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Beatriz Subtil| Daniela Fidalgo

Hugo Marques| Micaela Henriques


Sara D´Almeida| Sofia Veríssimo
3º ano Curso Profissional Técnico de Turismo
Disciplina- Turismo Informação e Animação Turística

Módulo 10- Legislação Turística

Legislação Turística- Alojamento Local

TÓPICOS

Introdução + Conteúdos

Lei nº. 62/2018, de 22 de agosto (2ª alteração ao Decreto-Lei nº


128/2014)

Objeto: A lei apresentada dispõe da segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 128/2014 já


realizado a 29 de agosto. Este aprova a exploração dos estabelecimentos locais por parte
do regime jurídico.

Capítulo I

O objetivo principal do primeiro capítulo é estabelecer o regime jurídico da exploração


dos estabelecimentos de alojamento local.

Artigo 2.º, Noção de estabelecimento de alojamento local: São todos aqueles que
prestaram serviços de alojamento temporário, nomeadamente a turistas, tendo em conta
a remuneração, e desde que reúnam os requisitos previstos no decreto-lei apresentando.
Não tem o direito a ser explorado como estabelecimento de alojamento local se
apresentar as características que o definam como empreendimentos turísticos.

Artigo 3.º, Modalidades: Os estabelecimentos de alojamento local devem integrarem-


se numa destas modalidades…

 Moradia – O estabelecimento de alojamento local onde a unidade de alojamento


é constituída por um edifício autónomo, de caracter unifamiliar.
 Apartamento – O estabelecimento de alojamento local cuja unidade de
alojamento é constituída por uma fração autónoma de edifício ou parte de prédio
urbano suscetível de utilização independente.
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 Estabelecimento de hospedagem – O estabelecimento de alojamento local cujas
unidades de alojamento são constituídas por quartos, integrados numa fração
autónoma de edifício, num prédio urbano ou numa parte de prédio urbano
suscetível de utilização independente.
 Hostel – O estabelecimento cuja unidade hoteleira predominante seja o
dormitório, considerando-se predominante sempre que o número de utentes em
dormitório seja superior o número de utentes em quarto.
 Quartos – A exploração de alojamento local feita na residência do locador, que
corresponde ao seu domicílio fiscal, sendo a unidade de alojamento o quarto e só
sendo possível, nesta modalidade, ter um máximo de três unidades.

Artigo 4.º, Prestação de serviços de alojamento: A exploração de estabelecimentos de


alojamento local, corresponde à atividade de prestação de serviço de alojamento
realizado por uma pessoa só, ou por um grupo de pessoas. A exploração e intermediação
do estabelecimento de alojamento local é realizado quando o imóvel ou parte dele é…

 Publicado, desta forma disponibilizando a intervenção de uma entidade como as


agências de viagens e turismo.
 Equipado e mobilado, ou seja, este tem de dar para além de dormida, serviços
complementares do alojamento, nomeadamente a limpeza por um período
inferior a 30 dias.

Capítulo II

O objetivo principal do segundo capítulo é estabelecer o registo dos estabelecimentos.

Artigo 5.º, Registo: O registo é efetuado dependente da comunicação prévia dirigida


com prazo pelo Presidente da Câmara Municipal competente. Esta é realizada através
do balcão Único Eletrónico previsto no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, onde é
conferido cada pedido um número decorrido no prazo eleito. Em caso de não oposição,
o número de registo do estabelecimento de alojamento local, remete automaticamente
para o Turismo de Portugal. É obrigatória a comunicação previa como condição
necessária para a exploração do estabelecimento do alojamento local.
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Artigo 6.º, Comunicação prévia com prazo: Deve constar as seguintes informações…

 A autorização valida de utilização / título de utilização do imóvel;


 A identificação do titular da exploração do estabelecimento, com menção do
nome / firma do número de identificação fiscal;
 O endereço do titular da exploração do estabelecimento:
 Nome adotado pelo estabelecimento e seu endereço;
 Capacidade do estabelecimento em termos de quartos, camas e utensílios;
 Data pretendida de abertura ao publico;
 Nome, morada e número de telefone da pessoa a contactar em caso de
emergência;

A comunicação previa com prazo deve obrigatoriamente ser instruída com estes
documentos:

 Cópia simples do documento de identificação do titular da exploração do


estabelecimento;
 Termo de responsabilidade;
 Copia simples da caderneta predial urbana referente ao imóvel em causa, no
caso de o requerente ser proprietário do imóvel;
 Copia simples do contrato de arrendamento ou de outro título que legitime o
titular de exploração ao exercício da atividade;
 Copia simples da declaração de início ou alteração de atividade do titular da
exploração do estabelecimento para o exercício da atividade de prestação de
serviços;
 Ata da assembleia de condóminos autorizando a instalação, no caso dos
“hostels”.
 A modalidade de estabelecimento prevista;
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É obrigatório ao titular da exploração do estabelecimento manter todos os dados
comunicados atualizados. O encerramento da exploração do alojamento local é
comunicado através do Balcão Único Eletrónico num prazo de 10 dias.

O titular da exploração do estabelecimento local tem um prazo máximo de 10 dias, para


comunicar o cancelamento do registo e interdição temporária da exploração dos
estabelecimentos de alojamento local.

Todas as declarações ou termos de responsabilidades falsas assinas pelo titular podem


ser puníveis. Todas as comunicações previas com prazo à qual não exista oposição são
remetidas automaticamente para o Turismo de Portugal. O titular está dispensado da
apresentação dos documentos previstos na atual decreto-lei.

Podendo haver oposição à comunicação prévia, num prazo de 10 dias ou de 20 dias para
os casos dos ‘hostels’, contados a partir da sua apresentação, devido a:

 Incorreta instrução da comunicação prévia com prazo;


 Vigência do prazo resultante de cancelamento de registos;
 Violação das restrições decididas pelo município à instalação;

Artigo 7.º, Título de abertura ao público:

O documento emitido pelo Balcão Único Eletrónico dos serviços que inclui o número
de registo do estabelecimento, é constituído pelo único título valido de abertura ao
publico. O número de registo das modalidades ‘moradias’ e ‘apartamentos’ é pessoal e
intransmissível.

