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Competências
Autor
2008
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© 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos
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ISBN: 978-85-7638-936-1
CDD 658.3
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Sumário
Competências: o conceito e sua evolução histórica | 7
Introdução | 7
A evolução da organização do trabalho | 8
O contexto social e econômico da Gestão por Competências | 10
A evolução do conceito de competências | 12
A gestão por competências e o ser humano integral | 14
Referências | 99
Anotações | 101
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Formação de competências é um livro que trata das capacidades huma-
nas e organizacionais. Fala das qualidades que diferenciam as pessoas
e as empresas, num processo dinâmico. Isto é, mostra que as competên-
cias não estão necessariamente prontas e que existe espaço para seu
desenvolvimento.
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O capítulo 2 mostra os diversos tipos de competências: individuais, or-
ganizacionais e essenciais, com exemplos que ilustram como essas di-
mensões estão conectadas e sua ligação com a aprendizagem e com a
estratégia competitiva das empresas.
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Competências, gestão de
carreiras e sistemas de
Recursos Humanos
Introdução
As competências humanas individuais são capa-
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cidades natas ou desenvolvidas pelas pessoas durante
a sua jornada profissional. A combinação das compe-
tências humanas com os valores humanos forma a es-
sência da pessoa, aquilo que a conduz durante sua vida.
Esse processo é dinâmico e evolutivo, porque no decor-
rer da jornada humana, ocorre o processo de amadure-
cimento, em razão das diversas competências que são
desenvolvidas, das experiências acumuladas e do auto-
conhecimento, que alteram os valores e os objetivos de
cada pessoa.
A carreira profissional é a trajetória escolhida no mundo do trabalho que melhor atende às ne-
cessidades humanas fundamentais. Ela é influenciada pelas competências humanas individuais desen-
volvidas em cada pessoa, pelos seus objetivos de vida e pelos valores e experiências adquiridas. Gerir
a carreira é uma obrigação de todos os profissionais para que seja possível encontrar satisfação no tra-
balho, que é fundamental para que se tenha um bom desempenho e geração de bons resultados para
as organizações.
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78 | Formação de Competências
Comstock Complete.
al, e os sistemas de Recursos Humanos, na esfera organizacio-
nal. Sistemas de Recursos Humanos são as funções responsáveis
por captar e manter adequadamente na empresa bons profissio-
nais, que tragam resultados esperados pela empresa. Os princi-
pais sistemas de Recursos Humanos são:
::: Recrutamento e seleção.
::: Treinamento e desenvolvimento.
::: Remuneração.
::: Avaliação de desempenho.
::: Gestão de talentos.
Cada sistema de Recursos Humanos é responsável por atender a uma necessidade específica da
organização no que se refere à gestão de pessoas. Recrutamento e seleção capta as pessoas com o perfil
e as competências necessárias para cada função da organização. Treinamento e desenvolvimento prepara
as pessoas para exercerem corretamente suas funções na empresa, principalmente no desenvolvimen-
to das competências individuais ligadas à estratégia empresarial. Remuneração planeja os pagamentos,
benefícios e os planos de incentivos que formarão o sistema de recompensas da empresa. Avaliação de
desempenho monitora a performance individual e coletiva da organização para que as ações correti-
vas possam ser tomadas, caso os resultados esperados não estejam sendo atingidos. Gestão de talentos
toma as ações necessárias para manter os talentos na organização por meio de medidas individuais e co-
letivas, que passam pela revisão das políticas da empresa e da melhoria do ambiente organizacional.
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Competências, gestão de carreiras e sistemas de Recursos Humanos | 79
sa para a qual trabalha comunga dos mesmos valores que o impulsionam. Muitas carreiras emperram
quando essa avaliação não é feita. Quando as pessoas acreditam que a carreira é algo que não precisa
ser gerida e que pode ser desenvolvida ao acaso.
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Valores:
integração humana
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Competência: Carreira:
comunicação eficaz gestão de comunicação
corporativa
Carreira
Objetivo de vida: coerente
facilitar a comunicação
entre as pessoas
Âncoras de carreira
O conceito de “âncora de carreira” foi desenvolvido por Edgar Schein (SCHEIN, 1993), estudioso
norte-americano sobre cultura organizacional e gestão de carreiras, por meio de entrevistas com pro-
fissionais em sua fase de estudantes e na fase profissional, isto é, no decorrer das suas carreiras. O ter-
mo “âncora” vem da tentativa das pessoas em se fixarem naquela carreira que melhor atende aos seus
anseios interiores.
