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D​IEGO ​V​INICIUS ​D​RUMOND DA ​CR​ UZ

F​ERNANDO​ F​REITAS ​AL​ VES

E​XPERIMENTO ​1​:
​ DDER
I​NTRODUÇÃO AO ​LA

Relatório apresentado ao curso de


Bacharelado em Ciência e Tecnologia da
Universidade Federal do ABC como
pré-requisito parcial para conclusão da
disciplina de Automação de Sistemas
Industriais (EN2721).

Orientador
Prof. Dr. Jesus Franklin Andrade Romero
Centro de Engenharia, Modelagem e
Ciências Sociais Aplicadas
Universidade Federal do ABC

Santo André – SP
1º quadrimestre de 2014
R​ESUMO

A Automação de Sistemas Industriais é um dos ramos da engenharia de maior importância


para a caracterização e estudo dos processos que envolvem manufatura e produção. Devido ao
ambiente hostil que muitas fábricas operam, a automação desses processos é controlada por
sistemas computacionais resistentes. O sistema mundialmente mais bem difundido no ramo
industrial é conhecido como CLP (Controle Lógico Programável). Esse sistema reúne um
hardware e ​software robusto preparados para operar com uma lógica programável
diretamente no chão de fábrica. Tal lógica é conhecida como linguagem ​ladder e pode ser
configurada em diversos ambientes de interface de usuário.
Este relatório introduz a programação ​ladder através do ambiente disponível pelo ​software
MULTIPROG​®​. No mesmo é descrito os detalhes de uma simulação simples de ​flip-flops do
tipo T, SR e JK. Os resultados mostraram que essa linguagem é eficaz para simulações
lógicas, o que corrobora a versatilidade do CLP onde se é necessário oferecer lógica
programável a ambientes como destacado.

Palavras-chave:​ automação, sistemas industriais, CLP, ​ladder​, MULTIPROG​®​.


S​UMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4

1.2. Contador 5

1.3. Temporizador 5

1.4. Objetivos 5

2. MÉTODOS 6

2.1. Implementação de um flip-flop tipo T (toggle) no MULTIPROG®​ 6

2.2. Implementação de um flip-flop tipo SR no MULTIPROG®​ 6

2.3. Implementação de um flip-flop tipo JK no MULTIPROG®​ 7

3. RESULTADOS 8

4. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO 11

REFERÊNCIAS 11

 
1. I​NTRODUÇÃO
O Controlador Lógico Programável (CLP) nasceu dentro da empresa multinacional
General Motors, em 1968. Ele foi desenvolvido para suprir a grande dificuldade de mudar a
lógica de controle dos painéis de comando a cada mudança na linha de montagem, pois tais
mudanças implicavam em altos gastos de tempo e dinheiro [1].
O advento do CLP possuir trouxe à indústrias certas vantagens baseando em sua utilização,
como:
● Necessita de uma reduzida equipe de manutenção;
● Tem a flexibilidade para expansão do número de entradas e saídas;
● Reutilizáveis;
● Maior confiabilidade;
● Maior flexibilidade;
● Maior rapidez na elaboração dos projetos;
● Interfaces de comunicação com outros CLPs e computadores.

Sua aplicação é destinada para ambientes robustos e hostis, como:


● Indústria de plástico;
● Controle de malhas;
● Indústria petroquímica;
● Sistemas SCADA (​Supervisory Control And Data Acquisition)​ ;
● Sistemas de controle estatístico de processo;
● Sistema de controle de estações;
● Sistemas de controle de células de manufatura;
● Montagem automatizada.

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Figura 1.​ Exemplo de um CLP e seus módulos.

Tal plataforma foi desenvolvida para funcionar de forma sequencial, fazendo um ciclo de
varredura em algumas etapas. Dentro do sistema de operação, há módulos que facilitam os
processos de verificação, como contador e temporizador [1].

1.2. Contador
É um circuito digital que evolui sob o comando de um ​clock​, de forma que seus estados
reproduzam uma sequência pré-determinada. Contadores digitais são utilizados
principalmente para contagens, geração de palavras, divisão de frequências e medição de
frequência e tempo. São basicamente divididos em duas categorias: contadores assíncronos e
síncronos.

Figura 2.​ Funcionamento de um contador.

1.3. Temporizador
É um dispositivo capaz de medir o tempo, sendo um tipo de relógio especializado. Ele
pode ser usado para controlar a sequência de um evento ou processo.

Figura 3.​ Funcionamento de um temporizador.

1.4. Objetivos
5
Analisar algumas funções do CLP e aplicar um ambiente de simulação lógica por diagrama
de transição de estado (flip-flop) utilizando a plataforma MULTIPROG​®​.

2. M​ÉTODOS
 
2.1. Implementação de um ​flip-flop​ tipo T (t​ oggle​) no MULTIPROG​®
Quando houver variação do ​clock,​ o valor guardado no ​flip-flop será alternado ou mantido
dependendo se o valor na entrada T (​toggle​) for 1 ou 0 [2].