O título de abertura ao publico caduca em caso de:

 Transmissão da titularidade do registo, encerramento da exploração e


arrendamento.
 Transmissão do capital social da pessoa coletiva titular no registo.
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 Só não caduca em caso de sucessão.

Artigo 8.º, Vistoria: A câmara municipal tem um prazo de 30 dias após a apresentação
da comunicação prévia com prazo, para verificar uma vistoria sobre o cumprimento dos
requisitos estabelecidos no presente decreto-lei. A câmara municipal pode pedir auxílio
ao Turismo de Portugal, a realização de vistorias para a verificação do cumprimento do
estabelecimento.

Artigo 9.º, Cancelamento do registo: O cancelamento pode ser efetuado seguindo


estas condições:

 Caso exista qualquer desconformidade em relação a uma informação ou


documento constante do registo;
 Caso haja instalações novas em violação de áreas de contenção estabelecidas;
 Violação dos requisitos estabelecidos;

No caso da atividade de alojamento local seja exercida numa fração autónoma de


edifício ou parte de prédio urbano suscetível de utilização independente, a assembleia
de condóminos por decisão de mais de metade da permilagem do edifício.

Os atos que causem incómodo e afetem o descanso dos condóminos, podem opor-se ao
exercício da atividade local.

Artigo 10.º, Informação: A informação vai automaticamente para o Turismo de


Portugal, onde é designado o nome e a capacidade do estabelecimento. A troca de
informação referida é efetuada via Plataforma de Interoperabilidade da Administração
Publica antes da finalização do protocolo, este deve ser comunicado à Comissão
Nacional de Proteção de Dados.

A câmara municipal tem a competência de garantir ao titular os dados e o exercício dos


direitos a que tem acesso, como a retificação e eliminação.
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Capítulo III

O objetivo principal do terceiro capítulo é estabelecer a capacidade do estabelecimento.

Artigo 11.º, Capacidade: A capacidade máxima é de 9 quartos e 30 utentes, com


exceção da modalidade de ‘Quartos’ e ’Hostel’. A capacidade é determinada pela
multiplicação do número de quartos por dois, acrescida da possibilidade de acolhimento
de mais dois. É vedada a exploração pelo próprio proprietário / titular, de mais de nove
estabelecimentos de alojamento na modalidade de apartamento. Se o número do
estabelecimento for superior a nove no mesmo edifício, o Turismo de Portugal pode
intervir para verificação. É necessário que o registo esteja em nome do cônjuge,
descente e ascendente do proprietário / titular da exploração.

Artigo 12.º, Requisitos gerais e de segurança: Os estabelecimentos de alojamento


devem obedecer a alguns requisitos:

 Apresentar adequadas condições de conservação e funcionamento das


instalações e equipamentos;
 Estar ligado à rede publica de abastecimento de água ou dotados de um sistema
privativo com origem controlada;
 Estar ligado à rede pública de esgotos ou dotados de fossas sépticas
dimensionadas para a capacidade máxima do estabelecimento;
 Estar dotadas de água corrente quente e fria;

Devem também ter:

 Janela ou sacada com comunicação direta para o exterior que assegure as


adequadas condições de ventilação e arejamento;
 Estar dotadas de mobiliário, equipamento e utensílios adequados;
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 Dispor de um sistema que permita vedar a entrada de luz que vem do exterior, e
dispor de portas equipadas com um sistema de segurança que assegure a
privacidade dos utentes;

Artigo 13.º -A, Solidariedade e seguro de responsabilidade civil: O titular da


exploração de alojamento é responsável com os hospedes relativamente aos danos
causados por estes no estabelecimento. Deve manter valido um seguro multirrisco de
responsabilidade civil, para que cubra riscos de incendio e danos patrimoniais.

Artigo 14.º, Estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços: Com


autorização respetiva, pode-se instalar estabelecimentos comerciais e de prestação de
serviços, de forma que traga benefícios ao estabelecimento.

Artigo 15.º -A, Áreas de contenção: Com o objetivo de preservar a realidade social dos
bairros e lugares, a câmara municipal territorialmente competente, pode aprovar por
regulamento e com deliberação fundamentada, a existência de áreas de contenção, por
freguesia, no todo ou em parte, para instalação de novo alojamento local, podendo
impor limites relativos ao número de estabelecimentos de alojamento local nesse
território, que podem ter em conta limites percentuais em proporção dos imóveis
disponíveis para habitação. As áreas de contenção identificadas por cada município são
comunicadas ao Turismo de Portugal que introduz referência à limitação de novos
registos nestas áreas no Balcão Único Eletrónico. A instalação de novos
estabelecimentos de alojamento local em áreas de contenção carece de autorização
expressa da câmara que, em caso de deferimento, promove o respetivo registo. Para
evitar que a alteração das circunstâncias e das condições de facto existentes possa
comprometer a eficácia do regulamento municipal.

Capítulo IV

O objetivo principal do quarto capítulo é a exploração e o funcionamento do


estabelecimento.
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Artigo 16.º, Titular da exploração do estabelecimento de alojamento local: Deve
existir um titular que seja singular ou coletivo, da exploração do estabelecimento, a
quem é competido exercer a atividade de prestar serviços. Este deve responsabilizar-se e
aceitar a culpa caso aconteça danos causados aos destinatários dos serviços.

Artigo 17.º, Identificação e Publicidade: Os estabelecimentos devem apenas


qualificarem-se como estabelecimento de alojamento local, não podendo utilizar outro
qualquer tipo de tipologia turística.

Na área do marketing e publicidade, a documentação comercial e o merchandising, deve


automaticamente indicar o respetivo nome, logotipo e número do registo, não podendo
apresentar características falsas que o estabelecimento não possua.

Artigo 18.º, Placa de Identificação: Nos ‘hostels’ é obrigatório a colagem no exterior


do edifício, uma placa identificativa.

