leta, sobre foto de Jorge Coelho
Enseada de Botafogo a partir do bairro da Urca, no Rio de Janeiro
Apoio Gráfico
Raphaël Paulo de Souza – Assessoria de Comunicação – Eletrobras
Impressão
Zit Gráfica
ISBN 978-85-87083-36-4
1. Iluminação – Brasil. 2. Eficiência Energética – Brasil. 3 Conservação de
Energia. I. Eletrobras. II. Procel. III. Vasconcellos, Luiz Eduardo Menandro de (Org.).
II. Limberger, Marcos Alexandre Couto (Org.). II. Título.
CDU 621.3
Prefácio 7
Apresentação
Apresentação 9
O Capítulo 5 trata sobre o extenso e minucioso trabalho em andamento
de revisão e criação de normas no segmento de IP. De forma geral, o trabalho
busca a melhoria da qualidade dos equipamentos, a redução dos custos com
desperdícios, a uniformização da produção, meios de restringir e regular o
mercado importador, entre outros benefícios comumente obtidos com a vigên-
cia de normas atualizadas e abrangentes.
O Capítulo 6 apresenta o Programa de Eficiência Energética (PEE), re-
gulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que obriga as con-
cessionárias a executarem projetos de eficiência energética em suas áreas de
concessão/permissão.
A última parte do livro, reunida a partir do Capítulo 7, apresenta algu-
mas iniciativas de capacitação, formação acadêmica e disseminação na área de
iluminação eficiente. Após uma breve introdução, 7.1 provê informações dos
trabalhos realizados pelo Centro de Excelência em Iluminação Pública (CEIP),
criado em 2008, no Rio Grande do Sul; e 7.2 expõe as ações dos chamados
Centros de Demonstração, destinados a disseminar informações relacionadas
à eficiência energética por meio do uso de técnicas e equipamentos eficientes.
São eles: Centro de Aplicação de Tecnologias Eficientes (Cate), localizado
no Rio de Janeiro, com instalações no Cepel na Ilha do Fundão, desde 1997;
a Casa Eficiente, situada em Florianópolis (SC), desde 2006; e a Casa Genial,
criada em 2008, em Porto Alegre (RS).
Referente à formação acadêmica, o artigo 7.3 tem como foco o ensino em
sala de aula, destacando, por exemplo, como matérias e conteúdos devem ser
abrangidos nos cursos e a forma como deve se repassar as informações aos
alunos. Nessa mesma vertente, o 7.4 descreve as atividades de laboratório e
pesquisa, com ênfase na eficiência energética.
Encerrando a obra, são realizadas as Considerações finais e perspecti-
vas da iluminação nas quais se faz um apanhado da publicação, da evolução
do mercado e das tendências tecnológicas, principalmente em se tratando da
tecnologia LED.
Por fim, cabe ressaltar que todo esse material só está aqui disponível gra-
ças ao comprometimento de todos os autores e parceiros envolvidos que, quan-
do solicitados, compreenderam a importância deste projeto e dispuseram de
Apresentação 11
Sumário
1 Panorama e conceitos sobre iluminação residencial, comercial e pública.............. 14
Gilberto José Correa Costa Testtech Laboratórios - consultor
Isac Roizenblatt Abilux
Marcel da Costa Siqueira Eletrobras Procel
Rafael Meirelles David Eletrobras Procel
Sumário 13
1 Panorama e conceitos sobre iluminação
residencial, comercial e pública
A necessidade de competitividade
ÁREA INTENSIDADE
PROJETADA LUMINOSA
÷ chegando saindo
m candela
LUMINÂNCIA
ILUMINÂNCIA EXITÂNCIA
1 Até meados de 1965 não havia nenhuma previsão real sobre o futuro do hardware, quando o então presidente da
Intel, Gordon E. Moore fez sua profecia, na qual o número de transistores dos chips teria um aumento de 100%, pelo
mesmo custo, a cada período de 18 meses. Essa profecia tornou-se realidade e acabou ganhando o nome de Lei de
Moore.
Considerações finais
Referências
Em 1887, uma usina elétrica começou a operar em Porto Alegre, no Rio Grande
do Sul, criando-se um serviço municipal de iluminação elétrica, que depois foi repli-
cado em diversas outras cidades. Dois anos depois, foi inaugurada em Juiz de Fora,
Minas Gerais, a Usina de Marmelos, primeira usina hidroelétrica de grande porte da
América do Sul (figura 1.1.4).
Eficiência na IP
Regulamentação do serviço
A Constituição
Como já citado, a Constituição Federal de 1988 reforçou o papel institucional
do município com relação aos serviços de iluminação pública. Segundo o seu Artigo
30, compete aos municípios “organizar e prestar, diretamente ou sob regime de con-
cessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local.”
O DNAEE e a Aneel
O Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE) foi o órgão
regulador e fiscalizador dos serviços de energia elétrica até a sua extinção com a
criação da Aneel.
As Portarias do DNAEE 158/1989 e 466/1997 que regulamentavam o for-
necimento de energia elétrica para iluminação pública ficaram vigentes até a pu-
blicação da Resolução 456/2000 (atual 414/2010) da Aneel que trouxe diversas
modificações.
• Aplicação
“Fornecimento para iluminação de ruas, praças, avenidas, túneis, pas-
sagens subterrâneas, jardins, vias, estradas, passarelas, abrigos de usuários
de transportes coletivos, e outros logradouros de domínio público, de uso
comum e livre acesso, de responsabilidade de pessoa jurídica de direito pú-
blico ou por esta delegada mediante concessão ou autorização, incluído o
fornecimento destinado à iluminação de monumentos, fachadas, fontes lu-
minosas e obras de arte de valor histórico, cultural ou ambiental, localizadas
em áreas públicas e definidas por meio de legislação específica, excluído o
fornecimento de energia elétrica que tenha por objetivo qualquer forma de
propaganda ou publicidade.”
O conhecimento dessa conceituação e aplicação da IP é fundamental para o
correto projeto, enquadramento tarifário e responsabilidade sobre o sistema.
• Medição
Segundo a resolução, a concessionária não é obrigada a instalar equipamentos
de medição quando o fornecimento for destinado para iluminação pública, semáfo-
ros ou assemelhados. Entretanto, no caso de fornecimento destinado para iluminação
pública, efetuado a partir de circuito exclusivo, a concessionária deverá instalar os
respectivos equipamentos de medição sempre que julgar necessário ou quando soli-
citados pelo consumidor.
Poucas prefeituras se valem deste artigo da resolução, e certamente a sua aplica-
ção tornaria mais justo e real o valor cobrado pela energia.
Considerações finais
Referências
1 ABNT, NBR 5413/1992: iluminância de interiores. Esta norma será atualizada pela ISO 8995:2002 - CIE S 008/E, -
Comissão de Estudo para Aplicações Luminotécnicas e Medições Fotométricas da ABNT/CB-03 – Comitê Brasileiro
de Eletricidade.
Automação
na iluminação Sim ___ Não ___
intermitente
* η: Eficiência luminosa ** Light Emitting Diode (diodo emissor de luz) - (Brasil, 2012)
Considerações finais
Referências
BRASIL. Lei n.º 10.295, de 17 de outubro de 2001. Dispõe sobre a Política Nacional
de Conservação e Uso Racional de Energia e dá outras providências. Brasília, DF,
2001.
EPE. Empresa de Pesquisa Energética. Balanço energético nacional 2011: ano base
2010. Rio de Janeiro: EPE, 2011.
Números da PPH
Com base nos resultados da PPH foi possível estimar em 14% a participação das
lâmpadas no consumo total de energia elétrica na classe residencial. Isso evidencia
que a iluminação elétrica é o quarto maior consumidor de energia nas residências do
país. No gráfico 1.3.1, pode ser visto qual a participação dos eletrodomésticos mais
importantes no consumo médio domiciliar brasileiro.
Som, 3%
Ferro, 3%
Freezer, 5%
Lâmpadas, 14%
Geladeira, 22%
Condicionamneto
ambiental, 20%
Observando o gráfico 1.3.2, da curva de carga diária média residencial dos prin-
cipais usos finais, constata-se que as lâmpadas são usadas praticamente em todos os
horários, porém é no horário de ponta do sistema, geralmente entre 19 e 23 horas,
que se observa um maior uso desses dispositivos.
250
200
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horas
4,01 4,01
3 2,43
2,2
1,8
1,59
0
Incandescente Incandescente Incandescente Fluorescente Fluorescente Fluorescente
Posse média Uso eventual Uso habitual Posse média Uso eventual Uso habitual
Analisando o gráfico 1.3.4, que apresenta a posse média por região, observou-se
que as maiores quantidades de lâmpadas por residência foram verificadas na região
Sudeste, com destaque para a maior posse de incandescentes: 5,36. Apenas a região
Centro-Oeste também possui posse de incandescentes superior a fluorescentes. Já a
maior proporção de posse de lâmpadas fluorescentes, as mais eficientes energetica-
mente, está na região Sul.
