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Osciladores e temporizadores

A maioria dos equipamentos eletrônicos inclui alguma forma de oscilador ou temporizador, que
podem ser com formatos de onda pulsada, senoidal, quadrada, em dente-de-serra ou triangular.
As fontes incluem relógios, cristais, atenuadores RC, filtros, etc. Aqui, iremos tratar de alguns dos
mais básicos e úteis.

Já vimos que unijunções podem formar a base de um oscilador (com um capacitor de carga). Em
geral, qualquer elemento não-linear pode ser levado a oscilar.

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Oscilador de relaxação de onda quadrada

[figura]

Esse oscilador de onda quadrada usa realimentação positiva para levar o amplificador operacional
para seus níveis. A carga do capacitor move a tensão não-inversora pelo valor limite e, dessa
forma, faz com que o dispositivo comute de estado.

É conveniente configurar R- = Rg de forma que a tensão de comutação seja ½ do nível. A


constante de tempo para carregar o capacitor, 1/R+C configura a freqüência.

f = 2.2R +C

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Esse é um problema que demos na lição de casa, então não vamos resolvê-lo por completo aqui.
Observe (1) que a saída será + ou – Vcc, (2) que há realimentação positiva, então há histerese, e
(3) que o capacitor será carregado na direção de Vsaída.
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Oscilador de relaxação de onda quadrada

[x]

Agora, simplesmente encontramos os tempos dos pontos de comutação, o tempo que leva para
alcançarem o valor limite.

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À medida que o capacitor carrega, a saída é comutada e o estado oscila para trás e para a frente.
O interesse para nós aqui é que o carregamento do capacitor fornece uma constante de tempo útil
para a configuração de uma freqüência. Assim, podemos imaginar um sistema de 2 estados que é
uma combinação de um comutador e o tempo gerado via capacitor para construir um oscilador.
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Uma solução CI, 555

[figura]

1) limite

2) controle V

3) acionamento

4) descarga

5) reiniciar

6) saída

pino 1, gnd

pino 2, acionamento, configura o circuito biestável (“flip-flop”) para ser inferior a Vcc/3

pino 3, saída

pino 4, reiniciar, não necessário

pino 5, controle, não necessário, gnd

pino 6, limite, reinicia o circuito biestável (“flip-flop”) para ser superior a 2Vcc/3

pino 7, descarga, curva para cap.

pino 8, Vcc

6.071 Osciladores

O conjunto de chips 555 é exatamente assim. É uma combinação de lógica digital (portanto, um
dispositivo de 2 estados simples), com uma entrada analógica para medir a carga em um
capacitor externo, e uma curva de baixa impedância (baixa corrente) para descarregar o capacitor.

Observe que os amplificador operacionals são configurados como comparadores com voltagens
de 1/3 e 2/3 Vcc. O circuito digital corresponde a um “configurar/reiniciar flip-flop” – explicaremos
isso nos próximos slides, e que a saída do “flip-flop” liga o BJT (a curva de descarga do capacitor).

A forma como o circuito irá funcionar será que o capacitor externo irá carregar até que atinja 2/3
Vcc, então o amplificador operacional superior irá comutar de estado. Isso ativa o “flip-flop”, que
aciona o BJT para descarregar o capacitor. O capacitor continua a descarregar até que atinja 1/3
Vcc, quando o amplificador operacional inferior muda de estado e o BJT é desligado. Então o
processo se repete.
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Demonstração Flip-flop Nº1

[figura]

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Antes de discutirmos o flip-flop, vamos introduzir a porta “OR”, cuja saída é alta se uma das
entradas (ou ambas) for alta. Do contrário, a saída é baixa.

O pequeno círculo em “NOR” carrega um “NÃO” funcional para a saída e, dessa forma, inverte os
estados de saída.

As tabelas são chamadas tabelas verdade, e fornecem a correspondência entre os estados de


entrada e saída.

Já que isso é lógica digital, existem apenas dois estados possíveis

1, alto, 5V

Ou

0, baixo, 0V

Da mesma forma, 5 e 0 volts são apenas fictícios, e os valores reais dependem da classe de
transistores que compõem o circuito lógico. Mas eles servem como uma aproximação inicial.
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Demonstração Flip-flop Nº2

[figura]

1) reset

2) set

4) não utilizado

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O flip-flop set/reset pode ser composto de 2 portas NOR com a fiação mostrada. A idéia de um
flip-flop é que trata-se de um dispositivo de dois estados que pode ser configurado ou reiniciado
dependendo das entradas. Olhando para a tabela verdade, o flip-flop é configurado quando S é
alto e R é baixo. Então, se S for configurado baixo, o flip-flop mantém o estado. Da mesma forma,
se o flip-flop foi reiniciado por ter um R alto e S baixo, mais uma vez, quando R baixou, o flip-flop
manteria o estado.

Siga a lógica com os NORs para ver como isso funciona.