Artigo 19.º, Período de Funcionamento: Os estabelecimentos podem estabelecer


livremente os períodos de funcionamento, este deve ser devidamente publicado. O
acesso e permanência no estabelecimento de alojamento local é reservado a hospedes e
respetivos convidados. Esta entidade pode recusar o acesso ao estabelecimento e a
quem perturbe o seu normal funcionamento. As normas de funcionamento e as regras de
ruido aplicáveis ao estabelecimento devem ser publicadas pela entidade exploradora.

Artigo 20.º, Livro de reclamações: Os estabelecimentos de alojamento local devem


dispor de livro de reclamações nos termos e condições estabelecidos. A folha original de
reclamação é enviada à ASAE.

Artigo 20.º -A, Contribuições para o condomínio: O condomínio pode fixar o


pagamento de uma contribuição adicional correspondente às despesas da utilização das
partes comuns, com um limite de 30 % do valor anual da quota respetiva.
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Capítulo V

O objetivo principal do quinto capítulo é as fiscalizações e sanções.

Artigo 21.º, Fiscalização: Compete à ASAE e à câmara municipal fiscalizar o


cumprimento do disposto no presente decreto-lei.

Compete à AT fiscalizar o cumprimento das obrigações fiscais decorrentes da atividade


exercida ao abrigo do presente decreto-lei. A ASAE pode solicitar ao Turismo de
Portugal, I. P. a realização de vistorias para a verificação do cumprimento do
estabelecido e para a verificação da atualização da listagem de estabelecimentos de
alojamento local. Se das vistorias referidas ou qualquer ação de fiscalização se concluir
pelo incumprimento do estabelecido o Turismo de Portugal, I. P., fixa um prazo não
inferior a 30 dias para que o estabelecimento inicie o processo de autorização de
utilização para fins turísticos legalmente exigido.

Artigo 22.º, Infrações tributárias: O incumprimento das obrigações fiscais


subsequentes da atividade exercida ao resguardo constitui uma infração tributária.

Artigo 23.º, Contraordenações: Constituem algumas contraordenações…

 A oferta, disponibilização, publicidade e intermediação de estabelecimentos de


alojamento local não registados ou com registos desatualizados;
 A oferta, disponibilização, publicidade e intermediação de estabelecimentos de
alojamento local em violação, desrespeito ou incumprimento do contrato de
arrendamento, da autorização de exploração;
 Algumas das contraordenações são ajustiçadas com coima de 2500€ a 4000€ no
caso de uma pessoa singular, e de 25 000€ a 40 000€ no caso de uma empresa.
 Algumas contraordenações são castigadas com coima de 125€ a 3250€ no caso
de uma pessoa singular e de 1250€ a 32 500€ no caso de uma empresa.
 Algumas contraordenações são punidas com coima de 50€ a 750€ no caso de
uma pessoa singular, e de 250€ a 7500€ no caso de uma empresa;
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Artigo 24.º, Sanções acessórias: Em função da gravidade e da culpa do indivíduo,
podem ser aplicadas as seguintes sanções acessórias…

 Apreensão do material através do qual se praticou a infração;


 Suspensão, por um período de até dois anos.
 Encerramento, por um prazo máximo de dois anos.

Artigo 27.º, Produto das coimas: O produto das coimas aplicadas retrocede a 60%
para o Estado e 40% para entidade fiscalizadora.

Decreto-Lei nº 63/2015, de 23 de abril (1ª alteração ao Decreto-Lei nº


128/2014)

Com o propósito de se adaptar melhor à realidade ainda recente, experimento da figura


do alojamento local no cenário de oferta de serviços de alojamento temporário, o
Decreto-Lei n.º128/2014, de 29 de agosto, que estabelece o regime jurídico da análise
dos estabelecimentos de alojamento local, deu a este tipo de instituição um novo e
autonomizado tratamento.

O diploma veio antecipar normas alusivas a novas realidades, no que respeita à oferta de
serviços de alojamento local, no caso de “Hostels”, tendo remetido para portaria a
densificação da respetiva figura. No entanto, para evitar a dispersão de instrumentos
normativos sobre uma realidade idêntica e tendo em conta a lógica de simplificação e de
maior facilidade no acesso à atividade de alojamento temporário, justifica-se que a
densificação do regime dos “Hostels” conste também no Decreto-Lei n.º 128/2014, de
29 de agosto. O atual decreto-lei, por tudo isto, procede à primeira alteração ao Decreto-
Lei n.º128/2014, de 29 de agosto, usufruindo para explicitar alguns aspetos do regime
jurídico da exploração do alojamento local. Os órgãos de governo próprio das Regiões
Autónomas, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e Confederação do
Turismo Português foram escutados. Foi diligenciada a audição do Conselho Nacional
do Consumo. Assim, nos termos da alínea a) do n.º1 do artigo 198.º da Constituição, o
governo decreta o seguinte:
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Artigo 1.º

Objeto

O presente decreto-lei procede à primeira modificação do Decreto-Lei n.º128/2014, de


29 de agosto, que institui o regime jurídico da exploração dos estabelecimentos do
alojamento local.

Artigo 2.º

Alteração do Decreto-Lei n. º128/2014, de 29 de agosto

Os artigos 6.º, 10.º, 11.º, 13.º, 14.º, 21.º e 33.º do Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de
agosto, passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 6.º

d) Cópia do contrato de arrendamento ou de outro título que legalize o titular de


exploração ao exercício da atividade e, caso do contrato de arrendamento ou
outro não conste autorização prévia para a prestação de serviços de alojamento,
uma cópia do documento contendo essa informação.
1- O titular da exploração do estabelecimento é obrigado a manter atualizados
todos os dados comunicados, devendo proceder a essa atualização no Balcão
Único Eletrónico no prazo máximo de 10 dias após a ocorrência de qualquer
alteração.
2- A dissolução da exploração do estabelecimento de alojamento local é
comunicada através do Balcão Único Eletrónico no prazo máximo de 60 dias
após a sua ocorrência.
3- A comunicação prévia e as comunicações prenunciadas nos n.ºs 3 e 4 são
automaticamente remetidas para o Turismo de Portugal e isentas de taxas.
4- O titular da exploração do estabelecimento está livre da apresentação dos
documentos previstos no presente decreto-lei e que estejam na posse de qualquer
serviço e organismo da Administração Pública, quando der seu consentimento
para que a câmara municipal proceda à sua obtenção através da Plataforma de
Interoperabilidade da Administração Pública (iAP).

