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COLEÇÃO CULTURA DE PAZ E MEDIUNIDADE

INTRODUÇÃO À TERAPIA
VIBRACIONAL INTEGRATIVA
UMA MEDITAÇÃO COMUNITÁRIA,
BIOENERGÉTICA E TRANSPESSOAL

SEGUNDA EDIÇÃO
COLEÇÃO CULTURA DE PAZ E MEDIUNIDADE

INTRODUÇÃO À TERAPIA
VIBRACIONAL INTEGRATIVA
UMA MEDITAÇÃO COMUNITÁRIA,
BIOENERGÉTICA E TRANSPESSOAL

SEGUNDA EDIÇÃO

ADILSON MARQUES

2011
© do autor – 2011, 2012

Direitos reservados desta edição


RiMa Editora

M357 Marques, Adilson


Introdução
Introduçãoààterapia
terapiavibracional
vibracionalintegrativa
integrativa––uma
umameditação
meditação
comuitária, bioenergética e transpessoal
comunitária, transpessoal –/ Adilson
segundaMarques
edição / –
São Carlos:
Adilson RiMa
Marques Editora,
– São 2011.
Carlos: RiMa Editora, 2012.

54
76 p.

ISBN – 978-85-7656-208-5

1. Terapia complementar. 2. Mediunidade.


3. Imaginação criativa. 4. Espiritualismo. I. Título.
II. Autor.

www.rimaeditora.com.br
Rua Virgílio Pozzi, 213 – Santa Paula Rua Nove de Julho, 1380 – Sl 21
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COLEÇÃO CULTURA DE PAZ E MEDIUNIDADE

A coleção Cultura de Paz e Mediunidade foi idealizada para


divulgar as sete pesquisas realizadas pelo projeto Homospiritualis,
entre os anos de 2001 a 2010. Elas não foram feitas dentro das
Universidades, porém, utilizaram heurísticas próprias das Ciências
Humanas.
A mediunidade foi inserida no projeto Homospiritualis por
volta de 2001, após a visita de dois médiuns kardecistas ao Cen-
tro de Estudos e Vivências Cooperativas e para a Paz, um local
onde diferentes atividades eram ofertadas à comunidade e grupos
de estudos se reuniam. Com a inserção destes dois novos partici-
pantes, a fenomenologia mediúnica se tornou a ferramenta prin-
cipal para as pesquisas que abordaram os seguintes temas: a
Apometria, a Umbanda, as técnicas de desobsessão, as filosofias
orientais etc.
Em 2003, o projeto criou uma ONG para servir de laborató-
rio para as pesquisas: a ONG Círculo de São Francisco, encerrada
após a conclusão das mesmas.
Apesar de utilizar a suposta comunicação com os espíritos
como recurso metodológico, é importante esclarecer que o projeto
Homospiritualis não tem nenhuma posição fechada sobre o fenô-
meno. Buscando conhecer as interpretações sobre esta manifesta-
ção psíquica, encontramos seis diferentes hipóteses:
1. a mediunidade é fraude, charlatanismo;
2. a mediunidade é uma patologia mental;
3. o médium manifesta durante o transe informações presen-
tes em seu próprio inconsciente;
4. o médium manifesta informações presentes no inconsci-
ente coletivo da humanidade;
5. o médium é um instrumento do demônio;
6. o médium transmite informações de seres incorpóreos, os
espíritos dos mortos.
Apesar da existência das seis teorias acima e, possivelmente,
de outras que não conhecemos, as pesquisas realizadas no projeto
Homospiritualis não se preocuparam em teorizar sobre esse as-
sunto, concentrando o seu esforço no conteúdo das mensagens
transmitidas pelos médiuns que participaram do projeto. Assim,
através da mediunidade coletamos informações e dados que fo-
ram interpretados utilizando vários recursos e métodos das pes-
quisas qualitativas em Ciências Humanas como a História oral, a
Pesquisa-ação, a Etnografia, a Mitocrítica etc.
Este campo de pesquisa, original e que abre uma nova pers-
pectiva acadêmica, recebeu, de nossa parte, o nome Espiritologia
ou Ciências do Espírito.
SUMÁRIO

Introdução ................................................................................... 9

Capítulo 1 – Uma abordagem holonômica da Terapia


Vibracional Integrativa ......................................................... 13

Capítulo 2 – Imagens e símbolos na Terapia vibracional


Integrativa: uma visão arquetípica ...................................... 25

Capítulo 3 – As principais técnicas meditativas que


compõem a TVI .................................................................... 42

Anexo 1 – Sugestões de induções animagógicas que podem ser


realizadas durante as práticas ............................................... 53

Anexo 2 – Artigos sobre psicossomática ................................... 55

Anexo 3 – Questionário psicossomático aplicado às pessoas


que procuram atendimento com a Terapia Vibracional
Integrativa no Centro de Animagogia e Práticas
Bioenergéticas Rosa de Nazaré. ...................................................... 65
–8–
INTRODUÇÃO

A Terapia Vibracional Integrativa (TVI) foi uma das princi-


pais contribuições do projeto Homospiritualis, ao longo da cha-
mada Década da Cultura de Paz (2001-2010). Sua origem foi
bem singular e está relacionada a uma experiência espiritual
vivenciada por mim no início do século XXI.
Junto com alguns amigos, eu havia participado da criação do
projeto Homospiritualis, cuja missão foi a de difundir os valores e
princípios da Cultura de Paz no município de São Carlos, no inte-
rior do estado de São Paulo. O Projeto foi o responsável pela cria-
ção de um espaço espiritualista denominado Centro de Estudos e
Vivências Cooperativas e para a Paz, que se localizava na Rua
Marechal Deodoro, perto do teatro municipal. Ali, a comunidade
podia praticar Yoga, Reiki, Tai-chi, Danças Circulares, Meditação
e outras atividades, além de participar de inúmeros grupos de es-
tudos. As atividades eram gratuitas e mantidas com recursos da
bolsa de estudo que eu recebia enquanto cursava o doutorado.
Com o fim da bolsa, o centro não teve condições de se manter e
fechou suas atividades em março de 2003, sendo substituído pela
ONG Círculo de São Francisco, uma organização mais modesta,
voltada para pesquisas que durou de 2003 a 2007.
A grande motivação para realizar este trabalho foi um fato
bem insólito. Frequentemente, ao participar de algumas ativida-
des espiritualistas, minha mente era invadida por uma luminosa
cor verde e, no seu interior, aparecia um desenho que lembrava
uma cruz. De tanto visualizar essa imagem, eu a desenhei em
uma folha de papel e mostrei para várias pessoas. Ninguém sabia
me dizer o que ela representava. Notei, também, que a visão des-
sa imagem se intensificou quando intui uma técnica para aplicar
Reiki em mais de uma pessoa por vez, ou seja, para se trabalhar
com grupos.

–9–
A necessidade de pensar em estratégias para atender mais
pessoas ao mesmo tempo surgiu com o aumento da procura pelo
Reiki naquele Centro de Estudos. Não tínhamos tempo e volun-
tários para atender individualmente todos os interessados. Assim,
tive uma idéia. Reunir um grupo, fazer algumas danças circulares
mais meditativas e, em seguida, pedir para que todos se deitassem
em colchonetes. Em seguida, eu enviava energia para o grupo.
Essa experiência foi muito agradável e eu chamei essa técnica, em
2001, de Mandala-Reiki.
Durante vários anos, sempre que focalizava essa vivência na-
quele Centro de Estudos ou em outros locais, onde era convida-
do, a imagem daquela cruz verde tomava conta da minha tela
mental. Mas foi em 2003, finalmente, que descobri o que signifi-
cava aquela imagem. Eu fui procurado por um jovem estudioso da
Cabala que se ofereceu para ministrar um curso sobre o tema.
Como nada acontece por acaso, durante uma das aulas ele mos-
trou vários símbolos e entre eles o famoso crucifixo de São Damião,
uma imagem bizantina que ornava a capela de Assis, no século
XII. Ou seja, eu estava diante da imagem que povoava a minha
mente sempre que participava de alguma experiência espiritualista.
Descobrir que eu estava diante de tão famoso ícone franciscano
me encantou e passei a chamar a técnica de Círculo de São Fran-
cisco, deixando para trás o antigo nome: Mandala-Reiki.
Outra experiência insólita também foi fundamental para a
mudança no nome. Pouco tempo depois, procurei o mestre que
me iniciou no Reiki. Eu sentia vontade de ensinar a técnica para
outras pessoas e ele foi taxativo: somente os mestres poderiam
criar e ensinar técnicas novas de Reiki. Se eu quisesse ensinar o
Mandala-Reiki precisaria fazer o curso para mestre que custava
cinco mil reais. Após tanto pensar se valeria a pena aquele investi-
mento, aceitei fazer o curso e agendamos a data.
Porém, na véspera do curso, eu estava no Centro de Estudos
quando dois rapazes foram até lá com o objetivo de conhecer o
trabalho que realizávamos. Conversamos muito, apresentei todas
as dependências do local e as atividades que lá aconteciam. Ao se
sentir mais confiante, um deles falou que era médium kardecista

– 10 –
e que foi até lá porque um Espírito queria falar comigo. Segundo
ele, teria sido esse ser incorpóreo quem tinha passado para eles o
meu nome e o endereço do Centro.
Eu nunca tinha conversado com um Espírito e achei a idéia
interessante. Não senti medo, apenas curiosidade. Fui com o ra-
paz até a sala onde aplicávamos Reiki e, em poucos minutos, ele
entrou em transe e “incorporou” um Espírito que começou a falar
em alemão comigo. Percebendo que eu nada entendia, disse em
português: “então você não se lembra mais da língua que falou em
sua vida passada?”
Ele disse outras coisas, mas duas me chamaram a atenção.
Falou que ele havia me intuído na elaboração da técnica coletiva
para aplicação de Reiki e que havia gostado do novo nome, “Cír-
culo de São Francisco”. E disse também que eu habitava, no mun-
do espiritual, uma colônia administrada pelo Espírito que viveu
como São Francisco de Assis. Além disso, falou que estava à dis-
posição para me ensinar tudo o que eu precisaria para enviar ener-
gia para as pessoas, sem precisar gastar dinheiro com aquele curso
que eu pretendia fazer, ou seja, o para se tornar mestre de Reiki.
Essas informações me desconcertaram. Não podia ser brin-
cadeira do médium, pois eu não o conhecia. Além disso, em ne-
nhum momento da nossa conversa eu disse que estava me progra-
mando para fazer aquele curso.
Após essa experiência, aceitei a proposta daquele suposto ser
incorpóreo para estudar outras técnicas, o que aconteceu durante
aproximadamente dois anos, em reuniões semanais de duas horas
de duração. Neste período, o médium foi até o Centro de Estudos
e, após incorporar o meu novo “mestre”, iniciávamos a aprendi-
zagem.
Em 2005, mais de dois anos após o encerramento desta expe-
riência de educação espiritual, resolvi mudar o nome da técnica
novamente. Ela passou a ser denominada Terapia Vibracional
Integrativa (TVI) ou simplesmente “meditação integrativa”. A
mudança foi para ter a oportunidade de apresentá-la em encon-
tros acadêmicos ou realizá-la em ambientes não espiritualistas.

– 11 –
Enfim, para se ter mais credibilidade, eu achei necessário criar
esse nome pomposo, apesar de, na essência, continuar sendo o
velho e bom “Círculo de São Francisco”.
Neste livro, apresento a proposta terapêutica em três capítu-
los. Os dois primeiros são teóricos, partindo de perspectivas dife-
rentes, porém, complementares e, no último, descrevo algumas
das técnicas que formam a TVI, que desde 2003 venho ensinan-
do de graça para quem deseja aprendê-la e usá-la para levar mais
saúde e bem-estar físico, emocional, mental e espiritual para quem
necessita.
E se lembrarmos que James Hillman, famoso psicólogo e se-
guidor das pesquisas junguianas, certa vez afirmou que nas teori-
as do mundo exterior desalmado estão latentes a despersonalização
e a desrealização, podemos ir além e afirmar que as teorias do
mundo exterior des-almado induzem à obsessão do sapiens pelo
des-envolvimento, no qual esta latente a necessidade de des-
personalização e de des-realização manifestadas na correria des-
confortável, insensata e sempre dirigida ao futuro das sociedades
modernas e contemporâneas, chamadas de “civilizadas”.
Possivelmente, a obsessão pelo des-envolvimento é o que gera,
em muitos cidadãos, o des-gosto pela vida, uma vez que esta se
torna, para essas pessoas, des-provida de cor, de temperatura, de
sonoridade, de sabor e de cheiro. Em suma, podemos dizer que o
excesso de des-envolvimento é o grande responsável pelo des-en-
cantamento do mundo.
E a Terapia Vibracional Integrativa, enquanto meditação psico-
sócio-espiritual, é uma alternativa a esse mundo des-almado que,
além do iminente des-astre, nos transmite a sensação des-agradá-
vel de estar num mundo de des-respeito e de solidão. Ela não foi
pensada para adaptar o participante a esse mundo, mas como par-
te integrante de um meio sócio-cultural e educacional que valori-
za o re-envolvimento do corpo e da alma, da sociedade e da natu-
reza, do animus e do anima, em suma, o surgimento do Homem
Integral ou do Homo spiritualis.

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CAPÍTULO 1

UMA ABORDAGEM HOLONÔMICA DA


TERAPIA VIBRACIONAL INTEGRATIVA

“Quanto mais investiga a natureza, mais se convence o homem


de que vive num reino de ondas transfiguradas em luz, eletricidade,
calor ou matéria, segundo o padrão vibratório em que se exprimam.
Existem, no entanto, outras manifestações da luz, da eletricidade,
do calor e da matéria, desconhecidas nas faixas da evolução humana,
das quais, por enquanto, somente poderemos recolher informações
pelas vias do Espírito.”
Espírito André Luiz
(médium Chico Xavier)

Neste capítulo vamos abordar a visão de alguns Espíritos,


particularmente Andre Luiz e Ramatís, e como suas Psicosofias
(sabedorias espirituais) ajudam a compreender o funcionamento
da Terapia Vibracional Integrativa. Estes dois livros foram sugeri-
dos como leitura durante as aulas que tive com o suposto espírito,
nas aulas que descrevi acima. Os livros sugeridos foram: Mecanis-
mos da mediunidade, escrito em 1960, pelo Espírito André Luiz,
através da mediunidade de Chico Xavier e Fisiologia da alma, de
Ramatís, psicografado por Hercilio Maes.
O primeiro autor incorpóreo recorreu ao conhecimento cien-
tífico de Terra para tentar explicar os fenômenos mediúnicos e,
também, o que mais nos interessa neste momento: os processos
de irradiação eletromagnética. Como afirma o autor incorpóreo,
no livro em questão, com o advento da mecânica ondulatória:

“... Mais da metade do Universo foi reconhecida como um


reino de oscilações, restando a parte constituída de matéria
igualmente suscetível de converter-se em ondas de energia.

– 13 –
O mundo material como que desapareceu, dando lugar a teci-
do vasto de corpúsculos em movimento, arrastando turbilhões
de ondas em freqüências inumeráveis, cruzando-se em todas
as direções, sem se misturarem.
O homem passou a compreender, enfim, que a matéria é sim-
ples vestimenta das forças que o servem nas múltiplas faixas
da Natureza e que todos os domínios da substância palpável
podem ser plenamente analisados em linguagem matemática,
embora o plano das causas continue para ele indevassado, tanto
quanto para nós, as criaturas terrestres temporariamente apar-
tadas da vida física.”

