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Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Curso de Engenharia Mecânica


Materiais de Construção Mecânica

DECOMPOSIÇÃO DA
AUSTENITA E CURVAS TTT

Profª Adiana Nascimento Silva


INTRODUÇÃO

Aço resfriado lentamente à movimentação e


rearranjo dos átomos (difusão) para formar uma
nova fase à quais fases podem ser formadas???

Ferrita e cementita

Aço resfriado rapidamente à Processo praticamente


instantâneo(adifusional) à mudança no reticulado
cristalino à quais os microconstituintes gerados???

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André L. V. Costa e Silva / Paulo R. Mei


INTRODUÇÃO

Bainita

Martensita
Deformação da
rede cristalina
Cementtita

Ferrita

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André L. V. Costa e Silva / Paulo R. Mei


Resfriamento mais lento è Ferrita
equiaxial (nucleada preferencialmente
no contorno de grão austenítico)

Resfriamento mais severo è Ferrita


acicular (forma agulhada)

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz V.


da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
Ferrita equiaxial e pró-eutetóide,
originada do resfriamento lento, cujo
grão tende a nuclear entre os
contornos de grão da austenita

Resfriamento mais lento

Resfriamento mais rápido

Classificação também aplicada


à cementita

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da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
• ferrita equiaxial

• Ferrita Widmanstätten

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PERLITA
As regiões mais claras correspondem
a cementita ou a ferrita?

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da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
CURVA ITT
Curva em C ou ITT è Transformação isotérmica

• Região a – tempo de incubação rearranjo


atômico e nucleação da perlita. ≠
• Região b – crescimento e transformação.

• Região c – encontro dos grãos, redução da


transformação.

Tempo mínimo de incubação!


ITT
De T1 para T2à De T2 para T3à
supersaturação difusão

cinética da transformação

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CURVA ITT

Aço

% da γ transformada
EUTETÓIDE 100
Ttrans = 650ºC Final da
transformação
50
Ttrans = 675ºC

em perlita
0
Início da 1 10 102 103 104 105
transformação Tempo (s)

Austenita estável Temperatura


700 Austenita eutetóide (727 ºC)
Temperatura (ºC) 675 instável
650 Perlita
600
Curva de conclusão (~100% de perlita)
500

? Curva 50% de conclusão


400
Curva de início (~0% de
perlita) 1 10 102 103 104 105
CURVA ITT
COMPLETA
Bainita e Martensita
Temperatura

Difusão e
Cisalhamento

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz V.


da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
BAINITA E FERRITA ACICULAR
A bainita inferior à Temperatura!!!
microestrutura
análoga a da
martensita em placas,
sendo comumente
caracterizada como
“acicular”(Colpaert,
2008).

Carbonetos no interior
dos grãos ferríticos à
maior tenacidade
para a bainita inferior
Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. –
André Luiz V. da Costa e Silva /
Paulo Roberto Mei
- MO dificulta a
observação da
bainita
BAINITA E FERRITA
ACICULAR

MET (Carbonetos
- MEV
da ordem de
nanômetros)

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. –


André Luiz V. da Costa e Silva / Paulo
Roberto Mei
BAINITA E FERRITA ACICULAR
Nos aços carbono é difícil
separar as regiões da
bainita e da perlita.

Baia à Os elementos de baias


liga numa transformação
que ocorre por difusão,
precisam se distribuir entre
γ, α e Fe3C. A cinética de
formação da ferrita e da
perlita é bastante distinta
do efeito sobre a
transformação bainítica
favorecendo a formação
da baia (Colpaerte, 2008).
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BAINITA E FERRITA ACICULAR
Óxidos, sulfetos e nitretos

Nucleação Nucleação

Os mesmos mecanismos de formação


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BAINITA E FERRITA ACICULAR

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BAINITA

Segundo Colpaert, 2008:

Em tratamentos isotérmicos à formação de bainita superior


e inferior

No resfriamento contínuo à morfologias observadas não são


claramente caracterizáveis como bainita superior ou inferior.