Artigo 10.º
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1. A informação enviada automaticamente ao Turismo de Portugal, I.P., nos termos
do n.º2 do artigo 5.º e do artigo 6.º, nomeadamente o nome e a lotação do
estabelecimento, o artigo matricial do prédio no qual se encontra instalado o
estabelecimento, o nome (ou a firma) e o número de identificação fiscal do
declarante, e se distinto do declarante, o nome (ou a firma) e o número de
identificação fiscal do titular da exploração do estabelecimento, é enviada
semestralmente pelo Turismo de Portugal, I.P., à AT, nos termos definidos pelo
protocolo a estrear entre estas entidades.

Artigo 11.º

2- É impedida a exploração, pelo mesmo proprietário ou titular de exploração, de mais


que nove estabelecimentos de alojamento local na modalidade de apartamento, por
edifício, se o número de estabelecimentos for superior a 75% do número de frações
existentes no edifício.

3- Se o número de estabelecimentos de alojamento local for superior a nove no mesmo


edifício, o Turismo de Portugal, I.P., pode a qualquer momento fazer uma fiscalização
para realizações de comprovação, sem dano dos restantes procedimentos previstos no
presente decreto-lei.

4- Para o cálculo de exploração referido no n. º2, consideram-se os estabelecimentos de


alojamento local na modalidade de apartamento registados em nome do companheiro/a,
descendentes e ascendentes do proprietário ou do titular de exploração e os registados
em nome de pessoas coletivas diferenciadas em que possua sócios comuns.

1- O distribuído no número anterior não se aplica aos estabelecimentos de alojamento


local que tenham capacidade igual ou inferior a 10 utentes, os quais devem possuir:

Artigo 14.º

2. Só podem utilizar o nome hostel os estabelecimentos de alojamento local


imaginados na alínea c) do n.º1 do artigo 3.º, cuja unidade de alojamento
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influente seja o dormitório, considerando-se predominante sempre que o número
de usuários em dormitório seja superior ao número de usuários em quarto.
1- Os dormitórios deve ter ventilação e iluminação direta para o exterior através da
janela.
2- Os dormitórios devem possuir um compartimento individual por cada cama com
sistema de fecho, com uma dimensão mínima interior de 55cmc40cmx20cmx.
3- Os estabelecimentos de alojamento local referidos no n.º1 devem dispor de
espaços sociais comuns, cozinha e área de refeições de utilização e acesso livre
para os hóspedes.
4- As instalações sanitárias podem ser comuns a vários quartos e dormitórios e ser
mistas ou separadas por género.
5- Nas instalações sanitárias comuns a vários quartos, os chuveiros devem
configurar espaços independentes separados por portas com fecho interior.

Artigo 21.º

1- Se da fiscalização referida no número anterior, no n.º2 do artigo 8.º ou no n.º3 do


artigo 11.º se concluir pelo incumprimento do estabelecido no n.º2 do artigo 2.º, o
Turismo de Portugal, I.P., afixa um prazo não inferior a 30 dias, adiável, para que
o estabelecimento inicie o processo de autorização de utilização para fins
turísticos legalmente exigido.

Artigo 33.º

1- O presente decreto-lei aplica-se aos procedimentos em curso, sem prejuízo da


salvaguarda dos atos exercidos antes da sua entrada em vigor no âmbito de
pedidos de controlo prévio apresentados nas autarquias para seguinte exploração
de um imóvel no regime do alojamento local.»

Artigo 3.º

Disposição transitória
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Os estabelecimentos de alojamento local atualmente assinalados e que usam a
denominação «hostel» dispõem do prazo de cinco anos, a contar da data da entrada em
vigor do presente decreto-lei, para se moldarem com os novos requisitos previstos no
artigo 14.º do Decreto-Lei n.º128/2014, de 29 de agosto, com a redação facultada pelo
presente decreto-lei.

Artigo 4.º

Entrada em vigor e produção de efeitos

1- O presente decreto-lei entra em vigor 60 dias após a sua publicação.


2- O ordenado no artigo anterior produz efeitos no dia seguinte ao da publicação do
presente decreto-lei.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 5 de fevereiro de 2015. - Pedro


Passos Coelho- Maria Luís Casanova Morgado Dias de Albuquerque- António de
Magalhães Pires de Lima- Artur Álvaro Laureano Homem da Trindade.

Decretado em 15 de abril de 2015.

O presidente da república, Aníbal Cavaco Silva.

Aprovado em 17 de abril de 2015.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Decreto-Lei nº 128/2014, de 29 de agosto

Artigo 1.º 

Objeto 

Este decreto-lei estabelece o regime jurídico da exploração dos estabelecimentos de


alojamento local. 

Artigo 2.º 
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Noção de estabelecimento de alojamento local 

Consideram-se “estabelecimentos de alojamento local” aqueles que prestem serviços de


alojamento temporário a turistas. 

Artigo 3.º 

Modalidades 

Os estabelecimentos de alojamento local devem integrar -se numa das seguintes


modalidades:

Considera-se “moradia” o local cuja unidade de alojamento é constituída por um


edifício de caráter unifamiliar. 

Considera-se “apartamento” o local cuja unidade de alojamento é constituída por


uma divisão autónoma de edifício ou parte de prédio urbano possível de utilização
independente. 

Considera-se “estabelecimento de hospedagem” o local cujas unidades de alojamento


são constituídas por quartos. 

