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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

AULA 6 – Fundações Diretas

Profº ª. M.e Eduardo Martins Toledo

Anápolis – 2020.1
Associação Educativa Evangélica
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL

AULA 6 – Fundações Diretas

OBJETIVOS:

• Conceituar fundações;
• Compreender os tipos de fundações;
• Destacar os principais tipos e características das fundações rasas.

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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL

AULA 6 – Fundações Diretas

REFERÊNCIAS:

• YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. 11. ed. São Paulo, SP: Pini, 2011.
• BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. Volume 1. 9ª ed. São Paulo,
SP: Editora Edgard Blücher, 2009.
• PINI, Construção civil passo a passo. Vol. 1, Editora Pini, 2009.
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Aula 6 – Fundações Diretas | Professor: Me. Eduardo M. Toledo

1. Introdução
• As Fundações são elementos estruturais destinados a transmitir ao terreno as
cargas da estrutura.
• Um dos critérios adotados para classificar os vários tipos de fundação é dividi-Ias
em dois grandes grupos:
▪ Fundações Direta os Rasas;
▪ Fundações Indiretas ou profundas.
• Para a escolha do tipo de fundação interessa, portanto, saber:
▪ Natureza e características do solo no local da obra;
▪ Disposição, grandeza e natureza das cargas a serem transferidas ao subsolo;

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1. Introdução
▪ Limitações dos tipos de fundações existentes no mercado e as restrições técnicas
impostas a cada tipo de fundação;
▪ Fundações e condições técnicas dos edifícios vizinhos;
▪ Orçamento completo (material, mão-de-obra, transporte etc.) das soluções e tipologias
possíveis.
▪ Além do custo direto para a execução do serviço, deve-se considerar o prazo de
execução. Há situações em que uma solução mais custosa oferece um prazo de
execução menor, tornando-se mais atrativa.

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1.1 Cargas na Edificação

• As cargas da edificação são obtidas por meio dos projetos de arquitetura e


estrutura, onde são considerados as cargas:
▪ Permanentes: são aquelas correspondentes ao peso próprio dos elementos
estruturais e por todas as sobrecargas fixas.
▪ Acidentais: são aquelas que podem atuar sobre a estrutura de edificações em
função do seu uso (produtos, pessoas, veículos, equipamentos, etc.)
▪ Eventualmente, em função da altura da edificação deverá também ser considerada a
ação do vento sobre a edificação.

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1.1 Cargas na Edificação

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2. Tipos de Fundação
• Como vimos na introdução desta aula, as Fundações são divididas em diretas os
rasas e indiretas ou profundas.
• A fundação superficial (direta ou rasa):
▪ É o elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões
distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento em relação
ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da
fundação.
▪ É assentada nas primeiras camadas do solo (em média até 3m).
▪ Incluem-se neste tipo de fundação as sapatas, os blocos, os radier, as sapatas
associadas, as vigas de fundação e as sapatas corridas.

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2. Tipos de Fundação

• A fundação profunda:
▪ É o elemento de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela base
(resistência de ponta) ou por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma
combinação das duas, devendo sua ponta ou base estar assente em profundidade
superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no mínimo 3,0 m.
▪ Neste tipo de fundação incluem-se as estacas e os tubulões.

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2. Tipos de Fundação

• A escolha do tipo de fundação está relacionada ao porte da obra e as


características do solo.

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3. Norma

• A NBR 6122/2019 fixa as condições básicas a


serem observadas no projeto e execução de
fundações de edifícios, pontes e demais
estruturas.
• Esta norma, sofreu um atualização recente.

ABNT
CATÁLOGO

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4. Fundações Diretas ou Rasas

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4. Fundações Diretas ou Rasas


4.1 Alicerces

• São estruturas executadas pelo assentamento de pedras ou tijolos maciços


recozidos, em valas de pouca profundidade (entre 0,50 a 1,20 m), e largura
variando conforme a carga das PAREDES .

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4. Fundações Diretas ou Rasas


4.1 Alicerces

• Utiliza-se:
▪ Alvenaria de tijolos maciços (simples ou
escalonado)
▪ Pedras argamassadas sobre lastro de
concreto simples
▪ Alvenaria sobre lajes de concreto armado
(sistema misto)
▪ Concreto ciclópico

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4. Fundações Diretas ou Rasas


4.1 Alicerces

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4. Fundações Diretas ou Rasas


4.1 Alicerces

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4. Fundações Diretas ou Rasas


4.2 Sapatas

• São estruturas de concreto armado, de pequena altura em relação a base;


• Sua base pode ser circular, quadrada, retangular ou poligonal;
• Podem ser executadas de forma isoladas, associadas ou combinadas, contínuas
sob pilares ou muro.

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4. Fundações Diretas ou Rasas


4.2 Sapatas

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4. Fundações Diretas ou Rasas


4.2 Sapatas

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4. Fundações Diretas ou Rasas


SAPATAS - Sequência de Execução
ESCAVAÇÃO

• Seguindo a orientação do projeto de


fundações, inicia-se a escavação da
área (abertura da cava) a receber a
sapata até a cota de apoio;
• O fundo da cava deve estar em nível;
• Apiloamento (compactação) do fundo
da cava.

