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Língua Portuguesa
M5 - Textos Narrativos Descritivos
Docente: --------

Teste de Recuperação

Categorias da Narrativa
A narrativa, como qualquer outro texto literário, obedece ao esquema apresentado atrás: pressupõe sempre a
existência de um emissor (autor) e de recetores (leitores, sim, vocês MSR), enquanto o texto narrativo é a
mensagem. Mas a narração é também ela um ato comunicativo. Encontramos aí um emissor (designado narrador),
recetores (os narratários), uma mensagem (o discurso narrativo que recria a história). Essa história recriada pelo
discurso do narrador contempla uma ação, envolvendo personagens e decorrendo em certos espaços e ao longo de
um certo período de tempo:

Narrador
Caracteriza os seguintes excertos quanto à presença do Narrador:

“O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, com cento e nove contos de renda em terras de semeadura, de
vinhedo, de cortiça e de olival. (…) Ao fim desse Inverno escuro, uma manhã que eu preguiçava na cama, sentindo
através da vidraça cheia de sol ainda pálido da Primavera ainda tímido, Jacinto assomou à porta do meu quarto, e,
com gravidade, como se anunciasse o seu casamento ou a sua morte, deixou desabar sobre mim esta declaração
formidável:
- Zé Fernandes, vou partir para Tormes.
O pulo com que me sentei abalou a rija cama onde me deitava:
- Para Tormes? Ó Jacinto, quem assassinaste? – perguntei completamente perdido e assutado com aquela
revelação surpreendente.
- Vou a Tormes! E vou!... E tu vens! - ordenou-me Jacinto.”

A Cidade e as Serras, de Eça de Queiroz (adaptado)

*Narrador: ___________________
“Chamem-me simplesmente Ismael. Aqui há uns anos – não me peçam para ser mais preciso —, tendo-me
dado conta de que o meu porta-moedas estava quase vazio, decidi voltar a navegar, ou seja, aventurar-me de novo
pelas vastas planícies líquidas do Mundo. Achei que nada haveria de melhor para desopilar, quer dizer, para vencer a
tristeza e regularizar a circulação sanguínea.”
Moby Dick, de Herman Melville

*Narrador: ___________________
“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar
aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo. Esta é a sua história que vou contar, tal como ma
contaram.”

Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez (adaptado)

*Narrador: _________________
“Ela estava tão profundamente entranhada em minha consciência que, no primeiro ano na escola, eu tinha a
impressão de que todas as professoras eram minha mãe disfarçada. Assim que tocava o sinal ao fim das aulas, eu
voltava correndo para casa, na esperança de chegar ao apartamento em que morávamos antes que ela tivesse
tempo de se transformar.”
O Complexo de Portnoy, de Philip Roth

*Narrador: ___________________
Tempo
Lê com atenção os seguintes exemplos e retira excertos de Espaço que aí se encontra:

“O meu amigo Jacinto nasceu num palácio, no último ano do século XIX, com cento e nove contos de renda
em terras de semeadura, de vinhedo, de cortiça e de olival.
(…) Ao fim desse Inverno escuro, do ano em que fez 29 anos, numa manhã que eu preguiçava na cama, na
sua mansão de Paris, Dom Jacinto assomou à porta do meu quarto. Este era o quarto em que ele nascera. Mas nesse
dia algo estava diferente, entrou, como se anunciasse o seu casamento ou a sua morte, disse esta declaração
formidável:
- Zé Fernandes, vou partir para Tormes. – perguntei completamente perdido e assustado com aquela
revelação surpreendente. Dois anos antes, numa noite de festa, ele já me tinha dito “Zé Fernandes, meu caro, pensas
que sou previsível? Ainda te haverei de surpreender!”
O pulo com que me sentei abalou a rija cama onde me deitava:
- Para Tormes? Ó Jacinto, quem assassinaste?, perguntei eu em pânico. Ele no final da sua vida diria que
tinha sido a sua decisão mais importante da vida”.
A Cidade e as Serras , de Eça de Queiroz (adaptado)
Exemplos do excerto
Tempo da
história ou
cronológico
analepse
Tempo do
discurso

prolepse

“Chamem-me simplesmente Ismael. Aqui há uns anos, na minha pobre Irlanda onde nasci, – não me peçam
para ser mais preciso —, tendo-me dado conta de que o meu porta-moedas estava quase vazio, decidi voltar a
navegar, ou seja, aventurar-me de novo pelas vastas planícies líquidas do Mundo. Achei que nada haveria de melhor
para desopilar, quer dizer, para vencer a tristeza e miséria em que vivia.”
Moby Dick, de Herman Melville (adaptado)

Exemplos do excerto
Tempo da
história ou
cronológico
analepse
Tempo do
discurso

prolepse

“O capitão Aurélio trazia instruções para proceder a um reconhecimento, avaliar a situação e agir em
conformidade, mas sempre com moderação. De maneira que dispôs a sua gente em atiradores, depois de afastar os
civis em pânico e histéricos, com berros enérgicos, e mediu o que tinha pela frente: eram milhares de mouros, a
maior parte dos quais a cavalo, que se apertavam na Gago Coutinho, uma das maiores avenidas de Lisboa, por entre
os automóveis e o tráfego da hora de ponta, de pessoas que regressavam do trabalho. “Hoje não devia ter vindo
trabalhar”, pensou. Ontem, bem que me tinha dito: Aurélio, não sejas parvo. Amanhã fica em casa.”

“A inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho”, de Mário de Carvalho (adaptado)

Exemplos do excerto
Tempo da
história ou
cronológico
analepse
Tempo do
discurso

prolepse

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