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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA

FACULDADE DE ENGENHARIAS – FAE


DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO - DEITIC

TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO DE
SISTEMA DIGITAIS II

TEMA:
SISTEMAS SEQUÊNCIAS COM BIESTÁVIES

CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA

TURMA : EIMK2.1

DEZEMBRO/2023
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA
FACULDADE DE ENGENHARIAS – FAE
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO - DEITIC

TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO DE
SISTEMA DIGITAIS II

TEMA:
SISTEMAS SEQUÊNCIAS COM BIESTÁVIES

INTEGRANTES DO GRUPO

1. Marcélio António Menezes Diogo


2. Síntia Isabel Kapanda Medina
3. Augusto José dos Santos
4. Erivaldo dos Santos Pimentel
5. Gedião Malungo
6. Israel Francisco Manuel
7. Jorge Valentino
8. Kieza Meno
9. Lukeny Dimbilila
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 4

2. CIRCUITOS SEQUENCIAS COM BIESTÁVEIS ................................... 5

2.1. CARACTERÍSTICAS ......................................................................... 5

2.2 FLIP-FLOP .......................................................................................... 5

2.2.1 Flip-flop Tipo T .............................................................................. 7

2.2.2 Flip-flop SR .................................................................................... 7

2.2.3 Flip-flop J-K ................................................................................... 8

2.2.4 Flip-flop Tipo D (Data) ................................................................ 10

2.3 LATCH .............................................................................................. 11

2.3.1. Latch SR...................................................................................... 11

2.3.2 Latch D......................................................................................... 12

3. CONCLUSÃO ...................................................................................... 13

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................. 14


1. INTRODUÇÃO
No âmbito da disciplina de Sistemas Digitais II, foi nos encarregue a abordar o
tema ¨Sistemas Sequências com Biestáveis. De forma concisa vamos explicar o seu
conceito, características, tipos de circuitos sequências e seu funcionamento.
A eletrônica digital é dividida em lógica combinacional e lógica sequencial. Até
o devido momento trabalhou-se com a primeira lógica, usando portas lógicas. A partir de
agora, parte-se para a lógica sequencial, tratando de circuitos montados com Flip-Flop.
Um sistema Digital em geral pode ser representado por um circuito digital
sequencial, a decomposição em blocos menores facilita o entendimento e ou projeto de
sistemas como um todo. Os blocos principais são a unidade de dados e a unidade de
controlo. Os blocos de entrada e saídas são responsáveis apenas pelo pré-processamento
e condicionamento de sinais para a entrada e saída.

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2. CIRCUITOS SEQUENCIAS COM BIESTÁVEIS
O bloco básico dos circuitos sequencias é o circuito biestável. Este nome
tem origem pelo facto do circuito ter dois estados estáveis, ou seja duas condições
em que o circuito apresenta um estado que se mantém até a mudança de alguma
condição.
Ex. A transição de uma das suas entradas.

Os circuitos sequenciais biestáveis são circuitos digitais que têm seu


comportamento determinado parcial ou totalmente, para além das entradas do
momento, pelas entradas que ocorreram no passado. Eles são constituídos por
portas lógicas e têm a capacidade de armazenar um bit de informação, sendo por
vezes vistos como elementos de memória.

2.1. CARACTERÍSTICAS

Os circuitos sequenciais biestáveis podem ser divididos em dois tipos,


conforme o comportamento temporal dos seus sinais, que são: síncronos e
assíncronos conforme sua característica de alterar a saída a qualquer instante ou
somente quando houver variação no sinal de clock.

2.2 FLIP-FLOP

O Flip-Flop ou multivibrador biestável, ou simplesmente biestável, é um


circuito digital que, pulsado é capaz de servir como uma memória de um bit.
Um flip-flop tipicamente inclui zero, um ou dois sinais de entrada, um sinal de
relógio, e um sinal de saída, apesar de muitos flip-flop comerciais proverem
adicionalmente o complemento do sinal de saída. Alguns flip-flop também
incluem um sinal da entrada clear, que limpa a saída atual. Como os flip-flop são
implementados na forma de circuitos integrados, eles também necessitam de
conexões de alimentação. A pulsação ou mudança no sinal de relógio faz com que
o flip-flop mude ou retenha seu sinal de saída, baseado nos valores dos sinais de
entrada e na equação característica do flip-flop.

Na Figura 1, é apresentado um símbolo genérico utilizado para representar


um flip-flop, o qual possui duas saídas, Q e Q invertido. Q/Q ou ainda Q/Q’ é a
nomenclatura mais comum para identificar as saídas dos flip-flop, embora outras
designações como X/X’ ou A/A’ também possam ser utilizadas para facilitar a
identificação de diferentes flip-flop em um circuito lógico.
Figura 1 - Representação gráfica do Flip Flop