Artigo 4.º 

Prestação de serviços de alojamento 

Presume-se existir exploração de estabelecimento de alojamento local quando um


imóvel ou fração deste:  

Seja publicitado por qualquer entidade ou meio nomeadamente em agências de viagens


e turismo ou sites da Internet, como alojamento para turistas ou como alojamento
temporário; 
 ou
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Estando mobilado e equipado, onde neste sejam oferecidos ao público em
geral dormida, serviços complementares ao alojamento, limpeza ou receção, por
períodos inferiores a 30 dias. 

Artigo 5.º 

Registo 

O registo dos estabelecimentos de alojamento local é efetuado através da comunicação


prévia dirigida ao Presidente da Câmara Municipal. 

A comunicação prévia é realizada exclusivamente através do Balcão Único Eletrónico.


O mesmo confere a cada pedido um número, o número de registo do estabelecimento de
alojamento local, e que envia automaticamente a comunicação ao Turismo de Portugal.

A comunicação prévia é obrigatória com a condição necessária para a exploração de


estabelecimentos de alojamento local. 

Artigo 6.º  

Mera comunicação prévia 

Da mera comunicação prévia dirigida ao Presidente da Câmara Municipal devem


obrigatoriamente estar as seguintes informações:  

 Autorização de utilização ou título de utilização válido do imóvel;  


 Identificação do titular com o seu nome ou da sua firma e do número de
identificação fiscal; 
 O endereço do titular; 
 Nome adotado pelo estabelecimento e seu endereço; 
 Capacidade (quartos, camas e utentes) do estabelecimento; 
 A data pretendida de abertura ao público;  
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 Nome, morada e número de telefone de pessoa a contactar em caso de
emergência. 

A mera comunicação prévia deve obrigatoriamente ser constituída com os seguintes


documentos: 

 Cópia do documento de identificação do titular; 


 Termo de responsabilidade, subscrito pelo titular, assegurando a lealdade do
edifício; 
 Cópia da caderneta predial urbana referente ao imóvel em causa, no caso de o
requerente ser proprietário do imóvel;  
 Cópia do contrato de arrendamento; 
 Cópia da declaração de início ou alteração de atividade do titular. 
 O titular é obrigado a manter atualizados todos os dados, tendo um prazo
máximo de 10 dias após qualquer alteração. 

 Artigo 7.º  

Título de abertura ao público 

O documento emitido pelo Balcão Único Eletrónico constitui o único título válido de
abertura ao público. 

Artigo 8.º  

Vistoria 

A câmara municipal realiza, no prazo de 30 dias, uma vistoria para verificação do


cumprimento dos requisitos estabelecidos 
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A câmara municipal pode solicitar ao Turismo de Portugal, a qualquer momento, a
realização de vistorias para a verificação do cumprimento do estabelecido. 

Artigo 9.º  

Cancelamento do registo 

O Presidente da Câmara Municipal pode, existindo qualquer desconformidade em


relação à informação ou documento constante da mera comunicação prévia, cancelar o
registo. 

O cancelamento do registo deve ser imediatamente comunicado pela câmara municipal


territorialmente competente ao Turismo de Portugal e à Autoridade de Segurança
Alimentar e Económica (ASAE). 

 Artigo 10.º 

Informação 

A informação remetida ao Turismo de Portugal designadamente pelo nome e pela


capacidade do estabelecimento, o artigo do prédio no qual se encontra o
estabelecimento, o nome ou firma e o número de identificação fiscal do requerente é
enviada, semestralmente, pelo Turismo de Portugal à AT. 

Artigo 11.º 

Capacidade 

A capacidade máxima dos estabelecimentos de alojamento local é de nove quartos e 30


utentes. 

Artigo 12.º 

Requisitos gerais 
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Os estabelecimentos de alojamento local devem obedecer aos seguintes requisitos: 

 Apresentar adequadas condições de conservação e funcionamento das


instalações e equipamentos;  
 Estarem ligados à rede pública de abastecimento de água; 
 Estarem ligados à rede pública de esgotos; 
 Estar dotados de água corrente quente e fria. 

As unidades de alojamento dos estabelecimentos de alojamento local devem:  

 Ter uma janela com comunicação direta para o exterior que assegure condições
de ventilação e arejamento; 
 Ter mobiliário, equipamento e utensílios adequados; 
 Dispor de um sistema que permita vedar a entrada de luz exterior; 
 Dispor de portas equipadas com um sistema de segurança que assegure a
privacidade dos utentes. 

Artigo 13.º  

Requisitos de segurança 

Os estabelecimentos de alojamento local devem cumprir as regras de segurança contra


riscos de incêndio. 

Devem possuir: Extintor e manta de incêndio, equipamento de primeiros


socorros e indicação do número nacional de emergência (112) em local visível aos
utilizadores. 

Artigo 14.º  

“Hostel” 

Só podem utilizar a denominação “hostel” os estabelecimentos de alojamento local


cuja unidade de alojamento seja o dormitório. 

O número de camas dos dormitórios pode ser inferior a quatro se as mesmas forem em
beliche. 
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Hugo Marques| Micaela Henriques
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3º ano Curso Profissional Técnico de Turismo
Artigo 15.º  

Estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços 

Nos estabelecimentos de alojamento local podem instalar-se estabelecimentos


comerciais e de prestação de serviços, incluindo os de restauração e de bebidas. 

Artigo 16.º  

Titular da exploração do estabelecimento de alojamento local 

O titular da exploração do estabelecimento de alojamento local responde,


independentemente da existência de culpa, pelos danos causados aos destinatários dos
serviços ou a terceiros. 

Artigo 17.º  

Identificação e publicidade 

A publicidade, a documentação comercial e o merchandising dos estabelecimentos de


alojamento local devem indicar o respetivo nome ou logótipo e número de registo, não
podendo sugerir características que os estabelecimentos não possuam. 

Artigo 18.º 

Placa identificativa 

Nos estabelecimentos de alojamento local é obrigatória a afixação, no exterior, junto à


entrada principal, de uma placa identificativa. 