A âncora de carreira é a auto-imagem da pessoa, obtida durante suas experiências na juventude
e no processo educacional, fortemente influenciada pelos valores, objetivos de vida e pelas suas com-
petências. As pessoas dificilmente abrem mão da sua âncora de carreira, mesmo nas fases mais difíceis,
por representar o seu “eu”, a sua individualidade.
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80 | Formação de Competências
Competência técnica/funcional
As pessoas técnica e funcionalmente ancoradas buscam a especiali-
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zação nas suas carreiras. Aceitam funções de gestão, desde que estejam li-
gadas à sua área de especialidade. Para essas pessoas, o trabalho precisa ser
desafiador e trazer constantemente novos conhecimentos e habilidades,
senão torna-se monótono e difícil de ser exercido. Rotinas administrativas e
gerenciais costumam ser vistas como algo penoso para elas.
Especialistas preferem oportunidades para desenvolverem seus conhecimentos técnicos do que sim-
plesmente uma função gerencial que os desconectem da sua evolução técnica. Querem ser reconhecidos
pelos seus resultados, muito mais pelo feedback dos seus pares e superiores que por valores monetários.
Competências individuais associadas:
::: capacidade analítica;
::: criatividade;
::: capacidade de assumir riscos e desafios.
Autonomia/Independência
As pessoas com âncora na autonomia/independência não toleram se
Inmagine.
sujeitar a regras estabelecidas por outras pessoas, horários fixos, códigos de
conduta e outros tipos de controle. Querem fazer as coisas a sua maneira, no
seu ritmo e no seu padrão de organização. Para essas pessoas, a vida organiza-
cional é restritiva e invasora da sua vida pessoal. Preferem trabalhos que lhes
dêem autonomia e a sensação de que comandam os seus próprios destinos.
Essas pessoas são atraídas para um trabalho autônomo, podendo se tor-
nar empreendedores, consultores ou mesmo professores. Em organizações
formais, buscarão trabalhar em vendas externas ou gerenciar unidades distantes da matriz. Quanto à
remuneração, preferem o pagamento imediato e outras formas de remuneração sem vínculos e o siste-
ma de reconhecimento que buscam deve lhes proporcionar maior liberdade e autonomia.
Competências individuais associadas:
::: capacidade de adaptação;
::: flexibilidade;
::: autonomia.
Segurança/Estabilidade
Pessoas ancoradas na segurança/estabilidade precisam organizar sua carreira para que se sintam
seguras. Querem poder prever os eventos futuros e precisam se sentir seguras financeiramente. Essas
pessoas buscam organizações estáveis, que não tenham a prática de demitir pessoas em massa e que
tenham bons programas de benefícios. Diferentemente das pessoas com âncora na autonomia/inde-
pendência, pessoas atreladas à segurança/estabilidade querem vínculos e amarras, que os tornem cada
vez mais vinculados às suas empresas.
Essas pessoas dão mais valor a um bom salário e benefícios do que desafios e autonomia. É co-
mum encontrar pessoas ancoradas na segurança/estabilidade que busquem aprofundar seus conheci-
mentos técnicos e funcionais, mas não pelas novas descobertas, e sim pelo aumento da segurança que
a especialização pode trazer. Preferem um sistema de promoção e remuneração baseado no tempo de
casa e no tempo de serviço.
Digital Juice.
Criatividade empreendedora
As pessoas que possuem como âncora de carreira a criativida-
Digital Juice.
de empreendedora precisam criar seus próprios negócios, desenvol-
ver novos produtos e serviços ou mesmo reestruturar organizações,
baseados nas suas convicções e valores. Não são simplesmente cria-
tivos, artísticos ou inventores. Sua energia criativa está ligada à sua
capacidade de criar empresas, produtos e serviços em função da sua
capacidade empreendedora.
A principal diferença do grupo com criatividade empreendedo-
ra daqueles do grupo de autonomia/independência é que as pessoas
ancoradas na criatividade empreendedora não buscam autonomia, e
sim o reconhecimento de que podem criar novos negócios. Tendem
a ficar entediados facilmente e após desenvolverem um novo negó-
cio podem querer vendê-lo para se dedicarem a novos empreendi-
mentos. A remuneração buscada por esse grupo está ligada à posse
de patentes e ações dos negócios criados.
Competências individuais associadas:
::: visão de negócios;
::: capacidade de assumir riscos e desafios;
::: criatividade.
