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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará

Campus Cedro

Seminario de Eletronica Digital: Flip-Flops

Autores:
Marcos Vinicius A.S.
Pedro Jorge
José Felipe
Erik lemos
Guilherme Pinto

Cedro - CE
2024
1 Introdução
No campo da eletrônica digital, encontramos duas áreas distintas: lógica combinacional e lógica
sequencial. Os circuitos combinacionais, como discutido até agora, produzem saídas que são exclusi-
vamente determinadas pelas variáveis de entrada fornecidas. Por outro lado, os circuitos sequenciais
têm suas saídas influenciadas não apenas pelas variáveis de entrada atuais, mas também pelos es-
tados anteriores armazenados. Geralmente, esses circuitos operam de forma sincronizada com uma
sequência de pulsos chamada de clock. Dessa forma, a saída de um circuito sequencial depende não
apenas das entradas presentes, mas também dos estados anteriores, tornando-os fundamentais para
a construção de sistemas de armazenamento de informações e processamento de dados em diversas
aplicações.
Neste trabalhor vamos fala sobre o conceito de Flip-Flop, os tipos de Flip-flop e suas aplicações
como tambem resaltaremos seus pontos mais relevantes no campo da electronica digital.

2 Flip-Flops
Os flip-flops são elementos fundamentais da eletrônica digital, desempenhando um papel crucial
no armazenamento e processamento de informações em circuitos digitais. Sua origem remonta aos
primórdios da computação, quando os pioneiros da eletrônica digital buscavam desenvolver dispositi-
vos capazes de armazenar e manipular dados de forma eficiente. O conceito de flip-flop surgiu como
uma solução para a necessidade de criar elementos de memória estáveis e controláveis, permitindo a
construção de circuitos sequenciais capazes de reter e processar informações de maneira ordenada.
Ao longo das décadas, os flip-flops evoluíram significativamente em termos de design e aplicação,
tornando-se componentes essenciais em uma ampla gama de dispositivos eletrônicos, desde simples
contadores até sofisticados processadores de computador. Sua versatilidade e confiabilidade os torna-
ram indispensáveis em praticamente todos os sistemas digitais modernos, desempenhando um papel
fundamental em áreas como telecomunicações, automação industrial, eletrônica embarcada e muito
mais.
De forma geral podemos representar o fli-flop como um bloco onde temos 2 saídas: Q e Q,
entradas para variaveis e uma entrada de controle(Clock).
como pode ser visto na Figura 1 este dispositivo possui basicamente dois estados de saída. Para
flip-flop assumir um destes estados é necessário que haja uma combinação da variáveis e do pulso de
controle ( clock). Após este pulso, o flip-flop permanecerá neste estado até a chegada de um novo
pulso de clock e, então, de acoordo com as variáveis de entrada, mudará ou não de estado.(CAPUANO,
2018)
Figura 1 – Representação Do Flip-Flop

Fonte:https://embarcados.com.br/conhecendo-os-diferentes-tipos-de-flip-flops-rs-jk-d-e-t/

2.1 Flip-Flop RS
O Flip-flop RS, é um dos tipos mais básicos de elementos de memória na eletrônica digital. Ele
possui duas entradas, geralmente rotuladas como S (Set) e R (Reset), e duas saídas, Q e Q .
Quando o sinal de entrada S é acionado, a saída Q é definida em 1 lógico, independentemente
do estado atual da entrada R. Por outro lado, quando o sinal de entrada "R"é acionado, a saída "Q"é
resetada para 0 lógico, independentemente do estado atual da entrada S. Se ambas as entradas S e
R forem mantidas em nível lógico baixo, o flip-flop RS permanecerá no seu estado atual, retendo a
última entrada válida.
Um problema comum com o flip-flop RS básico é o estado indeterminado que pode ocorrer
quando ambas as entradas S e R são acionadas simultaneamente em nivel lógico alto. Para evitar
essa situação, foram desenvolvidas variantes do flip-flop RS, como os com entradas de Clear e Pre-
set. Que funciona da seguinte forma, quando a entrada Clear é acionada, independentemente dos
estados de S e R, a saída Q é forçada a 0. Da mesma forma, quando a entrada Preset é acionada,
independentemente dos estados de S e R, a saída Q é forçada a 1.(TOCCI; WIDMER; MOSS, 2010)
Essas entradas Clear e Preset fornecem um meio de garantir que o flip-flop RS entre em um estado
conhecido e determinado, evitando assim o problema de estado indeterminado. Além das variantes
com entradas Clear e Preset, muitos flip-flops RS também incluem uma entrada de clock. Com a
adição do sinal de clock, o flip-flop RS torna-se sensível ao tempo e pode armazenar informações
apenas durante certos intervalos de tempo determinados pelo ciclo do clock. Quando a entrada de
clock é acionada, o mesmo avalia o estado das entradas S e R, e atualiza a saída Q de acordo com as
condições estabelecidas pelo projeto do circuito.(TOCCI; WIDMER; MOSS, 2010)
Figura 2 – Flip-flop S-R com clock disparado apenas nas bordas de descida do clock.