Segundo Silva, 2010


Resfriamento contínuo de aços, especialmente com Cr e Mo, formação de
bainita granular à na microscopia óptica apresenta-se na forma de blocos
MARTENSITA

• Fase metaestável que aparece com o resfriamento brusco da


austenita;
• Transformação ocorre por cisalhamento da estrutura, sem
difusão;
• “Transformação martensítica” è reações no estado sólido
que ocorrem por cisalhamento sem mudança na
composição química(difusão), aparece em vários sistemas de
ligas.

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MARTENSITA

Resfriamento lento

Ferrita

Austenita
Resfriamento rápido
Martensita
MARTENSITA

• Teor de
carbono maior
è menores TMI
e TMF.

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MARTENSITA
• Menor teor de carbono è
martensita com forma de ripas
• Maior teor de carbono è
martensita com forma de
agulhas

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz V.


da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
MARTENSITA

Agulhas

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. –


André Luiz V. da Costa e Silva /
Paulo Roberto Mei
MARTENSITA

Aumento do teor de
carbono no aço è
Martensita de maior
dureza.

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz V. da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
MARTENSITA

Aumento do teor de
carbono no aço è
aumenta a fração
de austenita retida.

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CURVAS TTT

As curvas TTT são subdivididas em:


• ITT(Isothermal time transformation): transformação isotérmica;
• CCT (Continuous Cooling Transformation): transformação por
resfriamento contínuo ou TRC (Transformação em
Resfriamento Contínuo).

Obs.: O Autor Hubertus Colpaert agrupa as curvas de


transformação em:
• ITT, TTT, curvas em C(não faz distinção);
• CCT ou TRC.

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz V. da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
CURVAS ITT

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz V.


da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
CURVAS ITT
800
Regras básicas para utilização das A Temperatura eutetóide
curvas ITT: 700 A
1. Ao caminhar por linhas
600 P
paralelas ao eixo dos tempos, A + P

Temperatura (ºC)
ocorrem transformações por 500 A : Austenita
B
difusão, as quais são A
P : Perlita
irreversíveis, mesmo que se 400
B : Bainita
passe posteriormente pela
300 A + B M : Martensita
região martensítica;
M(início) 50%
2. A martensita só é formada se 200 M(50%)
houver austenita disponível, e a
reação é completada depois 100 M(90%)
b) 100% M a) 100%
c)B50% P + 50% B
de a temperatura ser levada
Tempo (s)
abaixo de MF nos diagramas. 1 10 102 103 104 105
Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz V. da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
CURVAS ITT

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz V. da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
CURVAS ITT

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz V. da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
CURVAS ITT

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz V. da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
CURVAS ITT

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz V. da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
CURVAS TRC

Ciência e Engenharia de Materiais: Uma


Introdução – Callister, W. D.
CURVAS TRC

Ciência e Engenharia de Materiais: Uma


Introdução – Callister, W. D.
CURVAS
TRC

Ciência e Engenharia de Materiais: Uma


Introdução – Callister, W. D.
CURVAS
TRC

Aços e Ligas Especiais – 3ª ed. – André Luiz


V. da Costa e Silva / Paulo Roberto Mei
TRANSFORMAÇÕES DE
FASES DE UM AÇO

AUSTENITA Resfriamento
Resfriamento
rápido
lento
Resfriamento
moderado

MARTENSITA MARTENSITA
PERLITA
(monofásica, REVENIDA
(a + Fe3C)
TCC) (a + Fe3C)
BAINITA (a
+ Fe3C)

Revenido
EXERCÍCIO
• Que estruturas seriam formadas no aço 1080,
após austenitização a 900ºC seguida de:
• RB até 600ºC, mantido por 1s
• RB até 600ºC, mantido por 5s, RB até TA
• RB até 600ºC, mantido por 1min
• RB até 600ºC, mantido por 1min, RB até TA
• RB até 400ºC, mantido por 20s
• RB até 400ºC, mantido por 20s, RB até TA
• RB até 400ºC, mantido por 30min
• RB até 400ºC, mantido por 30min, RB até TA
• RB até 200ºC
• RB até TA
BIBLIOGRAFIA

Livro texto

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