6
5,36 5,31
4,98
4,55
4,30
4,01 4,01 4,08
4
3,35
3,08
2,78
1,91
2
0
BR - F BR - I N-F N-I NE - F NE - I CO - F CO - I SE - F SE - I S-F S-I
I = lâmpada incandescente
F = lâmpada fluorescente
Gráfico 1.3.4 • Comparação entre a posse média de lâmpadas do Brasil e por regiões
(Eletrobras Procel, 2007)
6,4
6
5,7
5,4
4,8 5
4,3
4 3,9
3,4
3,1
2,8
1,9
1988Uso da iluminação
1997 2005 na classe residencial 55
5,1 5
4,6
4,1
1988 1997 2005
5,1 5
4,6
4 4,1
3,3
2,7
2
1,8
1,3
1,1 1 0,9
0,7 0,6 0,7 0,7
0,5
Considerações finais
Referências
Iluminação
1 A redução efetiva no consumo de eletricidade é dada pela fórmula: RCE(t) = PC x PM(t) x ME(t), sendo: PC: partici-
pação da alternativa eficiente no consumo específico no ano de início do programa; PM(t): penetração da alternativa
eficiente no mercado em um ano t e; ME(t): melhoria de eficiência obtida com a introdução da alternativa eficiente em
um ano t.
Freezer; Refrigerador;
1,78% Refrigerador; Ar condicionado;
4,50% 1,43% 4,23%
Ar condicionado;
3,60%
Iluminação;
34,86%
Chuveiro;
Iluminação; 38,41%
55,9%
Chuveiro;
55,26%
c) Brasil - Cenário Mercado - 2030
Ar condicionado;
Refrigerador; 1,24%
0,77%
Chuveiro;
6,53%
Iluminação;
91,46%
497,70
kWh/mês
89,53
51,43 51,90
2 As regiões foram divididas em quatro classes de consumo pelo critério da média mensal de kWh/mês/residência. O
Grupo I corresponde de 0-100 kWh/mês/residência; o Grupo II, de 101-200 kWh/mês/residência; o Grupo III, de 201-
300 kWh/mês/residência; e, o Grupo IV, consumo superior a 300 kWh/mês/residência.
3 No caso do estudo com as comunidades no estado do Rio de Janeiro, foi utilizado o Critério Brasil para desagregar
as comunidades estudadas em classes. A construção desse critério se baseia em duas tarefas independentes: uma
que busca desenvolver um sistema de pontuação, de modo que o número de pontos de um domicílio por este sistema
esteja fortemente associado à capacidade de seu consumo; e após a atribuição de pontos, uma outra que estabelece
pontos de corte para segmentação em classes (Schaeffer, 2008, p. 35).
Segundo Szylo & Tomalsquim (2003), podem-se vislumbrar também novas al-
ternativas de otimização das redes de energia elétrica, como as redes inteligentes
- smart grids. Automatizadas com medidores de qualidade que exibem o consumo
de energia elétrica em tempo real, essas redes permitem a cada domicílio optar pela
autogeração de energia com custos inferiores aos praticados pelas concessionárias,
com o objetivo de atender a sua necessidade e ainda revender o excedente não con-
sumido, o que estimula a eficiência energética principalmente no horário de ponta.
Essas medidas contribuem para postergar ou diminuir a necessidade de constru-
ção de novas usinas e, consequentemente, reduzir os impactos ambientais. Segundo
a Eletrobras Procel (2012), em 2011 o Programa evitou a construção de uma usina
hidrelétrica com capacidade de 1.606 MW, graças ao estímulo para aquisição de
equipamentos mais eficientes pelo consumidor final.
Em outras palavras, a conservação da energia elétrica conduz a uma exploração
mais eficiente dos recursos naturais. Assim, conservar energia elétrica ou combater
o seu desperdício é, na realidade, a fonte de produção mais barata e mais limpa que
existe.
Referências
não respondeu
17%
micro e pequenas
empresas
38%
grandes empresas
18%
médias empresas
27%
Gráfico 2.1 • Perfil das empresas que trabalham com iluminação no Brasil
(Abilux, 2005)
publicitária
cênica 4%
4%
lâmpadas
5%
iluminação residencial
29%
componentes e outros
8%
iluminação pública,
luminotécnica e
reatores
10%
Halógena X X X
Fluorescente
tubular e X X X X
circular
Lâmpadas Fluorescente X X X
compacta
Descarga de X X X
alta pressão
LED X X X X X X
Mista X X X
Luminárias X X X X X X
Projetores X X X X
Reatores X X X X X
LEDs e OLEDs
Figura.2.3 • LED
Uma segunda revolução é esperada com a introdução no mercado dos LEDs or-
gânicos – OLEDs (figura 2.6). Essa tecnologia usa compostos orgânicos de carbono,
permitindo produzir superfícies luminosas flexíveis, muito finas, com uma infinida-
de de cores. Da mesma forma que os LEDs, os OLEDs irão revolucionar o mercado
Considerações finais
Lâmpadas
A iluminação pública (IP) no Brasil pode assim ser considerada a partir da uti-
lização da energia elétrica em 1912. Utilizou-se inicialmente lâmpadas incandescen-
tes especiais com filamento reforçado ligadas em circuitos em série.
A partir da década de 1930, com a invenção das lâmpadas de descarga a vapor
de mercúrio, o sistema de iluminação pública, que nesta época já se encontrava insta-
lado principalmente nas redes das concessionárias de distribuição de energia, come-
çou a migrar para essa nova tecnologia. Diversas potências foram então avaliadas,
desde 80 W até 1.000 W, todavia o mercado trabalhava basicamente com potências
de 80, 125, 250 e 400 W.
Ao final dos anos 1980, em função da melhor eficiência luminosa, iniciou-
-se a utilização das lâmpadas a vapor de sódio. Nessa época, já estavam em pleno
funcionamento os grupos técnicos do Comitê de Distribuição (CODI), coordenado
pelas concessionárias distribuidoras de energia, dando origem à atual Associação
a)
b)
c)
Figura 2.1.2 - a,b • a) Desenho esquemático de uma luminária aberta e b) sua aplicação em um poste
(Arquivo Cemig Distribuição)
a) b)
Figura 2.1.3 - a.b • a) Detalhe de luminária para lâmpada a vapor de mercúrio e b) sua aplicação com
um braço longo curvo em um poste
(Arquivo Cemig Distribuição)
a) b)
Figura 2.1. 4 - a,b • a) Via inicialmente iluminada com lâmpadas a vapor de mercúrio e b) o resultado
da substituição por lâmpadas a vapor de sódio com o reaproveitamento das luminárias
(Arquivo Cemig Distribuição)
a) b)
Figura 2.1.5 - a.b • a) Luminária para lâmpadas a vapor de sódio antes das melhorias tecnológicas e b)
luminária de mesma finalidade com as melhorias citadas
(Arquivo Cemig Distribuição)
A melhoria da iluminação obtida com a utilização das novas luminárias pode ser
verificada nas figuras 2.1.6 - a e 2.1.6 - b. A substituição permitiu a adequação do
nível de iluminância médio aos parâmetros ideais previstos para a via e a melhoria
da uniformidade da iluminação, tornando-a de melhor qualidade, além da redução de
75% no consumo de energia elétrica (3.520W para 880W) por poste.
1 A selagem é um tratamento químico adicional que veda a microrugosidade que ocorre no processo de anodização
(que é o polimento químico para o brilho da chapa de alumínio) e tem como vantagem a duração maior do brilho do
refletor sem a depreciação por sujeira.
Figura 2.1.6 - a,b • a) Via com iluminação a vapor de sódio com luminárias de tecnologia de baixa
eficiência. b) Mesma via após a substituição por luminárias de maior
eficiência e redução da quantidade de lâmpadas por poste.
(Arquivo Cemig Distribuição)
Relés fotoelétricos
Diversos conceitos e equipamentos são utilizados para ligar e desligar a ilumi-
nação pública, que, dependendo da especificidade da instalação, pode ter o aciona-
mento individual ou em grupo. Contudo, entre o acionamento horário e o definido
pela variação da luminosidade, o mais utilizado no mundo é o segundo, principal-
mente por meio de relé fotoelétrico individual.
O relé fotoelétrico foi mais utilizado a partir dos anos 1940 basicamente
com dois projetos construtivos, sendo um térmico (acionamento através de ter-
mopar) e outro magnético (acionamento através de bobina). Este equipamento
evoluiu lentamente no Brasil, sendo que diversas melhorias somente foram
implementadas por meio de programas de qualificação técnica de materiais da
Eletrobras, o Programa de Qualificação dos Materiais (PROQUIP). O objetivo
era avaliar o desempenho dos equipamentos disponibilizados no mercado con-
forme as normas da NBR disponíveis e propor adequações aos fabricantes que
fossem reprovados nos ensaios.
Reatores
O reator é definido como o componente que tem a função de limitar a corrente
elétrica a ser fornecida para a lâmpada, garantindo sua vida útil e podendo ser consi-
derado um ponto chave para a iluminação eficiente. Um reator bem projetado e com
uma durabilidade alta diminui o índice de manutenções do sistema como um todo.
