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08/10/2020 Unidade III – Libras e a Segurança Pública
Sumário
Dados estatísticos e Legislação sobre as pessoas com deficiência
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Em 2020 somos 211 milhões de habitantes no Brasil e em 2010 o número era 190.732.694.
Segundo os dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), 6,7% da população brasileira possui algum tipo de deficiência. Os
números apontam para um universo de 12,7 milhões de pessoas. Dentro desse universo,
existem 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva no país, onde 20% são
completamente surdos.
Em Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais, são 4.557 pessoas surdas e 107.046 com
alguma deficiência auditiva. Juntas, representam 4,5% da população da cidade.
§ 1º O material didático audiovisual utilizado em aulas teóricas dos cursos que precedem os
exames previstos no art. 147 desta Lei deve ser acessível, por meio de subtitulação com
legenda oculta associada à tradução simultânea em Libras.
Como forma de identificação dos veículos dirigidos por pessoas surdas, foi criado o Símbolo
Internacional da Surdez. Este é instituído pela Lei nº 8.160 de 08 de janeiro de 1991, que
dispõe sobre a caracterização de símbolo que permita a identificação de pessoas
portadoras de deficiência auditiva, conforme imagem a seguir:
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As pessoas surdas enfrentam muitos desafios no cotidiano que muitas vezes são
despercebidos pelas pessoas ouvintes. O que geralmente é corriqueiro e simples para um
ouvinte, para uma pessoa surda pode não ser tão simples assim, como por exemplo,
solicitar uma informação na rua ou em algum órgão público, ligar para um número de
emergência, perguntar o preço de algo numa loja, assistir à televisão e compreender a
mensagem, comprar uma passagem na rodoviária, ir a uma loja comprar algo e solicitar ao
vendedor que divida no cartão de crédito e etc.
A questão central não é a surdez, mas sim a falta de conhecimento mínimo das pessoas e
da sociedade sobre a Língua Brasileira de Sinais, sobre a ausência de intérpretes nos
estabelecimentos comerciais, culturais e na maioria dos órgãos públicos.
A Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), em seu artigo nº artigo 4º diz que
“toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais
pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”.
Na mesma Lei, o artigo 9º coloca que a pessoa com deficiência tem direito a receber
atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de:
O artigo 9º da Lei nº 13.146/15 coloca que o atendimento às pessoas como deficiência deve
ser prioritário e como observamos nos itens III e V as pessoas com deficiência têm o direito
ao acesso às informações, sendo-lhes disponibilizados os recursos necessários que lhes
garantam a comunicação acessível, tanto se utilizando de recursos humanos quanto
tecnológicos.
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A Lei Federal nº 10.098/00 estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção
da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Esta
lei foi regulamentada pelo Decreto nº 5.296/04, onde trata da prioridade de atendimento às
pessoas com deficiência.
Como pudemos observar nos artigos citados logo acima, o Poder Público deve promover a
eliminação das barreiras na comunicação além de implementar a formação de profissionais
intérpretes para proporcionar a comunicação entre as pessoas surdas.
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O Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei nº 13.146/15 definiu Pessoa com Deficiência da
seguinte forma, conforme descrito no artigo 2º:
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas.
Ao ingressar em Unidade Prisional o preso passa por uma avaliação feita por uma comissão
técnica de classificação, conforme determina a Lei de Execução Penal, nº 7.210/84. A partir
dessa classificação baseada em seus antecedentes, personalidade e em outras questões,
inclusive sobre a situação física e de saúde, atestada através de exames diversos, é que se
tornam possível determinar ou confirmar uma deficiência.
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No ranking por Unidades da Federação, Minas Gerais possui 178 pessoas com deficiência
em suas Unidades Prisionais, representando (0,23%) do total. Os Estados que lideram esse
ranking são: Sergipe (2,8%), Maranhão (1,8%) e Roraima (1,6%).
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Segundo a pesquisa (2007, p. 101) “os tipos de deficiência eram: visual (08), física (04) e
mental/intelectual (16)”.
Percebemos pelos dados da pesquisa de 2017 que não havia adolescentes com deficiência
auditiva (Surdo), que é o foco de nossa investigação.
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Conforme estudamos nas unidades anteriores, foi no dia 26 de setembro de 1857 que fora
fundado, na cidade do Rio de Janeiro, pelo Imperador Dom Pedro II, o Instituto Imperial de
Surdos-Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Portanto, essa data
representa a luta da comunidade surda brasileira.
Aliás, não é somente o dia 26 que é importante para a comunidade surda. O mês de
setembro inteiro foi escolhido para fazer parte da campanha do “Setembro Azul”.
Março de 2011 havia uma ameaça de fechamento da escola INES (Instituto Nacional de
Educação de Surdos) e ao saberem sobre tal ameaça os surdos se organizaram
nacionalmente em repúdio às manifestações do MEC de tentar fechar esta escola. Em maio
desse mesmo ano os surdos se organizaram e fizeram uma passeata em manifestação de
repúdio em Brasília, onde surpreenderam os Ministros e tiveram vários encontros políticos
inclusive com o então Ministro da Educação [...]. Os surdos, mesmo tendo conversado com
tantas autoridades federais, resolveram que havia necessidade de um movimento que
marcasse a reivindicação dos surdos em garantir os seus direitos humanos, linguísticos e
culturais, denominando o movimento de “Setembro Azul”.
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As pessoas com deficiência podem ser abordadas por policiais? A resposta é sim. Essa
abordagem deve ser realizada conforme as leis, normas e procedimentos, atentando-se às
especificidades de cada tipo de deficiência.
Essa Cartilha nos traz um alerta quanto a uma situação que pode acontecer no caso de
uma ordem de parada a uma pessoa surda que está de costas. Obviamente o surdo
ignorará a ordem dada e isso pode causar a falsa impressão de que ele não está acatando
a determinação legal da autoridade policial e o policial pode cometer um erro ao fazer uso
inadequado da força.
Para evitar esse tipo de situação é importante que os profissionais de Segurança Pública
conheçam o básico sobre a Língua Brasileira de Sinais e como os princípios básicos para
se abordar um surdo.
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Fonte: Cartilha Atuação Policial na Proteção dos Direitos Humanos de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade.
SENASP (2013, p. 70)
Fonte: Cartilha Atuação Policial na Proteção dos Direitos Humanos de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade.
SENASP (2013, p. 71)
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Fonte: Cartilha Atuação Policial na Proteção dos Direitos Humanos de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade.
SENASP (2013, p. 71)
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Fonte: Cartilha Atuação Policial na Proteção dos Direitos Humanos de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade.
SENASP (2013, p. 72)
Fonte: Cartilha Atuação Policial na Proteção dos Direitos Humanos de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade.
SENASP (2013, p. 73)
Fonte: Cartilha Atuação Policial na Proteção dos Direitos Humanos de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade.
SENASP (2013, p. 73)
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Fonte: Cartilha Atuação Policial na Proteção dos Direitos Humanos de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade.
SENASP (2013, p. 74)
Ao final, cumprimente com “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite”, conforme aprendemos nos
vídeos apresentados neste curso.
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