Como indicado no símbolo da Figura 1, um flip-flop pode ter uma ou mais entradas
usadas para fazer com que ele alterne entre seus possíveis estados de saída.
A maioria das entradas dos flip-flop precisa ser apenas momentaneamente ativada
(pulsada) para provocar a mudança de estado na saída do flip-flop, sendo que a saída
permanece no novo estado mesmo após o pulso de entrada terminar. Essa é a característica
de memória dos flip-flop.
Com relação a saída Q é considerada a saída normal do flip-flop, enquanto a saída /Q é a
saída invertida do FF. Sempre que mencionamos o estado do flip-flop, estamos nos
referindo ao estado da saída normal (Q). É importante destacar que o estado de Q é sempre
o inverso do estado de Q’. Por exemplo, se dissermos que um flip-flop está no estado
ALTO (1), estamos nos referindo a Q = 1, enquanto o estado de Q’ é 0. De maneira
análoga, se um flip-flop estiver no estado BAIXO (0), isso significa que Q = 0, enquanto
Q’ será igual a 1.
Existem dois estados possíveis de operação para um flip-flop:
O estado ALTO ou 1 (Q = 1/Q’ = 0) também é conhecido como estado SET.
Sempre que os níveis nas entradas de um flip-flop fazem sua saída ir para o estado Q = 1,
dizemos que o flip-flop foi setado.
O estado BAIXO ou 0 da saída (Q = 0/Q’ = 1) é denominado CLEAR ou RESET.
Sempre que os níveis nas entradas do flip-flop fazem sua saída ir para o estado Q = 0,
dizemos que o flip-flop foi resetado.
É importante destacar que muitos flip-flops possuem entradas SET e/ou CLEAR
(RESET), utilizadas para colocar a saída em um estado específico.

Existem Quatro tipos de flip-flops:

1. Flip-flop T ("toggle"),
2. Flip-flop S-R ("set-reset"),
3. Flip-flop J-K
4. Flip-flop D ("data").
2.2.1 Flip-flop Tipo T

A sigla T existente no nome deste Flip Flop é uma abreviação da palavra


inglesa “Toggle”, que em português significa “comutar” ou, de forma mais simples
de se compreender, “trocar”.

Figura 2 - Representação Gráfica do Flip Flop do Tipo T.


O Flip Flop tipo T tem a capacidade de trocar o valor de sua saída (comutar)
cada vez que um pulso de clock é aplicado ao mesmo, estando sua entrada com
nível lógico alto. Esta característica é melhor representada pela tabela de transição
do Flip Flop tipo T apresentada a seguir.

T Q
0 Qa
1 Qa “barrado”
Tabela de transição do Flip Flop do Tipo T

2.2.2 Flip-flop SR

É o tipo mais básico e com o funcionamento mais simples de se entender. O


seu nome é devido a suas duas entradas, a Set e a Reset, responsáveis por alterar
diretamente os estados das saídas.
Figura 3 - Circuito Flip Flop SR.

O flip-flop "set/reset" ativa (set, muda sua saída para o nível lógico 1, ou
retém se este já estiver em 1) se a entrada S ("set") estiver em 1 e a entrada R
("reset") estiver em 0 quando o clock for mudado. O flip-flop desativa (reset, muda
sua saída para o nível lógico 0, ou a mantém se esta já estiver em 0) se a entrada R
("reset") estiver em 1 e a entrada S ("set") estiver em 0 quando o clock estiver
habilitado. Se ambas as entradas estiverem em 0 quando o clock for mudado,
a saída não se modifica. Se, entretanto, ambas as entradas estiverem em 1 quando
o clock estiver habilitado, nenhum comportamento particular é garantido. Isto é
comumente escrito na forma de uma "tabela verdade".

Flip- Flop com porta NAND


Set Reset Saída
1 1 Não muda
0 1 Q=1
1 0 Q=0
0 0 Inválida

2.2.3 Flip-flop J-K

JK Flip Flop é um dos flip-flops mais utilizados em circuitos digitais. O flip-flop


universal possui duas entradas, 'J' e 'K'. O Flip Flop JK é um Flip-Flop SR fechado
com um circuito de entrada de clock que evita a saída ilegal ou inválida quando
ambas as entradas S e R são iguais ao nível lógico “1”.
No flip-flop SR, o 'S' e o 'R' são as letras abreviadas para Set e Reset, mas J
e K não são. Em vez disso, J e K são letras autônomas escolhidas para distinguir o
design do flip-flop de outros tipos.

O flip-flop JK é um refinamento do flip-flop SR no qual o estado indeterminado


(inválido) do tipo SR é definido.

Figura 4 - Circuito Flip Flop JK.

A tabela verdade JK Flip-Flop tem o estado de espera, o estado de redefinição, o estado


de configuração e o estado de alternância. Como este é um refinamento do flip-flop SR,
a Tabela verdade do flip-flop SR é refinada para formar a tabela verdade do flip-flop
jk. A tabela verdade do flip-flop JK tem duas entradas, J e K, Q n denota o estado
atual e Q n+1 denota o próximo estado na tabela abaixo:
2.2.4 Flip-flop Tipo D (Data)

O circuito Flip-Flop D é um dos circuitos lógicos de armazenamento de


informação mais básicos. Eles armazenam apenas um bit de informação. Através
deles é possível construir estruturas mais complexas
como registradores e memórias. Esse circuito tem duas entradas e duas
saídas: D, CLK, Q e Q invertido, respectivamente.
O flip-flop pode ser utilizado para armazenar um bit, ou um digito binário de
informação. A informação armazenada em um conjunto de flip-flops pode
representar o estado de um sequenciador, o valor de um contador,
um caractere ASCII em uma memória de um computador ou qualquer outra parte
de uma informação.
Um uso é a construção de máquinas de estado finito a partir da lógica
eletrônica. O flip-flop lembra o estado anterior de máquina, e a lógica digital utiliza
este estado para calcular o próximo estado.