Além disso, pode-se obter um melhor custo-benefício utilizando um reator com per-
das reduzidas. Esse menor índice de perdas pode ser deduzido da fatura de energia
elétrica do município.
Já existem reatores eletrônicos para utilização com lâmpadas a vapor de sódio
e multivapores metálicos, que também apresentam baixas perdas e garantem a esta-
bilidade das características das lâmpadas. Entretanto, pelo seu alto custo ainda não
estão sendo utilizados em larga escala.
Novas tecnologias
Hoje com a constante disseminação da eletrônica, novas tecnologias são fre-
quentemente disponibilizadas para os sistemas de iluminação pública, como os
sistemas de controle e de gerenciamento dessas instalações, que possibilitam a co-
municação remota com as luminárias via rede ou cabo, permitindo o acionamento
programado, a indicação de falha e a dimerização, quando viável.
Outra tecnologia que vem apresentando uma rápida evolução são as lumi-
nárias a LED (figura 2.1.7) para IP. Essa evolução é resultado de grandes in-
vestimentos dos fabricantes que buscam por uma fonte de luz artificial de alta
eficiência, boa reprodução de cores, confiabilidade e baixa emissão de resíduos
contaminantes para o ambiente, seja na produção ou no descarte final.
O desafio dessa tecnologia está na obtenção da intercambiabilidade entre
os diversos projetos de seus produtos, de forma a reduzir custos de fabricação
e melhorar a distribuição luminosa para baixas alturas de montagem, caracte-
rística dos sistemas de iluminação no Brasil.
Considerações finais
Referências
Lâmpadas a combustão
No século XVII não havia exploração de petróleo e as primeiras lâmpa-
das usavam combustíveis como ceras e todo tipo de óleo disponível (figura
2.2.1). Em meados de 1784, surgiram as primeiras lâmpadas a carvão e gás
natural, mas foi por volta do século XIX que o homem deu sua primeira prova
de preocupação com o uso racional da energia: criou o queimador central e
as chaminés de vidro para as lâmpadas, que permitiam não só a proteção da
chama, como também um controle mais eficiente da queima do combustível
através do ajuste do fluxo de ar que circulava em seu interior.
Lâmpadas incandescentes
Na virada do século XIX, com a descoberta da eletricidade, as pessoas viram
uma grande transformação na iluminação que mudou o mundo para sempre. Contra-
riamente à crença popular, o americano Thomas Edison (figura 2.2.2) não inventou
a primeira lâmpada, mas melhorou a ideia de outros inventores, no caso o inglês
Sir Joseph Wilson Swan – que registrou a primeira patente de lâmpada incandescen-
te em 1878 – e o alemão Walther Hermann Nernst – ambos já possuíam alguns re-
sultados nas tentativas de construir lâmpadas elétricas, mas seus dispositivos tinham
vida curta. Por volta de 1879, a lâmpada incandescente (figura 2.2.3) tornou-se a
primeira lâmpada comercialmente bem sucedida e vem sendo utilizada regularmente
nas residências.
Figura 2.2.2 • Da esquerda para direita, o americano Thomas Alva Edson e a lâmpada com filamento
de carbono incandescente; Walther Hermann Nernst e Sir Joseph Wilson Swan
(imagens de internet)
Lâmpadas halógenas
A lâmpada incandescente halógena (figura 2.2.5) com tecnologia capaz de ser
comercializada foi inventada em 1960. Essas lâmpadas possuem elementos halóge-
nos, como o iodo ou bromo, dentro do bulbo e possuem em geral maior eficiência lu-
Lâmpadas LED
O light emitting diode (LED) é um componente eletrônico semicondutor que
tem a propriedade de transformar energia elétrica em luz, diferente da tecnologia
encontrada nas lâmpadas convencionais que utilizam filamentos metálicos, radiação
ultravioleta e descarga de gases. Nos LEDs (figura 2.2.6), a transformação de ener-
gia elétrica em energia luminosa é feita na matéria, sendo, por isso, chamada de esta-
do sólido (solid state). Dentre todas as tecnologias em desenvolvimento, a lâmpada
LED certamente é a que mais vai impactar o mercado da iluminação, não só devido
ao seu potencial de economia de energia, mas também em relação à qualidade da
iluminação proporcionada por essa fonte de luz.
Sensores
Utilizados em projetos nos quais se deseja obter uma maior eficiência dos siste-
mas de iluminação, os sensores (figura 2.2.7) de ocupação podem trabalhar de forma
Luminárias
Destinadas a distribuir, controlar ou filtrar a luz proveniente das lâmpadas, as
luminárias (figura 2.2.9 – a,b,c) desempenham um papel fundamental no sistema de
iluminação: são responsáveis por boa parte da otimização do desempenho do sistema.
a) b)
c)
Reatores
Lâmpadas fluorescentes, largamente utilizadas em instalações comerciais e
residenciais, são eficientes na conversão de energia elétrica em energia luminosa,
contudo, para que estas lâmpadas funcionem faz-se necessário o uso de reatores que
nem sempre são tão eficientes, gerando calor ou em outros termos perda de ener-
gia. Sendo assim, existem basicamente três fatores que contribuem para reduzir este
efeito indesejável: eliminar as perdas internas do reator, operar as lâmpadas em alta
frequência, entre 20 a 60 kHz, faixa na qual as lâmpadas trabalham em sua máxima
eficiência e eliminar as perdas que ocorrem na operação dos eletrodos.
Figura 2.2.10 • Reator eletrônico aplicado na iluminação residencial e comercial para acionamento de
lâmpadas fluorescentes tubulares
(imagem cedida por fabricante)
Considerações finais
Referência
Histórico
Reatores
Eletromagnéticos Portaria Interministerial
para Lâmp. a 9/12/2010 - -
n°. 959
Vapor de Sódio e
a Vapor Metálico
Tabela 2.3.2 • Níveis mínimos de eficiência energética para LFC a 100 horas de uso
Índice mínimo
LFC sem invólucro lúmen/watt
Acima de 150 18 22
101 a 150 17 21
76 a 100 14 20
61 a 75 14 19
41 a 60 13 18
26 a 40 11 16
Até 25 10 15
Potência da lâmpada ≤ 6 W 47
A tabela 2.3.7 apresenta os novos níveis mínimos exigidos para LFC com invó-
lucro quando foi publicada a Portaria Interministerial nº. 1.008.
Todas as Potências 31
Resultados esperados
1 Entende-se por lâmpada fluorescente com invólucro aquela que recebe uma cobertura adicional sobre o tubo de
descarga, podendo o invólucro ser transparente ou translúcido.
Considerações finais
Referências
Os produtos usados em nossa moderna sociedade industrial têm uma vida útil
finita e, quando essa vida se esgota, perdem sua utilidade, tornando-se incômodos
para seus proprietários, que se desfazem deles. Ocorre, assim, aquilo que comumen-
te é chamado de descarte.
O descarte feito de forma correta deve evitar não apenas a ocorrência de impac-
tos ao meio ambiente e à saúde humana, como também contribuir para prolongar a
vida das reservas de recursos naturais não renováveis.
Considerações finais
Não resta dúvida que o mercúrio, com sua propriedade única de mudança de
estado, é o grande responsável pela elevada eficiência das lâmpadas. Porém, este
metal é extremamente tóxico à saúde humana e ao meio ambiente, o que o torna um
problema no momento do descarte.
O descarte incorreto dessas lâmpadas pode acarretar em sua quebra a possível
contaminação do meio ambiente. O governo brasileiro sancionou em 2010 a Lei nº.
12.305, que, em conjunto com o Decreto nº. 7.404, deu origem à Política Nacional
dos Resíduos Sólidos, que trata de maneira especial a logística reversa das lâmpadas
de mercúrio após o término de sua vida útil.
O modelo de logística reversa, proposto pela indústria, cria uma entidade gesto-
ra, sem fins lucrativos, para gerenciar o tratamento das lâmpadas de mercúrio no seu
período de pós-uso, levando-se em consideração os pontos de coleta, o transporte
adequado e a destinação correta das lâmpadas.
Por fim, cabe destacar os esforços do Governo Brasileiro, que para atendimento
à PNRS, criou o GTT de lâmpadas com a participação de diversos setores da socie-
dade na elaboração de edital para chamamento de propostas para Acordo Setorial de
implementação do sistema de logística reversa para lâmpadas.
Histórico e evolução
61,02
Média da Eficiência Energética [lm/W] 60
58 Crescimento de 24%
56
54
52
50
Rev, Rev,
49,17
48
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Já a média da eficiência energética das LFCs 220V, como pode ser observado
no gráfico 3.2, saiu da marca de 49,1 lm/W, em 2000, para 60,67 lm/W em 2011, o
que representa uma evolução de 23,6%.
