Você está na página 1de 137

Click to edit Master title style

Título apresentação
"Alojamento local“

Marilia A. Fernandes

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 1
Click to edit Master title style
ENQUADRAMENTO LEGAL

A figura do alojamento local foi criada pelo Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7


de março, para regular a prestação de serviços de alojamento temporário
em estabelecimentos que não reunissem os requisitos legalmente exigidos
para se qualificarem como empreendimentos turísticos.
Tal realidade veio a ser regulamentada através da Portaria n.º 517/2008,
de 25 de junho, entretanto alterada pela Portaria n.º 138/2012, de 14 de
maio, que estabeleceu os requisitos mínimos a observar pelos
estabelecimentos de alojamento local, bem como o procedimento para
registo destes estabelecimentos junto das câmaras municipais.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 2
Click to edit da
Regulamentação Master
atividadetitle
de style
Alojamento Local

A dinâmica do mercado da procura e oferta do alojamento fez surgir e


proliferar um conjunto de novas realidades de alojamento as quais
obrigaram a uma nova regulamentação. É nesta sequência que ocorre a
publicação do Decreto-Lei n.º 128/2014, 29 de agosto que aprovou o regime
jurídico da exploração dos estabelecimentos de Alojamento Local,
entretanto alterado pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23 de abril, face á
necessidade de densificar o regime dos «hostel».

A Lei 62/2018 de 22 de agosto alterou o regime de autorização de


exploração dos estabelecimentos de alojamento local, tendo entrado em
vigor em 21 de outubro.

No que respeita às normas constantes da Portaria n.º 262/2020, de 6 de


novembro, produzem efeitos para os novos registos efetuados a partir de 4
de fevereiro de 2021; - Relativamente aos estabelecimentos
registados antes de 4 de fevereiro de 2021, produzem efeitos a partir de 4
de fevereiro de 2022.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 3
Click to edit Master
Regiões Autónomas
title style

O regime jurídico do alojamento local é aplicável às Regiões Autónomas


dos Açores e da Madeira, sem prejuízo das adaptações decorrentes da
estrutura própria da administração regional autónoma.
 O Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto foi adaptado à Região
Autónoma da Madeira pelo Decreto Legislativo Regional n.º
13/2015/M, de 22 de dezembro.
 Na Região Autónoma dos Açores aplica-se a Portaria n.º 83/2016, de 4
de agosto, alterada pela Portaria n.º 23/2018, de 16 de março, e pela
Portaria n.º 101/2020, de 28 de julho, que além de prever um
procedimento de registo próprio, estabelece requisitos especiais para
os estabelecimentos de alojamento local situados no arquipélago dos
dezembro 2022
Açores.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 4
Click to
Conceito edit
de Master
Estabelecimento
Alojamento Local
title
de style

Consideram-se estabelecimentos de alojamento local aqueles que


prestam serviços de alojamento temporário a turistas, mediante
retribuição, e que reúnem os requisitos previstos no Decreto-Lei n.º
128/2014, de 29 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de
23 de abril, não sendo permitida a exploração como estabelecimentos
de alojamento local, dos estabelecimentos que reúnam os requisitos
para serem considerados empreendimentos turísticos.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 5
Click to edit Master title style
Conceito de Empreendimento Turístico

Consideram-se Empreendimentos Turísticos, ao abrigo do RJET, os


estabelecimentos que se destinam a prestar serviços de alojamento,
mediante remuneração, dispondo, para o seu funcionamento, de um
adequado conjunto de estruturas, equipamentos e serviços
complementares.

Exemplos de tipologias de empreendimentos


turísticos
 Estabelecimentos Hoteleiros
 Aldeamentos Turísticos
 Apartamentos Turísticos
 Conjuntos Turísticos (Resorts)
 Parques de Campismo e de Caravanismo
 Empreendimentos de Turismo no Espaço Rural
 Empreendimentos de Turismo de Habitação

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 6
Click to edit
Modalidades MasterLocal
de Alojamento title style

Os estabelecimentos de Alojamento Local devem integrar-se numa


das seguintes modalidades:

Moradia - estabelecimento de Alojamento Local cuja unidade de


alojamento é constituída por um edifício autónomo, de caráter
unifamiliar;

Apartamento - estabelecimento de Alojamento Local cuja unidade


de alojamento é constituída por uma fração autónoma de edifício ou
parte de prédio urbano suscetível de utilização independente;

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 7
Click to edit
Modalidades MasterLocal
de Alojamento title style

Estabelecimentos de hospedagem - estabelecimento de Alojamento


Local, cujas unidades de alojamento são constituídas por quartos
(podem utilizar a denominação hostel se obedecerem aos requisitos
previstos no artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 128/2014, 29 de agosto com
a redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23 de
abril)

Quartos – estabelecimento de alojamento local, cuja exploração é


feita na residência do locador, que corresponde ao seu domicílio fiscal,
sendo a unidade de alojamento, o quarto e só sendo possível, nesta
modalidade, ter um máximo de 3 unidades.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 8
Click todeedit
Unidades Master
Alojamento Localtitle style

Enquanto na “moradia” a unidade de alojamento é o edifício


autónomo, de carácter familiar;
No “apartamento” é uma fração autónoma de edifício ou parte de
prédio urbano suscetível de utilização independente;
No “estabelecimento de hospedagem” as unidades de alojamento são
os quartos.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 9
Click
Limitesto edit Master
à capacidade title style
dos estabelecimentos
de alojamento local

A capacidade máxima dos estabelecimentos de alojamento local é de 9


quartos e 30 utentes, com exceção dos «hostels», que não têm limite de
capacidade, e dos «quartos» que apenas podem ser 3.

A capacidade dos alojamentos locais, em termos de utentes, encontra-se


ainda limitada em função das características e dimensão dos fogos, não
podendo exceder o número que resulta da multiplicação do número de
quartos por dois.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 10
Limites de capacidade relativamente a
Click to edit Master
«apartamentos» no mesmotitle style
edifício

Cada proprietário, ou titular de exploração de alojamento local só pode


explorar, por edifício, mais de 9 estabelecimentos de alojamento local na
modalidade de apartamento se aquele número não exceder 75% do
número de frações existentes no edifício.

NOTA: Para o cálculo de exploração supra referido, consideram-se todos


os apartamentos registados em nome do cônjuge, descendentes e
ascendentes do proprietário ou do titular da exploração.

Se o nº de estabelecimentos de Alojamento Local na modalidade de


apartamento for superior a 9, o Turismo de Portugal pode, a qualquer
momento, fazer uma vistoria para efeitos de verificação, se estarão
reunidos os requisitos para ser considerado empreendimento turístico

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 11
Click to edit Master title style
Requisitos Gerais dos Estabelecimentos

 Adequadas condições de conservação e funcionamento das


instalações e equipamentos;

 Ligados à rede pública de abastecimento de água ou dotados de um


sistema privativo de abastecimento de água com origem devidamente
controlada ;

 Ligados à rede pública de esgotos ou dotados de fossas sépticas


dimensionadas para a capacidade máxima do estabelecimento ;

 Dotados de água corrente quente e fria;

 Reunir sempre condições de higiene e limpeza .

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 12
Click to Gerais
Requisitos edit das
Master
Unidadestitle
de style
Alojamento

 Janela ou sacada com comunicação direta para o exterior, que


assegure as adequadas condições de ventilação e arejamento ;
 Mobiliário, equipamento e utensílios adequados ;
 Sistema que permita vedar a entrada de luz exterior ;
 Portas equipadas com um sistema de segurança que assegure a
privacidade dos utentes

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 13
Click to edit Master title
Serviços de arrumação e limpeza
style

Os serviços de arrumação e limpeza das unidades de alojamento, bem


como a mudança de toalhas e de roupa de cama, ocorrem sempre que
exista alteração de utente e, no mínimo, uma vez por semana, sempre que
a estada seja superior a sete noites seguidas, salvo se o hóspede e o
estabelecimento acordarem outra forma de limpeza e troca de roupa, que
garanta igualmente as devidas condições de higiene e limpeza, em caso de
reserva única do alojamento e ocupação total da capacidade por um grupo
ou família.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 14
Click to edit
Pequeno almoço
Master title style

Os estabelecimentos de alojamento local que disponibilizam pequenos-


almoços devem cumprir as regras de higiene e segurança alimentar nos
termos da legislação aplicável.
O serviço de pequeno-almoço é obrigatório nos estabelecimentos de
hospedagem e os quartos que utilizem a denominação Bed & Breakfast.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 15
Click to edit
Requisitos Master title style
de Segurança

Os estabelecimentos de alojamento local devem cumprir as regras de


segurança contra riscos de incêndio, nos termos do disposto no Decreto-
Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, na atual redação, e do regulamento
técnico constante da Portaria n.º 1532/2008, de 29 de dezembro
(apartamentos, moradias e estabelecimentos de hospedagem).

Exceto: Estabelecimentos AL com capacidade igual ou inferior a 10


utentes:
 Extintor e manta de incêndio
 Equipamento de 1ºs socorros
 Indicação do nº nacional de emergência (112) em local visível.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 16
Click to de
Requisitos edit Master title style
Hostel

 O dormitório é exclusivo do hostel.


