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FREIOS E EMBREAGENS

Prof. Dr. Julio Cézar de Almeida


1
FREIOS E EMBREAGENS

2
PARÂMETROS DE DESEMPENHO

• Força de acionamento
• Torque transmitido
• Perda de energia
• Aumento de temperatura

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FREIOS E EMBREAGENS - TIPOS

• tambor com sapatas internas


• tambor com sapatas externas
• cinta
• disco
• cone

4
APLICAÇÕES

- automotivas
- equipamentos pesados (guindastes, escavadoras,
elevadores, tratores, moinhos, etc.)
- equipamentos domésticos (cortadores de grama,
máquinas de lavar, motoserras, etc)

5
FREIOS - EXEMPLOS

6
FREIOS - EXEMPLOS

7
EMBREAGENS - EXEMPLOS

8
EMBREAGENS - EXEMPLOS

9
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

10
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

11
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

12
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Condição de autoacionamento

𝐹. 𝑏 − 𝑁. 𝑏 − 𝜇. 𝑁. 𝑎 = 0 𝐹. 𝑏 − 𝑁. 𝑏 + 𝜇. 𝑁. 𝑎 = 0
𝑁. 𝑏 + 𝜇. 𝑎 𝑁. 𝑏 − 𝜇. 𝑎
𝐹= 𝐹=
𝑏 𝑏
Para F > 0: 𝑏 − 𝜇. 𝑎 > 0
𝑏
𝜇>
14

𝑎
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

15
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

16
sen(θ)
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Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

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Concentrando material de atrito em torno do
ponto de pressão máxima

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Concentrando material de atrito em torno do
ponto de pressão máxima

• se 2 < 90º - p máx em 2


• se 2 > 90º - p máx em  = 90º
• pressão = zero para  =0.

Bom projeto:
• concentração na região de pressão máxima
• afastado de  =0 20
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

Força normal normal “dN” :

𝑑𝑁 = 𝑝. 𝑏. 𝑟. 𝑑𝜃
𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑑𝑁 = 𝑝𝑎 . 𝑏. 𝑟. 𝑑𝜃
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑎
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Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

Momento das forças de atrito “Mf“:

𝑀𝑓 = 𝑓. 𝑑𝑁. 𝑟 − 𝑎. 𝑐𝑜𝑠𝜃

𝜃2
𝑓. 𝑝𝑎 . 𝑏. 𝑟
𝑀𝑓 = 𝑠𝑒𝑛𝜃. 𝑟 − 𝑎. 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑑𝜃
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑎 𝜃1

𝑓. 𝑝𝑎 . 𝑏. 𝑟 𝑎
𝑀𝑓 = −𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜃2 − 𝑐𝑜𝑠𝜃1 − . 𝑠𝑒𝑛2 𝜃2 − 𝑠𝑒𝑛2 𝜃1
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑎 2 22
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

Momento das forças normais “MN“:

𝑀𝑁 = 𝑑𝑁. 𝑎. 𝑠𝑒𝑛𝜃

𝜃2
𝑝𝑎 . 𝑏. 𝑟. 𝑎
𝑀𝑁 = 𝑠𝑒𝑛2 𝜃. 𝑑𝜃
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑎 𝜃1

𝑝𝑎 . 𝑏. 𝑟. 𝑎 𝜋
𝑀𝑁 = 2. 𝜃2 − 𝜃1 . − 𝑠𝑒𝑛2𝜃2 + 𝑠𝑒𝑛2𝜃1
4. 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑎 180 23
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

Força de acionamento:

𝑀𝐴 = 0 → 𝐹. 𝑐 − 𝑀𝑁 + 𝑀𝑓 = 0

𝑀𝑁 − 𝑀𝑓
𝐹= Expressão válida para rotação horária
𝑐

A dimensão a deve ser tal que 𝑀𝑁 > 𝑀𝑓 para evitar o


autoacionamento
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:
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

Torque de frenagem:

