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Fisiologia Do Exercicio Artigo 1
Fisiologia Do Exercicio Artigo 1
Re v i s t a B r a s i l e i r a d e
R evi st a
Fisiologia
B rasi l ei ra
exercício
de
do
Fisio lo gia
Brazilian Journal of Exercise Physiology
do
Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício
e xe r cício
ESPORTE
• Treinamento físico personalizado
• Voleibol e desenvolvimento infantil
ORTOPEDIA 14 anos
• Tratamentos na síndrome
femoropatelar
IMUNOLOGIA
• Células natural killer e efeito
do treinamento
FISIOLOGIA
• Alongamento estático sobre o teste
de 1RM
• Reexpansão pulmonar em trauma
raquimedular
• Exercício físico e estresse oxidativo
• Consumo máximo de oxigênio
e percentual de gordura
v o l u me 12 - n ú me ro 0 1 • Ja n e iro /Fe v er e ir o 20 13
MR
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você muito mais uso combinado
Lanche da manhã: ½ porção de Iso Casein®
definido
Pré-treino: 1 pack do Heavy Bomber® + 1 porção de L-Carnitine Fire®
Durante o treino: 1 porção de L-Carnitine Concentrated®
Pós-treino: 1 porção de BCAA Heavy Bomber® + 2 cápsulas de
ZMA Way® + 1 porção de ISO Waxy Maize®
Antes de dormir: ½ porção de Iso Casein®
Na busca pela diminuição da gordura corporal, a L-Carnitine Fire® gera o melhor estímulo
para a diminuição da gordura acumulada no corpo. Isso ocorre devido a geração de energia
direta a partir de lipídios e pela rápida ação devido ao seu uso sublingual. O poder da L-Car-
nitine Concentrated® durante os treinos garante um estímulo maior para a diminuição do
percentual de gordura, já que esse suplemento é de uso sublingual e com isso a absorção
é imediata e, consequente, aumento do gasto calórico e maior performance. O ZMA Way®
fornece os micronutrientes importantes para os vários processos metabólicos que ocorrem
durante a realização de um treinamento intenso e, por isso, é importante para melhores efei-
tos ergogênicos. Durante esse processo é importante fornecer módulos nutricionais adequa-
dos para o fortalecimento muscular. O Heavy Bomber Pack® atuará nesse fortalecimento
ao manter o estado contínuo de anabolismo muscular e por fornecer um mix de nutrientes
específicos para a formação de energia e contração muscular. A recuperação de energia de
forma instantânea se dá pelo uso do ISO Waxy Maize®, que garante a reposição do glico- Associação de suplementos com rápida ação e melhor eficiência.
gênio muscular. Além disso, é de extrema importância estabelecer métodos para evitar a
INVESTIMENTO
perda de massa magra que ocorre, principalmente, durante os treinos. Desse modo, o uso de
ISO Casein® e BCAA Heavy Bomber® serão os principais responsáveis pela recuperação e EFICIÊNCIA
manutenção da massa muscular no pós-treino e ao longo do dia e da noite. VELOCIDADE
Felipe Franco MIDWAY TEAM
Máxima
definição
muscular
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 1
uso combinado
Lanche da manhã: ½ porção de Iso Casein®
Pré-treino: 1 pack do Heavy Bomber® + 1 porção de L-Carnitine Fire®
Durante o treino: 1 porção de L-Carnitine Concentrated®
Pós-treino: 1 porção de BCAA Heavy Bomber® + 2 cápsulas de
ZMA Way® + 1 porção de ISO Waxy Maize®
Antes de dormir: ½ porção de Iso Casein®
INVESTIMENTO
EFICIÊNCIA
VELOCIDADE
Máxima
definição
muscular
2 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
Re v i s t a B r a s i l e i r a d e
F i s io l o g ia
do exercício
Brazilian Journal of Exercise Physiology
Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício
Editor Chefe
Paulo de Tarso Veras Farinatti
Editor Associado
Pedro Paulo da Silva Soares
Walace Monteiro
Conselho Editorial
Amandio Rihan Geraldes (AL) Luiz Fernando Kruel (RS)
Antonio Carlos Gomes (PR) Martim Bottaro (DF)
Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega (RJ) Patrícia Chakour Brum (SP)
Benedito Sérgio Denadai (SP) Paulo Sérgio Gomes (RJ)
Dartagnan Pinto Guedes (PR) Robert Robergs (EUA)
Douglas S. Brooks (EUA) Rosane Rosendo (SC)
Emerson Silami Garcia (MG) Sebastião Gobbi (SP)
Francisco Martins (PB) Steven Fleck (EUA)
Francisco Navarro (SP) Yagesh N. Bhambhani (CAN)
Luiz Carnevali (SP) Vilmar Baldissera (SP)
Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício
Corpo Diretivo: Paulo Sérgio C. Gomes (Presidente), Vilmar Baldissera, Patrícia Brum,
Pedro Paulo da Silva Soares, Paulo Farinatti, Marta Pereira, Fernando Augusto Pompeu
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F i s io l o g ia
do exercício
Brazilian Journal of Exercise Physiology
Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício
Índice
volume 12 número 1 - janeiro/fevereiro 2013
Editorial
Diversidade e novos horizontes para o exercício físico,
Paulo Farinatti, Editor-Chefe da RBFEx............................................................................................ 6
ARTIGOS ORIGINAIS
Influência do alongamento estático sobre o teste de 1RM,
Luiz Alberto Werneck, Eduardo Lattari, Sergio Machado.................................................................. 7
Consumo máximo de oxigênio e percentual de gordura em universitários,
Igor Larchert Mota, Jair Sindra Virtuoso Junior.............................................................................. 13
Efeito agudo do exercício físico intenso no balanço oxidante e redutor
no sangue de indivíduos ativos, Albená Nunes da Silva,
Clara Araujo Veloso, Rodrigo Salles Amaral, Caroline Maria de Oliveira
Volpe, José Augusto Nogueira Machado, Danusa Dias Soares.......................................................... 19
Perfil morfofuncional e objetivo de sujeitos que procuram treinamento
físico personalizado, Beatriz Lopes de Almeida, Alexandre Correia Rocha,
Dilmar Pinto Guedes Junior............................................................................................................ 28
Influência da iniciação ao voleibol na aptidão física e desempenho motor
de crianças do quarto ano do ensino fundamental, Juliana Victer da
Silva Fraga, Roberto Pereira de Oliveira, Tomires Campos Lopes..................................................... 33
RELATO DE CASO
A efetividade do treino de ortostatismo progressivo na reexpansão pulmonar
em trauma raquimedular alto, Caroline Andréia Pizano, Melina Tarossi,
Rodrigo Marques Tonella, Cristiane Delgado Alves Rodrigues,
Núbia Maria Freire Vieira Lima, Shirley Mandu, Daniele Mascarenhas........................................... 40
REVISÕES
Células natural killer e o efeito do treinamento, Grasiely Faccin Borges,
Ana Maria Miranda Botelho Teixeira, Luís Manuel Pinto Lopes Rama............................................ 45
Protocolos de tratamento na síndrome femoropatelar,
Alisson Guimbala dos Santos Araujo, Nayara Menezes Pereira......................................................... 55
NORMAS DE PUBLICAÇÃO............................................................................................ 62
EVENTOS.............................................................................................................................. 63
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6 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
Editorial
Neste primeiro número do ano de 2013, como o treino de ortostatismo progressivo poderia
apresentamos seis estudos originais, um relato influenciar na reexpansão pulmonar em pacientes
de caso e duas revisões da literatura. No campo com trauma raquimedular. Fecham a presente
do treinamento físico, grupo do Rio de Janeiro edição duas revisões, respectivamente vindas de
analisa a influência de exercícios de alongamento grupos do Amazonas e Santa Catarina, sobre
sobre a força máxima, enquanto estudo de Minas o efeito do treinamento sobre células natural
Gerais descreve a influência de exercício intenso killer e protocolos de tratamento da síndrome
no balanço oxidante no sangue. femoropatelar.
As relações entre exercício e aspectos da pro- Em poucas palavras, um conteúdo diversifi-
moção da saúde são abordadas em estudos sobre cado, rico e oriundo de diversas partes do país,
consumo de oxigênio e percentual de gordura em nas quais grupos com diferentes formações vêm
universitários da Bahia e perfil morfofuncional de produzindo conhecimento de qualidade e com
indivíduos que procuram treinamento personali- grande potencial de aplicação na rotina dos profis-
zado na região de Santos/SP. sionais que lidam com prescrição do exercício em
Interessante trabalho sobre iniciação ao volei- contextos vários. A Revista Brasileira de Fisiologia
bol em crianças do ensino fundamental e apresen- do Exercício, como se percebe, busca refletir essa
tado por grupo do Rio de Janeiro, enquanto as diversidade.
relações entre formato do pé e entorses do torno-
zelo foram investigadas por equipe do Paraná. O Aos nossos leitores, bom proveito!
relato de caso vem de Campinas/SP, descrevendo
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 7
ARTIGO ORIGINAL
Resumo Abstract
O objetivo deste trabalho foi verificar se 1 série de The aim of this study was to verify if 10 seconds
10 segundos de alongamento estático poderia reduzir of static stretching could reduce the loads mobilized
as cargas mobilizadas no teste de 1RM. A amostra in 1RM test. The sample was composed of 10 young
foi composta de 10 homens participantes de um healthy men and participants of a bodybuilding pro-
programa de musculação por pelo menos 1 ano. A gram for at least 1 year. The sample was divided into 2
amostra foi dividida em 2 grupos de 5 indivíduos de groups of 5 individuals randomly forming 10 pairings
maneira aleatória formando 10 pareamentos em um in a crossover treatment where each subject was its
tratamento cruzado em que cada grupo era seu próprio own control. Two sessions were held in order to obtain
controle. No primeiro dia, cinco sujeitos realizaram reliability in 1RM test. On the first day, five subjects
o teste com o prévio alongamento e os outros cinco performed the test with the prior stretching and the
não. No segundo dia, inverteu-se o procedimento. other ones not. On the second day, the procedure was
Os resultados demonstraram que a aplicação prévia reversed. The results showed that the prior performance
de uma série com 10 segundos de permanência do of a 10 seconds static stretching did not result in loss
alongamento estático não levou a perda de força no of strength in 1RM test. It was concluded that a series
teste de 1RM. Concluiu-se que a realização de uma of ten seconds of static stretching before counter resis-
série de dez segundos de alongamento estático antes do tance training does not reduce strength development
início do treinamento contra resistência não prejudica Key-words: static stretching, muscular strength, 1RM.
o desenvolvimento da força.
Palavras-chave: alongamento estático, força
muscular, 1RM
• Todos os testes foram realizados no mesmo início da execução do exercício foi de 30 segundos.
horário para o mesmo indivíduo; As duas sessões dos procedimentos experimen-
• Os equipamentos utilizados para os testes e tais foram realizadas com um intervalo de 48
para o treinamento foram devidamente che- horas entre elas, no mesmo horário, pelo fato da
cados; capacidade de produzir força oscilar durante o
• Como padronização da amplitude do movi- dia [25]. Os indivíduos foram orientados a não
mento, os sujeitos deveriam tocar a barra na realizar atividade física até o momento da coleta
caixa torácica no final da fase excêntrica, em dos dados, além de não realizar trabalhos contra
cada repetição executada; resistência utilizando a musculatura solicitada no
• Foi permitido aos sujeitos a realização de teste, no dia que precedia cada etapa. Antes dos
um aquecimento específico que consistiu na testes, foi realizado um aquecimento localizado,
execução do próprio supino reto, seguindo-se para, possivelmente, melhorar a capacidade de
as recomendações do American College of desempenho neuromuscular e reduzir o risco de
Sports Medicine’s Guidelines [24]: 1 série de lesões [26].
5 a 10 repetições com uma carga de 40 a 60
% de 1 RM, e uma segunda série, 1 minuto Análise estatística
depois, de 3 a 5 repetições com uma carga de
60 a 80 % de 1 RM. Após o aquecimento, Para verificar as cargas obtidas nos testes de
foi dado um intervalo de 5 minutos antes do 1RM, foi utilizado o coeficiente de correlação de
início dos testes. Pearson, enquanto que para verificar a influência
do alongamento estático antecedendo ao teste de
Aplicação experimental 1RM, foi utilizado um teste “t” Student pareado.
86
sem o alongamento nesse segundo momento.
Foi realizada uma série de alongamento assis- 85
tido passivo que seguiu a seguinte rotina: com o 84
sujeito de costas, o avaliador, segurando-o pelas
mãos, realizou-lhe uma abdução no plano hori- 83
zontal, mantendo os braços aproximadamente no 82
nível dos ombros, até uma posição que o aluno
relatasse um ligeiro desconforto. O tempo de 81
duração do alongamento foi de 10 segundos, por 80
estar próximo do tempo normalmente utilizado Sem alongamento Com alongamento
nas academias pelos praticantes de musculação.
O tempo entre a realização do alongamento e o
10 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
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Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 13
ARTIGO ORIGINAL
ser atingida a frequência cardíaca máxima do indi- Na Tabela II encontram-se os valores mínimos
víduo, ou outros critérios de interrupção, ou seja, e máximos, além das médias (19.92 e 41.80) do
a incapacidade de manter a velocidade e a carga. percentual de gordura e VO2.
A carga máxima sustentada permite se estimar o
VO2 máx. em L/min através da fórmula abaixo: Tabela II - Valores das variáveis gordura (%) e VO2
VO2 máx: 200 + (12 x W) / M = VO2 em ml 1/ máx (ml 1/(kg.min)).