 O dormitório é constituído por um número mínimo de quatro
camas/utentes, que podem ser beliches ou camas sobrepostas.
 A cama no dormitório é objeto de locação individual.
 A área mínima no dormitório é de 2,50m2 , acrescida de 2,50 m2 por
cama ou beliche e de 1 m2 por utente, com a seguinte fórmula:
2,50 m2 + (2,50 m2 × n.º de camas ou beliche) + (1 m2 × n.º de utentes)

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 17
Click to de
Requisitos edit Master title style
Hostel

 Espaços sociais comuns ;


 Cozinha;
 Área de refeição de utilização e acesso livre pelos hóspedes ;
 Instalações Sanitárias comuns a vários quartos e dormitórios, que,
caso não sejam separadas por género, os chuveiros devem
configurar espaços autónomos separados por portas com fecho
interior

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 18
Click to da
Requisitos edit Master title style
Exploração

Dormitório :
 Ventilação e iluminação direta com o exterior através de janela;
 Compartimento individual por cada cama, com sistema de fecho, com
dimensão mínima interior de 55cmx40cmx20cm ;
 No dormitório a cada cama corresponde um ponto de iluminação.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 19
Click to edit Master title
Hostel - Mobilidade condicionada
style

O hostel com mais de 50 camas/utentes deve dispor de pelo menos 1


quarto e uma instalação sanitária adaptada a utentes de mobilidade
condicionada, com exceção das situações legalmente previstas no
Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de agosto, na redação em vigor.
Esta instalação sanitária adaptada poderá estar integrada numa
instalação sanitária conjunta para pessoas com e sem mobilidade
condicionada.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 20
Click to edit Master
Sustentabilidade Ambiental
title style

Os estabelecimentos de alojamento local devem privilegiar as seguintes


condições de sustentabilidade ambiental:
a) Adotar e implementar práticas que promovam o consumo eficiente de
água;
b) Adotar e implementar práticas que promovam o consumo eficiente de
energia, quando não obrigatórios por lei;
c) Adotar e implementar uma política de informação sobre práticas de
turismo sustentável por parte dos utentes;
d) Adotar exclusivamente detergentes e produtos biodegradáveis;
e) Disponibilizar equipamentos e adotar procedimentos para a separação de
resíduos sólidos urbanos;
f) Garantir a formação contínua dos colaboradores sobre as boas práticas
ambientais e standards de trabalho;
g) Possuir certificação ambiental ou selo de qualidade atribuído por entidade
nacional ou internacional de reconhecido mérito.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 21
Click to edit Master
Acolhimento do utente
title style

Os estabelecimentos de alojamento local disponibilizam:

serviço de receção (check-in e check-out) e de informação aos


utentes, que pode ser feito presencialmente ou não
presencialmente, nomeadamente utilizando a via telefónica ou
eletrónica;

 meio de comunicação com o serviço de receção, bem como a


indicação do número nacional de emergência e o contacto da
entidade exploradora.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 22
Click toRegisto
Forma de edit deMaster title
Alojamento Localstyle

Através de comunicação prévia, obrigatória e condição sine qua non para


a exploração do estabelecimento, dirigida ao Presidente da Câmara
Municipal efetuada no Balcão Único Eletrónico (BUE), acessível nos sites
na Internet do Turismo de Portugal, I.P. (TP)e das câmaras municipais .

A comunicação prévia com prazo, é obrigatória e condição necessária


para a exploração de estabelecimentos de alojamento local.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 23
Click toRegisto
Forma de edit deMaster title
Alojamento Localstyle

Na comunicação prévia com prazo, dirigida ao Presidente da Câmara


Municipal deve obrigatoriamente constar, as seguintes informações:

a) A autorização de utilização ou título de utilização válido do imóvel;

b) A identificação do titular da exploração do estabelecimento, com


menção do nome ou firma e do número de identificação fiscal;

c) O endereço do titular da exploração do estabelecimento;

d) Nome adotado pelo estabelecimento e seu endereço;

e) Capacidade (quartos, camas e utentes) do estabelecimento;

f) A data pretendida de abertura ao público;

g) Nome, morada e número de telefone de pessoa a contactar em caso de


emergência

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 24
Click to edit Master title style
Forma de Registo de Alojamento Local

A comunicação prévia com prazo deve obrigatoriamente ser instruída com


os seguintes documentos:

a) Cópia simples do documento de identificação do titular da exploração


do estabelecimento, no caso de este ser pessoa singular, ou indicação do
código de acesso à certidão permanente do registo comercial, no caso de
este ser pessoa coletiva;

b) Termo de responsabilidade, subscrito pelo titular da exploração do


estabelecimento, assegurando a idoneidade do edifício ou sua fração
autónoma para a prestação de serviços de alojamento e que o mesmo
respeita as normas legais e regulamentares aplicáveis;

c) Cópia simples da caderneta predial urbana referente ao imóvel em


causa, no caso de o requerente ser proprietário do imóvel;

…/…

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 25
Click toRegisto
Forma de edit deMaster title
Alojamento Localstyle

d) Cópia simples do contrato de arrendamento ou doutro título que legitime


o titular de exploração ao exercício da atividade e, caso do contrato de
arrendamento ou outro não conste prévia autorização para a prestação de
serviços de alojamento, cópia simples do documento contendo tal
autorização;

e) Cópia simples da declaração de início ou alteração de atividade do titular


da exploração do estabelecimento para o exercício da atividade de prestação
de serviços de alojamento, apresentada junto da Autoridade Tributária e
Aduaneira (AT);

f) Ata da assembleia de condóminos autorizando a instalação, no caso dos


«hostels»;

g) A modalidade de estabelecimento em que se vai desenvolver a atividade


de alojamento local.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 26
Click to edit Master title style
Oposição ao Registo de Alojamento Local

Pode haver oposição à comunicação prévia com prazo se, num prazo de 10
dias contados a partir da sua apresentação ou num prazo de 20 dias no caso
dos hostels, o Presidente da Câmara Municipal territorialmente
competente, se oponha ao registo, com os seguintes fundamentos :
a) Incorreta instrução da comunicação prévia com prazo;
b) Vigência do prazo resultante de cancelamento de registo
c) Violação das restrições à instalação decididas pelo município, ou falta de
autorização de utilização adequada do edifício.
A oposição obsta à atribuição do número de registo.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 27
Click toaoedit
Oposição Master
Registo titleLocal
de Alojamento style

No caso de a atividade de alojamento local, ser exercida numa fração


autónoma de edifício ou parte de prédio urbano suscetível de
utilização independente, a assembleia de condóminos, por decisão
de mais de metade da permilagem do edifício, em deliberação
fundamentada, decorrente da prática reiterada e comprovada de atos
que perturbem a normal utilização do prédio, bem como de atos que
causem incómodo e afetem o descanso dos condóminos, pode opor -
se ao exercício da atividade de alojamento local na referida fração,
dando, para o efeito, conhecimento da sua decisão ao Presidente da
Câmara Municipal territorialmente competente.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 28
Click toAbertura
Título de edit Master title style

O documento emitido pelo Balcão Único Eletrónico dos serviços, contendo


o número de registo do estabelecimento de alojamento local constitui, o
único título válido de abertura ao público e publicitação do
estabelecimento.

O número de registo do estabelecimento de alojamento local, nas


modalidades de «moradia» e «apartamento », localizado em áreas de
contenção, é pessoal e intransmissível ainda que na titularidade ou
propriedade de pessoa coletiva.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 29
Click toAbertura
Título de edit Master title style

O título de abertura ao público caduca em caso de:


a) Transmissão da titularidade do registo, cessação de exploração,
arrendamento ou outra forma de alteração da titularidade da
exploração;
b) Transmissão do capital social da pessoa coletiva titular do registo,
acumulada ou não, em percentagem superior a 50 %.

O número anterior não se aplica em caso de sucessão.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 30
Click toeedit
Alteração Master
Cessação title style
da Exploração
Alojamento Local

Qualquer Alteração, deve ser comunicada através do Balcão Único


Eletrónico, no prazo máximo de 10 dias, pelo titular da exploração.

A cessação deve ser comunicada através do Balcão Único Eletrónico ao


Presidente da Câmara Municipal
 No prazo máximo de 10 dias após a sua ocorrência

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 31
Click to edit Master title style
Câmaras municipais – Zonas de contenção

Com intuito de preservar a realidade social dos bairros e lugares, as


câmaras municipais passam a poder estabelecer áreas de contenção para
o alojamento local, isto é, poderão impor limites relativos ao número de
estabelecimentos oferecidos em determinadas zonas geográficas.

Nestas zonas o mesmo proprietário apenas poderá explorar um máximo


de sete estabelecimentos de alojamento local.

As câmaras podem agora suspender a autorização dos novos registos nas


zonas que à partida se prevê venham a ser rotuladas de “áreas de
contenção”, até que os respetivos regulamentos sejam aprovados. Os
municípios têm um ano para finalizarem esses regulamentos.

dezembro 2022

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 32
Click tocontenção
Zonas de edit Master
Lisboa title style

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 33
Click to edit
OBRIGAÇÕES Master
– OBRAS title style
E DANOS

O titular da exploração de alojamento local é solidariamente


responsável com os hóspedes relativamente aos danos provocados por
estes no edifício em que se encontra instalada a unidade.

O n.º 3 do art.º 13.º na redação dada pela Lei 62/2018 determina que
correm por conta do titular do alojamento local, as despesas com
obras que sejam realizadas nas partes comuns para adaptar ou
licenciar o locado para esse fim.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 34
OBRIGAÇÕES – SEGURO DE
Click to edit Master title style
RESPONSABILIDADE CIVIL

O titular da exploração de alojamento local deve celebrar e manter válido


um seguro multirrisco de responsabilidade civil que o proteja dos seus
ativos e reclamações no âmbito da sua atividade turística, determinando a
responsabilidade do titular da exploração do estabelecimento, e que
cubra riscos de incêndio e danos patrimoniais e não patrimoniais
causados a hóspedes e a terceiros, decorrentes da atividade de prestação
de serviços de alojamento.

A falta de seguro válido, é fundamento de cancelamento do registo.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 35
Click to edit
OBRIGAÇÕES Master title
– CONTRIBUIÇÕES PARAstyle
O
CONDOMÍNIO

O condomínio pode fixar o pagamento de uma contribuição adicional


correspondente às despesas decorrentes da utilização acrescida das partes
comuns, com um limite de 30 % do valor anual da quota respetiva, a
deliberar nos termos do artigo 1424.º do Código Civil.

Os estabelecimentos de alojamento local já existentes, dispõem do prazo de


dois anos, a contar da data em vigor da Lei 62/2018, para adotarem as
novas obrigações referidas anteriormente.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 36
Click to edit Master title style
ARRENDAMENTO VS ALOJAMENTO LOCAL

A essencial diferença entre um contrato de arrendamento urbano e a


exploração de um estabelecimento de alojamento local (nos termos do DL
n.º 128/2014, de 29 de agosto) reside no facto de, enquanto no primeiro
caso existe uma mera locação de bens imóveis (que pode ser temporária e
ter por objeto uma habitação para férias) no segundo caso, existe uma
prestação de serviços de alojamento.
Isto significa que, além do alojamento propriamente dito, existem serviços
complementares, como sejam de limpeza, receção ou outros serviços de
apoio, prestação esta que, se encontra próxima da realizada no âmbito da
atividade hoteleira.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 37
Click to editjurídico
Enquadramento Master title style
da atividade de
Alojamento Local

O diploma que rege o enquadramento jurídico da atividade de


Alojamento Local é relevante para efeitos fiscais, sobretudo pela
definição do conceito de prestação de serviços de alojamento
constante do seu artigo 4.º.

