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532-Cotacao Funcional em Projetos e Processos
532-Cotacao Funcional em Projetos e Processos
PROJETOS E PROCESSOS
Controle de Qualidade
3º TMN
ETEFP
Prof. David
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Nos dias atuais temos um grande número de ferramenta para eliminar os problemas na fonte ou
corrigi-los quando detectamos um problema no chão da fabrica: - FEMEA, MASP, CCQ, MPT entre
outros.
Na revista Máquinas e Metais (MM) de junho de 1995 o consultor Maurício Wandeck escreveu
sobre o sucesso da CHRYSLER (que estava indo à bancarrota), com o NEON, utilizando as ferramentas
tecnológicas: GD&T(Geometric , dimension and Tolerancing), QFD (Quality Function Deployment) ,
VSA( Variation Simulation Analysis) e FEMEA (Failure Mode and Effect Analysis).
O avanço provocado por essas ferramentas é inegável, mas propomos uma análise funcional do
PROJETO e PROCESSO, utilizado por muitas empresa de ponta, principalmente as automobilísticas,
mas desconhecida da grande maioria das industria, seja grande, média ou pequena.
Essa análise funcional chamamos de COTAÇÃO FUNCIONAL(utilizada pela Fiat na Itália
desde 1964) , e essa funcionabilidade vista no Projeto e no Processo, faz a interligação e sincronismo
desses dois setores, minimizando os custos, principalmente os custos do projeto inicial de um produto
(planejamento do produto/processo).
PROJETO DE UM PRODUTO:
Tolerância dimensionais: são colocadas nos produtos para torná-los funcionais, pois o ideal seria
“tolerância zero”, mas o gráfico de tolerância x custos abaixo mostra essa inviabilidade, sendo assim
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temos que utilizar tabelas de acoplamento, levando em consideração a acuracidade do ajuste
(grosseiro,normal, médio, preciso), o tipo de ajuste (deslizante, jogo, forçado, com interferência) e a
aplicação (peças giratórias, pinhões em ponta de eixo, mancais nos suportes).
Custos x tolerâncias
Tolerâncias Geométricas:
As tolerâncias dimensionais nem sempre garantem a funcionabilidade da peça.
As peças são compostas de elementos geométricos e durante a fabricação podem haver desvios de forma
ou posicionamento em relação ao ideal. Para tolerar esses desvios, que poderão prejudicar a
funcionabilidade, temos as Tolerâncias Geométricas. Não substituem as tolerâncias dimensionais, e vice-
versa, os dois tipos se completam.
Rugosidade superficial deve ser controlada. Em geral, qualquer valor abaixo de 1.6 u Ra indicará a
necessidade de operação de retífica ou de lapidação (vide tabela 3). Talvez, entretanto, tenhamos que
retificar uma ou outra superfície para obtermos a dimensão do desenho, evitando erros acumulativos
imposto pelo processo. Atualmente temos ferramentas de corte que substituem a operação de retifica.
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Regra da Cotação Funcional:
Para determinar uma cadeia mínima de cotas funcionais, deve-se partir de uma face (ou cota) qualquer e
ir até a outra face, passando exclusivamente pelas superfícies ou faces de ligação, e retornar a face inicial.
O caminho tem que ser o menor possível.
Convenção
a b
superfície de ligação
c f1
resultante
superfícies terminais
Para obtermos o valor máximo da folga/dimensão: atribuímos valores máximos para as cotas
positivas (+) e mínimo para as cotas negativas(-).
Para encontrarmos o valor mínimo da folga/dimensão opera-se da forma inversa, mínimo para
Positivas e máximo para as cotas negativas.
f1max=amax +bmax –cmin
Importante: devemos sempre usar a tolerância bilateral igual (simétrica), que assim faremos nossos
cálculos sem se preocupar com os valores máximos e mínimos das dimensões.