𝑇= 𝑓. 𝑟. 𝑑𝑁

𝜃2
𝑓. 𝑝𝑎 . 𝑏. 𝑟 2
𝑇= 𝑠𝑒𝑛𝜃. 𝑑𝜃
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑎 𝜃1

𝑓. 𝑝𝑎 . 𝑏. 𝑟 2
𝑇= 𝑐𝑜𝑠𝜃1 − 𝑐𝑜𝑠𝜃2
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑎 25
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

Reações no pino:

𝑅𝑥 = 𝑑𝑁. 𝑐𝑜𝑠𝜃 − 𝑓. 𝑑𝑁. 𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝐹𝑥

𝑅𝑦 = 𝑑𝑁. 𝑠𝑒𝑛𝜃 + 𝑓. 𝑑𝑁. 𝑐𝑜𝑠𝜃 − 𝐹𝑦

𝑝𝑎 . 𝑏. 𝑟
𝑅𝑥 = 𝐴 − 𝑓. 𝐵 − 𝐹𝑥
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑎
𝑝𝑎 . 𝑏. 𝑟
𝑅𝑦 = 𝑓. 𝐴 + 𝐵 − 𝐹𝑦
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑎 Expressões válidas para
sendo: rotação horária
𝜃2 𝜃2
1 𝜃 1
𝐴= 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 𝐵= − 𝑠𝑒𝑛2𝜃 26
2 𝜃1
2 4 𝜃1
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

Hipóteses utilizadas:

• A pressão é propocional à distância até a articulação.


• O efeito da força centrífuga é desprezado.
• A sapata é rígida.
• O coeficiente de atrito não varia.
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Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata interna

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senθa

103 0,1502

30
senθa

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Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata externa

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Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata externa
Tomando-se momentos na
articulação, chega-se às
mesmas expressões
anteriormente discutidas,
para os momentos das
forças de fricção Mf e das
forças normais MN!

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Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata externa
Para a força atuante na
sapata, tem-se:

M N  MF
F
c

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Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata externa – Reações na articulação
𝑝𝑎 . 𝑏. 𝑟
𝑅𝑥 = 𝐴 + 𝑓. 𝐵 − 𝐹𝑥
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑎
𝑝𝑎 . 𝑏. 𝑟
𝑅𝑦 = 𝑓. 𝐴 − 𝐵 + 𝐹𝑦
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑎 Expressões válidas para
sendo: rotação horária
𝜃2 𝜃2
1 𝜃 1
𝐴= 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 𝐵= − 𝑠𝑒𝑛2𝜃
2 𝜃1
2 4 𝜃1

- verificar que as condições de auto-energização estão


invertidas para o presente caso......
- o mesmo valerá para as reações nas articulações, visto que
as parcelas de coeficiente de atrito deverão ter os sinais
invertidos..... 36
Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata externa – Articulação simétrica à
guarnição

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Freio ou embreagem tipo tambor com
sapata externa – Articulação simétrica à
guarnição
Objetivo - determinar a distância da articulação, de tal
modo que: 2
MF  2  f.dN(acos  r )  0
0
4r.sen  2
a
e consequentemente:   
2 2    sen 2 2
 180 
2
Torque e reações: T  2  f.r.dN  2.f. r 2 .b.pmax.se n
0
pmax.b.r     
Rx    2  180 
2  sen 2 2   N
2 
pmax.b.r.f     
Ry  2  
 2  180   sen 2 2   f .N
38
2 
Freio ou embreagem de cinta

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Freio ou embreagem de cinta

40
Freio ou embreagem de cinta

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Embreagens de disco de ação axial

Dispositivos de ampla aplicação devido, principalmente, a:


• independência com os efeitos centrifugos,
• grande área de atrito num pequeno espaço disponível,
• distribuição uniforme de pressão e
• superfícies efetivas para dissipação do calor.