Determina esta disposição legal, que para todos os efeitos, a


exploração de estabelecimento de Alojamento Local corresponde ao
exercício, por pessoa singular ou coletiva, da atividade de prestação
de serviços de alojamento.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 38
Click to edit Master
Enquadramento jurídico datitle style
atividade
de Alojamento Local

Esclarece ainda o diploma que, se presume existir exploração e


intermediação de estabelecimento de Alojamento Local quando um imóvel
ou fração deste:
a) Seja publicitado, disponibilizado ou objeto de intermediação, por
qualquer forma, entidade ou meio, nomeadamente em agências de
viagens e turismo ou sites da Internet, como alojamento para turistas ou
como alojamento temporário; ou
b) Estando mobilado e equipado, neste sejam oferecidos ao público em
geral, além de dormida, serviços complementares ao alojamento,
nomeadamente limpeza ou receção, por períodos inferiores a 30 dias.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 39
Click todeedit
Atividade Master
Alojamento Localtitle style
em sede
de IRS

Para a exploração de um imóvel como estabelecimento de alojamento


local é necessário efetuar previamente o registo do estabelecimento,
através de uma comunicação prévia, no Balcão Único Eletrónico e declarar
o início de atividade junto da Autoridade Tributária e Aduaneira, para o
exercício da atividade de prestação de serviços de alojamento
(correspondente à secção I, subclasses 55201 ou 55204 da Classificação
Portuguesa de Atividades Económicas).

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 40
Click to edit Master
Enquadramento title
da atividade de style
Alojamento Local em sede de IRS

A exploração de estabelecimentos de alojamento local


corresponde ao exercício da atividade de prestação de serviços de
alojamento [alínea h) do n.º 1 do art.º 4.º do Código do IRS (CIRS) e
alínea a) do nº 1 art.º 1 do Código do IVA (CIVA)], sendo geradora
de rendimentos empresariais da categoria B.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 41
Click to edit Master
Enquadramento title
da atividade de style
Alojamento Local em sede de IRS

Através do ofício-circulado 20180/2015, de 19 de agosto, do Gabinete da


Subdiretora-Geral do IR e das Relações Internacionais, são identificadas
três situações-tipo:

1. O proprietário do estabelecimento é também o titular da exploração


de Alojamento Local

2. O proprietário do imóvel arrenda as instalações a outra pessoa sendo


esta o titular da exploração de Alojamento Local, ou

3. O proprietário do estabelecimento é inicialmente também o titular da


exploração de Alojamento Local mas efetua posteriormente uma
cedência de exploração

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 42
Click to edit
Enquadramento daMaster title
atividade de
Alojamento Local em sede de IRS
style

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 43
Enquadramento da atividade de
Click to edit
Alojamento LocalMaster title
em sede de IRS style

1 - O proprietário do estabelecimento é também o titular da exploração de


Alojamento Local
Nestas circunstâncias os rendimentos derivados da exploração do Alojamento
Local são tributados de acordo com as regras da categoria B do IRS, podendo
o sujeito passivo optar entre o regime simplificado e o regime da
contabilidade.

No regime simplificado, o rendimento tributável obtém-se através da


aplicação do coeficiente 0,35, previsto na alínea c) do n.º 1 do artigo 31.º do
Código do IRS, aos rendimentos brutos da exploração na modalidade de
moradia ou apartamento, exceto se localizadas em zona de contenção caso
em que o coeficiente é de 0,50 e 0,15, previsto na alínea a) do n.º 1 art.º 31.º
CIRS, nos restantes casos.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 44
Click to edit Master
Enquadramento title
da atividade de style
Alojamento Local em sede de IRS

2. O proprietário do imóvel arrenda as instalações a outra pessoa


sendo esta o titular da exploração de Alojamento Local

Nesta situação, o proprietário do imóvel obtém rendimentos de natureza


predial. Face ao disposto no n.º 1 do artigo 8.º do Código do IRS,
consideram-se rendimentos prediais as rendas dos prédios rústicos,
urbanos e mistos pagas ou colocadas à disposição dos respetivos
titulares. Devendo cumprir as obrigações declarativas e acessórias a que
essa categoria se encontra sujeita

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 45
Click to edit Master
Enquadramento title
da atividade de style
Alojamento Local em sede de IRS

3. O proprietário do estabelecimento é inicialmente também o titular da


exploração de Alojamento Local mas efetua, posteriormente uma cedência
de exploração

Nesta situação os rendimentos obtidos pelo titular da exploração de


Alojamento local, têm enquadramento na categoria B como rendimentos
empresariais. Por seu lado, o proprietário do estabelecimento obtém
rendimentos derivados da cessão temporária de exploração de
estabelecimento, os quais têm igualmente enquadramento na categoria B
do IRS, conforme previsto na alínea e) do n.º 2 do artigo 3.º do Código do
IRS.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 46
Click to edit Master
INICIO DE ATIVIDADE
title style

PORTAL DAS FINANÇAS Qualquer serviço de finanças ou nas lojas do cidadão


Serviços Tributários > Cidadãos > Entregar > Declarações >
Atividade > Início de Atividade

Atenção: A entrega da declaração permanecerá pendente de confirmação só Importante: Volume de negócios até ao final do ano
ficando disponível para consulta depois da recolha, no Portal das Finanças, (este valor é anualizado para efeitos de enquadramento
do código de fiabilização que é remetido por correio para o domicílio fiscal. em IVA)

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 47
Click to editdaMaster
Enquadramento title
atividade em IRS style

Em função dos elementos constantes da declaração de início de atividade,


o contribuinte fica enquadrado num dos dois regimes de determinação do
rendimento da categoria B:

 Regime Simplificado
 Regime de Contabilidade Organizada

O enquadramento inicial em cada um dos regimes, efetua-se com base no


valor anual de rendimentos estimado da categoria B, inscrito no Campo
“Valor Anual Rendimentos Estimado (IRS)” do Quadro ”Dados Relativos à
Atividade Esperada”, da declaração de início de atividade.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 48
Regimes de tributação – REGIME
Click to edit Master title style
SIMPLIFICADO

O enquadramento no Regime Simplificado é efetuado quando o valor


anual de rendimentos estimado da categoria B, indicado na declaração
de inicio, for igual ou inferior a € 200.000, salvo se o contribuinte optar
pelo Regime de Contabilidade Organizada na Declaração de Início de
Atividade.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 49
Click todeedit
Regimes Master
tributação title style
– REGIME
SIMPLIFICADO

O enquadramento no Regime Simplificado cessa (art.º 28 n.º 6 CIRS),


se for ultrapassado o limite de € 200.000 em dois anos consecutivos,
ou quando o seja num único ano, em montante superior a 25% (€
250.000), sendo o contribuinte automaticamente enquadrado, por
obrigação legal, no Regime de Contabilidade Organizada, a partir do
ano seguinte ao da verificação daqueles factos.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 50
Click to
Regimes deedit Master
tributação
SIMPLIFICADO
title
– REGIME style

No regime simplificado, o rendimento tributável obtém-se através da aplicação do


coeficiente 0,35, previsto na alínea c) do n.º 1 do artigo 31.º do CIRS, aos
rendimentos brutos das prestações de serviços relativas à exploração de
estabelecimentos de alojamento local na modalidade de moradia e apartamento.
A partir do ano de 2020, caso os estabelecimentos se localizem em Zona de
Contenção na cidade de Lisboa o coeficiente a aplicar será de 0,50 (alínea h) do
n.º 1 do artigo 31.º do CIRS)

Nas restantes modalidades o coeficiente a aplicar será 0,15, previsto na alínea a)


do n.º 1 do art.º 31.º do CIRS.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 51
Click todeedit
Regimes Master
tributação title style
– REGIME
SIMPLIFICADO

Por opção anual dos respetivos titulares:

Possibilidade de tributação, segundo as regras estabelecidas para os rendimentos


prediais (Categoria F) , das importâncias relativas à exploração de estabelecimentos de
alojamento local na modalidade de moradia ou apartamento.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 52
Regimes de tributação – REGIME
Click to edit Master title style
SIMPLIFICADO

 A dedução ao rendimento que decorre da aplicação dos coeficientes 0,75 e


0,35 fica parcialmente condicionada à verificação de despesas e encargos
efetivamente suportados, acrescendo ao rendimento tributável, a diferença
positiva entre 15% dos rendimentos brutos das prestações de serviços e o
somatório de várias importâncias.
 A validação das despesas é relevante para rendimentos brutos superiores a
27.360 euros.
 Com efeito, 15% x € 27.360,00 - € 4.104,00 = 0 , ou seja, até este valor a
dedução específica não permite o aumento da base tributável.
 Esta alteração afeta a atividade de alojamento local nas modalidades:
moradia e apartamento.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 53
Regimes de tributação – REGIME
Click to edit Master title style
SIMPLIFICADO

EXEMPLO
Um sujeito passivo de IRS com rendimentos brutos da categoria B, em
2021, no valor de 35.000 euros, pelo exercício da atividade de
alojamento local (moradia) e que não apresenta despesas.
Rendimento tributável
• 35.000 X 0,35 = 12 250
• 35.000 X 0,15= 5 250 – 4.104 = 1 146
• Total do rendimento tributável = 13 396

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 54
Click to
Regimes deedit Master
tributação
CONTABILIDADE
title
– REGIME style

O Regime de Contabilidade Organizada caracteriza-se pela determinação


do rendimento da categoria B, ser efetuada com base na contabilidade,
de acordo com as regras estabelecidas no Código de IRC e com as
adaptações previstas no Código do IRS.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 55
Click todeedit
Regimes Master
tributação title style
– REGIME
CONTABILIDADE

O enquadramento no Regime de Contabilidade Organizada é automático


quando o valor anual de rendimentos estimado da categoria B, indicado na
declaração inicio, for superior a € 200.000.