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sa trabalham baseadas em alguns valores centrais que norteiam suas
atividades e suas ocupações. Elas querem ser agentes de mudança e
melhorar o mundo de alguma forma. Profissões assistenciais como a
medicina, assistência social e o magistério estão ligadas a essa ânco-
ra. Contudo, executivos que privilegiam os valores humanos e a res-
ponsabilidade social em suas organizações também são ancorados
no senso de dever e na dedicação a uma causa.
Pessoas com o senso de missão querem influenciar suas organiza-
ções e acreditam que a remuneração deve estar ligada não apenas aos
resultados de curto prazo, mas principalmente aos de longo prazo, vin-
culados à contribuição da organização, à mudança social e à atuação na
comunidade e sociedade. O principal reconhecimento para esse grupo
é sentir que seus valores são compartilhados pelas suas organizações.
Competências individuais associadas:
::: responsabilidade social;
::: gestão por valores;
::: ética.
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Competências, gestão de carreiras e sistemas de Recursos Humanos | 83
Puro desafio
Algumas pessoas desenvolvem sua âncora de carreira na tentati-
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va de conquistar novos negócios, entrar em novos mercados e vencer a
concorrência. Para essas pessoas a realização profissional está vincula-
da à superação de obstáculos e à solução de dilemas empresariais em
situações de alto risco e com muitas dificuldades. Quanto mais compli-
cado for o cenário empresarial, maior estímulo essas pessoas terão para
desempenhar o seu papel.
Os profissionais dessa categoria estão muito ligados à estratégia
empresarial e aos riscos e desafios associados a ela. A remuneração al-
mejada por esses profissionais é baseada no cumprimento de metas de-
safiadoras e com base nos resultados. Querem ser reconhecidos pelas
vitórias trazidas às suas organizações e serão leais a elas à medida que
lhe proporcionarem novas missões e o autodesenvolvimento inerente.
Competências individuais associadas:
::: capacidade de assumir riscos e desafios;
::: visão estratégica;
::: capacidade intuitiva.
Estilo de vida
Ancorar a carreira em torno do estilo de vida significa aliar a carrei-
Digital Juice.
ra às condições consideradas importantes para que ocorra qualidade de
vida para as pessoas. As pessoas com essa âncora de carreira precisam in-
tegrar as necessidades individuais, familiares, sociais e da carreira. A pa-
lavra-chave dessa âncora é a flexibilidade. As organizações valorizadas
deverão prover horários flexíveis, jornada de trabalho parcial e até mes-
mo a possibilidade de trabalho em casa. Os profissionais ligados a essa
âncora procurarão empresas diferenciadas, que possuam uma cultura voltada ao bem-estar das pessoas.
Essas pessoas gostam de ser remuneradas por metas atingidas, independentemente da jornada
e do horário de trabalho, pois querem trabalhar no melhor horário para elas, em função das suas neces-
sidades individuais e familiares.
Competências individuais associadas:
::: integração social;
::: foco nas pessoas;
::: relacionamento interpessoal.
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84 | Formação de Competências
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a organização alinhadas com as suas competências organizacionais e individu-
ais. No processo seletivo, a área de Recursos Humanos procurará descobrir se
o candidato possui os conhecimentos, habilidades e atitudes necessários e se
consegue mobilizá-los para entregar os resultados esperados.
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Competências, gestão de carreiras e sistemas de Recursos Humanos | 85
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ciais fundamentais é a criação do líder educador, isto é, o gestor de
pessoas que se preocupa em educar e desenvolver a sua equipe.
Indicador Meta
2. Faturamento gerado pelos novos clientes 2. R$100.000,00 mensais adicionais para os novos clientes
Remuneração
2. Variável mensal:
2.1. R$1.000,00 para cada novo cliente com fatura-
mento de até R$10.000,00
2.2. R$3.000,00 para cada novo cliente com fatura-
mento de até R$10.000,00 a R$50.000,00*
2.3. R$5.000,00 para cada novo cliente com fatura-
mento acima de R$50.000,00
Digital Juice.
novos clientes que comprem de forma constante. Esse exemplo mostra a diferença
entre uma competência e uma simples meta. A meta é normalmente algo de cur-
to prazo e que não está ligada a um determinado comportamento. A competência
possui uma análise num prazo maior (três meses) e exige a observação de um com-
portamento específico (fidelizar o cliente levando-o a comprar de forma contínua).