(kg.min) n* Míni- Máxi- Média DP
W = carga máxima sustentada em Watt mo mo
M = peso corporal total do atleta expresso em kg G(%) 54 8 59 19,92 7,42
VO2máx 547 19,1 75,8 41,802 13,848
O protocolo de balke permite uma adaptação
fisiológica adequada, pois a carga é aumentada Na Figura 1, é apresentado os valores em
em pequenos incrementos, retardando o início da porcentagem de gordura correlacionados aos
ativação do metabolismo aeróbico. O resultado valores de VO2 máx, demonstrando uma relação
depende, entretanto, da motivação do indivíduo. negativa (r = -0,55).
[10], em que, a massa corporal, a estatura e o encontrados nesta investigação são sustentados
percentual de gordura apresentaram os seguintes pelas evidências científicas de associação da
valores respectivamente, 73,6 kg (± 9,7), 174,5 quantidade de gordura corporal com o consumo
cm (± 6,8) e 16,1 % (± 6,8). máximo de oxigênio.
De acordo com o Institute for Aerobics Research, A possibilidade de viés de seleção e de aplica-
o percentual de gordura (19,9) para a faixa etária ção dos testes de desempenho físico está minimi-
de 20 a 29 anos de idade no sexo masculino, é zada, pois os aplicadores de tais testes passaram
considerado razoável [14]. por um treinamento prévio. Porém, é possível
A média de VO2máx (41,8 ± 13,8) é classifi- que fatores motivacionais possam ter interferido
cada no conceito “Bom”, de acordo com a classi- na realização dos testes.
ficação sugerida pela American Heart Association
[15]. A Associação Americana de Cardiologia Conclusão
sugere uma classificação por faixa etária do con-
sumo de VO2 máx, que são: baixa, regular, média, Com base nos resultados apresentados, é
boa e excelente. Segundo esta, as pessoas com possível concluir que a quantidade de gordura
idade menor que 29 anos, geralmente, apresen- do corpo é um determinante no desempenho
tam VO2máx em torno de 42 a 52 ml/kg/min. cardiorrespiratório em jovens universitários, uma
Valores estatisticamente baixos do percentual de vez que quanto maior o percentual de gordura
gordura associados aos altos índices de VO2máx, menor o consumo máximo de oxigênio destes
demonstram a presença de pessoas com excelentes indivíduos. Sugere-se, portanto, que a elaboração
aptidões físicas neste estudo. Em estudo feito na de programas direcionados à melhoria da aptidão
modalidade esportiva do handebol, Fiori [16] cardiorrespiratória inclua ações direcionadas ao
encontrou em atletas de 16 a 21 anos o VO- controle do peso corporal.
2máx. de 56,93 ± 4,47 ml/kg/min, estando este,
superior aos valores encontrados na literatura e Referências
nesta pesquisa.
Boldori [17], estudando um grupo de bom- 1. Rodrigues ESR, Cheik NC, Mayer AF. Nível de
beiros militares de Santa Catarina, encontrou as atividade física e tabagismo em universitários. Rev
médias de VO2 máx de 41,6 ± 6,5 ml/kg/min e Saúde Pública 2008;4(42):672-8.
2. Santos LS, Dias TLG, Ferreira LMH, Rocha
percentual de gordura de 16,0 ± 4,9 (%), numa
NFM, Escudeiro SS, Cerqueira GS. Análise das
faixa etária de 40 a 50 anos. Já para a faixa etária variáveis aeróbias e antropométricas de praticantes
de 20 a 29 anos, encontrou as médias de 46,1 ± de musculação da cidade de João Pessoa. Revista
6,0 (ml/kg/min) e 11,1 ± 4,3 (%) para VO2 e %G Digital EFDeportes 2010; 151.
respectivamente, valores estes bem próximos aos 3. Leite PF. Fisiologia do exercício. Belo Horizonte:
encontrados nos universitários avaliados neste Robe; 2000.
estudo. 4. Kruel LFM, Coertjens M, Tartaruga L. Validade
A relação da composição corporal com a e fidedignidade do consumo máximo de oxigênio
resistência cardiorrespiratória apresenta uma predito pelo frequencimetro polar M52. Revista
Brasileira de Fisiologia do Exercício 2003;2:147-
relação que foi destacada por George et al. [18],
56.
referindo como exemplo dois indivíduos com a 5. Mcardle WD, Katch FI, Katch VL. Exercise
mesma capacidade de VO2 absoluta, porém um Physiology: Energy, Nutrition and Human
indivíduo com 75 kg e o outro com 85 kg. Assim, Performance. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
o indivíduo com 75 kg tem condições de realizar Koogan; 1998.
um esforço de maior intensidade e por período 6. Gaziano JM. When should heart disease preven-
mais longo do que o indivíduo de 85 kg. tion begin? N Engl J Med 1998;338:1690-2.
Entre as potenciais e plausíveis limitações 7. Campbell I. The obesity epidemic: can we turn
deste estudo, é possível destacar o número redu- the tide? Heart 2003;89:22-4.
zido da amostra, porém com base na literatura 8. Glaner MF. Índice de massa corporal como
indicativo da gordura corporal comparado
consultada é possível identificar que os resultados
18 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
às dobras cutâneas. Rev Bras Med Esporte 14. ACSM. American College of Sports Medicine.
2005;4(11):243-6. Manual para teste de esforço e prescrição de
9. Pinheiro D. Valorização da capacidade condicional exercício. 5a ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2000.
da força muscular [online]. [citado 2011 Jan 12]. 15. American Heart Association. Exercise and training
Disponível em URL: http://www.personaltraining. of apparently healthy individuals: a handbook for
2000. physicians. Dallas: American Heart Association;
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equações generalizadas para predição da densidade 16. Fiori A. Análise do consumo máximo de oxigênio
corporal [Tese]. Santa Maria: UFSM; 1995. e limiar anaeróbio por posição de jogo em atletas
11. Katch FI, Mcardle WD. Nutrição, exercício e de handebol. Caderno de Resumos 2003;1(2):99.
saúde. 4a ed. Rio de Janeiro: Medsi; 1996. 17. Boldori R. Aptidão física e sua relação com a
12. Rodriguez-Añez CR. Desenvolvimento de equa- capacidade de trabalho dos bombeiros militares
ções para a estimativa da densidade corporal de do estado de Santa Catarina [Dissertação]. Flo-
soldados e cabos do exército brasileiro [disserta- rianópolis: UFSC; 2002.
ção]. Santa Maria: UFSM; 1997. 18. George JD, Fisher AG, Vehrs PR. Tests y pruebas
13. Petroski EL, Pires Neto CS. Validação de equações físicas: colección fitness. Barcelona: Paidotribo;
antropométricas para a estimativa da densidade 1996.
corporal em Homens. Revista Brasileira de Ativi-
dade Física e Saúde 1996;1(3):5-14.
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revista multidisciplinar de desenvolvimento humano
ARTIGO ORIGINAL
Albená Nunes da Silva*, Clara Araujo Veloso*, Rodrigo Salles Amaral*, Caroline Maria de Oliveira Volpe*,
José Augusto Nogueira Machado*, Danusa Dias Soares**
*Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), Hospital Santa Casa de Belo Horizonte, Belo Horizonte/MG, **La-
boratório de Fisiologia do exercício da Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais
(EEEFTO/UFMG), Belo Horizonte/MG
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do utilizado o teste “t” de Student, sendo p < 0,05 consi-
exercício físico, representado pelo teste de Cooper, na derado estatisticamente significativo. O exercício físico
produção de Espécies Reativas de Oxigênio (ROS), foi capaz de aumentar em 39% a produção de ROS
na formação de AGEs, na ativação de proteína Kinase nos leucócitos coletados (p < 0,05). Entretanto, este
C (PKC) e na capacidade antioxidante do plasma de aumento não resultou em peroxidação lipídica (p >
indivíduos treinados. ROS foi quantificado utilizan- 0,05). A capacidade antioxidante do plasma diminuiu
do quimioluminescência dependente de luminol. A após o teste de Cooper (p < 0,05). Houve ainda grande
capacidade antioxidante total do plasma foi avaliada alteração na sensibilidade da via DAG-PKC (399%)
através da redução direta de sal tetrazólico (MTT). em resposta à atividade física, quando estimulada com
Para análise da produção de AGEs, as concentrações éster de forbol (PDB). Os resultados sugerem que o
de malonaldeído (MDA) plasmático foram medidas teste de Cooper induziu um aumento em respostas de
por kit de ácido tiobarbitúrico (TBARS) e a produção oxidação na ausência e na presença de PDB e diminui-
de ROS em resposta à ativação por PKC foi medida ção da resposta redutora para compensar este aumento
usando o ativador PDB. As análises estatísticas da e afastar a possibilidade de estresse oxidativo.
produção de ROS foram feitas em função logarítmica, Palavras-chave: espécies reativas de oxigênio,
usando-se o teste de Fisher. Para os demais dados, foi estresse oxidativo, exercício físico.
sequentemente, da produção de radicais livres, Tabela I - Dados físicos dos voluntários que partici-
causando um perfil agudo de estresse oxidativo. param do estudo.
O teste de Cooper, um teste internacionalmente Vo- VO2 máx
Peso Altura Idade % Gor-
usado para avaliar a condição física, consiste lun- (ml.kg-1.
(kg) (cm) (anos) dura
em correr-se na maior velocidade possível para tário min-1)
se atingir a maior distância possível, em doze 1 80 171 31 18 48
minutos, sendo caracterizado como um teste de 2 59,9 174 26 7,48 51,1
alta intensidade. Existe um crescente interesse 3 81,1 181,5 28 14,23 45
da comunidade científica envolvida com a ati- 4 76,3 173 28 11,31 45,3
vidade física pelo entendimento da relação entre 5 70 1.83 27 11 51
exercício físico e produção de ROS, pois estas 6 88.2 178 23 12,89 48
substâncias podem estar associadas às respostas 7 78,7 175 26 17,8 48,9
adaptativas induzidas pelo exercício físico. Sendo 8 74,8 175 25 14,45 58,8
assim, o objetivo deste trabalho foi investigar o 9 102,6 188 28 14,03 42,2
efeito do exercício físico intenso em parâmetros 10 60 170 24 15,79 47,1
oxidantes e redutores sanguíneos. 11 112 191 26 16,86 45,6
Média 86,62 179,5 26,54 13,98 48,27
Material e métodos DP 21,24 8,21 2,2 3,19 4,37
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Imediatamente antes e após o teste foram
Ética em Pesquisa da Santa Casa de Misericórdia coletados 15 mL de sangue venoso periférico dos
(SCM) de Belo Horizonte. Todos os procedi- atletas através da punção venosa, em tubos vacu-
mentos adotados neste estudo estão de acordo tainers contendo heparina como anticoagulante
com as “Diretrizes e Normas Regulamentadoras e dirigidos para o laboratório de Imunologia da
das Pesquisas Envolvendo Seres Humanos” do SCM onde foram processados utilizando o proto-
Conselho Nacional da Saúde (Res. 196/96). Os colo de separação de leucócitos, desenvolvido por
voluntários assinaram um termo de consentimen- Bicalho et al. [9]. A contagem destes leucócitos
to livre e esclarecido. foi feita no microscópio usando-se uma câmara
Participaram deste estudo 11 voluntários de Neubauer e o número calculado pela fórmula:
masculinos com idade média de 26,54 ± 2,2 anos células/ml = nº / 4 x 10 x diluição (100) x 103.
saudáveis, praticantes regulares de atividade física, O ensaio de quimioluminescência depen-
sem histórico recente de lesão, não tabagistas e dente de luminol permite avaliar, indiretamente,
que não estivessem utilizando qualquer medicação a atividade da NAD(P)H oxidase, a enzima
(Tabela I). A avaliação física constou de medidas responsável pela geração de ROS durante a fa-
de massa corporal, estatura, dobras cutâneas e gocitose das células. A energia gasta na produção
teste de esforço progressivo submáximo na bici- de ROS, ao ser liberada, produz luminosidade,
cleta ergométrica. definida como quimioluminescência nativa ou
Neste estudo o teste de Cooper foi utilizado natural. Contudo, esta luminosidade pode ser
para representar um exercício físico intenso e amplificada usando-se reagentes químicos e os
de duração moderada. O teste de Cooper, que resultados foram expressos em RLU/min (Unida-
foi desenvolvido pelo Dr. Kenneth H. Cooper des Relativas de Luz por minuto). Em um tubo
em 1968, é mundialmente utilizado para ava- especial para luminômetro foram colocados: 200
liação da condição cardiorrespiratória. Neste μL de luminol 10-4 M, 500 μL de PBS e 100 μL
teste, o indivíduo deve correr a maior distância de células (1x105/mL), e a leitura foi realizada
possível em 12 (doze) minutos. Os valores da por 17 minutos no luminômetro. Após essa
distância são submetidos à fórmula: distância(m) leitura foi adicionado então 20 μL de ester de
- 504.9/44.73 para predizer o Volume Máximo phorbol (PDB) 1x10-5 M, e a leitura realizada
de Oxigênio (VO2máx), e o resultado é dado em por mais 25 minutos. A quimioluminescência
ml.kg-1.min-1. foi medida a cada minuto e os resultados ex-
22 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
0.3
índice experimento dividido pelo controle (E/C),
0.2 houve diferença na ativação de 222% (dados
0.1 não mostrados) entre as células que não haviam
sofrido intervenção da atividade física e as células
0.0
Antes Após que haviam sofrido intervenção da atividade física.
* = experimento significativo (p < 0,05) comparado ao Como explicação para este fenômeno, pode-se
controle antes do exercício. argumentar que talvez a atividade física intensa,
como no caso do teste de Cooper, tenha causado
24 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
a translocação das Proteínas Kinases C (PKC) do apresentaram resultados que corroboram este
citoplasma para a membrana das células e, dessa achado. Bloomer et al. [14] mediram a resposta
forma, tenha facilitado o aumento na produção de estresse oxidativo após uma série de saltos ou
de espécies reativas de oxigênio (ROS) através sprint. O MDA foi avaliado, após cada sessão,
da via da NADPH-oxidase. Ou seja, quando o como marcador de estresse oxidativo.