Segundo André Luiz, nossos conhecimentos ainda não estão


aptos a equacionar o meio sutil em que os sistemas atômicos osci-
lam. Einstein chamou esse espaço de campo, e o escritor incorpóreo
preferiu definir o meio sutil em que o Universo se equilibra como
sendo o Fluido Cósmico, a força “inabordável que sustenta a Cria-
ção”. Esse fluido seria, portanto, “a base mantenedora de todas as
associações da forma nos domínios inumeráveis do Cosmo, do
qual conhecemos o elétron como sendo um dos corpúsculos-base”.
Por sua vez, Nikola Tesla (1856-1943), cientista austríaco que se
destacou no campo dos estudos sobre os fenômenos eletro-mag-
néticos chamou essa base mantenedora de “energia escalar”.
Porém, no caso particular de cada criatura humana, André
Luiz afirma que a “aura” ou “halo vital” será tecido por correntes
atômicas sutis emanadas, sobretudo, pelos pensamentos. Respei-
tando as leis dos quanta de energia e da mecânica ondulatória, a
aura apresenta determinada cor peculiar, frequentemente descrita
pelos videntes. Nesse sentido, cada pessoa seria capaz de fazer
vibrar uma onda mental própria. Assim, nosso pensamento seria
o agente essencial para as realizações, seja no plano físico ou no
extrafísico. Em outras palavras como esclareceu André Luiz, por
intermédio da indução mental:

“... (No domínio da energia elétrica) um corpo que detenha


propriedades eletromagnéticas pode transmiti-las a outro cor-
po sem contato visível. No reino dos poderes mentais a indução

– 14 –
exprime processo idêntico, porquanto a corrente mental é sus-
cetível de reproduzir as suas próprias peculiaridades em outra
corrente mental que se lhe sintonize. E tanto na eletricidade
quanto no mentalismo, o fenômeno obedece à conjugação de
ondas, enquanto perdure a sustentação do fluxo energético”.

Dentro desta perspectiva, podemos levantar a seguinte hipó-


tese: que o Espírito, encarnado ou não, pode, por homologia, ser
comparado a um dínamo complexo. Ele é ao mesmo tempo, gera-
dor, indutor, transformador e coletor de energia. Além disso, é
capaz de assimilar correntes contínuas de força e, simultaneamente,
exteriorizá-las. Ainda segundo André Luiz:

“Erguendo-se sobre os vários departamentos do corpo, a fun-


cionarem por motores de sustentação, o cérebro, com as célu-
las especiais que lhe são próprias, detém verdadeiras usinas
microscópicas, das quais as pequenas partículas de germânio,
na construção do transistor, nos conjuntos radiofônicos
miniaturizados, podem oferecer imperfeita expressão.
É aí, nesse microcosmo prodigioso, que a matéria mental, ao
impulso do Espírito, é manipulada e expressa, em movimento
constante, produzindo correntes que se exteriorizam, no espa-
ço e no tempo, conservando mais amplo poder na aura da
personalidade que se exprime, por meio de ação e reação per-
manentes, como acontece no gerador comum, em que o fluxo
energético atinge valor máximo, segundo a resistência integral
do campo, diminuindo de intensidade na curva de saturação.
Nas reentrâncias de semelhante cabine, de cuja intimidade a
criatura expede as ordens e decisões com que traça o próprio
destino, temos, no córtex, os centros da visão, da audição, do
tato, do olfato, do gosto, da palavra falada e escrita, da memó-
ria e de múltiplos automatismos, em conexão com os mecanis-
mos da mente, configurando os poderes da memória profun-
da, do discernimento, da análise, da reflexão, do entendimen-
to e dos multiformes valores morais de que o ser se enriqueceno
trabalho da própria sublimação.”

Relacionando estas questões com a prática da Terapia Vibra-


cional Integrativa, podemos considerar que todos nós so-
– 15 –
mos capazes de produzir e irradiar vibrações eletromagnéticas cujas
freqüências variam conforme os estados mentais de cada emissor.
A alma, nesse sentido, articula, a seu redor, as radiações das
sinergias funcionais. Ou seja, a alma se encontra envolvida em uma
aura de forças eletromagnéticas. Por essa razão, tudo o que pensar-
mos gerará “formas-pensamento” que serão lançadas para o ambi-
ente, criando a nossa volta uma psicoesfera eletromagnética que
atrairá forças (pensamentos, seres incorpóreos etc.) de mesma vi-
bração. Esta afinidade vibracional nos ajuda a compreender o “é
dando que se recebe”, da oração de Francisco de Assis ou a lição de
Paulo (6:7), de que “iremos ceifar aquilo que semearmos”.
Ou seja, cada Espírito, pelo poder vibratório emanado, impri-
me um fluxo energético que está manifesto em sua personalidade.
E é capaz de aumentar seu padrão vibratório conforme converte
sua vontade de prazer em prazer em servir. E o cérebro seria como
um poderoso “computador” capaz de receber diferentes correntes
vibratórias e as transformar em imagens, vozes, cores, palavras, entre
outros sinais adequados às faixas de sintonia natural da Terra, o
ambiente em que vivemos atualmente a nossa existência, mas não
seria ele o responsável pelo pensamento. Pensar é uma habilidade
espiritual, ou seja, um produto concreto da consciência do Ser.
O pensamento é o modo de o Espírito modelar os fluidos à
sua vontade, dando-lhe formas, propósitos e, às vezes, objetivos.
Isso acontece consciente e inconscientemente. É por essa razão
que podemos afirmar que todos nós somos médiuns, pois, como
agente de indução, nosso pensamento, ao ser exteriorizado na for-
ma de ondas, voltará para nós mesmos enriquecidos com os da-
queles (encarnados ou não) que estão sintonizados com as mes-
mas criações mentais. É tudo uma questão de afinidade vibracional.
Por isso torna-se fundamental o autopoliciamento de nossa
vida mental, sem paranóias, obviamente. Esse “vigiar” é importante
se pretendemos nos sintonizar com as esferas mais sublimes e com
os Espíritos nobres, uma vez que, como nos salientou André Luiz:

“Estamos ligados em Espírito com todos os encarnados ou


desencarnados que pensam como pensamos, tão mais estreita-

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mente quão mais estreita a distância entre nós e eles, isto é, quanto
mais intimamente estejamos comungando a atmosfera mental
uns dos outros, independentemente de fatores espaciais.
Uma conversação, essa ou aquela leitura, a contemplação de
um quadro, a idéia voltada para certo assunto, um espetáculo
artístico, uma visita efetuada ou recebida, um conselho ou uma
opinião representam agentes de indução, que variam segundo
a natureza que lhes é característica, com resultados tanto mais
amplos quanto maior se nos faça a fixação mental ao redor
deles.”

Poucas pessoas se dão conta desse fato, e a melhor forma de


se proteger dos fluidos deletérios emanados por encarnados ou
desencarnados está na fórmula ensinada por Jesus: “Orar e vigi-
ar”. Lembrando apenas que orar não é repetir palavras ou frases
decoradas, mas emanar do coração nossos mais sinceros agradeci-
mentos e pedidos a Deus. E como o fluido cósmico é o caminho
para a comunicação entre os Espíritos, não é preciso implorar por
meio de sonoros gritos. O som se propaga no ar, mas a prece se
propaga também no silêncio e no recolhimento.
É por isso que a força do pensamento pode ser construtiva
ou destrutiva, proporcionando alcançar resultados tangíveis como
a somatização de doenças, de um lado, ou a facilitação da cura, de
outro. É importante mais uma vez nos lembrarmos de André Luiz
quando afirma:

“Quanto mais enobrecida a consciência, mais se lhe configura-


rá a riqueza de imaginação e poder mental, surgindo, portan-
to, mais complexo o cabedal de suas cargas magnéticas ou cor-
rentes mentais a vibrarem ao redor de si mesmo e a exigirem
mais ampla quota de atividade construtiva no serviço em que
se lhe plasmem vocação e aptidão.”

Dentro desta perspectiva, a pessoa que pretenda utilizar a


TVI como atividade psico-social precisa manter certa higiene es-
piritual, cultivando pensamentos elevados e evitando
desregramento de natureza física ou psíquica. Já o participante
que busca o auxílio nesta prática necessita estar receptivo para
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recolher em sua constituição fisiopsicossomática os fluidos mag-
néticos enviados pelo focalizador da atividade. Além disso, tam-
bém precisa realizar sua higiene espiritual, o que chamamos de
animagogia (educação espiritual), para que possa, de fato, manter
sua saúde, uma vez que ela, assim como a enfermidade, resultam
da harmonia ou da desarmonia do indivíduo diante das leis
numinosas que atuam sobre o plano físico.
Sobre essa questão, o Espírito Ramatís, em seu livro Fisiologia
da alma, escreve algo muito significativo. Ele afirma:

“As moléstias, portanto, em sua manifestação orgânica, identi-


ficam que no mundo psíquico e invisível aos sentidos da carne
a alma está enferma! O volume de cólera, inveja, luxúria, cobi-
ça, ciúme, ódio ou hipocrisia que porventura o Espírito tenha
imprudentemente acumulado no presente ou nas existências
físicas anteriores forma um patrimônio “morbo-psíquico”, uma
carga insidiosa e tóxica que, em obediência à lei da harmonia
espiritual, deve ser expurgada da delicada intimidade do
perispírito. O mecanismo ajustador da vida atua drasticamen-
te sobre o Espírito faltoso; ao mesmo tempo que o fardo dos
seus fluidos nocivos e doentios vai-se difundindo depois pelo
seu corpo físico.”

A medicina atual, infelizmente, ainda se preocupa muito mais


com a doença (o processo de o Espírito drenar seu psiquismo do-
entio através do corpo físico) do que com o doente em si. Essa
drenagem receberá infinitas nomenclaturas: lepra, tuberculose,
câncer, AIDS etc. Isso talvez ocorra pelo fato de a causa da molés-
tia ser, quase sempre, dinâmica e oculta aos olhos físicos. O Espí-
rito doentio que despeja na carne os fluidos deletérios só será
pensado como doente quando o processo de materialização física
se tornar evidente, alterando os tecidos, deformando órgãos, per-
turbando os sistemas vitais.
Como já foi salientado, é por intermédio da mente que se
pode modificar a ética dos sentimentos, agindo sobre nosso tem-
peramento e, também, sobre a organização celular do organismo
físico. E nesse processo, o Espírito se serve do cérebro para produ-

– 18 –
zir ondas de forças que circulam por todo o corpo físico e gradu-
am-se conforme o campo energético. No mesmo livro, Ramatís
faz a seguinte correlação entre os pensamentos/sentimentos e seu
efeito no corpo físico:

“... O medo ataca a região umbilical, na altura do nervo vagos-


simpático, e pode alterar o funcionamento do intestino delga-
do; a alegria afrouxa o fígado e o desopila da bílis; enquanto o
sentimento de piedade reflui instantaneamente para a região
do coração. A oração coletiva e sincera, da família, ante a mesa
de refeições é bastante para acalmar muitos espasmos duo-
denais e contrações opressivas da vesícula hepática, assim como
predispõe a criatura para a harmonia química dos sucos gástri-
cos. O corpo físico é o prolongamento vivo do psiquismo; é a
sua forma condensada na matéria, por cujo motivo sofre com
os mais graves prejuízos os diversos estados mórbidos da men-
te. A inveja, por exemplo, comprime o fígado, e o
extravasamento da bílis chega a causar surtos de icterícia, con-
firmando o velho rifão de que a “criatura quando fica amarela
é de inveja”. O medo produz suores frios e a adrenalina defen-
siva pode fazer eriçar os cabelos, enquanto a timidez faz afluir
o sangue às faces, causando o rubor. Diante do inimigo perigo-
so, o homem é tomado de terrível palidez mortal; a cólera
congestiona de sangue o rosto, mas paralisa o afluxo de bílis e
enfraquece o colérico; a repugnância esvazia o conteúdo da
vesícula hepática que, penetrando na circulação, produz náu-
seas e as tonturas.”

Podemos constatar, pelo exposto acima, que a mente afeta


todas as partes do ser humano, atuando no sistema nervoso, linfá-
tico, endócrino, circulatório etc., podendo alterar a composição e
o funcionamento dos órgãos físicos. Essa é uma lei imutável e
espiritual capaz de produzir a saúde ou a enfermidade física. Essa
explicação, aliás, já vem sendo aceita por alguns médicos da Terra.
Nestes anos ensinando e praticando a TVI, já presenciamos
diferentes e fantásticas curas. Mas no processo não há nada de
miraculoso. Esta prática apenas induz o participante a se retificar
psiquicamente, buscando uma purificação do Ser de dentro para

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fora. Na vivência, os fluidos disponibilizados interpenetram o
perispírito imortal do participante, processando desde a esfera
mental até as extremidades do corpo físico, e atuando como
catalisador que desperta energias, acelerando reações no organis-
mo combalido. A prática intensifica e eleva o quantum de vitalida-
de adormecida sempre que o participante desperta sua natureza
receptiva, predispondo seu campo mental e astral para a absorção
da energia dinamizadora.
E no caso de se tratar de uma enfermidade cármica, ou seja,
de uma doença supostamente adquirida em uma vida passada e
que a encarnação atual seria o tratamento balsâmico? Neste caso,
mesmo que a cura não seja permitida, a pessoa pode aprender
como estabelecer uma relação mais harmoniosa com a enfermida-
de. Novamente Ramatís elucida muito bem essa problemática:

“... Mesmo a criatura mais deserdada na vida física ainda pode


servir-se de sua vontade e atuar na origem ou na essência de
sua vida imortal, usando de força mental positiva para desatar
as algemas da infelicidade, ou sobrepujar em Espírito os pró-
prios efeitos cármicos do seu passado delituoso. Então é a pró-
pria lei cármica que passa a ser dirigida pelo Espírito em prova
e que inteligentemente procura ajustar-se ao curso exato e
evolutivo da vida espiritual, integrando-se ao ritmo natural de
seu progresso; ele abstém-se de resistir ao impulso sábio que
lhe vem do mundo oculto do Espírito e harmoniza-se paciente
e confiante aos objetivos do Criador. (...) As criaturas confian-
tes no sentido educativo da vida humana não só extraem as
mais vigorosas energias da própria dor, como ainda superam o
seu sofrimento acerbo e produzem obras e trabalhos notáveis”.

Podemos notar na fala do suposto Espírito que a vida huma-


na não tem nada de fatalidade. E que existe uma relação dinâmica
entre as forças cósmicas e as da vontade individual. Podemos não
ter o “merecimento” hoje para uma cura, mas, amanhã, depen-
dendo de nossas atitudes, mudando os pensamentos e sentimentos
com os quais reagimos diante das vicissitudes da vida, passamos a
ter. E é preciso também lembrar o papel positivo da dor para o
nosso amadurecimento espiritual. Sobre isto, nos revela Ramatís:

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“Embora a dor e o sofrimento sejam desagradáveis, a sua fun-
ção é a de transformar a vestimenta perispiritual oriunda das
energias telúricas do mundo animal na contextura delicada da
túnica Angélica. A encarnação do Espírito nos mundos plane-
tários é providência abençoada, que desenvolve a sua consciên-
cia e proporciona-lhe a oportunidade de alcançar a ventura pelo
mérito do esforço pessoal. A sua demora no contato com a ma-
téria provém do desejo sempre insatisfeito e do apelo demasia-
do à grande ilusão da vida física, como se esta fora a verdadeira
vida. Os entretenimentos ilusórios da matéria e as paixões peri-
gosas, quando muito cultuados, enfraquecem a vontade e a hip-
notizam de retorno à linhagem animal que constitui a base do
perispírito. Mas é de lei divina que todas as almas terminem
saturando-se pela mediocridade dos sentidos físicos e modifi-
quem seus planos e destinos, para buscarem em definitivo as
compensações elevadas dos mundos espirituais.”

