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Tópico: Curva TTT

Léa Nogueira Nishioka


leanogueiran@gmail.com
Objetivos:
Conhecer e entender a curva TTT.
Saber identificar a microestrutura obtida
após um determinado resfriamento.
 = austenita
α = ferrita
 = ferro delta

L + Fe3 C

Fe 3C
ACM
 + Fe 3C
A3
α+
α
A1
0,025% Linha crítica
Transformação magnética do Fe 3 C

0,50 0,83% 1% 2% 3% 4% 5% 6%

Hipo-eutetoide Hiper-eutetoide

Aço Ferro fundido


Diagrama de transformação isotérmico

 Curva TTT
No diagrama de fases o tempo não é
levado em consideração, sendo assim as
curvas TTT ou “C”, estabelecem o tempo
e a temperatuta para a obtenção das
microestruturas desejadas.
Diagrama de transformação isotérmico

Como a curva é obtida?

A partir da temperatura de austenitização, resfria-se


rapidamente o material até uma determinada temperatura e
mantem-se esta constante até que ocorra a transformação da
austenita (como visto nos diagramas de equilíbrio, a austenita
é instável abaixo da temperatura eutetoide). Assim a
transformação da austenita ocorre isotermicamente em uma
dada temperatura o que pode ser comprovado pela analise
metalográfica.
Logo, as microestruturas obtidas, em várias temperaturas, são
plotadas no gráfico: Temperatura X Tempo.
Levantamento da curva TTT
para o aço eutetóide
1- Amostra - aço eutetóide

723 +0C A1 Perlita


Temperatura 0 C

Início da Fim da
transformação transformação

Tempo log[s]
Austenita
Início da transformação

Fim da transformação

 + Perlita ( + Fe3C)

Austenita

Início da transformação da martensita


Austenita
1

2 3 4 5 6
1

Material 1- aço
eutetóide
Microestrutura-Perlita
Austenita

Material 2- aço eutetóide


Microestrut ura-Perlita
Análise para o tratamento dos aços 1 e 2

 Posição 1- Material austenitizado


 Posição 2- Inicio da transformação em perlita, ou seja
microestrutura formada por austenita e perlita (1% )
 Posição 3- Metade da transformação em perlita, ou seja
microestrutura formada por austenita e perlita
 Posição 4- Praticamente é o fim da transformação em
perlita ou seja microestrutura formada por austenita e
perlita (99%)
 Posição 5, e 6 - Não há alteração no tipo de
microestrutura, ou seja, para o aço eutetóide a
microestruturas será 100% de perlita.
Qual a diferença para as duas
curvas de resfriamente anteriores?

A diferença não esta no tipo da microestrutura e sim


no tipo da granulação, ou seja para temperaturas
superiores ( mais próximas da linha A1) a perlita
formada é mais grosseira e quanto mais baixa a
temperatura, mas ainda superior a temperatura do
cotovelo, mais fina a perlita, ou seja, material mais
resistente.
Diagrama de transformação isotérmico.

 A morfologia da perlita é diferente dependendo da


temperatura de transformação. Resfriamentos
próximos à temperatura eutetoide (de
austenitização) levam à formação de perlita de
maior tamanho de grão e com lamelas (das fases
ferrita e cementita) de maior espessura (perlita
grossa).
Diagrama de transformação isotérmico.

 Quanto menor é a temperatura de transformação,


menor é o tamanho de grão da perlita e menor é a
espessura de lamela. A razão para tal é que são
verificadas baixas taxas de nucleação e altas
taxas de difusão próximas a temperatura
eutetoide, o que resulta em estruturas
relativamente grosseiras. Ao reduzir-se a
temperatura de transformação, aumenta-se
gradativamente a taxa de nucleação e reduz-se a
taxa de difusão, resultando em estruturas mais
refinadas.
Resfriamentos abaixo do “cotovelo” da curva TTT levam à
formação da Microestrutura chamada Bainita

Austenita

Material
Austenitizado

Bainita
Transformação Martensítica
Austenita

INICIO DA MARTENSITA
Mi

FINAL DA MARTENSITA
Transformação da Martensítica

Quando a taxa de resfriamento é tal que


Não se “toca” a curva TTT a microestrutura
formada é chamada de martensita.
Retardamento da transformação
da austenita

O que pode alterar a curva TTT?


1- Elemento de liga
Isto se dá porque não só o carbono, mas os elementos de liga
precisam ser recolocados quando a austenita se decompõem.
Sendo assim todos os elementos de liga deslocam a curva
TTT para a direita, retardando a transformação. Somente o
Cobalto desloca para a esquerda, fato este ainda não
explicado.

OBS: Em aços de baixa liga podemos resfriar sem tocar no


cotovelo obtendo uma estrutura martensítica
Retardamento da transformação
da austenita

Continuação: O que pode alterar a curva TTT?


2-Tamanho de grão
As transformações se iniciam na região de mais alta energia,
sendo assim quanto menor o tamanho de grão mais regiões
estão propicias as transformações, logo a curva se desloca
para a esquerda antecipando as transformações.

3- Homogeneidade da austenita
Quanto mais homogênia a austenita mais para a direita a
curva se desloca, pois regiões de desordem alteram para a
esquerda, sendo assim quanto menor a quantidades de
imperfeições mais para a direita
Exercicio1- Identifique as microestruturas obtidas após cada
resfriamento para
os materiais A, B,
C e D. Para tanto
considere o aço
1080.

C
B
D
Observação: Neste site você encontrará
simulações para as transformações da
austenita utilizando as curvas TTT.

http://www.matter.org.uk/steelmatter/metallurgy/7_1_2.html

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