PDB foi adicionado às células pré-estimuladas Em sua conclusão, os autores afirmaram que
pela atividade física, o ambiente celular estava esse modelo de exercício em homens bem treina-
propício para a produção de ROS. dos anaerobicamente não representou estímulo
Perrini et al. [13] mostraram que o exercício suficiente para causar estresse oxidativo, e que
agudo está associado ao aumento na quantidade talvez isso pudesse ser explicado pela excelente
e na fosforilação das PKC-λ no músculo esque- condição física de seus voluntários. Alessio et al.
lético. Nenhum outro estudo investigou a inter- [15] realizaram um estudo no qual compararam
venção da atividade física na via DAG-PKC nos o estresse oxidativo entre dois modelos diferentes
leucócitos, o que dificulta a comparação destes de atividade física: exercício aeróbico até a fadiga
resultados com os de outros estudos. e exercício isométrico. Não encontraram alteração
No nosso estudo, os níveis de MDA foram nos níveis de TBARS em nenhum modelo de
quantificados, antes e após o teste de Cooper exercício físico.
para verificar se houve peroxidação lipídica. Os Leaf et al. [16] caracterizaram a peroxidação
resultados mostram que o exercício físico não lipídica em exercícios de alta intensidade em sete
aumentou os níveis de MDA (Figura 4). Isto indivíduos (homens e mulheres) saudáveis. Os
indica que, apesar da produção de ROS ser au- níveis plasmáticos de MDA foram medidos an-
mentada pelo teste de Cooper, não há indício de tes e após o exercício até a fadiga e não sofreram
que este aumento conduza à situação de estresse nenhuma alteração significativa. Radak et al. [17]
oxidativo, levando a deterioração de membranas estudaram os efeitos de um longo período de trei-
lipoprotéicas celulares e a peroxidação lipídica namento (quatro semanas e quatorze meses) de
nesse grupo de voluntários. natação no status oxidativo de ratos de diferentes
idades e encontraram que a atividade física mode-
Figura 4 - Os resultados não mostram diferença en- rada realizada diariamente constitui uma proteção
tre a produção de ROS em repouso entre indivíduos contra estresse oxidativo induzido pelo exercício,
fisicamente ativos e sedentários em quando analisados medido através das reações do TBARS. Como o
em repouso. teste de Cooper levou ao aumento da produção de
(NS) ROS e esse aumento não instalou um quadro de
7500 estresse oxidativo, foi, então, investigado se houve
alteração da capacidade antioxidante do plasma.
5000 Os resultados mostraram que, após o teste de
ROS (RLU)
al. [11], investigando se o teste de Bruce na Elosua et al. [22] testaram os efeitos do
esteira alteraria a capacidade antioxidante do treinamento aeróbico na atividade das enzimas
plasma em indivíduos sedentários, encontraram antioxidantes, avaliada antes e após a atividade
a capacidade antioxidante do plasma reduzida física. A atividade enzimática foi determinada em
pós-esforço. 0, 30, 60, 120 minutos e 24 horas após o exercício.
Miyazaki et al. [13] não encontraram alteração A atividade física regular aumenta a atividade da
na atividade das enzimas superóxido dismutase SOD e GSH. Os autores concluíram afirmando
SOD e glutationa peroxidase imediatamente após que a atividade antioxidante endógena, medida
atividade física realizada até a fadiga, contudo após um esforço, aumenta após um período de
encontraram a atividade da SOD aumentada em treinamento.
80% da intensidade máxima após um período de Ookawara et al. [23] estudaram os efeitos do
treinamento de corrida de 12 semanas, indicando treinamento da resistência e de uma sessão de
que estas enzimas respondem ao treinamento exercício executada até a fadiga nos níveis plas-
aeróbico intenso. máticos de três isoenzimas superóxido dismutase
Alessio et al. [16] investigaram se dois modelos (SOD). Nem o treinamento, nem o exercício
diferentes de atividade física alterariam de forma agudo alteraram os níveis plasmáticos de CuZn-
diferente a capacidade antioxidante total medida -SOD. Já exercícios agudos após o treinamento
através do ORAC (Capacidade de absorção do aumentaram os níveis plasmáticos de Mn-SOD e
radical oxigênio), e perceberam que esse marca- os níveis de SOD extracelulares em 33,6 e 33,5%,
dor estava aumentado nas duas situações; mais respectivamente. O treinamento reduziu os níveis
elevado, porém no exercício aeróbico até a fadiga da SOD extracelulares em repouso em 22,2%. O
(25%) do que no exercício isométrico (9%). exercício agudo após o treinamento, mas não antes
Briviba et al. [19] investigaram se meia ma- do treinamento, aumentou os níveis de peroxida-
ratona (21 km) e maratonas (42 km) modulam ção lipídica. A habilidade dos neutrófilos de gerar
a capacidade antioxidante nos linfócitos e no radical anion superóxido (O2•–) foi aumentada
plasma. Os autores concluíram que a capacidade pelo exercício agudo, porém, a produção de su-
antioxidante estava reduzida após as provas, para peróxido foi suprimida após o treinamento. Os
proteger os linfócitos contra o dano oxidativo que resultados deste estudo indicam que as isoenzimas
poderia ser causado pelo aumento na produção antioxidantes respondem de forma diferente ao
de espécies reativas de oxigênio. treinamento físico e ao exercício agudo.
Lee et al. [20] examinaram os efeitos de uma Neste estudo, não foi encontrada diferença
única série de exercício excêntrico no status antio- entre a produção de ROS por leucócitos entre
xidante. As amostras sanguíneas foram coletadas indivíduos fisicamente ativos e sedentários (Fi-
antes da realização do exercício e imediatamente, gura 5 )
24, 48, 72 e 96 horas após a realização do mesmo.
Os resultados mostraram que as concentrações Figura 5 - A capacidade antioxidante do plasma é
de glutationa não foram afetadas pelo exercício maior em indivíduos fisicamente ativos quando com-
excêntrico. parados com sedentários em repouso.
Khassaf et al. [21] investigaram o compor-
Absorbância (570 nm)
0.20 *
e 1, 2, 3, e 6 dias após. A SOD teve um pico 0.15
de atividade três dias após o exercício, porém a 0.10
CAT não alterou. Os autores concluíram que o 0.05
músculo esquelético humano respondeu a uma 0.00
única série de exercício aeróbio, aumentando a Sedentários 30' 120'
atividade da SOD. Ativos
26 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
Os resultados do presente estudo vão ao en- 3. Halliwell B, Gutteridge JMC. Free radical in
contro de vários outros estudos, porém, é preciso biology and medicine. 4a ed. Oxford: University
salientar que ainda são necessárias outras pesqui- Press; 2007.
sas para se reconhecer qual modelo de atividade 4. Schneider CD, Oliveira AR. Radicais livres de
oxigênio e exercício: mecanismos de formação e
física que realmente eleva a produção de espécies
adaptação ao treinamento físico. Rev Bras Med
reativas de oxigênio, sem que o sistema de defesa Esporte 2004;10(4):308-13.
antioxidante consiga neutralizá-las, resultando em 5. Dröge W. Free radical in the physiological control
um quadro de estresse oxidativo, o que poderia of cell function. Physiol Rev Vol 2002;82;47-95.
causar danos às estruturas biomoleculares. 6. Niees AM, Hartmann A, Grunert-Fuchs M, Poch
Apesar de existirem vários estudos avaliando B, Speit G. DNA damage after exhaustive tread-
alterações na produção de espécies reativas de mill running in trained and untrained men. Int J
oxigênio e o surgimento de estresse oxidativo em Sports Med 1996;17:397-403.
resposta à atividade física, ainda não existe um 7. Koury JC, Donangelo CM. Zinco, estresse oxidati-
vo e atividade física. Rev Nutr 2003;16(4):433-41.
consenso neste tema, pois os modelos, exercícios
8. Smith JA, Kolbuch-Branddon M, Gillam I et
físicos e as formas de avaliar essa produção ainda
al. Changes in the susceptibility of red blood
não estão padronizados, o que dificulta uma cells to oxidative and stress following submaxi-
análise conclusiva. mal exercise. Eur J Appl Physiol Occup Physiol
É necessário que se padronizem os métodos 1995;70(5):427-36.
de avaliação, “status” físico da amostra, duração 9. Bicalho HMS, Gontijo MC, Nogueira-Machado
e intensidade da atividade física. Assim, será JA. A simple technique for simultaneous human
possível comparar resultados de alteração da leukocytes separation. J Immunol Methods
produção de ROS durante a atividade física e 1981;40:115-6.
também estabelecer a relação entre atividade física 10. Demirbag R, Yilmaz R, Güzel S, Çelik H, Koçyi-
git A, Özcan E. Effects of treadmill exercise test
e estresse oxidativo.
on oxidative/antioxidative parameters and DNA
damage. Anadolu Kardiyol Derq 2006;6(2):135-
Conclusão 40.
11. Wang J, Lee T, Chow S. Role of exercise intensi-
No presente estudo o exercício físico intenso ties in oxidized low-density lipoprotein-mediated
aqui representado pelo teste de Cooper, foi capaz redox status of monocyte in men. J Appl Physiol
de aumentar a produção de ROS por leucócitos. 2006;101:740-44.
O exercício físico também aumentou a sensibi- 12. Miyazaki H, Oh-ishi S, Ookawara T, Kizaki T,
lidade da PKC à estimulação por PDB e ainda Toshinai K, Ha S, Haga S et al. Strenuous endu-
diminuiu a capacidade antioxidante do plasma, rance training in humans reduces oxidative stress
following exhausting exercise. Eur J Appl Physiol
contudo não foi capaz de gerar aumento na for-
2001(84):1-6.
mação de produtos avançados de glicação (AGEs). 13. Perrine S, Henriksson J, Zierath JR, Widegren U.
A produção de ROS em repouso não é diferente Exercise-induced protein kinase C isoform-specific
entre fisicamente ativos e sedentários, porém a activation in human skeletal muscle. Diabetes
capacidade antioxidante do plasma em repouso 2004;53:21-4.
é maior nos fisicamente ativos. 14. Bloomer RJ, Falvo MJ, Fry AC, Schilling BK,
Smith WA, Moore CA. Oxidative stress response in
Referências trained men following repeated squats or sprints.
Med Sci Sports Exerc 2006;38(8):1436-42.
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2. Signorini JL, Signorini SL. Atividade física e and isometric exercise. Med Sci Sports Exerc
radicais livres: aspectos biológicos, químicos, fisio- 2000;32(9):1576-81.
patológicos e preventivos. São Paulo: Universidade 16. Leaf DA, Kleinman MT, Hamilton M, Barstow
de São Paulo; 1993. TJ. The effect of exercise intensity on lipid peroxi-
dation. Med Sci Sports Exerc 1997;29(8):1036-39.
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 27
17. Radak Z, Kaneko T, Tahara S, Nakamoto H, Ohno onset of muscle soreness. Med Sci Sports Exerc
H, Sasvári M et al. The effect of exercise training on 2002;34(3):443-48.
oxidative damage of lipids, protein and DNA in rat 21. Khassaf M, Child RB, Mcardle A, Brodie DA,
skeletal muscle: evidence for beneficial outcomes. Esanu C, Jackson MJ. Time course of responses
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S, Rechkemmer G, Bub A. A half-marathon and activity program, and to acute physicak activity,
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reduce capacity to protect DNA against damage 2003;167:234-7.
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20. Lee J, Goldfarb AH, Rescino MH, Hegde S. three superoxide dismutase isoenzimes in human
Patrick S, Apperson K. Eccentric exercise effect plasma. Free Rad Res 2003;37(7):713-9.
on blood oxidative-stress markers and delay
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Re v i s t a B r a s i l e i r a d e
F i s io l o g ia
do exercício
Brazilian Journal of Exercise Physiology
Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício
ARTIGO ORIGINAL
Beatriz Lopes de Almeida*, Alexandre Correia Rocha*, Dilmar Pinto Guedes Junior**
*Centro de Treinamento Personalizado New Life, Santos/SP, **Grupo de Estudos e Pesquisa em Treina-
mento Físico, Santos, SP, **Faculdade de Educação Física e Esporte, Santos/SP, Faculdade de Educação
Física de Santos, Santos/SP
do comparado com o exercício de supino reto, além Tabela III - Classificação da aptidão cardiorrespira-
de que os MMII são mais utilizados no cotidiano tória dos homens e mulheres.
do sedentário do que os MMSS. A força absoluta Masculino Feminino
está diretamente associada ao tamanho da massa Classificação F % Classificação F %
muscular recrutada [2,14-16]. Talvez esse déficit Baixo (< 30 Baixo (< 27
11 33,3 15 36,6
de 40% de força observada nos homens possa ser ml/kg/min) ml/kg/min)
devido a um valor de referência muito alto para o Média (31-48 Média (28-44
13 39,4 23 56,1
exercício citado. ml/kg/min) ml/kg/min)
Muito elevado Muito elevado
Tabela II - Níveis de flexibilidade entre homens e (> 48 ml/kg/ 9 27,3 (> 44 ml/kg/ 3 7,3
mulheres. min) min)
Masculino Feminino Os dados estão em forma de frequência (F) e percentual (%)
Classificação F % Classificação F %
Excelente (> Excelente (> As partes do corpo que são a preferência
11 33,3 20 48,8 feminina durante os programas de treinamento
38cm) 41cm)
Acima da Acima da são os membros inferiores e abdômen. Esta
média (33-37 0 0 média (36-40 8 19,5 escolha pode ser devido à característica ginóide
cm) cm) do sexo feminino, que contribui para uma maior
Média (28-32 Média (32-35 concentração de gorduras na região de quadril
7 21,2 2 4,9
cm) cm) e membros inferiores [2,18], já os homens pre-
Abaixo da Abaixo da ferem enfatizar em seus programas os membros
média (23-27 3 9,1 média (27-31 7 17,1 superiores. Vale ressaltar que ambos os gêneros
cm) cm) tendem a enfatizar o abdômen no seu programa
Ruim (< 22 Ruim (< 24 de treinamento físico. Essas escolhas são comuns
12 36,4 4 9,8
cm) cm) na maioria dos programas de musculação, onde
Os dados estão na forma de frequência (F) e percentual (%) se percebe ênfase em membros inferiores para
as mulheres e nos membros superiores para os
Para a avaliação cardiorrespiratória pode- homens [8,19].
mos observar que tanto homens, quanto as
mulheres encontram-se em sua maioria abaixo Tabela IV - Frequência e partes corporais mais en-
do esperado, de acordo com o American He- fatizadas durante o programa de treinamento físico
art Association. Quando comparado homens personalizado.
e mulheres, os homens apresentam melhores Gêne- Abdô- Pei- Cos- Om- Bí- Trí- Glú- Per-
níveis de capacidade cardiorrespiratória que as ro men to tas bro ceps ceps teo na
mulheres. Esses resultados podem ser atribuídos Ho-
31 7 4 4 13 7 4 5
às diferenças anatômicas e fisiológicas entre os mens
gêneros, dentre elas: coração menor e, conse- Mulhe-
36 4 10 5 7 10 21 21
quentemente, ventrículo esquerdo menor, menor res
quantidade de hemoglobina, maior massa gorda, Ambos 67 11 14 9 20 17 25 26
um sistema cardiovascular e respiratório menos Os dados estão na forma de frequência
a prática regular de exercícios físicos. Em segundo 4. Domingos MR, Araújo CLP, Gigante DP. Co-
lugar vem a saúde, seguido pela performance. nhecimento e percepção sobre exercício físico em
uma população adulta urbana do sul do Brasil.