Artigo 20.º  

Livro de reclamações 

Os estabelecimentos de alojamento local devem dispor de livro de reclamações nos


termos e condições estabelecidos. O original da folha de reclamação é enviado à ASAE,
nos termos previstos na legislação. 
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Hugo Marques| Micaela Henriques
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3º ano Curso Profissional Técnico de Turismo

Artigo 23.º 

Contraordenações 

Constituem contraordenações:  

 A oferta, disponibilização, publicidade e intermediação de estabelecimentos de


alojamento local não registados ou com registos desatualizados; 
 A oferta, disponibilização, publicidade e intermediação de estabelecimentos de
alojamento local em violação, desrespeito ou incumprimento do contrato de
arrendamento ou da autorização de exploração; 
 A prática de angariação de clientela para estabelecimentos de alojamento local
não registados; 

Artigo 24.º 

Sanções acessórias 

Em função da gravidade e da culpa do agente, podem ser aplicadas as seguintes sanções


acessórias: 

 Apreensão do material através do qual se praticou a infração; 


 Suspensão, até dois anos; 
 Encerramento, prazo máximo de dois anos, do estabelecimento ou das
instalações onde estejam a ser prestados serviços de alojamento; 

Artigo 27.º 

Produto das coimas  


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3º ano Curso Profissional Técnico de Turismo
O produto das coimas aplicadas reverte a 60 % para o Estado e 40 % para a entidade
fiscalizadora. 

Artigo 32.º 

Regiões Autónomas 

O regime previsto no presente decreto-lei é aplicável às Regiões dos Açores e da


Madeira. 

O produto das coimas cobradas nas Regiões Autónomas no âmbito da aplicação do


presente decreto-lei constitui receita própria das Regiões Autónomas. 

Declaração de Retificação nº 45/2008, de 22 de agosto

Ao abrigo da alínea h) do nº 1 do artigo do Decreto-Lei nº 162/2007, de 3 de maio,


declara-se que a Portaria nº517/2008, de 25 de junho publicada no Diário da República,
1ª série , nº 121, de 25 de junho de 2008, saiu com as seguintes inexatidões que,
mediante declaração da entidade emitente, se retificam:

1. Na alínea c) do nº1 do artigo 2º, onde se lê:

“c) Estabelecimentos de hospedagem”

Deve ler-se:

“c) Estabelecimento de hospedagem”

2. Na alínea a) do nº 2 do artigo 9º, onde se lê:

“a) Dimensão de 20 mm x 20 mm;”

Deve ler-se:

“a) Dimensão de 200 mm x 200 mm”


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3. Na alínea b) do nº 2 do artigo 9º onde se lê

“b) Tipo de letra Arial 200, de cor azul escura (tom 280)

Deve ler-se:

“b) Tipo de letra Arial 200 para as letras “AL” e Arial 18 para a designação por
extenso (alojamento local) de cor azul escura (tom 280), devendo estas inscrições
encontrar-se na horizontal e verticalmente centradas;”

4. Na alínea c) do nº 2 do artigo 9º, onde se lê:

“c) Aplicação com distância de 50 mm da parede através de parafusos de aço


inox em cada canto, com 8 mm de diâmetro e 60 mm de comprimento”

Deve ler-se:

“c) Aplicação com a distância de 50 mm da parede através de parafusos de aço


inox em cada canto, com 8 mm de diâmetro e 90 mm de comprimento”

Decreto nº 27/2008 de 22 de agosto:

Tendo em conta o fortalecimento das relações económicas que existem entre a


República Portuguesa e a Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista.

Considera-se que o Acordo de Comércio e da Cooperação Económica, Científica e


Técnica, que foi assinado em 1976, se encontra desatualizado perante à atual realidade
das relações económicas bilaterais.

Reconhecendo a importância da cooperação económica para o desenvolvimento e


diversificação das relações entre os dois países:

Assim:

Nos termos da alínea c) do nº 1 do artigo 197º da Constituição, o Governo


aprova o acordo entre a República Portuguesa e a Grande Jamahiriya Árabe Líbia
Popular Socialista sobre a Cooperação Económica, assinado em Lisboa no dia 9 de
dezembro de 2007, cujo texto, nas versões autenticadas nas línguas portuguesa, árabe e
inglesa se publica em anexo.
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Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 10 de Julho de 2008. José Sócrates
Carvalho Pinto de Sousa — Luís Filipe Marques Amado — Manuel António Gomes de
Almeida de Pinho.

Assinado em 1 de Agosto de 2008.

Publique -se.

O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.

Referendado em 5 de Agosto de 2008.

O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A GRANDE


JAMAHIRIYA ÁRABE LÍBIA POPULAR SOCIALISTA SOBRE
COOPERAÇÃO ECONÓMICA

A República Portuguesa e a Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista,


doravante designadas por «Partes»; Conscientes da importância da cooperação
económica para o desenvolvimento e diversificação das relações entre as duas Partes;
Com o objetivo de intensificar as relações económicas existentes entre as Partes, numa
base de equidade e reciprocidade de vantagens, que permitam um completo
aproveitamento das possibilidades criadas pelo desenvolvimento económico e que
proporcione a melhoria do nível e da qualidade de vida das respetivas populações;
Considerando que o Acordo de Comércio e de Cooperação Económica, Científica e
Técnica, assinado no dia 3 de Novembro de 1976, se encontra desatualizado com à atual
realidade das relações económicas entre os dois países.

Acordam o seguinte:

Artigo 1.º

Objeto da cooperação

1. As Partes promoverão a cooperação económica entre si, tendo como objetivo a


intensificar e diversidade das relações bilaterais.
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2. As Partes definirão as áreas e os sectores nos quais incidirá a cooperação, tendo
em consideração o desenvolvimento equilibrado das relações bilaterais e as
respetivas prioridades em matéria de política económica.

Artigo 2.º

Conformidade com convenções multilaterais

Nenhuma disposição do presente Acordo afeta os direitos e obrigações internacionais


das Partes assumidos.