Quadro 1.​ Diagrama de operação do ​flip-flop​ tipo T.

T Q+ Ação

0 Q Sem mudança

1 Q′ Complemento

Figura 4.​ Simbologia de um ​flip-flop​ tipo T.

2.2. Implementação de um ​flip-flop​ tipo SR no MULTIPROG®​


Um ​flip-flop tipo SR síncrono depende da habilitação de suas entradas por um sinal de
clock​ para que essas possam alterar o estado do mesmo. Este sinal pode operar de duas

Quadro 2.​ Diagrama de operação do ​flip-flop​ tipo SR.

S R Q+ Ação

0 0 Q Sem mudança

0 1 0 Reset

6
1 0 1 Set

1 1 − Ilegal

formas: mantendo as entradas ativas durante todo o período do pulso ou apenas no instante da
mudança de estado do sinal de ​clock.​ Essas duas formas de operação podem ser denominadas
como modo ​clocked​ e modo ​triggered​, respectivamente [2].

Figura 5.​ Esquema​ d​ o circuito lógico de um ​flip-flop​ tipo SR com ​clock​.

2.3. Implementação de um ​flip-flop​ tipo JK no MULTIPROG®​


Quando houver variação do ​clock,​ o valor guardado no flip-flop será alternado se as
entradas J e K forem ambas iguais a 1 e será mantido se ambas forem iguais a zero; se
forem diferentes, então o valor se tornará 1 se a entrada J (​jump)​ for 1 e será 0 se a entrada
K (​kill​) for 1 [2].

Quadro 3.​ Diagrama de operação do ​flip-flop​ tipo JK.

J K Q+ Ação

0 0 Q Sem mudança

0 1 0 Reset

1 0 1 Set

1 1 Q′ Complemento

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Figura 6.​ Esquema do circuito lógico de um ​flip-flop​ tipo JK com ​clock​ e sua simbologia.

3. R​ESULTADOS
Segue na figura 7 as capturas da tela do ​software simulando um ​flip-flop tipo T, na figura 8
a simulação de um ​flip-flop tipo RS e na figura 9 um ​flip-flop tipo JK. Para essas figuras, um
componente em azul indica a falta de sinal (valor 0) enquanto que um componente em
vermelho indica a presença de sinal (valor 1). Cada captura de tela indica um estado de ação
do componente para certas entradas específicas depois de um pico da entrada ​clock na porta
PT .

(a) (b)

Figura 7. Capturas da tela do ​software MULTIPROG​® simulando um ​flip-flop do tipo T. A entrada I 1


simula a porta T . A saída é simulada pela porta Q2 . O estado (a) indica que não há mudança na saída,
enquanto que o estado (b) indica que o valor da saída será mudado para seu complemento, como segue
no diagrama do quadro 1.

8
(a)

(b)

(c)

(d)

(e)

Figura 8. Capturas da tela do ​software MULTIPROG​® simulando um ​flip-flop do tipo RS. As entradas
I 2 e I 3 simulam as portas R e S , respectivamente. A saída é simulada pela porta Q3 . Os estados (a)
e (e) indicam que não há mudança na saída, enquanto que o estado (b) e (c) indicam que o valor da
saída será desativado e ativado, respectivamente, como segue no diagrama do quadro 2.

9
(a) (b)

(c) (d)

(e) (f)

Figura 9. Capturas da tela do ​software MULTIPROG​® simulando um ​flip-flop do tipo JK. As entradas
I 4 e I 5 simulam as portas J e K , respectivamente. A saída é simulada pela porta Q4 . Os estados (a)
e (f) indicam que não há mudança na saída, enquanto que o estado (b) e (c) indicam que o valor da
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saída será desativado e ativado, respectivamente e nos estados (d) e (e) indicam que o valor da saída
será mudado para seu complemento, como segue no diagrama do quadro 3.

 
4. D​ISCUSSÃO E ​C​ONCLUSÃO
Com a manipulação das entradas através da ferramenta EasySim eCLR​® do ​software é
possível escolher as entradas de modo a representar qualquer combinação desejada no sistema
simulado. Pelas figuras 8, 9 e 10 pode-se perceber que os valores de sinal indicados
representam exatamente as diagramas dos quadros 1, 2 e 3.
 Com isso, o ​software MULTIPROG​® se mostrou eficiente para simulações e depuração de
uma programação em linguagem ​ladder.​ Através de suas ferramentas, é fácil a manipulação
dos componentes e do ​hardware,​ o que torna sua utilização prática e versátil para qualquer
operador iniciante, uma vez que as ações encontradas através da simulação descrita neste
relatório são as previstas pelos diagramas dos quadros 1, 2 e 3 nos ​flip-flops descritos,
representando com exatidão seus comportamentos em todas as diversas combinações de
entrada desejadas.
 

REFERÊNCIAS
1. GROOVER, M. ​Automation Production Systems and CIM​. 2nd ed., New Jersey.
2. TOCCI, R.; WIDMER, N. ​Sistemas Digitais​: ​Princípios e Aplicações​. 7ª ed., Rio de
Janeiro.

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