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Universidade Potiguar - UNP

Técnica de Peixes e Frutos do Mar

Professor Marcelo Labre

Fábio Augusto Silverio Ferreira

RELATÓRIO SOBRE O MERCADO DA REDINHA E O CANTO DO MANGUE

Natal/RN
2020
UnP – Universidade Potiguar
ProAcad - Pró-Reitoria Acadêmica
Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia
Disciplina: Técnica de Peixes e Frutos do Mar

RELATÓRIO SOBRE O MERCADO DA REDINHA E O CANTO DO MANGUE

RESUMO

Este relatório é o resultado de uma pesquisa sobre a importância do Mercado


da Redinha e do Canto do mangue para a cidade do Natal e sua gastronomia

A cidade do Natal foi fundada em 1599 as margens do Rio Potengi, nome esse
dado segundo especulações dos historiadores, referindo-se ao dia em que a esquadra
Portuguesa desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de
Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania ou a data
da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de
dezembro de 1599.

Esta cidade é conhecida por suas belezas naturais, belas praias, dunas, coqueirais
etc. É também conhecida como Cidade do Sol, porque o sol brilha durante o ano todo
e só descansa nos períodos de chuva entre março e julho. Além dessas vantagens,
Natal é considerada a cidade que possui o ar mais puro da América do Sul e possui
um dos mais belos litorais do Brasil, que se estende por mais de 400 Kms e um povo
hospitaleiro que recebe os visitantes de braços abertos.

Tendo como moradores os índios potiguares e sido ocupada por franceses,


portugueses e holandeses um pouco dos costumes e hábitos foram deixados e
misturados nesta terrinha de sabores marcantes.

Tivemos aqui também a presença dos americanos, que aportaram na cidade


devido a sua posição geográfica privilegiada, ela é o ponto das Américas mais próximo
da Europa, na IIº. Grande Guerra Mundial, já no século XX, serviu de base militar para
os nortes americanos, que também deixaram suas contribuições para todos que aqui
moravam.

Por se posicionar na esquina da América do Sul, o Rio Grande do Norte se abre


para inúmeras oportunidades econômicas, dentre elas a pesca.

A pesca no Rio Grande do Norte figura entre as principais atividades econômicas


existentes no estado, um importante produtor de pescado destacando-se
principalmente como maior exportador brasileiro de atuns e meca segundo dados da
Inframérica em 2017 (administradora do aeroporto), totalizando cerca de 29% das
exportações.

No entanto, o potiguar é um dos que menos consomem pescados segundo


Associação norte-americana do Coração (heart.org). Uma vez que maior parte da
produção pesqueira é destinada para exportação. Também, segundo pesquisa
realizada em Caiçara do Norte pelo SEBRAE e a Universidade Federal do Rio Grande
do Norte (UFRN) em parcerias com prefeituras da região com o intuito de estimular o
resgate da pesca do peixe-voador e da ova com sustentabilidade, mostra que a maior
parte do pescado consumido de é forma congelada comprada nos supermercados.

Das grandes empresas pesqueiras para as prateleiras dos supermercados, uma


concorrência desleal, não dando chance para os pequenos pescadores, que dia após
dia estão à frente de suas pequenas embarcações literalmente atrás do peixe do dia-
a-dia.

Também nesta mesma pesquisa pode-se avaliar do consumidor final o que que o
impulsiona na hora de decidir comprar um pescado. Em primeiro lugar vem a Higiene,
em segundo a Conservação, em terceiro Benefícios para a saúde e em quarto o Preço.

Com o propósito de impulsionar os pequenos comerciantes da região que


comercializam esse tipo de produto, foi inaugurado em 2007 o “Mercado do Peixe”
com a finalidade de aumentar o consumo entre a população natalense e trazer um
ambiente com mais estrutura e conforto para os que comercializam e para os que
compram.

Antes, os produtos eram comercializados em ambiente insalubre, afastando a


clientela. Agora, com a estrutura montada com o novo prédio do Mercado do Peixe,
pode-se encontrar uma estrutura limpa e higiênica, levando assim mais segurança
para os que lá frequentam. Um ponto que não pode ser omitido é que este espaço
compreende a produção da Colônia dos Pescadores de Natal Z4, que compreende
desde Ponta Negra até a Redinha.

