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o feminismo
COMPRENDRE LE FÉMINISME
Sam Bourcier
Ilustradora I Alice Moliner
Paris, Max Milo Édition, 2012
COMPREENDER O FEMINISMO
Tradução de Patrícia Lessa e Fabiana Aparecida de Carvalho
Projeto visual: Roberta Stubs
Revisão: Helder Tiago Maia
Apresentação: Fabiana Aparecida de Carvalho, Roberta Stubs e Patrícia Lessa
Diagramação: Daniel Rebouças
Capa: grupo DOBRA
Ilustração interna: Ani Ganzala
Ilustração da capa: Kelly Salgado
Brasil, Editora Devires, 2021
CONSELHO EDITORIAL
Prof. Dr. Carlos Henrique Lucas Lima Prof. Dr. Leandro Colling
Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB Universidade Federal da Bahia – UFBA
Prof. Dr. Djalma Thürler Profa. Dra. Luma Nogueira de Andrade
Universidade Federal da Bahia – UFBA Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Profa. Dra. Fran Demétrio Afro-Brasileira – UNILAB
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB Prof. Dr Guilherme Silva de Almeida
Prof. Dr. Helder Thiago Maia Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Universidade Federal Fluminense - UFF
Prof. Dr. Marcio Caetano
Prof. Dr. Hilan Bensusan Universidade Federal do Rio Grande – FURG
Universidade de Brasília - UNB
Profa. Dra. Maria de Fatima Lima Santos
Profa. Dra. Jaqueline Gomes de Jesus Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
Instituto Federal Rio de Janeiro – IFRJ
Dr. Pablo Pérez Navarro
Profa. Dra. Joana Azevedo Lima (Universidade de Coimbra - CES/Portugal e
Devry Brasil – Faculdade Ruy Barbosa Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG/Brasil)
Prof. Dr. João Manuel de Oliveira Prof. Dr. Sergio Luiz Baptista da Silva
CIS-IUL, Instituto Universitário de Lisboa Faculdade de Educação
Profa. Dra. Jussara Carneiro Costa Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB
94p.; 14x21 cm
ISBN 978-65-86481-20-4
1. Feminismos 2. Queer 3. Sociologia 4. História 5. Política I. Título.
Sam Bourcier:
É docente na Université de Lille II, na França. Possui formação
em sociologia, doutorado em sociologia, é transfeminista com
reconhecimento internacional nos estudos queer. Seu aporte
teórico envolve o feminismo radical, os estudos queer e os
estudos foucaultianos. Organizou publicações e eventos sobre
o pensamento da feminista francesa Monique Wittig.
Dentre suas obras, destacamos:
- Post-porn, Queer Zones 1, Politiques des identités sexuelles
et des savoirs, Paris, Balland, 2001, Amsterdam, 2005, 2011.
- Sexorcisme: Baise-moi, Charcot, L’Exorciste et les porn
stars, Sexpolitiques, Queer Zones 2, Paris, La Fabrique, 2005.
- Red Light district et porno durable. Un autre porno est
possible, Queer Zones 3, Paris, Amsterdam, 2011.
- Comprendre le féminisme. Paris: Max Milo, 2012.
- Homo Inc. Orporated: le triangle et la licorne qui pète. Paris:
Cambourakis, 2017.
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
QUEM SÃO ELAS? O “NÓS” DO FEMINISMO 11
CAPÍTULO 2
MAS, O QUE ELAS QUEREM? CENÁRIOS 21
CAPÍTULO 3
SEXO, PORNOGRAFIA E PROSTITUIÇÃO 31
CAPÍTULO 4
A CONQUISTA DO ESPAÇO PÚBLICO 39
CAPÍTULO 5
CULTURAS DE MULHERES, CULTURAS FEMINISTAS? 45
CAPÍTULO 6
POLÍTICAS DA REPRESENTAÇÃO I: AS MÍDIAS 51
CAPÍTULO 7
POLÍTICAS DA REPRESENTAÇÃO II: ARTE E FEMINISMO 59
CAPÍTULO 8
O DISCURSO DO MÉTODO 65
CAPÍTULO 9
FEMINISMO E GÊNERO 71
CAPÍTULO 10
FEMINISTAS, ATÉ QUANDO? 79
EPÍLOGO 87
CAPÍTULO 1
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1
Autodenominação para de lésbicas que apresentam uma expressão masculina
de gênero.
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E S S A P R O L I F E R AÇÃO D E F E M I N I L I DA D E S
(FEMINILIDADES MASCULINAS INCLUÍDAS) DESDOBRA
UMA DAS FUNÇÕES DO ANTIGO FEMINISMO: revelar o
caráter puramente social e construído da feminilidade
imposta. Digamos que o restritivo modelo de
feminilidade, em nome de uma natureza que não existe,
serve sobretudo para confinar as mulheres em seus
serviços ingratos ou monótonos. A atribuição de papéis
masculinos e fronteiriços entre mulheres e homens é
porosa, e está longe de ser uma novidade. Os períodos de
guerra mostraram como a sociedade pode acomodar e
inverter a proibição do acesso de mulheres às chamadas
atividades masculinas quando a pátria está em perigo.