Ou seja, a única fatalidade que parece existir é a de que, mais


cedo ou mais tarde, todos vão se libertar da necessidade de
reencarnar. E esse processo acontece com o desapego material e
com a consciência espiritual dominando a consciência humanizada,
o Ego. E esse processo também ajuda a pessoa a se tornar mais
eletiva a um tratamento bioenergético e espiritualista, como é o
caso da Terapia Vibracional Integrativa. Em outras palavras, uma
doença física decorrente da purificação do perispírito, comprome-
tido em encarnações anteriores, poderá ser curada ou aliviada se,
na atual encarnação, o enfermo se esforçar para melhorar seu pa-
drão vibratório, mudando os sentimentos e os pensamentos. As-
sumir a responsabilidade pela própria cura é um importante cami-
nho para a aquisição de “méritos”. No meio espiritista conta-se,
com frequencia, a história de uma pessoa que, no planejamento
de seu resgate cármico, antes de encarnar, foi informada que po-
deria vir a perder um braço em um acidente. Porém, após encarnar,
conseguiu graças a sua benevolência enxugar parte dessa toxidade
astral com o amor; assim, ao sofrer o inevitável acidente, perdeu
apenas um dedo e não o braço. Enfim, podemos considerar que só
há dois caminhos para nos livrar de um “carma”: o amor ou a dor.
Porém, sempre recebemos apenas o que necessitamos e merece-

– 21 –
mos. No exemplo acima, este Espírito adquiriu merecimento po-
sitivo durante a atual encarnação e quando o acidente programa-
do para acontecer em sua vida humanizada ocorreu, a colheta se
tornou menos dolorosa.
Em outras palavras, podemos entender que havia um quantum
de toxidade para ser drenado. Ele tinha um tempo para drenar
através do amor. Por ter aproveitado este tempo, o “resgate” foi
menor. Se não tivesse aproveitado, precisaria drenar essa toxidade
perdendo todo o braço no inexorável acidente programado para
acontecer em sua vida. De uma forma ou outra, o “resgate” acon-
teceria naquela encarnação. Mas temos sempre a liberdade de optar
em enxugar o carma com o amor ou com a dor.
No meio espiritista, ocultista ou esotérico afirma-se que mui-
tas vezes enfrentamos moléstias que nós mesmos solicitamos an-
tes de nossa reencarnação, com o objetivo de purificarmos nosso
corpo astral ou perispírito. Neste caso, a dor adquire caráter
educativo para o Espírito, auxiliando-o para que não mais cometa
os mesmos erros. Porém, mais do que uma punição, trata-se de
uma bênção divina para o Espírito em sua caminhada pela eterni-
dade. E a frustração ou o sofrimento quando se vivencia uma
vicissitude negativa pode ser atenuado ou nem existir, quando
aceitamos que a vida não é feita apenas por momentos positivos
ou agradáveis. Em uma das perguntas que Kardec faz aos Espíri-
tos em O livro dos Espíritos, ele questiona se alguém está fadado
a viver uma encarnação infeliz. E a resposta que ouve é que está
confundindo o que está programado para acontecer e o livre-arbí-
trio moral de cada um de nós. Viver feliz ou infeliz é fruto do
livre-arbítrio, pois é um estado de Espírito. É por isso que o Budis-
mo ensina aos seus discípulos a serem felizes incondicionalmente,
ou seja, não permitindo que as coisas que acontecem no mundo
exterior lhe tirem a paz interior. Aquele que se condiciona a ser
feliz somente quando acontece aquilo que considera agradável,
corre sim o risco de ter uma vida inteira de infelicidade. É por isso
que Jesus afirma que a felicidade não é deste mundo. Ele não quer
dizer que a felicidade é de outro mundo, o espiritual, por exem-
plo. Mas que ela é do Espírito. Cabe ao Espírito ser feliz, indepen-
dentemente das coisas que lhe acontecem durante a encarnação.

– 22 –
Em suma, podemos concluir que nem todos os enfermos te-
rão sucesso com as técnicas da TVI. Alguns enfermos ainda ne-
cessitarão das medicinas agressivas e invasivas em razão de seu
atual padrão vibratório. Assim, o paciente eletivo, que apresenta
predisposição para o tratamento fluídico, é aquele que dinamiza
em si uma disposição animadora para as vibrações curativas. O
excesso de condições psíquicas negativas dificultará sua incorpo-
ração energética. Por isso se diz que a Fé, a Vontade e o Mereci-
mento são necessários para um melhor sucesso terapêutico.
E como foi possível constatar nas citações acima, cabe ao
próprio indivíduo adquirir merecimento para se tornar eletivo a
um tratamento bioenergético. A crença nas forças magnéticas e a
convicção na sobrevivência da alma são fatores que ajudam a avi-
var e a clarear o campo da aura, permitindo que a energia circule
durante a sessão. Caso contrário, pode-se formar uma barreira
que dispersa as vibrações enviadas durante a vivência.
Infelizmente, há quem acredite que, quanto mais cara uma
sessão de tratamento vibracional, independentemente da técnica
utilizada, mas eficiente é o terapeuta. Na verdade, a cura depende
mais do enfermo do que da terapia adotada. Por exemplo, o glu-
tão, o impiedoso, o descrente, o libidinoso, o alcoólatra, o coléri-
co, o avarento terão menos condições de ser curados (não são
pacientes eletivos) do que a pessoa frugal, piedosa, pacífica, ho-
nesta, casta, espiritualista, abstêmia, etc., independente do valor
pago pela sessão.
Livre das energias inferiores ou do bombardeio de petardos
tóxicos da mente desordenada, o paciente terá mais sensibilidade
espiritual e se sintonizará com mais facilidade às forças magnéti-
cas das técnicas que compõem a TVI. Assim, quanto mais consci-
ente e convicto da sobrevivência espiritual, mais receptivo estará
à ação terapêutica vibracional. O filósofo alemão Schopenhauer,
estudioso do budismo, escreveu: “Hoje em dia (século XIX), quem
não acredita no magnetismo não é cético, é um ignorante”. O que pode-
ria ser dito, então, neste limiar de século XXI?
Infelizmente, o número de pessoas cujas condições mentais e
emotivas são ideais para um tratamento terapêutico vibracional
– 23 –
ainda é pequeno. A maior parte dos enfermos está viciada em
procurar uma doença, sem saber que é seu psiquismo perturbado,
nesta ou em outra encarnação, que gerou seu problema mórbido.
Para estes, infelizmente, resta apenas submeter-se à medica-
ção tóxica e à peregrinação por consultórios médicos, nos quais
todo o seu organismo é minuciosamente esquadrinhado sem que
um resultado satisfatório apareça, pois, na maioria dos casos se
está buscando apenas uma diagnose externa.
Em outras palavras, a cura depende, sobretudo, do próprio
paciente. O seu zelo, perseverança, paciência, mudanças de atitu-
des, crença nos propósitos sábios e educadores da vida na Terra
etc. abrirão caminho para sua desintoxicação psicossomática. Sem
a animagogia, a mudança interior, qualquer trabalho de TVI será
inócuo. De nada adiantará o paciente sair pisando em nuvens após a
vivência se o restante do dia é feito de cólera, ódio, ciúme, etc.
A Terapia Vibracional Integrativa ajuda a aliviar a carga mór-
bida de seu psiquismo, mas não tem forças para violar o “livre-
arbítrio” de ninguém, nem para modificar o caráter espiritual e
moral de um Ser.
Uma criatura descontrolada irá, com o tempo, comprometer
novamente seu psiquismo caso volte a perpetrar os mesmos desa-
tinos espirituais. A TVI não tem como impor os princípios morais
superiores. Isso é obtido pelo próprio enfermo por intermédio de
sua animagogia. Na TVI vamos proporcionar condições mais oti-
mistas e estimulantes para o autoconhecimento e para a cura.
Porém, se não houver a contrapartida do enfermo, nenhum êxito
encontrará nesse tipo de tratamento.
Lembrando novamente as sábias afirmações de Ramatís:

“É evidente que, por maior abnegação e amor existentes num


médium ou passista magnético, o seu trabalho resultará quase
inútil desde que o paciente não empreenda a sua renovação
mental e se integre ao evangelho de Jesus, ou mesmo aos prin-
cípios nobres e elevados de qualquer outra doutrina louvável
de pedagogia espiritual”.

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CAPÍTULO 2

IMAGENS E SÍMBOLOS NA TERAPIA


VIBRACIONAL INTEGRATIVA:
UMA VISÃO ARQUETÍPICA

“No corpo humano oculta-se uma certa substância metafísica que


é conhecida de pouquíssimas pessoas e que não precisa de nenhum
medicina, pois ela mesma é a medicina incorruptível. Os filósofos, por
meio de alguma inspiração divina, reconheceram a força e a celeste
virtude dessa substância e aprenderam a libertá-la de seus grilhões,
não por intermédio de algum princípio contrário, como o faz a física,
mas sim por meio de uma medicina semelhante que há nele mesmo.
Brilha dentro de nós, ainda que tenuamente na escuridão, a vida
e a luz do homem, uma luz que não emana de nós, mas que, no
entanto, está em nós, e devemos, portanto, encontrá-la dentro de nós.”
Dorn, alquimista do século XVI

A TVI é um método psicossocial e espiritual que visa ajudar a


acender a centelha do divino na vida cotidiana, cultivando nos
participantes o desabrochar do homo spiritualis, atuando direta-
mente sobre a alma (self , em sentido junguiano) de cada um.
Também conhecida como Círculo de São Francisco, essa téc-
nica, do ponto de vista teórico, pode ser interpretada à luz das
obras de pensadores ocidentais como Mircea Eliade, Edgar Morin,
Henry Corbin, C. G. Jung, entre outros, e também de textos clás-
sicos de filosofia oriental e de Espíritos, como Ramatís, André
Luiz etc., como fizemos no capítulo anterior.
Neste, faremos uma interpretação à luz das principais teorias
do imaginário. Jung, por exemplo, já havia salientado que o ho-
mem ocidental, com seu conhecimento especializado, experimen-
ta profunda estranheza diante da sabedoria oriental. Por outro
lado, o criador da Psicologia Analítica é enfático ao considerar

– 25 –
que aqueles que, no Ocidente, menosprezam os méritos da ciên-
cia renegam sua própria base espiritual. Em suas palavras, a ciên-
cia é um instrumento do Espírito ocidental e com ela se abrem
mais portas do que com as mãos vazias. É por essa razão que
pretendo construir uma base sólida para interpretar esta experiência
de anima-ação cultural, mesmo que seja por meio de autores oci-
dentais marginalizados academicamente, mas que foram
transgressores o suficiente para servirem de base para os temas
aqui discutidos, em vez de me pautar apenas na compreensão
mística oriental.
A TVI lança mão do que chamarei de “danças numinosas”,
ou seja, de movimentos corporais harmônicos que permitem a
criação de um estado de hipoatividade psíquica no participante.
Esses movimentos inspirados no Tai Chi Chuan e no movimento
das Danças Circulares Sagradas, iniciado em Findhorn, comunida-
de espiritualista escocesa, têm por objetivo induzir o participante
a uma lenta e progressiva dessensibilização dos estímulos exterio-
res, conduzindo-o a um estado sereno de meditação que, em al-
guns casos, resulta em estados extáticos similares ao zazen e ao
samadhi relatados em práticas orientais.
Além de proporcionarem uma sensação de plenitude, as dan-
ças que antecedem o tratamento com as induções verbais e a im-
posição das mãos eliminam no participante quase todas as estru-
turas cognitivas que para nós ocidentais são “normais”. As cate-
gorias distintivas que compõem nosso mundo fenomênico tam-
bém tendem a ser abolidas (objeto, sujeito, tempo, espaço).
Preferi chamar esses movimentos corporais de “danças
numinosas” por ser uma das formas de utilizar sistêmica e coleti-
vamente a mimese, uma vez que a potência simbólica da lingua-
gem corporal, potencializada no rito corporal, permite a comuni-
cação/interação do corpo com a alma. As danças possibilitam am-
plificar a recepção do fluxo energético compassivo durante o tra-
tamento fluidoterapêutico. Assim, na TVI, elas são um meio e
não um fim.
As danças numinosas oferecem ao participante uma forma
de abertura lenta e gradual para estados de intro-versão e de intro-
– 26 –
visão, importantes para que, durante o tratamento bioenergético,
o participante consiga alcançar a Unidade Inefável por trás das
aparências. Em suma, o absoluto por trás do contingente, a eter-
nidade por trás do tempo, transmutando padrões estagnados de
energia em seu corpo físico e também no perispírito, ao mesmo
tempo em que expande a individualidade do participante e per-
mite maior abertura ao Outro, à cooperação, à solidariedade. É
por isso que a TVI, com as suas técnicas, é, simultaneamente, um
trabalho espiritual e psicossocial.
Durante as danças que antecedem o tratamento bioenergético,
vários participantes narram a visualização de cores, sentem muito
calor nas mãos ou uma corrente de vibração dirigindo-se para os
pés. Outros começam a bocejar, lacrimejar ou salivar. Segundo
médicos taoístas, trata-se de sintomas típicos de transmutação de
energia estagnada.
Por meio do contato mediúnico com alguns mentores espiritu-
ais soubemos que tais movimentos auxiliam na limpeza energética
do perispírito. Dessa forma, a sensação de plenitude e a troca fluídica
ou energética são um fato. As danças preparam e auxiliam a realiza-
ção do trabalho seguinte: a bioenergização em grupo.
É comum o participante visualizar imagens nítidas e intensas
durante a vivência. Isso significa que conseguiu transcender o ego
e acessou aquela dimensão que Henry Corbin chamou de imaginal.
Estas visões numinosas não são simples fantasias de nossa mente
consciente, tanto que, se tentamos dominar mentalmente essas
imagens, elas simplesmente desaparecem. O olho físico e a razão
não são capazes de retê-las.
Segundo os mentores espirituais que nos instruiram, esse tra-
balho possui duas dimensões complementares e importantes: uma
“psicossocial” e outra “fluídica” (espiritual). As danças ajudam,
por meio dos movimentos, da respiração, dos toques físicos, etc.,
a criar o que chamei de homo cooperativus, uma vez que estimulam
a vivência em grupo. Essa parte do trabalho fortalece o “emocio-
nal” do grupo e a união. Além dessa dimensão com os encarna-
dos, as danças são importantes também para o tratamento de Es-

– 27 –
píritos desencarnados. Os fluidos liberados pelos participantes,
sobretudo os fluidos de amor, amizade, carinho, etc. são armaze-
nados pelos médicos siderais e utilizados no tratamento de
desencarnados que estão se libertando de enfermidades oriundas
do ódio ou do desejo de vingança ou que ainda sentem necessida-
de de fluidos animalizados.
O trabalho fluidoterapêutico realizado em seguida conta com
a ajuda da “espiritualidade”, ou seja, de seres desencarnados pre-
parados para essa tarefa.
Para a realização da sessão, os procedimentos abaixo são in-
dispensáveis:
1. Uma oração antes do início do processo de energização
para que ocorra conexão mais forte entre os participantes e
seus guias espirituais, afastando possíveis Espíritos “inferi-
ores” que tentam furar a egrégora energética.
2. O focalizador NUNCA deve comer carne no dia em que
realizar a sessão. Os fluídos negativos presentes na carne,
pelo sofrimento do animal abatido, atrai esses seres que,
apesar de desencarnados, ainda precisam desse tipo de ener-
gia densa. Os participantes também devem ser aconselha-
dos a evitar consumir carne, fazendo uma refeição leve
durante aquele dia.
3. Os participantes devem tomar um copo de água antes e
um depois da sessão. Este procedimento auxilia no fluxo
eletromagnético do tratamento.
4. Pessoas viciadas em drogas e que estão com muito ódio de
alguém não devem participar do trabalho coletivo. Essas
pessoas devem ser encaminhadas para um tratamento in-
dividual.

É importante salientar que problemas cármicos não se resol-


vem com essa técnica. Apenas alguns sintomas podem ser ameni-
zados. O carma, para ser “desidratado”, só pode ser eliminado
com o “suor do trabalho oposto feito com amor” ou com as “lágri-
mas da dor”.

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O tratamento fluídico, individual ou em grupo, é uma forma
de hierofania. Ou seja, algo de sagrado nos é revelado. Como nos
diz Eliade, tomamos conhecimento do sagrado porque este se ma-
nifesta, se mostra como algo absolutamente diferente do profano.
Como já salientou Eliade:

“Para aqueles que têm uma experiência religiosa, toda a Natu-


reza é suscetível de revelar-se como sacralidade cósmica. O
Cosmos, na sua totalidade, pode tornar-se uma hierofania”.

Para o historiador das religiões há duas modalidades de Ser


no mundo: a profana e a sagrada. Esta última era a dominante nas
sociedades não-modernas. Eliade, inclusive, diz que o homem des-
sas sociedades era o homo religiosus. No ambiente cibernético-
informacional contemporâneo, a TVI favorece o desabrochar do
homo spiritualis, outra modalidade de Ser no mundo capaz de inte-
grar a sacralidade primitiva com as descobertas e a cientificidade
do mundo atual.
A TVI reproduz no microcosmo o esquema dos ciclos
arquetípicos que integram as diferenças entre os “regimes diurno”
e “noturno”, estudados por G. Durand. E é importante afirmar
que, como salientam os taoístas, sempre há a semente do outro
pólo na manifestação de determinado padrão. É o que podemos
perceber no mito de Urano e Gaia, em Hesíodo, por exemplo.
Urano, apesar de ser um mito heróico, não deixa de represen-
tar atributos “noturnos”, pois é um mito envolvente. Gaia, por
sua vez, apesar de ser Yin, é quem luta para se des-envolver dos
laços de Urano e gerar os filhos que estão em seu ventre. Lembre-
mos também que, ao contrário do neto Zeus, Urano praticamente
não luta. Ele costuma laçar seus inimigos e trazê-los para seu lado.
Assim, simbolicamente, podemos vivenciar o jogo comple-
mentar entre a ascensão, que vai de Gaia (terra) – que procura se
des-envolver até atingir o Ar da transcendência –, e o processo de
descida – que vai do Ar envolvente de Urano em direção à profun-
didade da Terra receptiva.

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Por ser uma experiência inefável, é difícil nos reportar ao sa-
grado. Nesse sentido, lembrar as sábias palavras de Eliade nos
traz algum conforto para tentar transmitir o que é uma vivência
de TVI:

“O sagrado manifesta-se sempre como uma realidade inteira-


mente diferente das realidades ‘naturais’. É certo que a lingua-
gem exprime ingenuamente o tremedum, ou a majestas, ou o
mysterium fascinans mediante termo tomados de empréstimo
ao domínio natural ou à vida espiritual profana do homem.
Mas sabemos que essa terminologia analógica se deve justa-
mente à incapacidade humana de exprimir o ganz andere: a
linguagem apenas pode sugerir tudo o que ultrapassa a experi-
ência natural do homem mediante termos tirado dessa mesma
experiência natural”.

A focalização de uma vivência é muito tranqüila. Todo o pro-


cesso deve ocorrer em um local limpo, preparado exclusivamente
para fins espiritualistas (aulas de Yoga, Tai Chi, meditação etc.),
podendo ser de piso frio ou não. Por meio da experiência notei
que, quando o processo ocorre com os pés descalços, o fluxo de
energia parece estabelecer as trocas necessárias entre os corpos
físicos e o ambiente. A única vez em que focalizei uma vivência de
sapatos, por uma semana eu senti dores na região dos tornozelos.
A aparência parece ser essencial para que a essência apareça.
Assim, uma limpeza do ambiente é necessária, e não só uma lim-
peza das sujeiras visíveis, mas também de padrões energéticos que
vibram negativamente, poluindo os ambientes.
Nesse sentido, 10 ou 20 minutos antes da vivência, o
focalizador poderá enviar fluidos para o ambiente por intermédio
de uma prece ou da meditação. Outra opção é utilizar abajures de
cromoterapia para a limpeza de ambiente.
Quando eu lecionava em uma faculdade particular em São
José do Rio Preto (SP) notei que, todas as sextas-feiras, quando
voltava para casa, eu passava o dia inteiro com dor de cabeça e
vomitando. Eu ficava naquela cidade durante três dias (de terça

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até quinta-feira). Para tentar solucionar esse problema, comecei a
chegar mais cedo à sala de aula e, sentado, meditava e a enviava
fluidos para o ambiente, por meio de preces, mentalizações de
cores e pensamentos positivos.
Comecei a notar então que os alunos acostumados em fazer
algazarra nos corredores, gritando, derrubando latas de lixo e pra-
ticando outros comportamentos “modernos”, ao pisarem ns sala
de aula pareciam receber um choque eletromagnético. Não posso
afirmar que eles se transformavam em santos, mas o comporta-
mento mudava significativamente.
Cheguei a fazer uma experiência a distância com uma amiga
que concluíra recentemente seu mestrado na Faculdade de Educa-
ção da USP e que não estava mais conseguindo lecionar em uma
escola pública. Por e-mail ela me narrou a mudança no comporta-
mento da classe durante o período em que estive meditando e
enviando bons fluidos para os alunos. Infelizmente, ela não me
autorizou a dar mais detalhes de nossa experiência nem a citar
seu nome com medo de perder o emprego ou ser chamada de
“maluca” por seus pares incrédulos.
Incensos ou essências aromáticas não possuem nenhuma pro-
priedade transcendental, não afastam Espíritos nem trazem sorte,
mas ajudam a aromatizar o ambiente, tornando-o mais agradável.
Alguns aromas ajudam a relaxar. As velas são objetos decorativos,
ajudam a criar uma ambiência mais prazerosa, com iluminação
aconchegante, mas também não têm nenhuma serventia metafísica.
A prece, antes e depois da vivência, é sempre obrigatória. É
ela que nos une a nossos protetores espirituais, conectando-nos
aos Espíritos iluminados e benevolentes e formando uma corren-
te espiritual de fluidos benéficos.
Há na TVI uma simbologia manifestada na posição em que
os participantes deverão permanecer durante o tratamento. Essas
posições nos remetem à simbologia do centro, do círculo, da cruz
e do quadrado, que atuará não no plano espiritual propriamente
dito, mas na criação de uma ambiência mais receptiva ao trata-
mento fluídico.

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Vamos aos símbolos. O centro simboliza todo princípio, o
real absoluto, Deus. É no centro que se condensam e coexistem as
forças opostas. Assim, é o lugar onde há a maior concentração de
energia. Isso não significa que o centro seja estático. Ao contrário,
deve ser considerado como o foco de onde parte o movimento da
unidade para a multiplicidade, do interior para o exterior, do eter-
no para o temporal. Os processos de retorno, dessa forma, são
movimentos de busca da unidade perdida. O centro possui uma
significação esotérica: é o alimento místico que emana do centro e
também o alimento biológico que emana do sangue materno. Em
várias culturas, o centro é simbolizado como o umbigo da Terra.
O círculo, por sua vez, é o segundo símbolo fundamental. O
círculo é um centro estendido. Como o centro, simboliza a perfei-
ção, a homogeneidade, a ausência de distinção ou de divisão. Por
isso, o movimento circular é considerado perfeito, imutável, sem
começo ou fim. O círculo remete à simbólica do tempo e também
do céu. E mais especificamente ao mundo espiritual, invisível e
transcendente.
No centro do círculo todos os raios coexistem numa única
unidade. Essa representação é encontrada, por exemplo, tanto na
simbologia do zodíaco como também na dos doze aditya da Índia,
os cavaleiros da Távola Redonda ou o Conselho Circular do Dalai-
Lama. Na Psicologia Analítica, o círculo representa uma imagem
arquetípica da totalidade da psique. É o símbolo do self.
Por sua vez, a cruz é um dos símbolos mais antigos da huma-
nidade. Em Creta foi encontrada uma cruz de mármore datada,
possivelmente, do século XV a.C. Como o quadrado, que veremos
a seguir, também simboliza a Terra, mas com uma diferença sutil:
a cruz está muito mais relacionada à ligação, à intermediação. A
cruz, no Ocidente, está fortemente associada à simbólica do nú-
mero 4, portanto, da totalidade, já que a cruz aponta para os 4
pontos cardeais. Na China, por sua vez, a cruz está relacionada ao
número 5, pois considera também o centro, o ponto de interseção
que coincide com o do círculo, como salientamos.
Independentemente disso, é importante ressaltar que a cruz
possui uma função de síntese e de medida. Na cruz se juntam o
– 32 –
céu e a terra, o tempo (norte/sul) e o espaço (leste/oeste). Assim,
a cruz recorta, ordena e mede os espaços sagrados. Para alguns
estudiosos, a cruz pode ser comparada ao Kua (união do Yin e do
Yang) ou à tetraklis pitagórica.
O quadrado, o último dos quatro símbolos fundamentais,
representa a matéria terrestre, o corpo e a realidade. Representa o
imanente e tem fortes homologias com a simbólica do número 4,
talvez muito mais do que a cruz. As mandalas tântricas são qua-
drados de quatro portas cardeais. O quadrado é a figura de base
do espaço, assim como o círculo é a do tempo. Para os pitagóricos,
o quadrado representa a síntese dos quatro elementos (a água, o
fogo, a terra e o ar).
Por fim, podemos afirmar que o círculo e o quadrado repre-
sentam dois aspectos divinos complementares. O primeiro repre-
senta a unidade; o segundo, a manifestação divina. Por isso, entre
eles, há ora uma relação de distinção, ora de conciliação. Em suma,
o formato quadrangular representa a perfeição da esfera no plano
terrestre.
O deitar em círculos, formando um mandala, é importante
para favorecer a meditação em profundidade. Não é à toa que, na
psicologia analítica, mandalas são utilizados para conservar a or-
dem psíquica ou para restabelecê-la.
As danças que antecedem o processo de energização costu-
mam ocupar aproximadamente um quarto do tempo dedicado à
vivência. Minha experiência mostra que as danças ajudam a criar
uma ambiência propícia ao trabalho seguinte, mas quando o gru-
po resiste às danças é preciso respeitá-lo e iniciar diretamente o
trabalho energético. Normalmente, pessoas muito racionais e que
não deram a atenção devida ao próprio corpo e a suas necessida-
des são as que mais resistem ao trabalho propedêutico com as
danças.
Notei também que as pessoas tendem a aprender determina-
do movimento corporal em três etapas. Na primeira, estão muito
preocupadas em aprender os movimentos com a “cabeça”. Nessa
etapa, também, a maioria tem medo de errar, tem vergonha de

– 33 –
estar sendo ridícula diante dos outros etc. Curiosamente, quanto
mais tentamos dominar os movimentos mentalmente, mais nos
confundimos e trocamos os passos ou os movimentos. Essa pri-
meira etapa é um importante momento de aprendizado e de cons-
ciência corporal.
Aprendi que o focalizador precisa exercitar a paciência e deve
sempre proporcionar uma ambiência descontraída e alegre para
que o grupo não se intimide caso não consiga fazer os movimen-
tos, sobretudo quando se trabalha com professores que se consi-
deram “críticos”.
Em uma segunda etapa, não necessariamente no segundo en-
contro, os participantes começam a dominar os movimentos e a se
encantar. De fato, passam a mexer o corpo, pois este já consegue se
movimentar sozinho, independente da razão, e o prazer alcançado
se intensifica. Já riem e não têm mais a sensação do ridículo.
A terceira etapa, porém, é a mais importante. Ela acontece
quando os movimentos vêm do fundo da alma. É nesse momento
que a centelha do Divino é percebida. Sente-se calor nas mãos,
sente-se a energia fluindo pelo corpo, aparecem cores na mente,
algumas pessoas começam a bocejar, lacrimejar, salivar etc. Todos
esses sintomas são formas de transmutar energias estagnadas nos
diferentes corpos energéticos que possuímos.
Nesse estágio os participantes estão experimentando mudan-
ças e emoções purificadoras. Velhos pensamentos começam a se
dissolver e as energias negativas são descarregadas no ambiente,
sendo transmutadas.
A seguir, apresento a descrição de três danças numinosas que
podem ser facilmente utilizadas em uma vivência. Uma delas, a
chamada Meditação de São Francisco, é a que sempre deixo para
o final, pois acredito que ela possui uma carga espiritual profun-
da, como se fixasse os limites entre o espaço sagrado e o profano.
As danças numinosas que utilizo são inspiradas, como colo-
quei anteriormente, em danças circulares de intro-versão e intro-
visão, e também no Tai Chi Chuan.

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A mimese foi chamada por Merleau-Ponty de “magia natu-
ral”. Os ritos operatórios das danças numinosas permitem reali-
zar essa ação “mágica”, pois são danças que utilizam sistêmica e
coletivamente a mimese por intermédio da potência da lingua-
gem corporal. As danças, quando realizadas com a alma, permi-
tem a manifestação da substância divina, do numinoso.

MEDITAÇÃO DO EQUINÓCIO
A primeira dança que descreverei, a “Meditação do
Equinócio”, permite uma abertura simbólica para a energia típica
das estações intermediárias, o outono e a primavera. Ela se baseia
em uma coreografia de Joyce para a música “Sinfonia da Primave-
ra” e apresenta fácil articulação entre os movimentos das pernas e
dos braços e a respiração.
Os participantes, que devem estar voltados para o centro da
roda, iniciam a dança com uma das mãos sobre o chakra cardíaco
e a outra sobre o chakra umbilical. Não importa a ordem, apesar
de a mão direita ser considerada mais yang que a esquerda.
Cada participante dará dois passos lentos em direção ao inte-
rior da roda e, ao mesmo tempo, suas mãos devem fazer dois giros
no ar e se abrir como se fossem reverenciar o céu. Em seguida, o
participante realiza o movimento oposto, retornando à posição
original.
A respiração deverá seguir o movimento. Quando o partici-
pante se dirige para o centro do círculo, inspira longa, suave e
profundamente. Ao retornar, ao mesmo tempo ele deve expirar.
Os movimentos podem ser realizados com ou sem música.

MEDITAÇÃO DA FLOR
Esta dança também é baseada em uma coreografia de Joyce.
A respiração aqui é livre, de acordo com a respiração habitual de
cada participante.
O movimento começa com ambas as mãos no chakra umbili-
cal. Em seguida, com um movimento de expansão lateral dos bra-

– 35 –
ços, recolhe-se a energia localizada em volta do corpo e a traz para
frente do chakra. Em pouco tempo o participante sente que entre
as mãos se forma uma bolha de energia. Nesse momento, deve
começar a acariciá-la por inteira. Segurando a bolha, o participante
levanta-a e passa-a em frente dos principais chakras. Ao chegar na
altura do cardíaco, começa a abrir os braços, estendendo-os por
cima da cabeça. Nesse movimento, tem-se a impressão de que os
fluidos caem sobre o participante na forma de uma suave chuva.
Em seguida, o participante desce os braços até a altura do
chakra umbilical e conclui levando o excesso de energia para o
plexo solar. O ciclo é recomeça e é repetido pelo tempo que dese-
jar. Eu costumo fazer cada sequência mentalizando uma bola
energética de cor diferente.
Cada participante deverá realizar o movimento lentamente,
em seu próprio ritmo. Essa coreografia mimetiza o ciclo de vida,
com o nascimento, o crescimento, a reprodução e a morte, que
originará uma nova espécie, reiniciando o ciclo. A transmutação
energética é muito forte.

MEDITAÇÃO DE SÃO FRANCISCO


Esta dança baseia-se em coreografia de Renata Ramos e é
composta de quatro etapas. Cada participante inicia o movimen-
to com os braços para baixo. Ao inspirar, os braços devem ser
levantados, lentamente, formando uma cruz na altura do chakra
cardíaco. Em seguida os braços vão se fechando como se fossem
abraçar uma árvore e quando as mãos se juntam devem ser
direcionadas para o centro do peito. Todo esse movimento é reali-
zado durante a expiração.
O terceiro movimento consiste em formar uma espécie de
concha com as mãos e levá-las para acima da cabeça, ao mesmo
tempo em que inspiramos. Por fim, o participante expira descen-
do os braços como se estivesse vestindo um véu energético sobre
todo o corpo.
Gosto de realizar esta “coreografia” com o mantra hindu Om
Nama Shiva ao fundo.

– 36 –
Concluindo esse capítulo, podemos dizer que a TVI é uma
técnica de meditação numinosa e neg-ativa (no sentido da não
ação, o wu wen taoísta) capaz de levar o participante a atingir um
estado hipermetabólico oposto ao estado de vigília ou, em outras
palavras, um estado ampliado de consciência. Nas primeiras ex-
periências, a pessoa pode vivenciar apenas uma sensação agradá-
vel de descontração e tranqüilidade. Porém, no decorrer das
vivências é possível chegar ao êxtase (a capacidade de colocar o
organismo e todo o Ser a serviço de uma comunhão metacognitiva,
acessando o self e permitindo a contemplação do numinoso em
seu esplendor).
Muitas pessoas relatam imagens belíssimas. É preciso salien-
tar que não se trata de meras fantasias da mente consciente. Ao
contrário, por ser uma técnica que estimula o participante a se
entregar às atividades metacognitivas, é possível acessar imagens
que se escondem no âmago do Ser, no self. Nesse sentido, não se
trata de um estado alterado de consciência, mas de um estado am-
pliado de consciência.
Do ponto de vista terapêutico, a TVI auxilia todos aqueles
que buscam tratamento para as contradições da existência por
intermédio do Espírito. O mundo moderno, caracterizado pela
esquizofrenia, pode se beneficiar dessa técnica. Professores e ou-
tros profissionais que lidam com o público e sofrem um tipo agu-
do de estresse classificado pelos profissionais da saúde como
Burnout também se sentem aliviados após cada sessão.
É importante ressaltar que o principal objetivo da técnica é
auxiliar o desabrochar do homo spiritualis. Assim, para encerrar-
mos este capítulo, gostaria de fazer uma reflexão sobre o que vem
a ser o imaginário da cooperação, a essência do que chamamos de
homo spiritualis.
O antropólogo francês Gilbert Durand, atualmente uma das
principais referências quando o assunto é o “imaginário”, identifi-
cou no sapiens três forças dinâmicas que formam as bases
arquetípicas de todo o pensamento e de toda a ação que manifes-
tamos no mundo fenomênico. Se isso já não fosse suficiente para

– 37 –
o imaginário ganhar status acadêmico, Durand ressalta ainda que
é por intermédio do imaginário que o sapiens encontra equilíbrio
antropológico para enfrentar ou diluir a angústia em relação ao tem-
po que passa e em relação à consciência da própria morte. Em
suma, nossa forma de pensar, sentir e agir manifesta essencial-
mente nosso relacionamento com a lâmina da foice de Cronos, da
qual, mais cedo ou mais tarde, iremos sentir o sabor.
Essas três bases arquetípicas, portanto universais e encontra-
das em todos os povos ou culturas, receberam as seguintes deno-
minações: estruturas heróica, mística e dramática.
A estrutura heróica do imaginário é aquela que se caracteri-
za, sobretudo, pelo combate, pela dissociação, pelo enfrentamento.
É a estrutura da discriminação, tanto positiva como negativa. Essa
estrutura parece ser a predominante no mundo moderno e con-
temporâneo, sobretudo no Ocidente, influenciando significativa-
mente nossa linguagem, banal ou acadêmica. O conflito ou a se-
paração aparece, freqüentemente, nas palavras-chave da
modernidade (por exemplo, na expressão desenvolvimento, que, ao
pé da letra, significa sem envolvimento) e também nas expressões
dos militantes políticos (lutar, combater etc.) ou dos esportistas
(adversário, meta, defesa, ataque etc.).
Não é sem razão que a hipertrofia da estrutura heróica em
nossa psique leva a uma militarização do mundo e, como apontam
vários psicólogos de linha junguiana, para uma naturalização da
esquizofrenia como norma de comportamento, uma vez que a
dissociação é sua força motriz. Podemos encontrar também a es-
trutura heróica do imaginário manifestando-se fortemente por in-
termédio do chamado paradigma cartesiano, cuja característica é a
separação dos objetos em diferentes reinos ou dicotomias (corpo e
mente, natureza e cultura, entre outros).
O ativismo desenfreado e pouco imaginativo do Ocidente ou
sua obsessão pela grandeza (um bom exemplo é o World Trade
Center, nos Estados Unidos) é interpretado por James Hillman,
psicólogo norte-americano junguiano, como uma forma de
enfrentamento e não aceitação da morte, das emoções e da natureza.

– 38 –
Por outro lado, a estrutura mística do imaginário é aquela
que se caracteriza pela união, pela mistura, pelo envolvimento.
Não é à toa também que essa estrutura do imaginário predomina
nas culturas orientais, de onde surgem expressões como YOGA
(palavra do idioma sânscrito que significa integração), REIKI (ex-
pressão japonesa que significa união da energia cósmica com a
vital) e outras que procuram considerar não mais a existência de
dicotomias, mas sim de polaridades dentro de uma única realida-
de. Essa estrutura do imaginário também tende a predominar nas
culturas não-modernas e esteve fortemente presente nas socieda-
des matriarcais.
No plano lingüístico encontramos, portanto, outras metáfo-
ras se manifestando: é o tecer, o abraçar, o envolver que costu-
mam ser expressos com mais ênfase quando há o predomínio des-
sa estrutura. Segundo Yves Durand, psicólogo francês que criou
um teste projetivo denominado AT-9, depois da meia-idade a es-
trutura mística do imaginário começa a se manifestar com mais
intensidade, tomando o lugar da estrutura heróica marcante na
primeira parte de nossas vidas. Jung, por sua vez, já salientava
que a segunda etapa do processo de individuação não deixa de ser
uma preparação para a morte. Essa mudança de sensibilidade foi
denominada de metanóia.
Experiências de quase-morte, segundo alguns pesquisadores,
também costumam provocar metanóia, e a natureza, a fragilidade
humana, etc. passam a ser aceitas e vividas pela pessoa que, com
essa mudança de sensibilidade, começa a cultivar uma relação mais
compreensiva com o outro e uma relação mais profunda com o
sagrado.
No plano científico, essa estrutura do imaginário se manifes-
ta com mais profundidade naqueles que evocam o chamado
paradigma holístico.
E a estrutura dramática? Ela, segundo Durand, é a mais difí-
cil de ser observada, pois não seria uma simples síntese das duas
anteriores, mas a estrutura que possibilita religar as duas descritas
anteriormente. Este religamento, no plano científico, já havia sido

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assinalado por Edgar Morin e outros pensadores aos discutirem o
chamado paradigma holonômico, no qual a Parte é revalorizada
por também conter o Todo.
Uma metáfora que nos permite ilustrar a diferença entre es-
sas três estruturas é a da relação entre as árvores e a floresta. A
estrutura heróica, que fundamenta nossa visão militarista, ativa,
desenvolvimentista, cartesiana, etc., é aquela que, quando polari-
zada, nos faz enxergar apenas as árvores isoladamente. Por sua
vez, a estrutura mística do imaginário, fundamentando uma men-
talidade holística, quando polarizada, nos leva a ver a floresta ou
as relações entre as árvores, porém extingue toda a singularidade
de cada espécie. É o que Morin chamou de “redução pelo Todo”.
Por fim, a estrutura dramática, uma estrutura “andrógina” por
excelência ou contraditória (oximorônica segundo os pré-socráticos),
é aquela que nos permite valorizar simultaneamente as árvores e
a floresta.
Dito isso, podemos intuir qual é a estrutura do imaginário
que estimula a cooperação e, de forma recursiva, compreender
qual a estrutura do imaginário que é valorizada ou expandida
quando cooperamos.
Em minha opinião, a cooperação está diretamente relaciona-
da à estrutura dramática do imaginário. É fácil identificar, por
meio da apresentação resumida anterior, que a competição é uma
manifestação fenomênica essencialmente “heróica”, pois valoriza
a luta, a destruição ou a derrota do concorrente, do adversário,
etc. Mas qual seria a manifestação da outra polaridade, cultivada
a partir da estrutura mística do imaginário? A cooperação? Não
acredito, pois, se assim o fosse, seria necessária uma não aceitação
da individualidade como acontece nas sociedades tradicionais e
estaríamos diante de outra forma de reducionismo, a da redução
pelo Todo, como já salientamos. É claro que é possível observar
aqui uma espécie de solidariedade, de vivência comunitária, mas
que parece funcionar muito mais na base da “cooptação” do indi-
víduo pelo sistema instituído do que pela cooperação voluntária
pelo bem comum.

– 40 –
Assim, a cooperação, como um sentimento interiorizado e
não apenas como estratégia econômica, parece ser uma forma de
expressão criativa da estrutura dramática do imaginário e, por-
tanto, uma forma de ver, sentir e agir no mundo capaz de cultivar
uma formosa e densa floresta onde se é possível também se des-
lumbrar com a beleza singular de cada árvore envolvida em sua
trama. É o que buscamos por intermédio da TVI.

– 41 –
CAPÍTULO 3

AS PRINCIPAIS TÉCNICAS MEDITATIVAS


QUE COMPÕEM A TVI

A TVI é um tratamento bioenergético para ser realizado em


grupo, integrando uma série de técnicas de relaxamento como o
uso de visualizações de cores, imagens criativas etc. Ela, desde
2003, vem sendo realizada, com muita eficiência, em diferentes
grupos sociais: portadores de deficiência física, soro-positivos,
pessoas que se tratam com quimioterapia, professores, idosos, jo-
vens que estão superando a crise de abstinência causada pelo ví-
cio das drogas, policiais e profissionais da saúde estressados, edu-
cadores vitimados pela síndrome de burnout, entre outros. E o mais
importante, tanto o ensinamento da técnica como sua aplicação é
sempre realizada de forma voluntária e gratuita.
Neste capítulo vamos apresentar algumas das técnicas ensi-
nadas nos cursos e que podem ser reproduzidas por pessoas capa-
citadas emocional e espiritualmente. Não vamos nos deter nas
danças numinosas que antecedem a prática fluidoterapêutica. Já
nos referimos a elas no capítulo anterior.
Mas antes de passarmos para as técnicas, vamos apresentar
alguns dos benefícios que ela traz. As informações abaixo se ba-
seiam nos depoimentos dos próprios participantes. Não houve a
preocupação em fazer um estudo científico e estatístico para se
quantificar estes dados. Acreditamos que o aspecto qualitativo e
o bem-estar do participante seja mais importante que a busca por
dados objetivos. O que não significa que um pesquisador interes-
sado não possa fazer tal pesquisa. Seria até interessante para nós.

BENEFÍCIOS DA MEDITAÇÃO VIBRACIONAL INTEGRATIVA


A partir da experiência realizada ao longo destes anos, alguns
benefícios empíricos notados com a prática são os seguintes:

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1. Facilita o (re)envolvimento humano, sobretudo consigo
mesmo e com os outros. A pessoa passa a dar mais valor as
questões espirituais e, através dos relaxamentos, das
induções verbais e das imagens hipnagógicas terapêuticas,
cria-se uma ambiência bioenergética que permite tratar di-
ferentes enfermidades de origem emocional, mental e até
mesmo espiritual.
2. Pode ser facilmente reproduzida por profissionais da área
da saúde, da educação e de outros setores, como animado-
res culturais e líderes comunitários, sem dificuldades. Não
há necessidade de seguir uma determinada doutrina ou
exclusivismo religioso para se beneficiar com a técnica, ape-
nas um equilíbrio emocional e espiritual para lidar com as
energias que serão manipuladas.
3. Sua prática diminui a incidência de estresse, ansiedade,
síndrome de burnout etc. prevenindo o surgimento de enfer-
midades físicas, mentais e emocionais, além da possibilida-
de de despertar a emergência espiritual em várias pessoas.
(sobre este tema, leia nosso texto emergência espiritual e
metanóia, que pode ser acessado gratuitamente na internet).
4. Amplia o controle da mente, por parte do participante e,
consequentemente, sua capacidade de resolver problemas
com criatividade, otimismo e alegria.
5. Amplia o controle emocional e aumenta o poder da intui-
ção, a criatividade e capacidade para enfrentar as crises e
as vicissitudes existenciais.

A PRÁTICA DA TERAPIA VIBRACIONAL INTEGRATIVA


1 – Relaxamento inicial com a mentalização da cor azul
Duração: de 10 a 15 minutos.
Sempre inicio a prática com um relaxamento. Eu prefiro fa-
zer a atividade com a pessoa deitada em um colchonete, mas, se
não for possível, o relaxamento pode ser feito com a pessoa senta-
da. Não aconselho sua prática de pé.
O participante é convidado para fazer uma longa respiração e
mentalizar uma luz azul clara e brilhante se formando no topo da

– 43 –
sua cabeça. Gradativamente, ela é convidada para mentalizar a luz
se espalhando e envolvendo todo o seu corpo, da cabeça aos pés.
Em seguida, o participante é estimulado a relaxar todo o seu
corpo, mentalizando, primeiramente, a luz nos pés. Comandos
para que sinta os pés ficando relaxados, sem tensões e sem dores
são dados, lentamente e com a voz pausada e calma.
Em seguida, o mesmo comando é dado para as pernas (inclu-
indo os joelhos), órgãos internos (como estômago, fígado, intesti-
no...), coração, pulmões, coluna, musculatura das costas, ombros,
pescoço, braços e cabeça. Comandos para relaxar o cérebro e a
mente também devem ser dados.
A cor azul é extremamente relaxante e anestésica. O único
risco é a pessoa dormir e não acompanhar o resto da atividade.
Porém, o inconsciente acompanha e mesmo as pessoas que dor-
mem, relatam uma agradável sensação de paz com a atividade.
O relaxamento inicial não passa de 15 minutos e, dependen-
do da atividade ou do grupo, pode se resumir a ela. Porém, na
Terapia Vibracional Integrativa, ela é propedêutica para as demais
técnicas, sobretudo as de número 02, 03 e 04.

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2 – Limpeza do ambiente doméstico e de trabalho com a
mentalização da cor lilás – Duração: de 5 a 10 minutos.
Não há uma ordem ou seqüência ideal para se fazer a técnica.
Tudo depende da necessidade do grupo. No caso da técnica 02, é
recomendado utilizá-la apenas com pessoas que possuem um re-
lativo equilíbrio mental e emocional. Essa técnica manipula mui-
ta energia e algumas pessoas podem não se sentir bem com as
sensações que poderá sentir ou com o que pode ver no astral,
conforme o grau de envolvimento com as energias presentes na
casa ou no ambiente de trabalho.
Após o relaxamento, a pessoa será induzida a mentalizar uma
energia de cor lilás, clara e brilhante, saindo das mãos de Jesus e
de Maria (ou de outros seres de Luz que o grupo venera e respei-
ta), e descendo até ela. Em seguida, deve mentalizar a luz saindo
de suas mãos. Após essa etapa, a pessoa será induzida a se dirigir
mentalmente até a residência ou ao ambiente de trabalho, sempre
na companhia de seus amparadores, guias espirituais, anjos da
guarda etc.
Ao se ver nestes ambientes, deverá passear por todos os cô-
modos, irradiando essa luz lilás, limpando toda a energia negativa
presente no ambiente. Alguns lugares, como embaixo de escadas,
quartos onde dormem pessoas que consomem drogas e até mes-
mo banheiros costumam ser descritos pelos participantes como
locais onde encontram dificuldades para entrar. É preciso insistir.
Uma variação que costuma ser muito interessante é o grupo,
quando reúne pessoas conhecidas, ir à casa de apenas um dos
participantes. A limpeza é muito mais forte e eficiente. Numa
outra ocasião, fazem a limpeza da casa de outra pessoa.
Todo e qualquer ser encontrado no ambiente e que não seja
de Luz, sofredor ou obsessor, deve ser encaminhado mentalmente
para um hospital ou conduzido pelos amparadores que acompa-
nham o grupo.