O Mercado do Peixe, localiza-se na região do Canto do Mangue, no Bairro boêmio


de Natal, a Ribeira. Ele é composto de 22 boxes, sendo 16 de venda exclusiva de
peixes e outros de frutos do mar. No último pavimento do prédio, fica a praça de
alimentação, com outros oito boxes onde todos podem adquirir os pratos prontos com
os pescados. Segundo o seu administrador com muito orgulho exalta: “O nosso
produto é fresco. Sai direto do mar para a mesa do natalense. Além disso, a economia
local é movimentada, já que nossos fornecedores são todos daqui”.

Já que é no Mercado do Peixe onde posso comprar o peixe fresco ou até


mesmo degusta-lo, temos em nossa cidade um local onde podemos provar um pouco
desta história que envolve a pesca como meio de capitação de renda e o prazer de
comer uma iguaria conhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio
Grande do Norte. A Ginga com Tapioca, prato típico da capital potiguar.

Prato simples, apenas uma tapioca, feita com goma de mandioca e coco e peixe
(ginga, também conhecida como manjuba, pititinga ou manjubinha) frita. Algo tão
simples, mas que já dura a mais de 50 anos. Pode ser encontrada basicamente em
todas as praiais da capital, mas a história deste prato deu-se inicio na Praia da
Redinha no Mercado Público da Redinha.

Além da iguaria tipicamente potiguar, também é possível aproveitar os outros box


ou quiosques existentes no local, é possível também comprar peixes e frutos do mar
frescos diretamente dos próprios pescadores, adquirindo assim um produto mais
fresco e de melhor qualidade.

Dentre as várias espécies comercializadas lá, podem-se encontrar a Salema,


Cioba, Camurupim, guarajuba dentre outros.

O Mercado Público da Redinha localiza-se na Praia da Redinha, em Natal, estado


do Rio Grande do Norte, no Brasil.

Situado no Largo João Alfredo no bairro da Redinha. O prédio ao longo dos anos
foi se deteriorando. No final do ano de 2008 recebeu uma parcial reforma, porém a
estrutura do prédio continua muita aquém das expectativas dos comerciantes e
turistas. Sujeira, falta de água e energia elétrica são alguns dos problemas que
afastam os visitantes e impedem o crescimento do turismo na região norte da cidade.

Pode-se concluir após a leitura e estudo realizado, que o pescado tem ficado de
lado da mesa não só do natalense, mas também do brasileiro, que deixa de aproveitar
este delicioso e saudável alimento em detrimento do seu alto custo e de sua escassez
cada vez maior nas redes dos pescadores locais. Não só o alimento deixa de ser
consumido, mas também tudo o que está a sua volta, toda uma cultura envolvida
tradições, que normalmente é repassada de pai para filho.

A falta da preocupação para não dizer descaso das autoridades públicas que não
investem o quanto poderiam investir. Poderiam se ter estruturas e equipamentos mais
modernos, mão de obra mais qualificada sem perder as suas raízes, as suas
essências. Podemos encontrar aqui em Natal, nossa cidade, um terminal pesqueiro
que começou as suas obras em 2009 e em 2011 com 95% da obra concluída teve sua
construção paralisada.

Muito ainda tem pra ser feito e se nada for mudado será acabado.
REFERÊNCIAS
https://www.natal.rn.gov.br/natal/ctd-669.html - Acessado em 15/10/20

http://www.rn.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/RN/pesquisa-revela-habitos-e-
preferencias-no-consumo-de-
pescado,53b8eb1b19bf6510VgnVCM1000004c00210aRCRD - Acessado em
15/10/20

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/o-mundo-a-produa-a-o-pesqueira-e-o-
rn/365684 - Acessado em 15/10/20

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2018/09/09/frutas-e-pescados-
representam-97-das-exportacoes-pelo-aeroporto-de-natal.ghtml - Acessado em
15/10/20

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/pesquisa-revela-ha-bitos-e-prefera-
ncias-no-consumo-depescado/358578 - Acessado em 15/10/20

http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/especial-publicitario/prefeitura-do-
natal/natal-a-nossa-cidade/noticia/2017/04/com-estrutura-de-qualidade-mercado-do-
peixe-atrai-clientes-na-semana-santa.html - Acessado em 15/10/20

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2019/01/31/ginga-com-
tapioca-vira-patrimonio-imaterial-do-rio-grande-do-norte.ghtml - Acessado em
15/10/20

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