Evolução da Média da Eficiência Energética
Lâmpadas Fluorescentes Compactas 220V
62
Rev, Rev,
60,67
60
Média da Eficiência Energética [lm/W]
58 Crescimento de 23,6%
56
54
52
50
49,10
48
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
2.000 1.886
1.500 1.451
1.651
1.406
1.000
598 918 882
828
500 410
160 187 172
31 44 86 435
0 144
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Rev. 2007 2008 2009 2010 Rev. 2011
O número de modelos etiquetados em 2005 foi obtido a partir de uma curva de tendência. em função da ausência dessa informação.
Resultados esperados
Normalização no continente
Considerações finais
A Eletrobras Procel e o Inmetro vêm realizando uma série de ações com o obje-
tivo de estimular a fabricação de equipamentos de iluminação cada vez mais eficien-
tes. Essas iniciativas são implementadas de forma a avaliar sistematicamente, dentro
de regras pré-estabelecidas em normas e regulamentos técnicos, a segurança e o de-
sempenho energético dos equipamentos eletroeletrônicos comercializados no País.
Mas nada seria possível sem a colaboração de importantes parceiros, com destaque
para o meio técnico e acadêmico e entidades representativas do setor produtivo.
As principais ações desenvolvidas nesse âmbito foram a etiquetagem, dentro do Pro-
grama Brasileiro de Etiquetagem, e a concessão do Selo Procel, dentro do Programa do
Selo Procel Eletrobras, assim como a estruturação e monitoramento da capacidade labo-
ratorial para realização dos ensaios necessários para tal. Essas ações foram decisivas para
a melhoria do desempenho dos equipamentos de iluminação comercializados no País. No
caso das LFCs 127V, identificou-se o aumento de cerca de 24% da média da eficiência; já
no caso das LFCs 220V, verificou-se o aumento de 23,6% da média de suas eficiências.
Referências
Capacitação laboratorial
Parte dos recursos doados pelo GEF foi destinada à ampliação da rede laborato-
rial brasileira para realização de ensaios de eficiência energética. Para isso, a Eletro-
bras firmou convênios com 11 entidades, em sua maioria universidades e centros de
pesquisa, para capacitação de 22 laboratórios de avaliação de equipamentos quanto
à eficiência energética.
Dentre esses laboratórios, foram investidos cerca de R$ 5,6 milhões na capacita-
ção de cinco deles para ensaios em equipamentos de iluminação. Esses laboratórios
foram inaugurados entre 2005 e 2008, como mostrado na tabela 3.1.1 (Eletrobras
Procel, 2006):
Equipamentos laboratoriais
c) d)
Figura 3.1.2 – a,b,c,d • a) Esfera Integradora (Cepel), b) Câmara climática (TÜV), c) Medidor para
teste de compatibilidade eletromagnética (Lablux), d) Estabilizador de Tensão (Lactec)
3.271 3.273
LAB2
2.424 2.408 2.607
LAB3
1.595 1.672
1.567
1.290 LAB4
1.181
1.027 1.080
905
751 786
651 650
550 LAB5
281 191 208 264
200 193
102 86 100 134 207 158 63 98
0 10 10
Total
2006 2007 2008 2009 2010 2011
Considerações finais
Referências
Metodologia e premissas
2 Vale frisar que 78,53% das lâmpadas incandescentes instaladas no país são de 60 W, segundo a PPH 2005.
Tabela 3.2.1 • Parque brasileiro de lâmpadas de uso interno (em milhões de unidades)4
Residencial Comercial/Industrial Total
Lâmpada (milhões) (milhões) (milhões)
Incandescentes 238,64 26,52 265,16
Fluorescentes Tubulares 47,73 5,30 53,03
Fluorescentes Compactas 190,92 21,21 212,13
Total 477,29 53,03 530,32
3 Valor obtido a partir do percentual de lâmpadas de uso habitual identificado na PPH 2005.
4 Para determinação do parque de lâmpadas no setor residencial, utiliza-se o número de domicílios com iluminação
elétrica por região do País, fornecido pela PNAD do IBGE, e o número médio de lâmpadas por domicílio e região,
verificado na PPH 2005, e a posse de lâmpadas por tipo e região, também da PPH 2005. O número de lâmpadas nos
setores comercial e industrial é considerado como sendo 10% da quantidade do setor residencial (premissa do modelo).
20.000 18.500,84
Milhões de kWh
15.000
9.735,50
10.000
7.789,83
4.620,73
5.000
1.945,68
0
Residencial Com/Ind Total
Tabela 3.2.2 • Economia de energia atribuída às LFC com Selo Procel Eletrobras em 2010
EE
Setor e Período do Ano (milhões de kWh/ano)
33%
32%
7%
S SE CO NE N
Tabela 3.2.3 • RDP devida às lâmpadas eficientes com Selo Procel Eletrobras em 2010
Setor de Consumo RDP (MW)
Residencial 647
Comercial e Industrial 72
Total 719
Considerações finais
Foi apresentada a metodologia adotada pela Eletrobras Procel para estimar a eco-
nomia de energia e redução de demanda na ponta das lâmpadas fluorescentes compac-
tas com o Selo Procel Eletrobras. A metodologia se baseia em considerações de dois
mercados: linha de base (menos eficiente) e no mercado de lâmpadas com os modelos
Referências
Os benefícios do Programa
59%
A B C D E F G
A - Condições de pagamento
B - Oportunidade de ter um cadastro atualizado do parque de IP
C - Visibilidade das ações e dos resultados
D - Cumprimento de obrigações junto à agência reguladora (Aneel) e outros órgãos
E - Possibilidade de negociar a dívida de energia do município
F - Aumento da vida útil de instalações e equipamentos
G - Padronização de equipamentos
61%
21%
17%
10%
5% 4%
2% 2%
A B C D E F G H I
Resultados do Programa
1 Entre 1994 e 1999 foram substituídos 709.526 pontos de IP, que proporcionaram uma economia de 269,19 milhões
de kWh/ano e 62,44 mil kW de redução de demanda na ponta.
Tabela 4.2 • Pontos de Iluminação Pública Eficientes Implementados em 2011, por estado
Goiás 11.046
Mato Grosso do Sul 1.560
Minas Gerais 8.126
Rio Grande do Sul 48.656
Paraná 27.220
Piauí 15.792
São Paulo 18.675
Tocantins 92.873
Total 223.948
NE
7%
SE
12%
N
CO
41%
6%
S
34%
Gráfico 4.3 • Distribuição regional dos pontos modernizados pelo Reluz em 2011
c) d)
e) f)
Figura 4.1- a até 4.1 - f • Procel Reluz em Tocantins; Rio Grande do Sul e Minas Gerais
Referência
Tipo de luminária
antes da troca
Uniformidade
Uniformidade
Iluminância antes (lux) Iluminância depois (lux)
Fator de
Fator de
(depois)
Cidade
(antes)
Máxima Mínima Média Máxima Mínima Média
Cidade 1 Fechada 17,73 3,51 8,89 0,39 27,90 3,42 10,10 0,34
Cidade 2 Aberta 31,80 0,42 8,69 0,05 38,70 0,33 11,06 0,03
Cidade 3 Aberta 110,80 4,27 28,71 0,15 125,30 2,74 34,51 0,09
Cidade 4 Aberta 14,66 0,19 3,16 0,06 28,73 1,46 7,76 0,19
Cidade 5 Fechada 25,46 2,48 9,82 0,25 11,38 0,73 3,82 0,19
Cidade 6 Aberta 46,80 1,30 9,67 0,13 111,60 2,07 20,08 0,10
Cidade 7 Fechada 67,30 2,43 16,25 0,15 46,70 3,45 14,67 0,26
Nesta etapa, também cabe destacar que, a partir da amostra de 200 pontos de
IP, foram ensaiadas 31 luminárias no laboratório de iluminação do Eletrobras Cepel,
utilizando-se o equipamento goniofotômetro.
Assim, conforme pode ser verificado na tabela 4.1.3, as luminárias fechadas
apresentaram um desempenho muito superior em comparação às abertas, fato que
corrobora a exigência atual do Procel Reluz a esse tipo de equipamento.
No gráfico 4.1.1, nota-se que 71% dos relés fotoelétricos não atendiam à norma
específica no que diz respeito ao ligamento e desligamento, e 3% sequer funciona-
1 Vida útil (h): é o número de horas decorrido quando se atinge 70% da quantidade de luz inicial, devido à depreciação
do fluxo luminoso de cada lâmpada, somado ao efeito das respectivas queimas ocorridas no período, ou seja, 30% de
redução na quantidade de luz inicial (OSRAM, 2011).
Atende à norma
26%
Não atende à
norma
71%
No que se refere aos reatores, observou-se que 93,3% dos integrados às luminárias
eram originais do Projeto Reluz, ao passo que no caso dos reatores externos este percen-
tual cai para 81%. Essa diferença pode ser justificada em função da maior proteção dada
aos reatores integrados contra efeitos climáticos e de depredação. Outra constatação foi o
baixo fator de potência observado, principalmente por conta dos capacitores danificados.