O contribuinte pode optar pelo Regime de Contabilidade Organizada,


quando o valor anual de rendimentos estimado da categoria B, indicado na
declaração inicio, for igual ou inferior a € 200.000.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 56
Click to
Regimes deedit Master
tributação
CONTABILIDADE
title
– REGIME style

O enquadramento no Regime de Contabilidade Organizada, quando não


decorra de opção legal exercida pelo contribuinte, é efetuado anualmente
pela AT, com base no total dos proveitos do(s) ano(s) anterior(es).
Tendo o contribuinte optado pelo Regime de Contabilidade Organizada,
art.º 28 n.º 5 CIRS, o enquadramento neste regime mantém-se válido até
que o sujeito passivo proceda à entrega de declaração de alterações a
optar pelo Regime Simplificado, a qual produz efeitos a partir do próprio
ano em que é entregue, desde que apresentada até ao final do mês de
março.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 57
Click todeedit
Regimes Master
tributação title style
– REGIME
CONTABILIDADE

Quando o enquadramento no Regime de Contabilidade Organizada


decorreu de obrigação legal, caso o total dos proveitos obtidos seja inferior
a € 200.000, no ano seguinte o contribuinte será enquadrado pela AT no
Regime Simplificado.

No entanto, nesse ano, o contribuinte pode optar pelo Regime de


Contabilidade Organizada, manifestando essa intenção até ao fim do mês
de março, na Declaração de Alterações.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 58
Click to editdaMaster
Enquadramento title style
atividade de
Alojamento Local em sede de IRS

No regime da contabilidade aplicam-se as regras estabelecidas no Código


do IRC com as necessárias adaptações, conforme expresso no artigo 32.º
do Código do IRS.
É importante relembrar que o exercício da atividade em imóvel
propriedade do empresário, implica a consequente afetação dos imóveis
do património particular para o património empresarial (esfera
empresarial) com as consequências que daí podem advir.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 59
Click to edit
AFETAÇÃO Master DE
E TRANSFERÊNCIA title
BENSstyle
IMOVEIS

AFETAÇÃO

Património
Património
empresarial
Pessoal

TRANSFERÊNCIA

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 60
Afetação de imóvel do património
Click to edit
particular Master title style
ao empresarial

Património Particular

1. O ganho verificado não é de Sujeito a IRS pela


natureza empresarial Categoria G

Património Empresarial Sem Ganho Efectivo

O ganho verificado é de Sujeito a IRS pela


2. natureza empresarial Categoria B

Alienação onerosa
ou
Transferência para Deferimento da tributação
Património Particular para o momento

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 61
Afetação de imóvel do património
Click to edit
particular Master title style
ao empresarial

EXEMPLO:
Jorge, afetou um imóvel do seu património particular à sua atividade
empresarial.
O imóvel adquirido em 1989 por 25 000,00, foi afeto em 1999 à sua
atividade empresarial e contabilizado no imobilizado pelo valor mercado
de 50 000,00.

Em 2016 efetuou a alienação onerosa por 290 000, 00.

RESOLUÇÃO:
Em 2016 far-se-á a tributação da mais-valia das duas transmissões, ou
seja:
1ª Transmissão  Categoria G (mais-valia privada)
2ª Transmissão  Categoria B (mais-valia empresarial ou profissional)

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 62
Click to DO
AFETAÇÃO edit MasterPARTICULAR
PATRIMÓNIO title style
AO EMPRESARIAL

Caso o titular da exploração seja, igualmente, o proprietário dos imoveis


onde é exercida a atividade de alojamento local, tem que afetar os mesmos
á atividade.

Pelo que no momento da afetação e da posterior transferência para o


património particular, fruto de cessação de atividade, ou transmissão a um
terceiro, haverá lugar ao apuramento de rendimentos da Categoria G e da
Categoria B, tributáveis no momento da ultima operação ( alinea b) do n.º 3
do art.º 10.º do CIRS).

No entanto, o OE de 2017 introduziu uma alteração importante sobre esta


matéria, em que deixa de configurar como uma transferência para o
património particular do empresário a afetação de bem imóvel habitacional
desde que o mesmo se continue a destinar à obtenção de rendimentos da
categoria F.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 63
Click to DO
AFETAÇÃO edit MasterPARTICULAR
PATRIMÓNIO title style
AO EMPRESARIAL

No OE de 2018, clarificou-se que, no caso de restituição ao património


particular do sujeito passivo de imóvel habitacional afeto à obtenção de
rendimentos prediais, o ganho decorrente da prévia afetação do imóvel à
atividade empresarial, só seja tributado quando o imóvel deixe de ter
aquela afetação ou seja deixe de produzir rendimentos.

Ou seja, mantém-se o diferimento da tributação das mais valias devidas


pela afetação do imóvel à atividade de alojamento local (categoria G),
enquanto o imóvel produzir rendimentos.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 64
Click to
REGIME
IMOVEIS
edit Master
AFETAÇÃO title style
E TRANSFERÊNCIA DE

REGIME ANTERIOR AO OE 2021

Sujeição
Sujeição art.º 10.º n.º 1 al a)
art.º 10.º n.º 1 al a) Categoria G Deferimento da tributação - Se imóvel habitacional
Deferimento da tributação até ulterior afeto á obtenção rendimentos Categoria F
transmissão art.º 10.º n.º 3 al b), 2º parte
art.º 10.º n.º 3 al b), 1º parte

Não há tributação de qualquer ganho de imóvel


Património habitacional afeto à obtenção de rendimentos Património
Pessoal da categoria F, se gerar rendimentos durante 5 empresarial
anos consecutivos (n.º 15 art.º 10.º)

Sujeição
art.º 3.º n.º 2 al c)
Categoria B Mas não configura transferência
Art.º 3 n.º 9
Se imóvel habitacional afeto á obtenção rendimentos
Categoria F

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 65
TRANSFERÊNCIA DE IMOVEIS PARA O
Click to edit
PATRIMÓNIO Master title style
PARTICULAR
REGIME APÓS O OE 2021 – CATEGORIA B

As transferências de bens imoveis afetos á atividade para o património particular


do proprietário

Deixam de constituir facto tributário


Deixa de relevar a imediata afetação á obtenção de rendimentos da Categoria F

Sujeitos passivos enquadrados no regime de contabilidade organizada

Depreciações ou imparidades e consideradas como gasto, passam a ser tributadas:


 No ano em que ocorra a transferência do imóvel e nos
 3 anos seguintes ( art.º 3 n.º 10)

Montante total dessas depreciações ou imparidades devem acrescer ao valor de


aquisição para determinação de quaisquer mais valias ( art.º 3 n.º 11)

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 66
AFETAÇÃO DE IMOVEIS AO PATRIMÓNIO
Click to edit Master title style
EMPRESARIAL
REGIME APÓS O OE 2021 – CATEGORIA G

A afetação de bens imoveis do património particular á atividade empresarial

Deixam de constituir facto tributário


Deixa de relevar a imediata afetação á obtenção de rendimentos da Categoria F

Os ganhos obtidos com a alienação onerosa de direitos reais sobre bens imoveis que
tenham estado afetos á atividade empresarial/profissional são tributados com as regras
da Categoria B, caso a alienação ocorra antes de decorridos 3 anos após transferência
para o património particular ( n.º 16 do art.º 10)

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 67
TRANSFERÊNCIA DE IMOVEIS PARA O
Click to edit Master title style
PATRIMÓNIO PARTICULAR
REGIME APÓS O OE 2021

AFETAÇÃO DE IMOVEIS VALOR DE AQUISIÇÃO VALOR DO BEM Á DATA


DE AQUISIÇÃO
ART.º 29 N.º 2

Regras do art.º 45 e 46.º do CIRS

TRANSFERÊNCIA IMOVEIS VALOR DE AQUISIÇÃO VALOR DO BEM Á


ART.º 47 DATA DE AQUISIÇÃO

ENCARGOS COM A VALORIZAÇÃO DE IMOVEIS Regras do art.º 45 e 46.º do CIRS


Não são considerados os que tenham sido realizados no período em que estiveram afetos á atividade (
art.º 51 n.º 3)

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 68
Click to edit
TRANSFERÊNCIA Master
DE title
IMOVEIS PARA
PATRIMÓNIO PARTICULAR
Ostyle

REGIME TRANSITÓRIO OE 2021

art.º 10.º n.º 3 al


Categoria G b), 2º parte
As mais valias que se encontram Regime
OE 2021
suspensas
Categoria B art.º 3 n.º 9

Bens imoveis afetos á atividade á data Opção pelo anterior Exercida M3 do ano
regime de 2021
de 01-01-2021

Identificação dos
imoveis e data de
afetação

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 69
Click to3 ano
Modelo edit Master
de 2021– titlealterações
principais style
Anexos B, C e G

Anexo B:
o Artigo 3.º, n.º 2, alínea c) - alterado

Anexo G:

Anexo C:

Q.8A, Q.8C1 e Q.8C2


o Artigo 3.º, n.º 9 - revogado
o Artigo 3.º, n.º 9 e n.º 10 - aditados Q.4B.3 e Q4E

Q.7A, Q.7B, Q.7C.1 e Q.7C.2


o Artigo 10.º, n.º 1, alínea a) - alterado
o Artigo 10.º, n.º 1, alínea i) - aditado
o Artigo 10.º, n.º 3, alínea b) - alterado
o Artigo 10.º, n.º 4, alínea a) - alterado
o Artigo 10.º, n.º 15 - revogado
o Artigo 10.º, n.º 16 - aditado

o Artigo 29.º, n.º 2 - alterado


o Artigo 47.º - alterado
o Artigo 51, n.º 3 - aditado

Alojamento local

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 70 70
Click to edit
Casos práticos Master title style
- Índice

•Exemplo 1 – OPÇÃO PELO REGIME TRANSITÓRIO

• Exemplo 1.1 - Alienação de imóvel no âmbito da atividade

• Exemplo 1.2 - Desafetação do imóvel

• Exemplo 1.3 - Alienação de imóvel

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 71 71
Click to edit Master title style