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Demonstração Flip-flop Nº3

[figura]

1) alto, já que as 2 ent. são baixas

2) alto

3) Agora, comutar S para 0

4) baixo

5) baixo, já que S é alto

6) Agora, comutar R para 1

7) fica alto, já que as 2 ent. são baixas

8) fica baixo, já que 1 ent. é alta

9) Comuta para baixo, já que pelo menos 1 entrada é alta

10) Comuta para alto, já que as 2 entradas são baixas

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Breve introdução ao flip-flop SR

[figura]

1) manter

2) reset

3) set

4) não utilizado

O flip-flop SR é o dispositivo de armazenamento de dados mais simples, e pode ser encarado


como um latch (entrelaço). Ele possui a seguinte tabela verdade.

Para usar o flip-flop como um latch (entrelaço), configure-o e deixa tanto S quanto R baixos. Isso
retém o estado até que S ou R seja comutado. O pino inferior é um pino de permissão que força
[x] para baixo.

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Isso diz simplesmente a mesma coisa, mas é interessante pensar no flip-flop como um dispositivo
de armazenamento primitivo – embora ele seja muito mais complicado do que alguém desejaria
usar hoje em dia.
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Operação astável do 555

[figura]

1) limite

2) controle V

3) acionamento

4) descarga

5) reiniciar

6) saída

7) configura

8) retém

9) reinicia

10) descarregar transistor de fogo, saída baixa

11) Observe que o estado alto R é apenas momentâneo.

6.071 Osciladores

O uso do 555 como um oscilador (um astável) requer a conexão de um capacitor externo e alguns
resistores para termos uma curva para carga e descarga. Observe como os amplificador
operacionais são conectados, o amplificador operacional S é conectado para ser alto quando a
tensão do capacitor é inferior a 1/3 Vcc, o amplificador operacional R é conectado para ser alto
quando a tensão do capacitor é superior a 2/3 Vcc. Entre 1/3 e 2/3 Vcc, tanto R quanto S são
baixos, então o flip-flop retém as últimas saídas. O capacitor carrega através de R1 e R2 até
atingir 2/3 Vcc, então o flip-flop reinicia, enviando a saída inversora alta. Isso liga o BJT, que
descarrega o capacitor através de R2 (observe que R1 está fora do circuito). À medida que o
capacitor descarrega, R volta a ser baixo, e o flip-flop é novamente configurado quando atinge 1/3
Vcc. A saída é uma versão invertida do sinal digital que impulsiona o transistor de descarga.
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Formatos de onda astável

[figura]

1) sup

2) baixo

3) desligado

4) ligado

5) período

6) ciclo de trabalho

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Essa complexa figura mostras as duas razões separadas para carga e descarga do capacitor, e
então calcula o tempo decorrido para carregar e descarregar. Observe que, ajustando-se R1 e R2,
podemos ajustar tanto a freqüência quanto o ciclo de trabalho.

O ciclo de trabalho é a fração de tempo em que a saída é alta.


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Operação astável do 555

[figura]

1) limite

2) acionamento

3) descarga

4) saída

5) período

6) ciclo de trabalho

7) tligado

8) tdesligado

Observe que o ciclo de trabalho > 0.5

6.071 Osciladores

Um resumo dos resultados anteriores. Já que a curva de carga inclui os dois resistores, a
constante de tempo é maior e o ciclo de trabalho não pode ser configurado em 0,5.

Evidentemente, não podemos fazer curto-circuito em R1 diretamente, já que o fornecimento Vcc


seria levado à terra quando o transistor fosse ligado.
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Demonstração Astável

[figura]

1) filtro

Vcap é apenas um ponto de teste.

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Uma simples demonstração, na qual o resistor de carga é variável e o resistor de descarga é


configurado em 10 k. Se ambos fossem 10 k, então com o capacitor 0,01 µF, o período deveria
ser de cerca de 0,21 ms, e a freqüência, 4,8 kHz.

O ciclo de trabalho deveria ser de aproximadamente 0,67.


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Demonstração Astável (cont.)

[figura]

1) Período

2) ciclo de trabalho

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operação do 555 com baixo ciclo de trabalho

[figura]

1) descarga

2) limite

3) acionamento

4) saída

5) ciclo de trabalho

6) período

7) tligado

8) tdesligado

Se quisermos que o ciclo de trabalho seja inferior a 0,5, devemos separar as curvas de carga e
descarga do capacitor.

[x]

6.071 Osciladores

Para reduzir o ciclo de trabalho para menos de 50%, precisaríamos separar a curva de carga e
descarga. Isso é alcançado de forma conveniente com curto-circuito de R2 durante o estágio de
carga. Agora o capacitor carrega através de R1 e descarrega através de R2, e podemos deixar o
ciclo de trabalho tão baixo quanto desejarmos.
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Operação mono estável

1) limite

2) acionamento

3) descarga

4) saída

O 555 também pode ser usado para gerar um pulso acionado de uma duração específica. Quando
o acionamento é puxado para baixo, S vai para baixo e o flip-flop é configurado. Isso leva a uma
carga do capacitor (através de R1) (e um pulso de saída) até que a tensão do capacitor atinja 2/3
Vcc.