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3 – Tratamento de mágoas, luto, ressentimentos...
Duração de 5 a 10 minutos.
Como na técnica anterior, após o relaxamento, a pessoa
mentalizará uma cor saindo das mãos de Maria e de Jesus (ou ou-
tro Ser venerado pelo grupo em questão). Dessa vez, será a cor
rosa. A pessoa deverá mentalizar essa energia envolvendo todo o
seu corpo, cada célula e sobretudo seu chakra cardíaco. Ela deve
deixar essa luz limpar toda energia negativa acumulada devido aos
sentimentos de mágoa. Em seguida, fará alguns exercícios. Ela de-
verá mentalizar entre as mãos pessoas que fizeram ou falaram algo
que a ofendeu e, do fundo do coração, perdoará a(s) pessoa(s).
Deverá fazer o mesmo com aqueles que ela acredita que ofendeu e,
em seguida, deve se perdoar, aceitando-se como é e também as
pessoas.

4 – Varredura do passado – Duração de 10 a 20 minutos.


Esta técnica pode ser realizada de várias maneiras. Uma que
tem sido bem recebida pelos participantes é induzi-lo a voltar ano
a ano em sua existência, mentalmente, e sempre que se lembrar
de uma experiência desagradável, mentalizar toda a energia men-
tal e sentimental associada a ela na forma de um objeto que será
jogado no lixo. A pessoa pode mentalizar um saco de lixo e ir
colocando todos esses “objetos”. No fim do processo, deverá fe-
char o saco de lixo e o entregar nas mãos de Deus, livrando-se
daquele fardo. Em seguida, recebe de Deus uma chuva de gotas
douradas para reenergizar todo o seu ser, potencializando as ener-
gias físicas, mentais, emocionais e espirituais.
Muitas pessoas sentem muita troca energética e podem ficar
assustadas. Enfim, como diz a Bíblia, “Aí de quem cai nas mãos
do Deus vivo”. A pessoa acostumada apenas com o cumprimento
das obrigações formais de sua igreja, precisa ser preparada para
aceitar passar por um momento de liberação e transformação de
energias estagnadas, permitindo uma abertura para novas dimen-
sões de experiência e consciência.

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Esta vivência eu só a aconselho para grupos que já estão for-
mados a um bom tempo e para pessoas com alguma experiência
com trocas energéticas, pois, conforme a história de vida da pes-
soa, há muita energia estagnada em sua personalidade e, a “explo-
são nuclear” pode ser liberada de forma intensa, gerando um “dis-
túrbio” emocional capaz de assustar as pessoas desavisadas. Daí a
importância do grupo para acolher com simpatia e atenção o par-
ticipante que passar por uma catarse vigorosa. Porém, na maioria
das vezes, os processos psíquicos são suaves e harmoniosos.
Mesmo assim, recomendo essa prática para grupos mais
experiêntes e para focalizadores com um significativo controle e
domínio da técnica.
As outras três técnicas que apresentarei são complementares
e independentes. Elas podem ser praticadas com as anteriores ou
sozinhas.

5 – O poder da prece – Duração de 5 a 10 minutos.


Esta técnica serve para o participante comprovar o valor
energético de uma prece. Ele aprenderá, de forma prática, a sentir
o poder transformador da prece, observando os fluidos (glóbulos
de vitalidade) irradiados pelo sol e o magnetismo criado quando
se faz uma prece sincera.
Esta técnica pode ser feita em qualquer lugar, inclusive no
escuro, mas, para os iniciantes é mais fácil a visualização quando
realizada ao ar livre, em um dia com poucas nuvens no céu. Em
primeiro lugar, a pessoa deverá olhar para o céu, nunca direta-
mente par ao sol.
Depois de alguns segundos, ela começará a ver pequenos
glóbulos prateados no ar. É importante que ela consiga distinguir
esses glóbulos de outros, mais escuros que são próprios da retina.
Isso é fácil, pois os de cor acinzentada se locomovem com o movi-
mento do olho. Os prateados se parecem com pequenos átomos
vibrando.
Enfim, quando a pessoa conseguir ver os glóbulos de vitalida-
de, com os olhos ainda abertos deverá fazer uma prece mental-
– 47 –
mente e observar o resultado. Não vou contar o que costuma acon-
tecer para não induzir o leitor.
Como salientei, com o tempo, até no escuro é possível ver os
fluidos. A pessoa que conseguir ver no escuro pode fazer outra
experiência. Mentalizar estes glóbulos saindo da mão direita e
atingindo a esquerda ou outra parte do corpo. Alguns conseguem
vê-los saindo pelos dedos do pé, e brincar como se fossem holofo-
tes, bastando virar o pé para ver a luz mudando de lugar. Normal-
mente, à noite, os glóbulos assumem uma cor verde fosforescente.
Depois que a pessoa ver os glóbulos pela primeira vez, será
mais fácil fazer outras observações. Locais de peregrinação e de
oração costumam estar saturados positivamente com tais glóbulos.

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6 – Criando “florais” com o poder da mente
Duração: de 15 a 20 minutos
Esta técnica é muito simples de ser realizada. Quase todos já
tomaram água fluidificada, água benta ou qualquer outro nome
que se queria dar. Algumas pessoas acreditam que apenas médiuns,
padres, monges ou pastores são capazes de energizar a água. Po-
rém, qualquer pessoa que consiga se concentrar por alguns minu-
tos e faça a experiência com Fé é capaz de energizar a água.
A técnica acima consiste em criar a essência floral que a pes-
soa sente necessidade de tomar. A técnica pode ser utilizada para
criar qualquer tipo de floral, não importando o sistema. A mente
é muito mais poderosa que uma flor. Obviamente, que a planta
possui sua vitalidade e essa energia pode ser usada para fazer re-
médios. Porém, a mente é capaz de intensificar ou anular essa
energia.
Vou dar um exemplo. Certa vez ministrando um curso de
plantas medicinais, comentei que a hortelã era uma planta com
principio ativo estimulante e para evitar o uso à noite porque a
pessoa poderia ter insônia. Uma das participantes do curso pediu
a palavra e disse que só dormia tomando uma xícara de chá de
hortelã e que dormia muito bem.
Na semana seguinte, porém, ela disse que, após eu falar que
o chá de hortelã era estimulante, ela não conseguiu dormir mais.
Eu tive que explicar que o poder da mente era muito mais forte
que o princípio ativo presente no chá de hortelã. Por isso, en-
quanto ela acreditou que dormiria tomando o chá, ela dormiu. A
partir do momento que este esquema mental foi substituído por
outro, ela passou a ter insônia. É por isso que há pessoas que
dormem quando tomam café e outras que não, apesar do café
também ser estimulante.
Enfim, a técnica consiste em encher um copo com água e, du-
rante aproximadamente 10 minutos, envolvê-lo com as mãos e
mentalizar a água se transformando no remédio floral que a pessoa
precisa. Para tanto, é preciso conhecer as essências do floral de Bach
ou de outro sistema. Identificando a essência que necessita, basta

– 49 –
mentalizar a energia da planta sendo colocada na água. O mesmo
pode ser feito para se obter um remédio homeopático ou um cal-
mante, por exemplo, irradiando cor azul para a água. Se o trabalho
for feito em grupo, o resultado pode ser ainda mais eficiente.

7 – Manipulação bioenergética com as mãos e cores


Duração: de 15 a 20 minutos

Este exercício é a TVI tradicional, ou seja, a que foi intuída em


2001. Ela é realizada através de movimentos corporais e
visualizações de cores, o participante fará uma limpeza e uma
energização de todo o seu corpo, sentindo o fluxo da energia per-
correndo seu organismo. Três cores são básicas: a lilás, no inicio do
processo, a branca para energizar e, por fim, a azul, encerrando o
trabalho. Outras podem ser utilizadas antes do encerramento da
técnica, como a amarela para amenizar o estresse mental e aumen-
tar a capacidade de concentração, a verde para harmonizar e equi-
librar os chakras, a rosa para as emoções e sentimentos e, por fim, a
laranja para ajudar na recuperação de quem passa por momentos
de convalescença. Não recomendamos o uso da cor vermelha.

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Na internet há um vídeo com a técnica sendo ensinada para
voluntários de um centro espiritualista em Natal/RN. Você pode
procurá-lo pelo nome “prática bio-energética com visualização de
cores” ou acessá-lo através do link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=3e75gWkOIqM

8 – Meditação dos 4 elementos – Duração: de 15 a 20 minutos


A última técnica consiste em utilizar a visualização dos qua-
tro elementos - terra (montanha), água (cachoeira ou chuva), ar
(vento) e fogo (chama de uma vela), para a realização de um exer-
cício bioenergético que atua, respectivamente, no corpo físico, sobre
as emoções, na mente e no espírito.
Através da energia dos quatro elementos acessada através da
visualização e das induções animagógicas, o participante costuma
sentir resultados benéficos em si e na interação com o grupo.
Esta meditação não deixa de ser um exercício xamânico sem
o uso de elementos psicoativos. Apenas o poder da mente é usado
para se atingir estados ampliados de consciência e a transmutação
energética capaz de realizar inúmeras curas psicossomáticas.
Essa técnica costuma ser utilizada nas vivências e cursos onde
abordo o poder curativo das imagens hipnagógicas. O trabalho
começa com a pessoa se imaginando em uma paisagem serena
subindo uma montanha. Ela procura sentir a relva e o aroma do
lugar. E, no topo da montanha, ela deve ser induzida a sentir a
energia da Terra entrando pelas plantas dos pés e envolvendo todo
o seu ser, renovando suas energias e o fortalecendo fisicamente.
Em seguida, mentalizará um banho de cachoeira ou uma chuva
suave caindo sobre a sua cabeça. E a água que desce do céu pura e
cristalina entra por todos os seus poros e envolve todas as células
de seu corpo físico e astral, purificando-as de toda energia emoci-
onal negativa. Toda vibração negativa é transmutada por essa água
benfazeja.
A terceira etapa consiste em sentir o ar agradável de uma
brisa, soprando sobre o corpo. Esse ar desmancha todas as for-

– 51 –
mas-pensamento negativas, miasmas e sujeiras mentais acumula-
das no cotidiano.
Por fim, a pessoa mentalizará dentro de si, na altura do cora-
ção uma chama simbolizando o seu espírito. Esta chama se ex-
pande infinitamente irradiando luz para todos os lados, permitin-
do uma agradável sensação de paz e felicidade indelével, e um
amor indizível por toda a criação divina.
Algumas induções podem ser acessadas na internet. Existem
quatro vídeos que se chamam curso de TVI e que podem ser locali-
zados no youtube, no canal www.youtube.com.br/homospiritualis.
Outro vídeo que pode ser acessado se chama “exemplo de indução
animagógica”, gravado ao vivo durante uma entrevista em uma
estação de rádio, e que está localizado no mesmo canal acima. No
canal animagogianordeste, também no youtube, o interessado pode
ver um vídeo de uma prática de TVI, na cidade de Natal/RN,
seguida de um depoimento muito interessante de uma médium
vidente que participou da prática.
Todas essas técnicas vão ajudar a pessoa a obter uma renova-
ção energética, mas a cura propriamente dita só advém com a
mudança de pensamentos e sentimentos. Só o cultivo do pensa-
mento elevado e a vivência amorosa de sua existência humanizada
é capaz de manter um equilíbrio bio-psico-espiritual.

– 52 –
ANEXO
SUGESTÕES DE INDUÇÕES ANIMAGÓGICAS QUE PODEM
SER REALIZADAS DURANTE AS PRÁTICAS

Por indução animagógica entendemos as sugestões que são


realizadas durante a focalização das vivências meditativas. Ela deve
ter sempre um cunho espiritualista, preferencialmente, ecumênico
e universal. Durante as práticas, não importa quais serão realiza-
das, o focalizador utiliza as induções para ajudar no fortalecimen-
to ou mudança de um padrão de atitudes. Alguns temas que po-
dem ser utilizados durante as induções animagógicas realizadas
com o grupo são os seguintes:
1. Estimular a persistência, a coragem e a responsabilidade
pelo seu próprio bem estar, valorizando sempre o bem-es-
tar físico, emocional, mental e espiritual.
2. Valorizar a felicidade incondicional e a necessidade de uma
educação espiritual (animagogia) renovando as esperanças,
o fortalecimento da fé, a solidificação do amor, a incessan-
te busca do perdão, o cultivo de sentimentos positivos e o
aperfeiçoamento do ser.
3. Reforçar a diferença entre Vida e Existência, levando o par-
ticipante a tomar consciência que a Vida transcende a ma-
téria e os cinco sentidos. Ajudar a compreender que o úni-
co responsável pelas doenças, pelo sofrimento e pelas an-
gústias existenciais é o próprio espírito, que tece o seu des-
tino a partir dos sentimentos e pensamentos que nutre no
dia-a-dia.
4. Reforçar que ninguém ofende ninguém. Somos nós que
permitimos nos sentir ofendidos pelas ações alheias.
5. Estimular o participante a conhecer e aprender a lidar com
suas próprias energias e a dos ambientes que freqüenta co-
tidianamente, desbloqueando energias estagnadas e resta-
belecendo um fluxo energético saudável e harmonioso.

– 53 –
6. Levar o participante a pensar sempre de forma holística,
compreendendo a integração entre os aspectos físicos, psi-
cológicos, energéticos, emocionais e espirituais em seu ser,
sendo que, essencialmente, ele é um espírito vivenciando
uma experiência humanizada e não um ser humano que,
eventualmente, vivencia experiências espirituais. Essa com-
preensão leva o participante a lidar melhor com as vicissi-
tudes da existência humana.

– 54 –
ANEXO 2
ARTIGOS SOBRE PSICOSSOMÁTICA

Reproduzo abaixo alguns artigos publicados recentemente em


um site na internet. Eles dão um exemplo de como as nossas emo-
ções e pensamentos influenciam diretamente na saúde física. En-
fim, nada acontece em nosso corpo que não possa ser relacionado
a alguma emoção ou conflito mental. Além dos artigos abaixo,
sugiro aos interessados que vejam a apresentação feita em Power
Point de uma das aulas do curso de Terapia Vibracional Integrativa.
Ela pode ser acessada em nosso portal, no scribd: www.scribd.com/
homospiritualis e se chama Animagogia e saúde integral: dimen-
sões psicossomáticas.

ARTIGO 1 – MANCHAS NAS MÃOS: SINAIS DE VELHICE


OU DE PREOCUPAÇÃO?