Tabela 4.1.4 • Situação luminotécnica antes e depois do Projeto Reluz em Belo Horizonte
Antes Depois
Tabela 4.1.5 • Situação luminotécnica antes e depois do Projeto Reluz em Porto Alegre
Antes Depois
Boa
Ruim 35%
13%
Gráfico 4.1.2 • Percepção da população de Belo Horizonte com a IP do município: a) antes da melhoria
na IP, b) logo após a melhoria na IP e c) um ano após a melhoria na IP
20%
40% 40%
20% 60%
20%
Avaliação negativa
Avaliação regular
Avaliação positiva
Gráfico 4.1.3 • Percepção da população de Porto Alegre com a IP do município antes e logo após a
melhoria na iluminação
Belo Horizonte
60%
51%
50% 46%
43%
40% 37%
33% 34%
29%
30%
20% 16%
11%
10%
0%
Positiva Regular Negativa
Antes Logo depois 1 ano depois
Porto Alegre
120%
100%
100%
80%
80%
60%
40%
20%
20%
0% 0% 0%
0%
Positiva Regular Negativa
Antes Logo depois
Gráfico 4.1.4 • Avaliação, por parte dos moradores, da segurança nos bairros de Belo Horizonte e
Porto Alegre com a nova IP
Tabela 4.1.6 • Lâmpadas originais e não originais do Projeto Reluz nas cidades
Percentual de lâmpadas Percentual de lâmpadas não
Cidade Tipo de luminária originais (%) originais (%)
Cidade 1 Fechada 96 4
Cidade 2 Fechada 58 42
Cidade 3 Aberta 28 72
Cidade 4 Aberta 62 38
5.000
horas
20.000
4.000
15.000
3.000
10.000
2.000
5.000
1.000
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45
Lâmpadas
4.000
15.000
3.000
10.000
2.000
5.000
1.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
Lâmpadas
5.000 19.500
4.000 19.000
3.000 18.500
2.000 18.000
1.000 17.500
17.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Lâmpadas
4.000 20.000
3.000 15.000
2.000 10.000
1.000 5.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Lâmpadas
Tabela 4.1.7 • Resumo das informações obtidas sobre as lâmpadas originais do Projeto Reluz
Cidade 1 Cidade 2 Cidade 3 Cidade 4
Tipo de luminária Fechada Fechada Aberta Aberta
Lâmpadas originais do Reluz (%) 96% 58% 28% 62%
Lâmpadas com fluxo acima de 85% 87% 33% 64% 83%
(>= 4.760 lm)
Lâmpadas com fluxo acima de 70% 100% 97% 100% 97%
(>= 3.920 lm)
Lâmpadas com fluxo abaixo de 70% - 3% - 3%
(< 3.920 lm)
Fluxo médio (lm) – referência: 5.600 lm 4.482 (80%) 4.471 (80%) 4.652 (83%) 4.145 (74%)
Potência média (W) 62 (88,6%) 66,5 (95%) 64,9 (92,7%) 58,4 (83,4%)
(referência 70 W)
Tempo médio de uso (h) 20.592 20.976 19.620 20.316
Nota-se que quase todas as lâmpadas originais dos Projetos Reluz atenderam ao
requisito de tempo de vida útil declarado pelos fabricantes, que é em média 20.000
horas.
Considerações finais
Gráfico 4.2.1 • Porcentagem de relés coletados que atendem ou não à norma NBR 5123/98
Considerações finais
Referências
Considerações finais
Contribuições do PEE da Aneel para a difusão de tecnologias e práticas eficientes de iluminação 185
A razão de ser ou o diferencial do PEE é sua abrangência ou capilaridade, vis-
to que todas as concessionárias e permissionárias do País (cerca de 100, em 2012)
são obrigadas a executar projetos de eficiência energética nas respectivas áreas de
concessão/permissão. Dessa forma, projetos realizados em escala piloto em outros
programas, como a Eletrobras Procel, por exemplo, podem ser ampliados para to-
das as regiões e unidades da federação, incluindo vários setores de atividade e um
contingente maior de pessoas e unidades consumidoras. Somem-se a isso, o grande
volume de recursos disponíveis, a impossibilidade de contingenciamentos, por parte
do governo, e a menor interferência política na gestão ou destinação dos recursos.
Como política pública ou instrumento de promoção da eficiência energética no
País, entende-se que o principal objetivo do PEE é estimular o crescimento e a sus-
tentabilidade das ações de eficiência energética nos diversos setores de atividade e
usos finais de energia elétrica. Com base nesse pressuposto, busca-se dar uma des-
tinação racional aos recursos disponíveis e maximizar os benefícios do programa,
de modo que eles não se limitem aos consumidores contemplados pelos projetos e
ações de eficiência energética.
Entre os instrumentos utilizados pelo órgão regulador para assegurar racionali-
dade na aplicação dos recursos e maximizar os benefícios do programa, destacam-se:
definição das regras para aplicação dos recursos; fiscalização dos projetos e investi-
mentos realizados; avaliação e acompanhamento dos projetos executados; divulga-
ção dos resultados e benefícios alcançados.
Procura-se, assim, empreender esforços para que os investimentos sejam dire-
cionados para ações de eficiência energética que promovam mudança de hábitos e
induzam o mercado a incorporá-las no seu dia a dia. Tais ações incluem a substi-
tuição de equipamentos e a adoção de práticas de combate ao desperdício de ener-
gia nos vários setores de atividade e usos finais. Os projetos contemplam, também,
ações educativas, de treinamento, gestão e marketing.
Entre as principais diretrizes e regras para aplicação dos recursos do PEE, des-
tacam-se as seguintes: i) Relação Custo-Benefício (RCB) menor ou igual a 0,8; ii)
exigência de um Plano Plurianual de Investimentos; iii) Plano de Medição & Verifi-
Contribuições do PEE da Aneel para a difusão de tecnologias e práticas eficientes de iluminação 187
A intenção da Aneel era nobre, visto que, além de ganhos de eficiência
energética e redução de perdas por inadimplência, fraudes e demais irregula-
ridades no uso da energia elétrica, os projetos proporcionariam transferência
de renda para comunidades carentes e melhoria nas condições de vida de um
número considerável de pessoas. Mas, como instrumento de difusão de tec-
nologias e práticas de uso eficiente de energia, há dúvidas sobre a eficácia ou
razoabilidade desse mecanismo, visto que o consumo de energia elétrica dessa
categoria corresponde a menos de 5% do consumo de energia elétrica de todos
os setores de atividade.
Apesar da polêmica e das dúvidas em relação à eficácia e à razoabilidade da me-
dida, ela acabou se transformando em lei (Lei nº. 12.212, de 20 de janeiro de 2010),
com a diretriz de elevar o percentual mínimo para 60% dos recursos do programa
e reduzir o público-alvo a consumidores beneficiados pela Tarifa Social de Energia
Elétrica (TSEE), os quais são responsáveis por cerca de 3,7% do consumo de energia
elétrica do País (Brasil, 2010).
A medida é inviável para algumas concessionárias e de difícil implantação para
outras, visto que uma parte considerável dos consumidores de baixa renda não con-
segue enquadramento na TSEE e outra apresenta um nível de consumo tão baixo que
inviabiliza ações de eficiência energética. Some-se a isso o fato de que um consumi-
dor pode deixar de ser (e voltar a ser) enquadrado na TSEE a qualquer tempo, o que
dificulta o controle do cumprimento desse dispositivo legal.
Quanto à tipologia de projetos ou usos finais, a única restrição se refere à Ilumi-
nação Pública, que, conforme será analisado mais adiante, deixou de ser contempla-
da com recursos do PEE, visto que há um programa específico para a promoção da
eficiência energética nesse segmento, o Programa Nacional de Iluminação Pública
Eficiente (Reluz), executado pela Eletrobras Procel.
Entre as principais tipologias de projeto do PEE estão os Projetos Con-
vencionais, cujas medidas, embora não adotadas em grande escala, já são con-
sagradas pelo mercado, de modo que os resultados desses projetos são mais
previsíveis e mais fáceis de mensurar. A inclusão dessa tipologia de proje-
tos no PEE se justifica pela existência de barreiras para sua implantação em
grande escala. Por meio de projetos demonstrativos, incluindo informação e
marketing, busca-se ampliar a difusão dessas práticas no mercado. Um exem-
Como pode ser verificado na tabela 6.1, foram investidos quase R$ 2 bilhões
entre os ciclos 1998/1999 e 2006/2007 (primeira fase do Programa), o que propor-
cionou uma economia de energia de 5.591 GWh e uma demanda evitada no horário
de ponta do sistema de 1.691 MW. Essa redução na demanda corresponde a uma
usina hidrelétrica de grande porte, cuja implantação exigiria cerca de R$ 5 bilhões
de investimentos. A energia economizada ao longo desse período correspondeu a
cerca de 5% do consumo residencial em 2011 – 113.221 GWh – (EPE, 2012), o que
significa uma economia anual de mais de R$ 1 bilhão, considerando a tarifa média
de fornecimento em janeiro de 2011 – R$ 213,58/MWh.
