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Genética nas intolerâncias e sensibilidades alimentares

• Influência da genética na composição da microbiota e na


saúde intestinal
• Diferenciar alergias, intolerâncias e sensibilidades

O que vou • Principais polimorfismos genéticos nas intolerâncias e


alergias
aprender? • Metilação e microbiota
• Histamina, reações alimentares e predisposição genética
• Gatilhos alimentares para alteração na expressão dos
genes
• Estratégias para modulação epigenética intestinal
Perguntas
frequentes:

• “Já restringi tudo e continuo com


os sintomas. Vou restringir para
sempre?”
• “Antes, não sentia nada. Fiquei
intolerante depois de restringir?”
• “Vou ficar ‘curado’ da alergia ou
intolerância?”
• “Posso voltar a comer e não sentir
nada?”
Reduzir inflamação e
Reconhecer a sua modular o sistema
Iden2ficar os ga2lhos
individualidade e imune (especialmente
e removê-los
ancestralidade a resposta
Alvos para tratar TH1/TH2/Th17)

as sensibilidades,
alergias e Melhorar processo
Melhorar barreira
Melhorar
intolerâncias diges2vo
intestinal (tratar o
Leaky gut)
Detoxificação

Estabelecer fenótipo
tolerogênico
Gené0ca,
Intes0no,
microbiota
• Genes relacionados com a expressão
de enzimas diges2vas
• Genes relacionados ao metabolismo
de nutrientes
• Genes de reposta aos agentes
agressores e detoxificação
• Genes relacionados com a cascata
inflamatória
• Genes relacionados com a barreira
intes2nal

Bri$sh Journal of Nutri$on (2013), 109, S76–S80


Não existe
apenas um único
gene que
explique essa
relação!
Predisposição Gene/Polimorfismo
Intolerância a lactose MCM6, LCT
Doença Celíaca/Glúten HLADQs, SH2B3

Inflamação no intestino IL23R, IL10, IL1B, TNFa


Polimorfismos
nas Alergias,
Sensibilidades Sensibilidades gerais e detoxificação AHR, MTHFR, GST
alimentares e (glutationa), SOD, CAT
Intolerâncias Processamento histamina DAO, HNMT

Eixo intestino/cérebro BDNF, NGF, COMT, receptor


5-HT2A, TPH

Genes de sensibilidade a Dor TRPM8, CNR1, COMT, COX,


FADS1 e 2
• IgE
Alergia • Não IgE

Sensibilidade • Outras reações imunológicas

• Não envolve sistema imunológico.


Intolerância • Alteração no processo digesUvo e/ou metabólico
Metilação: Papel central nas sensibilidades alimentares

MTHFR, FUT2,
CBS: B9, B12,
B6

PEMT:
fosfatidilcolina
Metilação Sistema imune Neurotransmissores Detoxificação

COMT, HNMT:
monoaminas

Gluta2ona
Representam 90% de todos os alérgenos alimentares:
castanhas, produtos lácteos, produtos derivados de cereais, ovos,
alguns peixes e mariscos, amendoim, soja e outras leguminosas
Impacto no intestino, em alguns
momentos são responsáveis por
sensibilidades alimentares

Intestino permeável, ativação


PROTEINA reativa do sistema imune com
algumas proteinas

Caseína (leite), Rubisco (espinafre),


lec>na (alguns grãos) e glúten
(trigo, centeio, cevada, malte)
Fontes comuns de
sensibilidades alimentares:
• Adi$vos alimentares (glutamato
monossódico, sulfitos, benzoatos);
• Toxinas em alimentos (micotoxinas,
pes$cidas, an$bió$cos e metais pesados);
• Lec$nas;
• Histamina;
• FODMAPs;
• Oxalatos;
• Leite e derivados;
• Ovos.
Principais • Distúrbios diges,vos gerais
fatores • Permeabilidade intes,nal (leaky gut)
• Reações imunológicas (imunoglobulinas)
relacionados • Toxinas (especialmente adi,vos presentes
com as em produtos industrializados)
sensibilidades • Estresse emocional
alimentares: • Polimorfismos gené.cos
• Dor abdominal
• Distensão abdominal
• Cansaço, fadiga (especialmente após a refeição)
Sintomas • Depressão, ansiedade
• Déficit de atenção
comuns para • Sistema imunológico comprome?do

diferentes •

Ur?cária
Comichão na pele
raízes: •

Dificuldade de engolir
Nariz escorrendo ou entupido
• Espirros
• Náuseas e vômitos
• Cons?pação/diarreia
TESTE DE
ALERGIA
TARDIA (igG)
Devo fazer uma dieta
sem Glúten? Quando?
Por quanto tempo?
1. Em indivíduos susceptíveis, pode desencadear três formas principais de
reações de glúten: alergia ao trigo, doença celíaca e sensibilidade ao
glúten não celíaca.
2. Glúten e consumo de carboidratos refinados: ciclo de compulsões por pães
e massas.
3. Aumento de resposta inflamatória e permeabilidade intestinal.
4. Estudos experimentais: resistência à leptina, redução da capacidade
termogênica.
5. Substituição dos alimentos com glúten por farinhas refinadas.
Doença celíaca Alergia ao trigo Sensibilidade ao
glúten não celíaca
Frequência 1 a 3% 0,4 a 1% 0,6 a 6%
Intervalo entre a Dias - semanas Minutos - horas Horas – dias
ingestão de glúten e
sintomas

Gatilho Peptídeos do glúten Trigo Glúten, FODMAPs


etc
Genética HLA DQ2/8 (98%) HLA DQ2/8 (35-40%) HLA DQ2/8 (50%)

Patogênese Autoimune Alergia mediada ou Desconhecido


não por IgE
Tratamento Dieta livre de glúten Dieta livre de trigo Dieta livre de glúten
com possível
reintrodução

Valenti S, Corica D, Ricciardi L, Romano C. Gluten-related disorders: certainties, questions and doubts. Ann Med. 2017 May 11:1-13.
Estrutura das proteínas do glúten e sua formação:

Alergia ao trigo

Doença celíaca

Valenti S, Corica D, Ricciardi L, Romano C. Ann Med. 2017 May 11:1-13.