Quantas vezes nos deparamos com uma pessoa idosa com a


mão cheia de manchas e falamos: “são os sinais da velhice!” Po-
rém, apesar das agressões que o meio exterior exerce sobre a pele,
por exemplo, o excesso de sol, também as agressões internas afe-
tam a saúde dela e, no caso das mãos, as frustrações com o que
realizamos em nosso cotidiano são as principais vilãs.
Sempre que criamos metas, objetivos, sonhos e buscamos
realizá-los, canalizamos nossa energia (o Ki segundo os orientais)
para as nossas mãos. É por isso que elas representam o como lida-
mos com as nossas realizações. E as manchas tendem a aparecer
com as frustrações vividas quando um projeto não se realiza ou
não sai como planejamos. Pode ser o sonho de um casamento, a
carreira profissional de um filho ou qualquer outro desejo.
E podemos também compreender se os “culpados” por tais
frustrações são do sexo masculino ou feminino observando em
qual das mãos são em mais quantidade ou tamanho. A mão es-
querda tende a somatizar nossas frustrações com alguém do sexo
masculino, que pode ser o pai, o filho, o neto, o patrão etc.; en-

– 55 –
quanto a mão direita tende a somatizar com mais intensidade as
frustrações com a mãe, a filha, a neta, a chefe etc.
Mas não é somente na forma de manchas que agredimos o
nosso corpo. O nervosismo contido, a irritação com algum acon-
tecimento, a ansiedade e outras emoções que acumulamos quan-
do nossos sonhos não se realizam como gostaríamos, pode fazer
surgir espinhas, furúnculos e enfermidades mais graves como a
psoriase e a erisipela. Claro que os médicos vão culpar a bactéria,
o fungo ou outra coisa, jamais o medo excessivo ou a timidez
diante de algo novo, a ansiedade para realizar alguma coisa antes
do tempo de maturação ou mesmo o nervosismo diante de situa-
ções que surgem em nossas vidas, mas, sinto dizer, a menos culpa-
da nesta história toda é a pobre da bactéria.
Assim, como dica para não se frustrar tanto e ter as mãos
com poucas ou nenhuma mancha é aceitar que nem sempre con-
seguimos ter aquilo que desejamos. Por exemplo, se você planejou
realizar 10 coisas durante o ano e, ao término deste, realizou ape-
nas 3; procure, ao invés de se lamentar ou se frustrar achando que
realizou muito pouco, ou pensar que você não presta, que é in-
competente, procure sempre agradecer a Deus pelo que conseguiu
realizar, compreendendo que nem tudo estava maduro o suficien-
te para acontecer e procure, assim, renovar seus pensamentos,
desejos e valores diante da vida. Não estou dizendo para viver de
forma passiva, mas sim pacífica com você e com o mundo.
Outra dica interessante é não criar expectativas, por menores
que sejam. Aliás, quanto maiores elas forem, maior será também a
probabilidade de se frustrar se os resultados forem diferentes do pla-
nejado. Assim, viva tudo como se fosse uma eterna aventura, um
eterno aprendizado. Deixe de lado as lamentações, críticas, julga-
mentos e nem se culpe ou culpe outras pessoas pelo que aconteceu
ou deixou de acontecer. Agindo assim, suas mãos não terão artrose,
LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e a pele que a recobre será tam-
bém saudável, não importa a idade que você tenha. Nosso corpo
pode viver 120 anos com saúde, sempre tendo suas células renova-
das se cuidarmos, sobretudo, das nossas emoções e pensamentos.

– 56 –
E se hoje você tem muitas manchas na mão, cada uma con-
tando uma história de frustração ou sofrimento, quem sabe elas
não comecem, inclusive, a desaparecer quando você passar a ter
pensamentos e sentimentos mais sadios, perdoando aqueles que
te magoaram de alguma forma.

ARTIGO 2 – SEGREDO PARA MANTER A PELE BONITA,


SEDOSA E SAUDÁVEL!

Quem não deseja ter uma pele bonita e sempre jovial? Mui-
tas mulheres e homens recorrem a cremes, cirurgias plásticas e
outros tratamentos, mas ignoram um fato importante para o en-
velhecimento precoce da pele e para o surgimento de inúmeras
enfermidades: o poder dos pensamentos e das emoções negativas.
Há milhares de anos, a medicina oriental compreende o im-
pacto da mente sobre o corpo físico. Este reflete tudo o que pen-
samos e sentimos, principalmente a pele. Ela protege o corpo, mas
manifesta também os pensamentos negativos e as emoções dele-
térias de uma forma que não nos agrada. Assim, cada ruga, cada
verruga ou mancha tem uma história para contar, um segredo es-
condido, uma mágoa profunda ou um conflito ainda não resolvi-
do. Por exemplo, observe como as pessoas que são exageradamente
tímidas, ansiosas ou que tem dificuldades enormes para se expres-
sar tem na pele muitas manchas, espinhas e outros problemas.
A tensão energética que a pessoa guarda dentro de si precisa
ser extravasada de alguma forma. E as alergias na pele? Obvia-
mente que há causas externas, como a picada de algum inseto,
comer algum alimento que agride o organismo, mas, há também
as causas internas. Com frequência, as alergias são formas de in-
flamação. E o que inflama os órgãos, inclusive a pele, é a irritação
com alguma pessoa ou acontecimento.
Quanto mais a pessoa se encontra irritada, mas inflamações
ela terá pelo corpo e, em muitos casos, alergias. Assim, não adian-
ta passar cremes, pomadas, benzer etc. se o nervosismo não for
contido.

– 57 –
Pessoas que sentem raiva de si mesmas, que desconfiam de
seus potenciais ou de suas capacidades, que estão sempre pessimis-
tas também expressam esse mal-estar na pele, na forma de espi-
nhas, furúnculos e outros males. Inclusive, quem tem medo de ter
algum segredo revelado, costuma ter problemas na pele. A insegu-
rança que a pessoa vivencia, sempre preocupada para que o seu
segredo não seja descoberto, faz com que o seu corpo reaja de vári-
as formas, podendo ser, por exemplo, na forma de psoríase na pele.
Alguns anos atrás fui procurado por um jovem profissional
liberal. Ele já tinha consultado quase todos os dermatologistas de
São Carlos, Ribeirão Preto, Campinas e São Paulo e ninguém con-
seguia descobrir o que causava a psoriase. Ele andava só com ca-
misas de mangas compridas para esconder o braço. A enfermida-
de começava a tomar conta de suas pernas, braços e peito.
Ele me procurou para um atendimento com TVI (um trata-
mento terapêutico comunitário, feito com a imposição das mãos e
sugestões para mudança de padrões de pensamentos). Fizemos
algumas sessões, mas o problema persistia, apesar de algumas
melhoras. Foi quando o questionei se não tinha nenhum segredo
que o incomodava, que tinha medo que alguém descobrisse. E ele
relatou que era homossexual, mas que tinha medo que os pais
descobrissem. Dizia que a mãe sofreria demais e o pai, muito vio-
lento, poderia até o agredir. E eu disse que, provavelmente, a
psoriase seria curada quando ele parasse de sofrer, quando assu-
misse sua homossexualidade. A tensão como vivia estava sendo
somatizada naquele problema de pele.
Observe também suas verrugas. Elas costumam aparecer quan-
do vivemos desilusões profundas. Uma desilusão amorosa, profis-
sional ou outra qualquer, costuma ser acompanhada por verrugas
que, quando o problema é solucionado, desaparecem como mági-
ca. E as rugas? Quanta preocupação elas não revelam! Quantas
vezes encontramos uma pessoa com 50 anos com a pele mais
enrugada do que outra com 80 anos e nos admiramos com aquela
“velhice precoce”. Acontece que a pessoa, apesar de ser mais jo-
vem na idade, é muito preocupada com tudo, pensa a vida de
forma trágica e está sempre triste. Enquanto isso, a outra é mais

– 58 –
velha, mas leva a vida com mais alegria, positividade e confiança.
E o resultado está na cara. Enfim, se deseja ter uma pele sempre
saudável, procure também se autoconhecer e a dominar seus pen-
samentos e emoções.

ARTIGO 3 – CABEÇA, PARA QUE TE QUERO!

Costumamos passar muito tempo olhando nosso rosto.


Quantas pessoas não passam horas em frente ao espelho olhando
as manchas, as rugas, se o cabelo está caindo, se uma espinha não
apareceu no nariz etc. Mas, além dessa curiosidade estética, é
possível olhar para a cabeça como um todo para se autoconhecer
e descobrir se os seus pensamentos e sentimentos estão jogando a
seu favor ou contra.
Mas antes de prosseguir vou dar uma dica. Algumas pesqui-
sas científicas afirmam que o lado esquerdo do nosso cérebro atua
com questões racionais, lógicas, como a linguagem a matemática
etc.; enquantro isso, o nosso lado direito do cérebro estaria mais
relacionado com questões emocionais, intuitivos e estéticos. As-
sim, ele seria mais utilizado quando damos vazão ao nosso poten-
cial artístico, criativo e compreensivo. É importante esclarecer que
o cérebro não pensa e nem produz sentimentos. É o espírito que
vai utilizar o cérebro enquanto uma ferramenta necessária para o
seu relacionamento com o chamado “mundo exterior”. Não va-
mos aqui entrar na questão metafísica se existe ou não um “mun-
do exterior”. Nesse momento, vamos por entre parênteses essa
discussão e aceitar, momentaneamente, que ele existe. Assim, para
se relacionar com este mundo, enquanto encarnado, o espírito
necessita do cérebro. O espírito mais questionador, racional, críti-
co... utiliza muito mais o cérebro esquerdo; ao contrário, o espíri-
to mais artístico, poético, criativo... tende a usar muito mais o
lado direito. Enfim, o que quero dizer é que não é o cérebro que,
ao acaso, de acordo com os estímulos que vem do exterior faz com
que um lado ou outro seja mais ativo. Essa é a visão predominan-
te, ainda hoje, no meio acadêmico, mas totalmente fruto de um
aristotelismo para lá de antiquado.

– 59 –
Dito isso, vamos para um segundo aspecto. O nosso corpo
físico é polarizado, ou seja, o nosso lado direito vibra uma energia
que vamos chamar de Yang, usando a nomenclatura chinesa que
me parece destituída de preconceitos, enquanto o lado esquerdo
vibra uma energia chamada Yin. As duas são necessárias e com-
plementares. Por isso prefiro essa nomenclatura a outras como,
masculino e feminino, positivo e negativo, etc. uma vez que sabe-
mos como algumas culturas tende a tratar o feminino e o próprio
negativo como “negativo”. Como teríamos luz elétrica em nossa
casa se não existisse o pólo positivo e o negativo?
Agora já podemos falar de nossa cabeça, assunto deste artigo.
Imagine que o lado direito de sua cabeça seja Yang e o lado es-
querdo seja Yin, por isso mesmo os lados não são simétricos. Ob-
serve estas duas imagens. Trata-se de uma montagem. Na primeira,
utilizamos apenas o lado direito do rosto dessa mulher para criar a
imagem e, na segunda, apenas o lado esquerdo de seu rosto.

Imagem 1 Imagem 2

Observe a diferença no olhar, na boca, no nariz etc. Não sei


você, mas eu vejo na primeira imagem uma pessoa mais analítica,
poderia dizer na linguagem da Psicologia Arquetípica, uma pessoa
mais apolínea. Por outro lado, na segunda imagem eu vejo uma
pessoa que parece mais sensível, poderia dizer, mais “lunática”,
romântica ou dionisíaca. O primeiro olhar parece mais inquiridor
e crítico; o segundo mais profundo e sonhador. Enfim, são como
que duas personalidades convivendo em um único corpo.
Por isso, com muita frequência, quando temos algum conflito
na cabeça, como é o caso de tumores no cérebro, AVC ou até mes-

– 60 –
mo uma simples dor de cabeça, uam das prováveis causa é um
conflito entre essas duas “personalidades”. Ou estamos querendo
resolver tudo pela razão e não damos vazão às emoções ou, ao
contrário, somos muito emotivos e deixamos a razão de lado. Tem
mais probabilidade de ter um AVC as pessoas muito orgulhosas,
que não aceitam opiniões contrárias, que acham que sempre têm
razão.
Outros problemas na cabeça surgem quando acumulamos
muita sujeira na mente, ou seja, um excesso de pensamentos ne-
gativos. A revolta e também a desconfiança são outras causas de
dores de cabeça, assim como a mágoa, o ressentimento, o ódio e
outros sentimentos que fazemos questão de ficar remoendo dia e
noite. Por isso, um remédio eficaz para combater as dores de cabe-
ça é o perdão. Também ter mais Fé nos chamados desígnios de
Deus e, assim, aceitar pacificamente as vicissitudes da vida. Veja
que falei pacificamente e não passivamente. Buscar resolver paci-
ficamente um conflito é muito diferente de se resignar, ou seja,
ficar passivo diante dele.
E os acidentes na cabeça, acontecem por acaso? Também não.
A energia negativa acumulada na cabeça, relacionada aos pensa-
mentos e sentimentos é que atraem, por exemplo, uma cabeçada
em um poste ou mesmo aquele “presente” que você recebe de
uma pombinha que descansa no galho da árvore que você acabou
de passar embaixo, entre outros.
Por isso, para diminuir o risco de acidentes ou de enfermida-
des na cabeça, uma boa estratégia é aceitar melhor as hierarquias
da vida, compreendendo que também faz parte da vida ter que
aceitar ordens. Muitas vezes queremos estar no topo da hierar-
quia, queremos mandar, mas não gostamos de obedecer. Pessoas
assim dificilmente relaxam e estão sempre tensas, preocupadas. A
falta de flexibilidade é uma causa constante de dor de cabeça e a
probabilidade de ter um derrame cerebral é grande em pessoas
cujo orgulho é muito forte, que não aceitam ser contrariadas e,
assim, sobrecarregam o cérebro com emoções intensas ou pensa-
mentos de vingança, combate etc. Enfim, se deseja ter mais saú-
de, procure ser mais tolerante com ideias e opiniões divergentes,

– 61 –
saiba expor seus pensamentos com habilidade. Não é fácil, mas
precisamos exercitar a tolerância rotineiramente.
E os nossos olhos, quantos problemas eles podem ter: miopia,
astigmatismo, hipermetropia etc. Porém, eles representam a nossa
forma de ver o mundo que nos rodeia. Observe que, com muita
frequência, as pessoas míopes costumam ser também aquelas que
não “enxergam longe”, ou seja, costumam ser autoritárias, não acei-
tando ordens de ninguém e que gostam de dominar as outras e
defender com unhas e dentes suas verdades. Estão sempre certas e
não aceitam fatos ou opiniões que contrariem as suas crenças.
Por outro lado, sofrem de hipermetropia as pessoas que “não
veem de perto”, ou seja, quase sempre são pessoas submissas, que
se anulam para satisfazer o outro (o marido, o filho etc). Com
muita frequência são pessoas que descuidam de si mesmas e estão
sempre preocupadas com os problemas alheios.
Recentemente, em uma palestra sobre o tema, para idosos,
uma mulher falou o seguinte: por que será que eu tenho miopia
no olho esquerdo e hipermetropia no direito? E eu falei assim,
com frequência, quando conflitos com energia yang, representada
pelo pai, marido, filho, neto etc. acontece, o lado esquerdo, ou yin
é que adoece e, quando o conflito acontece com energia Yin, aqui
representada por conflitos com a mãe, avó, filha, neta etc. a pro-
babilidade de ter enfermidades no lado direito aumenta. Assim,
uma hipótese provável seja a seguinte. Pode ser que a senhora seja
muito submissa ao seu marido e por isso desenvolveu
hipermetropia em seu olho esquerdo e, talvez seja muito autoritá-
ria com sua filha, controlando-a, não deixando a jovem ter liber-
dade e, com estas atitudes, desenvolveu a miopia no olho direito.
Eu nem sabia que a mulher tinha uma filha e ela confirmou que
a vida dela era desse jeito. Sempre foi muito submissa ao pai e ao
marido, sofrendo calada, mas, quando a filha nasceu, sempre agiu
com ela da mesma forma como foi criada pelo pai controlando todos
os passos da filha, que já estava com mais de 20 anos de idade.
E os ouvidos, quando eles dão problema? Quando não quere-
mos ouvir o mundo que nos rodeia. Queremos controlar tudo do