Contribuições do PEE da Aneel para a difusão de tecnologias e práticas eficientes de iluminação 189
Tabela 6.1 • Investimentos realizados e resultados obtidos/estimados no período de 1998/1999 a 2006/2007
Número de Investimento Energia Eco. Demanda Evitada
Ciclo Empresas (milhões de R$) (GWh/ano) (MW)
1998/1999 17 196 755 250
1999/2000 42 230 1020 370
2000/2001 64 152 894 251
2001/2002 64 142 348 85
2002/2003 64 154 222 54
2003/2004 64 313 489 110
2004/2005 64 175 925 275
2005/2006 63 311 569 158
2006/2007 61 261 369 138
Total - 1.934 5.591 1.691
(SPE/Aneel)
Mais importante, porém, que os números apresentados na tabela 6.1 são os im-
pactos das medidas de eficiência no dia a dia das pessoas e organizações, criando
hábitos mais eficientes de uso da energia e novas oportunidades de negócio. Embora
a vida útil (permanência ou duração) de alguns projetos seja relativamente curta
(substituição de lâmpadas, por exemplo), o efeito das medidas tende a ir além da
vida útil dos equipamentos instalados. Um exemplo de efeito de longo prazo e de
grande alcance é o caso dos projetos educacionais, cujos beneficiários tendem a per-
petuar práticas e transmitir conhecimento para toda a sociedade.
A tabela 6.2 apresenta os investimentos e resultados por tipo de projeto, conside-
rando o período entre os ciclos 2000/2001 e 2004/2005. Como se pode observar, cerca
de 40% dos investimentos foram destinados à Iluminação Pública, segmento responsá-
vel por 28% da energia economizada nesse período e 23% da demanda evitada.
Tabela 6.2 • Investimentos realizados e resultados obtidos/estimados entre os ciclos 2000/2001 e 2004/2005
Energia Econ. Demanda Evitada
Tipo de Projeto Investimento (R$) RCB
(GWh/ano) (MW)
Iluminação Pública 374.608.281,00 797 175 0,48
Residencial 133.474.859,00 930 313 0,32
Industrial 95.992.780,00 376 59 0,32
Serviços Públicos 91.277.906,00 312 118 0,45
Educação 80.878.694,00 90 25 0,11
Comércio e Serviços 59.489.341,00 130 30 0,21
Poder Público 34.788.865,00 57 14 0,67
Aquecimento Solar 19.406.493,00 n.d. n.d. n.d.
Rural 14.568.725,00 83 9 0,25
Perdas 12.408.139,00 79 17 0,12
Gestão E. Municipal 11.470.338,00 n.d. n.d. n.d.
Fator de Carga 11.271.382,00 0,6 6 0,09
Total 939.635.803,00 2.855 766 0,37
(SPE/Aneel)
(SPE/Aneel)
Contribuições do PEE da Aneel para a difusão de tecnologias e práticas eficientes de iluminação 191
de 20 de janeiro de 2010. Entre os demais segmentos, destaca-se o Poder Público,
responsável por 30% dos projetos e 13% dos investimentos previstos.
1 Somando os 24% destinados à IP, restaram 24,3% dos investimentos realizados naquele ciclo, os quais já haviam sido
aprovados pela Aneel, segundo a regulamentação anterior (Resolução no. 271, de 19 de julho de 2000 – Aneel, 2000).
Contribuições do PEE da Aneel para a difusão de tecnologias e práticas eficientes de iluminação 193
Tabela 6.6 • Investimentos realizados no segmento residencial entre 1998/1999 e 2004/2005 (R$)
Segmento Residencial (A) Total (B) A/B
1998/1999 5.745.462,00 214.784.397,00 2,7%
1999/2000 4.057.789,00 173.264.052,00 2,3%
2000/2001 78.018.057,00 150.871.406,00 51,7%
2001/2002 14.740.564,00 143.301.351,00 10,3%
2002/2003 1.907.937,00 157.304.198,00 1,2%
2003/2004 11.032.301,00 313.013.414,00 3,5%
2004/2005 27.776.000,00 175.125.754,00 15,9%
Total 143.278.110 1.014.651.158 14,1%
(SRC/Aneel)
(SPE/Aneel)
Contribuições do PEE da Aneel para a difusão de tecnologias e práticas eficientes de iluminação 195
forma que as concessionárias e permissionárias de distribuição realizam os projetos
e, somente ao final, depois de concluído e auditado, contabilmente, por empresa de
auditoria independente, submetem à avaliação da Aneel. Uma vez comprovados os
resultados obtidos e observados os critérios estabelecidos no Manual para Elabora-
ção do Programa de Eficiência Energética, os investimentos feitos são reconhecidos
pela Aneel.
Nova mudança, com ainda mais ênfase ao segmento residencial de baixa renda,
ocorreu em janeiro de 2010, com a publicação da Lei no. 12.212, que, por meio de
alteração na Lei no. 9.991, de 24 de julho de 2000, ampliou o percentual mínimo
destinado a esse segmento, de 50% para 60%, e restringiu o público-alvo a consumi-
dores beneficiados pela TSEE (Brasil, 2012).
Como já apresentado anteriormente (ver tabela 6.3), cerca de 63% dos investi-
mentos previstos até dezembro de 2011 foram destinados ao segmento residencial
de baixa renda, no qual se destacou a substituição de lâmpadas incandescentes por
fluorescentes compactas.
Em termos de equipamentos ou intervenções nos sistemas de iluminação, in-
cluindo lâmpadas fluorescentes compactas (LFC), lâmpadas fluorescentes tubulares
(LFT) e diodos emissores de luz (LED), levantamentos indicam cerca de 20 milhões
de pontos de iluminação, dos quais 85% correspondem às LFCs, que substituíram às
lâmpadas incandescentes. O restante se distribui entre LFTs (14,3%) e LEDs (0,7%),
conforme tabela 6.9.
(SPE/Aneel)
A tabela 6.10 apresenta a distribuição das lâmpadas nos vários setores ou clas-
ses de consumidores. Como pode ser observado, 81% das lâmpadas foram destina-
das à classe residencial de baixa renda e 14,4% ao poder público.
(SPE/Aneel)
Tabela 6.11• Resultados decorrentes de melhorias nos sistemas de iluminação realizadas no âmbito do
PEE a partir de 2008
Energia Economizada Redução de Demanda na
Tipologia (MWh/ano) Ponta (kW)
Baixa Renda 841.116 333.900
Comércio e Serviços 7.935 1.943
Educacional 5.001 1.852
Industrial 10.043 1.317
Poder Público 215.789 47.405
Projeto Piloto 8.860 14.018
Residencial 42.153 16.777
Rural 30 18
Serviços Públicos 20.376 4.699
Total 1.151.303 421.929
(SPE/Aneel)
Contribuições do PEE da Aneel para a difusão de tecnologias e práticas eficientes de iluminação 197
Esses números indicam que, em média, cada lâmpada substituída propor-
ciona uma economia anual de energia de 58,7 kWh e contribui com 21,5 W em
termos de demanda evitada. Considerando uma vida útil de 8.000 horas e um
tempo médio de uso diário de quatro horas, estima-se em 12,8 TWh a energia
economizada pela substituição de lâmpadas incandescentes no âmbito do PEE,
desde o primeiro ciclo do Programa. Esse montante corresponde a cerca de
3% de toda a energia elétrica consumida no Brasil em 2010 (EPE, 2011). Em
termos de demanda evitada, estima-se em 860 MW de potência evitada no ho-
rário de ponta do sistema, o que corresponde a quase 1% de toda a capacidade
instalada no País em 2010.
Considerações finais
Referências
Contribuições do PEE da Aneel para a difusão de tecnologias e práticas eficientes de iluminação 199
[da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 06 set.1999, v. 137, n. 171 – E.
Seção 1, p. 9.
_______________. Resolução no. 271, de 19 de julho de 2000. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 20 set. 2000, v. 138, n. 139-E. Seção
1, p. 35.
_______________. Resolução no. 153, de 18 de abril de 2001. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 19 abr. 2001 - b, v. 139, n. 76 – E.
Seção 1, p. 36.
_______________. Resolução no. 186, de 23 de maio de 2001. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 04 jun.2001 - a, v. 139, n. 107 – E.
Seção 1, p. 356.
_______________. Resolução no. 176, de 28 de novembro de 2005. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 15 dez. 2005, v. 142, n. 240. Seção
1, p. 69.
_______________. Resolução nº. 300, de 12 de fevereiro de 2008. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 22 fev. 2008, v. 145, nº. 36. Seção
1, p. 53.
_______________. Manual para elaboração do Programa de Eficiência
Energética. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/area.
cfm?idArea=27&idPerfil=6>. Acesso em: 28 jan. 2011.
BRASIL. Lei nº. 9.427, de 27 de dezembro de 1996. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 27 dez. 1996. Seção 1, p. 28653.
_______________. Lei nº. 9.991, de 24 julho de 2000. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 25 jul. 2000. Seção 1, p. 1.
_______________. Lei nº. 11.465, de 28 de março de 2007. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 29 mar. 2007, v. 144,
n. 61-A. Seção 1, p. 1.