Anexo B – Q8 B

Exemplo 1 – Opção pelo no regime transitório

Francisco, em 01/01/2021 possuía dois imóveis afetos à sua atividade empresarial


e profissional, a saber:
• imóvel inscrito com o artigo 111
adquirido no ano de 2013 por €80.000
afeto à atividade no ano de 2017 – valor de mercado €85.000
• imóvel inscrito com o artigo 222
adquirido no ano de 2016 por €300.000
afeto à atividade no ano de 2018 – valor de mercado €350.000

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 72
Click to edit Master title style

Anexo B – Q8B

Exemplo 1 – Opção pelo no regime transitório

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 73
Click to edit Master title style

Anexo B – Q4 A- C407, Q8 A e Q8 B
Anexo G – Q4 B3

Exemplo 1.1 – Alienação de imóvel no âmbito da atividade

Francisco ainda em 2021 alienou o imóvel - artigo 222 - no âmbito da sua


atividade por €500.000.
Assim, há lugar ao apuramento de mais valias das categorias B e G
 na categoria B o apuramento faz-se pela diferença entre o valor de
alienação (€500.000) e o valor da afetação em 2018 (€350.000) e
considerando que o coeficiente de desvalorização é =1
 na categoria G o apuramento faz-se pela diferença entre o valor de
afetação em 2018 (€350.000) e o valor de aquisição em 2016 (€300.000)

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 74
Click to edit Master title style
Anexo B – Q4 A- C407, Q8 A e Q8 B
Anexo G – Q4 B3

Exemplo 1.1 – Alienação de imóvel no âmbito da atividade

Anexo B – Mais-valia empresarial

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 75 75
Click to edit Master title style
Anexo B – Q4 A- C407, Q8 A e Q8 B
Anexo G – Q4 B3

Exemplo 1.1 – Alienação de imóvel no âmbito da atividade

Anexo B – Mais-valia empresarial

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 76
Click to edit Master title style

Anexo B – Q4 A- C407, Q8 A e Q8 B
Anexo G – Q4 B3

Exemplo 1.1 – Alienação de imóvel no âmbito da atividade

Anexo G – Mais-valia pessoal

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 77
Click to edit Master title style

Anexo B – Q4 A- C407, Q8 A e Q8 B
Anexo G – Q4 B3

Exemplo 1.2 – Desafetação/transferência do imóvel

Francisco transferiu em 2021 da sua atividade o imóvel - artigo 111- com o


valor de mercado de €90.000
Assim, há lugar ao apuramento de mais valias das categorias B e G
 na categoria B o apuramento faz-se pela diferença entre o valor de
desafetação (€90.000) e o valor da afetação em 2017 (€85.000) e
considerando que o coeficiente de desvalorização é =1
 na categoria G o apuramento faz-se pela diferença entre o valor de
afetação em 2017 (€85.000) e o valor de aquisição em 2013 (€80.000)

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 78 78
Click to edit Master title style
Anexo B - Q4A, C407, Q8A e Q8B
Anexo G - Q4B3

Exemplo 1.2 – Desafetação/transferência do imóvel

Anexo B – Mais-valia empresarial

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 79
Click to edit Master title style

Anexo B – Q4 A- C407, Q8 A e Q8 B
Anexo G – Q4 B3

Exemplo 1.2 – Desafetação/transferência do imóvel

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 80
Click to edit Master title style
Anexo B – Q4 A- C407, Q8 A e Q8 B
Anexo G – Q4 B3

Exemplo 1.2 – Desafetação/transferência do imóvel

Anexo G – Mais-valia particular – Quadro 4B3

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 81
Click to edit Master title style
Anexo G - Q4

Exemplo 1.3 – Alienação de imóvel

Anexo G – Mais-valia particular – Quadro 4

Em 2022 o imóvel - artigo 111 – que havia regressado ao património


pessoal de Francisco em 2021, foi alienado por €100.000;
Assim, há lugar ao apuramento de uma mais valia da categoria G pela
diferença entre o valor de realização (€100.000) e o valor de mercado à
data da desafetação da atividade em 2021 (€90.000)

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 82
Click to edit
Casos práticos Master title style
- Índice

•Exemplo 2 – NOVO REGIME

• Exemplo 2.1 - Alienação de imóvel no âmbito da atividade

• Exemplo 2.2 - Desafetação do imóvel

 Exemplo 2.2.1 - Alienação de imóvel em 2022

 Exemplo 2.2.2 - Alienação de imóvel em 2026

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 83 83
Click to edit Master title style

Anexo B – Q8B

Exemplo 2 – Regime Novo - Sem opção pelo regime transitório

Manuela em 01/01/2021 possuía dois imóveis afetos à sua atividade


empresarial e profissional, a saber:
• imóvel inscrito com o artigo 333
adquirido no ano de 2014 por €150.000
afeto à atividade no ano de 2018 – valor de mercado €160.000
• imóvel inscrito com o artigo 444
adquirido no ano de 2012 por €40.000
afeto à atividade no ano de 2014 – valor de mercado €45.000

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 84
Click to edit Master title style

Anexo B – Q8B

Exemplo 2 – Regime Novo - Sem opção pelo regime transitório

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 85
Click to edit Master title style

Anexo B – Q4A, C407


Anexo B - Q8B e Q8C1

Exemplo 2.1 – Alienação de imóvel no âmbito da atividade

Manuela em 2021 alienou o imóvel - artigo 333 - no âmbito da sua atividade


por €200.000.
Assim, há lugar ao apuramento de mais valia da categoria B pela diferença
entre o valor de alienação (€200.000) e o valor de aquisição em 2014
(€150.000) e considerando que o coeficiente de desvalorização é =1

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 86
Click to edit Master title style

Anexo B – Q4A, C407


Anexo B - Q8B e Q8C1

Exemplo 2.1 – Alienação de imóvel afeto a atividade


Anexo B – Mais-valia empresarial

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 87
Click to edit Master title style

Anexo B – Q4A, C407


Anexo B - Q8B e Q8C1

Exemplo 2.1 – Alienação de imóvel afeto a atividade

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 88
Click to edit Master title style

Anexo B - Q8C2

Exemplo 2.2 – Transferência de imóvel para património particular

Manuela desafetou em 2021 da sua atividade o imóvel - artigo 444 - com


o valor de mercado de €47.500
Neste caso não há lugar ao apuramento de qualquer mais valia.
Preenche apenas o Q. 8C2 do Anexo B

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 89
Click to edit Master title style

Anexo G – Q4E

Exemplo 2.2.1 – Alienação de imóvel que havia estado afeto


atividade, antes de decorridos 3 anos após transferência

Em 2022 a Maria alienou o imóvel - artigo 444 – que tinha estado afeto à
atividade até 2021, por €50.000.
Neste caso há lugar ao apuramento de uma mais-valia pela diferença entre o
valor de alienação (€50.000) e o valor de aquisição em 2012 (€40.000).
Esta mais-valia da categoria G é calculada e tributada pelas regras da categoria
B.
Assim, à totalidade da mais valia apurada será aplicado o coeficiente 0,95 do
regime simplificado.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 90
Click to edit Master title style
Anexo G – Q4E

Exemplo 2.2.1 – Alienação de imóvel que havia estado afeto


atividade, antes de decorridos 3 anos após desafetação

Norma anti-abuso
determina aplicação das
Anexo G – Mais-valia particular regras em vigor de
determinação da mais-
valia para a categoria B

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 91
Click to edit Master title style

Anexo G – Q4

Exemplo 2.2.2 – Alienação de imóvel decorridos 3 anos após


desafetação

Se Manuela alienasse o imóvel - artigo 444 – em 2026, haveria lugar ao


apuramento de uma mais-valia pela diferença entre o valor de alienação
(€50.000) e o valor de aquisição em 2012 (€40.000).
Esta mais-valia seria calculada e tributada pelas regras da categoria G.
Nessa situação, deveria ser preenchido o Quadro 4 do anexo G

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 92
Click to edit Master title style
Anexo G – Q4

Exemplo 2.2.2 – Alienação de imóvel decorridos 3 anos após


desafetação

Anexo G – Mais-valia particular

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 93
Click to edit Master
Enquadramento title
da atividade de style
Alojamento Local em sede de IRS

• Atividade de Alojamento Local exercida por um sujeito passivo não


residente

Os sujeitos passivos não residentes (singulares ou coletivos) que obtenham


em Portugal rendimentos derivados do arrendamento de imóveis estão
obrigados a apresentar declaração de rendimentos (modelo 3 de IRS ou
modelo 22 de IRC) através de representante fiscal a designar para o efeito.

Caso o proprietário do estabelecimento seja também o titular da


exploração de Alojamento Local, estaremos perante uma situação que
configura um estabelecimento estável.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 94
Click to edit Master
Enquadramento title
da atividade de style
Alojamento Local em sede de IRC

• Atividade de Alojamento Local exercida por um sujeito passivo não


residente

Nos termos do n.º 1 do artigo 5.º do Código do IRC, considera-se


estabelecimento estável qualquer instalação fixa através da qual seja exercida
uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola. A atividade de
Alojamento Local está intrinsecamente ligada ao imóvel e dele não se pode
dissociar. É através do imóvel (instalação fixa) que a atividade se desenvolve,
configurando assim a existência de um estabelecimento estável.