Portaria nº 517/2008, de 25 de junho

O Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de Março, aprova o novo regime jurídico da instalação,


exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos. E determina no seu artigo
3.º que são descritos como sendo estabelecimentos de alojamento local: as moradias,
apartamentos e estabelecimentos de hospedagem. Que, com autorização de utilização,
prestem serviços de alojamento temporário, mas não reúnam os requisitos para serem
considerados empreendimentos turísticos. De acordo com o n.º 2 do mesmo dispositivo
legal, esses estabelecimentos devem cumprir os requisitos mínimos de segurança e
higiene definidos por portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas
áreas do turismo e da administração local.
Assim:
Ao abrigo do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de Março, manda o
Governo pelo Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local e pelo Secretário
de Estado do Turismo, o seguinte:
Artigo 1.º

Objeto
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A presente portaria estabelece os requisitos mínimos a observar pelos estabelecimentos
de alojamento local.

Artigo 2.º

Tipologias

1. Os estabelecimentos de alojamento local podem ser integrados num dos


seguintes tipos:
a) Moradia;
b) Apartamento;
c) Estabelecimentos de hospedagem.
2. Considera-se a moradia um estabelecimento de alojamento local cuja unidade de
alojamento é constituída por um edifício autónomo, de carácter unifamiliar.
3. Considera –se um apartamento um estabelecimento de alojamento local cuja
unidade de alojamento é constituída por uma fração autónoma de edifício.
4. Considera -se um estabelecimento de hospedagem o estabelecimento de
alojamento local cujas unidades de alojamento sejam constituídas por quartos.

Artigo 3.º

Registo

1. Com exceção dos estabelecimentos instalados em imóveis construídos em


momento anterior à entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 38 382, de 7 de Agosto
de 1951, o registo de estabelecimentos de alojamento local exige a existência de
uma autorização de utilização ou de título de utilização válido do imóvel, cuja
verificação cabe à câmara municipal da respetiva área.
2. O registo de estabelecimentos de alojamento local é feito de acordo com o
preenchimento de requerimento dirigido ao presidente da câmara municipal,
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conforme o modelo constante do anexo I da presente portaria, da qual faz parte o
integrante, instruído com os seguintes documentos:

Documento comprovativo da legitimidade do requerente;

a) Termo de responsabilidade, passado por técnico habilitado, em como as


instalações elétricas, de gás e termoacumuladores cumprem as normas legais em
vigor;
b) Planta do imóvel a indicar quais as unidades de alojamento a afetar à atividade
pretendida;
c) Caderneta predial urbana.
3. Quando o estabelecimento tiver capacidade para 50 ou mais pessoas, para além
dos documentos referidos no número anterior, o requerimento deve ainda ser
acompanhado de um projeto de segurança contra riscos de incêndio e um termo
de responsabilidade do seu autor em como o sistema de segurança contra riscos
de incêndio implementado se encontra de acordo com o projeto.
4. O requerimento previsto no n.º 2, devidamente carimbado pela câmara
municipal, constitui título válido de abertura ao público.
5. No prazo de 60 dias após a apresentação do requerimento a que se refere o
número anterior, a câmara municipal poderá realizar uma vistoria para
verificação do cumprimento dos requisitos necessários.
6. Em caso de incumprimento, o registo é cancelado, devendo o interessado
devolver o título previsto no n.º 4.

Artigo 4.º

Capacidade

1. A capacidade dos estabelecimentos é determinada pelo número e tipo de camas


(individuais ou duplas) fixas instaladas nas unidades de alojamento.
2. Nas unidades de alojamento podem ser instaladas camas convertíveis desde que
não excedam o número de camas fixas.
3. Nas unidades de alojamento podem ser instaladas camas suplementares
amovíveis.
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Artigo 5.º

Requisitos gerais

1. Os estabelecimentos de alojamento local devem obedecer aos seguintes


requisitos:
a) Estar instalados em edifícios bem conservados no exterior e no interior;
b) Estar ligados à rede pública de abastecimento de água ou dotados de um
sistema privativo de abastecimento de água controlada;
c) Estar ligados à rede pública de esgotos ou ter fossas sépticas dimensionadas
para a capacidade máxima do estabelecimento;
d) Ter água corrente quente e fria.

2. As unidades de alojamento dos estabelecimentos de alojamento local devem:


a) Ter uma janela ou sacada com comunicação direta para o exterior que
assegure as adequadas condições de ventilação e arejamento;
b) Estar dotadas de mobiliário, equipamento e utensílios adequados;
c) Dispor de um sistema que permita vedar a entrada de luz exterior;
d) Dispor de portas equipadas com um sistema de segurança que assegure a
privacidade dos utentes.
3. Os estabelecimentos de alojamento local têm de ter no mínimo uma instalação
sanitária por cada três quartos, com lavatório, retrete e banheira ou chuveiro.
4. As instalações sanitárias dos estabelecimentos de alojamento local devem dispor
de um sistema de segurança que garanta privacidade.
5. As entidades exploradoras devem fornecer informação aos utentes acerca das
regras de funcionamento dos estabelecimentos de alojamento local.
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6. Relativamente aos estabelecimentos de alojamento local que assumam a tipologia
de estabelecimentos de hospedagem, as câmaras municipais podem fixar
requisitos de instalação e funcionamento para além dos previstos na presente
portaria

Artigo 6.º

Requisitos de higiene

1. Os estabelecimentos de alojamento local devem ter sempre condições de higiene


e limpeza.
2. Os serviços de arrumação e limpeza da unidade, bem como a mudança de
toalhas e de roupa de cama, devem ter lugar, no mínimo, uma vez por semana e
sempre que haja uma alteração de utente.

Artigo 7.º

Requisitos de segurança

1. Um estabelecimento de alojamento local deve estar dentro das regras gerais de


segurança contra riscos de incêndio e os requisitos referidos nos números
seguintes.
2. Um estabelecimento de alojamento local cuja capacidade seja inferior a 50
pessoas deve dispor de:
a) Extintores e mantas de incêndios acessíveis e em quantidade adequada ao
número de unidades de alojamento;
b) Equipamento de primeiros socorros;
c) Manual de instruções de todos os eletrodomésticos existentes nas unidades
de alojamento ou, na falta dos mesmos, informação sobre o respetivo
funcionamento e manuseamento;
d) Indicação do número nacional de emergência (112).
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Um estabelecimento de alojamento local com capacidade para 50 ou mais pessoas deve


dispor também de um sistema de segurança contra riscos de incêndio, de acordo com o
projeto apresentado, e de telefone móvel ou fixo com ligação à rede exterior.