_______________. Lei nº. 12.212, de 20 de janeiro de 2010. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 21 jan. 2010, v. 147,
n. 14. Seção 1, p. 1.
DIDONET, Marcos. A Natureza da paisagem - Energia: recurso da vida. Rio de
Janeiro: CIMA, 2006. (Livros 1 ao 5).
ELETROBRAS PROCEL. Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente
– RELUZ. Disponível em: <http://www.eletrobras.com/EM_Programas_Reluz/
default.asp>. Acesso em: 16 jan. 2012.
Contribuições do PEE da Aneel para a difusão de tecnologias e práticas eficientes de iluminação 201
7 Capacitação, formação
e disseminação da iluminação
A origem do CEIP
Os trabalhos realizados
Inmetro
Labelo
Inspeção de
recebimento
CEIP
Banco de dados
de produtos
aprovados
a b c
d e
Os resultados
* VM = Vapor de mercúrio
** VS = Vapor de sódio
a) b)
Figura 7.1.4 • Comparativo das curvas de distribuição de iluminação das luminárias antes e após o
programa Reluz – a) luminária aberta com rendimento de 55% (antes do Reluz) e b) luminária fechada
com rendimento de 76% (após o Reluz)
(PUCRS/CEIP, 2008)
A figura 7.1.5 – a,b ilustra alguns exemplos dos resultados positivos com base
no processo desenvolvido pelo CEIP. Com essas substituições foi possível verificar
um aumento de 270% no nível de iluminância, passando de 3,97 lux para 10,73 lux.
Pode-se ainda observar que a troca de uma lâmpada a vapor de mercúrio (VM) de
80 W por uma lâmpada vapor de sódio (VS) de 70 W significou uma redução de
12,5% no consumo de energia elétrica.
Figura 7.1.5 • Via pública antes e após a implementação do projeto: a) antes com lâmpadas VM 80 W
e b) depois com lâmpadas VS 70 W
Além disso, o nítido aumento na iluminação das calçadas contribuiu para uma
maior sensação de segurança e conforto dos pedestres, fato comprovado pela sa-
tisfação da população frente a pesquisas realizadas antes e depois da execução do
projeto. No gráfico 7.1.1, é possível verificar que a fatia de indivíduos satisfeitos,
com níveis “bom” e “ótimo” antes do programa Procel Reluz (Fase 1) era de 40%.
Logo após a implantação do projeto (Fase 2), este percentual aumentou para
83,3%. Por fim, após um ano da conclusão do projeto (Fase 3), 77,8% dos entrevis-
tados ainda permaneciam satisfeitos.
Nível de Satisfação da população na avaliação da IP (%)
35,3
28,7
24,8
18 19,5
16,5
13,3
10,6
5,3 3,9 4,7
0,7 1,8
Gráfico 7.1.1 • Nível de satisfação da população na avaliação da IP antes e após o Programa Reluz
(Eletrobras; PUCRS, 2010)
Referências
3 Localizado nas instalações do Cepel, o Cresesb foi criado em 1994 para promover o desenvolvimento das energias
solar e eólica no Brasil por meio da difusão de conhecimentos, da ampliação do diálogo entre as entidades envolvidas
e do estímulo à implementação de estudos e projetos. Entre os seus diversos trabalhos, destacam-se: apoio aos pro-
gramas de governo do MME e do MCT, divulgação de informações via Internet, montagem e realização de cursos de
energia solar e eólica, edição de publicações, manutenção de uma biblioteca especializada e realização de visitas à
Casa Solar Eficiente.
Casa Eficiente
4 Entre os principais produtos, destacam-se: simuladores de diagnósticos energéticos, banco de dados para dimen-
sionamento, substituição de motores elétricos e manuais e guias técnicos.
Casa Genial
Considerações finais
Este ideal, na grande maioria dos casos, não é comum. Entretanto, nem toda a
sala que esteja dentro de uma instituição de ensino disporá de meios que permitam
apresentar as leis da fotometria como desejável, o mesmo para o caso de um am-
biente destinado a eventos (em se tratando de hotéis). Um recurso didático possível
é a confecção de maquetes que demonstrem estes princípios e que sejam facilmente
transportáveis para facilitar o entendimento dos participantes. Outro recurso adicio-
nal é o uso do software Power Point visto que, mediante ao uso de cores, fotografias
e animações, facilita a apresentação do professor.
Cabe ao instrutor exercer a sua criatividade para motivar os participantes. Cursos
desta natureza não são de venda de produto, mas sim de desenvolvimento de técnicas
dos princípios aplicados em iluminação.
Considerações finais
Referências
BOMMEL, Woût van. Visual, biological and emotional aspects of lighting: recent
new findings and their meaning for lighting practice. Leukos, New York, v.2, n.1,
p.7-11. 2005.
COSTA, Gilberto José Corrêa da. Iluminação econômica: cálculo e avaliação. 4.
ed. Porto Alegre: EDIPUC/RS, 2006.
LOE, David ; McINTOSH, Rosemary. Reflections on the last one hundred years
of lighting in Great Britain. London: The Society of Light and Lighting, 2009.
p.12/ p.37.
PUCRS. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Faculdade de
Arquitetura. Programa da disciplina de iluminação em Arquitetura. Porto
Alegre, 2006.
O LEENER (figura 7.4.1) foi criado com o apoio institucional da UFJF, por
meio da Pró-Reitoria de Administração, Pró-Reitoria de Logística, Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Faculdade de Engenharia e do Centro Regional para
Inovação e Transferência de Tecnologia (CRITT). Contudo, do ponto de vista de
fomento externo, o laboratório contou com o apoio financeiro da Eletrobras Pro-
a b c
Principais resultados
Figura 7.4.6 • Planta baixa do layout, em 2012, da Faculdade de Engenharia e seu entorno, com
indicação dos pontos substituídos no projeto piloto em fevereiro
(Adaptação do autor sobre planta baixa fornecida pela UFJF)
Conteúdos Observações
1. História da iluminação Fatos históricos e antecedentes.
pública
Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública; Resolução
nº. 456 da Aneel, que regulamenta os serviços de energia elétrica,
2. Legislação brasileira conceitua e classifica os serviços de iluminação pública, incluindo tarifas,
responsabilidades e obrigações etc.; Código de Defesa do Consumidor,
dentre outros.
Normas Nacionais: ABNT NBR 5101/1992 - Iluminação Pública - fixa
requisitos mínimos necessários a iluminação de vias públicas, os quais
são destinados a propiciar algum nível de segurança aos tráfegos de
pedestres e veículos; ABNT NBR 5181/1976 - Iluminação de túneis.
Referências
O homem sempre necessitou da luz para se desenvolver, sua ausência era sig-
nificado de desconhecimento, medo, dúvida, enfim, crenças e conceitos negativos.
Atividades de sobrevivência, como a caça e a pesca, interações com outros homens e
a natureza eram realizadas durante o dia. A noite apenas se descansava, refugiando-
-se de possíveis predadores.
Após a descoberta e domínio do fogo, os hábitos foram mudando. A utilização
de outros combustíveis, diferentes da madeira, como graxa e óleo, aliada a alterna-
tivas de maior mobilidade, como lamparinas, tochas, velas e lampiões, ampliou e
muito a relação do homem com a noite.
A evolução prosseguiu, passando-se de uma iluminação pontual ou individual
em moradias, em nichos familiares, para um cenário mais coletivo, comum. O de-
senvolvimento da iluminação pública auxiliou no progresso das cidades. Sua prová-
vel origem tem registro na Inglaterra, em 1415. A demanda se deu pelo desejo de
comerciantes em reduzir a criminalidade noturna. Utilizava-se óleo de baleia como
combustível. No Brasil, a origem remete-se ao século XVIII, em 1794, com a insta-
lação de 100 luminárias a óleo de azeite no Rio de Janeiro.
Naturalmente, com o tempo, as técnicas e tecnologias de iluminação foram sen-
do aperfeiçoadas, passando por equipamentos de queima de gás à utilização das
lâmpadas elétricas, que propiciaram um salto considerável nos níveis de iluminação.
Atualmente, o tema iluminação é um campo muito amplo, uma ciência que
abrange as mais variadas vertentes, como o desenvolvimento de materiais, equipa-
mentos e tecnologias, normatização, planejamento, entre outras, havendo inclusive
profissionais específicos para tratar do assunto, como consultores de iluminação,
lighting designers e projetistas.
Dada a crescente importância dessa área, a Eletrobras Procel procurou atuar
no tema sob a perspectiva da eficiência energética, tanto por meio do Selo Procel
Eletrobras de Economia de Energia como pelo Procel Reluz, este direcionado à ilu-
minação pública e sinalização semafórica.