Algumas literaturas dizem que o D desse Flip-Flop significa Dados (data) e outras
dizem que é de Atraso (delay). Para o primeiro caso seria o fato de ele armazenar
um bit de informação. Já o segundo caso seria uma analogia aos atrasos dentro de
componentes de eletrônica analógica ao qual esse circuito teria comportamento
parecido; o de atraso, de mudar depois.

O Flip-Flop D armazena na saída Q exatamente o valor inserido na entrada D.


Esses valores podem ser 0 ou 1. Quando eu quero "guardar na memória" um desses
valores eu os escrevo na entrada D.

A tabela verdade abaixo mostra todas as combinações de entradas e saídas


consideradas nesse circuito de modo a garantir a persistência da entrada D:
2.3 LATCH

As Latches são dispositivos de armazenamento temporário de 1 bit de


informação. São formados por circuitos com portas lógicas, onde a saída de uma
porta é ligada na entrada de outra. Assim, a saída sempre depende de valores
de saídas anteriores. Ou seja, é baseado em estados anteriores, também
conhecido como malha de realimentação. Portanto, as Latches são:

 Um circuito sequencial biestável assíncrono,


 É constituído por portas lógicas, capaz de armazenar um bit de informação;
 As saídas de certo instante dependem dos valores de entrada do instante
mais os valores anteriores de saída;
 As saídas mudam a qualquer instante de tempo, podendo ter ou não
variáveis de controles.

2.3.1. Latch SR
Um latch SR (Set/Reset) é um dispositivo assíncrono: funciona
independentemente dos sinais de controle e depende apenas do estado das entradas
S e R. Na imagem, podemos ver que um latch SR pode ser criado com duas portas
NOR que possuem um loop de feedback cruzado. As travas SR também podem ser
feitas a partir de portas NAND, mas as entradas são trocadas e negadas. Neste caso,
às vezes é chamado de trava SR .
Quando uma entrada alta é aplicada à linha Set de uma trava SR, a saída Q fica alta
(e Q baixa). O mecanismo de feedback, entretanto, significa que a
saída Q permanecerá alta, mesmo quando a entrada S cair novamente. É assim que
a trava funciona como dispositivo de memória. Por outro lado, uma entrada alta na
linha Reset irá diminuir a saída Q (e Q alta), redefinindo efetivamente a "memória"
da trava. Quando ambas as entradas estão baixas, a trava “trava” – ela permanece
em seu estado previamente definido ou redefinido.
Porém, quando ambas as entradas são altas ao mesmo tempo, há um
problema: está sendo dito para produzir simultaneamente um Q alto e um Q baixo
. Isso produz uma "condição de corrida" dentro do circuito - qualquer flip-flop que
conseguir mudar primeiro irá realimentar o outro e se afirmar. Idealmente, ambas
as portas são idênticas e são "metaestáveis", e o dispositivo ficará em um estado
indefinido por um período indefinido. Na vida real, devido aos métodos de
fabricação, um portão sempre vencerá, mas é impossível dizer qual será para um
determinado dispositivo de uma linha de montagem. O estado de S = R = 1 é,
portanto, “ilegal” e nunca deve ser inserido.

2.3.2 Latch D

É um circuito eletrônico que possui duas entradas (D e CLK) e duas saídas


(Q e !Q). Sua característica principal de funcionamento é transferir para a saída Q
o valor da entrada de dados D sempre que CLK for 1, e manter o mesmo estado na
saída se CLK for 0. Originou-se da necessidade de evitar, no latch RS, a ocorrência
do estado proibido. É construído a partir deste ao se colocar um inversor entre as
entradas R e S, evitando assim que R=1 e S=1 simultaneamente, o que permitia a
ocorrência do estado proibido. Desta maneira, R e S passam a ser denominados D
(onde D=S).
3. CONCLUSÃO
Concluímos que na maioria dos sistemas digitais, há a presença de circuitos
combinacionais e elementos de memória. Tanto os flip-flop como os Latches, são
componentes essências nos sistemas digitais. Sendo assim são elementos
importantes e indispensáveis na construção e projetos com a eletrônica digital.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] TOCCI, Ronald J.; WIDMER, Neal S.; MOSS, Gregory L., Sistemas Digitais:
Princípios e Aplicações, 10ª edição. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2007.

[2] ESCOLA NÁUTICA. Disponível em:


<http://www.enautica.pt/publico/professores/Baptista/Automacao/Slides_Aut_ca
p6.pdf> acesso em: 10 de julho de 2014.

[3] UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Disponível em:


<http://coral.ufsm.br/gpscom/professores/andrei/Digitais/aula_07_M.pdf> acesso
em: 10 de julho de 2014.

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