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1 ARTETERAPIA: A ARTE COMO INSTRUMENTO NO TRABALHO DO
PSICÓLOGO.
Fonte:www.euvejofloresemvoce.com.br
Fonte:www.namu.com.br
Fonte:www.guiadaalma.com.br
A história da arteterapia no CAPS Geral SER III/ UFC teve início com a
criação dos primeiros grupos arteterapêuticos em junho de 2007. Houve a
formação de dois grupos, com encontros semanais nas manhãs e tardes de
quintas-feiras. Cada sessão tinha duração média de duas horas e meia.
Atualmente, existem dez grupos em funcionamento, utilizando-se das mais
variadas linguagens artísticas, como pintura, escultura, modelagem e música.
Em janeiro de 2011, teve início o grupo de arteterapia intitulado Arte & Amizade.
O nome foi escolhido pelos próprios participantes e engloba em seu significado
a construção dos laços afetivos a partir do fazer artístico. Inicialmente, o grupo
teve composição de 15 membros, homens e mulheres com idades de 20 a 35
anos.
O contrato terapêutico pactuado foi de seis meses. Cabe dizer que o
período estabelecido para a finalização das atividades do grupo foi ampliado,
passando de junho de 2011 para setembro do mesmo ano. A alteração no
calendário se deu em função de os resultados alcançados terem apresentado
empiricamente um nível satisfatório no que se refere à estabilidade psíquica dos
usuários. Além disso, foi considerada a necessidade de preparar e construir
coletivamente no grupo a aceitação das altas terapêuticas, uma vez que eles
expressam apego especial a esse tipo de terapia.
Salienta-se que, embora não tenha havido critérios rígidos para o ingresso
nesse grupo, procurou-se priorizar as pessoas que expressassem algum tipo de
interesse pela arte. Outro fator tido como prioritário ao acesso às atividades diz
respeito aos diagnósticos médicos dos usuários, em casos como esquizofrenia,
transtorno afetivo bipolar e alguns quadros de depressão. Usuários com esses
transtornos foram estimulados a fazer parte do grupo, desde que estivessem em
condições mínimas de frequentar as sessões (ausência de crises) e o mais
importante: manifestar o desejo de participar das atividades.
A prioridade dada às pessoas com interesse e afinidade com o fazer
criativo e a arte não se constitui necessariamente um critério para inclusão ou
exclusão no grupo, mas se apresenta como aspecto facilitador e norteador do
processo. Isso também não significa dar ênfase às técnicas e aos aspectos
estéticos, ao contrário: as nossas intenções vão ao encontro dos processos
criativos e da livre expressão. A arte é, então, vista como um instrumento de
enriquecimento dos sujeitos, valorização de expressão e descoberta de
potencialidades singulares.
Fonte:www.jmisturinhas.blogspot.com.br
http://mairinews.blogspot.com.br
Neste aspecto a arteterapia entra no processo deste descobrimento
interior através da produção artística nas oficinas.
Na teoria Junguiana, a arte propicia o encontro com materiais expressivos
e adequados para a criação que está presente na imaginação do individuo. E
este universo é traduzido em símbolos que retratam estruturas psíquicas
internas do inconsciente pessoal e coletivo. Na arteterapia, através da linha
Junguiana, o surgimento dos símbolos abre caminho para o trabalho do
arteterapeuta (VALLADARES, 2003). Através da psicologia analítica, pode-se
entender que o artista é um indivíduo que transita permeando consciente-
inconsciente. Então os artistas trazem a tona sua produção inconsciente através
da sua arte. Para Jung, na arte, produto da neurose, o artista busca inspiração
em seu inconsciente pessoal e esta inspiração pode se extinguir ao dissolverem-
se os conflitos. Segundo Jung “A neurose não cria arte. Ela é não criativa e
inimiga da vida. Ela é o fracasso e a nãorealização” (JUNG, 2001 p. 337). Desta
afirmação pode-se deduzir o papel purgativo da arte na neurose. A expressão
da emoção e da sensação através da arte é a própria expressão do inconsciente,
pois ao produzir o indivíduo pode estabelecer uma linguagem com o meio.
Através da produção artística poderá haver uma reinvenção do cotidiano e a
aproximação do indivíduo doente ao mundo social (VALLADARES, A. C. A.
(Org.) 2004).
No Brasil a Dra Nise da Silveira usou a terapia ocupacional como proposta
terapêutica. O processo terapêutico só poderia se desenvolver se o paciente
fosse acolhido com afeto, afirmava Nise. Segundo Lima (2009), Nise utilizou o
conceito de afeto de Spinoza e o associou a idéia de um disparador do processo
de cura, tomando a noção de catalisador da química. Mesmo que Dra. Nise não
abordasse o valor estético dos trabalhos, criou-se uma atmosfera cultural em
torno da sua aventura teórico-prática, possibilitando a alguns artistas se
desprenderem do rótulo de loucos. Foi o caso de Emygdio que entrou no rol dos
artistas brasileiros representando o Brasil na Bienal de Veneza. Se o objetivo
maior da Dra Nise era buscar acesso ao mundo interno do psicótico
surpreendeu-se ao perceber que o próprio ato de pintar poderia adquirir, por si
mesmo, qualidades terapêuticas. Ela observou intensa criatividade e uma pulsão
configuradora de imagens:
Dra Nise percebeu grande harmonia nas imagens produzidas, sobre isto
se comunicou com Dr. Jung para discutir os significados. Jung esclareceu que
algumas imagens eram mandalas, estas buscavam compensar o caos interior
sofrido pelo paciente na tentativa de reconstruir a personalidade dividida. A partir
da explicação do Dr. Jung, pode-se entender a função terapêutica na produção
artística do paciente. Os símbolos, presentes nas criações plásticas, poderão
estar presentes também nos sonhos destes pacientes. A interpretação destes
símbolos facilitará a compreensão dos conflitos deste indivíduo por parte do
arteterapeuta. O uso terapêutico da arte está no fato de ser uma expressão
simbólica da psique. Portanto, os símbolos são uma forma de acessar o
inconsciente e funciona como uma ponte para o consciente. (JUNG, 1987).
Pode-se inferir a partir do exposto acima que, para facilitar o trabalho em
arteterapia é importante a utilização de materiais expressivos diversos, pois
assim, abrange muitas possibilidades e atende ao gosto de cada paciente. Esses
materiais podem servir para estimular a criatividade, e posteriormente
desbloquear e trazer à consciência informações guardadas na sombra. Este lado
desconhecido da psique humana ao se manifestar poderá contribuir para a
expansão de toda a estrutura psíquica. Através destes materiais, tintas, pincéis,
dos materiais para colagens, da modelagem, da dobradura, máscaras, de
materiais naturais, como folhas, flores, sementes, cascas de árvores ou da
aproximação e experimentação com elementos vitais como a água, o ar, a terra
e o fogo e inúmeras outras possibilidades criativas, talvez assim surjam os
símbolos necessários, para que cada indivíduo entre em contato com aspectos
a serem compreendidos e transformados. As modalidades expressivas podem
ser tão variadas permitindo facilitar a melhor compreensão dos símbolos. Ciornai
(2005) nos conta que:
Fonte:www.silvioalvarez.blogspot.com.br
4.1 Conceitualização
Fonte:www.institutofenix.com
Fonte:www.andreaalves.blog.br
6 HISTÓRIA DA ARTETERAPIA
Fonte:www.psicologado.com
7 REFERENCIAS