Cad Saúde Pública 2004;20(1):56-9.
Tabela V - Principais objetivos citados pelos alunos
5. Ravagnani CFC, Ravagnani FCP, Michelin E,
ao iniciarem o programa de treinamento físico per- Burini RC. Efeito do protocolo de mudança do
sonalizado. estilo de vida sobre a aptidão física de adultos
Esté- Esté- Saú- Saú- Perfor- Perfor- participantes de projeto de extensão universitária:
tica tica de de mance mance influência da composição corporal. Rev Bras Ciênc
Gêne- Mov 2006;14:45-52.
(F) (%) (F) (%) (F) (%) 6. Pitanga FJG. Epidemiologia da atividade física,
ro
Ho-
exercício físico e saúde. Salvador: Autor; 2001.
18 55 14 42 1 3 7. Oliveira AMA, Cerqueira EMM, Souza JS,
mens
Oliveira AC. Sobrepeso e obesidade infantil:
Mulhe-
30 73 11 27 0 0 Influência de fatores biológicos e ambientais em
res Feira de Santana/BA. Arq Bras Endocrinol Metab
Ambos 48 65 25 34 1 1 2003;47(2):76-79.
Os dados estão na forma de frequência (F) e percentual (%). 8. Oliveira CL, Fisberg M. Obesidade na infância e
adolescência – uma verdadeira epidemia. Arq Bras
Endocrinol Metab 2003;47(2):107-8.
Os resultados encontrados, no presente estudo, 9. Fernandez AC, Mello MT, Tufik S, Castro PM,
vão de encontro aos da literatura, ou seja, os objetivos Fisberg M. Influência do treinamento aeróbio e ana-
independem do tipo de programa desenvolvido. eróbio na massa de gordura corporal de adolescentes
obesos. Rev Bras Med Esporte 2004;10(3):152-8.
Conclusão 10. Negrão CE, Tombeta IC, Tinucci T, Forjaz CLM.
O papel do sedentarismo na obesidade. Rev Bras
De acordo com os resultados, homens e mu- Hipertens 2000;2:149-55.
11. McArdle WD, Katch FI, Katch LV. Fisiologia do
lheres apresentam déficits nos componentes da
Exercício, energia, nutrição e desempenho hu-
aptidão física relacionada à saúde. Além disso, mano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1996.
embora tenham objetivos comuns, apresentam 12. Ikai M, Fukunaga T. Calculation of muscle
preferências distintas, quanto às partes do corpo strength per unit cross-seccional area of humans
que gostariam de enfatizar, logo, a elaboração dos muscle by means of ultrasonic measurements.
programas de treinamento físico deve levar em con- Arbeitsphysiologie 1968:26:26.
sideração esses aspectos. Esses dados apresentam o 13. Wilmore JH, Costill DL. Fisiologia do esporte e
do exercício. São Paulo: Manole; 2001.
perfil do público que procura o treinamento físico 14. Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de
personalizado e podem ser úteis para a elaboração Medicina do Esporte: Atividade Física e Saúde na
e prescrição do treinamento físico personalizado Mulher. Rev Bras Med Esporte 2000;6(6):215-20.
por parte dos profissionais envolvidos nessa tarefa. 15. Saba F. Aderência: a prática do exercício físico em
academias. São Paulo: Manole; 2001.
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Paulo: Phorte; 2008.
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feminina. São Paulo: Phorte; 2003. manutenção da prática de exercícios em academias.
2. Guedes Júnior DP, Rocha AC, Júnior TPS. Trei- Rev Bras Ciênc Mov 2003;11(4)7-12.
namento personalizado de musculação São Paulo: 18. Betti M. Corpo, cultura, mídias e educação física:
Phorte; 2008. novas relações do mundo contemporâneo. Revista
3. Blair SN, Booth M, Gyarfas I, Iwane H, Marti B, Digital EFDesportes 2004;10(79).
Matsudo V, et al. Development of public policy 19. Sanches WD, Tumelero S. Incidência de sobrepeso
and physical activity initiatives internationally. e obesidade hereditária. Revista Digital EFDespor-
Sports Med 1996;21:157-63. tes 2007;11(105).
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 33
ARTIGO ORIGINAL
Juliana Victer da Silva Fraga*, Roberto Pereira de Oliveira**, Tomires Campos Lopes, M.Sc.***
Com isso o desempenho motor e a aptidão de Matos Muller, da rede pública de ensino do
física de crianças têm sido estudados ao longo município de Cuiabá/MT.
do último século, pois compreende-se que existe Como aptidão física e desempenho motor es-
uma relação importante entre a melhora da ap- tão inter-relacionados, seus componentes tornam-
tidão física e das capacidades funcionais motoras -se inseparáveis. Portanto, para a avaliação foram
(força, flexibilidade, velocidade e agilidade) dos utilizados os materiais e testes recomendados pelo
indivíduos, contribuindo, assim, na eficiência da Proesp-BR (2009) [7].
realização de determinadas tarefas [6]. As variáveis selecionadas para o estudo da
Ao longo dos anos tem-se observado diversas aptidão física foram flexibilidade e força explo-
sugestões de baterias de testes para avaliar o de- siva de membros superiores e inferiores. Já para
sempenho motor e a aptidão física [6]. No Brasil, o desempenho motor avaliaram-se as variáveis:
encontramos o Projeto Esporte Brasil (PROESP- velocidade e agilidade. Os testes foram divididos
-BR, 2009) [7], que segue com informações para em duas categorias: as provas em sala e as provas
aplicação de medidas e testes, normas e critérios de campo.
de avaliação, desenvolvido no âmbito da educação
física escolar com o esporte educacional condi- Os testes de sala
zente com a nossa realidade cultural. Auxiliando
professores de educação física na avaliação dos O motivo para que os seguintes procedimen-
indicadores de crescimento corporal, do estado tos sejam realizados em sala é pelo fato da exi-
nutricional, da aptidão física relacionada à saúde gência de que as crianças permaneçam descalças
e ao desempenho esportivo em crianças e jovens durante os testes de massa corporal total, estatura
entre 7 e 17 anos. Sendo assim, o objetivo do e flexibilidade.
presente estudo tem como propósito investigar Para a medida da massa corporal total foi
a influência da iniciação ao voleibol na aptidão utilizada uma balança digital da marca Omron,
física e desempenho motor em crianças do quarto modelo HN-283LA e para a leitura da estatura foi
ano do ensino fundamental de uma escola muni- utilizado um estadiômetro da Soehnle. Para o teste
cipal de Cuiabá/MT. de flexibilidade (sentar-e-alcançar) foi utilizado o
Banco de Wells [7].
Material e métodos
Os testes de campo
Amostra
Já os procedimentos de campo são realizados
Inicialmente, foi feito um contato com a em espaços livres e com vestimentas adequadas
direção da escola para esclarecimentos sobre o (calção ou agasalho, camiseta e tênis) e seguem
objetivo da pesquisa e os procedimentos a serem a seguinte ordem para minimizar os efeitos de
realizados para a coleta de dados. Para a seleção fadiga fisiológica e interferência nos resultados.
dos participantes da pesquisa, determinou-se Os testes escolhidos foram: teste de força explosiva
como critério de inclusão crianças que estivessem de membros inferiores - salto horizontal, teste de
cursando o quarto ano do ensino fundamental, força explosiva de membros superiores – arremes-
que se encontram na faixa etária dos nove anos so de medicineball, teste de agilidade – teste do
de idade, as quais se deparam na fase motora quadrado e velocidade – corrida de 20 metros [7].
especializada. Esta fase é um período em que os
movimentos tornam-se uma ferramenta que será Protocolo de atividades
útil para muitas atividades motoras complexas que
estão presentes na vida diária, na recreação ou nos Após a realização da primeira coleta de dados,
jogos esportivos [5]. Neste estudo de característi- foram realizados exercícios voltados para a inicia-
cas de campo, participaram 26 crianças, de ambos ção ao voleibol baseados na estrutura funcional
os sexos, das quais 12 do sexo masculino e 14 do reduzida (EFR) que tem como propósito a modi-
sexo feminino, oriundas da escola EMEB Senador ficação do espaço de jogo, bem como o número
36 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
de jogadores e a altura da rede [8] nas aulas de Na terceira semana aplicou-se o vôlei lençol
educação física por um período de oito semanas. e o vôlei sem rede. O primeiro consistia em usar
As aulas foram aplicadas duas vezes por semana a rede de vôlei, e cada equipe mista ocupava um
com duração de 60 minutos cada. Disponibiliza- lado da quadra formando duplas que seguravam
ram-se duas aulas para realização das coletas de um lenço feito de tnt, cujo objetivo era repassar a
dados, uma antes da intervenção das atividades bola para o outro lado e a equipe adversária tinha
e outra após este período, totalizando-se assim, que receber esta bola dentro do lençol. O segundo
17 (dezessete) aulas. As aulas eram divididas em não utilizava a rede, as crianças eram divididas em
três partes: aquecimento, atividades principais e quatro pequenos grupos e ficavam dentro de qua-
volta-a-calma. drados desenhados no chão, e cada grupo tinha
Buscou-se oportunizar a vivência de jogos que recepcionar e repassar a bola com no máximo
recreativos, utilizando-se o método global. Priori- três batidas para outro grupo sem deixá-la cair ou
zando familiarização com a bola, a quadra, a rede, sem repassá-la de forma incorreta.
o deslocamento e o domínio de bola alta e baixa. Na quarta semana foi aplicado o vôlei maluco.
As atividades exploradas no aquecimento As equipes eram posicionadas em quadra com
foram jogos de pegador como: pega-pega, pega- o número igual de crianças de cada lado. Estas
-pega americano, pega-pega corrente, pega-pega tinham que tocar na bola, sem segurá-la e tentar
perneta, pega o rabo do macaco e pega a cobra. Já repassá-la para o outro lado. Primeiro foi utiliza-
para a prática das habilidades motoras globais uti- da uma bola de vôlei normal e depois uma bola
lizamos os jogos pré-desportivos que enfatizassem menor para dificultar a atividade.
os gestos do voleibol como: peteca, mosca tonta, Na quinta semana foi empregado o jogo de
alerta adaptada, vôlei-bexiga, vôlei-maluco, vôlei câmbio. Duas equipes mistas com número iguais
sem rede, vôlei lençol, mini-lancebol e lancebol de jogadores ocupavam cada uma um lado da
[4,9,10]. quadra e tinham como objetivo segurar a bola e
Na primeira semana de aula foi aplicado o depois repassá-la para a equipe adversária, sem
jogo da peteca, onde o campo era demarcado com deixar a bola cair no chão. Posteriormente foi
uma corda ou barbante a uma altura de 1m, cada aplicado o câmbio com seis jogadores, o jogo é o
equipe ocupava um lado do campo e tinha que mesmo, mas só que agora formando seis alunos
tocar a peteca para o outro lado sem deixá-la cair por equipe e os demais aguardavam analisando a
no chão (era permitido segurá-la); e o jogo da dinâmica do jogo, possibilitando um feedback e
mosca tonta era empregado em pequenos grupos, em seguida invertiam-se os papéis.
usando uma bola leve, e uma criança sempre se Na sexta semana foi aplicada a rede humana
posicionava no meio do círculo para tentar pegar com bola gigante com três grupos iguais. Dois
a bola que era arremessada pelos colegas. grupos se posicionaram cada um em um lado da
Na segunda semana foi aplicado o jogo do quadra e o terceiro grupo pocisionou-se no meio,
alerta adaptado e o vôlei bexiga. No primeiro para ser a rede. Os dois grupos que disputavam a
todos formavam um círculo e passavam a bola partida tinham que atravessar a bola para o outro
um para o outro aleatoriamente até que a bola lado sem tocar na rede. O grupo que se passava
caísse. A criança que derrubasse a bola tinha que por rede tinha que tentar interceptar a bola, se
gritar “Alerta” e dar três passos em direção a algum conseguisse trocavam de lugar com o grupo que
colega e arremessar a bola para queimá-lo. Esse arremessou a bola; e o jogo mini-lancebol foi
colega tinha que segurar a bola para arremessá-la aplicado de diversas maneiras: 1 contra 1, 2 contra
em outra pessoa, evitando que ninguém saísse 2, 3 contra 3 e 4 contra 4. Com o objetivo de
do jogo; e o vôlei bexiga era jogado com uma fazer com que os jogadores se movessem atrás da
bexiga cheia de confetes, usando a rede de vôlei, bola para jogá-la em espaços vazios e recepcioná-
cada equipe mista ocupava um lado da quadra e -la dentro do campo demarcado, com pequenos
tinha que dar três toques e lançar para a equipe deslocamentos.
adversária. Esta tentava receber a bexiga sem E, por fim, na sétima e oitava semana foi
deixar que estourasse. introduzido o lancebol, faziam parte de cada
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 37
equipe seis jogadores, utilizando a quadra e a Tabela I - Denota a média, o desvio padrão e erro
rede de voleibol para familiarizar-se com o jogo, padrão referente à massa corporal (peso), estatura,
cujo objetivo é recepcionar a bola, dar três toques IMC e % de gordura da turma e dos sexos masculino
e lançá-la para a equipe adversária, sem deixar a e feminino.
bola tocar no chão. Variá-
Turma Masculino Feminino
veis
Análise estatística Pré- Pós- Pré- Pós- Pré- Pós-
-teste -teste -teste -teste -teste -teste
Foi realizada a estatística descritiva com sof- Peso
tware Excel 2003® e para o teste de hipótese foi Nº da
26,00 26,00 12,00 12,00 14,00 14,00
utilizado o método teste t com amostras pareadas amostra
para a comparação do grupo no pré e pós-teste, Máximo 55,90 57,50 55,90 57,50 53,40 51,30
Mínimo 23,00 22,90 25,00 25,60 23,00 22,90
adotou-se como significância estatística p ≤ 0,05,
Média 33,96 65,02 32,08 33,14 35,57 36,62
utilizando para este o software Biostat 5.0.