42
Componentes

43
44
Acionamento

45
Embreagem multi-disco

46
Embreagens de disco de ação axial

Hipóteses de solução:
A análise deve considerar a embreagem como sendo nova
ou usada, ou seja:

• distribuição de pressões uniforme  embreagem nova

• desgaste uniforme  embreagem amaciada (usada)

47
Embreagens de disco de ação axial
Pressão uniforme (embreagem nova):

Força de acionamento:
𝜋. 𝑝𝑎 2
𝐹= 𝐷 − 𝑑2
4
Torque de atrito:
𝐷/2
𝑇 = 2. 𝜋. 𝑓. 𝑝 𝑟 2 𝑑𝑟
𝑑/2

𝜋. 𝑓. 𝑝 3
𝑇= 𝐷 − 𝑑3
12 Torque produzido por um único par de superfícies
em contato.
𝐹. 𝑓 𝐷3 − 𝑑 3 Este valor deve ser multiplicado pelo número de
𝑇= superfícies em contato.
3 𝐷2 − 𝑑2 48
Embreagens de disco de ação axial
Desgaste uniforme (embreagem amaciada):
Do Capítulo 12:

desgaste pressão

velocidade

Sendo o desgaste constante: 𝑝. 𝑣 = 𝐶1


𝑝. 𝜔. 𝑟 = 𝐶1
𝑑
𝑝. 𝑟 = 𝐶2 = 𝑝𝑎 .
2
𝑑
𝑝 = 𝑝𝑎 . 49
2𝑟
Embreagens de disco de ação axial
Desgaste uniforme (embreagem amaciada):
Força de acionamento:
𝑑𝐹 = 𝑝. 2. π. 𝑟. 𝑑𝑟
𝐷/2 𝐷/2 𝐷/2
𝑑
𝐹= 𝑝. 2. π. 𝑟. 𝑑𝑟 = 𝑝𝑎 . .2. π. 𝑟. 𝑑𝑟 = 𝜋. 𝑝𝑎 . 𝑑 𝑑𝑟
𝑑/2 𝑑/2 2𝑟 𝑑/2
𝜋. 𝑝𝑎 . 𝑑
𝐹= . 𝐷−𝑑
2
Torque de atrito:
𝐷/2 𝐷/2
𝑇 = 𝑑/2 2. 𝜋. 𝑓. 𝑝. 𝑟 2 𝑑𝑟 = 𝜋. 𝑓. 𝑝𝑎 . 𝑑 𝑑/2
𝑟𝑑𝑟
𝜋. 𝑓. 𝑝𝑎 𝑑 2
𝑇= 𝐷 − 𝑑2
8 Torque produzido por um único par de superfícies
𝐹. 𝑓 em contato.
𝑇= 𝐷+𝑑 Este valor deve ser multiplicado pelo número50de
4 superfícies em contato.
Embreagens de disco de ação axial
Pressão uniforme (embreagem nova):

𝐹. 𝑓 𝐷3 − 𝑑3 𝑇 1 1 − 𝑑/𝐷 3
𝑇= = .
3 𝐷2 − 𝑑2 𝑓. 𝐹. 𝐷 3 1 − 𝑑/𝐷 2

Desgaste uniforme (embreagem amaciada):

𝐹. 𝑓 𝑇 1 + 𝑑/𝐷
𝑇= 𝐷+𝑑 =
4 𝑓. 𝐹. 𝐷 4

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Freios a disco

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Freios a disco

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Freios a disco

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Freios a disco

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Freios a disco

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Freios a disco

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Freios a disco

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Freios a disco

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MATERIAIS DE ATRITO

62
MATERIAIS DE ATRITO

63
MATERIAIS DE ATRITO

64
MATERIAIS DE ATRITO

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BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA

– JUVINALL, Robert – Fundamentos do Projeto de Componentes


de Máquinas, LTC.
- SHIGLEY, MISCHKE e BUDYNAS – Projeto de Engenharia
Mecânica, editora Bookman.
- SHIGLEY, BUDYNAS e NISBETT – Mechanical Engineering
Design, Projeto de Engenharia Mecânica, editora McGraw-Hill.

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