– 62 –
nosso ponto de vista. É como se déssemos um comando para nos-
sos ouvidos, “não quero ouvir o que essa pessoa tem a dizer”,
“cansei de ouvir isso” etc. Todos esses comandos mentais vão agir
sobre o nosso cérebro e ouvido e sua capacidade de ouvir vai,
gradativamente, desaparecendo. É como se o nosso cérebro res-
pondesse assim: “seja feita a vossa vontade” e executa a ordem.
Observe a quantidade de pessoas que são consideradas quase sur-
das, mas que sempre ouvem o que querem.
Outro problema relacionado ao ouvido é a labirintite, uma
inflamação no labirinto. Este costuma inflamar em momentos de
tensão, por exemplo, quando temos que nos expressar em público
e ficamos com medo ou inseguros. A indecisão também costuma
inflamá-los e aí vem as famosas “crises de labirintite”.
E o nosso simpático nariz? Quantas pessoas não sofrem por
causa dele e fazem cirurgias estéticas para torna-lo mais bonito,
charmoso etc. Isso porque o nariz, assim como a bunda e também
o dedão representam o nosso ego. Neste artigo não vou detalhar
estes dois outros atributos físicos relacionados ao ego, apenas o
nariz, pois o nosso foco é a cabeça.
Como representante do ego, ele costuma ficar empinado quan-
do estamos orgulhosos e, com frequência, aponta para o chão
quando estamos com o ego ferido. E quando o ego está inchado é
comum estourar no nariz espinhas. Quantas jovenzinhas acor-
dam no dia de sua festa de quinze anos com uma baita espinha no
nariz e sai amaldiçoando o mundo: “tinha que hoje nascer essa
espinha!”, dizem. Mas foi ela mesma que atraiu a espinha. Ela
está ali para dizer que o ego está inflado, como se o nosso incons-
ciente estivesse nos dizendo: “menos, menos...”.
Crise de sinusite e rinite com frequência é um tipo de infla-
mação que só aparece quando o ego está ferido, irritado com al-
guém ou acontecimento. Mas preferimos culpar o pó, o pólen das
flores, o cheiro de algum perfume e outros elementos exteriores.
E a boca? É por ela que expressamos os nossos pensamentos,
transformando-os em palavras. Disse Jesus, o importante não é o
que entra, mas o que sai da boca. E as palavras ferinas, ásperas,

– 63 –
rudes quase sempre estão na raiz dos ferimentos na boca, como as
aftas, por exemplo. Quanto mais as palavras são ácidas, mas a
boca também fica e surgem os problemas. Administrar as palavras
proferidas, principalmente a intenção sentimental, ajuda a man-
ter a boca saudável.
E junto com a boca podemos falar dos dentes. Eles estão rela-
cionados diretamente com as nossas indecisões e inseguranças
diante da vida. Quanto mais indecisão nós manifestamos, mais os
dentes começam a encavalar, desenvolvem cáries e outros proble-
mas mais sérios. Uma mulher chegou a me dizer que assim que o
seu marido faleceu e ela teve que administrar os bens que herdou,
sem nunca ter pensado nisso, seus dentes começaram a estourar.
Ela falou que perdeu dessa forma vários dentes que, de uma hora
para outra, começavam a inflamar e a estourar e, ao ir ao dentista,
este sugeriu arrancar todos, pois não sabia o que fazer.
Por último, vamos falar da garganta e do pescoço. A garganta
está relacionada diretamente com a nossa capacidade de nos co-
municar. Quando ela manifesta alguma enfermidade, com
frequência é porque “engolimos sapos” ou não conseguimos ex-
pressar o que desejamos. Ela também costuma ficar congestiona-
da e passamos a tossir quando estamos com raiva de alguém ou
muito nervosos, por exemplo, diante de uma câmera de TV para
dar uma entrevista ao vivo.
E o pescoço costuma ficar tensionado quando estamos muito
preocupados. Problemas nas vértebras da coluna que sustentam a
cabeça, e que formam a cervical, também manifestam dor, “bico
de papagaio” e outros problemas devido ao excesso de preocupa-
ção.
Enfim, a partir de agora, quando for observar sua cabeça no
espelho, pare e pense também em suas emoções e pensamentos.
Observe o que não te agrada nela e tente ver se não é você mesmo,
com seus pensamentos e sentimentos o responsável por aquilo
que te faz sofrer.

– 64 –
ANEXO 3
Questionário psicossomático aplicado às pessoas que procuram
atendimento com a Terapia Vibracional Integrativa no Centro de
Animagogia e Práticas Bioenergéticas Rosa de Nazaré.

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE


SAÚDE FÍSICA, MENTAL E EMOCIONAL

1 – IDENTIFICAÇÃO DO CONSULENTE – Data: ____/____/____.


NOME:_____________________________________________________________________
IDADE: ________________________ NASCIMENTO: ____/____/____.
ESTADO CIVIL: ________________________ Nº DE FILHOS: ______
PROFISSÃO: __________________________________________________________
RELIGIÃO:____________________________________________________________
ENDEREÇO :__________________________________________________________
_______________________________________________________________________
TELEFONE:___________________E-MAIL:________________________________

1.1 – Como soube do trabalho do Centro de Animagogia e Práticas


Bioenergéticas?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

1.2 – Por que procurou a Terapia Vibracional Integrativa?


____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2 – AVALIAÇÃO DE VÍNCULOS
2.1 – Você vive atualmente com alguém da família?
Não ( ). E como se sente? ( ) Satisfeito ( ) Insatisfeito
Por que?______________________________________________________________
Sim ( ). E como se sente? ( ) Satisfeito ( ) Insatisfeito
Por que?
_______________________________________________________________________
Qual o grau de parentesco?
_______________________________________________________________________

– 65 –
Fale a primeira palavra que te vem à mente, quando pensa nela:
________________________
2.2 – Você convive com alguém maritalmente?
Não ( ). E como se sente? ( ) Satisfeito ( ) Insatisfeito
Por que? ______________________________________________________________
Sim ( ). E como se sente? ( ) Satisfeito ( ) Insatisfeito
Por que? ______________________________________________________________
Fale a primeira palavra que te vem à mente quando pensa nela:
________________________
2.3 – Você tem filhos(as)?
Não ( ). E como se sente? ( ) Satisfeito ( ) Insatisfeito
Por que?______________________________________________________________
Sim ( ). E como se sente? ( ) Satisfeito ( ) Insatisfeito
Por que?______________________________________________________________
Fale a primeira palavra que te vem a mente quando pensa neles:
________________________
2.4 – você mora em casa própria?
Não ( ). E como se sente? ( ) Satisfeito ( ) Insatisfeito
Por que?______________________________________________________________
Sim ( ). E como se sente? ( ) Satisfeito ( ) Insatisfeito
Por que?______________________________________________________________
Fale a primeira palavra que te vem à mente quando pensa nela:
_________________________
2.5 – você gosta do bairro onde você mora?
Não ( ) Por que?
____________________________________________________________
Sim ( ). Por que?
____________________________________________________________
Fale a primeira coisa que te vem à mente quando pensa nele:
_________________________
2.6 – você realiza, atualmente, alguma atividade remunerada?
Não ( ). E como se sente? ( ) Satisfeito ( ) Insatisfeito
Por que?______________________________________________________________
Sim ( ). E como se sente? ( ) Satisfeito ( ) Insatisfeito
Por que?______________________________________________________________

– 66 –
2.7 – Você faz parte de alguma comunidade religiosa?
Não ( ) Por que?
____________________________________________________________
Sim ( ). Por que?
____________________________________________________________
Fale a primeira coisa que te vem à mente quando pensa nela:
_______________________

Espaço reservado para anotações do animagogo sobre os vínculos do


consulente:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

3 – AVALIAÇÃO DE SAÚDE FÍSICA


3.1 – Você, no momento, utiliza algum serviço de saúde?
Não ( ) Ssim ( ). Em caso afirmativo, qual?
____________________________________________________________
3.2 – Você, no momento, utiliza algum medicamento tarja preta?
Não ( ) Ssim ( ). Em caso afirmativo, qual?
______________________________________________________________________
3.3 – você tem alguma enfermidade na cabeça (enxaqueca, epilepsia, etc.)
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.4 – você tem alguma enfermidade nos olhos?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________

– 67 –
3.5 – você tem alguma enfermidade nos ouvidos?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.6 – você tem alguma enfermidade no nariz (sinusite, rinite, coriza)?
NNão ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.7 – você tem alguma enfermidade na boca, nos dentes ou na garganta?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.8 – você tem alguma enfermidade na coluna vertebral?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.9 – você tem alguma enfermidade nas articulações?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________

– 68 –
3.10 – você tem alguma enfermidade nos braços, nas mãos ou nos dedos
(inclusive nas unhas das mãos)?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.11 – Você tem alguma enfermidade nas pernas, nos pés ou nos dedos (inclu-
sive nas unhas dos pés)?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.12 – Você tem alguma enfermidade no coração?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.13 – Você tem alguma enfermidade nos intestinos (incluindo ânus)?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.14 – Você tem alguma enfermidade nos órgãos genitais (incluindo útero, prós-
tata)?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________

– 69 –
3.15 – Você tem alguma enfermidade nos pulmões?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.16 – Você tem alguma enfermidade no estômago?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.17 – Você tem alguma enfermidade nos rins, pâncreas, fígado, vesícula, apên-
dice, bexiga ou baço?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, qual?
_____________________________________________________________________________
E quando começou? ________________. Lembra-se de ter vivido algum fato que
te abalou emocionalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.18 – Você já teve algum osso quebrado?
N ( ) S ( ). Qual? __________________________. Quando aconteceu?
__________________ Lembra-se de ter vivido algum fato que te abalou emocio-
nalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.19 – Você costuma notar se os problemas de saúde (dores, contusões, tensões
etc.) ocorrem mais em um lado do corpo do que em outro?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, em qual?
Direito ( ) Esquerdo ( ). Comente alguns deles:
____________________________________________________________________________
3.20 – Você tem algum problema de pele (psoríase, manchas etc.)?
N ( ) S ( ). Qual? __________________________. Quando começou?
__________________ Lembra-se de ter vivido algum fato que te abalou emocio-
nalmente (gerando medo, culpa, mágoa etc.) neste período?
N ( ) S ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________

– 70 –
3.21 – Você tem algum problema de alergia?
N ( ) S ( ). Qual? __________________________. Quando começou?
__________________ Lembra-se de ter vivido algum fato que te abalou emocio-
nalmente ( gerando medo, culpa, mágoa etc.)neste período? N ( ) S ( ). Em
caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________
3.22 – Você tem alguma enfermidade física que não foi relatada acima (pressão
alta, labirintite, diabetes, insonia etc.)?
N ( ) S ( ). Qual? __________________________. Quando começou?
__________________ Lembra-se de ter vivido algum fato que te abalou emocio-
nalmente ( gerando medo, culpa, mágoa etc.)neste período? N ( ) S ( ). Em
caso afirmativo, o que aconteceu?
_____________________________________________________

4 – AVALIAÇÃO DE SAÚDE EMOCIONAL E MENTAL


(INCLUINDO ESPIRITUALIDADE E AUTO-ESTIMA)
4.1 – Quando você se sente magoado(a), ofendido(a), injustiçado(a),
humilhado(a), tem com quem desabafar?
Não ( ). Em caso negativo, por que?
_________________________________________
SIM ( ). Em caso afirmativo, com quem costuma desabafar e como você se
sente depois que desabafa?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
4.2 – Existe alguma coisa que te faz sentir muito medo?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.3 – Existe alguma coisa que te faz sentir inveja?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.4 – Existe alguma coisa que te magoa profundamente?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________

– 71 –
4.5 – Existe alguma coisa que te deixa com o orgulho ferido?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.6 – Existe alguma coisa que te deixa frustrado(a)?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.7 – Existe alguma coisa que te faz sentir muita raiva?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.8 – Existe alguma coisa que te faz sentir culpado(a)?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.9 – Existe alguma coisa que te deixa com muito ressentimento?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.10 – Existe alguma coisa que te deixa com muito ódio?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.11 – Existe alguma coisa que te faz sentir ciúme?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.12 – Existe alguma coisa que te faz desejar vingança?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________

– 72 –
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.13 – Existe alguma coisa que te deixa muito preocupado(a)?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.14 – Existe alguma coisa que te deixa muito nervoso(a) ou irritado(a)?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.15 – Existe alguma coisa que te deixa muito desconfiado(a)?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.16 – Existe alguma coisa que te deixa muito indeciso(a) ou inseguro(a)?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.17 – Existe alguma coisa que te dá aversão?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
______________________________________________
4.18 – Existe alguma coisa que te deixa desanimado(a)?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
____________________________________
4.19 – Você tem apego por alguma coisa, pessoa, animal etc., que te faz “morrer
de medo” de perder?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que?
_________________________________________
O que você costuma fazer nessa hora?
___________________________________

– 73 –
4.20 – Você costuma expressar suas opiniões e ideias em público com:
orgulho ( ), vergonha ( ), indecisão ( ), medo ( ), outro sentimento:
________________
4.21 – Você considera sua auto-estima:
baixa ( ), alta ( ), ”mais ou menos” ( )
Por que? __________________________________
4.22 – Há alguém que já faleceu por quem você nutre ódio, raiva ou sentimento
de culpa?
Não ( ) Sim ( ).
Por quem? ______________________________________________________
4.23 – Diante de um conflito, você normalmente reage de que forma?
Pacífica ( ), violenta ( ), racional ( ), emocional ( ), revoltada ( ),
Imparcial ( ). Outra forma: ____________
4.24 – Você se lembra de ter vivido alguma experiência no passado (infância
principalmente) que te faz se sentir com baixa auto-estima, magoado(a),
revoltado(a), desgostoso(a) etc.
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
________________________________
4.25 – Diante de um acontecimento negativo (apresentado na TV, jornal, etc.)
você costuma reagir de que forma:
Fica comentando ( ), fica revoltado(a) ( ), fica impressionado (a)( ), fica indi-
ferente ( ).
Outra resposta:
____________________________________________________________________
4.26 – Você acredita que a maior parte do tempo você fica:
Pensando no passado ( ), preocupado(a) com o futuro ( ), vive o presente ( ).
Comente sua resposta:
_______________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
4.27 – Você se lembra de ter vivido alguma experiência que te fez achar que “ficou
sem chão” a partir daquele momento, te abalando muito emocionalmente?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, o que aconteceu?
________________________________
4.28 – Você se considera uma pessoa perfeccionista? Não ( ) Sim ( ). Em caso
afirmativo, como costuma ser sua reação quando as coisas não acontecem do seu
jeito ou como você gostaria que acontecesse?
_______________________________________________________

– 74 –
4.29 – Você costuma ser uma pessoa submissa? Se anula para agradar outras
pessoas (filhos, por exemplo, marido, pais etc.)? Não ( ) Sim ( ). Em caso
afirmativo, como costuma se sentir diante desse fato:
_______________________________________________________
4.30 – Você acredita que assume mais responsabilidades do que poderia dar
conta?
Não ( ) Sim ( ). Em caso afirmativo, como costuma se sentir diante desse
fato:_____________________________________________________________________________
4.31 – Em relação as suas opiniões e crenças, você se julga uma pessoa:
Flexível e tolerante com os que pensam de forma diferente( ), tenta impor suas
verdades aos outros ( ), não abre mão de seus princípios ( ). Outra resposta:
_________________________
4.32 – O que você gosta de fazer em seu tempo livre (atividades de lazer)?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
4.33 – Você tem animais de estimação?
Não ( ). Em caso negativo, por que?
_____________________________________________
Sim ( ). Em caso afirmativo, quantos são e as espécies:
_____________________________________________________________________________
Como você reage diante de uma notícia sobre maus-tratos aos animais?
__________________
4.34 – Você tem algum vício?
Não ( ) Sim ( ) Em caso afirmativo, qual?
___________________________________________
Já tentou ou gostaria de libertar-se desse vício?
Não ( ). Por que? ______________________________________________________
Sim ( ) Por que?_______________________________________________________

Gostaria de comentar mais alguma coisa sobre você, que não foi abordado nesta
avaliação?
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