Discente: João Marcelo Fernandes Gualberto de Galiza
Matrícula: 20180053910 Um aço resfriado muito lentamente a partir do campo austenítico apresentará, à temperatura ambiente, uma ou mais fases ferrita, perlita e cementita.
Se o resfriamento da região austenítica for muita rápida, aparecerão outros
constituintes metaestáveis, como a bainita e a martensita.
Para estudar a formação desses constituintes utiliza-se as curvas TTT
(temperatura, tempo e transformação) A transformação da Austenita Pode ocorrer: Por difusão; Por cisalhamento ; Ou por mistura dos dois mecanismos. Ferrita Forma-se por difusão, nucleando preferencialmente nos contornos de grão da austenita. Com o aumento da taxa de resfriamento a ferrita passa a nuclear também no interior do grão austenítico, formando a ferrita de Widmanstätten intragranular. Perlita A reação eutetóide, em aços, produz uma microestrutura característica chamada perlita. A perlita não é uma fase, e sim uma mistura de duas fases (ferrita e cementita), que ocorrem sob a forma de lamelas paralelas.
A perlita nucleia preferencialmente nos contornos de grão de austenita
homogênea. Porém, quando a austenita apresenta gradientes de concentração de carbono ou partículas dispersas, a nucleação da perlita ocorre também no interior do grão austenítico. Curvas ITT A formação da ferrita e da perlita são processos difusionais, nos quais ocorrem nucleação e crescimento.
A curva obtida é chamada ITT
(Isothermal Time Transformation).
Apresenta constituintes não previstos no
diagrama Ferro-Cementita como a Bainita e a Martensita. Bainita Ocorre quando um aço carbono é resfriado rapidamente para temperaturas abaixo do nariz da curva ITT e mantido nessa temperatura, ocorrendo a formação de uma estrutura denominada bainita.
● Bainita superior: formada por finas
ripas de ferrita com cementita precipitada no contorno das ripas ● Bainita inferior: as relações de orientação entre a ferrita e a cementita são variáveis. Formada em regiões próximas à da martensita e apresenta-se na forma lenticular. Martensita Fase metaestável que aparece com o resfriamento brusco da austenita. A transformação ocorre por cisalhamento da estrutura, sem difusão.
Aspectos termodinâmicos da formação da martensita:
● Para temperaturas menores que Te: A austenita se torna instável, favorecendo a formação de perlita (menor energia livre total); ● Se o resfriamento for lento, haverá tempo para difusão e a estrutura formada será perlítica. ● Se o resfriamento for brusco, haverá uma tendência a formar uma fase metaestável (a martensita) se a temperatura for inferior a temperatura de início de formação da martensita. Solução sólida supersaturada de carbono em ferro tetragonal de corpo centrado (TCC) Curvas TTT Servem para acompanhar a formação dos constituintes que se deseja estudar. Representam Temperatura, Tempo e Transformação e são subdivididas em: 1. ITT - Isotermal, Time, Transformation; 2. CCT – Continuous Cooling Transformation.
As transformações de fase implicam a formação de novas fases, normalmente com
densidades diferentes da fase original, e isto ocasiona “contração” ou “expansão” da amostra por diferenças estruturais, as quais são detectadas Curvas ITT O aço é austenizado – temperatura de modo que sua estrutura seja totalmente austenítica. Na temperatura TA, a amostra tem comprimento LA. Curvas CCT As transformações dos aços nos processos industriais ocorrem majoritariamente por resfriamento contínuo e não isotermicamente.
A (FORNO) = Perlita grossa
B (AR) = Perlita + fina (+ dura que a anterior) C (AR SOPRADO) = Perlita + fina que a anterior D (ÓLEO) = Perlita + martensita E (ÁGUA) = Martensita