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Para fazer a equação da cotação funcional temos que sair de um lado da cota terminal em questão (nossa
cota é f1) , usamos a convenção acima (para direita + , para esquerda - ), passamos pelas cotas de
ligação e fechamos o caminho. Sendo assim:
portanto:
f1=a+b-c
Observe que quem determina as tolerâncias das dimensões a,b,c é a folga f1, isto porque a somatória das
tolerâncias de a,b,c tem que ser =± 0,2 , portanto ± 0,2 resulta das demais cotas.
a 20 ±0,05
b 50 ±0,10
c ??? ±0,05
F 8,2 ±0,02
f1 = a + b - c
8,2 = 50 +20 - c
c = 50 + 20-8,2
c = 61,2 ± 0,05
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folga: f
ponto de saida
-f-40-15-80-15-40-25+230-10=0
-40-15-80-15-40-25+230-10=f
f=230-10-25-40-15-80-15-40
somam-se as tolerâncias
±1,4
f= 5
PROCESSO DE UM PRODUTO:
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Análise do desenho do produto:
O plano é iniciado quando o processista tem em mãos o desenho detalhado da peça (desenho do
produto), com todas as dimensões, tolerâncias e especificações de tolerâncias de forma e posição,
especificações de rugosidade e especificações de material ( e opcionais), tratamentos térmicos e
tratamento superficial devidamente explicitados.
Deverá examinar minuciosamente o desenho, até atingir total compreensão e domínio das exigências do
produto, para planejar o processo de usinagem.
Tolerâncias estreitas:
Um outro passo mujto importante a analisar, refere-se a dimensão com tolerância muito apertada
(dimensional ou geométrica). Essas dimensões requerem, durante o processamento, uma especial atenção,
de modo que ao final atenda a especificação do desenho.
Esses fatores que permitirão determinar em quais superfícies da peça serão usados como referência de
usinagem.
Trocar a superfície de referência durante o processo de usinagem significa
somar as tolerâncias sobre as dimensões. Esta é uma particularidade significativa se a
peça for complicada ou tiver muitas operações. Por isso a superfície de referência deverá ser escolhida
com critério, de modo a evitar uma possível troca durante a usinagem.
Tendo a superfície como referência, podemos fixar a peça em qualquer lugar, desde que não afete a
usinagem da superfície em questão.
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Ciclo de trabalho(=processo ou ciclo de usinagem):
Conhecendo essas particularidades mais importantes do desenho da peça, o processista/planejador está
pronto para o próximo passo, que consiste em traçar a sequência de fabricação da peça. Nela vem
colocada, conforme o princípio econômico: a limitação e capacidade da mão de obra disponível, das
maquinas e ferramentas que serão usadas. As operações serão escritas numa ordem sequêncial e
numeradas de 10 em 10.
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Extensão do Processo:
A representação mais útil do processo é sem dúvida com figuras. É composto de croquis, realçando as
superfícies a serem usinadas, os pontos de referência e uma breve descrição da
Máquina. O ciclo figurado será muito útil para compilar e desenvolver o gráfico das tolerâncias, com
certeza que o gráfico corresponderá ao método escolhido para a fabricação. Por outro lado, servirá
também para estabelecer a quantia de sobremetal mais adequado para a usinagem.
O próximo passo é o mais importante na usinagem da peça, é a cotação de todas as operações.
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Gráfico das tolerâncias: é a base fundamental do método de usinagem na fabricação. Ele representa
graficamente as dimensões do ponto de referência (locação/encosto/stop) da peça, respeita cada fase de
usinagem , mostra a máquina usada em cada operação e o material removido por passe, com isso previne
grandes remoções e elimina a possibilidade de falhas de remoção de material. Elimina erro de cálculo e
fornece dimensões para determinar as tolerâncias geométricas.
No exemplo abaixo não consideramos os diâmetros que normalmente é facilitado o estudo do gráfico das
tolerâncias devido referencial ser normalmente a linha de centro, mas temos que
Calcular a variação dos planos inclinados (cone,chanfros,etc) com o mesmo cuidado abaixo.
Bibliografia: