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→ Alguns requisitos:
1) Capacidade das partes litigantes;
2) Interesse em agir;
3) Questão jurídica; e
Exemplos:
*Convenção Americana de 1948 sobre Resolução de Disputas – “Pacto de Bogotá”
- Prevê que, frustradas as tentativas diplomáticas, controvérsia será levada à CIJ.
*Década de 1950 – Brasil x Itália – acordo que prevê que a controvérsia seja levada à CIJ após
esgotamento de tentativas diplomáticas.
Ato unilateral pelo qual o Estado em questão aceita, daquele momento em diante, a jurisdição
contenciosa da CIJ. Essa cláusula demanda reciprocidade para ser eficaz.
Porém, se o Estado A não tiver aceitado a cláusula facultativa, mas o Estado B sim, não haverá
nenhum denominador comum entre os dois Estados no que se refere à jurisdição obrigatória da
CIJ. É como se o Estado B não tivesse aceitado a cláusula facultativa. Nesse caso, o Estado A não
poderá levar a controvérsia com o Estado B para a CIJ. Essa regra serve para evitar a figura do
“sucker” (otário, em inglês), o Estado que, aceitando a cláusula facultativa, ficaria à mercê de
outros Estado que não a aceitaram.
Em caso de descumprimento, a questão pode ser levada ao Conselho de Segurança das Nações
Unidas (CSNU). O CSNU não está obrigado a implementar a sentença. A CIJ, tal como os tribunais
arbitrais, não tem como garantir o cumprimento de suas sentenças; dependerá da boa-fé dos
Estados litigantes.
TRIBUNAL INTERNACIONAL DO DIREITO DO MAR
- Formado por 21 juízes;
- Sede em Hamburgo, Alemanha;
- Jurisdição limita-se à aplicação e interpretação de normas no contexto do Direito do Mar.
BASE: Convenção da ONU sobre o Direito do Mar (1982 – Montego Bay, Jamaica).
LINK:http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1990/decreto-99165-12-marco-1990-
328535-publicacaooriginal-1-pe.html
Artigo 283. Exige que Estados participantes busquem uma solução negociada para suas disputas.
Artigo 283
Obrigação de trocar opiniões
Na impossibilidade de uma solução negociada, deve haver recurso aos meios jurisdicionais
previstos no artigo 287 dessa mesma Convenção:
ARTIGO 287
Escolha do procedimento
Lei no 8.617/1993: Brasil adequou seu direito interno à Convenção de Montego Bay, um ano
antes da ratificação, em 1994.
LINK: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8617.htm
DIREITOS HUMANOS
Não faz sentido trabalhar, juridicamente falando, com a divisão em gerações de direitos
humanos. Somente possui hoje finalidade histórico-didática.
Plano normativo: preocupa-se com os valores consagrados nas normas de direitos humanos.
Cançado Trindade propôe, para fins didáticos, 3 (três) vertentes da proteção internacional da
pessoa humana:
1) Direito Internacional dos Direitos Humanos (DIDH): International Human Rights Law
O DIDH é a vertente que consagra os direitos humanos em seu sentido estrito, quais sejam,
aqueles garantidos em tempos de paz (e cada vez mais também durante conflitos armados) e
que se destinam a assegurar que um indivíduo possa realizar plenamente sua existência como
ser humano.
Normas de direitos humanos que têm a finalidade de limitar os efeitos nocivos e de reduzir o
sofrimento desnecessário, ao longo dos conflitos armados. Tanto em conflitos armados
internacionais como em conflitos armados internos.
O DIH restringe esse sofrimento desnecessário, seja protegendo aqueles que não participam ou
deixaram de participar do conflito armado (“Direito de Genebra”), seja limitando os meios e
métodos à disposição dos combatentes para a condução das hostilidades (“Direito de Haia”).
Convenção de 1951 sobre o Estatuto dos Refugiados – emendada por um Protocolo em 1967.
LINK:http://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/portugues/BDL/Convencao_relativa_ao_E
statuto_dos_Refugiados.pdf
Brasil: Lei 9.474/97 – possui conceito mais amplo de refúgio, abarcando também aquele que
fogem devido a violações graves e generalizadas de direitos humanos.
LINK: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9474.htm
O atual DIDH teve suas bases lançadas em Direito Internacional na década de 1940, logo após a
Segunda Guerra Mundial. Os instrumentos que proporcionam as bases dessa vertente são a
Carta da ONU e, principalmente, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948.
Não é correto afirmar que o DIDH, todavia, surgiu somente após a Segunda Guerra Mundial. Já
existiam normas de DIDH desde longa data em Direito Internacional.
Ex.:
- A proibição da escravidão em Direito Internacional remonta a meados do século XIX.
- Tratado de Versalhes (1919) consagrou normas de Direitos Humanos em favor de minorias.