Fonte:https://embarcados.com.br/conhecendo-os-diferentes-tipos-de-flip-flops-rs-jk-d-e-t/

2.2 Flip-Flop JK
O flip-flop JK é um tipo de flip-flop que inclui duas entradas principais: J (Set) e K (Reset). Ele é
uma extensão do flip-flop RS, oferecendo funcionalidades adicionais e resolvendo algumas limitações
encontradas no flip-flop RS. No flip-flop JK, quando tanto a entrada J quanto a entrada K estão em
nível lógico "1"ao mesmo tempo, o estado do flip-flop é alterado para complementar o estado atual.
Isso significa que se o flip-flop estiver no estado "0", ele mudará para "1", e vice-versa. Como poder
se visto na Figura
flip-flop JK também pode ter uma entrada de clock (relógio), o que o torna sensível ao tempo e
permite a sincronização com outros elementos do circuito. Quando a entrada de clock é acionada,
o flip-flop JK avalia o estado das entradas J e K e atualiza sua saída de acordo com as condições
estabelecidas pelo projeto do circuito. (CAPUANO, 2018)
Uma vantagem importante do flip-flop JK sobre o RS é que ele não possui estados proibidos.
Enquanto o flip-flop RS tem estados não permitidos (quando ambas as entradas S e R estão em nível
lógico "1"), o flip-flop JK não tem essa limitação. (CAPUANO, 2018)

Figura 3 – Flip-flop JK

Fonte:https://embarcados.com.br/conhecendo-os-diferentes-tipos-de-flip-flops-rs-jk-d-e-t/

A entrada Clear (CLR) é acionada quando está em nível lógico 0, o que resulta na forçação da
saída do flip-flop para 0, independentemente de outras condições. Essa característica é útil para
redefinir o estado do flip-flop para um valor conhecido, estabelecendo assim uma base inicial para a
operação subsequente.
Já a entrada Preset (PR) é ativada quando está em nível lógico "0", levando a saída do flip-flop a
ser forçada para 1. Essa funcionalidade é valiosa para configurar o estado inicial do flip-flop antes de
iniciar a operação principal do circuito, garantindo uma condição inicial específica para a execução
das funções desejadas.

2.2.1 Flip-flop JK Mestre-Escravo

O flip-flop JK apresenta uma característica indesejável. Quando o clock for igual a 1, teremos o
circuito funcionandoo como sendo um circuito combinacional, pois haverá a passagem das entradas J,
K e também da realimentação. Nessa situação, se houver uma mudança nas entradas J e K, o circuito
apresentará uma nova saída, podendo alterar seu estado tantas vezes quantas alterarem os estados J e
K.
Para resolver esse problema foi criado o Flip-Flop JK Mestre-Escravo, que é sensível à descida de
clock é projetado com dois estágios de armazenamento em série, mestre e escravo, garantindo que as
mudanças nas entradas JK só sejam reconhecidas na transição do clock de 1 para 0. Quando o clock
está em 1, as entradas JK podem variar, mas as saídas Q, e Q permanecem bloqueadas, mantendo
seu último estado. Quando o clock muda para 0, as saídas Q, e Q desbloqueiam, e o estado do
circuito escravo muda de acordo com as entradas JK. Este tipo de flip-flop mantém a saída constante
enquanto o clock está em 0 e só responde às mudanças nas entradas JK na transição do clock para 0. É
importante notar que a tabela de verdade é semelhante à de um flip-flop JK básico, mas as mudanças
na saída Q só ocorrem após a transição do clock para 0. Para tornar o circuito sensível à subida de
clock, um inversor pode ser adicionado à entrada do clock.
O controle do preset, quando assumir valor 0, fará com que a saída do circuito(Q) assuma valor 1.
O mesmo ocrre com o controle de clear, fazendo com que a saída assuma valor 0. Notamos que ambos,
por estarem ligados simultaneamente aos circuitos Mestre e Escravo, atuam independentemente da
entrada clock.