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CAPÍTULO 2
MAS, O QUE ELAS QUEREM?
CENÁRIOS
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Nota de tradução (NT): Act up é um movimento internacional de ações
afirmativas contra a AIDS e conhecido por suas ações impactantes.
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3
NT: Grupo feminista radical da segunda onda que existiu de 1967 a 1969.
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4
Literalmente, a prática que consiste em “foder” seu gênero.
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NT: A feminologia (la féminilogie) é um neologismo francês utilizado pelo
teórico Edmund Char e por Antoniette Fouque para designar um campo
epistemológico que descreve a condição feminina e o lugar das mulheres na
sociedade, definido, às vezes, como a ciência das mulheres.
CAPÍTULO 3
SEXO, PORNOGRAFIA
E PROSTITUIÇÃO
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NT: Nascido nos anos 1980, o Movimento Sex-positive apregoa que a liberdade
sexual é um componente da emancipação feminina.
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Declinação hexagonal do movimento sex-positive datada de 2001.
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CAPÍTULO 4
A CONQUISTA DO
ESPAÇO PÚBLICO
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Capítulo 5
CULTURAS DE MULHERES,
CULTURAS FEMINISTAS?
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CAPÍTULO 6
POLÍTICAS DA REPRESENTAÇÃO I:
AS MÍDIAS
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NT: Sem correspondência para o português, mas pode ser compreendido
como um subgênero de filme de terror com assassinos psicopatas ou em série.
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NT: Sem correspondência para o português, refere-se à mulher sobrevivente
em um filme de terror, à mulher que se torna heroína, que enfrenta o assassino
e se torna testemunha da história.
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CAPÍTULO 7
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Movimento punk rock alternativo, foi uma reação ao machismo e ao
antifeminismo presentes no punk rock.
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NT: Nome de um tipo de performance ou ação que acontece em tempo real.
NT: Grupos de conscientização que criaram um tipo de ativismo, popularizado
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https://www.womanhouse.net/.
14
https://vimeo.com/36646228.
15
https://www.youtube.com/watch?v=idK02tPdYV0.
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CAPÍTULO 8
O DISCURSO DO MÉTODO
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CAPÍTULO 9
FEMINISMO E GÊNERO
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Trans Mulher para Homem.
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Trans Homem para Mulher.
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O gênero mainstreaming defende uma abordagem integrada de igualdade.
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CAPÍTULO 10
C O M O C O N T I N UA R Á O M OV I M E N T O DAS
MULHERES? Qual o futuro do feminismo quando seu
progresso pode parecer lento? O quanto suas realizações
(direito ao aborto e a contracepção) estão sendo
desafiadas atualmente? A causa das mulheres não foi
definitivamente adotada por instituições internacionais,
como a ONU e a União Europeia, que defendem a
incorporação de gênero mainstreaming?
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O D E S E N V O LV I M E N T O DO FEMINISMO
TRANSNACIONAL É UMA RESPOSTA CRÍTICA AO
FEMINISMO NACIONAL DE ESTADO no qual o gender
mainstreaming é a expressão. Partindo dos feminismos
das Mulheres Negras, das feministas do Terceiro
Mundo, dos feminismos multiculturais e internacionais,
ele propõe uma prática consciente de sua localização
histórica, geográfica e política. Esse feminismo aborda
a globalização de maneira diferente das políticas
feministas praticadas na Euro-América, no Ocidente ou no
Norte Global. É uma resistência aos contratos políticos
e intelectuais impostos pelo feminismo internacional
atual e à sua propensão a homogeneizar as opressões
das mulheres no mundo, negligenciando os contextos
coloniais e neocoloniais e disseminando representações
de mulheres nos países emergentes como se elas fossem
vítimas passivas. Sob o pretexto do universalismo, o
Feminismo Nacional de Estado pratica uma política
das diferenças que avalia com critérios e quadros de
referência externos aos países envolvidos. O feminismo
transnacional, no entanto, oferece conhecimentos e
ferramentas para contrariar a lógica e as práticas de
globalização, que são formatadas pela racialização e pela
classe, bem como pelo modo como reordenam as relações
coloniais e neocoloniais de dominação e de subordinação.
A imposição do modelo de direitos é substituída por
uma meta de solidariedade transnacional fundada nas
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que se torna pouco feminista contra os novos “bárbaros”
sexuais? Um dos principais desafios do feminismo
atual é, portanto, combater o aparelhamento estatal e
neocolonial dos direitos das mulheres.
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EPÍLOGO
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21
NT: Movimento universalista e abolicionista na França.
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Paglia, Camille
Pankhurst, Christabel
Pankhurst, Emmeline
Pankhurst, Sylvia
Phelan, Peggy
Pheterson, Gail
Piper, Adrian
Pollock, Gridelda
Rainer, Yvonne
Redstocking Manifesto
Rich, Adrienne
Riot grrrl
Rosler, Martha
Rubin, Gayle
Sellier, Geneviève
Shohat, Ella
Solanas, Valerie
Stella
Stone, Sandy
Strass (A)
Sufragetes (As)