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Jorge Diniz
Processos de usinagem
Sumário
• Definição
• Tolerâncias
• Grandezas
• Limites
Processos de usinagem
definição
Segundo a DIN 8580, aplica-se a todos os processos de fabricação onde ocorre a remoção de material
sob a forma de cavaco.
Usinagem - operação que confere à peça: forma, dimensões ou acabamento superficial, ou ainda uma
combinação destes, através da remoção de material sob a forma de cavaco.
Exemplos:
Parafusos, eixos, engrenagens, etc.
Processos de usinagem
Como o processo mecânico de usinagem, entende-se o processo mecânico que, mediante a remoção
do cavaco por ação de corte de algum tipo de ferramenta (fratura), visa conferir a uma peça a forma,
as dimensões, ou acabamento especificado, ou ainda a combinação desses três fatores.
Quando o processo empregar abrasivos para a remoção de material, podendo ser estes agregados ou
soltos, denomina-se usinagem por abrasão.
O conhecimento e o emprego correto da terminologia técnica é fundamental para o entendimento de
qualquer ramo tecnológico. A incorreção ou a imprecisão pode gerar retrabalho, custos adicionais,
perdas de tempo, etc.
O uso da linguagem técnica adequada é fundamental nesse aspecto.
A ABNT TB-83 trata da nomenclatura, define e classifica os processos mecânicos de usinagem,
estabelecendo bases para o estudo das máquinas operatrizes e das ferramentas e se aplica a materiais
metálicos e não metálicos.
Processos de usinagem
Tolerâncias de fabricação
Tolerâncias de fabricação
Para que os defeitos que ocorrem durante a fabricação de cada peça não prejudiquem a montagem e
o seu funcionamento, em relação ao conjunto de peças que compõem as máquina se equipamentos,
são utiliza das tolerâncias (limites admissíveis de erro).
As tolerâncias são aplicadas tanto no controle das variações de forma geométrica como também nas
variações de dimensões.
Processos de usinagem
Tolerâncias de fabricação
Para que os defeitos que ocorrem durante a fabricação de cada peça não prejudiquem a montagem e
o seu funcionamento, em relação ao conjunto de peças que compõem as máquina se equipamentos,
são utiliza das tolerâncias (limites admissíveis de erro).
As tolerâncias são aplicadas tanto no controle das variações de forma geométrica como também nas
variações de dimensões.
Processos de usinagem
Tolerâncias de fabricação
Medida nominal – é a medida de referência da peça. Esta nunca é conseguida, mas na verdade essa
medida nominal sozinha, não nos diz muita coisa.
Um furo de 25 mm de diâmetro nominal, pode ter:
25,1 mm
25,01 mm
25,001
24,9 mm
24,99 mm
24,999 mm
Etc.
Processos de usinagem
Intercambiabilidade
É a característica de montagem, encaixe ou substituição entre dois ou mais componentes interligados
ou que interajam e que não dependam de ajustes na eventual substituição de um ou mais destes para
que a função do substituído ou dos substituídos seja plena.
Ou seja, possibilita que peças sejam fabricadas em locais diferentes e eventualmente por processos
diferentes, e mesmo assim a montagem final seja garantida.
Exemplo:
Peças do brinquedo lego
Peças de reposição de automóveis.
Processos de usinagem
Tolerância
Tolerância dimensional é o valor da variação permitida na dimensão de uma peça. Em termos práticos
é a diferença tolerada entre as dimensões máxima e mínima de uma dimensão nominal. A tolerância é
aplicada na execução de peças em série e possibilita a intercambiabilidade delas.
Entendemos como tolerância a fabricação de peças, de mesma dimensão nominal, dimensões estas
compreendidas entre a maior e a menor medida encontrada, mantendo condições satisfatórias de
funcionamento.
Por exemplo:
O engenheiro especifica a dimensão de um eixo como 50 0,030 mm
Para que seja conseguida essa tolerância dimensional, deve-se conseguir definir uma sequencia de
processos e parâmetros adequados, tais como:
- Processos e máquinas adequadas;
- Ferramental adequado
- Controle dimensional pós fabricação
- Processos que garantam a uniformidade e reprodutividade, mesmo em alta produção.
Processos de usinagem
O sistema padronizado pelo ISO R 286 (International Organization of Standardization) é constituído por
uma série de princípios, regras e tabelas que permitem a escolha racional das tolerâncias adequadas
para cada caso.
Esse assunto é tratado pela ABNT NB 86.
O sistema ISO considera todas as dimensões compreendidas entre 1 e 500 mm, subdivididas em
grupos para efeito de cálculo da unidade de tolerância ( i ).
Processos de usinagem
Qualidade de Trabalho
Fabricação das peças de um paquímetro ou de qualquer outro instrumento de medição deve conter
erros menores que as peças de um motor de automóvel, que por sua vez deve conter erros menores
que as peças de uma betoneira.
Erros menores implica em tolerâncias menores e melhor acabamento superficial.
O sistema ISO estabelece 18 qualidades de trabalho (graus de tolerância) designadas IT 01, IT 0, IT 1
até IT 16 (I de ISO e T de Tolerância) para atender as diversas finalidades de construção de peças em
geral.
Processos de usinagem
Sistema de ajustes
Quando falamos de ajustes, estamos nos referindo ao encaixe entre eixo e furo. Sendo portanto necessário estabelecer o
sistema de referência.
Foram então estabelecidos dois sistema, sendo que em cada projeto deve ser referenciado a um desses, e todas as
medidas derivadas devem ter este como referência.
Os sistemas são:
Tipos de ajuste
Ajuste é o encaixe obtido entre duas peças de formato inverso (MACHO e FÊMEA), sem que se tenha verificado durante o
processo construtivo, o comportamento de uma em relação à Outra.
Na produção em série as peças não são todas absolutamente iguais, mas dentro de limites estabelecidos pelas
tolerâncias os ajustes sempre terão o mesmo resultado.
Na construção de vários conjuntos,
considerando uma peça em relação à
outra, sempre ocorrerá o tipo de ajuste
especificado, desde que este seja
corretamente definido e representado.
Os ajustes limites são o justes móvel ou
com folga até o ajuste fixo ou com
interferência.
Processos de usinagem
Tipos de ajuste
Exemplo
Nominal 50 mm
H7 – IT7 = 0,050 mm
Menor = 50,000
Maior = 50,050
It 7 = 0,050 mm
Eixo – f7-0,030-0,060
Maior = 50-0,030=49,970 mm
Menor = 50-0,060=49,940 mm
Eixo – g6-0,010-0,029
Maior = 50-0,010=49,990 mm
Menor = 50-0,029=49,971 mm
Eixo – h6-0,000-0,019
Maior = 50-0,000=50,000 mm
Menor = 50-0,019=49,981 mm
Processos de usinagem
Tipos de ajuste
Exemplo
Nominal 50 mm
H7 – IT7 = 0,050 mm
Menor = 50,000
Maior = 50,050
It 7 = 0,050 mm
Eixo – j6+0,012-0,007
Maior = 50+0,012=50,012 mm
Menor = 50-0,007=49,993 mm
Eixo – n6+0,039+0,020
Maior = 50+0,039=50,039 mm
Menor = 50+0,020=50,020 mm
Eixo – s6+0,072+0,053
Maior = 50+0,072=50,072 mm
Menor = 50+0,053=50,053 mm