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LISTA DE OBRAS PARA LEITURA AUTÓNOMA

PORTUGUÊS – 7º Ano
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, O Cavaleiro da Dinamarca

No regresso de uma longa peregrinação à Palestina, o Cavaleiro tem apenas um desejo: voltar a
casa a tempo de celebrar o Natal com a sua família.
Nessa viagem, maravilha-se com as cidades de Veneza e Florença, e ouve histórias espantosas
sobre pintores, poetas e navegadores. São muitas as dificuldades com que se depara, mas uma
força inabalável parece ajudá-lo a passar essa noite tão especial com aqueles que mais ama…

BESSA-LUÍS, Agustina, Vento, areia e amoras bravas

«Vento, Areia e Amoras Bravas» é um título dançarino. Todo ele mexe e convida a dançar e
arrasta o movimento da juventude que depois vai conduzir à idade consular. A toga vai suceder
à sandália e o cinto desatado, que correspondem à história radiosa de Lourença. Ela não quer
esquecer a infância nem o vento furibundo que tenta dispersar os pequenos sinos da salvação
mais espirituosa, a salvação da descoberta. Volta Dentes de Rato como uma gota de azougue
imóvel na palma da mão. Estará imóvel ou apenas encantada? Veremos. Veremos… que as
histórias são para explicar estas coisas. A leitura fez-se para encher o silêncio de mágica.

BRAGA, Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português

Histórias de reis, príncipes, condes, cavaleiros, sargentos, mágicos, meninas feias, meninas
bonitas, sapateiros, ermitões, velhinhas, ladrões, fadas, anões, bois, galinhas, lobos, baratas...
Histórias ricas em ensinamentos seculares e, como árvores, com raízes tão profundas que
ajudam a conhecer e compreender a identidade da cultura portuguesa.

BRANDÃO, Raul, “A pesca da baleia” in As Ilhas Desconhecidas

Baleia! baleia!... Larga! larga!... Lá vai a arça!... Trancou a baleia! trancou a baleia!
Embarca na vida árdua dos pescadores dos Açores no início do século XX, na grandiosidade de
um dos momentos mais importantes da comunidade insular - a pesca da baleia - e na beleza
serena do oceano que banha as ilhas e lhes dá a vida. Deixa que Raul Brandão te revele as
imagens; capta os sons; sente os sabores; e inala os aromas do arquipélago.

COELHO, Trindade, “As três maçãzinhas de oiro”, “A parábola dos 7 vimes” in


Os meus Amores
Introdução de João Bigotte ChorãoEste volume de contos será seguramente o mais importante
de Trindade Coelho para a literatura portuguesa. A idealização da realidade rústica, a vivacidade
dos diálogos, a linguagem popular e o intuito moralizador faz deste livro um exemplo dentro do
género 'conto rústico'.

FERREIRA, Vergílio, A estrela


«Um dia, à meia-noite, ele viu-a. Era a estrela mais gira do céu, muito viva, e a essa hora
passava mesmo por cima da torre. Como é que não a tinham roubado? Ele próprio, Pedro, que
era um miúdo, se a quisesse empalmar era só deitar-lhe a mão. Na realidade, não sabia bem
para quê. Era bonita, no céu preto, gostava de a ter. Talvez depois a pusesse no quarto, talvez
a trouxesse ao peito. E daí, se calhar, talvez a viesse a dar à mãe para enfeitar o cabelo.
Devia-lhe ficar bem, no cabelo.»

HERCULANO, Alexandre, “O Castelo de Faria” in Lendas e Narrativas

A Idade Média, em Portugal, está repleta de pequenas grandes histórias de heróis que
cairiam no esquecimento não fosse a vontade patriótica de Alexandre Herculano os
tornar imortais: o alcaide que defende, com a sua vida, o Castelo de Faria contra os
Castelhanos; a firmeza de D. Afonso Henriques frente à tirania do poder da Igreja; e o
lendário Lidador, que, com 95 anos de idade e 80 de luta, inspira uma das vitórias dos
Portugueses contra os Mouros.

KIPLING, Rudyard, Lobos do Mar

Filho de um multimilionário americano, irritantemente presunçoso, impertinente e malcriado,


Harvey estava bem longe de imaginar que de uma tão simples prosápia como fumar um charuto
pudesse resultar uma tão grande modificação da sua vida. No entanto, assim aconteceu. Após ter
desmaiado no convés do paquete de luxo que o levava à Europa, desperta a bordo de uma frágil
embarcação de pesca na companhia de um pescador português chamado Manuel que pertence a
um navio pesqueiro. Menosprezando o seu dinheiro e posição o capitão Disko Troop redu-lo a
um insignificante moço de limpezas e obriga-o a enfrentar a rude vida do mar. A literatura
juvenil enriqueceu-se, ganhou novas cores e personagens com este clássico de Kipling. A
tradução é de António Sérgio, notável ensaísta, crítico e pedagogo.

LISBOA, Irene, Uma Mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma

«Uma Mão Cheia de Nada Outra de Coisa Nenhuma» insere-se na reedição, levada a cabo pela
Editorial Presença, das «Obras de Irene Lisboa», de que estão neste momento disponíveis dez
volumes; o outro volume para crianças e jovens «Queres Ouvir? Eu Conto» (1993) está também
disponível na coleção «À descoberta». O prefácio pretende traçar sumariamente as principais
linhas temáticas e condutoras desenvolvidas nestas histórias, quer articulando-as com os
restantes livros de Irene Lisboa, quer apontando os seus processos literários, originais ou
herdados de um imaginário tradicional. Com o seu lugar próprio nas «Obras de Irene Lisboa»,
este livro é mais um elo na cadeia de reativação do nome desta autora, assim posta mais perto de
leitores maiores e mais pequenos.

STEVENSON, Robert Louis, A Ilha do Tesouro

Numa noite de dezembro, uma faroleira descobre um velho livro num baú que dera à costa. As
letras douradas do título estão quase apagadas, as páginas cobertas de bolor são ilegíveis; só o
papel das ilustrações resistiu...
De súbito essas imagens ganham vida e, um após outro, os heróis do livro contam à jovem a sua
fabulosa história!
Billy Bones, o homem da cicatriz, lorde Trelawney, Ben Gunn, Jim Hawkins, o jovem e
corajoso marujo, e Long John Silver, o pirata da perna de pau, sonharam todos eles descobrir o
tesouro do sanguinário capitão Flint...

TORGA, Miguel, “Miura” in Bichos

Escrito num registo peculiar marcado pelo recurso a um tom coloquial, a uma adjetivação
específica e a diversas metáforas muito expressivas sobre uma realidade à qual se encontra
intimamente ligado.
As personagens e a ação desta história têm um carácter profundamente humano com um tom
dramático e até desesperado.
TOURNIER, Michel, Sexta-Feira ou a Vida Selvagem

Robinson não poderá nunca voltar ao mundo que deixou. Então, palmo a palmo, edifica o seu
pequeno reino. Tem uma casa, fortalezas para se defender e um criado, Sexta-Feira, que lhe é
dedicado de alma e coração. Tem mesmo um cão, que envelhece calmamente ao sol de
Speranza. A ilha é um pequeno baluarte de civilização e tudo parece ir pelo melhor. A verdade é
que todos três se aborrecem. Sexta-Feira nada compreende da organização, das leis, dos rituais
que tanto agradam a Robinson. Escapa-lhe a razão de ser dos campos cultivados, dos rebanhos,
das fortalezas. Mas então dá-se um acontecimento inesperado? Esta obra é uma versão adaptada
de «Vendredi ou Les Limbes du Pacifique», do mesmo autor.

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