Desvio
9,54 9,48 9,21 9,58 9,85 9,45
padrão
Resultados Erro
1,87 1,86 2,66 2,76 2,63 2,53
padrão
A descrição dos resultados obtidos na massa
Altura
corporal, estatura, IMC e percentual de gordura Máximo 1,54 1,56 1,52 1,52 1,54 1,56
no pré e no pós-testes foram apresentados em Mínimo 1,23 1,24 1,30 1,30 1,23 1,24
forma de tabela. Média 1,38 1,39 1,38 1,38 1,38 1,39
Ao analisar os resultados do peso e estatura Desvio
0,08 0,08 0,08 0,08 0,09 0,09
da turma e separadamente por sexo, observou- padrão
-se que na média total não existem diferenças Erro
0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
significativas. padrão
Os resultados do IMC da turma demonstram IMC
que não houve mudança significativa, porém Máximo 24,80 24,89 24,19 24,89 24,80 24,65
quando analisados por sexo observa-se que tanto Mínimo 13,70 13,98 13,70 14,05 14,26 13,98
os meninos como as meninas encontram-se abaixo Média 17,51 17,90 16,56 17,02 18,32 18,66
da média. Desvio
3,25 3,26 3,18 3,24 3,20 3,20
Com relação ao percentual de gordura da tur- padrão
ma e por sexo não houve mudança significativa. Erro
0,64 0,64 0,92 0,93 0,85 0,85
Os resultados dos testes de flexibilidade, força padrão
%Gordura
explosiva de membros inferiores e superiores, de
Máximo 37,79 36,58 37,79 36,58 31,47 31,51
agilidade e velocidade foram representados em
Mínimo 11,87 11,87 11,87 11,87 15,45 14,53
forma de gráfico.
Média 23,48 22,84 20,51 20,39 26,04 24,93
Desvio
Figura 1 - Resultados das médias, erro padrão e linha 7,11 7,40 8,09 8,06 5,17 6,34
padrão
de classificação ideal (PROESP-BR, 2009) do teste Erro
de flexibilidade. 1,39 1,45 2,33 2,33 1,38 1,69
padrão
30,00 26,15
24,15 25,17 26,42 25,93
27,00 23,29
24,00 Os valores encontrados como média pela tur-
21,00 ma foram 24,15 ± 1,12 no pré-teste e 26,15 ± 1,18
18,00 no pós-teste, sendo o valor de (p = 0,1125), mos-
15,00
12,00 trando que não teve estatisticamente mudança
9,00 significativa. E quando verificado separadamente
6,00 por sexo, observamos que no masculino a média
3,00
0,00 encontrada foi de 25,17 ± 1,55 no pré-teste e
cm Turma Meninos Meninas
26,42 ± 1,66 no pós-teste. Enquanto no feminino Figura 3 - Resultados das médias, erro padrão e linha
a média encontrada no pré-teste foi 23,29 ± 1,63 de classificação ideal (PROESP-BR, 2009) do teste de
e no pós-teste de 25,93 ± 1,72. Observamos que força explosiva dos membros superiores.
as meninas obtiveram ganhos maiores no final das 240,00 201,38 201,92 200,93
atividades propostas. 220,00 *
180,50 182,58 178,71
200,00
180,00
Figura 2 - Resultados das médias, erro padrão e linha 160,00
140,00
de classificação ideal (PROESP-BR, 2009) do teste 120,00
de agilidade. 100,00
80,00
12,00 60,00
11,00 40,00
10,00 8,30 20,00
9,00 7,98 7,31 7,60 7,04 7,54 0,00
8,00 *
7,00 cm Turma Meninos Meninas
6,00
5,00 p=0,01964913 Referência p≤0,05 Ideal=
4,00 ♂ 220 cm
3,00 AVAL 2 ♀ 201 cm
2,00 AVAL 1
PROESP
1,00
0,00
seg Turma Meninos Meninas
p=0,00011 Referência p≤0,05 Ideal= Figura 4 - Resultados das médias, erro padrão e linha
♂ 7,25 seg de classificação ideal (PROESP-BR, 2009) do teste de
AVAL 1 AVAL 2 ♀ 6,89 seg
PROESP força explosiva de membros inferiores.
180,00 146,27 162,17
165,00 * 151,33
Os valores encontrados como média pela 150,00 135,12 132,64
turma foram 7,98 ± 0,14 no pré-teste e 7,31 ± 135,00 121,21
120,00
0,09 no pós-teste, sendo o valor de (p = 0,00011), 105,00
mostrando que houve uma mudança significativa. 90,00
75,00
E quando verificado separadamente por sexo, ob- 60,00
45,00
servamos que no masculino a média encontrada 30,00
foi de 7,60 ± 0,14 no pré-teste e 7,04 ± 0,09 15,00
0,00
no pós-teste. Enquanto no feminino a média cm Turma Meninos Meninas
encontrada no pré-teste foi de 8,30 ± 0,19 e no Ideal=
pós-teste de 7,54 ± 0,13. Observamos que quando p=0,05000 Referência p≤0,05 ♂ 140 cm
as amostras foram comparadas entre masculino e AVAL 1 AVAL 2 ♀ 127 cm
PROESP
feminino as meninas obtiveram ganhos maiores
que os meninos. Os valores encontrados como média pela tur-
Os valores encontrados como médias pela ma foram 135,12 ± 4,98 no pré-teste e 146,27 ±
turma foram 180,50 ± 7,37 no pré-teste e 201,38 4,94 no pós-teste, sendo o valor de (p = 0,0500),
± 6,56 no pós-teste, sendo o valor de (p = 0,0196), mostrando que houve mudanças significativas.
mostrando respostas significativas. Contudo, Entretanto, quando verificado separadamente
quando investigado separadamente por sexo, por sexo, observamos que no masculino a média
observamos que no masculino a média encontrada encontrada foi de 151,33 ± 7,03 no pré-teste e
foi de 182,58 ± 10,46 no pré-teste e 201,92 ± 162,17 ± 7,00 no pós-teste. Enquanto que no
10,30 no pós-teste. Ao passo que no feminino a feminino a média no pré-teste foi de 121,21 ±
média encontrada no pré-teste foi de 178,71 ± 4,62 e no pós-teste de 132,64 ± 4,56. Observa-
10,68 e no pós-teste de 200,93 ± 8,76. Observa- mos que quando as amostras foram comparadas
mos que quando as amostras foram comparadas entre masculino e feminino não houve mudanças
entre masculino e feminino não houve mudanças importantes.
importantes.
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 39
Figura 5 - Resultados das médias, erro padrão e linha que os resultados encontrados estão abaixo dos
de classificação ideal (PROESP-BR, 2009) do teste ideais preconizados pelo PROESP-BR, isso pode
de velocidade. ter ocorrido pelo período curto da pesquisa, mas
6,50
5,73
comparando a avaliação 01 com os resultados da
6,00 5,38 * 5,16
5,50 4,96 avaliação 02, observamos melhoras significativas,
4,91
5,00 4,62 havendo modificações positivas em ambos os
4,50
4,00 sexos.
3,50
3,00
2,50 Conclusão
2,00
1,50
1,00 O presente estudo verificou a eficiência da
0,50 iniciação ao voleibol utilizando uma formação
0,00
seg Turma Meninos Meninas lúdica para influenciar e melhorar os componen-
tes da aptidão física e desempenho motor. Visto
p=0,0075833 Referência p≤0,05 Ideal=
♀ 4,28 seg que suas atividades contribuíram de maneira
AVAL 1 AVAL 2 ♂ 4,09 seg positiva para o aumento das habilidades motoras e
PROESP
aptidão física. Portanto, este trabalho foi essencial
Os valores encontrados como médias pela turma para demonstrar a importância de se introduzir o
foram 5,38 ± 0,16 no pré-teste e 4,91 ± 0,09 no voleibol, utilizando jogos pré-esportivos e lúdicos,
pós-teste, sendo o valor de (p = 0,0075), mostrando nas aulas de educação física escolar.
respostas significativas. Todavia, quando investigado
separadamente por sexo, observamos que no mas- Referências
culino a média encontrada foi de 4,96 ± 0,19 no
pré-teste e 4,62 ± 0,11 no pós-teste. Enquanto que 1. Bojikian JCM. Ensinando voleibol. São Paulo:
no feminino a média encontrada no pré-teste foi de Editora Phorte; 2003. p.19-22.
2. Mattos SCMG. Iniciação Desportiva: Uma abor-
5,73 ± 0,21 e no pós-teste de 5,16 ± 0,11. Obser- dagem teórica. Revista Sprint 1988;7(40):6-8.
vamos que quando as amostras foram comparadas 3. Nista-Piccolo VL, ed. Pedagogia dos Esportes.
entre masculino e feminino as meninas obtiveram Campinas: Papirus; 1999. p.9.
ganhos maiores no final das atividades propostas. 4. Machado AA. Iniciação ao estudo do voleibol. In: Ran-
gel ICA, Darido SC. Voleibol: do aprender ao especiali-
zar. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. p.13-5.
Discussão 5. Gallahue DL, Ozmun JC. Compreendendo o de-
senvolvimento motor, bebês, crianças, adolescentes
Observando as variáveis peso, estatura, IMC e adultos São Paulo: Phorte; 2005.
e percentual de gordura não houve mudanças 6. Krebs RJ, Duarte MG, Nobre GC, Nazário PF,
significativas, pois a pesquisa foi realizada em um Santos JOL. Relação entre escores de desempenho
motor e aptidão física em crianças com idades entre
curto período de tempo.
07 e 08 anos. Rev Bras Cineantropom Desempe-
Na flexibilidade o teste realizado não demons- nho Hum 2011;13:(2)94-9.
trou mudanças significativas quanto à turma. Uma 7. Gaya ACA. Proesp/BR. Projeto Esporte Brasil:
possível explicação é que as crianças já possuíam um Medidas e Testes, Normas e Critérios de Avaliação.
nível de flexibilidade acima da classificação ideal e Ministério dos Esportes, 2009. [citado 2011 Set
3]. Disponível em URL: http://www.esef.ufrgs.br/
não foi realizada nenhuma atividade específica para
proespbr/proespbr.htm
esta capacidade física. Analisando o pré e pós-teste 8. Pessoa AE, Bertollo M, Carlan P. Voleibol. Ijuí:
as meninas obtiveram desenvolvimentos melhores Unijuí; 2009. p.144.
que os meninos. Isto se confirma na afirmação de 9. Carvalho OM. Voleibol: Técnicas de ensino para
Gallahue, em que relata que as meninas tendem a iniciantes. Revista Sprint 1992;11(63):22-30.
10. Darido S. Souza OM. Para ensinar educação física:
ser mais flexíveis que os meninos em todas as idades.
possibilidades de intervenção na escola. Campinas:
Nos resultados analisados dos testes de agi- Papirus; 2007. p.71-84.
lidade, força explosiva e velocidade observamos
40 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
RELATO DE CASO
Caroline Andréia Pizano*, Melina Tarossi*, Rodrigo Marques Tonella, Ft.**, Cristiane Delgado Alves
Rodrigues, Ft.**, Núbia Maria Freire Vieira Lima**,
Shirley Mandu***, Daniele Mascarenhas***
posição ortostática referem-se a seus efeitos na (Kendal®) desde o pé até a coxa, a partir do
prevenção da perda de massa óssea; melhora do 17º dia de protocolo. Posteriormente, nos oito
equilíbrio do sistema hemodinâmico na posição dias finais, a angulação máxima atingida foi
ortostática; prevenção de contratura muscular; de 75º. As variáveis eram registradas no 1º e
melhora da função urinária e intestinal; alívio de 5º minuto de cada ângulo e após o retorno à
pressões que ocorrem na posição sentada, redução posição deitada. Foram analisados os resultados
da incidência de úlceras por pressão, além da fa- de cada angulação, através do teste t pareado
cilitação da ventilação e trocas gasosas e melhora para análise das alterações entre as variáveis,
do estado vigil [9,10]. com nível de significância de p < 0,05. Deste
modo observou-se que houve uma diminuição
Material e métodos da PAM comparando-se os ângulos de 30º e
45º; aumento significativo de seu valor quan-
Trata-se de um relato de caso que foi do comparado o valor final com angulação de
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa 45º e quando comparado o valor final com
da FCM/UNICAMP sob o parecer de núme- o inicial sendo p=0,042, demonstrando que,
ro: 017/2009. Paciente masculino, 32 anos embora haja hipotensão postural importante,
de idade, com lesão medular completa, nível os valores atingidos não foram inferiores a 50
C3-C4, após mergulho em água rasa, inter- mmHg (Gráfico 1).
nado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
do Hospital de Clínicas da UNICAMP, no Gráfico 1 - Evolução da PAM nos diferentes graus de
53º dia de internação. Apresentava quadro elevação e após o retorno à posição supino.
neurológico estável com tetraplegia comple- 120 Pressão arterial média
ta, em uso de colar cervical, dependente de
Pressão arterial média (mmHg)
110 *
ventilação mecânica (Respirador Raphael® / **
Hamilton Medical, software 1.0) sem drive 100
ventilatório, traqueostomizado e sem sedação. 90
Hemodinamicamente estável sem uso de dro- *
gas vasoativas. O treinamento ortostático foi 80
realizado por meio de uma prancha ortostática 70 *
manual com duração de 24 dias consecutivos.
