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Construção de Máquinas
Planejamento da Fabricação
Prof. Jonatas M. Quirino
Montagem de máquinas
A montagem de máquinas e equipamentos industriais compreende diversas etapas. A
primeira delas é a elaboração de um projeto que determina os tipos de equipamentos que serão
instalados e onde eles serão alocados, de forma a favorecer o desempenho das operações.
Além disso, todas as máquinas e equipamentos que serão instalados passam por uma
rigorosa avaliação para determinar a sua eficiência e gasto energético, de maneira, a
proporcionar o melhor aproveitamento dos maquinários.
Montagem em série
A montagem em série é muito mais comum na
indústria. A figura, a título de exemplo, mostra a
sequência de operações a serem realizadas para a
montagem de uma série de bombas de engrenagem. Nesse
caso, é sempre necessário um procedimento bem descrito
e detalhado, em que seja possível realizar a montagem
automatizada ou manual:
Montagens Concentradas
Há casos de produção especial em que se fabrica uma unidade diferente de cada vez e em
que o produto é quase completamente montado por um só grupo de operários ou máquinas
automáticas. Esse grupo realiza todas as operações de montagem e as ajustagens necessárias,
começando por reunir, em subconjuntos, as partes mais elementares e esses em conjuntos
maiores, até chegar ao produto acabado que será entregue à inspeção. Nesse tipo de estrutura
orgânica todos os trabalhos são efetuados num único local.
Esse tipo de montagem é usado na fabricação de maquinarias pesadas, quais sejam, por
exemplo, tornos de grandes dimensões, navios, entre outros.
Montagens Diferenciadas
Montagens diferenciadas progressivas: Neste caso o que deva ser montado se desloca,
durante o processo, de uma estação a outra. Em cada uma delas será levada a efeito uma
operação simples e repetida. As partes e unidades necessárias àquela operação são fornecidas
nas próprias estações, de acordo com o procedimento de montagem especificado em documento
próprio.
A máquina montadora executa, em cada estação, somente a operação para a qual foi
programada. Os locais de trabalho são equipados com todas as ferramentas e gabaritos
necessários à operação processada.
a) desenhos de montagem;
b) especificações para a aceitação das unidades e das máquinas (controle de qualidade);
c) listas de material;
d) programa da produção, isto é, número de unidades a serem produzidas em dado intervalo.
As listas de material são, por via de regra, um desdobramento do produto (ou de parte do
produto) nos seus elementos mais simples. A lista de material contém, entre outros informes, os
seguintes:
𝑇 = 𝐻/𝑐
onde:
Por várias razões, todos esses fatores variam continuamente, conduzindo às variações no
processo de fabricação e, por consequência, nas dimensões finais das peças sendo fabricadas.
Supondo-se que um lote de uma peça seja fabricado pelo mesmo processo de fabricação,
as peças desse lote diferem entre si e da peça considerada ideal em todas as suas
características de qualidade, como dimensões, desvios de forma e posição, rugosidade superficial
etc. Esse fenômeno é conhecido por dispersão das características de qualidade do produto sendo
fabricado. Tal fenômeno determina a confiabilidade do processo de fabricação escolhido.
Para a determinação e resolução dos problemas referentes à precisão das peças usinadas,
são utilizadas as formulações matemáticas da estatística e da teoria das probabilidades. O
método mais simples para a determinação da dispersão, dentro de um processo de fabricação de
uma das características de qualidade é a construção de Diagramas de Controle Dimensional e
seus respectivos gráficos de frequência.
Ω = 𝐴𝑚á𝑥 − 𝐴𝑚í𝑛
𝑝(𝑥𝑖 ) = 𝑚/𝑛
𝑦 = 𝜑(𝑥)
em que:
Média
em que:
Então:
𝑝(𝑥𝑖 ) = 𝑚/𝑛
Para uma lei de variação contínua, por meio da curva de dispersão teórica, a média é
definida pela equação:
+∞
𝑥̅ = ∫ 𝑥𝜑(𝑥)𝑑𝑥
−∞
Desvio-padrão
∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )2
𝜎=√
𝑛−1
+∞
𝜎 = √∫ (𝑥𝑖 − 𝑥̅ )2 𝜑(𝑥)𝑑𝑥
−∞
De acordo com a teoria das probabilidades, a distribuição da dispersão para qual quer
sistema de variáveis (neste caso, dimensões, rugosidade superficial, desvios de forma ou posição
etc.) que é obtida a partir da alteração conjunta e combinada de diversos fatores independentes
entre si e de mesma ordem de grandeza é denominada distribuição normal ou lei de variação de
Gauss.
1 2 /2𝜎 2
𝜑(𝑥) = 𝜎 𝑒 −𝑥
√2𝜋
em que:
𝑥 ± 3𝜎
Dentro desses limites, 99,73% dos desvios da variável 𝑥 estão controlados, enquanto 0,27%
ficam fora de controle.
Quanto maior for o valor do desvio padrão, maior a “largura” da distribuição normal e
quanto menor o valor, menor será esta largura, tendo em vista que o desvio padrão representa
fisicamente a distância entre o ponto de ordenada máxima (a média) e o ponto em que há a inversão
da curvatura, na curva de distribuição normal.
Análise do processo