A existência de estabelecimento estável determina, para efeitos de IRC, que a


entidade não residente tem obrigações fiscais e contabilísticas idênticas às de
um sujeito passivo residente, sendo o seu lucro tributável determinado nos
termos do artigo 55.º do Código do IRC.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 95
Click to edit
OBRIGAÇÕES Master DOS
DE FATURAÇÃO title style
TITULARES CATEGORIA B

 Os titulares de rendimentos da categoria B, estão obrigados a emitir


fatura, recibo ou fatura-recibo, em modelo oficial relativamente a
todas as importâncias recebidas dos seus clientes, pelas transmissões
de bens ou prestações de serviços decorrentes do exercício da sua
atividade comercial de alojamento local (de acordo com o disposto no
artigo 115.º do Código do IRS).
 As faturas, os recibos ou as faturas-recibo relativos aos serviços de
alojamento local devem ser sempre emitidos em nome dos hóspedes
destinatários de tais serviços, e não das empresas que intermedeiam as
reservas e/ou os pagamentos desse alojamento.
 Em tais faturas deve constar o valor total do serviço de alojamento

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 96
Click to edit
OBRIGAÇÕES Master DOS
DE FATURAÇÃO title style
TITULARES CATEGORIA B

 É o titular do direito de exploração do estabelecimento de alojamento


local, que deve emitir ao hóspede uma fatura-recibo sobre o valor total
do alojamento.
 Na fatura deve constar o valor que recebeu do hóspede sem deduzir a
comissão que é devida à Booking ou a taxa de serviço que lhe é
cobrada e retida pela Airbnb.
 Com efeito, estas entidades devem faturar ao titular do direito de
exploração do estabelecimento de alojamento local, os respetivos
serviços (comissões), os quais são resultantes de uma relação
comercial entre o alojamento e as operadoras, sendo o cliente um
mero utilizador de uma plataforma digital.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 97
Click to edit Master
ENQUADRAMENTO titleEMstyle
DA ATIVIDADE IVA

Em função dos elementos constantes da declaração de início de


atividade, o contribuinte fica enquadrado num dos dois regimes do IVA:

 Regime Isenção Art.º 53.º CIVA


 Regime Normal de Tributação

O enquadramento inicial em cada um dos regimes, efetua-se com base


na previsão do valor de rendimentos a obter efetuada na declaração de
início de atividade anualizada.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 98
Click
REGIMEto edit ART.º
ISENÇÃO Master53.º title style

Fica enquadrado em “IVA – regime de isenção do art.º 53.º” se reunir,


cumulativamente, os seguintes requisitos:
 Não possua, nem seja obrigado a possuir contabilidade organizada,
para efeitos de IRS;
 Não pratique operações de importação, exportação ou atividades
conexas;
 Não efetue transmissões de bens ou prestações de serviços previstas
no anexo E do CIVA (Lista dos bens e serviços do setor de
desperdícios, resíduos e sucatas recicláveis);
 Não indique um volume de negócios, para o ano civil, superior a €
12.500.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 99
Click
REGIMEto edit ART.º
ISENÇÃO Master title style
53.º - OBRIGAÇÕES

 Declaração de alterações, sempre que ocorra qualquer alteração


aos dados constantes no registo de contribuinte, no prazo de 15
dias a contar da data da alteração, exceto se a alteração for ao
volume de negócios, caso em que a declaração é entregue em
janeiro do ano seguinte

 Declaração de cessação, no prazo de 30 dias a contar da data da


cessação, quando deixar de exercer a atividade

 Dispensa da obrigação de liquidar imposto

 Obrigatoriedade de emissão de fatura, fatura simplificada ou fatura-


recibo com a menção «IVA —regime de isenção»

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 100
Click
REGIMEto edit Master
NORMAL title style
DE TRIBUTAÇÃO

Fica enquadrado no Regime Normal, se reunir os seguintes requisitos:

 Exerça uma atividade sujeita a IVA;


 A atividade não seja isenta nos termos do art.º 9.º do Código do
IVA; ou sendo, não renuncie à isenção relativamente às atividades
previstas no art.º 12.º
 Não reúna os requisitos do regime especial de isenção (art.º 53.º
do Código do IVA), ou reunindo essas condições opte pelo regime
normal

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 101
Click
REGIMEto edit Master
NORMAL title style
DE TRIBUTAÇÃO –
OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS

• Declaração de alterações, sempre que ocorra qualquer alteração aos dados


constantes no registo de contribuinte, no prazo de 15 dias a contar da data da
alteração.
• Declaração periódica, nos seguintes prazos: art.º 41.º do CIVA:
i. Se enquadrado no regime trimestral, até ao dia 20 do 2.º mês seguinte ao
trimestre do ano civil a que respeitam as operações;
ii. Se enquadrado no regime mensal, até ao dia 20 do 2.º mês seguinte àquele
a que respeitam as operações;
• Declaração de cessação, no prazo de 30 dias a contar da data da cessação,
quando deixar de exercer a atividade.
• Anexos à Declaração Anual de informação contabilística e fiscal. Deve
apresentar os anexos L, M, N, O e P, se tiver contabilidade organizada.

Há dispensa da entrega dos referidos anexos, se estiver no regime simplificado


do IRS.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 102
Click toNORMAL
REGIME edit Master title –style
DE TRIBUTAÇÃO
OBRIGAÇÕES

Adesão à Caixa Postal Eletrónica


Os sujeitos passivos residentes enquadrados no regime normal do IVA,
são obrigados a possuir caixa postal eletrónica e a comunicar à AT no
prazo de 30 dias a contar da data do início de atividade ou da data do
início do enquadramento no regime normal do IVA, quando o mesmo
ocorra por alteração (n.º 12 do art.º 19.º da Lei Geral Tributária (LGT).

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 103
Click
IVA - Osto edit Master
intermediários title style
– Comissões

Um contrato celebrado entre uma empresa portuguesa e um operador para a


promoção e divulgação dos apartamentos ou a comissão de intermediação,
configura uma prestação de serviços nos termos do artigo 4.º do CIVA,
tributada à taxa normal:
 Se o operador tiver sede em território nacional, ao faturar à empresa de
Alojamento local, os serviços de promoção e/ou comissões deverá liquidar
IVA à taxa normal.
 Se o operador tiver a sede fora do território nacional, ao faturar à empresa
de Alojamento local, os serviços de promoção/comissão deverá aplicar as
regras da localização das operações do artigo 6.º do CIVA.

Nota: Ainda que se trate da promoção de alojamento de tipo hoteleiro, estes serviços de promoção e
comissões serão sempre tributados à taxa normal, já que a verba 2.17 da Lista I anexa ao Código,
apenas se aplica ao alojamento de tipo hoteleiro e não à prestação de serviços da sua promoção.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 104
Click
IVA - Osto edit Master
intermediários title style
– Comissões

 A entidade adquirente, desde que seja sujeito passivo devidamente


registado em sede de IVA, torna-se sujeito passivo com a obrigação de
liquidação do imposto pela aquisição da prestação de serviços, e, se
tiver direito à dedução (nos termos do artigo 19.º e seguintes do CIVA),
fará a dedução em simultâneo, na declaração periódica de IVA.
 Em termos da declaração periódica de IVA, a referida autoliquidação de
IVA por estes serviços, deverá ser incluída nos campos 3 (valor
tributável) e 4 (imposto liquidado) do Quadro 06 quando o prestador é
de um país terceiro, e esse valor tributável deverá ser ainda incluído no
campo 98 do Quadro 06-A. O IVA dedutível (se aplicável) deverá ser
incluindo no campo 24 do Quadro 06.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 105
IRC - Os intermediários – Comissões
Click to edit Master title style
e taxas de serviço

Os rendimentos provenientes da intermediação na celebração de quaisquer


contratos são considerados como obtidos em território português quando a
entidade devedora tenha a residência, sede ou direção efetiva em território
português ou cujo pagamento seja imputável a um estabelecimento estável
nele situado, conforme previsto no n.º 6 da alínea c) do n.º 3 do artigo 4.º do
Código do IRC.
Regra geral, as comissões consideradas como rendimentos obtidos em
território nacional por sujeitos passivos não residentes, estão sujeitas a uma
taxa de retenção na fonte, com caráter liberatório de 25%, nos termos do n.º 4
do artigo 94.º do Código do IRC.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 106
Click
IRC - Osto edit Master
intermediários
taxas de serviço
title
– Comissões estyle

Porque se tratam de rendimentos obtidos por entidades com cujos


Estados de residência o Estado Português celebrou Convenções para
evitar a Dupla Tributação (CDT) podem ser dispensados de retenção na
fonte desde que as entidades beneficiárias dos pagamentos (a Airbnb e a
Booking) comprovem perante a entidade pagadora (sujeito passivo
nacional) que estão em condições de ser contemplados por tais CDT, nos
termos previstos na alínea a) do n.º 2 do artigo 98.º do Código do IRC.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 107
Click
IRC - Osto edit Master
intermediários
taxas de serviço
title
– Comissões estyle

Para que possa ser dispensada a retenção na fonte, estas entidades devem
apresentar ao sujeito passivo português:
 um formulário modelo 21-RFI, acompanhado de documento emitido
pelas autoridades competentes do respetivo Estado de residência que
ateste a sua residência para efeitos fiscais no período em causa e a
sujeição a imposto sobre o rendimento nesse Estado (certificado de
residência fiscal)
 Qualquer um destes documentos tem validade de 1 ano.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 108
Click
IRC - Osto edit Master
intermediários
taxas de serviço
title
– Comissões estyle

Ainda assim, mantem-se a obrigatoriedade de apresentação da


declaração modelo 30 relativa aos pagamentos a entidades não
residentes, que deve ser apresentada, através de transmissão eletrónica
de dados, até ao fim do segundo mês seguinte aquele em que se
proceda ao pagamento das referidas comissões ou taxas.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 109
Click
IRC - Osto edit Master
intermediários title style
– Comissões

No caso da empresa beneficiária do rendimento não acionar a CDT


até à data limite para entrega da retenção na fonte, a empresa
portuguesa deve proceder a essa retenção na fonte, entregando o
respetivo imposto ao Estado português, conforme determina o n.º 5
do artigo 98.º do Código do IRC, sendo considerada como o substituto
tributário.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 110
Click tointermediários
IRC - Os edit Master title style
– Comissões

Nessa situação, a empresa beneficiária do rendimento, pode solicitar


o reembolso total ou parcial do imposto que tenha sido retido na
fonte, no prazo de dois anos contados a partir do termo do ano em
que se verificou o facto gerador do imposto, mediante a apresentação
de um formulário de Modelo 24-RFI, desde que cumpra as respetivas
condições referidas para o acionamento da convenção.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 111
Click
Sujeitosto edit
passivos Master
enquadrados
isenção do art.º 53.º do CIVA
title
na style

As aquisições de serviços a não residentes, não determinam a


impossibilidade de aplicação da isenção prevista no art.º 53.º do CIVA,
pelo que não se altera, por esse motivo, o enquadramento no Regime
especial de isenção ali previsto. No entanto, esse enquadramento
também não determina a exclusão do sujeito passivo das obrigações que
lhe assistam em termos de liquidação de imposto a que haja lugar em
Portugal, por via dessas aquisições.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 112
Click
Sujeitosto edit enquadrados
passivos Master title style
na isenção
do art.º 53.º do CIVA

De acordo com a alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do CIVA, são localizados


em território nacional os serviços prestados a um adquirente que seja
sujeito passivo do imposto em Portugal (mesmo que este sujeito passivo
beneficie de isenção prevista no Código), cabendo ao adquirente a
obrigação de entrega do imposto nos cofres do Estado português,
sempre que o prestador do serviço não tenha sede, nem
estabelecimento, nem registo neste espaço fiscal (Portugal).

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 113
Sujeitos passivos enquadrados na
Click to edit Master title style
isenção do art.º 53.º do CIVA

Pelo pagamento das comissões/serviços de promoção, o sujeito passivo


português fica obrigado à entrega nos cofres do Estado português, por via
da autoliquidação, do imposto devido sobre as mesmas.

A autoliquidação do IVA referente à aquisição dos serviços de intermediação


é efetuada no campo 16 (valor tributável) e campo 17 (Imposto liquidado)
do quadro 06 da Declaração Periódica de IVA do período em que os serviços
foram adquiridos, quando o prestador de serviços for sujeito passivo de
outro Estado-Membro da União Europeia (note-se que o imposto assim
liquidado, não pode ser deduzido, dado o enquadramento do sujeito
passivo, que não lhe confere direito à dedução).

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 114
Click
Sujeitosto edit
passivos
art.º 53.º do CIVA
Master
enquadradostitle style
na isenção do

 Previamente à prática destas operações, terá de ser incluída a respetiva


informação no Cadastro do contribuinte, pelo que, deve entregar uma
declaração de alterações, a assinalar o quadro 27 - PRESTAÇÃO/AQUISIÇÃO
DE SERVIÇOS INTRACOMUNITÁRIAS (Passa a efetuar).

 Em conclusão, passando a ser devedor de imposto pela aquisição de serviços


intracomunitários nos termos das alíneas e) e g) do n.º 1 do artigo 2.º do
CIVA deve entregar a declaração periódica para efetuar a liquidação do IVA
dessas operações (apenas quando existam), até ao final do mês seguinte à
realização das aquisições, procedendo ao pagamento do respetivo imposto
liquidado.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 115
Sujeitos passivos enquadrados na isenção do
Click to edit Master title style
art.º 53.º do CIVA

Pelo pagamento das comissões/serviços de promoção, o sujeito passivo


português fica obrigado à entrega nos cofres do Estado português, por via
da autoliquidação, do imposto devido sobre as mesmas.

A autoliquidação do IVA referente à aquisição dos serviços de intermediação


é efetuada no campo 16 (valor tributável) e campo 17 (Imposto liquidado)
do quadro 06 da Declaração Periódica de IVA do período em que os serviços
foram adquiridos, quando o prestador de serviços for sujeito passivo de
outro Estado-Membro da União Europeia (note-se que o imposto assim
liquidado, não pode ser deduzido, dado o enquadramento do sujeito
passivo, que não lhe confere direito à dedução).

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 116
Click to editDEMaster
TAXA TURÍSTICA DORMIDAStitle style

• A Taxa Turística de Dormida foi aprovada pela Câmara Municipal de


Lisboa através do Regulamento n.º 569-A/2014, de 19/12, publicado na
Parte "H" do Diário da República, 2.ª série - N.º 251 - 30 de dezembro de
2014.

• A taxa é devida, por dormida, a partir de 1 de janeiro de 2016, sendo o


seu valor de 1€ por pessoa em todos os empreendimentos turísticos. A
taxa é aplicada aos hóspedes a partir dos treze anos de idade, não
abrangendo o dia do 13.º aniversário. A comprovação da idade é feita
pela exibição do documento de identificação ou documento equivalente
onde conste a data de nascimento.

• Essa taxa turística é devida à Câmara Municipal de Lisboa por cada


hóspede nos estabelecimentos hoteleiros de Lisboa, sendo a
responsabilidade pela sua liquidação e cobrança dos estabelecimentos
hoteleiros por conta da câmara municipal.

• A responsabilidade pela liquidação e cobrança da taxa ao Município de


Lisboa pode ainda ser efetuada por intermediários turísticos (p.e.
empresa Airbnb ou booking) em nome
4/20/2023
da empresa de alojamento local.
Abilio Sousa 117
Apresentação | Autor
Click to editDEMaster
TAXA TURÍSTICA DORMIDAStitle style

• Esta situação não desobriga a empresa do alojamento local de proceder à


emissão da fatura ao hóspede com a indicação da referida taxa turística.

• A Taxa Municipal Turística não está sujeita ao Imposto sobre o Valor


Acrescentado (IVA) nos termos do nº 2 do artigo 2º do Código do Imposto
sobre o Valor Acrescentado (CIVA).

• Em termos contabilísticos, a Norma Contabilística e de Relato Financeiro


(NCRF) n.º 20 - "Rédito", no seu parágrafo 8, que estabelece que os impostos
sobre vendas, incluindo taxas cobradas, não são benefícios económicos que
fluam para entidade, sendo uma mera cobrança a terceiros de um imposto
sobre vendas em nome e a ser entregue à Câmara Municipal pela entidade,
não fazendo, portanto, parte do rédito.

• O registo contabilístico da taxa cobrada ao hóspede pela empresa em nome


da Câmara Municipal de Lisboa pode ser efetuado através do crédito de uma
subconta da conta 246 - "Estado e outros Públicos - Tributos das Autarquias
Locais", a ser anulada no momento da respetiva entrega à Câmara Municipal.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 118
Click to editDEMaster
TAXA TURÍSTICA DORMIDAStitle style

• O registo contabilístico da taxa cobrada ao hóspede pela entidade


intermediária, e entregue por esta entidade à Câmara Municipal, deve
ser registado na conta 278 - "Outros devedores e credores", subconta a
ser criada em nome da entidade intermediária (p.e. Airbnb).
• Esta conta será anulada no momento do encontro de contas entre a
empresa de alojamento local e a entidade intermediária.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 119
Click to edit Master
ENQUADRAMENTO EM IMI title
E IMT style
Enquadramento em IMT

Em termos de IMT deverá atender-se ao seguinte:

• Segundo o art.º 2.º do Código do Imposto Municipal sobre as Transmissões


Onerosas de Imóveis (CIMT), o IMT incide sobre as transmissões, a título
oneroso, do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse direito,
sobre bens imóveis situados no território nacional.

• A liquidação do IMT é da iniciativa dos interessados, para cujo efeito devem


apresentar uma declaração de modelo oficial, devidamente preenchida.

• A liquidação é promovida oficiosamente pelos serviços de finanças que


forem competentes e sempre que os interessados não tomem a iniciativa
de o fazer dentro dos prazos legais, bem como quando houver lugar a
qualquer liquidação adicional, sem prejuízo dos juros compensatórios a
que haja lugar e da penalidade que ao caso couber.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 120
Click to edit Master
ENQUADRAMENTO EM IMI Etitle
IMT style
Enquadramento em IMT

Para efeitos da liquidação, deve o interessado (adquirente do imóvel)


fornecer os seguintes elementos:

a) A identificação dos imóveis ou a indicação de estarem omissos nas


matrizes, bem como o valor constante do ato ou do contrato;

b) O valor atribuído aos bens, com especificação do que corresponder às


partes integrantes cujo valor não esteja compreendido no valor patrimonial
tributário dos respetivos prédios;

c) Informação sobre se a aquisição vai ou não ser feita no âmbito de um dos


atos ou contratos previstos no n.º 3 do art.º 2.º, juntando cópia do
respetivo documento nos casos previstos nas suas alíneas a) e b);

d) Os demais esclarecimentos indispensáveis à exata liquidação do imposto,


(vide art.ºs 17.º, 18.º, 19.º e seguintes do CIMT).

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 121
ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT
Click to edit Master
Enquadramento em IMT title style

No entanto,

• Está prevista no art.º 7.º do CIMT, a isenção de IMT nas aquisições de


prédios para revenda. Esta isenção abrange as entidades que têm como
objeto de atividade a aquisição de prédios para revenda, estabelecendo-
se por isso, no próprio texto desta disposição legal, a prova dessa
qualidade de revendedor de imóveis, através da apresentação prévia de
declaração de início de atividade onde figure esse objeto de atividade.

Nota: Esta ressalva é relevante porque podem existir atividades de alojamento


local cuja aquisição inicial do imóvel tenha tido essa intenção e que agora
possamos estar perante a intenção de alteração do destino do imóvel com as
consequente consequências dessa opção em termos de IMT.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 122
Click to edit Master
ENQUADRAMENTO title style
EM IMI E IMT
Enquadramento em IMT

• Em termos contabilísticos, se a entidade possui um imóvel, adquirido


inicialmente com o objetivo de ser vendido na atividade ordinária (corrente),
sendo esta atividade a compra e venda de imóveis, e consequentemente
classificado como inventário (mercadorias), quando destine esse imóvel ao
mercado de arrendamento, ou efetue o respetivo arrendamento, a partir
desse momento, a entidade deve reclassificá-lo para propriedades de
investimento [cf. parágrafo 8c) da NCRF 11].

• Essa reclassificação para propriedades de investimento deve ser efetuada pela


respetiva quantia escriturada a essa data, passando a ser essa quantia o custo
no âmbito da propriedade de investimento.

• Por outro lado, se a entidade afetar esse imóvel, destinado a venda no decurso
ordinário da atividade corrente, à utilização na execução de prestações de
serviços de alojamento de carater hoteleiro, deve proceder à reclassificação
de inventários para o ativo fixo tangível (cf. definição prevista no parágrafo 6
da NCRF 7 - "Ativos fixos tangíveis".

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 123
Click to edit Master
ENQUADRAMENTO EM IMItitle
E IMT style
Enquadramento em IMT

• Os registos contabilísticos podem ser:

Pelo desreconhecimento do imóvel de inventários:

Débito da conta 382 - "Reclassificação e regularização de inventários e


ativos biológicos - Mercadorias" por contrapartida a crédito da conta 32 -
"Mercadorias", pela quantia escriturada do imóvel.

Pelo reconhecimento como propriedade de investimento (ou ativo fixo


tangível):

Débito da conta 42 - "Propriedades de investimento" (conta 43 - "Ativos


fixos tangíveis") por contrapartida a crédito da conta 382 -
"Reclassificação e regularização de inventários e ativos biológicos -
Mercadorias", pela quantia escriturada do imóvel.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 124
Click to edit Master
ENQUADRAMENTO title style
EM IMI E IMT
Enquadramento em IMT

• Enquanto o imóvel permanecer afeto ao alojamento local deve manter-se


reconhecido como propriedade de investimento (ou ativo fixo tangível),
atendendo a que os rendimentos que se estimam obter estarão
relacionados com a prestação de serviços (e não com a venda).

• Se o imóvel alocado ao alojamento local for vendido, ou deixar de estar


arrendado e passar a estar destinado a ser vendido, sendo a compra e
venda de imóveis a atividade ordinária, a entidade deve voltar a
reclassificá-lo para inventários, com o objetivo de determinar o resultado
pela venda desse bem como inventário, nos termos previstos para a
determinação do rédito da venda de bens (conta 71) e do respetivo gasto
das vendas (conta 61).

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 125
Click to edit
ENQUADRAMENTO Master title
EM IMI E IMT
Enquadramento em IMT
style

Ainda em termos de IMT

• A empresa dispõe do prazo de 30 dias após essa afetação à atividade de


prestação de serviços de alojamento local para efetuar a liquidação do IMT,
efetuando a entrega desse imposto através do modelo oficial para o efeito,
conforme previsto no artigo 34.º do CIMT.

• Se posteriormente a entidade efetuar a venda do imóvel, dentro do prazo


de 3 anos após a sua aquisição, não sendo o mesmo destinado a revenda,
pode solicitar o reembolso do IMT liquidado, conforme o n.º 4 do artigo 7.º
do CIMT.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 126
Click to edit
ENQUADRAMENTO Master title
EM IMI E IMT
Enquadramento em IMT
style

Os imóveis utilizados na atividade de alojamento local ficam sujeito a


IMI e em regra não beneficiam de qualquer dispensa, diferimento ou
isenção de pagamento de IMI.

No entanto:

• Também para efeito deste imposto se o destino inicial do bem tivesse


sido para revenda poderia beneficiar de uma não sujeição temporária.

• Se a aquisição tivesse sido efetuada como prédio destinado a revenda,


este imposto apenas seria devido a partir do terceiro ano seguinte,
àquele em que um prédio tenha passado a figurar no inventário de
uma empresa que tenha por objeto a sua venda, conforme a alínea e)
dezembro 2022
do n.º 1 do artigo 9.º do Código desse imposto.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 127
ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT
Click to editemMaster
Enquadramento IMI title style

• Uma das condições obrigatórias para que se verifique a não sujeição


temporária a IMI, nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 9.º do CIMI, é
que a empresa tenha por objeto social a compra e venda de imóveis.

• Outras das condições obrigatórias para que a empresa possa requerer o


diferimento do início da tributação em IMI (em 3 anos) do prédio
destinado a revenda, é que esses itens estejam reconhecidos como
inventários na empresa.

• Para que possa beneficiar do reconhecimento da suspensão temporária de


tributação de IMI dos prédios para revenda, a empresa deve comunicar ao
serviço de finanças da área da localização do imóvel, no prazo de 60 dias
contados da verificação do facto determinante da sua aplicação, a afetação
do prédio àquele fim, de acordo com o n.º 4 do mesmo artigo 9.º do CIMI.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 128
Click to edit Master
ENQUADRAMENTO title style
EM IMI E IMT
Enquadramento em IMI

• Também para efeitos de IMI, a entidade que afete o imóvel adquirido para
revenda à atividade de alojamento local, deve proceder à comunicação à
Autoridade Tributária e Aduaneira a afetação dos imóveis a um fim
diferente da revenda, tendo um prazo de até 60 dias para a realizar,
conforme a alínea j) do n.º 1 do artigo 13.º do CIMI.
• Ainda que o imóvel seja vendido dentro dos prazos de diferimento da
tributação do IMI, após lhe ter sido dado um destino diferente da revenda,
a entidade já não pode voltar a beneficiar desse diferimento.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 129
Click to edit Master title style
ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT
Enquadramento em AIMI

Adicional de IMI

• A Lei do Orçamento do Estado para 2017 introduz um novo imposto denominado


como Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI), referindo que ficam
sujeitos a este imposto as pessoas singulares ou coletivas que sejam proprietários,
usufrutuários ou superficiários de prédios urbanos situados no território
português, sendo também equiparadas a pessoas coletivas as heranças indivisas.

• Em caso de contitularidade, o imposto é devido em função da quota parte de cada


titular.

• São afastadas da sujeição ao AIMI as empresas municipais, os prédios urbanos


classificados como “comerciais, industriais ou para serviços” e “outros” nos termos
das alíneas b) e d) do n.º 1 do artigo 6.º do Código o IMI, respetivamente. Nos
termos do n.º 2 do artigo 6.º, são classificados como comerciais, industriais ou
para serviços os edifícios ou construções para tal licenciados ou, na falta de
licença, que tenham como destino normal cada um destes fins.

• Nota: Os imóveis destinados ao arrendamento ou alojamento local ficam


sujeitos a este imposto
4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 130
Click to edit Master
ENQUADRAMENTO title style
EM IMI E IMT
Enquadramento em AIMI

• O AIMI incide sobre a soma dos Valores Patrimoniais Tributários (VPT’s)


dos prédios urbanos situados em território português de que o sujeito
passivo seja titular, seja ele residente em Portugal ou não, no entanto não
é contabilizado para a soma dos VPT’s o valor dos prédios que no ano
anterior tenham estado isentos ou não sujeitos a tributação em IMI,
podendo esta ser relevante para os contribuintes que beneficiem da não
tributação do IMI no caso de compra de imóveis para revenda conforme
foi acima referido no tratamento do IMI.

• Para a determinação do valor tributável são deduzidas as seguintes


importâncias:

- € 600 000,00, quando o sujeito passivo é uma pessoa singular;

- € 600 000,00, quando o sujeito passivo é uma herança indivisa.

• Para as pessoas coletivas não existe qualquer dedução.


4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 131
ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT
Click to editemMaster
Enquadramento AIMI title style

As Taxas aplicáveis são as seguintes:


 0,4% às pessoas coletivas;
 0,7%, sobre o valor tributável até 1 milhão de euros, e 1% na parte excedente,
relativamente à parcela dos prédios detidos por pessoas coletivas que sejam
afetos a uso pessoal dos titulares do respetivo capital, dos membros dos
órgãos sociais ou de quaisquer órgãos de administração, direção, gerência ou
fiscalização ou dos respetivos cônjuges, ascendentes e descendentes;
 0,7%, sobre o valor tributável até 1 milhão de euros, e 1% na parte excedente,
às pessoas singulares;
 0,7% às heranças indivisas;

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 132
ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT
Click to editemMaster
Enquadramento AIMI title style

• Os sujeitos passivos casados e em união de facto que tem opções a fazer


para minorar a tributação

 Os sujeitos passivos casados ou em união de facto para efeitos do artigo


14.º do Código do IRS podem optar pela tributação conjunta do AIMI.
Neste caso, somam-se os VPT’s dos prédios na sua titularidade e a dedução
a efetuar para determinar o valor tributável passa a ser de € 1 200 000 (i.e.,
2 x € 600 000).

 Nas situações em que for exercida a opção pela tributação conjunta, haverá
lugar a uma única liquidação, sendo ambos os sujeitos passivos
solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 133
Click to edit Master title style
ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT
Enquadramento em AIMI

 Os sujeitos passivos casados sob os regimes de comunhão de bens que


não exerçam esta opção, podem, alternativamente, identificar, através de
declaração conjunta, a titularidade dos prédios, indicando aqueles que são
bens próprios de cada um deles e os que são bens comuns do casal. A
referida declaração, de modelo a aprovar por portaria e a apresentar
exclusivamente no Portal das Finanças, deve ser efetuada de 1 de abril a
31 de maio.

 Não sendo efetuada a declaração no prazo estabelecido, o AIMI incide,


relativamente a cada um dos cônjuges, sobre a soma dos valores dos
prédios que já constavam da matriz na respetiva titularidade.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 134
ENQUADRAMENTO EM IMI E IMT
Click to editemMaster
Enquadramento AIMI title style

Também para as heranças indivisas podem efetuar opções:

• Em relação à herança indivisa a regra é a tributação sobre o somatório dos


VPT que constam das matrizes da herança, contudo, também aqui pode ser
afastada se a herança, através do cabeça de casal, apresentar uma
declaração, de 1 a 31 de março, identificando todos os herdeiros e as suas
quotas, e se, subsequentemente, de 1 a 30 de abril, todos os herdeiros na
mesma identificados confirmarem as respetivas quotas. Em qualquer caso, a
comunicação será feita exclusivamente através do Portal das Finanças, por
declaração de modelo a aprovar por portaria.

• Sendo afastada a tributação na esfera da herança indivisa, a quota-parte de


cada herdeiro sobre o valor do prédio ou dos prédios que integram a
herança indivisa acresce à soma dos VPT’s dos prédios que constam da
matriz na titularidade desse herdeiro, para efeitos de determinação do valor
tributável do Adicional de IMI.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 135
Click to edit Master
ENQUADRAMENTO title style
EM IMI E IMT
Enquadramento em AIMI

O adicional ao imposto municipal sobre imóveis é liquidado anualmente,


pela Autoridade Tributária e Aduaneira, com base nos valores
patrimoniais tributários dos prédios e em relação aos sujeitos passivos
que constem das matrizes em 1 de janeiro do ano a que o mesmo
respeita.

Será liquidado em Junho e pago na totalidade durante o mês de


setembro.

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 136
Click to edit Master title style

Obrigada!
Título apresentação

4/20/2023
Apresentação | Autor Abilio Sousa 137

Você também pode gostar