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4. Fundações Diretas ou Rasas


SAPATAS - Sequência de Execução
REGULARIZAÇÃO

• Com a área escavada e compactada, o


passo seguinte é depositar concreto
magro na área escavada, nivelando com
o auxílio de régua e colher;
• Essa camada de regularização, que deve
ter 5 cm de espessura no mínimo, é
importante para garantir que a umidade
do solo não ataque a armadura da
sapata. Associação Educativa Evangélica
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SAPATAS - Sequência de Execução

PREPARAÇÃO DAS LATERAIS

• Não só o fundo, mas também as laterais


precisam receber concreto. Por isso, as
laterais de toda a área escavada devem
ser chapiscadas.

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SAPATAS - Sequência de Execução
CONFERÊNCIA

• A checagem do nível é um
procedimento imprescindível para
garantir boa marcação dos pilares.

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4. Fundações Diretas ou Rasas


SAPATAS - Sequência de Execução
SAÍDA PARA OS PILARES

• Com o auxílio de arames de aço,


são presos também os ferros de
arranque dos pilares.

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4. Fundações Diretas ou Rasas


SAPATAS - Sequência de Execução

CONCRETAGEM FINALIZAÇÃO

• A concretagem também deve ser • A armação do pilar deve ser


feita, de acordo com as montada a partir dos ferros de
especificações do projetista, até a arranque.
parte superior da sapata. • Só então serão colocadas as fôrmas
• A betoneira pode ser utilizada se a do pilar para o prosseguimento da
quantidade de concreto ou a concretagem.
velocidade de concretagem assim o
exigirem.
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4. Fundações Diretas ou Rasas


SAPATAS - Sequência de Execução

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4. Fundações Diretas ou Rasas


SAPATAS - Sequência de Execução

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4. Fundações Diretas ou Rasas


4.3 Sapatas Corrida ou Contínua

• Elemento de concreto armado com espessura variável ou constante, base


retangular, quadrada ou trapezoidal comum a vários pilares;
• Usada quando a proximidade de dois ou mais pilares é tanta que as suas
sapatas isoladas se superpõem. Neste caso usa-se uma sapata única onde se
apoiam 2 ou mais pilares.

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4. Fundações Diretas ou Rasas


4.4 Radie

• Quando a soma das cargas da estrutura dividida pela taxa admissível do


terreno excede a metade da área a ser edificada, geralmente é mais econômico
reunir as sapatas num só elemento de fundação, que toma o nome de radier.
▪ É uma sapata associada, tipo laje armada, onde descarregam todos os pilares ou
outras cargas;
▪ Os radiers são elementos contínuos que podem ser executados em concreto
armado, protendido ou em concreto reforçado com fibras de aço;
▪ Recorre-se a esse tipo de fundação quando o terreno é de baixa resistência e a
espessura da camada do solo é relativamente profunda.

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4. Fundações Diretas ou Rasas


4.4 Radie

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4.4 Radie

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4. Fundações Diretas ou Rasas


RADIER - Sequência de Execução
TOPOGRAFIA

• Antes de começar a preparação da base


do radier, o solo deve estar
rigorosamente nivelado.
• Por isso, a equipe de topografia faz a
verificação in loco, e, se necessário,
podem apontar ajustes a serem feitos
no terreno.

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4. Fundações Diretas ou Rasas


RADIER - Sequência de Execução

INSTALAÇÕES

• Na etapa seguinte, são


montadas as instalações
hidráulicas, de esgoto e as
caixas e passagens das
instalações elétricas.

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4. Fundações Diretas ou Rasas


RADIER - Sequência de Execução

PREPARO DA BASE
• O radier tem uma camada de brita de
aproximadamente 7 cm, que permite
fazer o nivelamento fino do terreno e
evitar o contato da armação com o
solo.
• Sobre ela, coloca-se uma lona
plástica, que ajuda na
impermeabilização e não deixa que a
nata do concreto fresco desça para a
brita. Associação Educativa Evangélica
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RADIER - Sequência de Execução

ARMADURA
• No caso do radier de concreto
armado, pode ser empregada tela
metálica - simples ou dupla, com ou
sem reforço sob as paredes, de acordo
com a necessidade verificada pelo
engenheiro projetista.

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4. Fundações Diretas ou Rasas


RADIER - Sequência de Execução

ARMADURA
• Na amarração, deve-se atentar para o
cobrimento mínimo das telas e o
posicionamento das armaduras de
arranque e dos ferros de para-raios. "O
cobrimento deve ser garantido com
espaçadores plásticos, treliças
metálicas e caranguejos metálicos”..

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4. Fundações Diretas ou Rasas


RADIER - Sequência de Execução

VERIFICAÇÕES
• Antes da concretagem, verifica-se
o nivelamento com nível laser,
nos quatro cantos da fôrma.
• "Também é aconselhável conferir
se os pontos de elétrica e
hidráulica estão corretamente
locados”.

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RADIER - Sequência de Execução

CONCRETAGEM
• O lançamento do concreto pode
ser feito com bomba ou jerica. O
nivelamento é garantido por meio
de mestras metálicas.
• O acabamento superficial é obtido
por sarrafeamento, desem-
penamento e acabadora
mecânica de superfície.
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RADIER - Sequência de Execução

CURA
• A cura dos radiers de concreto
armado pode durar mais de 72
horas.
• "Fazemos cura por meio de
lâmina d'água (com cordão de
argamassa em torno da laje) ou
com manta geotêxtil umedecida“.

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RETOMADA DE OBJETIVOS:

• Conceituar fundações;
• Compreender os tipos de fundações;
• Destacar os principais tipos e características das fundações rasas.

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