Figura 4 – Flip-flop JK Mestre-Escravo

Fonte:https://www.estudegratis.com.br/questao-de-concurso/422903googlev ignette
2.3 Flip-Flop D
O flip-flop tipo D é um componente simples e direto, amplamente utilizado em circuitos digitais
devido à sua capacidade de sincronização de dados. Possui uma entrada de dados (D) e uma entrada
de clock (CLK), que determina quando os dados na entrada D são transferidos para a saída do flip-
flop. Essa sincronização o torna ideal para aplicações onde a consistência dos dados é crucial. Além
disso, suas saídas Q e Q fornecem uma representação clara do estado atual do flip-flop, sendo a saída
Q a inversa de Q.
A previsibilidade é uma característica marcante do flip-flop tipo D, garantindo que sua saída seja
sempre determinada pela entrada de dados no último pulso de clock. Isso contrasta com outros tipos
de flip-flops, onde a saída pode ser incerta em determinadas condições. A entrada de dados (D) e
a entrada de clock (CLK) são essenciais para o funcionamento do flip-flop, com a entrada de da-
dos definindo o valor armazenado e a entrada de clock controlando quando esse valor é atualizado.
Essa previsibilidade e controle tornam o flip-flop tipo D uma escolha confiável em uma variedade de
aplicações digitais.(MAGNETISMO, )

Figura 5 – Flip-flop D

Fonte:https://www.knowelectronic.com/d-flip-flop/

2.4 Flip-Flop T
O flip-flop T é um tipo de flip-flop muito utilizado em circuitos digitais. Ele possui duas entradas
principais: a entrada de dados (T) e a entrada de clock (CLK). A principal característica do flip-flop
T é que ele pode mudar de estado (de 0 para 1 ou de 1 para 0) quando o sinal de clock é acionado e
quando a entrada de dados T está definida para 1 (ou nível lógico alto). Se a entrada T estiver definida
como 0 (ou nível lógico baixo), o estado do flip-flop permanece inalterado. Isso faz com que o flip-
flop T seja muito útil em aplicações onde a contagem ou a divisão de frequência são necessárias, além
de ser amplamente empregado em contadores e divisores de frequência.
Assim como outros tipos de flip-flops, o flip-flop T pode ser usado em uma variedade de circuitos
digitais, desde aplicações simples até sistemas mais complexos. Sua versatilidade e capacidade de
mudar de estado apenas sob certas condições tornam-no uma escolha popular em projetos digitais.
No entanto, é importante ter em mente que, devido à sua natureza sensível ao clock e à entrada T, é
necessário garantir uma sincronização adequada para evitar problemas de temporização e garantir o
funcionamento correto do circuito.

Figura 6 – Flip-flop T

Fonte:https:https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/index.php/AULA1 7−E letronicaD igital1G raduao

3 Aplicações dos Flip-Flops


Os flip-flops no campo da eletrônica é encontrado uma variedade de aplicações em uma ampla
gama de dispositivos e sistemas. Algumas das suas principais utilizações incluem:
Armazenamento de dados: Uma das aplicações mais básicas dos flip-flops é armazenar um único
bit de informação. Eles são usados em registradores de deslocamento, memórias de computador,
buffers de entrada/saída e em muitas outras partes de sistemas digitais onde é necessário armazenar
dados temporariamente.
Contadores: Flip-flops são amplamente utilizados em contadores digitais para contar pulsos de
clock e produzir sequências de saída sequenciais. Eles podem ser configurados para contar em dife-
rentes padrões, como binário, decimal ou até mesmo em padrões mais complexos, dependendo dos
requisitos do sistema.
Divisores de frequência: Flip-flops podem ser usados para construir divisores de frequência que
reduzem a frequência de um sinal de clock de entrada para uma frequência desejada de saída. Esses
divisores de frequência são úteis em várias aplicações, como na geração de sinais de relógio para
diferentes partes de um sistema digital.
Sincronização de dados: Flip-flops são frequentemente usados para sincronizar dados em sistemas
digitais, garantindo que os dados sejam lidos e processados no momento certo. Isso é essencial para
garantir que o sistema funcione corretamente e evita problemas como a sobreposição de dados ou
inconsistências temporais.
Memórias e registradores: Flip-flops são os blocos de construção básicos de memórias e regis-
tradores em sistemas digitais. Eles são usados para armazenar endereços, dados e outros tipos de
informações temporárias em computadores, microcontroladores e outros dispositivos eletrônicos.
Referências

CAPUANO, F. G. Elementos de eletrônica digital. [S.l.]: Saraiva Educação SA, 2018.

MAGNETISMO, E. e. Flip-Flops Tipo D. Disponível em: <https://www.electricity-magnetism.org/


pt-br/flip-flops-tipo-d/>.

TOCCI, R. J.; WIDMER, N. S.; MOSS, G. L. Sistemas digitais. [S.l.]: Pearson Educación, 2010.

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