Alexandre Cricci
É formado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Uni-
versidade de São Paulo (USP), tem pós-graduação em Administração
Contábil e Financeira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). É pre-
sidente da Abilumi (Associação Brasileira de Importadores de Produtos
de Iluminação) e diretor da Lâmpadas Golden. alexandre@abilumi.org.br
Claude Cohen
Doutora em Planejamento Energético com ênfase em Planejamento
Ambiental pela Coppe/UFRJ e mestre em Economia do Desenvolvi-
mento pela Université de Paris X – Nanterre, atualmente é professora
adjunta da Faculdade de Economia da Universidade Federal Flumi-
nense (UFF), professora colaboradora do Programa de Planejamento
Energético da Coppe/UFRJ e do Programa de Pós-Graduação em Economia da
UFF. Publicou artigos em periódicos especializados, vários trabalhos em anais de
eventos e capítulos de livros nas áreas de Economia da Energia e do Meio Ambien-
te. Em suas atividades profissionais interagiu com 38 colaboradores em coautorias
de trabalhos científicos e atua frequentemente em projetos de pesquisa científica na
França e em Portugal, principalmente na área de Mudanças Climáticas e Eficiência
Energética. Em 2009, foi agraciada com o projeto Jovem Cientista do Nosso Estado
pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) com o
projeto análise do consumo e do potencial de conservação de energia elétrica em
comunidades de baixo poder aquisitivo. claudecohen@economia.uff.br
Minicurrículos 257
(Fiemg). Atua desde 1987 como professor no Departamento de Energia Elétrica da
Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), desen-
volvendo trabalhos nas áreas de educação para engenharia e combate ao desper-
dício de energia. Desde 2001, coordena o Laboratório de Eficiência Energética da
UFJF, convênios firmados entre a universidade e a Eletrobras e projetos de P&D.
Atua desde 2004 no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais como
avaliador institucional e de cursos. danilo.pinto@ufjf.edu.br
Emerson Salvador
Engenheiro eletricista formado pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (Uerj), em 2000, com MBA em Gestão de Projetos pela Funda-
ção Getúlio Vargas (FGV-RJ), em 2005, e pós-graduação em Uso Racio-
nal da Energia pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em 2010.
Atualmente é mestrando em Engenharia da Energia pela Unifei, desen-
volvendo estudos relacionados à eficiência energética de equipamentos. De 2001
a 2002, como funcionário da Light Serviços de Eletricidade, atuou na Électricité de
France (EDF) em planejamento e execução de projetos de expansão da rede elétrica
no sudoeste da França. Desde 2003 é funcionário da Eletrobras e gerencia a Divisão
de Planejamento e Fomento de Eficiência Energética. salvador@eletrobras.com
Gustavo Malaguti
É doutorando no PPE/Coppe/UFRJ, pesquisador do Laboratório Inter-
disciplinar de Meio Ambiente (LIMA) e da International Energy Agency
(IEA) e mestre pela Université de Paris Dauphine. Trabalha em projetos
de pesquisa relacionados à Energia e ao Meio Ambiente com ênfase
em Mudanças Climáticas e Métodos Quantitativos. Tem experiência na
área de energia e estagiou em empresas como Petrobras, GDF Suez e Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). gugamalaguti@gmail.com
Isac Roizenblatt
Consultor da Pró Light and Energy Consultants e diretor técnico da As-
sociação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux). Engenheiro ele-
tricista formado pelo Instituto Mauá de Tecnologia, especialização em
Iluminação pela Technological University of Eindhoven – Holanda; Ad-
Minicurrículos 259
ministração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; mestrado em
Energia pela Universidade de São Paulo (USP); e doutorado em Arquitetura e Urba-
nismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. isac.roizenblatt@uol.com.br
Jamil Haddad
Engenheiro eletricista, professor titular da Universidade Federal de Itajubá
(Unifei), doutor em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), em 1993, além de pesquisador e coorde-
nador do Centro de Excelência em Eficiência Energética (Excen). Possui inú-
meros livros, artigos em revistas técnicas, periódicos e trabalhos publicados.
É consultor técnico de várias empresas e instituições como Eletrobras Procel, Petrobras,
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis (ANP), Ministério de Minas e Energia (MME), Banco Mundial, Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Financiadora de Estudos
e Projetos (Finep), Grupo Ultra, Invista, Companhia Energética de Minas Gerias (Cemig),
entre outras. Trabalhou na coordenação e implementação da Lei de Eficiência Energética e
nos Procedimentos de Redes de Distribuição (Prodist). Atua nas áreas de eficiência energé-
tica, regulação do setor elétrico e planejamento energético desde 1985. jamil@unifei.edu.br
Minicurrículos 261
Reluz). Desde 2010 atua como gerente da Divisão responsável pelo Procel
Reluz, assumindo também, em 2012, a gestão dos Programas Procel GEM
(Gestão Energética Municipal) e Procel Sanear (Eficiência Energética no Sa-
neamento Ambiental). Já representou a Eletrobras Procel nas comissões da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para revisão das normas
referentes à iluminação pública, e coordenou diretamente a implementação de
projetos e a supervisão de obras de eficiência energética na iluminação públi-
ca em diversas cidades. Entre 2005 e 2007, foi responsável pelo desenvolvi-
mento do Centro de Excelência em Iluminação Pública (CEIP) em parceria com
a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). marcel@
eletrobras.com
Mariana Weiss
Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Flumi-
nense (UFF) e mestranda no PPGE/UFF. Possui experiência na área de
Economia da Energia e dos Recursos Naturais. Participou do projeto de
iniciação científica junto ao Centro de Estudos sobre Desenvolvimento
e Desigualdades (CEDE), analisando tanto o padrão de uso e posse de
equipamentos, como o perfil de consumo da energia elétrica em comunidades do
Rio de Janeiro. mariweiss@uol.com.br
Minicurrículos 263
Economics. É professor titular do departamento de Engenharia Elétrica da PUC-Rio,
membro do corpo diretor do IEPUC, professor colaborador do programa de mestrado
em Metrologia, Qualidade e Inovação da PUC-Rio e professor do Curso de Especia-
lização em Métodos Estatísticos Computacionais do departamento de Estatística da
UFJF, desde a sua criação. É pesquisador com bolsa de produtividade em pesquisa do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), nível 1A, há
mais de 10 anos, e membro do comitê assessor de Engenharia III da Capes, por três
mandatos, além de ser membro do CA de Engenharia de Produção, Pesquisa Opera-
cional e Transportes do CNPq. Sua área de atuação é desenvolvimento de modelos
estatísticos clássicos e/ou bayesianos para a previsão de séries temporais, análise de
risco e tomada de decisão sob incerteza. reinaldo@ele.puc-rio.br
Ricardo Ficara
Pesquisador formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Santa
Úrsula – RJ, em 1979, desenvolve desde 1995 trabalhos de pesquisa e
avaliação em sistemas de iluminação no Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica (Cepel). Participou da elaboração da regulamentação dos índices
para implementação da lei de Eficiência Energética. ricafica@cepel.br
Roberto Lamberts
Com formação em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Gran-
de do Sul (UFRGS), em 1980, tem mestrado em Engenharia Civil pela mes-
ma instituição, em 1983, e é PHD em Engenharia Civil pela University of
Leeds, na França, em 1988. Atualmente é professor titular da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). Tem dois livros escritos e publicou 31
artigos em periódicos especializados e 218 trabalhos em anais de eventos, além de ter
orientado 39 dissertações de mestrado e 13 teses de doutorado nas áreas de Enge-
nharia Civil, Engenharia de Produção e Arquitetura. Atualmente, coordena dois projetos
de pesquisa, atuando na área de Engenharia Civil, com ênfase em eficiência energéti-
ca, desempenho térmico de edificações, bioclimatologia e conforto térmico. É supervisor
do Laboratório de Eficiência Energética em Edificações na UFSC (Labeee), coeditor do
periódico Ambiente Construído, membro do comitê editorial dos periódicos Advances in
Building Energy Research e do Journal of Building Performance Simulation, membro das
associações científicas Associação de Tecnologia do Ambiente Construído (Antac), onde
foi da diretoria por vários mandatos, e da Associação Internacional para a Simulação do
Desempenho de Edificações (IBPSA), sendo da diretoria atual. Faz parte ainda do GT e
ST de edificações do Ministério de Minas e Energia (MME), apoiando o desenvolvimento
da etiquetagem de eficiência energética em edificações. lamberts@ecv.ufsc.br
Vanderlei Martins
Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Flumi-
nense (UFF), é mestrando no PPE/Coppe/UFRJ. Tem experiência nas
áreas de Economia da Energia, Economia Internacional e Eficiência no
Uso da Energia e dos Recursos Naturais. Participou do projeto de ini-
ciação científica junto ao Centro de Estudos sobre Desenvolvimento e
Desigualdades (CEDE), analisando o padrão de uso e posse de equipamentos em
comunidades do Rio de Janeiro, bem como o perfil de consumo da energia elétrica
nessas localidades. vanderlei.affonso@yahoo.com.br
Minicurrículos 265
gerenciamento de resíduos perigosos e áreas contaminadas no MMA, participa da
implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) na coordenação
da Logística Reversa, atua na Autoridade Competente da Convenção de Basiléia
sobre Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito, e apoia
tecnicamente a elaboração de resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama) sobre o tema. zilda.veloso@mma.gov.br