60
Foram analisados o Vt e a complacência
aferidos pelo respirador. A PAM foi obtida pelo 50
monitor multiparamétrico Dixtal®. O protocolo 40
era iniciado sempre após atendimento fisiotera- 0° inicial 30° 30° após 5' 45° 45° após 5' 0° final
pêutico com ajuste da FiO2 (fração inspirada de Posições
oxigênio) em 1.0.
O procedimento constituiu-se de elevação O Gráfico 2 demonstra uma queda da compla-
da prancha partindo de 0º até 30º, e a partir cência pulmonar em todos os ângulos analisados,
daí de 15 em 15º com intervalo de 5 minutos quando comparados ao valor inicial com valores
entre cada elevação. O procedimento foi inter- de p = 0,00. Porém apresentou um aumento
rompido quando houve a queda da PAM (< 50 considerável quando comparados os dados da
mmHg) ou diminuição do nível de consciência; posição 75º com o final. Houve também aumento
estes eventos ocorreram a partir da angulação em seu valor quando comparado à complacência
de 60º (16º dia). Nessas condições o protocolo final com a inicial com p = 0,00, demonstrando
foi interrompido imediatamente e a prancha que houve melhora nas condições de mecânica
retornada à posição inicial. Como forma de do sistema respiratório, ratificando a efetividade
minimizar o quadro de hipotensão, utilizou-se do protocolo.
uma meia compressiva de média compressão
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 43
Gráfico 2 - Evolução da complacência nos diferentes Sendo este resultado da incapacidade de ativar o
graus de elevação e após o retorno à posição supino. sistema simpático eferente, uma vez que os neu-
70 Complacência rônios pre-ganglionares simpáticos se localizam
* nos segmentos medulares T1 a L2, que neste
Complacência (mL/cmH2O)
temente reduzindo o desempenho do sistema posture. Arch Phys Med Rehabil 2009;90:1414-7.
respiratório. O mesmo não ocorre nos pacientes 4. Brown R, DiMarco AF, Hoit JD, Garshick E. Res-
com lesão medular acima do sexto segmento piratory dysfunction and management in spinal
torácico (T6), na qual a musculatura abdominal cord injury. Respiratory Care 2006;51(8):853-70.
5. Zimmer MB, Nantwi K, Goshgarian HG. Effect of
apresenta-se flácida, dessa forma não sustentan-
spinal cord injury on the respiratory system: basic
do o diafragma durante ortostatismo, ficando o research and current clinical treatment options. J
mesmo mais exposto à ação da gravidade [16]. Spinal Cord Med 2007;30(4):319-30.
Indivíduos com lesão medular alta também 6. Sheel AW, Reid WD, Townson AF, Ayas NT,
podem apresentar redução significativa da capa- Konnyu KJ. Effects of exercise training and inspi-
cidade vital, pressão inspiratória máxima e pressão ratory muscle training in spinal cord injury: A sys-
expiratória máxima, resultado da perda do tônus tematic review. J Spinal Cord Med 2008;31:500-8.
muscular e da disfunção respiratória. Zimmer et 7. Illman A, Stiller K, Williams M. The prevalence
al. descrevem que os treinamentos devem prio- of orthostatic hypotension during physiotherapy
treatment in patients with an acute spinal cord
rizar a função ventilatória a fim de minimizar os
injury. Spinal Cord 2000;38:741-7.
efeitos pós-lesão. Embora apresentassem uma
8. Theisen D, Vanlandewijck Y, Sturbos X, Francaux
redução durante o ortostatismo, os valores de M. Blood distribution adaptations in paraplegics
complacência pulmonar e Vt apresentaram um during posture changes: peripheral and central re-
aumento significativo, após o retorno à posição -ex responses. Eur J Appl Physiol 2000;81:463-9.
deitada, quando comparados com a posição ini- 9. Chang TA, Boots R, Hodges WP, Paratz J. Stan-
cial. Isso provavelmente ocorreu, pois em ortosta- ding with assistance of a tilt table in intensive care:
tismo as áreas posteriores ficam mais ventiladas e A survey of Australian physiotherapy practice. Aus
ao retornar à posição supina o volume pulmonar J Physiother 2004;50:51-4.
aumenta assim como a complacência, devido à 10. Leite JV, Rael, S, Castro W, Vicentini A. Influência do
ortostatismo no controle de tronco e na espasticidade
expansão pulmonar adquirida nestas áreas [5-15].
de pacientes paraplégicos. Intellectus 2008;4(5).
11. Mathias CJ, Frankel HL. Cardiovascular control
Conclusão in spinal man. Ann Rev Physiol 1988;50:577-92.
12. Gonzalez F, Chang JY, Banovac K, Messina D, Mar-
Foi observado no treino ortostático progres- tinez-Arizala A, Kelley RE. Autoregulation of cerebral
sivo no TRM alto que a complacência e o Vt blood flow in patients with orthostatic hypotension
sofrem redução inicial em seus valores durante after spinal cord injury. Paraplegia 1991;29:1-7.
a elevação, porém, ao retornar à posição supina, 13. Chao CYL, Cheing GLY. Orthostatic hypotension
apresentaram aumento significativo em seus va- for people with spinal cord injuries. Hong Kong
lores, promovendo uma melhora da ventilação e Physiotherapy Journal 2008;26:51-8.
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Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 45
REVISÃO
Grasiely Faccin Borges, M.Sc.*, Ana Maria Miranda Botelho Teixeira, D.Sc.**, Luís Manuel
Pinto Lopes Rama, D.Sc.***
regulam negativamente a função das NK. As ainda existem lacunas no que diz respeito à
células NK são também dotadas de funções compreensão das alterações ocorridas com as
imunoreguladoras, uma vez que segregam células NK após períodos de treino regular,
citocinas tais como IFN-γ, que favorecem o constituindo este aspecto o principal objetivo
desenvolvimento das células T helper 1 (Th1), deste artigo, onde por meio de uma revisão
e as quimiocinas, tais como CCL3/MIP-1α sistemática buscou-se explorar o efeito do trei-
e CCL4/MIP-1β, que recrutam várias células namento sobre o comportamento das células
inflamatórias para locais de inflamação [8,13]. natural killer (NK).
Com o aumento das pesquisas sobre o exer-
cício físico e as células natural killer, algumas Métodologia
questões têm sido respondidas enquanto que
outras ainda continuam obscuras [14]. Alguns Inicialmente realizou-se uma busca na
pesquisadores têm assumido que o aumento literatura utilizando os seguintes descritores
no número ou atividade no sangue periférico em inglês: exercise, CD56, Natura killer,
das natural killer seria benéfico, baseando-se NK, Para a busca dos estudos utilizou-se as
em evidências experimentais, através das quais bases de dados eletrônicas National Library
é possível verificar que uma fração de células of Medicine (Medline/PubMed), Literatura
mononucleares contendo células NK seriam Latino-Americana e do Caribe em Ciência da
capazes de destruir certas linhas de células Saúde (Lilacs) e Scientific Electronic Library
cancerígenas ou células infectadas por vírus, no Online (Scielo) e Sport Discus.
entanto é necessário observar cuidadosamente Para a seleção dos estudos foi estabelecido
esses resultados, visto que em resultados clíni- os seguintes critérios de inclusão: 1) avaliar as
cos, em pacientes com deficiência nas células células natural killer, apresentado valores em
NK, e com uma variedade de defeitos genéticos, percentuais ou número absoluto de células;
foi demonstrado que essas células não são super 2) o exercício físio e/ou treino estar definido
armas e que possuem uma faixa relativamente claramente (ex. número de repetições e/ou
estreita de possíveis alvos [15,16]. duração) do exercício ou treino; 3) ter na
As pesquisas sobre o exercício e/ou treino amostra indivíduos do sexo masculino, sau-
e as células NK têm normalmente incluído dáveis, visto que indivíduos do sexo feminino
estudos transversais e longitudinais [7,14]. possuem respostas diferentes das células NK
Os estudos transversais sobre esse tema levam em resposta ao exercício físico [19,20]; 4) ava-
em consideração que os efeitos residuais da liar indivíduos adultos, pois levamos em con-
prática de exercícios físicos regulares podem sideração que o processo de envelhecimento
ser sustentados por muitos anos. No entanto a poderia influenciar os resultados dos estudos
validade desse tipo de comparação é ameaçado [21,22]; 5) os sujeitos incluídos nas amostra
pela diferença entre o estilo de vida de atletas não deveriam estar utilizando medicamentos
de alto rendimento e a população sedentária ou suplementação nutricional; 6) foram in-
geral, que sendo distintas apresentam muitas cluídos os artigos publicados a partir do ano
vezes resultados de difícil interpretação. Além de 1990, pelo motivo da rápida evolução e
disso, problemas metodológicos em muitos mudanças sobre o tema.
estudos, como, por exemplo, a falta de atenção Os procedimentos para análise dos estudos
dada ao período de descanso utilizado antes foram organizados na seguinte sequência: na
da coleta de sangue que é utilizada, após a primeira etapa, realizou-se um levantamento
realização do exercício, tem contribuído para de artigos encontrados com os descritores
a dificuldade em comparar resultados uma propostos; na segunda, ocorreu uma leitura e
vez que o efeito sobre as células NK podem seleção criteriosa dos artigos para a formação
persistir por 3 dias ou mais [18]. de um banco de dados sistematizado. Os da-
Apesar de existirem evidências sobre as dos de todos os artigos incluídos foram cole-
células NK e o exercício físico agudo [7], tados e armazenados em novo banco de dados,
48 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
Tabela I - Estudos selecionados sobre a resposta das células natural killer no sangue periférico após a realização de treinamento.
Tempo de descanso antes
Referência Amostra Treino Marcador/ Resultados
da coleta sanguínea
Anomasiri et al. 20 homens (militares entre CD56+
8 semanas de treino ?
[24] 21 a 23 anos) Não houve mudanças significativas
15 homens (21 anos)
6 meses de ciclismo (500Km CD16+
Baj et al. [25] (16 homens saudáveis ?
por semana) Reduziu 10% células NK
controles)
6 homens Ciclistas versus Repouso logo após o exer- NKH1 (CD57+)
Ferry et al. [26] 5 meses de ciclismo
6 homens controlos cício Aumento no número de NK
26 nadadores de elite 7 meses de natação. 20 -25
(15 homens e 15 mulheres horas/semana de treino na Mais de 24 horas após o CD56+
Gleeson et al. [27]
com idade de 19 a 41 piscina e 5 horas/semana de último exercício Redução do número de células NK.
anos) treino fora da piscina.
19 homens saudáveis 12-18 horas ou 36 a 48 CD16+
Host et al. [28] 10 semanas
horas após o exercício Aumentou 13% e depois 9%.
La Perriere et al. 14 homens saudáveis (18 45 min de ciclismo, 3 vezes/ CD56+
48 horas
[29] a 40 anos) semana Aumento de 22%
Comparação entre treina-
CD56+
mentos antes da competição
16 horas após ultramaratona Não apresentou evidências de
Peters et al. [30] Dois grupos de corredores (>120 km/semana; 3 sema-
(90Km) alterações ou correlação com
nas versus <80 km/semana;
infeccções.
2 semanas)
Corrida e Ciclismo
11 homens corredores 35 Aumento na carga de treino CD16+
Pizza et al. [17] anos) 30 dias de treino (14° dia 12 horas Aumentou 22% (corrida)
80% do treino normal 10 dias 0% (ciclismo)
de treino a 200% do normal)
CD56+
29 semanas de treino
19 nadadores e 11 não- Reduziu em dois momentos, espe-
Rama et al. [14] utilizou 4 momentos durante 48 horas
-atletas cificamente quando aumentaram a
todo o perído de treino.
carga de treino
12 semanas de treino super-
Com 36 horas depois e 12
visionados em cicloergômetro CD56+/CD16+
9 homens (23 anos) (6 horas de jejum da última ses-
Rhind et al. [31] (30 minutos de 65 a 70% Aumentou em 22% (Aumentou
controles) são e 30 a 120 min depois
doVO2max, 4–5 dias por CD16+, CD56+)
do exercício.
semana .
12 semanas de treinamento
(três grupos: grupo 1 de
exercícios aeróbios,70-85%
33 homens sedentários e da FCmáx 3 vezes/semana,
CD16+ Aumentou 27% treino leve,
Shore et al. [32] saudáveis grupo 2 exercícios modera- Repouso
21% treino moderado.