Gatilho para processo
inflamatório!

Koning F. Adverse Effects of Wheat Gluten. Ann Nutr Metab. 2015


Quais são os polimorfismos
a serem investigados:

HLA de classe II: DQ2/DQ7/DQ8


SH2B3
Metilação – painel completo

Atenção: essa avaliação NÃO serve como diagnóstico!


• O glúten afeta o microbioma e aumenta a permeabilidade intestinal.
• Aumenta o estresse oxidativo e afeta o comportamento epigenético.
• É imunogênico, citotóxico e pró-inflamatório.
• Aumenta a apoptose e diminui a viabilidade e diferenciação celular.
Doença celíaca

Sensibilidade não celíaca ao glúten

Doenças autoimunes
QUEM NÃO
DEVE COMER Inflamações

GLUTEN Disbiose

Doenças inflamatórias intestinais em fase aguda

Síndrome do intestino irritável


Genes e
Intolerância
à lactose

Afeta a expressão do gene e função da enzima Lactase


Intolerância à lactose
• Não adianta ficar tomando
produtos “sem lactose” de forma
crônica.
• Diferenciar a intolerância de base
gené=ca da secundária.
• A exposição frequente pode
aumentar a permeabilidade
intes=nal e resposta inflamatória
subclínica.
A tolerância à lactose
está ligada ao nosso
processo evolutivo.
Boa parte não
recebeu essa
”atualização” no DNA.

Lactase persistente:
expressão do gene na
fase adulta
Histamina, reações alimentares e
predisposição genéOca: DAO, HNMT
Alimentos que contêm histamina ou Alimentos que aumentam a
Bloqueadores de diamina oxidase
outras aminas vasoativas liberação de histamina:
• Vinho, cerveja e outras bebidas • Leite de vaca • Álcool
alcoólicas fermentadas • Chocolate e cacau • Bebidas energéEcas
• Alimentos fermentados, como • Frutas cítricas, especialmente • Chá preto e chá verde
chucrute, vinagre de vinho, molho abacaxi • Erva-mate
de soja, kefir, iogurte, kombucha • Tomate e espinafre
• Produtos de carne processados • Carne de porco
(salsicha, presunto, salame, bacon)
• Clara de ovo (crua)
e defumados
• AdiEvos alimentares
• Frutas secas
• Castanhas, como nozes, castanha-
de-caju
• Amendoim, pasta de amendoim
• Certos Epos de peixe, como cavala,
atum, anchovas
Gene ancestral de adaptação ao frio
Sensibilidade a dor
Aplicar calor ou ingerir capsaicina: reduzir a ativação do TRPM8 (estimulando seu receptor
oposto, TRPV1).
Mentol (Mentha piperita) a longo prazo pode dessensibilizar o receptor TRPM8, reduzindo
ao sensibilidade ao frio e à dor a longo prazo.
Álcool Cafeína

OUTROS
GATILHOS
ALIMENTARES
Gordura Industrializados
A ingestão de gorduras pode ser um ga1lho
para sintomas de desconforto intes1nal

Não é preciso re1rar da alimentação, mas é


GORDURAS preciso consumir com moderação

Algumas pessoas tem dificuldade na digestão


das gorduras, podendo dar sintomas de
diarréia, nesse caso enzimas diges1vas
ajudam nesse processo diges1vo
Estresse e Inflamação como principais ga3lhos!
Predisposição Gene/Polimorfismo Estratégias
Intolerância a lactose MCM6, LCT Exclusão de laticínios e outros
FODMAPs
Doença Celíaca/Glúten HLADQs, SH2B3 Exclusão de glúten, proteção
de barreira
Inflamação no intestino IL23R, IL10, IL1B, TNFa Ativos: Curcumina, Boswellia,
Quercetina
Sensibilidades gerais e AHR, MTHFR, FUT2, Estratégia Low Fodmap.
Genes, alvos e detoxificação CBS Apigenina (Própolis,
estratégias camomila), Licorice, Metilação
Processamento histamina DAO, HNMT Restrição de histamina,
Quercetina
Eixo intestino/cérebro BDNF, NGF, COMT, Adaptógenos, Crocus sativus,
receptor 5-HT2A, TPH 5-htp
Sensibilidade a dor TRPM8, CNR1, COMT, Hortelã, capsaicina, Omega-3
COX, FAD1 e 2
Reduzir inflamação e
Reconhecer a sua modular o sistema
Iden2ficar os ga2lhos
individualidade e imune (especialmente
e removê-los
ancestralidade a resposta
Alvos para tratar TH1/TH2/Th17)

as sensibilidades,
alergias e Melhorar processo
Melhorar barreira
Melhorar
intolerâncias diges2vo
intes2nal (tratar o
Leaky gut)
Detoxificação

Estabelecer fenótipo
tolerogênico

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