Artigo 8.º

Publicidade

A publicidade, documentação comercial e merchandising de um estabelecimento de


alojamento local deve indicar o nome, seguido da expressão «alojamento local» ou a
abreviatura AL.

Artigo 9.º

Placa identificativa

1. Um estabelecimento de alojamento local pode afixar, junto ao acesso principal,


uma placa identificativa, que deve ser fornecida pela câmara municipal, e estar de
acordo com o modelo previsto no anexo II da presente portaria.
2. A placa identificativa dos estabelecimentos de alojamento local é de material
acrílico cristal transparente, com 10 mm de espessura, devendo observar as
seguintes características:
a) Dimensão de 20 mm × 20 mm;
b) Tipo de letra Arial 200, de cor azul escura (pantone 280);
c) Aplicação com a distância de 50 mm da parede, através de parafusos de
aço inox em cada canto, com 8 mm de diâmetro e 60 mm de
comprimento.

Artigo 10.º

Livro de reclamações
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1. Um estabelecimento de alojamento local deve dispor de livro de reclamações
nos termos e condições estabelecidos no Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de
Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 371/2007, de 6 de
Novembro.
2. O original da folha de reclamação deve ser enviado à Autoridade de Segurança
Alimentar e Económica (ASAE), entidade competente para fiscalizar e instruir
os processos de contraordenação previstos no decreto-lei referido no número
anterior.

Artigo 11.º

Norma transitória

Os estabelecimentos de hospedagem licenciados pelas câmaras municipais previstos no


n.º 8 do artigo 75.º do Decreto -Lei n.º 39/2008, bem como os estabelecimentos
hoteleiros que não venham a reunir os requisitos previstos na Portaria n.º 327/2008, de
28 de Abril, e pretendam a reconversão em estabelecimentos de alojamento local são
dispensados do requisito previsto no n.º 3 do artigo 5.º da presente portaria.

Artigo 12.º

Entrada em vigor

A portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Em 11 de Junho de 2008.

O Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Arménio do


Nascimento Cabrita. — O Secretário de Estado do Turismo, Bernardo Luís Amador
Trindade.

Portaria n.º 518/2008 de 25 de Junho

O Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de Março, que consagra o novo regime jurídico da


instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos, remete a
indicação dos elementos instrutores dos pedidos de realização de operações urbanísticas
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para o disposto no regime jurídico da urbanização e da edificação e para portaria
conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas do turismo e do
ordenamento do território. Ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 23.º do Decreto-
-Lei n.º 39/2008, de 7 de Março;

Manda o Governo, pelo Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das


Cidades e pelo Secretário de Estado do Turismo, o seguinte:

Elementos do pedido de informação prévia referente a operações de loteamento

1. O pedido de informação prévia relativo às operações de loteamento abrangidas


pela alínea b) do n.º 2 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de Março,
deve ser instruído com uma memória descritiva onde sejam especificados a
tipologia do empreendimento, classificação e categoria pretendidas, número
máximo de unidades de alojamento e número máximo de camas.
2. Sempre que constituam requisitos exigíveis nos termos das disposições legais e
regulamentares aplicáveis ou, quando não exigíveis, sejam uma opção do
promotor, a memória descritiva deve ainda conter:
a) Identificação e características genéricas dos espaços verdes de utilização
comum;
b) Capacidade prevista para outras unidades de utilização, nomeadamente,
restaurantes, salas de reuniões, estabelecimentos comerciais e de
prestação de serviços, equipamentos de animação autónomos,
equipamentos de desporto e lazer e outros equipamentos
complementares;
c) Especificação do número de lugares de estacionamento comum e do
número de lugares de estacionamento privativo.

Elementos do pedido de informação prévia relativo a obras de edificação


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1. O pedido de informação prévia a que se refere o artigo 25.º do Decreto-Lei n.º
39/2008, de 7 de Março, deve ser instruído com uma memória descritiva onde
sejam especificados a tipologia do empreendimento, classificação e categoria
pretendidas, o número de unidades de alojamento e o número e tipo de camas.
2. Sempre que constituam requisitos exigíveis e regulamentares aplicáveis ou,
quando não exigíveis, sejam uma opção do promotor, a memória descritiva deve
ainda conter:
a) Identificação e características genéricas dos espaços verdes de utilização
comum;

b) Capacidade prevista para outras unidades de utilização como: restaurantes,


salas de reuniões, estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços,
equipamentos de animação autónomos, equipamentos de desporto e lazer e
outros equipamentos complementares;

Passageiros Ferroviários

Direitos dos passageiros ferroviários

a) Direito à discriminação no acesso ao transporte


b) Direito à mobilidade: Acessibilidade e assistência sem custos adicionais para os
passageiros com deficiência e para os passageiros com mobilidade reduzida.
c) Direito à informação antes da compra e nas várias fases da viagem,
nomeadamente em caso de perturbações.
d) Direito a renunciar à viagem (reembolso) em caso de perturbações.
e) Direito ao cumprimento do contrato de transporte (reencaminhamento ou nova
reserva) em caso de perturbações.
f) Direito a obter a assistência em caso de atraso considerável à partida ou em
pontos de escala.
g) Direito a indemnização.
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3º ano Curso Profissional Técnico de Turismo
h) Direito a que a transportadora assuma a responsabilidade pelos passageiros e a
respetiva bagagem.
i) Direito a um sistema rápido e acessível de tratamento de reclamações.
j) Direito à plena aplicação e ao cumprimento efetivo dos direitos dos passageiros.

Deveres dos passageiros ferroviários

a) Cumprir com as regras impostas pelas empresas.


b) Portar bilhete do transporte.

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