(19 a 29 anos) dos com programa similar ao
grupo 1, 4-5 vezes/semana)
e um grupo de controle,
sedentários)
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 49
treinamento podem ser mascarados por uma treinamento físico em que se encontravam
sessão de treino recente e que podem dificultar esses atletas.
a análise e entendimento dos resultados [7]. Comumente é sugerido que o exercício
Nos estudos selecionados ocorreram varia- induz ao aumento da quantidade de células
ções no tempo de repouso, que foi utilizado NK a partir dos reservatórios venosos que está
após a realização do exercício físico, para serem associada ao aumento do débito cardíaco e
feitas as coletas de sangue periférico. Através a uma demarginação dos linfócitos associa-
da análise dos estudos foi possível verificar, dos com a mediação da ação da adenosina
que o tempo utilizado para coleta de sangue monofosfato cíclica, que medeia a ação das
após o exercício físico pode influenciar nos catecolaminas e as moléculas de adesão [6]. A
resultados, em estudos centrados na resposta redução da quantidade das células NK após o
ao treino, pelo que um período de tempo após exercício físico pode ser causada pela remar-
o exercício tem sido respeitado para realizar ginação celular, quando a concentração das
a coleta da amostra de sangue. No caso do catecolaminas diminui para os níveis normais
exercício moderado, 24 horas parece ser sufi- de repouso. No entanto, é difícil indentificar
ciente para uma completa recuperação, mas qual é o mecanismo que reduz a quantidade
interpretações errôneas da resposta ao treino de células NK aos níveis normais. É muito
podem surgir em estudos em que a elevação postulado que as células NK migram para fora
destas células que ocorre na resposta aguda da circulação na primeira hora do exercício e
possa persistir por diversos dias [6,7]. Na esta migração é mais intensa nos exercícios
metanálise realizada por Shephard e Shek [6], vigorosos, possivelmente para dar assistência
na maioria dos artigos investigados, os sujeitos na morte celular, ocorrida como consequência
das amostras não tiveram mais que 24 horas de de microtraumas na atividade muscular[6,7].
recuperação, e em algumas instâncias o tempo Apesar de o exercício físico extenuante em
após o exercício foi muito próximo ou muito níveis mais intensos poder causar consequên-
curto em relação à última sessão de exercícios. cias negativas para a resposta imunológica,
Por dificuldades e alguns problemas envol- o exercício moderado a longo prazo pode
vendo as técnicas de análises e coleta de dados influenciar a função imunológica de forma
imunológicos, poucos estudos tem incluído benéfica [6]. Uma metanálise identificou que
grupo de controle [6]. A partir dos estudos indivíduos ativos fisicamente possuem uma
selecionados observou-se que após a realização vantagem de 17% no número de células NK
do exercício físico as células NK apresentaram quando comparados a indivíduos sendentá-
um comportamento similar, pois dos 12 estu- rios [6].
dos 9 apresentaram um aumento no número Relativamente ao número de células na-
de NK circulantes (tabela I). Verificou-se tural killer circulantes, é interessante destacar
que durante ou logo após o exercício físico que os exercícios muito intensos, realizados
as células NK (CD16+/CD56+) circulantes cerca de 20 a 120 minutos, com uma inten-
no sangue periférico parecem ser encontradas sidade a 75 até 90% do pico do VO2 máximo,
em maior número e percentagem em atletas podem causar uma maior elevação do número
do que em não atletas e esses valores podem de células NK, no entanto, após a prática de
ser mantidos por longos períodos de tempo exercícios muito pronlongados, acima de
[35]. Um estudo que avaliou 1038 atletas na 120 minutos e realizados até 120 dias, depois
China identificou proporções aumentadas em de passadas 24 horas de repouso podem ser
atletas cerca de 20 a 40% quando comparados encontrados valores muitos reduzidos no nú-
aos níveis normais, e as subpopulações CD3+, mero de células NK no sangue periférico [6].
CD3+CD4+, e CD3+CD8+ T, B, e NK foram Elevada atividade ou número de células
todas menores nos atletas quando comparados NK na circulação sanguínea não parece ser
com os valores de referência clínicos [36]. No sempre favorável, no caso de pacientes com
entanto, não foi detalhado o momento de problemas dermatológicos [16,37,38]. Em
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 51
poderia induzir a mobilização desta última redistribuição das células NK induzida pelo
subpopulação, refletindo a mobilização de treino, após seu término, que pode refletir
células CD56+ imaturas. O exercício físico um processo de recuperação e adaptação, em
agudo pode mobilizar as células CD56bright resposta ao estresse fisiológico. Este compor-
para a circulação, provavelmente a partir do tamento pode suportar um risco acrescido
tecido linfóide onde são abundantes [1], o da eficácia da função imune. O número e
que faz com que o exercício físico possa ter percentual de células NK circulantes parece
um importante papel clínico. aumentar durante o exercício físico, seguido
No estudo de Shore et al. [32], foi evidencia- por uma brusca queda, que pode ocorrer até
do que o treinamento moderado, que seria capaz por volta de 30 a 50 minutos após seu térmi-
de causar um balanço energético negativo, pro- no, logo em seguida inicia-se um aumento
duz um menor aumento no número de células no número de células circulantes no sangue
NK CD16+CD56+, de células citotóxicas não periférico e esse aumento prolonga-se por 24
restriras ao complexo MHC, no entanto como horas e em muitos casos por 48 horas, esse au-
consequência os autores atribuíram como uma mento parece estar relacionado à intensidade
consequência negativa a diminuição dos linfó- e ao volume do exercício que foi realizado. A
citos B que ocorreu resultado do treinamento resposta ao treino prolongado, por outro lado,
realizado. Apesar desse resultado, é importante parece ser caracterizada por uma diminuição
destacar que os atletas possuíam um número nos níveis de células NK em repouso, podendo
menor de células NK em repouso. representar uma adaptação crônica ao treino
No entanto, o exercício total realizado intenso de longa duração.
pode influenciar as células NK pela via da
respostas neuroendócrina. Isto é possível, pois Agradecimentos
com um aumento da carga de treino ocorre
um aumento antecipatório das catecolaminas Ao Conselho Nacional de Desenvolvi-
(ex. Adrenalina). As células natural killer, mento Científico e Tecnológico- CNPq pelo
assim como outros linfócitos expressam re- apoio financeiro (Bolsa de doutorado pleno
ceptores β-adrenergicos os quais respondem no exterior-GDE/Ciências sem Fronteiras)
às catecolaminas aumentando o número em concedido a Grasiely Faccin Borges (202441/
circulação [45]. Controversamente, o aumento 2011-3).
da concentração do cortisol tem sido relata-
do em associação com uma diminuição no Referências
número das células NK [46] e isto pode ser
possível também pela aumentada produção de 1. Caligiuri MA. Human natural killer cells.
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têm sido sugeridas como deixando os atletas 4. Godfrey DI, Hammond KJ, Poulton LD,
potencialmente susceptíveis a infecções virais Symth MJ, Baxter AG. NKT cells: facts,
[27]. Porém, nem todos autores concordam functions and fallacies. Immunol Today
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Os estudos publicados e utilizados por esta Immunol 2006;5(4):167-75.
revisão sistemática apontam para um efeito de
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 53
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REVISÃO
Garcia et al. [8] N = 10 Estimulação elétrica de vasto Teste funcional, eletro- Após tratamento houve
medial. 3 vezes na semana miografia. aumento na capacidade de
por 6 semanas. geração de força.
Fonte: Dados coletados pelos pesquisadores.
articulação femoropatelar, entre outros. Porém, objetivo do trabalho foi analisar os protocolos de
não foi estabelecido um protocolo com com- tratamento na instabilidade femoropatelar.
provação de melhora para pacientes acometidos
por esta síndrome. O tratamento cirúrgico traz Material e métodos
mais de cem técnicas diferentes descritas, porém,
com um alto índice de resultados insatisfatórios, Foi realizada pesquisa bibliográfica nas bases
principalmente a longo prazo, somado ainda de dados eletrônicas, Pubmed e Scielo. Para tanto
com o grande potencial iatrogênico, fazem do foram utilizados os termos: knee, patellofemoral
tratamento conservador uma alternativa pro- instability, protocols, exercise, rehabilitation na
missora. Que leva ao alívio da dor, por meio de língua inglesa, e joelho, síndrome femoropatelar,
fortalecimentos e alongamentos associados ao uso instabilidade, protocolos, exercícios, reabilitação
de anti-inflamatórios [2,4,6,13,14,18,19,22]. O na língua portuguesa. As buscas foram realizadas
58 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
restringindo a data para artigos publicados entre moral e ísquiotibiais a 60 e 180º/s. O tratamento
2003 e 2012, em língua inglesa e portuguesa, consistiu em alongamento muscular segmentar
sendo inclusos os estudos que abordavam ca- bilateral dos músculos ísquiotibiais, tríceps sural e
sos nos quais a intervenção em pacientes com quadríceps femoral, teve duração de 30 segundos
síndrome femoropatelar se dera por tratamento e 10 repetições para cada músculo. Os resultados
conservador. Desta forma foram analisados 30 mostram que o alongamento muscular segmentar
artigos, dos quais 8 preencheram os critérios de possibilita melhoras de vários sinais e sintomas
inclusão deste estudo. apresentados pelo paciente com SDFP, como
alinhamento, dor e função do joelho.
Resultados Já outro estudo realizado comparou a eficácia
do alongamento muscular na recuperação fun-
Dos 25 artigos encontrados, apenas 8 apresen- cional de pacientes com SDFP, em um grupo de
tavam ensaios clínicos controlados, e os artigos 20 mulheres sedentárias com SDFP. Foi subdivi-
selecionados quanto aos tratamentos comparados dido em dois grupos sendo que o grupo 1 (G1)
para a síndrome femoropatelar foram: alonga- realizou alongamento dos músculos da cadeia
mento, fortalecimento, eletroestimulação, taping, posterior pela técnica de reeducação postural
influência dos músculos do quadril na SDFP, global e o grupo 2 (G2) alongamento segmentar
altura do STEP, combinados ou não. A tabela dos músculos ísquiotibiais e gastrocnêmios. As
I apresenta os dados dos estudos selecionados, variáveis avaliadas foram a intensidade da dor no
tendo respectivamente autor, grupo participante, joelho pela escala visual analógica, capacidade
metodologia, variáveis estudadas e conclusão. funcional, flexibilidade pelo teste 3º dedo solo,
encurtamento dos músculos ísquiotibiais, ângulo
Discussão Q, e eletromiografia dos músculos bíceps femoral
e gastrocnêmios porção lateral. O tratamento
Os artigos relacionados apresentaram uma teve duração de oito semanas, com duas sessões
variação de 1 a 81 pacientes nos grupos, sendo semanais. Os resultados mostraram que os dois
um total de 222 pacientes estudados. Em seis grupos obtiveram melhora em capacidade fun-
estudos [2,3,8,9,15], o total de grupos envolveu cional, encurtamento dos músculos ísquiotibiais,
entre 10 e 40 pacientes, em um estudo [15] o ângulo Q e flexibilidade. Porém, somente o G1
grupo envolveu apenas um paciente, e em outro obteve redução na intensidade da dor. Comparado
estudo [17] o grupo envolveu 81 pacientes. Dois a G2, o G1 teve melhor índice de flexibilidade.
artigos [9,14] subdividiram a amostra em dois Concluindo que os exercícios de alongamento
grupos, e dois artigos [3,19] a amostra foi sub- muscular, em especial o global, devem ser indi-
dividida em quatro grupos, formando assim 12 cados para pacientes com SDFP para redução
grupos de estudo, em que a maioria dos grupos efetiva da dor melhorando o realinhamento dos
analisados utilizou fortalecimento de quadríceps joelhos e aumentando a flexibilidade, facilitando
e alongamento de cadeia posterior. o fortalecimento muscular [14].
Miyamoto et al. [2] realizaram um estudo Cabral [3] observou a eficácia do alongamento
com o objetivo de avaliar os efeitos do alonga- dos músculos da cadeia posterior com exercícios
mento muscular segmentar no tratamento da de fortalecimento do músculo quadríceps femoral
SDFP. Participaram do estudo 12 indivíduos com na recuperação funcional de pacientes com SDFP.
SDFP, dominância do membro inferior direito e Foram selecionadas 40 mulheres sedentárias com
idade média de 20 anos. Os participantes foram idade entre 18 e 32 anos com SDFP. As variáveis
avaliados antes e após o tratamento, sendo as avaliadas antes do tratamento foram medida da
variáveis analisadas; o ângulo Q, intensidade da flexibilidade, encurtamento dos músculos ísquioti-
dor, capacidade funcional pela escala de Lysholm, biais, ângulo Q, aplicação da escala de capacidade
sensação de posição articular (SPA) a 40 e 50 graus funcional (escala de Lysholm e escala de avaliação
de flexão de joelho, trabalho total e momento de para articulação femoropatelar), eletromiografia dos
força concêntrico dos músculos quadríceps fe- músculos vasto medial, vasto lateral, bíceps femoral
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 59
e gastrocnêmios porção lateral durante contrações o ângulo Q, o que sugere que os tratamentos
isométricas de flexão e extensão da perna. Após a baseados no fortalecimento do músculo quadrí-
avaliação, o grande grupo se subdividiu em quatro ceps femoral resultam em melhora nos principais
grupos: G1 realizou alongamentos dos músculos de sintomas apresentados pelo paciente, porém, não
cadeia posterior pela técnica de RPG, G2 realizou houve diferenças evidentes na realização em cadeia
alongamento segmentar dos músculos ísquiotibiais cinética aberta ou fechada.
e gastrocnêmio, G3 fortaleceu o músculo quadríceps Já Cabral et al. [9] observaram a eficácia do
femoral em cadeia cinética aberta e G4 fortaleceu fortalecimento de quadríceps femoral em cadeia
também quadríceps femoral em cadeia cinética cinética aberta, no tratamento de pacientes com
fechada, ambos com aumento progressivo da carga. SDFP. Foram avaliadas as variáveis de dor, capa-
O tratamento durou oito semanas com frequência cidade funcional, ângulo Q e eletromiografia du-
de duas sessões semanais. Em todos os grupos houve rante contrações isométricas. As 10 pacientes com
melhora da capacidade funcional, diminuição do SDFP selecionadas realizaram fortalecimento do
encurtamento dos músculos ísquiotibiais e aumento músculo quadríceps femoral na cadeira extensora
da flexibilidade. Sugerindo que exercícios de alon- com aumento progressivo de carga, com duração
gamento, em especial o RPG, devem ser indicados de 16 sessões, duas vezes por semana. Concluindo
para pacientes com SDFP, principalmente em fases que os exercícios de fortalecimento realizados
iniciais de sinais e sintomas. devem ser prescritos para pacientes com SDFP
Apesar de terem sido utilizadas técnicas, dura- e produzem resultados funcionais satisfatórios.