O resistor 10 k é apenas de elevação.

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A operação mono estável (1 pulso acionado por vez) é atingida pela separação da entrada de
acionamento do capacitor. Agora, quando o acionamento é puxado para baixo, o capacitor irá
carregar até atingir o limite de 2/3 Vcc e, nesse ponto, irá descarregar. O capacitor irá permanecer
descarregado até que não haja mais nenhum pulso acionado.

Lembre-se de que a ação do acionamento é reiniciar o flip-flop quando a entrada é inferior a 1/3
Vcc, então o pino 6 deve ser puxado para baixo ativamente para iniciar outro pulso.
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Compensação de desvio

[figura]

1) acionamento

2) saída

Se você re-acionar antes que o capacitor seja descarregado, o flip-flop vê o estado (S e R altos),
que não é definido, e a saída é imprevisível.

Observe que, para fazer o acionamento, você deve puxar a tensão para baixo no pino 6.

Depois que o capacitor começar a carregar, ele irá continuar até que atinja 2/3 de Vcc e, nesse
ponto, ele é descarregado através do transistor.

[x]

O pulso de tempo é configurado pela razão de descarga,

[x]

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Os formatos de onda mostrando a ação do 555 são mono estável. Observe que a descarga é
rápida, já que ela não é limitada por um resistor em série (apenas pela resistência do BJT).
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Demonstração mono estável

[figura]

1) filtro

2) saída

3) tligado

6.071 Osciladores

Uma demonstração mostrando a ação do 555. Observe que um BJT foi usado para inverter o
pulso acionado. Quando Vent é alta, o pino 2 é levado para baixo e, quando Vent é baixa, o pino 2
é configurado alto.

Se o resistor é configurado em 10 k, o comprimento de pulso deve ser de cerca de 110 µs.


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Flasher de LED

[figura]

1) Rrazão

2) descarga

3) limite

4) acionamento

5) saída

O 555 fornece um pulso periódico que é convertido para um pulso de corrente pelo transistor. O
resistor de 220 Ω é para limitar a potência entregue ao LED.

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Uma forma excessivamente complicada de produzir uma luz incandescente, mas funciona.
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Especificações do 555

Existem vários chips 555 baseados em transistores bipolares, CMOS ou uma combinação. O
bipolar tipicamente é mais lento, exige maiores tensões de alimentação mas, ainda assim, pode
fornecer correntes de saída mais altas.

fornecimento acionamen freqüência saída


to

tipo V V µA nA MHz mA fonte mA sink

mín máx máx

SN555 4,5 18 3000 100 0,5 200 200

ICL7555 2 18 60 <10 1 4 25

LMC555 2 18 170 0,01 2,1 10 100

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Manual do 555 nº1

[figura]

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Manual do 555 nº2

[figura]

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Manual do 555 nº3

[figura]

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Manual do 555 nº4

[figura]

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Osciladores LC

Até agora, vimos os osciladores RC, que funcionam bem a baixa freqüência, contanto que não
seja necessária muita estabilidade. Os osciladores LC são preferíveis a altas freqüências e, já que
Q pode ser de várias centenas, a estabilidade é melhor.

Até recentemente, os amplificador operacionais não atingiam freqüências altas o suficiente para
serem usados com osciladores LC mas, atualmente, os amplificador operacionais com
freqüências de 500 MHz 3 dB estão disponíveis, e nos restringiremos a estes.

O método mais simples de gerar um oscilador é, então, usar realimentação positiva e um filtro LC
na curva de realimentação para selecionar a freqüência desejada.

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Osciladores LC

[figura]

Um oscilador LC essencialmente usa uma realimentação positiva, seletiva de freqüência, para


levar o amplificador operacional para a oscilação (de nível para nível). O circuito tanque tem alta
impedância para ligar à terra sua freqüência de ressonância,

[x]

e um curto, do contrário. Já que a saída é uma onda quadrada, todas as harmônicas pares da
freqüência de ressonância também são geradas.

[figura]

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Osciladores de cristal

Há um fator de qualidade bastante limitado, Q, para um oscilador LC (~200), mas com os cristais,
Qs de 100.000 são possíveis. O circuito equivalente para um cristal quartzo piezoelétrico é:

[figura]

1) Cmovimento

A condição de ressonância é dada pelo braço superior (movimento). Para um cristal de 10 MHz,
um valor típico para o indutor é L = 9,8 mH, levando a uma capacitância bastante baixa, e
bastante energia alta armazenada. O cristal se assemelha a um filtro passa-banda.

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