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Competências, gestão de carreiras e sistemas de Recursos Humanos | 87
Mirella Rosini
Gerente de Recursos
Humanos
Atuação de forma
criativa sem medo de geral 3 4 4 11 73% não
arriscar
Busca o trabalho em
equipe e a participação gerencial 4 4 4 12 80% sim
de todos
Notas possíveis:
1: nunca
2: raramente
3: às vezes
4: quase sempre
5: sempre
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88 | Formação de Competências
Plano de Ação:
1. Disponibilizar à profissional um programa de coaching executivo.
2. Definir programa de formação que trabalhe a criatividade e o empreendedorismo.
3. Definir metas de criação de novos produtos de RH para a profissional.
4. Coaching de acompanhamento.
5. Avaliação dos resultados.
Plano de Ação:
1. Treinar a profissional em práticas de retenção de talentos.
2. Elaborar pesquisa de clima organizacional.
3. Implantar programa de qualidade de vida.
4. Avaliação dos resultados.
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Competências, gestão de carreiras e sistemas de Recursos Humanos | 89
Texto complementar
Creative Suíte
tante para empresas e profissionais de hoje – iremos nos
ater ao aspecto pessoal e não organizacional. Vamos abor-
dar o tema competências. Mais especificamente iremos bus-
car definir e identificar o termo, no sentido de características
individuais que levam a resultados. Identificar as competên-
cias e avaliar sua interferência construtiva ou restritiva em
seu desempenho é fundamental para o controle e direcio-
namento da carreira de qualquer profissional.
Mais do que o conceito antigo de domínio de conhecimentos que garantem um melhor resul-
tado, a competência passou a ser definida como “a aplicação de um ou mais dos requisitos de conhe-
cimentos, experiências, aptidões, habilidades, motivos, interesses etc., com obtenção de resultados
práticos” (ÊNIO RESENDE). Ou seja, no atual contexto, competências são “repertórios de comporta-
mentos que algumas pessoas dominam melhor que outras, o que as faz eficaz em uma determinada
situação” (LEVY-LEBOYER apud GRAMIGNA).
Por isso, é necessário que saibamos quais os principais itens que nos levarão aos resultados
que esperamos ou que esperam de nós. Com a identificação das competências você tomará deci-
sões com a certeza de resultados, pois estará levando em conta todas as variáveis que interferem no
seu desempenho.
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90 | Formação de Competências
Comstock Complete.
levar em conta? Na verdade, cada cargo ou função tem
um conjunto de competências mais relevantes à atuação
do ocupante, o que está diretamente relacionado aos re-
sultados esperados intrínsecos à sua atuação. Para exem-
plificarmos isso usaremos como referência um cargo de
supervisor. Como ponto de partida usaremos As Dezesseis
Competências Referenciais de McCauley para funções de li-
derança, conforme o quadro de Rita Gramigna:
1. Ser uma pessoa de muitos recursos: saber adaptar-se a mudanças e situações ambíguas,
ser capaz de pensar estrategicamente e tomar decisões acertadas mediante pressão; liderar
sistemas de trabalho complexos e adotar condutas flexíveis na resolução de problemas; ca-
pacidade de trabalhar eficazmente com os superiores em problemas complexos de gestão.
2. Fazer o que sabe: perseverar e se concentrar mediante obstáculos, assumir, saber o que é
necessário e seguir adiante; ser capaz de trabalhar só e também aprender com os demais,
em caso de necessidade.
3. Aprender depressa: dominar rapidamente novas tecnologias.
4. Ter espírito de decisão: atuar com rapidez de
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forma aproximativa e com precisão.
5. Administrar equipes com eficácia: delegar efi-
cazmente, ampliar oportunidades e demonstrar
justiça ante seus feitos.
6. Criar um clima propício ao desenvolvimento:
ampliar os desafios e as oportunidades para criar
um clima que favoreça o desenvolvimento de sua
equipe.
7. Saber lidar com colaboradores quando apresentam problemas: agir com decisão e
equidade quando tratar colaboradores com problemas.
8. Estar orientado para o trabalho em equipe.
9. Formar uma equipe de talentos: investir no desenvolvimento do potencial de seus cola-
boradores, identificando e oferecendo novos desafios e responsabilidade compartilhada.
10. Estabelecer boas relações na empresa: saber como estabelecer boas relações no traba-
lho, negociar quando houver problemas, conseguir cooperação.