ção e número de repetições diferentes nos estudos Clark et al. [18] pesquisaram a eficácia de
citados acima, nota-se uma melhora no quadro de três técnicas fisioterapêuticas isoladamente sendo
sinais e sintomas do paciente com SDFP quando aplicadas em pacientes com SDFP. Um grupo de
submetido a alongamentos, em especial de cadeia 81 jovens com SDFP foram separados aleatoria-
posterior. A dor demonstrou melhora efetiva, bem mente em quatro grupos: G1 realizou exercícios de
como a funcionalidade, alinhamento do joelho e fortalecimento, alongamentos e uso do taping; G2
flexibilidade. Os exercícios de alongamento são realizou exercícios de fortalecimento e alongamen-
indicados para pacientes com SDFP, principal- tos; G3 realizou alongamentos e utilizou taping; e
mente no início dos sintomas. G4 somente o alongamento. O tratamento teve
Cabral et al. [9] avaliaram a eficácia do for- duração de 3 meses, e as variáveis avaliadas foram
talecimento muscular em pacientes com SDFP, a satisfação do paciente, dor através da escala visual
comparando os exercícios em cadeia cinética analógica, funcionalidade, força de quadríceps. Os
aberta e cadeia cinética fechada. Um grupo de 20 pacientes foram avaliados após 3 meses de trata-
mulheres com SDFP foi dividido em dois grupos: mento e após 12 meses através de um questionário
G1 realizou o fortalecimento de quadríceps fe- postal. Todos os grupos apresentaram melhora
moral em cadeia cinética aberta, já G2 realizou o significativa no quadro de sintomas, entretanto
mesmo fortalecimento em cadeia cinética fechada, pacientes que fizeram apenas fortalecimento rela-
ambos com duração de 8 semanas e frequência taram retorno dos sintomas após 3 meses. O taping
de 2 vezes na semana. Antes e após o tratamento não mostrou eficácia significativa na melhora dos
foi avaliada a dor, capacidade funcional, flexi- pacientes. Com os dados apresentados sugere-se
bilidade, encurtamento de ísquiotibiais, ângulo que os efeitos de alongamento e fortalecimento
Q, eletromiografia dos músculos vasto medial são efetivos, porém, precisam ser mantidos por
e vasto lateral, durante extensão isométrica da pelo menos 1 ano após o tratamento, já o taping
perna. Os resultados mostram que houve me- não demonstrou eficácia.
lhora da capacidade funcional encurtamento de As técnicas de fortalecimento nos estudos
ísquiotibiais, e flexibilidade. Porém, somente o acima citados evidenciaram que há melhora do
grupo submetido a exercícios de cadeia cinética quadro do paciente em geral de sintomas, não
aberta apresentou diminuição na intensidade da havendo influência entre exercícios de cadeia
dor e aumento da atividade eletromiográfica do cinética aberta ou fechada para estes pacientes.
músculo vasto lateral. Ambos não modificaram Apesar de se mostrar efetivo, o exercício de for-
60 Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013
A Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício é uma publicação c) a aprovação definitiva da versão que será publicada.
com periodicidade bimestral e está aberta para a publicação Deverão ser cumpridas simultaneamente as condições a), b)
e divulgação de artigos científicos das áreas relacionadas à e c). A participação exclusivamente na obtenção de recursos
atividade física. ou na coleta de dados não justifica a participação como
Os artigos publicados na Revista Brasileira de Fisiologia do autor. A supervisão geral do grupo de pesquisa também não
Exercício poderão também ser publicados na versão eletrônica é suficiente.
da revista (Internet) assim como em outros meios eletrônicos Os Editores podem solicitar justificativa para a inclusão
(CD-ROM) ou outros que surjam no futuro, sendo que pela de autores durante o processo de revisão do manuscrito,
publicação na revista os autores já aceitem estas condições. especialmente se o total de autores exceder seis.
A Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício assume o “estilo
Vancouver” (Uniform requirements for manuscripts submitted 4. Resumo e palavras-chave (Abstract, Key-words)
to biomedical journals) preconizado pelo Comitê Internacional Na segunda página deverá conter um resumo (com no
de Diretores de Revistas Médicas, com as especificações que máximo 150 palavras para resumos não estruturados e 200
são detalhadas a seguir. Ver o texto completo em inglês desses palavras para os estruturados), seguido da versão em inglês
Requisitos Uniformes no site do International Committee e espanhol.
of Medical Journal Editors (ICMJE), www.icmje.org, na O conteúdo do resumo deve conter as seguintes informações:
versão atualizada de outubro de 2007 (o texto completo dos - Objetivos do estudo.
requisitos está disponivel, em inglês, no site de Atlântica - Procedimentos básicos empregados (amostragem,
Editora em pdf ). metodologia, análise).
Os autores que desejarem colaborar em alguma das seções - Descobertas principais do estudo (dados concretos e
da revista podem enviar sua contribuição (em arquivo estatísticos).
eletrônico/e-mail) para nossa redação, sendo que fica - Conclusão do estudo, destacando os aspectos de maior
entendido que isto não implica na aceitação do mesmo, que novidade.
será notificado ao autor. Em seguida os autores deverão indicar quatro palavras-chave
O Comitê Editorial poderá devolver, sugerir trocas ou retorno para facilitar a indexação do artigo. Para tanto deverão utilizar
de acordo com a circunstância, realizar modificações nos os termos utilizados na lista dos DeCS (Descritores em
textos recebidos; neste último caso não se alterará o conteúdo Ciências da Saúde) da Biblioteca Virtual da Saúde, que se
científico, limitando-se unicamente ao estilo literário. encontra no endereço Internet seguinte: http://decs.bvs.br.
Na medida do possível, é melhor usar os descritores existentes.
PREPARAÇÃO DO ORIGINAL
1. Normas gerais 5. Agradecimentos
1.1 Os artigos enviados deverão estar digitados em Os agradecimentos de pessoas, colaboradores, auxílio
processador de texto (Word), em página de formato A4, financeiro e material, incluindo auxílio governamental e/ou
formatado da seguinte maneira: fonte Times Roman (English de laboratórios farmacêuticos devem ser inseridos no final do
Times) tamanho 12, com todas as formatações de texto, tais artigo, antes as referências, em uma secção especial.
como negrito, itálico, sobrescrito, etc.
1.2 Numere as tabelas em romano, com as legendas para cada 6. Referências
tabela junto à mesma. As referências bibliográficas devem seguir o estilo Vancouver
1.3 Numere as figuras em arábico, e envie de acordo com as definido nos Requisitos Uniformes. As referências
especificações anteriores. bibliográficas devem ser numeradas por numerais arábicos
As imagens devem estar em tons de cinza, jamais coloridas, entre parênteses e relacionadas em ordem na qual aparecem
e com resolução de qualidade gráfica (300 dpi). Fotos e no texto, seguindo as seguintes normas:
desenhos devem estar digitalizados e nos formatos .tif ou .gif.
1.4 As seções dos artigos originais são estas: resumo, Livros - Número de ordem, sobrenome do autor, letras
introdução, material e métodos, resultados, discussão, iniciais de seu nome, ponto, título do capítulo, ponto, In:
conclusão e bibliografia. O autor deve ser o responsável pela autor do livro (se diferente do capítulo), ponto, título do
tradução do resumo para o inglês e também das palavras-chave livro (em grifo - itálico), ponto, local da edição, dois pontos,
(key-words). O envio deve ser efetuado em arquivo, por meio editora, ponto e vírgula, ano da impressão, ponto, páginas
de disquete, CD-ROM ou e-mail. Para os artigos enviados inicial e final, ponto.
por correio em mídia magnética (disquetes, etc) anexar uma Exemplo:
cópia impressa e identificar com etiqueta no disquete ou 1. Phillips SJ, Hypertension and Stroke. In: Laragh JH, editor.
CD-ROM o nome do artigo, data e autor. Hypertension: pathophysiology, diagnosis and management. 2nd
ed. New-York: Raven press; 1995. p.465-78.
2. Página de apresentação
A primeira página do artigo apresentará as seguintes Artigos – Número de ordem, sobrenome do(s) autor(es),
informações: letras iniciais de seus nomes (sem pontos nem espaço), ponto.
- Título em português, inglês e espanhol. Título do trabalha, ponto. Título da revista ano de publicação
- Nome completo dos autores, com a qualificação curricular seguido de ponto e vírgula, número do volume seguido de dois
e títulos acadêmicos. pontos, páginas inicial e final, ponto. Não utilizar maiúsculas
- Local de trabalho dos autores. ou itálicos. Os títulos das revistas são abreviados de acordo com
- Autor que se responsabiliza pela correspondência, com o o Index Medicus, na publicação List of Journals Indexed in Index
respectivo endereço, telefone e E-mail. Medicus ou com a lista das revistas nacionais, disponível no
- Título abreviado do artigo, com não mais de 40 toques, site da Biblioteca Virtual de Saúde (www.bireme.br). Devem
para paginação. ser citados todos os autores até 6 autores. Quando mais de 6,
- As fontes de contribuição ao artigo, tais como equipe, colocar a abreviação latina et al.
aparelhos, etc. Exemplo:
Yamamoto M, Sawaya R, Mohanam S. Expression and
3. Autoria localization of urokinase-type plasminogen activator receptor
Todas as pessoas consignadas como autores devem ter in human gliomas. Cancer Res 1994;54:5016-20.
participado do trabalho o suficiente para assumir a
responsabilidade pública do seu conteúdo. Os artigos, cartas e resumos devem ser enviados para:
O crédito como autor se baseará unicamente nas contribuições Guillermina Arias - E-mail: artigos@atlanticaeditora.com.br
essenciais que são: a) a concepção e desenvolvimento, a análise As normas completas são disponiveis em nosso site: www.
e interpretação dos dados; b) a redação do artigo ou a revisão atlanticaeditora.com.br
crítica de uma parte importante de seu conteúdo intelectual;
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 12 Número 1 - janeiro/fevereiro 2013 63
Calendário de eventos
2013
definido
Pré-treino: 1 pack do Heavy Bomber® + 1 porção de L-Carnitine Fire®
Durante o treino: 1 porção de L-Carnitine Concentrated®
Pós-treino: 1 porção de BCAA Heavy Bomber® + 2 cápsulas de
ZMA Way® + 1 porção de ISO Waxy Maize®
Antes de dormir: ½ porção de Iso Casein®
Na busca pela diminuição da gordura corporal, a L-Carnitine Fire® gera o melhor estímulo
para a diminuição da gordura acumulada no corpo. Isso ocorre devido a geração de energia
direta a partir de lipídios e pela rápida ação devido ao seu uso sublingual. O poder da L-Car-
nitine Concentrated® durante os treinos garante um estímulo maior para a diminuição do
percentual de gordura, já que esse suplemento é de uso sublingual e com isso a absorção
é imediata e, consequente, aumento do gasto calórico e maior performance. O ZMA Way®
fornece os micronutrientes importantes para os vários processos metabólicos que ocorrem
durante a realização de um treinamento intenso e, por isso, é importante para melhores efei-
tos ergogênicos. Durante esse processo é importante fornecer módulos nutricionais adequa-
dos para o fortalecimento muscular. O Heavy Bomber Pack® atuará nesse fortalecimento
ao manter o estado contínuo de anabolismo muscular e por fornecer um mix de nutrientes
específicos para a formação de energia e contração muscular. A recuperação de energia de
forma instantânea se dá pelo uso do ISO Waxy Maize®, que garante a reposição do glico- Associação de suplementos com rápida ação e melhor eficiência.
gênio muscular. Além disso, é de extrema importância estabelecer métodos para evitar a
INVESTIMENTO
perda de massa magra que ocorre, principalmente, durante os treinos. Desse modo, o uso de
ISO Casein® e BCAA Heavy Bomber® serão os principais responsáveis pela recuperação e EFICIÊNCIA
manutenção da massa muscular no pós-treino e ao longo do dia e da noite. VELOCIDADE
Felipe Franco MIDWAY TEAM
Máxima
definição
muscular
v o l u m e 1 2 - n ú m e r o 0 1 • J an e i r o / F e v e r e i r o 2 0 1 3 ISSN 16778510
Re v i s t a B r a s i l e i r a d e
R evi st a
Fisiologia
B rasi l ei ra
exercício
de
do
Fisio lo gia
Brazilian Journal of Exercise Physiology
do
Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício
e xe r cício
ESPORTE
• Treinamento físico personalizado
• Voleibol e desenvolvimento infantil
ORTOPEDIA 14 anos
• Tratamentos na síndrome
femoropatelar
IMUNOLOGIA
• Células natural killer e efeito
do treinamento
FISIOLOGIA
• Alongamento estático sobre o teste
de 1RM
• Reexpansão pulmonar em trauma
raquimedular
• Exercício físico e estresse oxidativo
• Consumo máximo de oxigênio
e percentual de gordura
v o l u me 12 - n ú me ro 0 1 • Ja n e iro /Fe v er e ir o 20 13
MR
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