11. Ter sensibilidade: demonstrar interesse pelos demais e sensibilidade ante as necessidades
de seus colaboradores.
12. Enfrentar os desafios com tranqüilidade: apresentar atitude firme, contrapor com base
em dados, evitar censurar os outros pelos erros cometidos, ser capaz de sair de situações
constrangedoras.
13. Manter o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: estabelecer prioridades na vida pro-
fissional e pessoal de forma harmoniosa.
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Competências, gestão de carreiras e sistemas de Recursos Humanos | 91
14. Autoconhecer-se: ter a idéia exata de seus pontos fracos e fortes e estar disposto a investir
em si mesmo.
15. Apresentar bom relacionamento: manifestar-se afável e dar mostras de bom humor.
16. Atuar com flexibilidade: capacidade para adotar comportamentos que, a princípio, po-
dem parecer opostos – exercer liderança e deixar-se liderar, opinar e aceitar opiniões dos
demais etc.
Com isso, devemos ir um pouco mais além, compreendendo que as competências devem
abranger três pontos:
::: Conhecimentos necessários (cursos e treinamentos que tenha feito);
::: Habilidades exigidas (saber fazer, utilizar os conhecimentos adquiridos);
::: Atitudes esperadas (comportamentos pertinentes à sua atuação).
Esses pontos são observáveis na atuação diária do pro-
Getty Images.
fissional ou em situações criadas especificamente para sua
avaliação, tais como recrutamento e seleção, provas situa-
cionais, entre outros. Como exemplo, para melhor compre-
endermos esses desdobramentos vamos citar a função de
consultor da consultoria de talentos. Visto que esta pessoa
atuará em consultoria e assessoria institucional, e também
na instrutoria, organização e condução de eventos, temos
que, para o bom desempenho de suas funções, as compe-
tências requeridas são:
1 – Conhecimentos
::: Técnicas de comunicação
::: Conceitos e técnicas de dinâmica de grupo
::: Recrutamento e seleção
::: Treinamento e desenvolvimento
::: Cerimonial e eventos
::: Orçamento aplicado a eventos
::: Sistemas e processos de consultoria
::: Técnicas de negociação
::: Técnicas de instrutoria
::: Técnicas pedagógicas aplicadas à empresa
::: Informática básica (Windows e Office).
2 – Habilidades
::: Condução de grupo
::: Liderança
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92 | Formação de Competências
Atividades
1. O que são “âncoras de carreira”?
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Competências, gestão de carreiras e sistemas de Recursos Humanos | 93
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94 | Formação de Competências
4. Por que o treinamento e seleção por competências está diretamente ligado à avaliação de de-
sempenho por competências?
Ampliando conhecimentos
LIMONGI, Ana Cristina. Qualidade de Vida no Trabalho – QVT: conceitos e práticas nas empresas da
sociedade pós-industrial. São Paulo: Atlas, 2004.
Esta aula tratou de competências, gestão de carreiras e sistemas de Recursos Humanos. Uma nova
competência aparece nas empresas, que permite uma melhor gestão de carreiras e se insere nos siste-
mas de Recursos Humanos: a gestão da qualidade de vida no trabalho. O livro da professora Ana Cristina
Limongi trata a qualidade de vida no trabalho de forma abrangente e possibilita ao leitor entender por-
que as empresas investem cada vez mais no desenvolvimento dessa competência.
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Gabarito
Competências, gestão de carreiras e sistemas de Recursos Humanos
1. São direcionadores da carreira das pessoas e estão ligadas à sua auto-imagem, aos seus valores e
aos seus objetivos de vida. Quando a pessoa possui uma ocupação discrepante à sua âncora de car-
reira, cria a sensação de que não está sendo ela mesma. Não possui identidade no seu trabalho.
2. As âncoras de carreira são desenvolvidas a partir de um determinado repertório humano, que en-
volve valores, objetivos de vida e competências individuais. Isto é, as pessoas possuem valores e ob-
jetivos de vida que as fazem desenvolver determinadas competências, necessárias à construção de
suas carreiras. Logo, as competências são o elo necessário ao desenvolvimento de carreiras.
4. A avaliação por competências monitora o estágio atual da implantação das competências nas em-
presas. Esse processo detecta lacunas que devem ser trabalhadas nas pessoas. O resultado final é
a implantação de um programa de desenvolvimento das competências nos profissionais. Desse
modo, avaliar o desempenho por competências somente faz sentido se existir um plano de treina-
mento e desenvolvimento integrado.
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